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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO


I PROCESSO TC 02572/07 [@I
Administração Direta Municipal - Município de MAR1-
Prestação de Contas do Prefeito, Senhor MARCOS AURÉLIO
MARTINS DE PAIVA, relativa ao exercício financeiro de 2006 -
Existência de falhas que macularam as presentes contas -
PARECER CONTRÁRIO, neste considerando o ATENDIMENTO
INTEGRAL às exigências da LRF - APLICAÇÃO DE MULTA -
RECOMENDAÇÕES.

PARECER PPL TC IJ r 12.009

Vistos, relatados e discutidos os autos do PROCESSO TC-02572107; e

CONSIDERANDO os fatos narrados no Relatório;

CONSIDERANDO as aplicações insuficientes na Remuneração dos profissionais


do Magistério paga com recursos do FUNDEF (59,37%), a existência de despesas não
licitadas, correspondentes a 6,31% da despesa orçamentária total e
incompatibilidades de dados existentes no SAGRES e balancetes mensais acerca da
abertura de créditos adicionais, constituindo tais fatos hipóteses previstas no
PARECER PN TC 5212004, ensejadoras da emissão de parecer contrário;

CONSIDERANDO o mais que dos autos consta;

Os MEMBROS do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA PARAíBA (TCE-Pb), à


unanimidade, de acordo com a Proposta de Decisão do Relator, exceto no tocante à
inclusão dentre as despesâs com MDE dos precatórios pagos no exercício, referentes
a servidores da educação, superando, por conseqüência, o percentual exigível de 25%
das receitas de impostos e transferências, cuja decisão nesse sentido se deu
igualmente por unanimidade, na Sessão realizada nesta data, decidiram:

1. EMITIR PARECER CONTRÁRIO à aprovação das contas prestadas pelo


Prefeito Municipal de MARI, Senhor MARCOS AURÉLIO MARTINS DE PAIVA,
relativas ao exercício de 2006, neste considerado o A TENDIMENTO INTEGRAL
às exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000);

2. APLICAR-LHE multa pessoal, no valor de R$ 2.805,10 (dois mil e oitocentos e


cinco reais e dez centavos), em virtude de desobediência à Lei de Licitações
(despesas não licitadas), à Lei de Responsabilidade Fiscal (utilização irregular
da Reserva de Contingência), Lei 9.424/96 (despesas com Remuneração c:1Qs
profissionais do magistério-FUNDEF) e não atendimento integro aos Alerta~"
deste Tribunal, configurando, portanto, a ipôtes« pre . t no artigo 56'\J

inciso li, da LorCE (Lei Complementar 18193); ~


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I PROCESSO TC 02572/07 ~I
3. ASSINAR-LHE, também, o prazo de 15 (quinze) dias para o recolhimento
voluntário, do valor da multa antes referenciado, sob pena de cobrança
executiva, desde já recomendada, inclusive com a interveniência da
Procuradoria Geral do Estado ou do Ministério Público, na inação daquela,
nos termos dos parágrafos 3° e 4°, do artigo 71 da Constituição do Estado,
devendo a cobrança executiva ser promovida nos 30 (trinta) dias seguintes ao
término do prazo para recolhimento voluntário, se este não ocorrer;

4. REPRESENTAR à Receita Federal do Brasil, acerca das irregularidades


constatadas destes autos, a fim de que adote as providências que entender
cabiveis;

5. RECOMENDAR à edilidade, no sentido de que não mais repita as falhas


verificadas nos presentes autos, especialmente aquelas relacionadas ao
atendimento dos limites minimos a serem aplicados em MDE e FUNDEF, além
da estrita observância à Lei de Licitações.
Publique-se, intime-se e registre-se.
Sala das Sessões do TCE-Pb - Plenário Ministro Jo~:A.gripino
João Pessoa, 11 de fevereiro de 20 :

". /

I veira Porto

C\ ,
Fui presente: -----------
Ana Terêsa Nóbrega
Procurad ra Geral do Ministério Público Especial Junto ao Tribunal

mgsr
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
I PROCESSO TC 02572/07 IPâg.1/5! I
Administração Direta Municipal - Município de MAR!-
Prestação de Contas do Prefeíto, Senhor MARCOS AURÉLIO
MARTINS DE PAIVA, relativa ao exercício financeiro de 2006 -
Existência de falhas que macularam as presentes contas -
PARECER CONTRÁRIO, neste considerando o ATENDIMENTO
INTEGRAL às exigências da LRF - APLICAÇÃO DE MULTA -
RECOMENDAÇÕES.

RELATÓRIO E PROPOSTA DE DECISÃO

o Senhor MARCOS AURÉLIO MARTINS DE PAIVA, Prefeito do Município de MARI,


no exercício de 2006, apresentou, no prazo legal, a PRESTAÇÃO DE CONTAS, sobre a
qual a DIAFI/DEAGM I//DIAGM 1/ emitiu Relatório, com as observações principais, a seguir,
sumariadas:
1. A Lei Orçamentária nO615, de 06 de dezembro de 2005, estimou a receita e fixou
a despesa em R$ 10.974.231,00.
2. Os Balanços Orçamentário, Financeiro e Patrimonial apresentaram
inconsistências, a seguir apontadas pela Auditoria, tendo este último mencionado
um superavit financeiro, no valor de R$ 108.159,04.
3. Escrituração correta da dívida, que importou, em R$ 15.436.246,92,
correspondendo a 104,70% da receita orçamentária total arrecadada, dividindo-se
nas proporções de 6,47% e 98,23% entre Dívida Flutuante e Dívida Fundada,
respectivamente. Quando confrontada com a dívida do exercício anterior,
apresenta um acréscimo de 3.301,23%.
4. Os gastos com obras e serviços de engenharia, no exerCICIO, no total de
R$ 1.665.245,12, correspondendo a 11,41% da Despesa Orçamentária Total,
foram julgados regulares no Processo TC 05297/07, conforme Acórdão AC2 TC
1121/2008, que reformulou a decisão tomada no Acórdão AC2 TC 457/2008
(fls. 740/744);
5. Os recursos oriundos de convênios, escriturados no exercício, totalizaram
R$ 4.177.094,87, sendo, R$ 3.299.923,58, de recursos federais e R$ 877.171,29,
de recursos estaduais (fls. 18/19);
6. A remuneração recebida pelo Prefeito e Vice, no exercício, foi de R$ 84.000,00 e
R$ 42.000,00, respectivamente, estando dentro dos parâmetros legalmente
estabelecidos;
7. As despesas condicionadas comportaram-se da seguinte forma:
7.1 Com ações e serviços públicos de saúde importaram em 15,87% da receita
de impostos e transferências (mínimo: 15,00%);
7.2 Em MDE, representando 21,69% das receitas de impostos e transferências
(mínimo: 25%);
7.3 Com Pessoal do Poder Executivo, representando 43,56% da RCL (limite
máximo: 54%);
7.4 Com Pessoal do Município, representando 46,09% da RCL (limite máximo:
60%);
7.5 Aplicações de 58,98% dos recursos do FUNDEF na Remuneração e
Valorização do Magistério (mínimo: 60%).
8. Não há registro de denúncias sobre irregularidades ocorridas no exercício de
2006;
9. No tocante à gestão fiscal, registro o ATENDIMENTO PARCIAL ÀS
EXIGÊNCIAS DA LRF, porquanto s ada irregularidade no repasse para o
Poder Legislativo em lação a u dispõe o inciso 11/, do §2°, art. 29-A da
Constituição Federal.
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9. Quanto às demais disposições constitucionais e legais, inclusive os itens do
Parecer Normativo TC 52/04, constataram-se as seguintes irregularidades:
9.1. não atendimento às providências relativas ao Alerta emitido em função das
irregularidades constatadas na análise da LOA, as quais permaneceram:
a) as despesas de capital da LOA em análise não estão previstas na Lei de
Diretrizes Orçamentárias;
b) não foi atendido ao que dispõe o §1° do art. 7° da RN TC 07/2004;
9.2. não atendimento às providências relativas ao Alerta emitido em função das
irregularidades constatadas na LDO, as quais permanecem:
a) envio da LDO para este Tribunal fora do prazo estabelecido na RN TC
07/04, estando dessa forma sujeito à penalidade cabível:
b) não envio da comprovação de realização de audiência pública;
c) não envio da comprovação da mensagem de encaminhamento da LDO
para o Poder Legislativo;
9.3. incompatibilidade de valores entre o SAGRES, balancetes mensais e cópias
dos decretos de abertura de créditos adicionais, ferindo normas do Parecer
Normativo PN TC 5212004;
9.4. utilização de forma irregular dos recursos da Reserva de Contingência para
suplementação de dotações fora das exigências do Art. 5°, inciso 1/, da LRF;
9.5. mal planejamento orçamentário, verificado com a abertura de créditos
adicionais já nos primeiros meses do ano;
9.6. má elaboração do Orçamento do município, havendo, ano após ano, grandes
defasagens entre o planejamento e sua execução;
9.7. incompatibilidade entre os demonstrativos dos Balanços (Orçamentário,
Financeiro e Patrimonial) com diversos outros demonstrativos da PCA,
havendo necessidade de retificação dos mesmos;
9.8. despesas não licitadas, referentes a transporte de estudantes, coleta de lixo e
limpeza urbana, aquisição de um trator agrícola, aquisição de combustíveis,
gêneros alimentícios, peças automotivas, assistência jurídica, dentre outras,
no total de R$ 1.003.541,87, correspondente a 19,74% da despesa licitável e
a 6,87% da despesa orçamentária total (R$ 14.598,563,08);
9.9. aplicações dos recursos do FUNDEF na remuneração dos profissionais do
magistério no percentual de 58,98%, abaixo dos 60% legalmente exigidos;
9.10. despesas não justificadas e/ou identificadas na conta FUNDEF, no valor
total de R$ 157.315,44;
9.11. aplicações de recursos na MDE, no percentual de 21,69%, abaixo dos 25%
legalmente exigidos;
9.12. despesas com obrigações patronais (contribuições previdenciárias)
correspondentes a 17,96% da despesa com pessoal aquém do percentual
legal de 21%, conforme Lei 8.212/91, devendo tal informação ser repassada
ao Órgão Previdenciário, de modo a se confirmar o valor efetivamente
devido em obrigações patronais;
9.13. incompatibilidade de valores com despesas de pessoal, lançados no RGF,
em comparação com os dados obtidos na análise da PCA, mesmo
considerando-se o Parecer Normativo PN TC 12/2007;
9.14. não retenção e/ou não recolhimento das contribuições previdenciárias
devidas por empregado e empregador, incidentes sobre serviços prestados
por terceiros, conforme determinado pela Lei 8.212/91.
Instaurado o contraditório, o interessado apresentou a defesa às fls 1085/109
1094/1851, tendo a Unidade Técnica de Instrução analisado e concluído po .
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- SANAR as irregularidades referentes a: a) incompatibilidade entre os
demonstrativos dos Balanços (Orçamentário, Financeiro e Patrimonial), com
diversos outros demonstrativos da PCA; b) despesas não justificadas e/ou
identificadas na conta FUNDEF, no valor total de R$ 157.315,44;
11 - AUMENTAR o montante das aplicações dos recursos do FUNDEF na
Remuneração dos profissionais do Magistério, de 58,98% para 59,37%, não
atendendo ao mínimo exigido legalmente (60%);
111- MANTER as demais irregularidades.
O Ministério Público especial junto ao Tribunal de Contas, através da ilustre
Procuradora Ana Terêsa Nóbrega, pugnou, após considerações, pela:
1. Emissão de PARECER FAVORÁVEL à aprovação das contas do Prefeito Municipal
de MARI, Senhor MARCOS AURÉLIO MARTINS DE PAIVA, relativas ao exercício
2006;
2. ATENDIMENTO PARCIAL às disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal;
3. APLICAÇÃO DE MULTA ao Gestor, com fulcro no art. 56 da LOrCE;
4. COMUNICAÇÃO ao INSS das falhas referentes às contribuições previdenciárias;
5. RECOMENDAÇÃO à Administração Municipal de MARI, no sentido de evitar toda
e qualquer ação administrativa que, em similitude com aquelas ora debatidas,
venham macular as contas de gestão municipal.
Foram realizadas as comunicações de estilo.
É o Relatório.

PROPOSTA DE DECtSÃO
Acerca das restrições apontadas pela Auditoria, após o contraditório, carecem ser
ponderados os seguintes aspectos:
1. data vênia o entendimento do Parquet, no sentir do Relator, merecem razão as
conclusões da Auditoria, no tocante à aplicação a menor de recursos vinculados à
MDE, porquanto, em que pese a defesa comprovar que os precatórios, no total de
R$ 290.904,53, são relativos a pessoal da Educação, verifica-se que o referido
valor está aquém do previsto na Lei Orçamentária Anual e suplementações, no
elemento de despesa "Sentenças Judiciais", que foi de R$ 861.150,00 (fls. 1895).
Logo, não há motivo para inclusão deste valor no total das despesas com
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino, haja vista que não se trata de dispêndio
não esperado, muito pelo contrário, permanecendo, por conseguinte, o percentual
de aplicação de recursos vinculados à MDE de 21,69%1 da receita de impostos e
transferências, apurado inicialmente pela Auditoria, não atendendo, portanto, ao
mínimo de 25% exigido constitucionalmente. Cumpre observar que o não
atendimento desta despesa condicionada tem reflexos negativos para a emissão de
parecer sobre as contas prestadas, nos termos do Parecer Normativo PN TC
52/2004;
2. quanto às aplicações dos recursos do FUNDEF na remuneração dos profissionais
do magistério, a Auditoria somente não considerou o argumento da defesa que
discordou da inclusão de créditos, no total de R$ 9.139,72 (fls.766 e 776) na base
de cálculo do FUNDEF, além da receita do fundo, visto que não indicados,
tampouco comprovados, os motivos pelos quais este valor não deveria estar ali

I Se forem considerados os precatórios (R$ 290.904,53) as aplicações em MDE passariam de 21,69% para 25,52% da Recei
de Impostos de Transferências
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incluído. Desta forma, estas aplicações alcançaram o percentual de 59,37%,
abaixo, portanto, dos 60% exigidos legalmente, trazendo também conseqüências
negativas consideradas para a emissão de parecer;
3. merece ser desconsiderada a restrição referente às obrigações patronais devidas
pelo empregador, correspondente a 17,96% da despesa com pessoal, em
percentual inferior aos 21 % exigidos legalmente, visto que calculadas por
estimativa, a partir de percentual aplicado sobre a folha de pessoal, método que
não se reveste da precisão necessária que o assunto requer, carecendo
representação à Receita Federal do Brasil, a fim de que adote as providências que
entender cabíveis, diante das suas competências;
4. muito embora o Gestor tenha alegado, no entanto, sem comprovar que os
prestadores de serviço em questão já contribuem ao INSS, dentro do teto máximo,
em outros órgãos ou empresas em que também prestam serviços, verifica-se que a
não retenção e/ou não recolhimento das contribuições previdenciárias incidentes
sobre serviços de terceiros não figura no rol dos itens do PARECER NORMATIVO
PN TC 52/2004, ensejadores de emissão de parecer contrário à aprovação de
contas desta espécie, cabendo, tão somente, representação à Receita Federal
neste sentido;
5. em que pese o gestor não ter apresentado defesa quanto às despesas não
licitadas, merecem ser desconsideradas as despesas com fornecimento de
refeições, assistência jurídica e aquisição de ataúdes, no total de R$ 82.722,91
(fls. 1066/1067), visto que reiteradas decisões desta Corte de Contas têm resolvido
pela inexigibilidade/dispensa de procedimento licitatório para gastos da espécie,
seja pela imprevisibilidade de alguns seja por circunstâncias outras, tal quando a
contratações é presidida pelo critério da confiança, como se dá com a contratação
de assessoria jurídica. Com efeito, permanecem como não licitadas, no entanto,
despesas com transporte de estudantes, coleta de lixo, limpeza urbana, aquisição
de um trator agrícola, aquisição de combustíveis, gêneros alimentícios, peças
automotivas, dentre outras, perfazendo um total de R$ 920.818,96, correspondente
a 6,31% da despesa orçamentária total, além de ensejar a aplicação de multa,
configura item do Parecer Normativo PN TC 52/2004, igualmente, com
implicações negativas quando da emissão de parecer;
6. referente às incompatibilidades de valores entre o SAGRES, balancetes mensais e
cópias dos decretos de abertura de créditos adicionais, cuja correção o defendente
alega, sem no entanto comprovar, ter solicitado à ASTEC deste Tribunal
(fls. 1096/1097), não obstante não terem causado prejuízo ao erário, configuram
item do Parecer Normativo PN TC 52/2004, com reflexos negativos na emissão de
parecer. Cabe, também, recomendação no sentido de que a Prefeitura organize e
mantenha a sua Contabilidade em estrita consonância com os princípios e normas
legais pertinentes, de forma a garantir a transparência de suas ações;
7. com a anexação do documento de fls. 1850, considera-se sanada a divergência
referente às despesas de pessoal, lançadas no RGF, em comparação com os
dados obtidos na PCA;
8. quanto às providências a serem adotadas decorrentes do Alerta TC n° 13/2006 (fls.
233) e Alerta TC n° 59/2005 (fls. 135), acerca de irregularidades na LOA e LDO, a
documentação apresentada às fls. 1111/1123 1128/1141 san maior parte
delas, restando o envio fora de prazo da LDO e não fixação e a do montante
das despesas de capital, cabe aplicação de m Ita, além e comendação no
sentido de que estas falhas não mais se repita
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9. concernente à utilização de forma irregular dos recursos da Reserva de
Contingência para suplementação de dotações fora das exigências do Art. 5°,
inciso 111da LRF, poderá ser sancionada com a aplicação de multa em face da
desobediência à citada legislação, além de recomendação no sentido de
observância das normas pertinentes à matéria;
10. relativo ao mal planejamento orçamentário, especialmente no que se refere à
abertura de créditos adicionais já nos primeiros meses do ano, cabe
recomendação no sentido de que a edilidade providencie estudos estatísticos
acerca dos seus gastos e receitas, com vistas à elaboração dos seus
instrumentos de planejamento da forma mais próxima possível da realidade, de
modo a refletir com transparência a sua gestão;
11. em relação ao repasse a menor ao Poder Legislativo, o Relator discorda, data
venia, do entendimento da Auditoria, segundo o qual considera, não o valor fixado
no orçamento, mas sim o percentual que este representa em relação à receita
tributária mais transferências. Desta forma, merece ser elidida a irregularidade
tendo em vista que o valor repassado (R$ 496.000,00), de acordo com o relatório
de fls. 1076, supera o valor fixado no orçamento (R$ 440.000,00).
Isto posto, propõe no sentido de que os integrantes deste egrégio Tribunal Pleno:
1. EMITAM PARECER CONTRÁRIO à aprovação das contas prestadas pelo Prefeito
Municipal de MARI, Senhor MARCOS AURÉLIO MARTINS DE PAIVA, relativas
ao exercício de 2006, neste considerado o ATENDIMENTO INTEGRAL às
exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000);
2. APLIQUEM-LHE multa pessoal, no valor de R$ 2.805,10 (dois mil e oitocentos e
cinco reais e dez centavos), em virtude de desobediência à Constituição Federal
(despesas com MDE), Lei de Licitações (despesas não licitadas), à Lei de
Responsabilidade Fiscal (utilização irregular da Reserva de Contingência), Lei
9.424/96 (despesas com Remuneração dos profissionais do magistério-FUNDEF)
e não atendimento integral aos Alertas deste Tribunal, configurando, portanto, a
hipótese prevista no artigo 56, inciso 11,da LOTCE (Lei Complementar 18/93);
3. ASSINEM-LHE, também, o prazo de 15 (quinze) dias para o recolhimento
voluntário, do valor da multa antes referenciado, sob pena de cobrança executiva,
desde já recomendada, inclusive com a interveniência da Procuradoria Geral do
Estado ou do Ministério Público, na inação daquela, nos termos dos parágrafos 3°
e 4°, do artigo 71 da Constituição do Estado, devendo a cobrança executiva ser
promovida nos 30 (trinta) dias seguintes ao término do prazo para recolhimento
voluntário, se este não ocorrer;
4. REPRESENTEM à Receita Federal do Brasil, acerca das irregularidades
constatadas destes autos, a fim de que adote as providências que entender
cabíveis;
5. RECOMENDEM à edilidade, no sentido de que não mais repita as falhas
verificadas nos presentes autos, especialmente aquelas relacionadas ao
atendimento dos limites mínimos a serem aplicados em MDE e FUNDEF, além da
estrita observância à Lei de Licitações.
É a Proposta.
João Pessoa-Pb,

mgsr

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