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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTAOO-w._~~~~~_-..J
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PROCESSOTC N.o 02437/06
1) Com fundamento no art. 71, inciso 11, da Constituição do Estado da Paraíba, bem como
no art. 1°, inciso I, da Lei Complementar Estadual n.o 18/93, JULGAR IRREGULAREfas
referidas contas. \ k:..
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PROCESSOTC N.o 02437/06
3) ASSINAR o lapso temporal de 60 (sessenta) dias para recolhimento voluntário aos cofres
públicos municipais do montante imputado, sob pena de responsabilidade e intervenção do
Ministério Público Estadual, na hipótese de inércia, tal como previsto no art. 71, § 4°, da
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Constituição do Estado da Paraíba, e na Súmula n. 40 do colendo Tribunal de Justiça do
Estado da Paraíba - TJ/PB.
4) APLICAR MULTA ao Chefe do Poder Executivo da Urbe, Sr. Edílson Pereira de Oliveira, no
valor de R$ 2.805,10 (dois mil, oitocentos e cinco reais e dez centavos), com base no que
dispõe o art. 56, incisos 11e 111,da Lei Complementar Estadual n.o 18/93 - LOTCE/PB.
6) ENCAMINHAR cópia dos documentos encartados aos autos, fls. 2.092/2.160, 2.457/2.512,
3.117/3.135, 3.245/3.267, 4.463/4.492, 4.561/4.566 e 4.661/4.666, e desta decisão à
Divisão de Auditoria da Gestão de Pessoal - DIGEP, tendo como objetivo apurar a possível
acumulação indevida de cargos públicos, praticada pelos Srs. Ornaldino Rodrigues dos
Santos e Reginaldo Cavalcante.
7) FIXAR termo de 30 (trinta) dias para que o Prefeito Municipal de Coremas/PB comprove o
lançamento e a cobrança do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN, bem
como do Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF, não retidos, sob pena de, não
comprovados no tempo próprio, imputar-se ao responsável a quantia correspondente.
8) ENVIAR cópia desta decisão aos Vereadores da Comuna, Srs. Gregório Soares Neto,
Janderley Batista de Sousa e Francisco de Assis Clementino, subscritores da denúncia
formulada em face do Sr. Edílson Pereira de Oliveira, para conhecimento.
9) FAZER recomendações no sentido de que o Alcaide, Sr. Edílson Pereira de Oliveira, não
repita as irregularidades apontadas nos relatórios da unidade técnica deste TribUnal(
observe, sempre, os preceitos constitucionais, legais e regulamentares pertinentes.
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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
10) Com fulcro no art. 71, inciso XI, c/c o art. 75, caput, da Constituição Federal, REMETER
cópias das peças técnicas, fls. 2.979/2.987, 3.124/3.135, 3.221/3.229, 4.561/4.566,
4.601/4.604 e 4.653/4.658, do parecer do Ministério Público Especial, fls. 4.661/4.666, e
desta decisão à Secretaria de Controle Externo - SECEX do ego Tribunal de Contas da União
na Paraíba para adoção das providências necessárias, notadamente no que respeita ao
excesso de pagamentos relacionados à obra de ampliação e melhoria do sistema de
abastecimento do Município de Coremas/PB, objeto do Convênio FUNASA n. o 252/04.
11) Também com base no art. 71, inciso XI, c/c o art. 75, cabeça, da Lei Maior,
ENCAMINHAR cópias das referidas peças à augusta Procuradoria Geral de Justiça do Estado
da Paraíba, bem como à egrégia Procuradoria da República na Paraíba para as providências
cabíveis.
Quanto aos gastos condicionados, verificaram os analistas desta Corte que: a) o Município
despendeu com saúde a importância de R$ 814.998,61 ou 14,82% da RIT; b) as despesas
com pessoal da municipalidade, já incluídas as do Poder Legislativo, alcançaram o montante
de R$ 3.710.373,81 ou 49,05% da RCL; c) a aplicação na manutenção e desenvolvimento do
ensino atingiu o valor de R$ 1.428.942,27 ou 25,99% da RIT; e d) a despesa com recursos
do FUNDEF na remuneração dos profissionais do magistério alcançou o montante de
R$ 722.248,22, representando 67,41% da cota-parte recebida no exercício.
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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
É o relatório.
Após análise minuciosa do conjunto probatório encartado aos autos, constata-se que as
contas apresentadas pelo Prefeito Municipal de Coremas/PB, Sr. Edílson Pereira de Oliveira,
relativas ao exercício financeiro de 2005, revelam diversas máculas remanentes.
Entrementes, em que pese o posicionamento dos peritos desta Corte informado na análise
de defesa, fI. 4.563, impende comentar, ab initio, que as despesas ditas irregulares com
obras executadas pela empresa A. F. CONSTRUÇÕES LTDA., considerada inidônea, no total
de R$ 76.385,21, não pode prosperar.
Com efeito, a suposta inidoneidade foi apontada com base no Ofício n. o 820/06 - SER, da
Secretaria de Estado da Receita, fls. 3.010/3.011, que informou não haver sido identificado
no cadastro de contribuintes registro de inscrição da citada razão social. Contudo, no mesmo
ofício, consta observação acerca das empresas nele mencionadas, comunicando que são
firmas constituídas e que o Estado era obrigado a tratá-Ias como consumidor final,
eximindo-as de determinadas obrigações fiscais e autorizando a liberação de carga talonária
para a saída de mercadorias a serem empregadas nos canteiros de obras contratadas.
No entanto, embora a referida mácula não tenha comprometido a regularidade das contas
sub studio, o Chefe do Poder Executivo de Coremas, Sr. Edílson Pereira de Oliveira, deve ser
recomendado a evitar a reincidência com o intuito de garantir o atendimento da principal
finalidade pretendida pelo legislador ordinário, através da inserção no ordenamento jurídico
tupiniquim da festejada Lei de Responsabilidade Fiscal - Lei Complementar Nacional n.o 101,
de 04 de maio de 2000 -, qual seja, a implementação de um eficiente planejamento por
parte dos gestores públicos, com vistas à obtenção do equilíbrio das contas por eles
administradas, conforme estabelece o seu art. 1°, § 1°, in verbis:
Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio,
induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou
qualquer outro meio fraudulento:
§ 10 C omissis)
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Em que pese o valor remanescente, cabe destacar que a licitação é o meio formalmente
vinculado que proporciona à Administração Pública melhores vantagens nos contratos e
oferece aos administrados a oportunidade de participar dos negócios públicos. Quando não
realizada, representa séria ameaça aos princípios constitucionais da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, bem como da própria probidade
administrativa.
Com efeito, deve ser enfatizado que a não realização do mencionado procedimento Iicitatório
exigível vai, desde o início, de encontro ao preconizado na Constituição da República
Federativa do Brasil, especialmente o disciplinado no art. 37, inciso XXI, ipsis !itteris:
I - ( ... )
Ademais, consoante previsto no art. 10, inciso VIII, da lei que dispõe sobre as sanções
aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato,
cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional - Lei
Nacional n.O 8.429, de 02 de junho de 1992 -, a dispensa indevida do procedimento de
licitação consiste ato de improbidade administrativa que causa prejuízo ao erário, senão
vejamos:
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Contudo, tendo em vista que o direito de realizar o lançamento dos tributos decai em
5 (cinco) anos para a Fazenda Municipal, nos termos dos artigos 142 e 173, do Código
Tributário Nacional - CTN, e que o fato gerador ocorreu em 2005, deve o Prefeito ser
orientado a fazer a cobrança do crédito tributário faltante, referente às Notas de Empenho
n.os 138, 162, 363, 568, 1.226, 2.280 e 2.341, sob pena de imputação ao responsável da
quantia correspondente.
O artigo 70, parágrafo único, da Carta Magna, dispõe que a obrigação de prestar contas
abrange toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde,
gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União, os Estado _
ou os Municípios respondam, ou que, em nome destes entes, assuma obrigaçõe de )
natureza pecuniária. I" -
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TRIBUNALDECONTASDO ESTADO
Importa notar que imperativa é não só a prestação de contas, mas também a sua completa
e regular prestação, já que a ausência ou a imprecisão de documentos que inviabilizem ou
tornem embaraçoso o seu exame é tão grave quanto a omissão do próprio dever de
prestá-Ias, sendo de bom alvitre destacar que a simples indicação, em extratos, notas de
empenho, notas fiscais ou recibos, do fim a que se destina o dispêndio não é suficiente para
comprová-lo, regularizá-lo ou legitimá-lo.
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Visando aclarar o tema em disceptação, vejamos parte do voto do ilustre Ministro Moreira
Alves, relator do supracitado Mandado de Segurança:
(...)
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Finalmente, tem-se que, da análise efetuada pelos peritos da Divisão de Controle de Obras
Públicas - DICOP, devidamente referendada pelo Parquet especializado, verifica-se o
excesso de pagamentos por serviços não executados na obra de ampliação e melhoria do
sistema de abastecimento da Comuna, objeto do Convênio FUNASA n. o 252/04, no total de
R$ 78.816,94, sendo R$ 38.818,94 pagos no exercício e o restante em 2006, fI. 4.656.
1-(...)
( ...)
2.4. não arrecadação das receitas próprias do Município, inclusive retenções
de IRF e ISS incidentes sobre pagamentos feitos pelas Prefeituras;
( ) ...
2.10. não realização de procedimentos Iicitatórios quando legalmente
exigidos;
Por fim, ante as diversas transgressões a disposições normativas do direito objetivo pátrio,
decorrentes da conduta implementada pelo Chefe do Poder Executivo da Comuna de
Coremas, Sr. Edílson Pereira de Oliveira, resta configurada a necessidade imperiosa de
aplicação da multa de R$ 2.805,10 - valor atualizado pela Portaria n.O 039/06 do TCE/PB -,
prevista no art. 56, incisos II e III, da Lei Orgânica do TCE/PB - Lei Complementar Estadual
n.o 18, de 13 de julho de 1993, in verbis:
I- (omissis)
PROCESSOTC N.o 02437/06
1) Com base no art. 71, inciso I, c/c o art. 31, § 1°, da Constituição Federal, no art. 13, § 1°,
da Constituição do Estado da Paraíba, e no art. 1°, inciso IV, da Lei Complementar Estadual
n.o 18/93, EMITA PARECER CONTRÁRIO à aprovação das contas do Prefeito Municipal de
Coremas/PB, Sr. Edílson Pereira de Oliveira, relativas ao exercício financeiro de 2005,
encaminhando-o à consideração da ego Câmara de Vereadores do Município para julgamento
político da referida autoridade.
2) Com fundamento no art. 71, inciso lI, da Constituição do Estado da Paraíba, bem como
no art. 1°, inciso I, da Lei Complementar Estadual n.o 18/93, JULGUE IRREGULARES as
contas do Ordenador de Despesas da Comuna no exercício financeiro de 2005, Sr. Edílson
Pereira de Oliveira.
4) ASSINE o lapso temporal de 60 (sessenta) dias para recolhimento voluntário aos cofres
públicos municipais do montante imputado, sob pena de responsabilidade e intervenção do
Ministério Público Estadual, na hipótese de inércia, tal como previsto no art. 71, § 4°, da
°
Constituição do Estado da Paraíba, e na Súmula n. 40 do colendo Tribunal de Justiça do
Estado da Paraíba - TJ/PB.
5) APLIQUE MULTA ao Chefe do Poder Executivo da Urbe, Sr. Edílson Pereira de Oliveira, no
valor de R$2.805,10 (dois mil, oitocentos e cinco reais e dez centavos), com base no que
56, incisos 11e 111,da Lei Complementar Estadual n. ° 18/93 - LOTCE/PB.
dispõe o art.
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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
7) ENCAMINHE cópia dos documentos encartados aos autos, fls. 2.092/2.160/ 2.457/2.512/
3.117/3.135/ 3.245/3.267/ 4.463/4.492/ 4.561/4.566 e 4.661/4.666/ e desta decisão à
Divisão de Auditoria da Gestão de Pessoal - DIGEP, tendo como objetivo apurar a possível
acumulação indevida de cargos públicos, praticada pelos Srs. Ornaldino Rodrigues dos
Santos e Reginaldo Cavalcante.
8) FIXE termo de 30 (trinta) dias para que o Prefeito Municipal de Coremas/PB comprove o
lançamento e a cobrança do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN, bem
como do Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF, não retidos, sob pena de, não
comprovados no tempo próprio, imputar-se ao responsável a quantia correspondente.
9) ENVIE cópia desta decisão aos Vereadores da Comuna, Srs. Gregório Soares Neto,
Janderley Batista de Sousa e Francisco de Assis Clementino, subscritores da denúncia
formulada em face do Sr. Edílson Pereira de Oliveira, para conhecimento.
10) FAÇA recomendações no sentido de que o Alcaide, Sr. Edílson Pereira de Oliveira, não
repita as irregularidades apontadas nos relatórios da unidade técnica deste Tribunal e
observe, sempre, os preceitos constitucionais, legais e regulamentares pertinentes.
11) Com fulcro no art. 71/ inciso XI, c/c o art. 75/ caput, da Constituição Federal, REMETA
cópias das peças técnicas, fls. 2.979/2.987/ 3.124/3.135/ 3.221/3.229/ 4.561/4.566/
4.601/4.604 e 4.653/4.658/ do parecer do Ministério Público Especial, fls. 4.661/4.666/ e
desta decisão à Secretaria de Controle Externo - SECEX do ego Tribunal de Contas da União
na Paraíba para adoção das providências necessárias, notadamente no que respeita ao
excesso de pagamentos relacionados à obra de ampliação e melhoria do sistema de
abastecimento do Município de Coremas/PB, objeto do Convênio FUNASA n.O 252/04.
12) Também com base no art. 71/ inciso XI, c/c o art. 75/ cabeça, da Lei Maior, ENCAMINHE
cópias das re I~,,~~as à augusta Procuradoria Geral de Justiça do Estado da Paraíba,
~em com~ à egrégi~U~adoria da Repúblicana Paraíbapara as providências cabíveis.
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