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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO


PROCESSO TC 4.872/07

Prefeitura Municipal de Taperoá - Inspeção Especial -


Atos de gestão irregular - Aplicação de multa - Assinação
de prazo

ACÓRDÃO APL TC N° 5~ s /09

oProcesso TC 4.872/07 trata de Inspeção Especial realizada na Prefeitura


de Taperoá, tendo como objeto supostas irregularidades ocorridas na gestão de
pessoal, durante a administração dos Srs. Luiz José Monteiro de Farias e Deoclécio
Moura Filho, respectivamente, ex-Prefeito e Prefeito daquele município.

CONSIDERANDO que a douta Auditoria, após analisar os documentos


constantes nos autos, inclusive os esclarecimentos apresentados pelo atual Prefeito
já citado, e realizar inspeção "in loco" no referido município, Constatou a ocorrência
das seguintes irregularidades:

1) Contratação exagerada de pessoal sem a prévia realização de concurso


público, através da OSCIP INTERSET;
2) Não pagamento dos salários de novembro e dezembro do exercício de 2004 e
dos meses de janeiro a abril do exercício de 2007 aos agentes públicos
municipais;
3) Não pagamento dos décimo terceiros salários;
4) Não concessão ou pagamento de férias;
5) Concessão de gratificação sem o devido amparo legal e de forma não
isonômica;
6) Acumulação indevida de cargo na Prefeitura Municipal de Taperoá e com
emprego público em empresa estatal em outro município por parte do servidor
Edson Aprígio de Brito;
7) Presença de diversos prestadores de serviços exercendo atividades ou
ocupando funções inerentes a cargos comissionados.

CONSIDERANDO que a Divisão de Licitação e Contratos desta Corte, ao se


pronunciar nos autos, informou estarem os Termos de Parceria firmados entre a
Prefeitura daquele município e a OSCIP INTERSET sendo analisados nos autos do
Processo TC 3.959/07, o qual encontra-se anexado ao Processo TC 2.199/07 cujo
objeto é a Prestação de Contas do Município, relativa ao exercício financeiro de
2006.
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
PROCESSO TC 4.872/07

CONSIDERANDO que o Ministério Público Especial pugnou, em síntese pela


(a) Ilegalidade dos atos de gestão, (b) aplicação de multa pessoal ao Prefeito do
Município de Taperoá, Sr. Deoclécio Moura Filho e ao ex-Prefeito, Sr. Luiz José
Monteiro de Farias, (c) assinação de prazo ao atual Gestor do Município de Taperoá
para restabelecimento da legalidade; (d) representação ao Ministério Público
Comum acerca dos fatos apurados e possivelmente cometidos pelo Prefeito de
Taperoá, Sr. Deoclécio Moura Filho; (e) comunicação ao MPT - Procuradoria do
Trabalho da 13a Região, sobre a burla aos direitos trabalhistas dos contratados em
questão, com envio da documentação pertinente; e (f) devidas recomendações
recomendação ao atual gestor Municipal;

CONSIDERANDO que, no entendimento do Relator, as irregularidades


referentes à concessão de gratificação sem o devido amparo legal e de forma não
isonômica; à acumulação indevida de cargo na Prefeitura Municipal de Taperoá e
com emprego público em empresa estatal em outro município por parte do servidor
Edson Aprígio de Brito; e à presença de diversos prestadores de serviços exercendo
atividades ou ocupando funções inerentes a cargos comissionados vão de encontro
ao disposto nos incisos V, X e XVI, do art. 37, da Constituição Federal, sendo
aplicável a multa prevista nos incisos" e 111, do art, 56 da LOTCE-PB;

CONSIDERANDO que as demais irregularidades, segundo o Relator, possuem


natureza trabalhista, escapando a sua análise à competência desta Corte;

CONSIDERANDO o Relatório e o Voto do Relator, o pronunciamento do Órgão


de Instrução, o Parecer escrito e oral do Ministério Público junto a esta Corte e o
mais que dos autos consta;

ACORDAM os Conselheiros do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO


DA PARAíBA, na sessão realizada nesta data, por unanimidade de votos,
em:

1. Julgar irregulares os atos de gestão relativos à (a) concessão de gratificação


sem o devido amparo legal e de forma não isonômica; (b) à acumulação
indevida de cargo na Prefeitura Municipal de Taperoá e com emprego público
em empresa estatal em outro município por parte do servidor Edson Aprígio de
Brito; e (c) à presença de diversos prestadores de serviços exercendo
atividades ou ocupando funções inerentes a cargos comissionados
supracitados;
2. Aplicar multa pessoal ao Prefeito do Município de Taperoá, Sr. Deoclécio
Moura Filho, e ao ex-Prefeito daquele município, Sr. Luiz José Monteiro de
Farias, no valor de R$ 2.805,10 para cada um, nos termos do art. 56, li, da Lei
Orgânica deste Tribunal;
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TRIBUNAL
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DE CONTAS DO ESTADO

3. Assinar aos senhores acima identificados o prazo de 30 (trinta) dias para


comprovar a esta Corte de Contas o recolhimento das multa aplicadas ao
tesouro Estadual à conta do Fundo de Fiscalização Orçamentária e Financeira
Municipal, informando-lhes ainda que, caso não efetuem o recolhimento
voluntário, cabe ação a ser impetrada pela Procuradoria Geral do Estado,
devendo-se dar a intervenção do Ministério Público, na hipótese de omissão
da PGE, nos termos, do § 4° do art. 71 da Constituição Estadual;
4. Assinar o prazo de 60 (sessenta) dias para que o atual Prefeito comprove a
este Tribunal o restabelecimento da legalidade, notadamente no que se
refere aos atos de gestão ora julgados irregulares;
5. Determinar que se comunique ao Ministério Público do Trabalho da 13a Região
acerca das infrações de natureza trabalhista identificadas nestes autos;
6. Determinar que se represente ao Ministério Público Comum acerca dos
supostos atos de improbidade administrativa cometidos pelo Prefeito do
Município de Taperoá, Sr. Deoclécio Moura Filho;
7. Recomendar ao atual gestor Municipal, no sentido de observar o que
prescreve a Constituição Federal, bem como as Leis que compõem o
ordenamento jurídico pátrio, a fim de não mais incorrer em vícios
transgressores da legalidade, evitando, assim, a repetição das falhas ora
constatadas;
8. Determinar que se remeta cópia da presente decisão aos interessados.

Presente ao julgamento o Exmo. Senhor Procurador Geral em


exercício.

Publique-se, registre-se, cumpra-se.

Te - PLENÁRIO MINISTRO JOÃO AGRIPINO

João Pessoa, IC de .;,,,,\._"'_C de 2009.


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ANDRÉ CARLO TORRES PON S
Procurador-Geral em exercício

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