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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTAOO-w._~~~~~_-..J
Secretaria'
PROCESSOTC N.o 02437/06

Objeto: Prestação de Contas Anuais


Relator: Auditor Renato Sérgio Santiago Melo
Responsável: Edílson Pereira de Oliveira
Advogados: Dr. Johnson Gonçalves de Abrantes e outros
Procurador: Sr. Rafael Santiago Alves

EMENTA: PODER EXECUTIVO MUNICIPAL - ADMINISTRAÇÃO


DIRETA - PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAIS - PREFEITO -
ORDENADOR DE DESPESAS- APRECIAÇÃO DA MATÉRIA PARA FINS
DE JULGAMENTO - ATRIBUIÇÃO DEFINIDA NO ART. 71, INCISO 11,
DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DA PARAÍBA, E NO ART. 1°, INCISO
I, DA LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL N.o 18/93 - Emissão de
cheques sem provisão de fundos - Pagamento de despesas sem a
efetiva comprovação dos serviços realizados - Carência de realização
de procedimento de licitação - Ausência de arrecadação de impostos
incidentes sobre pagamentos feitos pelo Município - Falta de
informação em notas de empenhos acerca da destinação de materiais
adquiridos - Possível acumulação indevida de cargos públicos -
Excesso de pagamentos por serviços não realizados em obra objeto
de convênio federal - Transgressão a dispositivos de natureza
constitucional e infraconstitucional e regulamentar - Desvio de
finalidade - Conduta ilegítima e antieconômica - Eivas que
comprometem a regularidade das contas de gestão - Ações e
omissões que geraram prejuízo ao Erário - Necessidade imperiosa de
ressarcimento e de aplicação de penalidade. Irregularidade.
Imputação de débito. Assinação de lapso temporal para recolhimento.
Aplicação de multa. Fixação de prazo para pagamento.
Encaminhamento de cópia dos autos à DIGEP. Fixação de termo para
cobrança de tributos. Envio da deliberação a subscritores de
denúncia. Recomendações. Representações.

Vistos, relatados e discutidos os autos da PRESTAÇÃO DE CONTAS DO ORDENADOR DE


DESPESAS DO MUNICíPIO DE COREMAS/PB, SR. EDÍLSON PEREIRA DE OLIVEIRA, relativa
ao exercício financeiro de 2005, acordam, por maioria, os Conselheiros integrantes do
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA PARAÍBA, em sessão plenária realizada nesta data,
vencidas as divergências dos Conselheiros Fernando Rodrigues Catão e Fábio Túlio Filgueiras
Nogueira, na conformidade da proposta de decisão do relator a seguir, em:

1) Com fundamento no art. 71, inciso 11, da Constituição do Estado da Paraíba, bem como
no art. 1°, inciso I, da Lei Complementar Estadual n.o 18/93, JULGAR IRREGULAREfas
referidas contas. \ k:..
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PROCESSOTC N.o 02437/06

2) IMPUTAR ao Prefeito Municipal de Coremas/PB, Sr. Edílson Pereira de Oliveira, o débito


relativo a despesas irregulares, no total de R$ 30.140,93 (trinta mil, cento e quarenta reais e
noventa e três centavos), sendo R$ 25.640,93, concernentes a serviços não comprovados
com a recuperação de estádio de futebol e com o roço de mato nas laterais das estradas de
terra, e R$ 4.500,00, referentes a dispêndios com serviços, também não comprovados, de
levantamento de débitos de contribuições previdenciárias.

3) ASSINAR o lapso temporal de 60 (sessenta) dias para recolhimento voluntário aos cofres
públicos municipais do montante imputado, sob pena de responsabilidade e intervenção do
Ministério Público Estadual, na hipótese de inércia, tal como previsto no art. 71, § 4°, da
°
Constituição do Estado da Paraíba, e na Súmula n. 40 do colendo Tribunal de Justiça do
Estado da Paraíba - TJ/PB.

4) APLICAR MULTA ao Chefe do Poder Executivo da Urbe, Sr. Edílson Pereira de Oliveira, no
valor de R$ 2.805,10 (dois mil, oitocentos e cinco reais e dez centavos), com base no que
dispõe o art. 56, incisos 11e 111,da Lei Complementar Estadual n.o 18/93 - LOTCE/PB.

5) CONCEDER-LHE o prazo de 60 (sessenta) dias para pagamento voluntário da penalidade


ao Fundo de Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal, conforme previsto no art. 3°,
alínea "a", da Lei Estadual n.o 7.201, de 20 de dezembro de 2002, cabendo à Procuradoria
Geral do Estado da Paraíba, no interstício máximo de 30 (trinta) dias após o término daquele
período, velar pelo seu integral cumprimento, sob pena de intervenção do Ministério Público
Estadual, na hipótese de omissão, tal como previsto no art. 71, § 40, da Constituição do
Estado da Paraíba, e na Súmula n.o 40, do ego Tribunal de Justiça do Estado da
Paraíba - TJ/PB.

6) ENCAMINHAR cópia dos documentos encartados aos autos, fls. 2.092/2.160, 2.457/2.512,
3.117/3.135, 3.245/3.267, 4.463/4.492, 4.561/4.566 e 4.661/4.666, e desta decisão à
Divisão de Auditoria da Gestão de Pessoal - DIGEP, tendo como objetivo apurar a possível
acumulação indevida de cargos públicos, praticada pelos Srs. Ornaldino Rodrigues dos
Santos e Reginaldo Cavalcante.

7) FIXAR termo de 30 (trinta) dias para que o Prefeito Municipal de Coremas/PB comprove o
lançamento e a cobrança do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN, bem
como do Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF, não retidos, sob pena de, não
comprovados no tempo próprio, imputar-se ao responsável a quantia correspondente.

8) ENVIAR cópia desta decisão aos Vereadores da Comuna, Srs. Gregório Soares Neto,
Janderley Batista de Sousa e Francisco de Assis Clementino, subscritores da denúncia
formulada em face do Sr. Edílson Pereira de Oliveira, para conhecimento.

9) FAZER recomendações no sentido de que o Alcaide, Sr. Edílson Pereira de Oliveira, não
repita as irregularidades apontadas nos relatórios da unidade técnica deste TribUnal(
observe, sempre, os preceitos constitucionais, legais e regulamentares pertinentes.
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10) Com fulcro no art. 71, inciso XI, c/c o art. 75, caput, da Constituição Federal, REMETER
cópias das peças técnicas, fls. 2.979/2.987, 3.124/3.135, 3.221/3.229, 4.561/4.566,
4.601/4.604 e 4.653/4.658, do parecer do Ministério Público Especial, fls. 4.661/4.666, e
desta decisão à Secretaria de Controle Externo - SECEX do ego Tribunal de Contas da União
na Paraíba para adoção das providências necessárias, notadamente no que respeita ao
excesso de pagamentos relacionados à obra de ampliação e melhoria do sistema de
abastecimento do Município de Coremas/PB, objeto do Convênio FUNASA n. o 252/04.

11) Também com base no art. 71, inciso XI, c/c o art. 75, cabeça, da Lei Maior,
ENCAMINHAR cópias das referidas peças à augusta Procuradoria Geral de Justiça do Estado
da Paraíba, bem como à egrégia Procuradoria da República na Paraíba para as providências
cabíveis.

Presente ao julgamento o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas


Publique-se, registre-se e intime-se.
TCE - Plenário Ministro João Agripino

João Pessoa,j} 3 de C1..j~~ de 2008

Presente: h- 9-~ J~~


Representante do Ministério Público Especial ~
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Tratam os presentes autos da análise das Contas do Município de Coremas/PB, relativa ao


exercício financeiro de 2005, de responsabilidade do Prefeito e Ordenador de Despesas,
Sr. Edílson Pereira de Oliveira, apresentada a este ego Tribunal em 31 de março de 2006,
mediante o Ofício n.O 074/2006, fi. 02.

Os peritos da então Divisão de Acompanhamento da Gestão Municipal IV - DIAGM IV, com


base nos documentos insertos nos autos, inclusive denúncia, e em inspeção realizada na
Comuna no período de 07 a 10 de novembro de 2005, emitiram o relatório inicial de
fls. 3.124/3.135, constatando, sumariamente, que: a) as contas foram apresentadas no
°
prazo legal; b) o orçamento foi aprovado através da Lei Municipal n. 43/2004, estimando a
receita em R$ 6.673.900,00, fixando a despesa em igual valor e autorizando a abertura de
créditos adicionais suplementares até o limite de 100% do total orçado; c) durante o
exercício, foram abertos créditos adicionais suplementares, no montante de
R$ 3.799.653,22; d) a receita orçamentária efetivamente arrecadada no período ascendeu à
soma de R$ 8.107.263,88; e) a despesa orçamentária realizada atingiu a quantia de
R$ 8.116.062,80; f) a receita extra-orçamentária, acumulada no exercício financeiro,
alcançou a importância de R$ 433.687,79; g) a despesa extra-orçamentária, executada
durante o ano, compreendeu um total de R$ 253.633,75; h) o somatório da Receita de
Impostos e Transferências - RIT atingiu o patamar de R$ 5.498.217,81; i) a Receita
Corrente Líquida - RCL alcançou o montante de R$ 7.564.222,12; e j) a cota-parte recebida
do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério - FUNDEF somou R$ 1.071.453,75.

Em seguida, os técnicos da antiga DIAGM IV destacaram que os dispêndios municipais


evidenciaram, sinteticamente, os seguintes aspectos: a) recursos oriundos de convênios,
escriturados no exercício, totalizaram R$ 644.441,76, sendo R$ 543.041,76 provenientes do
Governo Federal e R$ 101.400,00 do Governo Estadual; b) as despesas com obras e serviços
de engenharia foram analisadas por amostragem através do Processo TC n.o 04150/06 e
consideradas aceitáveis, conforme Acórdão AC1 - TC - 964/06; e c) os subsídios do Prefeito
e do vice foram fixados, respectivamente, em R$ 8.000,00 e R$ 4.000,00 mensais, pela Lei
Municipal n.o 041, de 30 de setembro de 2004.

Quanto aos gastos condicionados, verificaram os analistas desta Corte que: a) o Município
despendeu com saúde a importância de R$ 814.998,61 ou 14,82% da RIT; b) as despesas
com pessoal da municipalidade, já incluídas as do Poder Legislativo, alcançaram o montante
de R$ 3.710.373,81 ou 49,05% da RCL; c) a aplicação na manutenção e desenvolvimento do
ensino atingiu o valor de R$ 1.428.942,27 ou 25,99% da RIT; e d) a despesa com recursos
do FUNDEF na remuneração dos profissionais do magistério alcançou o montante de
R$ 722.248,22, representando 67,41% da cota-parte recebida no exercício.

Ao final de seu relatório, os inspetores da unidade técnica apresentaram, de forma resi'1da,


as irregularidades constatadas, quais sejam: a) ausência de equilíbrio entre rec Ita.se ..i-:
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despesas; b) incompatibilidade de informações entre o Relatório de Gestã~OFisca(Q1
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segundo semestre do período e a Prestação de Contas Anuais - PCA; c) incompatibilidades,


falhas e omissões registradas na Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e na Lei
Orçamentária Anual - LOA para o exercício de 2005; d) não aplicação do percentual mínimo
das receitas de impostos mais transferências em ações e serviços públicos de saúde;
e) emissão de cheques sem provisão de fundos, incorrendo em despesas bancárias, na soma
de R$ 631,69; f) saldo bancário registrado nas disponibilidades em 31 de dezembro de 2005,
na quantia de R$ 4.455,38, sem comprovação; g) dispêndios irregulares com a empresa
SALES E LOPES LTDA., no montante de R$ 33.701,93; h) gasto irregular com transporte de
pessoa supostamente carente, no valor de R$ 736,85; i) despesa em duplicidade com
motorista e viagens, no total de R$ 4.958,60; j) dispêndios anormais com obras executadas
por firmas inidôneas, na importância de R$ 76.385,21; k) gastos excessivos com locação de
veículos, no patamar de R$ 21.757,88; I) prestação de serviços de assessoria jurídica pelo
DR. ARISTÓTELES JEFFERSON MARTINS CABRAL, no montante de R$ 6.880,00, sem
comprovação; m) prestação de serviços com locação de veículos irregular, na soma de
R$ 11.146,00; n) pagamentos por serviços de levantamento de débitos previdenciários,
elaboração de pareceres e projetos sem comprovação, no total de R$ 25.540,00; o) falta de
arrecadação de ISSQN e IRRF incidentes sobre valores pagos pela Comuna, importando em
uma perda de receita da ordem de R$ 18.777,90; p) despesas com materiais de construção
sem destinação específica, no montante de R$ 62.739,10; q) acumulação de cargo de
Secretária de Educação e professora do Programa de Educação de Jovens e Adultos - PEJA,
pela SRA. ANAIRES GUIMARÃES DE OLIVEIRA, recebendo indevidamente na função do
magistério R$ 2.500,00; r) gasto irregular com pagamento de serviço à servidora da Câmara
Municipal, SRA. MARIA DE FÁTIMA SILVA CAVALCANTE, na quantia de R$ 400,00; e
s) acumulação indevida de cargos de odontólogos do Programa de Saúde na Família - PSF
com outros não acumuláveis, sendo pagos irregularmente R$ 29.000,00 ao SR. ORNALDINO
RODRIGUES DOS SANTOS e R$ 26.000,00, ao SR. REGINALDO CAVALCANTE. Por fim, os
inspetores da DIAGM IV sugeriram o pronunciamento da Divisão de Controle de Obras
Públicas - DICOP acerca dos gastos com algumas obras e serviços de engenharia, todos
originados de denúncia apresentada por Vereadores da Urbe.

Instados a se manifestar, os especialistas da DICOP, após diligência in loco realizada em


setembro de 2007, elaboraram relatório de obras, fls. 3.221/3.229, onde apontaram que, em
relação apenas aos custos das despesas com obras, consideraram a denúncia não
procedente. Entretanto, no que concerne à obra custeada com recursos do Convênio
FUNASA n.O 252/04, com vistas à ampliação e melhoria do sistema de abastecimento de
água, os peritos avaliaram os serviços executados em apenas R$ 80.106,04, indicando um
excesso de pagamentos em 2005 de R$ 79.393,96, dos quais R$ 78.361,84 foram quitados
com recursos federais e R$ 1.032,12, com recursos próprios do Município.

Devidamente citados, fls. 3.231/3.242, o Prefeito Municipal de Coremas/PB, Sr. Edílson


Pereira de Oliveira, a Secretária de Educação durante o exercício financeiro de 2005,
Sra. Anaires Guimarães de Oliveira, os odontólogos contratados no período, Srs. Ornaldino
Rodrigues dos Santos e Reginaldo Cavalcante, bem como o Contador da Comuna à época,
Dr. Aderaldo Serafim de Sousa, apresentaram defesa conjunta relativamente às '2-
irregularidades de suas responsabilidades, fls. 3.245/4.547, na qual juntaram cument s e / I"

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argumentaram, em síntese, que: a) o déficit orçamentário constatado teve ínfima


representatividade e não trouxe repercussão no controle do orçamento; b) um novo anexo
do RGF do segundo semestre foi apresentado a fim de corrigir a distorção apresentada; c) as
falhas na LDO e na LOA são de responsabilidade da gestão anterior; d) no cálculo da
aplicação em ações e serviços públicos de saúde deixaram de ser consideradas despesas, no
montante de R$ 104.971,89, o que elevaria o percentual para 16,73% da RIT; e) a emissão
de cheques sem provisão de fundos ocorreu por equívoco da tesouraria no controle dos
saldos bancários, mas o valor pago com taxas bancárias foi restituído aos cofres municipais;
f) a fim de comprovar saldo das disponibilidades, no valor de R$ 4.455,38, foi juntada cópia
do extrato bancário da Conta Corrente n.o 187-1; g) foi atestada pelo setor de engenharia
desta Corte de Contas a regularidade dos dispêndios com a empresa SALES E LOPES LTDA.,
na importância de R$ 33.701,93; h) por desatenção do chefe de transporte, foi autorizada
viagem a Recife/PB para o transporte da genitora do Prefeito, que se submeteria a uma
cirurgia cardíaca, porém a quantia reclamada foi devolvida ao erário; i) as despesa com
serviços de motorista e viagens, no total de R$ 4.958,60, foram efetivamente prestados,
conforme atestam declarações em anexo; j) as obras executadas por firmas supostamente
inidôneas, no total de R$ 76.385,21, foram comprovadas mediante fotos e declarações,
inexistindo informações desabonadoras acerca da empresa A.F. CONSTRUÇÕES LTDA.;
k) quanto aos gastos excessivos com locação de veículos, no patamar de R$ 21.757,88, os
cofres municipais foram ressarcidos em R$ 873,00 e o restante refere-se a serviços
devidamente prestados, cujos valores individuais de cada credor estavam dentro do limite de
dispensa de licitação; I) com o intuito de comprovar a execução das atividades jurídicas do
DR. ARISTÓTELES JEFFERSON MARTINS CABRAL, foram juntadas à defesa cópias dos seus
pareceres; m) os serviços com locação de veículos prestados pelo SR. GREGÓRIO JOSÉ DA
SILVA, na soma de R$ 9.973,00, foram contratados mediante a Tomada de Preços
n.o 003/2005 e estavam devidamente comprovados; n) os serviços de levantamento de
débito previdenciários, elaboração de pareceres e projetos, no total de R$ 25.540,00, foram
comprovados com documentação acostada à defesa; o) com a apresentação de guias de
lançamento de receita, cujo recolhimento foi realizado diretamente na tesouraria da
Prefeitura, comprova-se a arrecadação de ISSQN e IRRF incidentes sobre valores pagos;
p) a empresa ARCO-ÍRIS CONSTRUTORA LTDA. foi responsável apenas pela mão-de-obra
para a construção do ginásio poliesportivo e o material de construção empregado foi provido
pela firma NEUZA GARRIDO DE ANDRADE, que forneceu, também, outras mercadorias cuja
destinação foi informada pelos Secretários Municipais; q) a SRA. ANAIRES GUIMARÃES DE
OLIVEIRA recolheu aos cofres municipais os R$ 2.500,00 recebidos indevidamente em
virtude da acumulação de cargo de Secretária de Educação e professora do PEJA;
r) a SRA. MARIA DE FÁTIMA SILVA CAVALCANTE, servidora da Câmara Municipal, efetuou a
devolução da quantia de R$ 400,00 recebida irregularmente; s) inexiste acumulação de
cargos de odontólogos do PSF, pois o exercício dos cargos estaduais se deu em 2006 e não
em 2005; e t) o relatório DIAFI/DICOP n.O 279/07 considerou sanados todos os itens
relativos a obras relacionados no presente processo e o Tribunal de Contas já se pronunciou
sobre as obras realizadas pelo Município de Coremas/PB no exercício de 2005, através o
Acórdão AC1 - TC - 964/06.
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Encaminhados os autos à unidade de instrução, esta, examinando a referida peça processual


de defesa, emitiu o relatório de fls. 4.561/4.566, onde considerou elididas as eivas
concernentes a: a) incompatibilidade de informações entre o RGF - 2° semestre e a PCA;
b) incompatibilidades, falhas e omissões registradas na LDO e na LOA para o exercício de
2005; c) não aplicação do percentual mínimo das receitas de impostos mais transferências
em ações e serviços públicos de saúde; d) saldo bancário registrado nas disponibilidades
sem comprovação, na quantia de R$ 4.455,38; e) gasto irregular com transporte de pessoa
supostamente carente, no valor de R$ 736,85; f) despesa em duplicidade com motorista e
viagens, no total de R$ 4.958,60; g) prestação de serviços de assessoria jurídica pelo
DR. ARISTÓTELES JEFFERSON MARTINS CABRAL, no montante de R$ 6.880,00, sem
comprovação; h) realização de serviços com locação de veículos irregular, na soma de
R$ 11.146,00; i) acumulação de cargo de Secretária de Educação e professora do PEJA, pela
SRA. ANAIRES GUIMARÃES DE OLIVEIRA, que recebeu indevidamente o valor R$ 2.500,00;
e j) gasto irregularmente efetuado à servidora da Câmara Municipal, SRA. MARIA DE FÁTIMA
SILVA CAVALCANTE, na quantia de R$ 400,00.

Em seguida, os técnicos deste Sinédrio de Contas reputaram parcialmente sanadas as


máculas relativas a: a) pagamento de taxas por devolução de cheques sem provisão de
fundos, no montante de R$ 631,69, ante o recolhimento do valor; b) dispêndios irregulares
com a empresa SALES E LOPES LTDA., reduzindo o valor de R$ 33.701,93 para
R$ 25.640,93; c) dispêndios irregulares com obras executadas por firmas inidôneas, na
importância de R$ 76.385,21, permanecendo o entendimento apenas no que se refere à
inidoneidade da empresa contratada, A. F. CONSTRUÇÕES LTDA; d) gastos excessivos com
locação de veículos, diminuindo o montante inicialmente apontado do patamar de
R$ 21.757,88 para R$ 20.884,88; e) pagamentos por serviços sem comprovação, no total de
R$ 25.540,00, remanescendo apenas aquele relativo ao levantamento de débitos
previdenciários prestado pelo SR. GLAUBER SILVA QUEIROGA DE SOUSA, no valor de
R$ 4.500,00; f) falta de arrecadação de ISSQN e IRRF incidentes sobre valores pagos pelo
Município, importando em uma perda de receita agora da ordem de R$ 1.279,39; e
g) despesas com materiais de construção sem destinação específica, cujo montante passou
de R$ 62.739,10 para R$ 49.735,10. Por fim, os analistas da DIAGM IV mantiveram in totum
o seu posicionamento exordial relativamente às demais irregularidades.

No que respeita à irregularidade de obras, os inspetores da DICOP, após segunda inspeção


no Município realizada no período de 11 a 15 de fevereiro de 2008, elaboraram novo
relatório, fls. 4.601/4.604, onde refizeram os cálculos, reduzindo o excesso de pagamentos
em 2005, relativos à ampliação e melhoria do sistema de abastecimento de água, de
R$ 79.393,96 para R$ 44.434,94, sendo R$ 43.857,28 quitados com recursos federais do
Convênio FUNASA n.o 252/04 e R$ 577,66, com recursos municipais.

Regularmente notificado para se manifestar acerca do novel pronunciamento do setor de


engenharia deste Pretório de Contas, fls. 4.606/4.610, o Chefe do Poder Executivo
Comuna de Coremas/PB, Sr. Edílson Pereira de Oliveira, encaminhou uma segunda def a e
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documentos, fls. 4.611/4.630.
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Encaminhados os autos à DICOP, os especialistas daquela divisão, ao esquadrinharem a


documentação apresentada e após terceira diligência na Comuna, realizada no período de 07
a 09 de julho de 2008, reformularam, mais uma vez, os cálculos referentes à obra de
ampliação e melhoria do sistema de abastecimento de água, remanescendo, agora, um
excesso de pagamentos em 2005 de R$ 38.818,94, dos quais R$ 38.314,28 correspondem a
recursos federais e R$ 504,66, a recursos próprios, fls. 4.653/4.658.

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, ao se pronunciar sobre a matéria,


fls. 4.661/4.666, opinou pelo (a): a) emissão de parecer contrário à aprovação das contas;
b) atendimento integral às disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal;
c) encaminhamento de cópias dos autos à DIGEP para pronunciamento acerca da legalidade
da acumulação de cargos públicos; d) representação à Secretaria de Controle Externo do
Tribunal de Contas da União na Paraíba, em decorrência do excesso de pagamentos em obra
custeada com recursos federais; e e) recomendação à Administração Municipal a fim de
evitar toda e qualquer ação administrativa que, em similitude com aquelas ora debatidas,
venham a macular as contas de gestão municipal.

Solicitação de pauta, conforme fls. 4.667/4.668 dos autos.

É o relatório.

Após análise minuciosa do conjunto probatório encartado aos autos, constata-se que as
contas apresentadas pelo Prefeito Municipal de Coremas/PB, Sr. Edílson Pereira de Oliveira,
relativas ao exercício financeiro de 2005, revelam diversas máculas remanentes.
Entrementes, em que pese o posicionamento dos peritos desta Corte informado na análise
de defesa, fI. 4.563, impende comentar, ab initio, que as despesas ditas irregulares com
obras executadas pela empresa A. F. CONSTRUÇÕES LTDA., considerada inidônea, no total
de R$ 76.385,21, não pode prosperar.

Com efeito, a suposta inidoneidade foi apontada com base no Ofício n. o 820/06 - SER, da
Secretaria de Estado da Receita, fls. 3.010/3.011, que informou não haver sido identificado
no cadastro de contribuintes registro de inscrição da citada razão social. Contudo, no mesmo
ofício, consta observação acerca das empresas nele mencionadas, comunicando que são
firmas constituídas e que o Estado era obrigado a tratá-Ias como consumidor final,
eximindo-as de determinadas obrigações fiscais e autorizando a liberação de carga talonária
para a saída de mercadorias a serem empregadas nos canteiros de obras contratadas.

Quanto ao registro de déficit na execução orçamentária, na importância de R$ 8.798,82,


importa notar que, in casu, o aludido valor representou o ínfimo percentual de 0,11% em
relação ao total da receita orçamentária arrecadada no período, R$ 8.107.263,88, podendo
ser relevado, tendo em vista o princípio da insignificância.
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No entanto, embora a referida mácula não tenha comprometido a regularidade das contas
sub studio, o Chefe do Poder Executivo de Coremas, Sr. Edílson Pereira de Oliveira, deve ser
recomendado a evitar a reincidência com o intuito de garantir o atendimento da principal
finalidade pretendida pelo legislador ordinário, através da inserção no ordenamento jurídico
tupiniquim da festejada Lei de Responsabilidade Fiscal - Lei Complementar Nacional n.o 101,
de 04 de maio de 2000 -, qual seja, a implementação de um eficiente planejamento por
parte dos gestores públicos, com vistas à obtenção do equilíbrio das contas por eles
administradas, conforme estabelece o seu art. 1°, § 1°, in verbis:

Art. 10. C omissis)

§ 10 A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e


transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de
afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas
de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições
no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da
seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de
crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e
inscrição em Restos a Pagar.

No que se refere à devolução de 16 (dezesseis) cheques por insuficiência de fundos,


fi. 3.133, não obstante o recolhimento do valor apurado com taxas bancárias e juros sobre o
saldo devedor, R$ 631,69, restou caracterizado flagrante desrespeito aos princípios
constitucionais da legalidade, da moralidade e da eficiência, insculpidos no art. 37, caput, da
Constituição Federal. Com efeito, a conduta implementada pelo Prefeito pode abalar a
credibilidade do Município perante as instituições financeiras, os fornecedores e a sociedade
em geral.

In specie, resta evidenciado um certo descontrole financeiro, bem como a possibilidade de


dano moral causado à pessoa jurídica de direito público interno e de configuração do fato
típico descrito no art. 171, § 2°, inciso VI, do Código Penal Brasileiro, verbatim:

Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio,
induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou
qualquer outro meio fraudulento:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.

§ 10 C omissis)

§ 20 Nas mesmas penas incorre quem:

I- C ••• )
PROCESSOTC N.o 02437/06

VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado,


ou lhe frustra o pagamento.

Igualmente inserida no rol das irregularidades constatadas na instrução processual está a


ausência de certame Iicitatório para dispêndios com locação de veículos. Segundo o que foi
apontado pelos técnicos deste Sinédrio de Contas na análise de defesa, f!. 4.563, tais
despesas somavam R$ 20.884,88. Porém, o montante correto é de R$ 13.573,13, tendo em
vista ser preciso subtrair a importância de R$ 230,00 relativos à Nota de Empenho n. 682,°
considerada duas vezes e cujo valor real é de R$ 320,00, fls. 3.034/3.035, bem como o
montante de R$ 7.081/75 concernentes a pagamentos feitos ao credor DEUSIMAR NÓBREGA
DE SÁ no período de agosto a dezembro de 2005 respaldados pelo Convite n.O 024/2005,
fls. 807/815, devidamente registrado no Sistema de Acompanhamento e Gestão dos
Recursos da Sociedade - SAGRES, fls. 2.990 e 3.041.

Em que pese o valor remanescente, cabe destacar que a licitação é o meio formalmente
vinculado que proporciona à Administração Pública melhores vantagens nos contratos e
oferece aos administrados a oportunidade de participar dos negócios públicos. Quando não
realizada, representa séria ameaça aos princípios constitucionais da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, bem como da própria probidade
administrativa.

Nesse diapasão, traz-se à baila pronunciamento da ilustre representante do Ministério


Público junto ao Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, Dra. Sheyla Barreto Braga de
Queiroz, nos autos do Processo TC n.o 04981/00, verbo ad verbum:

A licitação é, antes de tudo, um escudo da moralidade e da ética


administrativa, pois, como certame promovido pelas entidades
governamentais a fim de escolher a proposta mais vantajosa às
conveniências públicas, procura proteger o Tesouro, evitando
favorecimentos condenáveis, combatendo o jogo de interesses escusos,
impedindo o enriquecimento ilícito custeado com o dinheiro do erário,
repelindo a promiscuidade administrativa e racionalizando os gastos e
investimentos dos recursos do Poder Público.

Com efeito, deve ser enfatizado que a não realização do mencionado procedimento Iicitatório
exigível vai, desde o início, de encontro ao preconizado na Constituição da República
Federativa do Brasil, especialmente o disciplinado no art. 37, inciso XXI, ipsis !itteris:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos poder~ã


União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecer' aos'
princípio,sda legalid~de, impessoalidade,moralidade, pu .. ade e efici ncia
e, tambem, ao seguinte: __ /
j-,-:,-
',"N
""\ . rV',
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-
'cY
,I,)
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSOTC N.o 02437/06

I - ( ... )

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços,


compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação
pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com
cláusulas que estabeleçam obrigação de pagamento, mantidas as condições
efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as
exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do
cumprimento das obrigações. (grifo nosso)

É importante salientar que as hipóteses infraconstitucionais de dispensa e inexigibilidade de


licitação estão claramente disciplinadas na Lei Nacional n.O 8.666, de 21 de junho de 1993.
Neste contexto, impende destacar que a não realização do certame, exceto nos restritos
casos prenunciados na reverenciada norma, é algo que, de tão grave, consiste em crime
previsto no art. 89, do próprio Estatuto das Licitações e dos Contratos Administrativos,
verbum pro verbo:

Art. 89 - Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei,


ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à
inexigibilidade:

Pena - detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa.

Parágrafo Único. Na mesma pena incorre aquele que, tendo


comprovadamente concorrido para a consumação da ilegalidade, beneficiou-
se da dispensa ou inexigibilidade ilegal, para celebrar contrato com o Poder
Público.

Ademais, consoante previsto no art. 10, inciso VIII, da lei que dispõe sobre as sanções
aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato,
cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional - Lei
Nacional n.O 8.429, de 02 de junho de 1992 -, a dispensa indevida do procedimento de
licitação consiste ato de improbidade administrativa que causa prejuízo ao erário, senão
vejamos:

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao


erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens
ou haveres das entidades referidas no art. 10 desta lei, e notadamente:
I- (...
)

VIII - frustrar a licitude de processo Iicitatório


indevidamente; (grifo inexistente no texto de origem)
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSOTC N.o 02437/06

Comungando com o supracitado entendimento, nos reportamos, desta feita, à manifestação


do eminente representante do Ministério Público Especial do Estado da Paraíba, Dr. Marcílio
Toscano Franca Filho, nos autos do Processo TC n.o 04588/97, in verbis:

Cumpre recordar que a licitação é procedimento vinculado, formalmente


ligado à lei (Lei 8.666/93), não comportando discricionariedades em sua
realização ou dispensa. A não realização de procedimento Iicitatório. fora das
hipóteses legalmente previstas. constitui grave infração à norma legal.
podendo dar ensejo até mesmo à conduta tipificada como crime. (grifamos)

Em seguida, restou evidenciada pelos analistas desta Corte a ineficiência na arrecadação da


receita tributária municipal, haja vista a não retenção de impostos incidentes sobre o
pagamento de serviços prestados ao Município, acarretando uma perda de recursos da
ordem de R$ 1.279,39, sendo R$ 449,59 relativos ao Imposto sobre Serviços de Qualquer
Natureza - ISSQN e R$ 829,80 referentes ao Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF,
tributos esses que são importantes componentes das receitas próprias da Urbe. Tal fato vai
de encontro ao estabelecido no art. 11, da Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, verbatim:

Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal


a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da
competência constitucional do ente da Federação.

É necessário enfatizar que o ISSQN é de competência da Comuna, ex vi do disposto no


art. 156, inciso UI, da Carta Constitucional, e o produto da arrecadação do IRRF pertence ao
Município, por força do que estabelece o art. 158, inciso I, da Lex Legum. Portanto, a não
retenção desses impostos caracteriza renúncia de receitas, contraria a legislação pertinente,
além de gerar prejuízos ao erário. Nessa esteira, merece ser assinalado o que preconiza a já
mencionada Lei do Colarinho Branco - Lei Nacional n.O 8.429, de 2 de junho de 1992 -, em
seu art. 10, capute inciso X, verbo ad verbum:

Art. 10 - Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao


erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens
ou haveres das entidades referidas no art. 10 desta Lei, e notadamente:

1-(...)

x- agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem co


que diz respeito à conservação do patrimônio público. (nossos grifos)
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSOTC N.o 02437/06

Contudo, tendo em vista que o direito de realizar o lançamento dos tributos decai em
5 (cinco) anos para a Fazenda Municipal, nos termos dos artigos 142 e 173, do Código
Tributário Nacional - CTN, e que o fato gerador ocorreu em 2005, deve o Prefeito ser
orientado a fazer a cobrança do crédito tributário faltante, referente às Notas de Empenho
n.os 138, 162, 363, 568, 1.226, 2.280 e 2.341, sob pena de imputação ao responsável da
quantia correspondente.

Em termos de dispêndios não comprovados, encontram-se no rol das máculas destacadas na


instrução do feito os seguintes gastos, que totalizaram R$ 79.876,03: a) recuperação de
estádio de futebol e de roço de mato nas laterais das estradas de terra pagos à empresa
SALES E LOPES LTDA., no montante de R$ 25.640,93; b) levantamento de débitos
previdenciários prestados pelo SR. GLAUBER SILVA QUEIROGA DE SOUSA, no patamar de
R$ 4.500,00; e c) aquisição de materiais de construção à firma NEUZA GARRIDO DE
ANDRADE, sem comprovação de sua destinação, na importância de R$ 49.735,10.

Entretanto, especificamente quanto às despesas com material de construção, em detrimento


do posicionamento dos inspetores deste Pretório, que entenderam remanescer
insuficientemente comprovado o valor de R$ 49.735,10, fls. 4.564, observa-se que a
documentação trazida aos autos pelo defendente, fls. 4.312/4.454, contendo notas de
empenho, notas fiscais, recibos, cópias de cheques, bem como declarações fornecidas pelo
Secretário e pelo Diretor de Obras e Urbanismo do Município, informando a destinação dos
insumos, é suficiente para sanar a eiva apontada no relatório inicial, fl. 3.133. Contudo, cabe
recomendação ao setor de contabilidade da Urbe para que, daqui por diante, especifique
claramente, no histórico dos empenhos emitidos, a obra a qual se destinam os materiais que
venham a ser adquiridos.

Sendo assim, permanecem sem comprovação os serviços de recuperação de estádio de


futebol e de roço de mato nas laterais das estradas de terra pagos à empresa SALES E
LOPES LTDA., no montante de R$ 25.640,93, bem como aqueles referentes a levantamento
de débitos previdenciários prestados pelo SR. GLAUBER SILVA QUEIROGA DE SOUSA,
R$ 4.500,00, perfazendo um total de R$ 30.140,93.

No caso, os dispêndios listados alhures consistem em somas efetivamente pagas, entretanto,


em flagrante desrespeito aos princípios básicos da pública administração, haja vista que não
constam nos autos os elementos comprobatórios da efetiva realização de seus objetos.
Concorde entendimento uníssono da doutrina e jurisprudência pertinentes, a carência de
documentos que comprovem a despesa pública consiste em fato suficiente à imputação do
débito, além das demais penalidades aplicáveis à espécie.

O artigo 70, parágrafo único, da Carta Magna, dispõe que a obrigação de prestar contas
abrange toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde,
gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União, os Estado _
ou os Municípios respondam, ou que, em nome destes entes, assuma obrigaçõe de )
natureza pecuniária. I" -
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I ~v
TRIBUNALDECONTASDO ESTADO

PROCESSO TC N.O 02437/06

Importa notar que imperativa é não só a prestação de contas, mas também a sua completa
e regular prestação, já que a ausência ou a imprecisão de documentos que inviabilizem ou
tornem embaraçoso o seu exame é tão grave quanto a omissão do próprio dever de
prestá-Ias, sendo de bom alvitre destacar que a simples indicação, em extratos, notas de
empenho, notas fiscais ou recibos, do fim a que se destina o dispêndio não é suficiente para
comprová-lo, regularizá-lo ou legitimá-lo.

Nesse contexto, merece transcrição o disposto no artigo 113, da Lei de Licitações e


Contratos Administrativos - Lei Nacional n.O 8.666/93 -, que estabelece a necessidade do
administrador público comprovar a legalidade, a regularidade e a execução da despesa,
verbum pro verbo:

Art. 113. O controle das despesas decorrentes dos contratos e demais


instrumentos regidos por esta Lei será feito pelo Tribunal de Contas
competente, na forma da legislação pertinente, ficando os órgãos
interessados da Administração responsáveis pela demonstracão da
legalidade e regularidade da despesa e execução, nos termos da
Constituição e sem prejuízo do sistema de controle interno nela previsto.
(grifo ausente no original)

Nesse sentido, dignos de referência são os ensinamentos dos festejados doutrinadores


J. Teixeira Machado Júnior e Heraldo da Costa Reis, in Lei 4.320 Comentada, 28 ed, Rio de
Janeiro: IBAM, 1997, p. 125, ipsis litteris.

Os comprovantes da entrega do bem ou da prestação do serviço não


devem, pois, limitar-se a dizer que foi fornecido o material, foi prestado o
serviço, mas referir-se à realidade de um e de outro, segundo as
especificações constantes do contrato, ajuste ou acordo, ou da própria lei
que determina a despesa.

Ademais, os princípios da legalidade, da moralidade e da publicidade administrativas,


estabelecidos no artigo 37, caput, da Lei Maior, demandam, além da comprovação da
despesa, a efetiva divulgação de todos os atos e fatos relacionados à gestão pública.
Portanto, cabe ao ordenador de despesas, e não ao órgão responsável pela fiscalização,
provar que não é responsável pelas infrações, que lhe são imputadas, das leis e
regulamentos na aplicação do dinheiro público, consoante entendimento do ego Supremo
Tribunal Federal- STF, in verbis.

MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃ


CONTAS JULGADAS IRREGULARES. APLICAÇÃO DA MULTA PREVISTA O
ARTIGO 53 DO DECRETO-LEI 199/67. A MULTA PREVISTA NO ARTIG
DO DECRETO-LEI 199/67 NÃO TEM NATUREZA DE SANÇÃO DISCII'\I'TllI..An

~~
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSOTC N.o 02437/06

IMPROCEDÊNCIA DAS ALEGAÇÕES RELATIVAS A CERCEAMENTODE


DEFESA.EM DIREITO FINANCEIRO,CABEAO ORDENADORDE DESPESAS
PROVAROUE NÃO É RESPONSÁVELPELAS INFRAÇÕES,QUE LHE SÃO
IMPUTADAS,DAS LEIS E REGULAMENTOSNA APLICAÇÃODO DINHEIRO
PÚBLICO.COINCIDÊNCIA,AO CONTRÁRIODO QUE FOI ALEGADO,ENTRE
A ACUSAÇÃOE A CONDENAÇÃO,NO TOCANTE À IRREGULARIDADEDA
LICITAÇÃO. MANDADODE SEGURANÇAINDEFERIDO. (STF - Pleno - MS
20.335/DF, ReI. Ministro Moreira Alves, Diário da Justiça, 25 fev. 1983, p. 8)
(grifo nosso)

Visando aclarar o tema em disceptação, vejamos parte do voto do ilustre Ministro Moreira
Alves, relator do supracitado Mandado de Segurança:

Vê-se, pois, que em tema de Direito Financeiro, mais particularmente, em


tema de controle da aplicação dos dinheiros públicos, a responsabilidadedo
Ordenador de Despesas pelas irregularidades apuradas se presume, até
prova em contrário, por ele subministrada.

A afirmação do impetrante de que constitui heresia jurídica presumir-se a


culpa do Ordenador de despesaspelas irregularidades de que se cogita, não
procede, portanto, parecendo decorrer, quiçá, do desconhecimento das
normas de Direito Financeiroque regem a espécie. (grifamos)

Já o eminente Ministro Marco Aurélio, relator na Segunda Turma do STF do Recurso


Extraordinário n.o 160.381/SP, publicado no Diário da Justiça de 12 de agosto de 1994,
página n.O 20.052, destaca, em seu voto, o seguinte entendimento: "O agente público não
só tem que ser honesto e probo, mas tem que mostrar que possui tal qualidade. Como a
mulher de César."

No que respeita ao acúmulo indevido de cargos públicos praticados pelos odontólogos


contratados pela Urbe, DRS. ORNALDINO RODRIGUES DOS SANTOS e REGINALDO
CAVALCANTE, constata-se que, apenas com base na documentação encartada aos autos,
fls. 3.117/3.122, não há como manter a irregularidade no que concerne ao exercício de
atividades no âmbito estadual e municipal, durante o ano de 2005. Contudo, é imperioso
comentar que a Constituição Federal é taxativa quanto às hipóteses excepcionais em que se
admite a acumulação de cargos públicos, conforme dispõe o seu art. 37, inciso XVI,
alíneas "a" a "c", verbatim:

Art. 37. (omissis)

(...)
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSOTC N.o 02437/06

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto,


quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o
disposto no inciso XI:

a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com


profissões regulamentadas; (grifo inexistente no texto original)

Logo, sugere-se o desentranhamento dos documentos inerentes à possível acumulação


indevida de cargos públicos estaduais e no Município de Coremas/PB, praticada pelos
DRS. ORNALDINO RODRIGUES DOS SANTOS e REGINALDO CAVALCANTE, para apuração
em processo apartado pela Divisão de Auditoria da Gestão de Pessoal - DIGEP.

Finalmente, tem-se que, da análise efetuada pelos peritos da Divisão de Controle de Obras
Públicas - DICOP, devidamente referendada pelo Parquet especializado, verifica-se o
excesso de pagamentos por serviços não executados na obra de ampliação e melhoria do
sistema de abastecimento da Comuna, objeto do Convênio FUNASA n. o 252/04, no total de
R$ 78.816,94, sendo R$ 38.818,94 pagos no exercício e o restante em 2006, fI. 4.656.

No entanto, constata-se que o pagamento total realizado, R$ 199.498,00, foi inferior ao


montante dos recursos liberados pelo Governo Federal, R$ 199.987,96, donde se depreende
que não houve mobilização de recursos próprios do Município, cujo valor da contrapartida
era de apenas R$ 2.593,04. Portanto, como os recursos aplicados eram originários do
governo federal, cabe representação ao Tribunal de Contas da União - TCU para adoção das
providências cabíveis, ex vi do estabelecido no art. 71, VI, da Constituição Federal,
verbo ad verbum:

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido


com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

1-(...)

VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União


mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a
Estado, ao Distrito Federal ou a Município.

Ademais, diante do interesse público e da possibilidade de indícios de prática de atos de


improbidade administrativa, que podem ter causado lesão ao patrimônio público, mister s
faz o imediato envio de cópia de peças do álbum processual ao Ministério Público Feder I,
com o intuito de apurar os fatos narrados e, conseqüentemente, adotar as provldêncías.qàe <,
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSOTC N.o 02437/06

venha entender cabíveis, em total harmonia com a jurisprudência do Supremo Tribunal


Federal- STF, verbum pro verbo:

(...) A aprovação de contas pelo Tribunal de Contas da União não impede


que o Ministério Público apresente denúncia, se entender que há, em tese,
crime em ato que integra a prestação de contas àquele órgão de natureza
administrativa. Recurso ordinário a que se nega provimento. (STF - la
Turma - RHC nO 71.670/PE, Rei. Min. Moreira Alves, Diário da Justiça,
20 out. 1995, p. 35.263)

Diante do contexto, merece destaque o fato de que, dentre outras irregularidades e


ilegalidades, inclusive práticas danosas ao Erário, duas das máculas encontradas nos
presentes autos constituem motivo de emissão, pelo Tribunal, de parecer contrário à
aprovação das contas do Prefeito Municipal de Coremas/PB, conforme disposto nos itens "2",
"2.4" e "2.10", do Parecer Normativo PN - TC - 52/2004, ipsis /itteris.

2. Constituirá motivo de emissão, pelo Tribunal, de PARECERCONTRÁRIOà


aprovação de contas de Prefeitos Municipais, independentemente de
imputação de débito ou multa, se couber, a ocorrência de uma ou mais das
irregularidades a seguir enumeradas:

( ...)
2.4. não arrecadação das receitas próprias do Município, inclusive retenções
de IRF e ISS incidentes sobre pagamentos feitos pelas Prefeituras;

( ) ...
2.10. não realização de procedimentos Iicitatórios quando legalmente
exigidos;

Por fim, ante as diversas transgressões a disposições normativas do direito objetivo pátrio,
decorrentes da conduta implementada pelo Chefe do Poder Executivo da Comuna de
Coremas, Sr. Edílson Pereira de Oliveira, resta configurada a necessidade imperiosa de
aplicação da multa de R$ 2.805,10 - valor atualizado pela Portaria n.O 039/06 do TCE/PB -,
prevista no art. 56, incisos II e III, da Lei Orgânica do TCE/PB - Lei Complementar Estadual
n.o 18, de 13 de julho de 1993, in verbis:

Art. 56 - O Tribunal pode também aplicar multa de até Cr$ 50.000.000~


(cinqüenta milhões de cruzeiros) aos responsáveispor: (

I- (omissis)
PROCESSOTC N.o 02437/06

II - infração grave a norma legal ou regulamentar de natureza contábil,


financeira, orçamentária, operacional e patrimonial;

III - ato de gestão ilegítimo ou antieconômico de que resulte injustificado


dano ao Erário;

Ex positis, proponho que o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba:

1) Com base no art. 71, inciso I, c/c o art. 31, § 1°, da Constituição Federal, no art. 13, § 1°,
da Constituição do Estado da Paraíba, e no art. 1°, inciso IV, da Lei Complementar Estadual
n.o 18/93, EMITA PARECER CONTRÁRIO à aprovação das contas do Prefeito Municipal de
Coremas/PB, Sr. Edílson Pereira de Oliveira, relativas ao exercício financeiro de 2005,
encaminhando-o à consideração da ego Câmara de Vereadores do Município para julgamento
político da referida autoridade.

2) Com fundamento no art. 71, inciso lI, da Constituição do Estado da Paraíba, bem como
no art. 1°, inciso I, da Lei Complementar Estadual n.o 18/93, JULGUE IRREGULARES as
contas do Ordenador de Despesas da Comuna no exercício financeiro de 2005, Sr. Edílson
Pereira de Oliveira.

3) IMPUTE ao Prefeito Municipal de Coremas/PB, Sr. Edílson Pereira de Oliveira, o débito


relativo a despesas irregulares, no total de R$ 30.140,93 (trinta mil, cento e quarenta reais e
noventa e três centavos), sendo R$ 25.640,93, concernentes a serviços não comprovados
com a recuperação de estádio de futebol e com o roço de mato nas laterais das estradas de
terra, e R$ 4.500,00, referentes a dispêndios com serviços, também não comprovados, de
levantamento de débitos de contribuições previdenciárias.

4) ASSINE o lapso temporal de 60 (sessenta) dias para recolhimento voluntário aos cofres
públicos municipais do montante imputado, sob pena de responsabilidade e intervenção do
Ministério Público Estadual, na hipótese de inércia, tal como previsto no art. 71, § 4°, da
°
Constituição do Estado da Paraíba, e na Súmula n. 40 do colendo Tribunal de Justiça do
Estado da Paraíba - TJ/PB.

5) APLIQUE MULTA ao Chefe do Poder Executivo da Urbe, Sr. Edílson Pereira de Oliveira, no
valor de R$2.805,10 (dois mil, oitocentos e cinco reais e dez centavos), com base no que
56, incisos 11e 111,da Lei Complementar Estadual n. ° 18/93 - LOTCE/PB.
dispõe o art.

6) CONCEDA-LHEo prazo de 60 (sessenta) dias para pagamento voluntário da penalidade ao


Fundo de Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal, conforme previsto no art. 3°,
alínea "a", da Lei Estadual n.O 7.201, de 20 de dezembro de 2002, cabendo à Procuradoria
Geral do Estado da Paraíba, no interstício máximo de 30 (trinta) dias após o término daqu e-' "-
período, velar pelo seu integral cumprimento, sob pena de intervenção do Ministério Púb ico ) __
Estadual, na hipótese de omissão, tal como previsto no art. 71, § 4°, da Constituição o ,"~.
'p

~~ ~d
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSOTC N.o 02437/06

Estado da Paraíba, e na Súmula n.o 40/ do ego Tribunal de Justiça do Estado da


Paraíba - TJ/PB.

7) ENCAMINHE cópia dos documentos encartados aos autos, fls. 2.092/2.160/ 2.457/2.512/
3.117/3.135/ 3.245/3.267/ 4.463/4.492/ 4.561/4.566 e 4.661/4.666/ e desta decisão à
Divisão de Auditoria da Gestão de Pessoal - DIGEP, tendo como objetivo apurar a possível
acumulação indevida de cargos públicos, praticada pelos Srs. Ornaldino Rodrigues dos
Santos e Reginaldo Cavalcante.

8) FIXE termo de 30 (trinta) dias para que o Prefeito Municipal de Coremas/PB comprove o
lançamento e a cobrança do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN, bem
como do Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF, não retidos, sob pena de, não
comprovados no tempo próprio, imputar-se ao responsável a quantia correspondente.

9) ENVIE cópia desta decisão aos Vereadores da Comuna, Srs. Gregório Soares Neto,
Janderley Batista de Sousa e Francisco de Assis Clementino, subscritores da denúncia
formulada em face do Sr. Edílson Pereira de Oliveira, para conhecimento.

10) FAÇA recomendações no sentido de que o Alcaide, Sr. Edílson Pereira de Oliveira, não
repita as irregularidades apontadas nos relatórios da unidade técnica deste Tribunal e
observe, sempre, os preceitos constitucionais, legais e regulamentares pertinentes.

11) Com fulcro no art. 71/ inciso XI, c/c o art. 75/ caput, da Constituição Federal, REMETA
cópias das peças técnicas, fls. 2.979/2.987/ 3.124/3.135/ 3.221/3.229/ 4.561/4.566/
4.601/4.604 e 4.653/4.658/ do parecer do Ministério Público Especial, fls. 4.661/4.666/ e
desta decisão à Secretaria de Controle Externo - SECEX do ego Tribunal de Contas da União
na Paraíba para adoção das providências necessárias, notadamente no que respeita ao
excesso de pagamentos relacionados à obra de ampliação e melhoria do sistema de
abastecimento do Município de Coremas/PB, objeto do Convênio FUNASA n.O 252/04.

12) Também com base no art. 71/ inciso XI, c/c o art. 75/ cabeça, da Lei Maior, ENCAMINHE
cópias das re I~,,~~as à augusta Procuradoria Geral de Justiça do Estado da Paraíba,
~em com~ à egrégi~U~adoria da Repúblicana Paraíbapara as providências cabíveis.

Eapr~os ,~
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