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Introdução
Relativamente à contracção do espaço a teoria conclui, que em referenciais que não estejam em repouso,
o espaço contrai na direcção do deslocamento. Este princípio da contracção do objecto/espaço é uma
solução, matematicamente possível para a experiência de Michelson-Morley. Mas com um senão, o de ser
uma teoria ió-ió, ou seja a contracção só é solução se o raio de luz emitido voltar ao local de origem.
Ficamos assim tentados a olhar com redobrada atenção para as expressões aceites pela teoria da
relatividade, verificadas na realidade e nos aceleradores de partículas, tais como a dilatação do tempo
olhando com mais atenção para o “Método das espelhos proposto por Einstein”, olhar para dilatação do
tempo sob a acção de um campo gravítico através da energia da luz sob a acção de um campo gravítico,
métrica de Schwarzschild, olhando ainda para a expressão da dilatação do tempo, na esperança de
encontrarmos alguma luz sobre os princípios que lhe estão associados.
Esta atenta observação permitiu-nos concluir a impossibilidade da curvatura do espaço. Este princípio, da
contracção do espaço, poria em causa a dilatação do tempo assim como o calculo do tempo nos satélites.
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Considerando-se o velho teorema de Pitágoras, teremos:
𝐶 𝑡 =𝑣 𝑡 +𝐶 𝑡
𝐶 𝑡 =𝐶 𝑡 -𝑣 𝑡
𝑡 =( 𝑡 )
𝒕𝒗 𝟐 𝑪𝟐 𝒗𝟐
=
𝒕𝒐 𝟐 𝑪𝟐
𝒕𝒗 𝑪𝟐 𝒗𝟐
=
𝒕𝒐 𝑪𝟐
É encontrada então, a expressão que nos dá a dilatação do tempo num referencial em movimento v
Quando se faz a transição da eventual contracção dos objectos, para se assumir a contracção do espaço na
direcção do deslocamento, temos que voltar a analisar ao “Método dos espelhos, proposto por
Einstein”.
No cálculo da dilatação do tempo teremos que considerar que o espaço percorrido pelos espelhos
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𝐾𝑣 𝑡
𝐶 𝑡 =𝐾 𝑣 𝑡 +𝐶 𝑡
𝐶 𝑡 =𝐶 𝑡 -𝐾 𝑣 𝑡
𝑡 =𝑡
𝒕𝒗 𝟐 𝑪𝟐 𝒗𝟐
𝟐 =
𝒕𝒐 𝑪𝟐
𝒕𝒗 𝑪𝟐 𝒗𝟐
=
𝒕𝒐 𝑪𝟐
Pelo que, teremos que igualar o resultado, à expressa da dilatação do tempo para que seja
verdadeira.
𝑪𝟐 𝒗𝟐 𝑪𝟐 𝒗𝟐
=
𝑪𝟐 𝑪𝟐
K=1
A expressão só tomará a forma por todos conhecida se K=1, ou seja se o espaço não contrair.
Vemos assim como o princípio da contracção do espaço invalida a expressão conhecida para a
dilatação do tempo.
Introdução
Nesta análise, usaremos os mesmos princípios e métodos utilizados para a dedução da teoria aceite
actualmente.
Vamos usar os mesmos princípios da relatividade entre o tempo num referencial pertencente a um campo
gravítico gerado pela massa M e um outro referencial exterior a esse campo gravítico.
2.1- O modelo
Onde,
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G- Constante gravítica universal.
M - Massa M.
R – Raio da massa M.
𝑡 – Tempo no referencial A.
𝑡 – Tempo no referencial C.
𝑡 = 1− 𝑡 (1.2)
O mesmo que:
𝑡 = 𝑡 (2.2)
Considerando:
Quando emitimos um sinal de luz de A para C, teremos no referencial A, a energia potencial da luz é, 𝐶 .
𝑈 =𝐶 (3.2)
Quando o sinal chegar a C e pela acção do campo gravítico gerado por M teremos uma energia potencial
da luz em C, dada por :
𝑈 =𝐶 − (4.2)
A partir da Eq. (2.2) e tendo em consideração Eq. (3.2) e a Eq. (4.2), teremos:
𝑡 = 𝑡 (5.2)
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= (6.2)
O tempo em dois diferentes referenciais estacionários, são inversamente proporcionais à raiz quadrada da
energia potencial da luz nesses referenciais.
Como temos energias da luz, diferentes em A e em B, então poderemos considerer o seu potencial como o
quadrado da velocidade da luz, pelo que teremos:
𝑈 =𝐶 (7.2)
𝑈 =𝐶 (8.2)
= (9.2)
= (10.2)
𝐶 𝑡 =𝐶 𝑡 (11.2)
𝐿 = 𝐿 (12.2)
Sendo:
= (1.3)
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Na realidade o que conhecemos é a velocidade da luz e do deslocamento do referencial em movimento
medidos no nosso referencial. Na expressão os termos, tempo e a velocidade da luz, são no nosso
referencial.
Estamos então perante o espaço percorrido pela luz no nosso referencial, 𝐿 , obtido por:
𝐿 =𝑡 𝐶 (2.3)
Da Eq(1.3), tiramos:
𝑡 =𝑡 (3.3)
𝑡 𝐶 =𝑡 𝐶 (4.3)
No primeiro termo temos um espaço percorrido pela luz, dado pelo produto do tempo pela velocidade da
luz.
No segundo membro temos o produto do tempo no referencial V pela velocidade da luz e por um factor
Este factor não poderá afectar o nosso tempo pois é a nossa unidade, nem a velocidade da luz no nosso
referencial pois sabemos quanto vale. Afectar o tempo no referencial em movimento também não faz
sentido pois esse é a unidade do seu tempo. Logo o factor adimensional só poderá star relacionado com a
velocidade da luz no referencial em movimento.
Se no primeiro membro temos o espaço percorrido pela luz no nosso referencial 𝐿 , então no segundo
membro, só poderemos ter o espaço percorrido pela luz no referencial em movimento, 𝐿 .
𝑡 𝐶 =𝑡 𝐶 (5.3)
𝐿 = 𝐿 (6.3)
Indica mais uma vez que o espaço não curva e que a velocidade da luz no referencial em movimento 𝐶 , é
dada por:
𝐶 =𝐶 (7.3)
𝐶 =𝐶 (8.3)
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𝐶 𝑡 =𝐶 𝑡 (9.3)
4-Conclusão.
Pelo que se analizou, o princípio de que a velocidade da luz é constante em todos os referenciais não
parece acertada.
O espaço percorrido pela luz, nos tempos equivalentes de todos os referenciais é sempre constante.
Por outro lado conclui-se que a medição da velocidade da luz, assim como qualquer velocidade de
qualquer deslocamento, é inversamente proporcional aos respectivos tempos equivalentes dos
referenciais.
Referencias
[1] – Franco Selleri – "Lessons of relativity, from Einstein to the ether of Lorentz." Portuguese
[2]- Jorge Dias de Deus, Mário Pimenta, Ana Noronha, Teresa Peña e Pedro Brogueira, Introdução à
[3]- Eisberg – Resnick – Quantum Physics of atoms, molecules, solids, nuclei and particles. – Portuguese
[4]- Neil Ashby, Relativity in the Global Positioning, System Living Rev. Relativity, 6, (2003), 1
http://relativity.livingreviews.org/Articles/lrr-2003-1/download/
Porto, 09/12/2017
José Luís Pereira Rebelo Fernandes
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