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Processo TC nO02137/07

Prefeitura Municipal de São José de Piranhas.


Prestação de Contas referente ao exercício de
2006. Emissão de Parecer Contrário à aprovação
das contas. Recomendações.

o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, no uso de suas atribuições que lhe confere
a Constituição Estadual, em apreciação aos presentes autos do Processo TC n" 02137/07, que trata
da prestação de contas do Sr. José Ferreira de Carvalho, ex-Prefeito Municipal de São José de
Piranhas, exercício de 2006, e

CONSIDERANDO que compete ao Tribunal de Contas do Estado, nos termos das


Constituições Federal e Estadual, c/c a Lei Complementar n° 18/1993, apreciar as contas prestadas
anualmente pelos prefeitos municipais, emitindo sobre elas parecer prévio;

CONSIDERANDO o relatório da Auditoria, o parecer da representante do Ministério


Público, a proposta do Relator e o mais que dos autos consta,

DECIDE, por deliberação unânime de seus membros, em sessão plenária hoje realizada:
1. Emitir PARECER CONTRÁRIO à aprovação das contas do ex-Prefeito Municipal de
São José de Piranhas, Sr. José Ferreira de Carvalho, relativas ao exercício de 2006,
encaminhando-o à consideração da Egrégia Câmara de Vereadores do Município, ressalvando de
que essa decisão decorreu do exame dos fatos e provas constantes dos autos, sendo suscetível de
revisão se novos fatos ou provas, inclusive mediante diligências especiais deste Tribunal, vierem a
interferir de modo fundamental nas conclusões alcançadas;
2. Recomendar a adoção de medidas administrativas e gerenciais com vistas a não
repetição das falhas ora debatidas, e a realização de controle mais efetivo no tombamento dos bens
móveis e imóveis e no estoque dos materiais adquiridos, conforme determina as Resoluções
Normativas desta Corte de Contas.

Presente ao julgamento a Exm", Sra. Procuradora Geral.


Publique-se e cumpra e
TC - Plenário Min. J ão gripin , em 25 de março de 2009. ;A"
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CONS OsÉeM.,AR.
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A RI E CATÃO

B:T.l~RT1s~oR~O AUDITOR OSCAR ~~riJt!:-~àIAGO MELO

/J-G.- ç ,",~_.~
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ANA TERESA NÓBREGA
, PROCURADORA GERAL ~.
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

Processo TC n° 02137/07

o Processo TC n" 02137/07 trata da Prestação de Contas do ex-Prefeito Municipal de São


José de Piranhas, Sr. José Ferreira de Carvalho, relativa ao exercício de 2006.

o relatório elaborado pela Auditoria deste Tribunal, com base na documentação que
compõe os autos, destaca o seguinte:
a) A Prestação de Contas foi encaminhada a este Tribunal no prazo, instruída com todos os
documentos exigidos;
b) O orçamento para o exercício, Lei Municipal n" 319, de 25 de novembro de 2005, estimou a
receita e fixou a despesa em R$ 9.916.120,00, autorizou, ainda, a abertura de créditos
adicionais suplementares até o limite de 60% da despesa fixada;
c) A receita orçamentária arrecadada representou 108,27% de sua previsão;
d) A despesa empenhada correspondeu 108,13% de sua fixação;
e) Os gastos com obras e serviços de engenharia totalizaram R$ 1.376.654,64, correspondendo a
12,84% da Despesa Orçamentária Total;
f) A remuneração do Prefeito e do Vice-Prefeito obedeceu aos ditames da Lei Municipal n°
286/2004;
g) Os gastos com remuneração e valorização do magistério atingiram 64,05% dos recursos
oriundos do FUNDEF;
h) Os gastos com pessoal do Poder Executivo representaram 47,50% da RCL;
i) Os recursos repassados ao Poder Legislativo atingiram 7,52% da receita tributária, inclusive
transferências, efetivamente realizada no exercício anterior;
j) A inspeção in loco foi realizada no período de 25 a 29 de agosto de 2008;
k) Não houve registro de denúncias sobre irregularidades no exercício em análise;
I) O município não possui regime próprio de previdência.

A Auditoria apontou, ainda, diversas irregularidades em seu relatório inicial e, após a


análise da defesa apresentada pelo interessado, remanesceram as seguintes:

a) Montante da dívida consolidada - Por superar o limite previsto no art. 20 da LRF.

b) Abertura irregular de créditos adicionais suplementares


Por absoluta falta de controle orçamentário, pois quando se aumenta dotação para financiar
vencimentos e vantagens fixas, teria que haver, forçosamente, um acréscimo nas dotações para
as obrigações patronais.

c) Utilização da fonte reserva de contingência


Por ter sido utilizada fora da sua finalidade, visto que essa reserva se destina ao atendimento de
passivos contingentes e outros riscos capazes de comprometer as contas públicas, conforme
preceitua a LRF.

d) Realização de despesas sem o devido processo licita tório

correspondendo a 0,60% da despesa orçamentária realizada; r


Nesse item, a Auditoria considerou parte da documentação acostada aos autos e retificou o valor das
despesas realizadas sem licitação, que antes era de R$ 202.614,30, para R$ 6~. ,75, ~
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

Processo TC nO02137/07

e) Aplicação na Manutenção e Desenvolvimento de Ensino (24,91 %)


Nesse caso, o defendente considerou os cálculos feitos anteriormente e acostou aos autos uma
relação de despesas retiradas do aplicativo SAGRES que, segundo ele, se referia a precatórios
trabalhistas, e deduziu-a da RCL do exercício. Após esse procedimento, havia atingido o
percentual de 25,14% da receita de impostos mais transferências. A Auditoria analisou a
documentação e concluiu que nem todas as despesas são oriundas de precatórios e que também
não se referem à função Educação, mantendo o cálculo original.

1) Aplicação em ações e serviços públicos de saúde


Com relação à aplicação em Saúde, o defendente afirmou que atingiu o percentual de 16,30%
das receitas de impostos mais transferências, e para comprovar incluiu no cálculo despesas com
INSS empresa, FGTS, PASEP e também precatórios trabalhistas. O Órgão Técnico apenas
considerou o rateio feito com as despesas do PASEP, com isso, o percentual passou de 13,40%
para 13,53%, ficando abaixo do mínimo exigido constitucionalmente.

g) Transporte escolar na zona rural realizado em veículo inadequado


No que tange ao transporte escolar, o defendente alegou que as estradas são de "terra batida" e
que somente veículos do tipo caminhonete poderiam trafegar por elas e que havia feito um
acordo com o Ministério Público do Estado e com o DETRAN/PB no sentido de adequar os
veículos contratados. A Auditoria não acatou os argumentos e citou que o Gestor deve obedecer
o Código Nacional de Trânsito para contratar veículos para estes fins.

h) Falta de controle de estoque da merenda e materiais de limpeza e expediente nas escolas


da zona rural
Concernente a falta de controle de estoque desses materiais, o gestor informou que tudo é bem
controlado por servidores destinados para esses fins e que o controle é feito no ato da entrega
dos respectivos produtos. Porém, por falta de comprovantes acostados aos autos, a Auditoria
deixou de considerar os argumentos apresentados.

i) Tombamento parcial dos bens do município


No que se refere à falta de tombamento dos bens do município, o defendente apenas citou que
vinha efetuando um levantamento para o devido cadastramento desses bens, sem citar o motivo
pelo qual deixou de fazê-lo. Com isso, ficou mantida a falha inicial.

j) Ausência de cadastro e contabilização das dívidas ativa tributária e não tributária


Nesse item, o gestor informou que houve uma falha no computador da Secretaria de Finanças
do Município e que não foi possível realizar o cadastro. Porém, após seu conserto foi possível
fazer o cadastro dos devedores. A Auditoria verificou junto aos autos e não encontrou o citado
cadastramento, mantendo a falha original.

k) Pagamento de remuneração abaixo do salário mínimo definido nacionalmente


Com relação a esse item, o defendente reconheceu a falha e afirmou que foram situações
pontuais que não mais se repetirão. Esse argumento apenas corroborou com o que foi levantado
pela Auditoria. ~
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

Processo TC nO02137/07

I) Utilização intensiva da ambulância para transporte comum de passageiros


Nesse caso, o Gestor declarou que como o Município não possui maternidade e nem hospital
para atendimento da população carente, usa intensivamente a ambulância municipal. A
Auditoria rebateu, explicando que as ambulâncias tem como função específica o transporte de
doentes com estado de saúde grave e não o transporte de simples pessoas para se submeterem a
exames comuns, não acatando dessa forma os argumentos levantados.

m)Não recolhimento das contribuições previdenciárias para o INSS


No que tange a esse item, o gestor informou que já se encontra regularizado, pois foram feitos
parcelamentos do débito com o INSS, tanto da parte dos empregados e empresa, como da parte
dos prestadores de serviços. A Auditoria se posicionou, declarando que os parcelamentos por si
só, não sanam as irregularidades anteriores, tendo em vista que ficou comprovada a
inadimplência das obrigações no prazo devido.

o Ministério Público veio aos autos e opinou pela ermssao de Parecer Contrário à
aprovação das contas em apreço, pugnou pelo atendimento parcial às disposições da Lei de
Responsabilidade Fiscal, com aplicação de multa ao gestor, com base no art 56, da LüTCE e pela
recomendação no sentido de evitar toda e qualquer ação administrativa que venha macular as
contas da gestão.

É o relatório, informando que o interessado e o seu representante legal foram notificados da


inclusão do processo na pauta desta sessão.

Sobre as irregularidades remanescentes, passo a comentar:

a) Quanto às irregularidades referentes ao montante da dívida consolidada, abertura de créditos


adicionais, reserva de contingência, estoque de merenda e matérias de expediente, tombamento
dos bens móveis, cadastro da dívida ativa e utilização intensiva da ambulância, ficou claro uma
falta de controle e zelo pelo patrimônio municipal, pois são falhas que poderiam ter sido
evitadas se tivesse sido exercido um maior controle no âmbito administrativo da entidade.
b) Como as despesas realizadas sem o devido processo licitatório representou apenas 0,60% da
despesa orçamentária e como a Auditoria não apontou nenhum prejuízo ao erário, sugiro que
essa falha seja afastada e recomendo ao Gestor que observe as normas que regem as licitações e
contratos.
c) No que tange ao transporte escolar, realizado de forma inadequada, deve o gestor obedecer às
normas contidas no Código Nacional de Trânsito Brasileiro, como também na RN TC 04/2004;
d) Com relação às contribuições previdenciárias, entendo que essa irregularidade está sanada, pois
o interessado acostou aos autos os Termos de Parcelamentos de Dívida Fiscal, compreendendo
todo o exercício de 2006;
e) Quanto às falhas referentes à aplicação em MDE e Ações e Serviços Públicos de Saúde abaixo

p
do mínimo exigido constitucionalmente e pagamento de salário inferior ao mi
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

Processo TC n° 02137/07

nacionalmente unificado, considerando o que disciplina a Constituição Federal e o Parecer


52/2004, desta Corte de Contas, proponho que este Tribunal:

1. Emita PARECER CONTRÁRIO à aprovação das contas do ex-Prefeito Municipal de São


José de Piranhas, Sr. José Ferreira de Carvalho, relativas ao exercício de 2006,
encaminhando-o à consideração da Egrégia Câmara de Vereadores do Município, com a
ressalva do Parágrafo Único do art. 124 do Regimento Interno deste Tribunal;
2. Recomende a adoção de medidas administrativas e gerenciais com vistas a não repetição das
falhas ora debatidas, e a realização de um controle mais efetivo no tombamento dos bens

-,
;...
móveis e imóveis e no estoque dos materiais adquiridos, conforme determina as Resoluções
Normativas desta Corte de Contas.

É a proposta, em 25 de março de 2009

AUDITOR OSCAR
1 DE SANTIAGO MELO
ATOR
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

Processo TC nO02137/07

o Processo TC n" 02137/07 trata da Prestação de Contas do ex-Prefeito Municipal de São


José de Piranhas, Sr. José Ferreira de Carvalho, relativa ao exercício de 2006.

o relatório elaborado pela Auditoria deste Tribunal, com base na documentação que
compõe os autos, destaca o seguinte:
a) A Prestação de Contas foi encaminhada a este Tribunal no prazo, instruída com todos os
documentos exigidos;
b) O orçamento para o exercício, Lei Municipal n° 319, de 25 de novembro de 2005, estimou a
receita e fixou a despesa em R$ 9.916.120,00, autorizou, ainda, a abertura de créditos
adicionais suplementares até o limite de 60% da despesa fixada;
c) A receita orçamentária arrecadada representou 108,27% de sua previsão;
d) A despesa empenhada correspondeu 108,13% de sua fixação;
e) Os gastos com obras e serviços de engenharia totalizaram R$ 1.376.654,64, correspondendo a
12,84% da Despesa Orçamentária Total;
1) A remuneração do Prefeito e do Vice-Prefeito obedeceu aos ditames da Lei Municipal n°
286/2004;
g) Os gastos com remuneração e valorização do magistério atingiram 64,05% dos recursos
oriundos do FUNDEF;
h) Os gastos com pessoal do Poder Executivo representaram 47,50% da RCL;
i) Os recursos repassados ao Poder Legislativo atingiram 7,52% da receita tributária, inclusive
transferências, efetivamente realizada no exercício anterior;
j) A inspeção in loco foi realizada no período de 25 a 29 de agosto de 2008;
k) Não houve registro de denúncias sobre irregularidades no exercício em análise;
I) O município não possui regime próprio de previdência.

A Auditoria apontou, ainda, diversas irregularidades em seu relatório inicial e, após a


análise da defesa apresentada pelo interessado, remanesceram as seguintes:

a) Montante da dívida consolidada - Por superar o limite previsto no art. 20 da LRF.

b) Abertura irregular de créditos adicionais suplementares


Por absoluta falta de controle orçamentário, pois quando se aumenta dotação para financiar
vencimentos e vantagens fixas, teria que haver, forçosamente, um acréscimo nas dotações para
as obrigações patronais.

c) Utilização da fonte reserva de contingência


Por ter sido utilizada fora da sua finalidade, visto que essa reserva se destina ao atendimento de
passivos contingentes e outros riscos capazes de comprometer as contas públicas, conforme
preceitua a LRF.

d) Realização de despesas sem o devido processo licita tório


Nesse item, a Auditoria considerou parte da documentação acostada aos autos e retificou o valor das
despesas realizadas sem licitação, que antes era de R$ 202.614,30, para R$ 66.~
correspondendo a 0,60% da despesa orçamentária realizada; ~\\ ~
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

Processo TC n° 02137/07

e) Aplicação na Manutenção e Desenvolvimento de Ensino (24,91 %)


Nesse caso, o defendente considerou os cálculos feitos anteriormente e acostou aos autos uma
relação de despesas retiradas do aplicativo SAGRES que, segundo ele, se referia a precatórios
trabalhistas, e deduziu-a da RCL do exercício. Após esse procedimento, havia atingido o
percentual de 25,14% da receita de impostos mais transferências. A Auditoria analisou a
documentação e concluiu que nem todas as despesas são oriundas de precatórios e que também
não se referem à função Educação, mantendo o cálculo original.

1) Aplicação em ações e serviços públicos de saúde


Com relação à aplicação em Saúde, o defendente afirmou que atingiu o percentual de 16,30%
das receitas de impostos mais transferências, e para comprovar incluiu no cálculo despesas com
INSS empresa, FGTS, PASEP e também precatórios trabalhistas. O Órgão Técnico apenas
considerou o rateio feito com as despesas do PASEP, com isso, o percentual passou de 13,40%
para 13,53%, ficando abaixo do mínimo exigido constitucionalmente.

g) Transporte escolar na zona rural realizado em veículo inadequado


No que tange ao transporte escolar, o defendente alegou que as estradas são de "terra batida" e
que somente veículos do tipo caminhonete poderiam trafegar por elas e que havia feito um
acordo com o Ministério Público do Estado e com o DETRANIPB no sentido de adequar os
veículos contratados. A Auditoria não acatou os argumentos e citou que o Gestor deve obedecer
o Código Nacional de Trânsito para contratar veículos para estes fins.

b) Falta de controle de estoque da merenda e materiais de limpeza e expediente nas escolas


da zona rural
Concernente a falta de controle de estoque desses materiais, o gestor informou que tudo é bem
controlado por servidores destinados para esses fins e que o controle é feito no ato da entrega
dos respectivos produtos. Porém, por falta de comprovantes acostados aos autos, a Auditoria
deixou de considerar os argumentos apresentados.

i) Tombamento parcial dos bens do município


No que se refere à falta de tombamento dos bens do município, o defendente apenas citou que
vinha efetuando um levantamento para o devido cadastramento desses bens, sem citar o motivo
pelo qual deixou de fazê-lo. Com isso, ficou mantida a falha inicial.

j) Ausência de cadastro e contabilização das dívidas ativa tributária e não tributária


Nesse item, o gestor informou que houve uma falha no computador da Secretaria de Finanças
do Município e que não foi possível realizar o cadastro. Porém, após seu conserto foi possível
fazer o cadastro dos devedores. A Auditoria verificou junto aos autos e não encontrou o citado
cadastramento, mantendo a falha original.

k) Pagamento de remuneração abaixo do salário mínimo definido nacionalmente


Com relação a esse item, o defendente reconheceu a falha e afirmou que foram situações
pontuais que não mais se repetirão. Esse argumento apenas corroborou com o que foi 1m. ado
pela Auditoria. ~ •
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

Processo TC n° 02137/07

I) Utilização intensiva da ambulância para transporte comum de passageiros


Nesse caso, o Gestor declarou que como o Município não possui maternidade e nem hospital
para atendimento da população carente, usa intensivamente a ambulância municipal. A
Auditoria rebateu, explicando que as ambulâncias tem como função específica o transporte de
doentes com estado de saúde grave e não o transporte de simples pessoas para se submeterem a
exames comuns, não acatando dessa forma os argumentos levantados.

m)Não recolhimento das contribuições previdenciárias para o INSS


No que tange a esse item, o gestor informou que já se encontra regularizado, pois foram feitos
parcelamentos do débito com o INSS, tanto da parte dos empregados e empresa, como da parte
dos prestadores de serviços. A Auditoria se posicionou, declarando que os parcelamentos por si
só, não sanam as irregularidades anteriores, tendo em vista que ficou comprovada a
inadimplência das obrigações no prazo devido.

o Ministério Público veio aos autos e opmou pela emissão de Parecer Contrário à
aprovação das contas em apreço, pugnou pelo atendimento parcial às disposições da Lei de
Responsabilidade Fiscal, com aplicação de multa ao gestor, com base no art 56, da LOTCE e pela
recomendação no sentido de evitar toda e qualquer ação administrativa que venha macular as
contas da gestão.

É o relatório, informando que o interessado e o seu representante legal foram notificados da


inclusão do processo na pauta desta sessão.

Sobre as irregularidades remanescentes, passo a comentar:

a) Quanto às irregularidades referentes ao montante da dívida consolidada, abertura de créditos


adicionais, reserva de contingência, estoque de merenda e matérias de expediente, tombamento
dos bens móveis, cadastro da dívida ativa e utilização intensiva da ambulância, ficou claro uma
falta de controle e zelo pelo patrimônio municipal, pois são falhas que poderiam ter sido
evitadas se tivesse sido exercido um maior controle no âmbito administrativo da entidade.
b) Como as despesas realizadas sem o devido processo licitatório representou apenas 0,60% da
despesa orçamentária e como a Auditoria não apontou nenhum prejuízo ao erário, sugiro que
essa falha seja afastada e recomendo ao Gestor que observe as normas que regem as licitações e
contratos.
c) No que tange ao transporte escolar, realizado de forma inadequada, deve o gestor obedecer às
normas contidas no Código Nacional de Trânsito Brasileiro, como também na RN TC 0412004;
d) Com relação às contribuições previdenciárias, entendo que essa irregularidade está sanada, pois

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o interessado acostou aos autos os Termos de Parcelamentos de Dívida Fiscal, compreendendo
todo o exercício de 2006;
e) Quanto às falhas referentes à aplicação em MDE e Ações e Serviços Públicos de Saúde abaixo

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do minimo exigido constitucionalmente e pagamento de salário inferior ao m
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

Processo TC n° 02137/07

nacionalmente unificado, considerando o que disciplina a Constituição Federal e o Parecer


52/2004, desta Corte de Contas, proponho que este Tribunal:

1. Emita PARECER CONTRÁRIO à aprovação das contas do ex-Prefeito Municipal de São


José de Piranhas, Sr. José Ferreira de Carvalho, relativas ao exercício de 2006,
encaminhando-o à consideração da Egrégia Câmara de Vereadores do Município, com a
ressalva do Parágrafo Único do art. 124 do Regimento Interno deste Tribunal;
2. Recomende a adoção de medidas administrativas e gerenciais com vistas a não repetição das
falhas ora debatidas, e a realização de um controle mais efetivo no tombamento dos bens
móveis e imóveis e no estoque dos materiais adquiridos, conforme determina as Resoluções
Normativas desta Corte de Contas.

É a proposta, em 25 de março de 20091P:. .. ,~


AUDITOR OSCAR SANTIAGO MELO
ATOR

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