Devo dizer que este texto foi escrito numa das minhas primeiras idas
a Barra da Tijuca desde meu retorno do trabalho que realizei na Amazônia.
Foi escrito/ pensado/passando durante o percurso que compreende a saída
do bairro Fonseca em Niterói onde tenho residência, barcas, passando pelo
centro do Rio de Janeiro, Copacabana, Avenida Niemayer etc.
Perto de minha casa que bem verdade é numa avenida, faz uma
perpendicular com a Alameda São Boa Ventura. Digamos, uma rua
tradicional de uma dos primeiros bairros de minha cidade, Niterói.
Pois bem, nesses dias (de que o errado é que está certo) a alameda
esta recebendo mais um projeto/ progresso de nossa sociedade
contemporânea: estão derrubando as arvores que antes eram à margem do
rio ou córrego que por ali passava. Hoje em breve recebera terminais de
‘buses’ (foi uma maneira que achei de falar das conduções coletivas,
ônibus, mas remete aqui também a idéia de bisness- negocio) ao modelo
‘paulista’, exemplo alias que mostra dia a dia não estar conseguindo
resolver o problema.
Mas nesse mundo onde a arte cada dia mais aproxima seu significado
ao de celebridade, ao sucesso vazio, venho tentando construir diálogos no
perceber/olhar as manifestações e realizações humanas e artísticas. Esse
texto, por exemplo, é arte? Não um trabalho no pensar, apenas agir, ou
fingir o ato. Ver e interagir no mundo com arte, da arte.