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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSO TC-02485/06
Administração Direta Municipal. RECURSO DE REVISÃO. APL-TC-
513/05. Prestação de Contas Anuais da Prefeitura de Algodão de
Jandaíra, exercício de 2002. Não conhecimento do recurso dado ao
disposto no art. 35 da LOTCE.

RELATÓRIO
O Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, em sessão plenária do dia 05/01/2005, apreciou a Prestação
de Contas Anual do Senhor Edvaldo Alves de Luna, Prefeito do Município de Algodão de Jandaíra,
exercício de 2002 (DOC-TC-1871/03), decidindo, à unanimidade de votos, emitir e encaminhar a Egrégia
Câmara Municipal de Algodão de Jandaíra, o Parecer PPL-TC-01/2005, publicado no D.O.E de
26/01/2005, Parecer Contrário à aprovação das Contas do Prefeito do Município de Algodão de Jandaíra,
Senhor Edvaldo Alves de Luna, em virtude de:
1) não atendimento aos preceitos da LRF e irregularidades na gestão geral, conforme
abaixo:
a) abertura de Créditos Adicionais sem fonte para cobertura, no valor de R$ 85.747,07;
b) diferença entre a receita prevista na LOA e a informada na PCA da ordem de 22%;
c) despesa orçamentária indicada na PCA é 15,12% inferior na LOA e omissão parcial
na citação de algumas despesas nos demonstrativos enviados ao TCE;
d) despesas insuficientemente comprovadas;
e) déficit no balanço orçamentário e erro na sua elaboração;
f) balanço financeiro incorretamente elaborado;
g) balanço patrimonial deficitário;
h) aumento exorbitante da dívida municipal e omissão de parte de seus valores;
i) despesas não licitadas no montante de R$ 398.615,87, representando 14,14% da
DTG;
j) inclusão em MDE de despesa que não pertence à educação;
k) transferências indevidas para a conta do FUNDEF;
I) não implementação do salário mínimo nacionalmente unificado;
m) não aplicação do percentual mínimo em MDE;
n) não recolhimento do INSS dos servidores municipais;
o) não aplicação de recursos do FUNDEF em RVM de acordo com a legislação vigente;
p) incompatibilidades entre os demonstrativos financeiros;
2) remessa de cópia dos presentes autos à Procuradoria Geral de Justiça e à Procuradoria
Especializada da Advocacia da União junto à gerência regional do INSS para as
providências penais e tributárias que entenderem cabíveis;
3) recomendar ao Prefeito eleito para o quadriênio 2005-2008 a imprescindível adoção das
providências necessárias à plena regularização de recolhimento de contribuições
previdenciárias, sob pena de macular as futuras prestações de contas.
Além disso, foi editado o Acórdão APL- TC - 01/2005, aplicando multa ao Sr. Edvaldo Alves Luna, no
valor de R$ 2.534,15 (dois mil, quinhentos e trinta e quatro reais e quinze centavos), de acordo com o art.
56, inciso li, da LOTCE/PB, por infração grave à norma legal, assinando-lhe o prazo de 60 (sessenta)
dias para recolhimento voluntário.
Não resignado com a decisão, em 10/02/2005, o ex-Prefeito do Município, Senhor Edvaldo Alves de
Luna, através do seu representante legal, interpôs, tempestivamente, Recurso de Reconsideração.
O Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, em sessão plenária do dia 03/08/2005, apreciou o Recurso
de Reconsideração referente à Prestação de Contas Anual do Senhor Edvaldo Alves de Luna, então
Prefeito do Município de Algodão de Jandaíra, exercício de 2002, decidindo, à unanimidade, emitir e
encaminhar a Egrégia Câmara Municipal de Algodão de Jandaíra, o Parecer PPL-TC-141/2005 contrário
à aprovação da Prestação de Contas, como também prolatou o Acórdão APL- TC-513/2005 mantendo a
multa no valor de R$ 2.534,15 (dois mil, quinhentos e trinta e quatro reais e quinze centavos), de acordo
com o art. 56, inciso 11, da LOTCE/PB, por infração grave à norma legal, assinando-lhe o prazo de 60
(sessenta) dias para recolhimento voluntário, devidamente publicados no D.OE em 2~/2005.
Os motivos ensejadores das decisões tomadas por esta Corte foram os seguintes: ~.~ ,
,
PROCESSO-TC-02485/06 fls.2

a) abertura de créditos adicionais especiais sem a respectiva fonte para cobertura;


b) despesas insuficientemente comprovadas;
c) realização de despesa sem o obrigatório procedimento de licitação, infringindo a Lei nO8.666/93;
d) transferências indevidas para a conta do FUNDEF;
e) não aplicação de recursos do FUNDEF em RVM de acordo com a legislação vigente;
f) não implementação do salário mínimo nacionalmente unificado;
g) não recolhimento da contribuição previdenciária dos servidores municipais.

Ainda inconformado com a decisão, em 28/03/2006, o Senhor Edvaldo Alves de Luna, através de seu
representante legal, interpôs, tempestivamente, Recurso de Revisão (fls. 54/116), tendo o Relator
recebido nos autos e encaminhado ao Órgão de Instrução para análise dos argumentos do recorrente.

A Auditoria analisou, às fls. 122/125, a documentação apresentada pelo impetrante, afirmando, em suma,
que a peça recursal não trouxe elementos ou fatos novos que possibilitassem o saneamento ou
modificações das irregularidades contidas na decisão vergastada.
O Ministério Público junto ao Tribunal emitiu Parecer nO0530/2008, da lavra do ilustre Procurador André
Carlo Torres Pontes (fls. 126), opinando pelo não conhecimento do presente recurso de revisão, posto
que não vislumbrada hipótese legal de cabimento do rol taxativo do artigo 351 da Lei Complementar n°
18/93 (LOTCE/PB), ratificando-se, pois, inteiramente o teor das decisões contidas no Acórdão APL-TC nO
513/2005 e Parecer PPL - TC nO141/2005.
O interessado foi notificado para a presente sessão.

VOTO DO RELATOR
O Recurso de Revisão configura-se na última instãncia pela qual o interessado pode pleitear, junto a esta
Corte, a revisão dos julgados como forma de garantir a amplitude que se reportam os direitos
constitucionais da ampla defesa e do contraditório.
O recurso aqui debatido preserva os requisitos da tempestividade e da legitimidade do impetrante, no
1
entanto, não pode ser conhecido, ante sua atipicidade tendo em vista os condicionantes do art. 35 da Lei
Orgãnica desta Corte de Contas que estabelece, de maneira taxativa, os casos em que será admitido o
recurso de revisão. Porquanto, não há insurgência contra a correção dos cálculos ou a veracidade e
insuficiência de documentos, bem como inexiste documento novo com eficácia sobre a prova produzida
que possa modificar a decisão recorrida.
Ante o exposto e em harmonia com parecer ministerial, voto pelo não conhecimento do presente recurso
impetrado, tendo em vista a inadequação da peça recursal aos pressupostos da Lei Complementar
Estadual nO 18/93, mantendo-se, integralmente as decisões consubstanciadas no Acórdão APL-TC nO
513/2005 e Parecer PPL - TC nO141/2005.

DECISÃO DO TRIBUNAL PLENO


Vistos, relatados e discutidos os autos do PROCESSO-TC-02485/06, ACORDAM os Membros do
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA PARAIBA, à unanimidade, na sessão plenária realizada nesta
data, em não conhecer o RECURSO DE REVISÃO impetrado, ante a inadequação aos pressupostos do
art. 351 da LC 18/93, mantendo integralmente as decisões consubstanciadas no Acórdão APL-TC nO
513/2005 e Parecer PPL - TC nO141/2005.

Publique-se, registre-se e cumpra-se.


TCE-Plenário Ministro João Agripino

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Conselheiro Fábio Túlio Filgueiras Nogueira


Relator

Fui presente,
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Procuradora Geral do Ministério Público junto ao TCE-Pb

1
Art. 35 - De decisão definitive caberá recurso de revisão ao Plenário, sem efeito suspensivo, interposto por escrito, uma só vez, pelo responsável, seus sucessores, ou pelo
Ministério Público junto ao Tribunal, dentro do prazo de cinco anos, contados na forma prevista no inciso 11do art. 30 desta lei, e fundar-se-á:

I - em erro de cálculo nas contas;


11- em falsidade ou insuficiência de documentos em que se tenha fundamentado a decisão recorrida;
111·na superveniência de documentos novos com eficácia sobre a prova produzida.

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