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TRIBUNAL DE CONTAS DO ~~~iãriidi#~~f?~~


Processos Te n° 02730/05

Fundo Municipal de Saúde de Cubati. Prestação


de Contas do exercício de 2004. Irregularidade das
contas. Aplicação de multa. Recomendações.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos do processo TC N° 02730/05, referente à Prestação de


Contas do Fundo Municipal de Saúde de Cubati, relativa ao exercício financeiro de 2004, sob a
responsabilidade do Sr. Gilmar Martins Dantas, período de janeiro a março, e da Sra. Gicele Fernandes
Martins Dantas, período de abril a dezembro, e

CONSIDERANDO que compete ao Tribunal de Contas do Estado, nos termos das Constituições
Federal e Estadual, clc a Lei Complementar n? 18/1993, julgar as contas dos administradores e demais
responsáveis por dinheiro, bens e valores públicos;

CONSIDERANDO o relatório da Auditoria, o parecer do Ministério Público junto ao Tribunal, o voto


do Relator e o mais que dos autos consta,

ACORDAM os integrantes do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, à unanimidade, com declaração


de impedimento do Cons. Fábio Túlio Filgueiras Nogueira, em sessão plenária hoje realizada, em:

1. Julgar irregular a Prestação de Contas do Fundo Municipal de Saúde de Cubati, relativa ao exercício
de 2004, com a ressalva de que esta decisão decorreu do exame dos fatos e provas constantes dos autos,
sendo suscetível de revisão se novos fatos ou provas, inclusive mediante diligências especiais do
Tribunal, vierem a interferir de modo fundamental nas conclusões alcançadas;
2. Aplicar multa individual no valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais) cada, ao Sr. Gilmar Martins
Dantas e a Sra. Gicele Fernandes Martins Dantas, ex-Gestores do Fundo Municipal de Saúde de
Cubati, em vista das irregularidades constatadas;
3. Conceder-lhes o prazo de 60 dias para recolhimento das multas aos cofres do Estado, sob pena de
cobrança executiva, nos termos da Constituição Estadual;
4. Recomendar à atual Administração do Fundo Municipal de Saúde de Cubati a adoção de medidas no
sentido de conferir estrita observância às normas legais, inclusive quanto à organização e manutenção
da Contabilidade, evitando a repetição das falhas constatadas e promovendo o aperfeiçoamento da
gestão.

Presente ao julgamento a Exma. Sra. Procuradora Geral em exercício.


Publique-se e cumpra-se.
TC - Plenário Min. J -
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

Processos Te n° 02730/05

o processo TC n° 02730/05 trata da prestação de contas do Fundo Municipal de Saúde de


Cubati, relativa ao exercício de 2004, sob a responsabilidade do Sr. Gilmar Martins Dantas, período
de janeiro a março, e Gicele Fernandes Martins Dantas, período de abril a dezembro.
A Auditoria, após analise do que contém os autos, fez as seguintes observações:
1. O Fundo foi criado pela Lei n° 04 de 10/03/1993 com o objetivo de criar condições financeiras
e de gerência dos recursos destinados ao desenvolvimento das ações de saúde, executadas ou
coordenadas pela Secretaria Municipal de Saúde;
2. As receitas arrecadadas no exercício somaram R$ 549.491,17 e as despesas totalizaram
R$ 501.077,24, gerando superávit de R$ 48.413,93;
3. A Receita Corrente correspondeu à totalidade da receita arrecadada; sendo 82,67% do seu valor
oriundo de transferências da União e 17,33% de transferências do município;
4. As despesas com pessoal e encargos sociais representaram 59,94% da despesa realizada,
enquanto que Outras Despesas Correntes corresponderam a 40,06%.
Foram apontadas ainda diversas irregularidades, tendo sido notificado para apresentar defesa
apenas o Sr. Gilmar Martins Dantas. O interessado deixou correr o prazo sem apresentação de
quaisquer esclarecimentos.
O Processo seguiu ao Ministério Público cujo representante emitiu Parecer opinando pela
regularidade com ressalva das contas, aplicação de multa ao Gestor e recomendações.
Diante de indícios, apontados pelo Relator, acerca de mudança de gestor durante o exercício, o
processo retomou ao Órgão de Instrução com a finalidade de verificação do fato e separação das
irregularidades de acordo com a responsabilidade de cada gestor. A Auditoria confirmou a existência
de dois gestores no exercício e procedeu a separação das irregularidades, relatório fls.195/196.
Houve nova notificação, tendo sido apresentadas defesas pelos dois gestores. O Órgão Técnico
analisou as defesas apresentadas e apontou, como remanescentes, as seguintes irregularidades:

GESTOR RESPONSÁVEL: Gilmar Martins Dantas (janeiro a março):

a) Divergência nos valores de receita transferida pelo município registrados nos balancetes
mensais e nos extratos bancários

A defesa alegou que a diferença corresponde a valores transferidos do Município para a


Tesouraria do Fundo para pagamento de empenhos. A Auditoria não acatou as alegações visto que os
valores informados não condizem com a realidade.

b) Empenho de despesas de pessoal do exercício anterior como despesas do exercício

A Auditoria argumenta que os gastos com pessoal não se enquadram no conceito das despesas
que poderiam ser empenhadas no exercício seguinte na dotação de despesas de exercícios anteriores,

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discordando, portanto, do que a defesa alegou.

c) Transferências de recursos da União para a conta de recnrsos próprios, preindicaJ.t ...


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separação das fontes de recursos utilízadas para quitação de despesas do Fundo

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Processos Te n° 02730/05

o defendente alega que não houve prejuízo ao erário e que o importante é a contabilização da
receita, que foi corretamente classificada. O Órgão de Instrução entende que a transferência entre
contas dificulta a identificação da origem dos recursos quando da análise de sua aplicação em saúde e
mantém seu entendimento.

d) Deficiência na elaboração dos Anexos XI dos balancetes mensais, tendo em vista ausência
de demonstração das despesas pagas no período, e incompatibilidade quanto ao total de
despesas pagas com recursos próprios, com relação aos recursos financeiros

A Auditoria não constatou a presença dos anexos retificados que o gestor afirma ter enviado.

e) Emissão de cheques sem provisão de fundos, no total de R$ 4.227,02, acarretando


pagamento de taxas e tarifas no total de R$ 93,50

A defesa argumenta que não houve prejuízo aos credores e que o prejuízo causado aos cofres
públicos foi devidamente ressarcido. A Auditoria mantém a irregularidade por entender que a emissão
de 10 cheques sem provisão caracteriza descontrole administrativo e financeiro praticados no
município.

1) Ausência de recolhimento aos órgãos competentes de consignações retidas no período, no


total de R$ 12.754,91

Quanto ao INSS, a defesa afirma que houve parcelamento por parte do município. No tocante
às demais receitas, ISS e IRR, argumenta que devem ser consideradas receitas transferidas do
município, uma vez que parte delas (15%) retoma ao Fundo Municipal de Saúde. A Auditoria alega
que não foi anexada aos autos qualquer comprovação que pudesse alterar o entendimento inicial.

GESTOR RESPONSÁVEL: Gicele Fernandes Martins Dantas (abril a dezembro):

a) Divergência nos valores de receita transferida pelo município, nos meses de abril, junho,
julho e novembro, entre o registrado nos balancetes mensais e os extratos bancários

A defesa informa que a diferença é relativa a recursos transferidos à Tesouraria do Fundo


Municipal para pagamento de empenhos diversos, elencados pela gestora. A Auditoria observa que
não foram anexadas cópias da documentação e que, em consulta ao SAGRES, não foi verificado
registro dos citados empenhos.

b) Registro de receita transferida pelo município não comprovada no valor de R$ 5.400,00,


tendo em vista ausência do extrato bancário do mês de maio

A Auditoria retificou o valor de receita sem comprovação, que passou para R$ 300,00, pois não
foi localizado no SAGRES do município registro do empenho informado.
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Processos Te n° 02730/05

c) Falta de empenho de parte das despesas de pessoal (R$ 52.680,86) de competência do


exercício, descumprindo o princípio da competência da despesa pública e burlando a
apuração dos gastos com Pessoal

A defesa afirma que não havia disponibilidade financeira para folha de pagamento e justifica a
falha com base no art. 37 da Lei 4.320/64. A Auditoria não acata a justificativa tendo em vista que para
o empenhamento de despesas deve ser observado o regime de competência.

d) Deficiência na elaboração dos Anexos XI dos balancetes mensais, tendo em vista a


incompatibilidade quanto ao total de despesas pagas com recursos próprios, com relação
aos recursos financeiros

o gestor afirma ter retificado e enviado os referidos anexos. A Auditoria, no entanto, não
constatou a presença dos anexos retificados no processo em análise.

e) Insuficiência financeira para cumprir as obrigações inscritas em restos a pagar e


consignações

A defendente alega que o valor de restos a pagar é resultado de saldo de exercícios anteriores e
que a inscrição no exercício foi de apenas R$ 400,00, o que não gera insuficiência financeira já que a
disponibilidade ao final de exercício foi de R$ 16.859,24. A Auditoria entende que houve contração de
dívida sem disponibilidade financeira e que deixou de ser observado o artigo 1°, § 1° da LRF.

f) Emissão de cheques sem provisão de fundos, no total de R$ 8.550,11, acarretando


pagamento de taxas e tarifas no total de R$ 62,10

A defesa argumenta que não houve prejuízo aos credores e que o prejuízo causado aos cofres
públicos foi devidamente ressarcido. A Auditoria mantém a irregularidade por entender que a emissão
de cheques sem provisão caracteriza descontrole administrativo e financeiro praticados no município.

g) Ausência de recolhimento aos órgãos competentes de consignações retidas no período de


março a dezembro no total de R$ 5.839,48

Quanto ao INSS, a defesa afirma que houve parcelamento por parte do município. No tocante
às demais receitas, ISS e IRR, argumenta que devem ser consideradas receitas transferidas do
município, uma vez que parte delas (15%) retoma ao Fundo Municipal de Saúde. A Auditoria alega
que não foi anexada aos autos qualquer comprovação que alterasse o entendimento.

o processo seguiu ao Ministério Público que opinou pela regularidade com ressalva das
contas do Sr. Gilmar Martins Dantas (janeiro a março) e da Sra. Gicele Fernandes Martins Dantas
(abril a dezembro), na qualidade de gestores do Fundo Municipal de Saúde de Cubati, durante os
indicados períodos de 2004; aplicação de multa aos gestores, em razão dos fatos apurados e remessa
de recomendações à atual gestão para prevenir as falhas apuradas na presente prestação de contas.

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

Processos Te n° 02730/05

É o relatório, informando que os interessados foram notificados da inclusão do processo na


presente sessão.

Diante do exposto, e considerando que permaneceu a maioria das irregularidades apontadas pelo
Órgão Técnico de Instrução, denotando um descontrole administrativo e contábil no Fundo Municipal
de Saúde de Cubati, voto no sentido de que este Tribunal:

1. Julgue irregular a Prestação de Contas do Fundo Municipal de Saúde de Cubati, relativa ao


exercício de 2004, com a ressalva de que esta decisão decorreu do exame dos fatos e provas
constantes dos autos, sendo suscetível de revisão se novos fatos ou provas, inclusive mediante
diligências especiais do Tribunal, vierem a interferir de modo fundamental nas conclusões
alcançadas;
2. Aplique multa individual no valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais) cada, ao Sr. Gilmar
Martins Dantas e a Sra. Gicele Fernandes Martins Dantas, ex-Gestores do Fundo
Municipal de Saúde de Cubati, em vista das irregularidades constatadas;
1. Conceda-lhes o prazo de 60 dias para recolhimento das multas aos cofres do Estado, sob pena
de cobrança executiva, nos termos da Constituição Estadual;
2. Recomende à atual Administração do Fundo Municipal de Saúde de Cubati a adoção de
medidas no sentido de conferir estrita observância às normas legais, inclusive quanto à
organização e manutenção da Contabilidade, evitando a repetição das falhas constatadas e
promovendo o aperfeiçoamento da gestão.

É o voto, em 08 de abril de 2009.


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CONS. SUBST. ÜSCA /~DE SANTIAGO MELO

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