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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
I PROCESSO TC 05546/07 ~I
3. Emprego de 58,24% dos recursos do FUNDEF na Remuneração e Valorização
do Magistério;
4. Verificação de incompatibilidade entre os demonstrativos apresentados a este
Tribunal;
5. Recebimento pelo ex-Prefeito, Senhor Márcio Roberto da Silva, da importância
de R$ 15.562,10 a título de diárias, haja vista não constar nos autos a
regularidade e legalidade dessa despesa;
6. Recebimento pelo Secretário da Educação e Cultura, Senhor Francisco das
Chagas Santos, do valor de R$ 5.865,00, haja vista que nos autos não estão
comprovadas a regularidade e legalidade da despesa;
7. Aplicação em despesas fora dos objetivos do FUNDEF, no valor de R$
35.839,21;
8. Diferença de R$ 55.199,76 entre o saldo contábil e o conciliado do FUNDEF;
9. Inexistência de 12,62% dos procedimentos Iicitatórios exigíveis.
Ademais, opinou no sentido de que esta Corte de Contas represente a Procuradora
do ex-Prefeito, Senhora Ana Priscila Alves de Queiroz, junto à OAB-PB e Ministério
Público Estadual, o ex-Prefeito, Senhor Márcio Roberto da Silva e o ex-Secretário de
Educação, Senhor Francisco das Chagas Santos, ambos junto ao Ministério Público
Estadual por falsificação e utilização de documentos públicos com inserção de
declaração falsa para comprovação de despesas com diárias, caracterizando ilícito penal
previsto no Código Penal Brasileiro (Decreto-lei 2848/40), além do que as ditas despesas
foram empenhadas a posteriori, o que é vedado pelo art. 60 da Lei 4320/64.
Instado a se pronunciar, o Ministério Público Especial, através do ilustre Procurador
Marcílio Toscano Franca Filho, opinou, após considerações, em preliminar, pelo
conhecimento do presente recurso, por atender aos pressupostos de admissibilidade e,
no mérito, pela procedência parcial do pedido, considerando firme e válida a decisão
consubstanciada através do Acórdão APL TC 185/2007, retificando apenas os valores
pagos a título de diárias sem a devida comprovação ao Senhor Márcio Roberto da Silva
de R$ 21.388,35 para R$ 15.562,10.
Foram realizadas as comunicações de praxe.
É o Relatório.
PROPOSTA DE DECISÃO
o Relator, considerando o novo exame que se fez dos autos, tem o seguinte
entendimento acerca do que restou como máculas ensejadoras das decisões atacadas:
1. No que tange à verificação de inco tibilidade entre demonstrativos
apresentados a este Tribunal, concern e receita do FUNDEF, no valor de
R$ 71.600,00, verifica-s que ta fa resta esclarecido, por motivos
colacionados pelo Rela or qu do da apreciação do Recurso de
Reconsideração (Acórd o PL C 5/2007), não havendo mais o que se
falar acerca de tal mácul
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1 Tal valor advém do montante de R$ 23.127,45, apontado nas decisões iniciais (Parecer PPL TC 13112003e Acórdão APL TC
500/2003), diminuído da quantia de R$ 1.739,10 (comprovação de diárias), assim considerado no Acórdão APL TC 185/2007
(Recursode Reconsideração),não o sendo novamente nesta ocasião.
2 Foi considerado o valor informado no Relatório Inicial da Auditoria, t em vista que a comprovação apresentada relaciona-se
com o valor total gasto a esse título, não obstante o recorrenteter inf o R$ 8.660,00.
3 A Auditoria ainda considerou a quantia de R$ 5.53 80 como g t adicional com a construção de quadra de esportes, admitido
pelo interessado em outra irregularidade, dimin . do- deste ai o valor de R$ 2.350,00 referente à comprovação de diárias
concedidasno âmbito da Secretaria de Educação.
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O retorno à conta corrente do Fundo, no valor de R$ 71.600,00, decorreu de
determinação contida no Acórdão APL TC 373/2001 (PCA 1999), sendo
devidamente reconhecido como receita do período (exercício de 2001),
culminando, assim, com o afastamento da irregularidade ora em comento;
6. Não é procedente a reclamação do recorrente com vistas à apropriação de
R$ 26.265,36 (fls. 28) na MOE, uma vez que o montante retido no FPM ao
INSS, com base no qual foi realizado tal rateio, diz respeito a valores pagos a
título de parcelamento àquele órgão previdenciário (exercícios anteriores a
2001), não mantendo pertinência, portanto, com as despesas ora
questionadas, que se referem ao exercício em epígrafe, além do que, o
quantum é bem maior que o descontado sob a rubrica de INSS-EMPRESA
(contribuições previdenciárias incidentes sobre folhas de pagamento corrente),
também no FPM, que somou o montante de apenas R$ 9.667,60, não
havendo, pois, justificativas para mudança do percentual de aplicação
(24,30%);
7. O recorrente, que ao longo da tramitação, exigiu a inclusão na conta corrente
do FUNOEF de R$ 71.600,00, o que acabou ocorrendo por determinação do
Acórdão APL TC 372/2001 (PCA exercício 1999), nesta oportunidade requer
que não seja esta considerada para efeito da composição da base de cálculo
da RVM, na contramão, evidentemente, do que estabelece o artigo 7° da Lei
9.424/96. Também não trouxe qualquer despesa nova que pudesse ser
admitida para o aumento do índice já apurado de 58,24%.
Ante o exposto, propõe o Relator aos integrantes do Tribunal Pleno no sentido de
que CONHEÇAM do Recurso de Revisão interposto, por atendidos os pressupostos de
admissibilidade, CONCEDENDO-LHE PROVIMENTO PARCIAL para alterar alguns
aspectos do que motivaram as decisões recorridas, a saber: a) diminuição do valor
imputado ao ex-Prefeito, Senhor Márcio Roberto da Silva, por diárias não
comprovadas, passando de R$ 21.388,354 para R$ 14.638,35; b) redução do valor
imputado ao ex-Secretário da Educação e Cultura, Senhor Francisco das Chagas
Santos, por diárias não comprovadas, de R$ 4.770,005 para R$ 4.165,00; c)
aplicação em despesas fora dos objetivos do FUNDEF, de R$ 33.064,41 para R$
27.164,41, fazendo retorná-lo à conta do Fundo, com recursos do próprio
município.
Mantidos incólumes os demais itens que serviram de esteio para as decisões
vergastadas, a seguir elencados:
1. Aplicação de 24,30% das receitas de impostos mais transferências na MOE;
2. Emprego de 58,24% dos recursos do FUNOEF na Remuneração e Valorização
do Magistério;
3. Inexistência de 12,62% dos procedimentos licitatórios exigíveis.
É a Proposta.
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4 Nas decisões contidas no Parecer PPl TC 131/2003 e Acórdão APl TC 500/2003 o valor era de R$ 23.127,45 assando para
R$ 21.388,35 quando da apreciação do Recurso de Reconsideração (Acórdão APl TC 185/2007)./
5 Nas decisões contidas no Parecer PPl TC 13112003e Acórdão APl TC 500/2003 o valo er de R$ 6~JO passando para
R$ 4.770,00 quando da apreciação do Recurso de Reconsideração (Acórdão APl TC 185/2007 /
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DECISAo DO TRIBUNAL
Vistos, relatados e discutidos os autos do PROCESSOTC-05546/07;e
CONSIDERANDOos fatos narrados no Relatório;
CONSIDERANDOo mais que dos autos consta;
ACORDAM os MEMBROS do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA
PARAíBA (TCE-PbJ, à unanimidade, de acordo com a Proposta de Decisão do
Relator, na Sessão desta data, em CONHECER do RECURSO DE REVISÃO
interposto, por atendidos os pressupostos de admissibilidade, CONCEDENDO-LHE
PROVIMENTO PARCIAL para alterar alguns aspectos das motivações
fundamentadoras das decisões recorridas, a saber: aJ diminuição do valor
imputado ao ex-Prefeito, Senhor Márcio Roberto da Silva, por diárias não
comprovadas, passando de R$ 21.388,35 para R$ 14.638,35; b) redução do valor
imputado ao ex-Secretário da Educação e Cultura, Senhor Francisco das Chagas
Santos, por diárias não comprovadas, de R$ 4.770,00para R$ 4.165,00; c) aplicação
em despesas fora dos objetivos do FUNDEF, de R$ 33.064,41 para R$ 27.164,41,
fazendo retorná-lo à conta do Fundo, com recursos do próprio municipio.
Mantidos os demais itens das decisões vergastadas, quais sejam:
1. Aplicação de 24,30% das receitas de impostos mais transferências na
MDE;
2. Emprego de 58,24% dos recursos do FUNDEF na Remuneração e
Valorização do Magistério;
3. Inexistência de 12,62% dos procedimentos licitatórios exigíveis.
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