Caso
de
aplicação
numa
empresa
de
produção
de
garrafas
de
vidro
-‐
Barbosa
e
Almeida
vidros.
Júri
Presidente:
Professora
Ana
Paula
Ferreira
Dias
Barbosa
Póvoa
Vogal:
Dra.
Tânia
Pinto
Varela
Orientador:
Professora
Ana
Isabel
Cerqueira
de
Sousa
Gouveia
Carvalho
RESUMO
O
projecto
apresentado
consiste
numa
contextualização
do
problema,
seguido
de
uma
revisão
bibliográfica
dos
tópicos
relacionados
com
o
tema
principal
e
por
último,
a
aplicação
ao
caso
de
estudo
real.
Esta
última
parte
envolve
aspectos
como
obtenção
e
análise
de
dados,
definição
de
indicadores
para
avaliação
de
desempenho
de
layouts,
criação
e
avaliação
de
propostas
para
soluções
alternativas
e
selecção
da
melhor
proposta.
Com
este
trabalho
foi
possível
alcançaruma
melhor
proposta
de
layout
que
permite,
em
comparação
com
a
situação
actual,
a
redução
de
tempos
e
distâncias
na
armazenagem,
e
o
aumento
da
capacidade
de
armazenagem
do
armazém.
Foram
ainda
propostos
sistemas
e
equipamentos
para
a
automatização
das
actividades
internas
na
fábrica,
numa
perspectiva
de
aumento
da
produtividade
nos
processos
da
armazenagem.
i
ABSTRACT
The
industrial
macroeconomic
environment
in
which
companies
are
developed
today
is
characterized
by
being
highly
demanding
and
competitive.
Success
or
failure
depends
not
only
on
the
ability
to
adapt
to
market
requirements,
but
also
on
the
efficiency
level
of
the
applied
practices.
In
this
sense,
the
increase
in
productivity
in
warehouse
operations
has
a
direct
influence
on
the
optimization
of
logistic
processes
in
the
company,
thus
giving
a
competitive
advantage.
With
this
work
it
was
possible
to
conclude
that
the
implementation
of
the
best
layout
proposal
makes
it
possible
to
reduce
times
and
distances
in
warehouse
activities,
while
increasing
the
storage
capacity
of
the
warehouse,
compared
to
the
current
situation.
Suggestions
about
systems
and
equipment
for
automation
of
internal
activities
in
the
factory
were
also
proposed,
in
an
attempt
to
increase
productivity
in
warehouse
processes.
ii
AGRADECIMENTOS
À
empresa
Barbosa
e
Almeida,
especialmente
ao
Engenheiro
João
Teixeira,
pela
disposição
e
interesse
que
sempre
demonstrou
e
pela
sua
grande
amabilidade.
Aos
meus
pais,
João
e
Maruxa,
e
toda
a
minha
família,
pelo
ânimo
que
me
deram
em
todos
os
momentos
a
partir
da
Venezuela
e
porque
sempre
acreditaram
em
mim
e
nas
minhas
capacidades.
Ao Sr. Peneda, pela sua disposição e ajuda em encontrar o projecto certo.
Ao
meu
namorado,
Hugo,
pelo
ânimo
que
me
deu
para
trabalhar,
pelo
apoio
incondicional
e
por
me
alegrar
nos
momentos
de
crise.
Aos
meus
amigos
Fernando,
Monika,
Michal,
Tiago,
Eduardo,
Filipe,
Lívia,
Rosa
e
os
meus
amigos
da
residência,
por
estarem
sempre
presentes
,
partilharem
os
seus
conhecimentos
e
me
distraírem
do
trabalho
quando
foi
preciso.
Por
último,
quero
dar
graças
a
Deus
pela
oportunidade
de
estudar
no
estrangeiro,
por
todas
as
experiências
vividas
e
por
conhecer
pessoas
maravilhosas.
iii
ÍNDICE
Resumo
______________________________________________________________________________
i
Abstract
____________________________________________________________________________
ii
Agradecimentos
______________________________________________________________________
iii
Índice
______________________________________________________________________________
iv
Índice
de
figuras
_____________________________________________________________________
vii
Índice
de
tabelas
____________________________________________________________________
viii
Índice
de
anexos
______________________________________________________________________
ix
Lista
de
abreviaturas
__________________________________________________________________
x
CAPÍTULO
I
–
Introdução
_______________________________________________________________
1
1.1.
Contextualização
do
problema
___________________________________________________
1
1.2.
Objectivos
____________________________________________________________________
1
1.3.
Metodologia
a
seguir
___________________________________________________________
2
1.4.
Estrutura
do
trabalho
escrito
_____________________________________________________
3
CAPÍTULO
II
–
Estado
da
Arte
____________________________________________________________
5
2.1.
A
armazenagem
_______________________________________________________________
6
2.1.1.
Actividades
na
armazenagem
________________________________________________
8
2.1.1.1.
Recepção
____________________________________________________________
8
2.1.1.2.
Pré
-‐
embalagem
(Opcional)
_____________________________________________
8
2.1.1.3.
Put-‐away
____________________________________________________________
8
2.1.1.4.
Armazenagem
________________________________________________________
8
2.1.1.5.
Order
picking
_________________________________________________________
9
2.1.1.6.
Embalar
e/ou
etiquetar
(opcional)
________________________________________
9
2.1.1.7.
Divisão
e
agregação
__________________________________________________
10
2.1.1.8.
Expedição
__________________________________________________________
10
2.1.1.9.
Cross-‐docking
_______________________________________________________
10
2.1.2.
Tipos
de
armazéns
________________________________________________________
11
2.1.2.1.
Armazém
de
matérias-‐primas
e
componentes
_____________________________
11
2.1.2.2.
Armazém
de
produtos
em
processo
(Work-‐in-‐process)
_______________________
11
2.1.2.3.
Armazém
de
produto
acabado
(APA)
_____________________________________
11
2.1.2.4.
Centro
de
distribuição
_________________________________________________
12
2.1.2.5.
Pequenos
centros
de
distribuição
_______________________________________
12
2.1.2.6.
Armazém
local
_______________________________________________________
12
2.1.2.7.
Armazém
de
valor
agregado
____________________________________________
12
2.1.3.
Métodos
de
armazenagem
_________________________________________________
12
2.1.4.
Unidades
de
armazenagem
_________________________________________________
13
2.1.5.
Sistemas
de
armazenagem
em
paletes
________________________________________
14
2.1.6.
Tecnologias
_____________________________________________________________
15
2.1.6.1.
Equipamento
estático
_________________________________________________
16
2.1.6.2.
Equipamento
móvel
__________________________________________________
16
2.1.6.3.
Ferramentas
para
o
transporte
e
para
o
picking
____________________________
17
2.1.7.
Desenho
dos
armazéns
____________________________________________________
17
2.1.7.1.
Chave
PQRST
________________________________________________________
18
2.1.7.2.
Tipos
de
layouts
_____________________________________________________
19
2.1.7.2.1.
Por
características
do
material
ou
produto
_______________________
19
2.1.7.2.2.
Por
características
da
encomenda
______________________________
19
2.1.7.2.3.
Por
fornecedor
ou
cliente
_____________________________________
19
2.1.7.2.4.
Por
nível
de
actividade
_______________________________________
20
iv
v
vi
vii
viii
Anexo
1:
Plano
das
instalações
da
fábrica
na
Venda
Nova
____________________________
86
Anexo
2:
Tabela
da
análise
ABC
por
quantidade
detalhado
___________________________
87
Anexo
3:
Análise
detalhada
produtos
classe
C
______________________________________
87
Anexo
4:
Resumo
da
quantidade
de
paletes
por
tipo
de
T
____________________________
90
Anexo
5:
Quantidade
de
paletes
e
plano
do
armazém
(7-‐8)
e
outras
localizações.
_________
90
Anexo
6:
Cálculos
e
apresentação
da
planta
do
layout
duplo
__________________________
92
Anexo
7:
Cálculos
KPI
e
apresentação
da
planta
do
layout
triplo
1
______________________
94
Anexo
8:
Sobreposição
layout
triplo
2
(plano
e
tabelas)
______________________________
96
Anexo
9:
Cálculos
KPI
e
apresentação
da
planta
do
layout
triplo
2
______________________
98
Anexo
10:
Sobreposição
layout
triplo
3
(plano
e
tabelas)
____________________________
100
Anexo
11:
Cálculos
KPI
de
áreas
e
apresentação
da
planta
do
layout
triplo
3
____________
102
ix
x
xi
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
A
armazenagem
de
produtos
é
um
dos
pilares
mais
importantes
do
sector
industrial;
tão
importante
como
os
cronogramas
de
produção
ou
a
distribuição
interna
de
uma
fábrica.
O
processo
de
armazenagem
e
os
procedimentos
envolvidos
nele,
tais
como
o
“put-‐away”
e
o
“picking”
são
geralmente
a
fonte
de
elevados
custos
e
ineficiências.
Uma
gestão
ineficiente
de
armazenagem
não
se
traduz
apenas
num
obstáculo
para
a
melhoria
interna
das
empresas,
mas
contribui
também
para
a
redução
da
satisfação
dos
clientes.
Uma
melhoria
do
processos
de
armazenamento
leva
ao
aumento
de
eficiência,
à
redução
de
custos
e
à
redução
de
tempo
de
execução
das
variadas
tarefas.
As
empresas,
hoje
em
dia,
enfrentam
um
ambiente
altamente
competitivo,
assim
para
que
a
empresa
continue
a
ser
competitiva
esta
tem
de
ser
flexível
e
tentar
reduzir,
ao
máximo,
custos
e
tempo
de
prazos
de
entrega.
Um
bom
desempenho
nas
actividades
de
armazenagem
é
uma
das
chaves
para
o
sucesso
de
uma
empresa,
e
poderá
fazer
a
diferença
entre
ser
um
líder
de
mercado
ou
de
ir
à
falência.
Barbosa
e
Almeida
é
uma
empresa
especializada
na
fabricação
de
embalagens
de
vidro
para
diferentes
indústrias.
Actualmente
tem
instalações
em
várias
cidades
de
Portugal
e
Espanha.
Recentemente,
a
empresa
adquiriu
novas
instalações,
na
Venda
Nova,
na
Grande
Lisboa.
As
instalações
têm
uma
parte
de
fabrico,
onde
produzem,
controlam
a
qualidade,
empacotam
e
embalam
as
garrafas;
e
outra
de
armazenagem
do
produto
final
ou
acabado
(PA).
Uma
vez
que
este
armazém
foi
adquirido
recentemente,
não
existe
um
sistema
optimizado
de
fluxos
internos
directos
e
inversos,
layout,
distribuição
interna
e
métodos
de
manuseamento
de
materiais,
pelo
que
se
torna
necessária
a
sua
análise
detalhada
com
a
consequente
proposta
de
novas
alternativas
de
melhoria.
1.2.OBJECTIVOS
Esta
tese
tem
como
objectivo
geral
sugerir
um
novo
sistema
de
fluxo
de
materiais,
layout
e
distribuição
interna
de
produto
final,
tendo
como
objectivo
principal
o
aumento
da
produtividade
e
a
redução
de
custos
no
armazém
de
produto
acabado
(APA),
localizado
em
1
Venda
Nova,
Lisboa,
da
empresa
Barbosa
e
Almeida
vidros.
Para
tal
irá
ser
estudado
e
analisado
o
estado
actual
do
armazém
nas
instalações
de
Venda
Nova:
comportamento
dos
fluxos,
entradas
de
produto,
distribuição
de
materiais,
controlo
de
stock,
layout.
De
seguida
serão
propostas
diferentes
alternativas
operacionais,
com
distintos
fluxos
de
materiais
directos,
layout
e
distribuição
interna
de
produto.
Estas
propostas
serão
comparadas
com
a
situação
actual
do
armazém
através
de
indicadores
KPI.
Por
fim,
será
seleccionada
a
melhor
alternativa
que
permita
diminuir
custos
e
aumentar
a
produtividade
do
sistema.
Após
a
selecção,
será
elaborada
uma
avaliação
económica
de
funcionamento
mensal
e
de
custo
da
implementação
da
alternativa
seleccionada.
1.3.METODOLOGIA A SEGUIR
Para a realização deste projecto foi seguida uma série de passos, ilustrados na Figura 1.
Contextualização
Encuadramento
Aplicação
ao
Elaboração
de
Avaliação
das
Seleção
da
do
problema
teórico:
caso
de
estudo:
propostas
para
propostas
melhor
proposta
Estado
da
Arte
Obtenção
e
soluções
e
análises
análise
de
dados
alternayvas
posteriores
Figura
1:
Metodologia
adoptada
na
dissertação
de
mestrado
Em
segundo
lugar
foi
desenvolvida
uma
investigação
teórica,
de
modo
a
contextualizar
o
problema
com
conceitos,
métodos,
estratégias
e
indicadores
necessárias
que
servirão
como
base
para
a
elaboração
do
projecto.
O
terceiro
passo
é
constituído
pela
obtenção
e
análise
de
dados,
necessários
à
resolução
do
problema
em
causa.
Os
dados
necessários
para
a
análise
foram
obtidos
através
do
sistema
de
gestão
SAP
utilizado
pela
BA.
Os
dados
não
disponíveis
no
sistema
foram
obtidos
através
do
pessoal
qualificado
da
empresa.
A
análise
dos
dados
foi
elaborada
em
duas
etapas:
2
No
quarto
passo
realiza-‐se
a
criação
de
propostas
alternativas
de
layout,
com
a
utilização
do
software
AutoCAD.
No
quinto
passo
é
realizada
a
avaliação
das
propostas
sugeridas
comparando
os
valores
dos
diferentes
indicadores
para
cada
uma
das
propostas
e
para
o
mês
de
referência,
de
modo
a
seleccionar
àquela
que
maximize
a
produtividade
do
armazém
ao
mesmo
tempo
que
diminui
custos.
Uma
vez
seleccionada
a
melhor
proposta
no
sexto
passo,
são
realizadas
análises
posteriores
relativas
a
custos
de
implementação
da
proposta
e
custos
futuros
operacionais.
Esta
tese
encontra-‐se
estruturada
em
5
capítulos
que
serão
resumidos
nos
parágrafos
seguintes.
No
presente
capítulo
apresenta-‐se
uma
breve
introdução
ao
tema
da
tese
com
uma
descrição
sucinta
do
problema
principal,
com
uma
exposição
dos
objectivos
gerais
e
específicos
do
trabalho
e
a
metodologia
a
utilizar
na
análise
do
problema
em
questão.
3
4
Ao
longo
dos
anos,
houve
uma
evolução
na
organização
logística
das
empresas,
passando
de
um
sistema
pouco
organizado
e
coordenado
entre
as
actividades
da
cadeia
de
abastecimento
para
se
tornar
num
sistema
bem
estruturado
e
focado
na
integração
de
todas
as
actividades
envolvidas,
assim
como
na
redução
de
tempos
e
custos
(Macmillan
Publishers
India
Ltd.,
2001).
Aperfeiçoamento
JIT,
TQM,
BPR,
Criação
da
das
capacidades
Parceiras
Gestão
de
da
Gestão
de
Controlo
de
Cadeias
de
Inventário
e
Cadeias
de
Abastecimento
Abastecimento
Produção
Opymização
em
Massa
dos
custos
1950
1970
1990
5
tem
objectivos
e
funções
diferentes,
os
quais
devem
ser
integrados
entre
si
para
alcançar
uma
redução
de
custos
e
aumentar
os
níveis
de
satisfação
do
cliente
(Simchi-‐Levi,
2003).
Na
Figura
3
exibe-‐se
uma
cadeia
de
abastecimento
típica,
unidireccional.
2.1.A ARMAZENAGEM
Constitui
um
dos
níveis
mais
importantes
da
cadeia
de
abastecimento,
embora
seja
uma
actividade
de
alto
custo
financeiro
para
as
empresas,
com
uma
percentagem
de
entre
2-‐5%
dos
custos
totais
(Frazelle,
2002).
A
armazenagem
pode
ser
definida
como
o
processo
onde
ocorrem
três
funções
principais:
receber
produtos
de
uma
fonte,
armazenar
os
produtos
durante
o
tempo
necessário
até
que
sejam
solicitados
por
um
cliente
(interno
ou
externo)
e
retirar
os
produtos
quando
são
requisitados
(Queirolo
et.
al,
2002).
As
iniciativas
actuais,
como
a
integração
da
cadeia
de
abastecimento,
a
resposta
rápida
(quick
response
em
inglês),
o
e-‐commerce
e
o
Just-‐in-‐time,
tentam
eliminar
o
lugar
que
tem
o
armazém
na
cadeia
de
abastecimento.
Contudo,
é
muito
difícil
ou
até
impossível,
conseguir
a
organização
necessária
para
coordenar
os
diferentes
níveis
de
modo
a
não
serem
necessários
armazéns
no
processo.
A
armazenagem
de
produtos
compensa
os
desequilíbrios
existentes
na
cadeia
de
abastecimento,
conferindo
maior
flexibilidade
à
cadeia
de
abastecimento
e
ao
mesmo
tempo
estabilizando-‐a.
No
entanto,
a
armazenagem
tem
um
papel
importante
relativamente
ao
serviço,
já
que
uma
boa
gestão
de
armazéns
é
condição
para
alcançar
um
alto
nível
de
serviço
ao
cliente
(Frazelle,
2002).
6
Executar
mais
e
menores
transacções
Menor
tempo
para
processar
as
Controlar
(manusear)
e
armazenar
ordens
mais
produtos
Uma
margem
de
erro
menor
Fornecer
mais
produtos
e
maior
Menor
quanydade
de
pessoal
jovem
serviço
de
customização
e
qualificado
disponível
Oferecer
mais
serviços
de
valor
Menor
capacidade
dos
sistemas
de
acrescentado
gestão
de
armazéns
Processar
mais
retornos
dos
clientes
Receber
e
enviar
mais
ordens
internacionalmente
Figura
4:
Exigências
da
armazenagem
hoje
em
dia
(Frazelle,
2002)
Actualmente
existem
muitos
estudos
orientados
à
analise
e
optimização
das
funções
na
armazenagem.
Baker
&
Canessa
(2009)
elaboraram
uma
revisão
da
literatura
acerca
de
denho
de
armazéms,
validando
os
seus
resultados
com
empresas
especializadas
no
campo
do
desenho
de
armazéns.
O
resultado
foi
uma
série
de
passos,
com
ferramentas
e
técnicas
específicas
que
podem
ser
utilizados
para
a
elaboração
de
desenho
de
layouts.
Gua,
Goetschalckx,
&
McGinnis
(2007)
apresentaram
uma
extensa
revisão
sobre
problemas
no
planeamentos
das
operações
na
armazenagem,
os
quais
foram
classificados
de
acordo
com
as
funções
básicas
armazéns.
O
objetivo
deste
trabalho
foi
estabelecer
uma
ligação
entre
a
investigação
acadêmica
e
as
prácticas
reais
de
armazenagem,explicando
modelos
e
métodos
de
planeamento.
Noutros
estudos,
como
Roodbergen
&
Vis
(2006),
o
objectivo
principal
está
relacionado
com
as
actividades
do
order
picking.
Neste
trabalho
foi
apresentado
um
modelo
para
a
optimização
de
layouts
de
armazéns.
O
objectivo
principal
desse
estudo
foi
calcular
o
número
óptimo
de
corredores
numa
área
de
order
picking,
na
qual
os
operadores
deviam
caminhar
ou
conduzir
através
de
espaços
rectangulares.
Hwang
&
Cho
(2006)
elaboraram
modelos
matemáticos
e
de
simulação
considerando
a
demanda
probabilística
e
a
frequência
do
order
picking.
Também
criaram
um
programa
de
computador
com
o
objectivo
de
verificar
os
resultados
das
simulações.
O
estudo
elaborado
por
Chan
&
Chan
(2011)
esteve
focado
na
área
do
picking
e
é
o
trabalho
más
parecido
ao
actual.
Este
trabalho
teve
como
objectivo
apresentar
uma
simulação
para
um
estudo
dum
caso
real
sobre
recolha
manual
e
prateleiras
de
vário
níveis,
e
foca-‐se
num
problema
de
atribuição
num
armazém
ABC
e
utiliza
medições
como
distância
de
viagem
e
tempo
de
picking
a
fim
de
determinar
o
desempenho
das
operações
internas.
7
Existem
uma
série
de
operações
básicas
que
são
realizadas
em
qualquer
armazém,
desde
que
o
PA
sai
da
linha
de
produção,
até
à
sua
expedição
para
os
clientes.
2.1.1.1. RECEPÇÃO
Esta
actividade
é
realizada
nos
armazéns
onde
os
produtos
são
recebidos
a
granel,
e
que
consequentemente
têm
de
ser
embalados
em
embalagens
unitárias
comerciais
mais
pequenos
ou
serem
agrupados
com
outros
produtos,
sob
a
forma
de
sortido
de
produtos,
para
posterior
armazenamento.
É
possível
pré
–
embalar
a
totalidade
da
mercadoria
recebida,
ou
processar
só
uma
parte
para
assim
armazenar
o
material
a
granel.
Esta
decisão
depende
da
disponibilidade
e
disposição
do
espaço
no
armazém
(Frazelle,
2002).
Esta
operação
é
opcional
e
pode
realizar-‐se
antes
de
os
materiais
serem
expedidos.
2.1.1.3. PUT-‐AWAY
É
o
termo
técnico
para
a
acção
de
arrumar
os
artigos
e
significa
dispor
os
produtos
na
sua
posição
de
armazenagem.
Estão
incluídas
neste
processo
o
manuseamento
do
material,
verificação
da
posição
de
armazenagem
e
colocação
física
do
produto
no
local
de
armazenamento
(Frazelle,
2002).
Este
processo
pode
ser
caracterizado
por
trajectórias
muito
compridas,
especialmente
quando
o
sistema
de
armazenagem
é
aleatório.
É
possível
diminuir
a
distância
percorrida
e
os
erros
na
armazenagem
através
do
planeamento
dos
trajectos
em
sintonia
com
o
layout
do
armazém
e
com
a
rotação
do
produto
em
questão
(Liebeskind,
2005).
2.1.1.4. ARMAZENAGEM
Refere-‐se
à
permanência
física
dos
produtos
no
armazém
enquanto
não
são
requeridos
para
expedição;
noutras
palavras,
os
produtos
estão
à
espera.
O
método
de
armazenagem
8
A
estratégia
mais
utilizada
é
o
picking
discreto,
na
qual
um
trabalhador
faz
a
recolha
de
todos
os
produtos,
destinados
a
um
único
cliente,
não
iniciando
outra
encomenda
até
ter
completado
a
primeira.
É
um
método
simples,
fiável
que
evita
atrasos
na
recolha
das
encomendas
já
que
não
permite
a
sua
mistura.
Esta
estratégia
é
utilizada
para
operações
em
tempo
real.
A
maior
desvantagem
é
que
o
operador
deve
percorrer
grandes
distâncias
para
fazer
a
recolha
dos
artigos
das
encomendas.
Não
obstante,
com
o
uso
de
tecnologia
adequada
e
um
layout
optimizado
do
armazém
é
possível
aumentar
a
eficiência
do
picking
discreto
(Eisenstein,
2008).
Assim
como
a
pré
–
embalagem,
esta
operação
implica
agrupar
e
embalar
os
produtos
em
embalagens
unitárias
para
propósitos
comerciais.
Em
termos
de
tempos
e
custos,
é
mais
rentável
realizar
este
processo
antes
de
serem
expedidos
os
produtos.
Quando
o
processo
de
embalar
é
posterior
à
armazenagem,
a
flexibilidade
da
armazenagem
relativa
ao
uso
do
inventário
é
superior.
Os
produtos
individuais
estão
sempre
disponíveis
para
serem
agrupados
e
embalados
quando
são
necessários.
Por
outro
lado,
os
produtos
geralmente
são
etiquetados
com
os
preços
correspondentes
nos
pontos
de
venda,
portanto
um
processo
de
etiquetar
anterior
poderá
vir
a
ser
inútil
e
aumentar
tempos
e
custos.
Contudo,
os
códigos
de
barra
para
fazer
o
picking
dos
produtos
e
o
preço
dos
mesmos
podem
estar
incluídos
na
mesma
etiqueta
(Frazelle,
2002).
Nem
todos
os
produtos
passam
por
este
processo
antes
de
serem
despachados
para
os
clientes.
9
Uma
vez
feito
o
picking,
os
produtos
são
distribuídos
e
reagrupados
de
acordo
com
as
encomendas
individuais
de
cada
cliente.
Este
processo
pode
ser
realizado
quando
as
encomendas
contêm
mais
do
que
um
produto
diferente
e
a
agregação
dos
itens
não
foi
realizada
em
simultâneo
com
o
picking
(Frazelle,
2002).
2.1.1.8. EXPEDIÇÃO
2.1.1.9. CROSS-‐DOCKING
Na
Figura
5
encontram-‐se
representadas
as
actividades
que
ocorrem
no
armazém
e
os
fluxos
que
existem
entre
elas.
10
Manuseamento
Put-‐Away De Divisão
e
agrupação
materiais
Figura
5:
Agrupação
das
actividades
do
armazém
(Adaptado
de
(Frazelle,
2002))
Dependendo
da
função
que
desempenhem
ou
dos
itens
que
possui,
os
armazéns
podem
ser
classificados
em
vários
tipos.
Segundo
o
tipo
de
inventário,
podem
ser:
Num
processo
de
fabrico
ou
de
montagem
por
vezes
é
necessário
armazenar
produtos
que
já
foram
parcialmente
processados
mas
ainda
não
são
PAs.
Os
armazéns
de
produtos
em
processo
abastecem
a
linha
de
produção
em
vários
locais,
dependendo
das
necessidades
da
linha
de
produção
(Frazelle,
2002).
Contém
os
PAs
resultantes
do
processo
de
fabrico
mas
que
ainda
não
foram
enviados
aos
clientes.
Este
tipo
de
inventário
é
necessário
para
reduzir
os
efeitos
da
variação
existente
11
entre
a
produção
da
fábrica
e
a
procura
dos
compradores.
Geralmente,
estes
armazéns
estão
localizados
perto
das
instalações
de
fabrico
e
caracterizam-‐se
por
receber
e
despachar
lotes
grandes
de
produção
(Frazelle,
2002).
Existem
também
outros
tipos
de
armazéns
que
se
caracterizam
pela
sua
função
e
pela
sua
localização:
São
instalações
encargadas
de
receber
os
PAs
dos
centros
de
produção
de
uma
ou
várias
empresas
para
serem
separados,
agrupados
e
despachados
aos
clientes.
Geralmente,
estes
centros
localizam-‐se
num
ponto
intermédio
entre
os
produtores
ou
os
clientes
e
têm
um
fluxo
constante
de
entrada
e
saída
de
materiais
(Frazelle,
2002).
12
serem
retirados.
Desta
forma,
no
final
de
um
período
de
tempo
os
produtos
que
constam
em
inventário
são
os
produtos
recentemente
armazenados
(Murray,
2011).
Figura
6:
Tipos
de
paletes
(Imagens
de
(Classic
Pallets
UK
Ltd,
2011))
O
material
mais
utilizado
para
a
sua
construção
é
a
madeira
por
ser
um
material
barato
e
de
fácil
reciclagem.
As
paletes
de
madeira
podem
ser
classificadas
em
madeira
forte
(hardwood)
ou
macia
(softwood)
dependendo
da
capacidade
de
carga
necessária,
dos
requisitos
das
cargas,
da
durabilidade
esperada
e
das
condições
do
manuseamento
e
da
armazenagem
(Rosaler,
2002).
Outros
materiais
alternativos
para
as
paletes
são
plástico,
especificamente
polietileno
de
alta
densidade
(HDPE
do
inglês
high-‐density
polyethilene),
madeira
comprimida,
cartão
corrugado,
e
inclusive
aço
e
alumínio
para
uso
militar
(Twede
&
Selke,
2005).
A
integridade,
estabilidade
e
eficiência
de
carga
de
uma
palete
depende
do
padrão
no
qual
os
objectos
são
empilhados
(Twede
&
Selke,
2005).
Um
padrão
eficiente
de
colocação
13
pode
armazenar
mais
material
no
mesmo
espaço.
Desta
forma,
é
possível
transportar
maior
quantidade
de
material
em
menos
viagens,
o
que
reduz
o
custo
de
manuseamento
em
aproximadamente
um
terço
(Liebeskind,
2005).
Existem oito sistemas de armazenagem em paletes, apresentadas na Figura 7.
14
2.1.6. TECNOLOGIAS
A
tecnologia
implementada
nos
armazéns
para
fazer
o
manuseamento
das
cargas
deve
minimizar
o
tempo
utilizado
para
as
transacções
e
a
perda
do
espaço
efectivo
dentro
das
instalações.
Deve
também
ter
considerações
ergonómicas
na
definição
do
seu
layout,
de
modo
a
minimizar
as
oportunidades
de
ferimento
e
indevido
stress
físico
dos
trabalhadores
(Ackerman
&
Van
Bodegraven,
2007).
15
Figura
8:
Empilhamento
estático
(Getty
Images,
Inc.,
2011)
Figura
9:
Equipamentos
móveis
(Getty
Images,
Inc.,
2011)
16
Existem
também
outras
tecnologias
para
a
identificação
de
produtos
como
identificação
por
rádio
frequência
(RFID
pelas
siglas
em
inglês
Radio
Frequency
Identification)
e
sistemas
de
reconhecimento
por
voz
(VR
pelas
siglas
em
inglês
Voice
Recognition)
(Ackerman
&
Van
Bodegraven,
2007).
17
lugar,
é
preciso
determinar
o
espaço
necessário
para
cada
actividade.
O
espaço
necessário
depende
da
variedade
de
produtos
(do
termo
em
inglês
product
mix),
das
políticas
de
inventário,
dos
métodos
de
armazenagem,
entre
outros
factores.
É
também
necessário
determinar
as
condições
nas
quais
os
produtos
devem
ser
armazenados
e
as
limitações
físicas
do
espaço.
Em
último
lugar,
faz-‐se
a
combinação
dos
factores
anteriores
(interacções
e
espaço)
sendo
realizados
os
ajustes
necessários
para
a
criação
de
duas
ou
mais
soluções
alternativas
(Hales,
2006).
Figura
10:
Diagrama
da
chave
PQRST
(Hales,
2006)
A
categoria
P
refere-‐se
àquilo
que
se
vai
armazenar,
ou
seja,
ao
produto
ou
material.
É
preciso
ter
a
disposição
as
características
do
produto,
tais
como
tamanho,
peso,
forma,
danos
potenciais,
condições
e
valor.
Esta
informação
pode
ser
utilizada
para
agregar
os
produtos
em
diferentes
áreas
dependendo
das
suas
características
(Hales,
2006).
A
categoria
Q
refere-‐se
a
quantidade
de
produto
ou
encomendas
de
um
produto.
Não
se
refere
apenas
às
quantidades
físicas,
mas
também
aos
fluxos
de
produtos
de
entrada
e
saída.
Esta
informação
é
necessária
para
determinação
do
movimento
e
do
manuseamento
dos
materiais,
assim
como
também
para
o
cálculo
da
capacidade
física
de
armazenagem
(Hales,
2006).
A
categoria
R
refere-‐se
às
rotas
ou
sequência
de
operações
que
cada
produto
ou
grupo
de
produtos
tem
de
seguir.
Refere-‐se
ainda
ao
tipo
de
operações
que
devem
ser
executadas
e
a
maquinaria
utilizada
em
cada
uma
dessas
fases.
A
quantidade
de
um
certo
produto
que
segue
uma
determinada
rota
define
o
fluxo
de
material
(Hales,
2006).
18
Por
último,
a
categoria
T
refere-‐se
ao
tempo
em
horas
de
operação,
turnos
e
horas
de
pico
de
cada
área
e
operação.
A
variação
nos
tempos
e
horas
de
pico
pode
depender
da
actividade
realizada
em
cada
área,
assim
como
também
da
altura
da
semana,
do
mês
ou
do
ano
na
qual
se
faça
a
medição.
O
desenho
do
layout
deve
tomar
estas
restrições
em
conta
(Hales,
2006).
Existem
diferentes
tipos
de
layout
dependendo
dos
fluxos
dos
materiais.
Geralmente,
a
maioria
dos
grandes
armazéns
aplicam
combinações
dos
tipos
clássicos
de
layouts,
os
quais
se
apresentam
de
seguida:
É
possível
agregar
os
produtos
por
rota
ou
sequência
de
processos
e
armazena-‐los
em
áreas
específicas,
por
exemplo
zonas
dedicadas
à
mercadoria
devolvida
pelos
clientes
ou
artigos
que
são
enviados
directamente
aos
clientes.
Este
tipo
de
layout
não
se
aplica
a
armazéns
que
funcionam
apenas
com
uma
rota
ou
sequência
de
processos
determinada
(Hales,
2006).
Este
tipo
de
layout
é
aplicado
quando
a
empresa
recebe
ou
fornece
produtos
únicos
para
clientes
importantes.
Os
produtos
são
agregados
e
armazenados
em
determinadas
zonas
no
armazém
separados
por
fornecedor
ou
cliente,
o
que
permite
um
picking
ou
put-‐away
mais
19
rápidos,
as
distancias
percorridas
são
menores
e
geralmente
os
custos
de
manuseamento
de
material
são
também
mais
reduzidos
(Hales,
2006).
Faz-‐se
uma
separação
dos
produtos
dependendo
da
rotação
que
possuam
dentro
do
armazém,
separando
assim
aqueles
que
são
de
reserva
daqueles
destinados
ao
picking
ou
ao
cross-‐docking
(Hales,
2006).
A
estratégia
mais
utilizada
é
a
classificação
de
produtos
ABC,
na
qual
o
critério
de
agrupamento
é
a
rotação
do
produto,
sendo
os
produtos
com
maior
rotação
os
de
classe
“A”
(Liebeskind,
2005).
Geralmente
os
artigos
de
alta
rotação
localizam-‐se
perto
dos
cais
de
carga,
enquanto
os
artigos
com
menor
rotação
são
colocados
mais
afastados
das
saídas
do
armazém.
Este
método
não
pode
ser
aplicado
em
um
armazém
onde
não
exista
uma
diferencia
notável
na
rotação
dos
produtos
(Hales,
2006).
20
flexibilidade
do
sistema,
entre
outros
(Li
&
Meissner,
2010).
Através
da
revisão
bibliográfica
não
foi
possível
encontrar
indicadores
para
a
avaliação
de
desempenho
do
layout.
Para
fazer
uma
avaliação
geral
das
operações
no
armazém
é
possível
fazer
uma
análise
ponderada
de
dez
factores
básicos
internos
e
externos
que
podem
ser
atribuídos
à
armazenagem
(ver
Figura
11).
Aceitação
da
empresa
por
uma
percentagem
alta
de
clientes
importantes,
assim
1.
Serviço
ao
como
também
as
medições
de
ciclos
de
encomenda-‐expedição
(order-‐to-‐
consumidor
delivery)
e
da
taxa
de
ordens
completas.
É
possível
ter
uma
esymayva
total
do
armazém
calculando
o
total
de
cada
área
4.
Utilização
do
espaço
funcional
e
a
sua
uylização.
Este
cálculo
é
comparado
com
a
capacidade
máxima
com
o
objecyvo
de
determinar
a
uylização
operacional
do
armazém.
5.
Produtividade
do
Faz
a
medição
do
trabalho
efecyvo
relayvo
aos
processos
estabelecidos
e
padrão.
trabalho
Baseia-‐se
em
três
princípios:
a
uylização
do
espaço,
o
manuseamento
do
material
6.
Layout
das
e
o
custo
de
armazenar
em
relação
ao
custo
dos
equipamentos,
uylização
do
instalações
espaço,
materiais
danificados
e
o
trabalho
de
manuseamento.
7.
Métodos
dos
Refere-‐se
à
adequação
dos
diferentes
equipamentos
a
cada
operação
e
a
sua
equipamentos
consequente
uylização
eficiente
nas
respecyvas
instalações.
8.
Utilização
dos
Faz-‐se
um
cálculo
da
uylização
de
cada
ypo
de
equipamento
existente
nas
equipamentos
instalações.
Por
exemplo,
empilhadoras
e
tapetes
rolantes.
Figura
11:
Avaliação
geral
de
operações
no
armazém
(Tompkins
&
Smith,
1998)
21
Q
Que
quanydade
de
produtos
será
processada
nos
diferentes
períodos
de
baixa,
média
e
alta
procura?
R Para todos os produtos, que operações são realizadas e em que sequência?
22
Nas
épocas
mas
antigas,
o
processo
de
fabrico
do
vidro
resultava
de
alto
custo,
portanto
era
utilizado
apenas
em
palácios
e
igrejas.
Hoje
em
dia,
o
vidro
é
utilizado
numa
grande
variedade
de
aplicações
(Irusta
&
Arcos,
2004).
As
propriedades
do
vidro
podem
ser
modificadas
de
acordo
com
o
seu
uso
final;
por
exemplo,
o
vidro
destinado
ao
fabrico
de
garrafas
é
diferente
daquele
destinado
ao
fabrico
de
janelas
ou
lâmpadas.
Este
material
também
é
utilizado
no
fabrico
de
objectos
com
usos
muito
específicos,
o
que
significa
que
o
vidro
deve
apresentar
propriedades
muito
específicas.
Um
exemplo
de
isto
é
o
vidro
pyrex,
vidros
de
seguridade
ou
a
fibra
óptica
(García
&
Suárez,
1999).
Na
Figura
13
apresenta-‐se
uma
tabela
com
os
três
tipos
de
objectos
principais
fabricados
a
partir
do
vidro,
as
qualidades
específicas
de
cada
um
e
os
métodos
de
fabrico.
O
vidro
possui
muitas
qualidades.
É
um
material
inerte,
asséptico,
transparente,
versátil,
hermético,
higiénico,
não
deformável,
impermeável
ao
passo
dos
gases,
conserva
aromas
e
sabores
sem
ceder
nada
ao
produto
conteúdo,
adiciona
prestígio
e
imagem
ao
produto,
é
23
Outras
embalagens
utilizados
na
indústria
alimentar
são
os
plásticos
biodegradáveis,
os
embalagens
activos
ou
inteligentes
e
os
nano
compósitos
(Kaczmarek,
2003).
Na
Figura
14
apresenta-‐se
uma
imagem
com
os
diferentes
materiais
usados
para
embalagens
na
indústria
alimentar.
Figura
14:
Materiais
utilizados
para
embalagens
(
Imagens
tomadas
de
(Getty
Images,
Inc.,
2011))
O
ciclo
começa
com
a
compra
pelo
consumidor
final
dos
produtos
nas
lojas
retalhistas.
Uma
vez
consumido
o
conteúdo,
as
embalagens
vazias
são
depositadas
nos
contentores
específicos
para
a
reciclagem.
Os
frascos
e
embalagens
recicláveis
são
enviados
à
fábrica
para
24
Figura
15:
Ciclo
do
vidro
(Barbosa
e
Almeida,
S.A,
2011)
Os
primeiros
registos
da
indústria
do
vidro
em
Portugal
datam
do
ano
1887,
tendo
esta
indústria
apresentado
uma
constante
evolução
até
à
actualidade.
A
partir
do
século
XX,
a
indústria
sofreu
uma
grande
transformação
através
da
automatização
da
maior
parte
da
produção
e
a
segmentação
do
fabrico
que
ainda
hoje
está
patente.
Foi
criada
uma
divisão
da
produção
do
vidro
em
vidro
plano,
vidro
de
embalagem
e
cristalaria.
Assim,
a
produção
do
vidro
em
Portugal
passou
de
uma
actividade
artesanal
e
de
baixa
qualidade
para
uma
indústria
altamente
competitiva
e
prestigiada,
reconhecida
tanto
a
nível
nacional
como
internacional.
Uma
das
localidades
mais
importantes
para
o
desenvolvimento
do
vidro
em
Portugal
é
a
Marinha
Grande,
já
que
desde
a
segunda
metade
do
1700
esta
localidade
é
a
capital
do
vidro.
A
Marinha
Grande
apresentava
grande
vantagem
competitiva
devido
à
sua
proximidade
com
recursos
de
madeira,
que
eram
utilizados
como
combustível
dos
fornos.
Mais
recentemente
esta
localidade
tornou-‐se
também
a
capital
dos
moldes.
Mas
o
maior
desenvolvimento
da
25
indústria
do
vidro
ocorreu
na
região
das
margens
do
rio
Douro,
ao
norte
de
Portugal,
nas
quais
estão
incluídos
os
concelhos
de
Vila
Nova
de
Gaia
e
Porto
(Mendes,
2007).
Hoje
em
dia,
existem
inúmeras
empresas
bem
sucedidas
na
área
das
embalagens
de
vidro
em
Portugal,
como
por
exemplo
Santos
Barosa
–
vidros,
S.A.,
Saint-‐Gobain
Mondego,
S.A.,
Gallovidro,
S.A.
e
BA
vidro,
S.A
(Informa
D&B,
2011).
Esta
grande
empresa
foi
constituída
em
1912,
com
a
criação
da
sociedade
“Barbosa
&
Almeida”.
A
empresa
inicialmente
tinha
como
objectivo
principal
a
comercialização
de
garrafas
vidro
e
não
a
produção
de
garrafas
(Barbosa
e
Almeida
vidro,
S.
A.,
2011).
Em
1930
a
empresa
inicia
a
sua
actividade
industrial,
após
ter
adquirido
uma
fábrica
de
garrafas,
chamada
“Fábrica
de
Garrafas
Rio
Douro”.
Esta
fábrica
localizava-‐se
em
Campanhã,
no
Porto,
e
apresentava
tecnologia
semiautomática
(Mendes,
2007).
Esta
tecnologia
foi,
mais
tarde,
substituída
pela
tecnologia
automática.
Em
1969
começou
a
operar
uma
nova
unidade
fabril
em
Avintes,
Portugal
e
em
1988
a
empresa
consolidou
a
sua
posição
de
liderança
nacional
na
produção
de
embalagens
de
vidro.
Mais
tarde,
em
1993,
a
sociedade
BA,
adquiriu
instalações
na
Marinha
26
Grande,
Portugal.
Em
1998,
a
empresa
começa
a
sua
expansão
internacional
com
a
construção
de
uma
fábrica
situada
em
Vilafranca
de
los
Barros,
Espanha.
No
ano
seguinte
foi
também
adquirida
uma
fábrica
em
León,
Espanha.
Em
2008
a
BA
adquiriu
o
Grupo
Sotancro,
cujas
instalações
se
situam
em
Lisboa,
Portugal.
Esta
aquisição
é
a
mais
recente
e
permitiu
ao
grupo
BA
alargar
o
seu
portfólio
de
produtos
e
clientes,
abrangendo
os
segmentos
de
farmácia
e
cosmética
(Barbosa
e
Almeida
vidro,
S.
A.,
2011).
O
grupo
Barbosa
e
Almeida
vidro,
S.
A.
tem
como
missão
“...
desenvolver,
produzir
e
vender
embalagens
de
vidro
para
a
indústria
alimentar,
de
bebidas,
cosmética
e
farmacêutica”,
e
a
sua
visão
é
“...
ser
o
melhor
entre
os
maiores”.
Para
a
empresa,
isto
implica
ser
o
fornecedor
com
o
maior
Índice
de
Satisfação
para
com
os
clientes,
apresentar
o
maior
EDITDA
aos
accionistas,
e
ter
a
qualificação
mais
alta
na
avaliação
da
satisfação
dos
seus
trabalhadores.
(Barbosa
e
Almeida
vidro,
S.
A.,
2011).
O
grupo
BA
funciona
segundo
o
código
de
valores
HeART:
Humildade,
Ambição,
Rigor
e
Transparência,
com
emoção.
No
entanto,
promove
a
inovação
permanente
e
empreendedorismo
interno,
uma
agenda
de
exigência
e
ambição
colectiva
e
o
desenvolvimento
de
cada
um
dos
colaboradores.
Também
ajuda
no
estabelecimento
de
comunidades
para
a
criação
de
riqueza
local
nas
zonas
onde
estão
situadas
cada
uma
das
fábricas
da
BA
(Barbosa
e
Almeida
vidro,
S.
A.,
2011).
Todas
as
fábricas
da
BA,
excepto
a
fábrica
na
Venda
Nova,
estão
certificadas
com
as
normas
ISSO
9001
(Sistemas
de
Gestão
da
Qualidade),
ISO
14001
(Sistemas
de
Gestão
Ambiental,
e
22000
(Sistemas
de
Gestão
de
Segurança
Alimentar)
(Barbosa
e
Almeida
vidro,
S.
A.,
2011).
Antes
de
ser
adquirida
pela
BA,
a
fábrica
na
Venda
Nova
pertencia
ao
grupo
Sotancro,
uma
empresa
que
produzia
frascos
e
garrafas
de
vidro,
sendo
especializada
na
área
farmacêutica
e
cosmética.
Em
simultâneo,
a
BA
adquiriu
as
instalações
de
montagem
de
comboios
Bombardier,
na
Venda
Nova
e
adaptou-‐as
de
acordo
com
o
layout
requerido
no
processo
de
fabrico
de
garrafas.
Depois
de
adquiridas
as
instalações
em
Maio
de
2008
foram
realizadas
grandes
remodelações
internas,
que
incluíram
a
construção
de
um
forno,
a
27
• Dois
fornos;
• Oito
linhas
de
produção
de
garrafas
e
frascos
de
vidro
com
as
suas
respectivas
áreas
de
tratamento
superficial
e
controlo
de
qualidade;
•
Duas
linhas
de
re-‐escolha,
termo
técnico
utilizado
na
indústria
que
define
aos
produtos
que
têm
de
ser
escolhidos
manualmente
uma
segunda
vez
depois
de
passar
os
controlos
de
qualidade;
• Duas
máquinas
de
embalar
paletes
e
uma
máquina
para
colocarem
cintas
em
torno
das
garrafas
(Teixeira,
2011).
Na
Figura
16
é
possível
visualizar
as
instalações
actuais
da
fábrica
da
Venda
Nova.
Figura
16:
Instalações
de
produção
da
BA
na
Venda
Nova
A
fábrica
da
Venda
Nova
produz
o
vidro
mais
caro
entre
os
estabelecimentos
do
grupo,
uma
vez
que
os
desenhos
das
garrafas
são
mais
elaborados
e
os
lotes
de
produção
são
menores.
Este
facto
leva
a
um
aumento
do
custo
da
produção
por
garrafa
e
consequentemente
do
preço
do
vidro
para
os
clientes
(Teixeira,
2011).
No
Anexo
1
é
possível
visualizar
o
plano
das
instalações
da
fábrica
da
Venda
Nova.
28
Figura
17:
Processo
de
fabrico
das
embalagens
de
vidro
O
vidro
é
composto
por
uma
mistura
de
areia
de
sílica,
carbonato
de
cálcio
(CaCO3),
que
serve
como
estabilizante,
e
diferentes
óxidos
de
metais
que
são
utilizados
como
corantes
para
o
vidro.
Nesta
mistura
também
são
incluídos
catalisadores
para
acelerar
a
reacção
(Teixeira,
2011).
A
maioria
das
vezes,
a
mistura
também
contém
casco,
que
é
o
vidro
reciclado
depois
de
passar
por
um
tratamento
de
classificação
e
limpeza.
29
Os
fornos
processam
massa
vítrea
em
tiras
que
posteriormente
passam
por
uma
cortadora
para
serem
cortadas.
Na
fábrica
de
Venda
Nova
há
uma
cortadora
dupla
e
duas
cortadoras
triplas,
que
produzem
um
total
de
8
peças
em
simultâneo.
3.5.1.3. MOLDAGEM
Cada
uma
das
peças
de
massa
vítrea
previamente
cortada
é
inserida
no
molde
de
uma
linha
de
produção,
sendo
este
molde
que
lhe
dá
forma.
No
total
existem
oito
linhas
de
produção,
que
correspondem
às
oito
peças
de
massa
vítrea
cortadas
pelas
cortadoras.
3.5.1.6. EMBALAGEM
Na
saída
das
linhas
de
produção,
as
garrafas
são
empilhadas
umas
sobre
as
outras,
separadas
por
cartões,
etiquetadas
com
a
referência
e
colocadas
em
paletes.
Sempre
que
necessário,
é
colocada
uma
cinta
em
torno
das
garrafas,
dependendo
do
material
em
questão.
As
paletes
são
posteriormente
acondicionadas
com
uma
película
de
plástico
ou
manga
para
proteger
o
conteúdo
e
facilitar
o
transporte.
É
importante
mencionar
que
a
etiqueta
das
paletes
é
uma
folha
de
papel
colocada
no
interior
da
manga.
Esta
folha
contém
informação
do
produto,
tal
como
a
referência,
a
data
de
produção,
o
nome
do
modelo
da
garrafa,
o
lote
de
produção,
o
código
de
barra
e
outros
dados
relevantes.
3.5.1.7. ARMAZENAGEM
30
inglês
Store
Keeping
Unit).
As
paletes
passam
por
um
tapete
rolante
até
uma
zona
de
put-‐
away,
onde
o
empilhador
recolhe
as
paletes
e
leva-‐as
à
posição
de
armazenagem.
O
produto
acabado
(PA)
é
armazenado
em
filas
de
duas
e
três
paletes.
Dependendo
do
material,
pode
armazenar-‐se
as
paletes
uma
sobre
as
outras
alcançando
3
a
6
pisos,
como
se
pode
visualizar
na
Figura
18.
As
paletes
são
despachadas
em
carros
contentores
ou
carros
de
cortinas.
Os
primeiros
são
fechados
e
têm
de
ser
carregados
pela
retaguarda
requerendo
a
utilização
dum
cais
de
carga.
Os
segundos
são
abertos
e
podem
ser
carregados
lateralmente.
Dependendo
da
qualidade
do
vidro,
do
peso
total
e
do
tamanho
da
palete,
os
camiões
carregam
cerca
de
26
paletes
altas
ou
52
paletes
baixas.
Além
do
processo
produtivo
unidireccional,
existem
os
fluxos
inversos.
Dependendo
da
origem,
o
produto
acabado
pode
ser
classificado
em
produto
de
re-‐escolha
ou
produto
em
controlo
de
qualidade
(Teixeira,
2011).
Os
produtos
de
re-‐escolha
são
produtos
acabados
que
têm
de
passar
por
um
processo
de
controlo
de
qualidade
manual
de
modo
a
identificar
as
garrafas
que
apresentam
algum
defeito
que
não
foi
detectado
pelas
máquinas
de
controlo
de
qualidade.
Essas
garrafas
serão
31
identificadas
e
separadas
das
garrafas
que
apresentam
os
requisitos
de
qualidade.
As
garrafas
que
estão
em
conformidade
com
os
parâmetros
de
qualidade
são
embaladas
novamente,
enquanto
que
as
restantes
vão
retornar
aos
fornos
sobre
a
forma
de
casco.
Os
produtos
para
re-‐escolha
incluem
as
devoluções
dos
clientes
e
as
paletes
bloqueadas.
Estas
últimas
são
resultado
de
erros
na
produção
que
ocorrem
quando
no
processo
produtivo
se
detecta
uma
garrafa
não
conforme.
Ao
detectar
uma
não
conformidade
o
sistema
bloqueia
um
número
de
paletes
ao
redor
dessa
garrafa,
ou
seja,
as
paletes
que
foram
produzidas
imediatamente
antes
e
as
que
estão
para
produzir
depois
da
garrafa
defeituosa
ficam
bloqueadas,
criando-‐se
assim
uma
margem
de
segurança.
Os
produtos
em
controlo
de
qualidade
são
produtos
acabados
que,
depois
de
sair
da
linha
de
produção,
são
seleccionados
aleatoriamente
para
a
realização
de
uma
inspecção
de
qualidade.
3.5.3. A ARMAZENAGEM
No
armazém
da
Venda
Nova
utilizam-‐se
empilhadoras
duplas
a
gás,
que
podem
levar
de
duas
a
quatro
paletes
em
simultâneo
para
o
seu
local
de
armazenagem.
Na
Figura
19
apresenta-‐se
uma
imagem
da
empilhadora
a
transportar
quatro
paletes
para
a
posição
de
arrumação.
Em
concordância,
as
posições
ou
filas
onde
são
armazenadas
as
paletes
são
duplas,
com
uma
largura
de
2.2
m.
Figura
19:
Empilhadora
dupla
com
4
paletes
Nos
últimos
anos,
a
empresa
tem
alterado
o
tipo
de
empilhadoras
de
duplas
a
triplas.
Esta
alteração
força
assim
à
alteração
do
layout
do
armazém
de
filas
duplas
para
filas
triplas;
cada
fila
tripla
apresenta
uma
largura
de
3.3
m.
No
layout
dos
armazéns
foi
inicialmente
considerada
esta
alteração,
existindo
assim
zonas
com
filas
triplas.
As
filas,
duplas
ou
triplas,
apresentam
diferentes
medidas
de
comprimento
dependendo
das
limitações
físicas
do
espaço.
Actualmente
há
10
empilhadoras
no
armazém
da
Venda
Nova:
8
duplas
e
2
simples.
As
empilhadoras
duplas
utilizam-‐se
para
arrumar
as
paletes
nas
respectivas
filas
e
para
efectuar
o
carregamento
dos
carros
dos
clientes.
Uma
das
empilhadoras
simples
tem
como
função
carregar
os
contentores
e
a
outra
empilhadora
simples
serve
apenas
de
apoio.
32
Dependendo
da
referência
do
material,
as
garrafas
são
colocadas
em
paletes
de
madeira
de
tipo
industrial
ou
europeu.
O
primeiro
tipo
de
paletes
apresenta
uma
área
de
armazenagem
de
1200
x
1000
mm2,
enquanto
que
o
segundo
tipo
de
paletes
tem
1200
x
800
mm2
de
área
de
armazenagem.
Apesar
das
paletes
apresentarem
diferentes
áreas,
este
facto
não
é
um
problema
a
nível
de
organização
da
armazenagem.
As
paletes
estão
armazenadas
nas
filas
de
modo
a
que
a
medida
mais
longa
da
palete
fique
paralela
ao
comprimento
da
fila,
evitando
assim
o
referido
problema.
Na
Figura
20
ilustra-‐se
o
modo
de
armazenagem
das
paletes
industrial
e
europeia.
2200mm 2200mm
1200mm 1200mm
1000mm
800mm
1200
x
1000
mm2
1200
x
800
mm2
Figura
20:
Disposição
da
armazenagem
de
paletes
(logistic-‐unab.blogspot.com,
2008)
3.5.4. OS ARMAZÉNS
33
principais:
o
armazém
(3-‐6)
e
o
armazém
(7-‐8).
O
primeiro
situa-‐se
junto
à
fábrica
e
o
segundo
é
o
maior
e
encontra-‐se
mais
afastado
da
fábrica.
Os
armazéns
(3-‐6)
e
(7-‐8)
estão
separados
por
um
pátio
aberto
de
36m
de
largura.
O
armazém
(7-‐8)
tem
uma
área
total
de
28.000
m2
aproximadamente,
onde
há
772
posições
de
arrumação
disponíveis
dispostas
em
filas
duplas
e
triplas
e
separadas
por
corredores
de
6m.
Este
armazém
não
tem
um
layout
específico,
sendo
a
sua
disposição
adaptada
consoante
as
necessidades
da
logística
interna.
O
armazém
(7-‐8)
encontra-‐se
em
constantes
mudanças
e
reestruturações.
Vão
ainda
ser
incorporados
aproximadamente
5.000
m2
de
espaço
de
armazenamento.
Para
além
dessa
medida,
está
ainda
a
ser
executado
um
projecto
para
a
alteração
de
todas
as
posições
deste
armazém
de
duplas
para
triplas.
Existe
também
um
pátio
quadrado
aberto
na
parte
exterior
do
armazém
(7-‐8)
que
apresenta
uma
área
aproximada
de
2.500m2
e
que
actualmente
não
tem
uma
utilidade
específica.
Geralmente
é
nesta
zona
que
os
carros
estacionam
para
serem
carregados
ou
para
esperar
o
despacho
das
ordens.
Na
Figura
21
está
representada
a
planta
da
fábrica
e
dos
armazéns.
34
Armazém (7-‐8)
No
decorrer
deste
trabalho
foi
realizado
o
levantamento
do
processo
de
arrumação
das
paletes
no
armazém,
encontrando-‐se
este
esquematizado
no
diagrama
de
fluxo
apresentado
na
Figura
22.
35
Início
Identificar
referência
visualmente
Não
As
paletes
são
T3?
Legenda:
Pickear
as
paletes
com
a
pistola
de
Estado
da
palete,
informação
adicional
scanner
de
código
de
barra Processo
executado
pelo
paleteiro
Pergunta
Voltar
à
zona
de
put-‐
away
Fim
Figura
22:
Processo
de
armazenamento
das
paletes
36
Quando
a
palete
e
recolhida
o
operário
utiliza
um
sistema
de
leitura
óptica
que
sugere
uma
posição
para
colocar
as
paletes,
no
entanto
são
os
operários
que
no
final
fazem
a
escolha
do
local.
Pode
ocorrer
que
a
posição
vazia
sugerida
pelo
sistema
e
escolhida
pelo
operário
se
encontre
fisicamente
ocupada.
Neste
caso,
o
operário
tem
de
escolher
outra
fila,
de
modo
a
transportar
e
arrumar
as
paletes.
Este
processo
de
arrumação
origina
a
arrumação
de
paletes
da
mesma
referência
em
localizações
bastante
distantes
dentro
do
armazém.
Este
facto
aumenta
o
tempo
de
carregamento
dos
camiões
no
momento
do
despacho
das
ordens.
Geralmente,
as
paletes
que
saem
da
produção
são
armazenadas
no
armazém
(3-‐6).
Se
num
determinado
período
de
tempo
não
são
despachadas,
são
então
transportadas
para
o
armazém
(7-‐8).
A
maioria
das
vezes
as
paletes
são
carregadas
num
camião
que
sai
do
armazém
(3-‐6)
e
são
transportadas
até
à
entrada
do
armazém
(7-‐8).
Posteriormente,
são
descarregadas
37
por
uma
empilhadora
de
modo
a
serem
armazenadas
no
armazém
até
o
seu
despacho.
Por
vezes
o
processo
de
transporte
entre
armazéns
é
realizado
pelas
empilhadoras.
O
APA
da
fábrica
na
Venda
Nova
não
foi
construído
de
raiz
com
o
propósito
de
ser
armazém,
os
prédios
foram
adquiridos
e
adaptados
para
funcionar
como
tal.
Portanto,
existem
muitas
limitações
físicas
na
definição
de
um
layout
que
optimize
o
desempenho
do
armazém.
Uma
vez
que
as
instalações
foram
adquiridas
recentemente
e
que
a
BA
utiliza
estas
instalações
para
a
produção
de
vidro
em
contínuo,
não
foi
possível
parar
a
produção
para
criar
um
sistema
de
distribuição
e
fluxos
internos
optimizados.
As
instalações
foram
simplesmente
adaptadas,
de
acordo
com
o
conhecimento
de
funcionamento
das
restantes
instalações
da
empresa.
Por
vezes
a
armazenagem
das
paletes
não
é
efectuada
de
acordo
com
o
planeamento
inicial,
por
exemplo
existem
filas
delineadas
na
planta
original
que
são
utilizadas
como
corredores.
Por
outro
lado,
a
empresa
decidiu
mudar
o
funcionamento
do
sistema
de
armazenagem,
trocando
as
empilhadoras
duplas
por
triplas.
Isto
significa
que
a
configuração
actual
do
armazém
não
se
encontra
operacional
para
obter
um
funcionamento
óptimo
e
realizar
o
processo
de
armazenagem
da
forma
mais
eficiente
possível.
Estes
factos
evidenciam
a
necessidade
de
mudanças
urgentes
no
layout
do
armazém.
O
problema
principal
está
condicionado
por
um
problema
secundário,
que
é
a
condição
do
piso
que
actualmente
se
encontra
instalado
nos
pátios
abertos.
Este
piso
encontra-‐se
em
mau
estado
e
não
apresenta
as
condições
necessárias
para
o
transporte
dum
produto
frágil,
como
é
o
caso
do
vidro.
Os
buracos
e
os
desníveis
que
apresenta
prejudicam
as
empilhadoras,
reduzindo
o
tempo
de
vida
útil
da
maquinaria
e
aumentando
os
custos
de
manutenção.
A
esta
lista
de
consequências
agrega-‐se
o
facto
da
desconformidade
e
insatisfação
dos
operários
que
trabalham
com
as
empilhadoras
e
que
apresentam
queixas
a
nível
de
dores
de
costas
intensas.
Além
disso,
por
ser
um
pátio
sem
tecto,
não
é
possível
carregar
os
carros
nem
mudar
as
paletes
de
um
armazém
para
outro
quando
chove,
o
que
leva
a
um
enchimento
excessivo
do
armazém
(3-‐6).
• Não
existe
diferença
entre
as
etiquetas
das
paletes
livres,
daquelas
que
estão
em
controlo
de
qualidade
e
das
que
têm
de
ir
para
a
re-‐escolha.
38
• O
buffer
do
tapete
rolante
não
tem
espaço
suficiente,
portanto
a
zona
de
put-‐
away
é
utilizada
como
um
buffer
temporário,
ou
seja,
o
put-‐away
passa
a
ser
o
buffer
do
buffer.
• As
paletes
saem
da
linha
de
produção
numa
posição
incorrecta
para
a
sua
leitura.
O
operador
é
assim
obrigado
a
pôr
as
paletes
no
piso
e
rodar
uma
delas,
para
que
ambas
apresentem
a
referência
do
mesmo
lado.
• Muitas
das
paletes
que
existem
no
armazém,
não
estão
inseridas
no
sistema.
Este
facto
leva
à
recomendação
de
posições
livres
que
na
realidade
estão
ocupadas.
No
momento
da
arrumação
das
paletes
saídas
da
produção,
o
condutor
da
empilhadora
tem
de
verificar
visualmente
se
as
filas
estão
efectivamente
vazias
para
arrumar
o
material.
•
Por
vezes
existem
posições
com
poucas
paletes,
correspondentes
a
remanescente
de
material
duma
ordem
anterior
que
já
foi
expedida.
Neste
caso,
os
operadores
devem
arrumar
estas
paletes
noutra
fila
para
libertar
filas
de
modo
a
que
seja
possível
colocar
material
novo.
• Quando
o
operador
não
consegue
encontrar
uma
fila
livre,
as
paletes
são
colocadas
no
final
dos
corredores
temporariamente.
Todos
os
factores
apresentados
anteriormente
originam
um
aumento
nos
tempos
de
manuseamento
e
de
expedição
das
paletes
e
consequentemente
dos
custos
de
armazenagem.
39
É
de
salientar
que
o
presente
trabalho
foi
realizado
na
fábrica
de
embalagens
de
vidro
da
empresa
Barbosa
e
Almeida,
S.
A,
localizada
em
Lisboa,
nos
meses
compreendidos
entre
Fevereiro
e
Maio
do
ano
2011.
Os
dados
para
este
estudo
foram
obtidos
no
mês
de
Março
de
2011,
denominado
mês
de
referência.
A
partir
do
software
SAP,
plataforma
de
interacção
com
o
utilizador,
de
aplicação
empresarial,
para
gerir
as
suas
actividades
(SAP.com,
2011)
e
utilizado
internamente
pela
empresa,
foi
possível
recolher
todos
os
dados
necessários.
Os
dados
que
não
se
encontravam
disponíveis
no
software
foram
fornecidos
pelo
pessoal
da
fábrica.
Figura
23:
Camião
para
transportar
as
paletes
fora
das
instalações
das
fábricas
de
Avintes
e
Marinha
Grande
40
Na
fábrica
de
Avintes
existem
três
armazéns,
dois
estão
dentro
das
instalações
da
fábrica
e
um
terceiro
mais
recente
localiza-‐se
separado
das
instalações
por
uma
via
pública.
Um
dos
armazéns
possui
cais
de
carga
para
fazer
o
carregamento
de
paletes
em
camiões
contentores
(Ver
Figura
24).
Devido
a
sua
construção
antiga,
os
primeiros
são
relativamente
pequenos
para
armazenar
todas
as
paletes
saídas
da
linha
de
produção
e
não
contam
com
os
requerimentos
logísticos
para
o
seu
óptimo
funcionamento.
Foi
este
o
efeito
que
motivou
a
empresa
a
construir
novos
armazéns
com
as
instalações
logísticas
e
de
segurança
à
vanguarda
das
últimas
inovações.
Cais
de
carga
(Vista
interior)
Cais
de
carga
(Vista
exterior)
Figura
24:
Cais
de
carga
(Fábrica
de
Avintes)
Figura
25:
Planta
do
armazém
(Fábrica
de
Avintes)
41
Na
Figura
25,
as
zonas
a
tracejado
representam
espaços
onde
podem
ser
armazenadas
as
paletes
e
as
zonas
a
branco
representam
os
corredores.
A
fábrica
da
Matinha
Grande
tem
três
armazéns
que
não
se
encontram
localizados
dentro
das
instalações
da
fábrica.
A
visita
foi
realizada
apenas
ao
armazém
mais
novo,
o
qual
apresenta
as
mesmas
características
de
infra-‐estrutura
descritas
anteriormente
para
o
armazém
de
Avintes.
Após
visita
às
outras
duas
instalações,
recomenda-‐se
que
sempre
que
possível,
a
fábrica
na
Venda
Nova
devia
adaptar
as
práticas
já
estabelecidas
nas
outras
fábricas
que
permitam
optimizar
as
funções
internas
de
logística.
42
Para
iniciar
a
análise
do
caso
de
estudo,
foi
necessário
mapear
o
inventário
mensal
da
fábrica
na
Venda
Nova.
Este
mapeamento
permite
obter
informações
sobre
a
quantidade
mensal
de
paletes
que
saem
da
linha
de
produção
e
que
posteriormente
são
armazenadas.
O
mapa
consiste
numa
tabela
de
inventário,
com
dados
correspondentes
ao
inventário
final
de
cada
mês
do
ano
2010.
Foi
caracterizado
o
ano
de
2010
uma
vez
que
este
é
o
ano
mais
recente
que
apresenta
dados
anuais
disponíveis.
Os
dados
obtidos
a
partir
do
software
SAP
são
apresentados
na
Tabela
1.
Mês
Quantidade
(paletes)
Jan-‐10
60.982
Fev-‐10
63.928
Mar-‐10
62.644
Abr-‐10
61.017
Mai-‐10
59.657
Jun-‐10
57.020
Jul-‐10
60.182
Ago-‐10
61.770
Set-‐10
63.256
Out-‐10
65.023
Nov-‐10
63.910
Dez-‐10
63.200
Analisando
a
Tabela
1,
conclui-‐se
que
o
mês
com
menor
inventário
foi
o
mês
de
Junho
de
2010,
com
um
total
aproximado
de
57.000
paletes,
enquanto
o
mês
com
maior
inventário
foi
o
mês
de
Outubro,
com
um
inventário
aproximado
de
65.000
paletes.
A
partir
dos
dados
obtidos
anteriormente,
foi
possível
calcular
o
valor
da
média
mensal
e
o
desvio
padrão
de
inventário,
obtendo-‐se
o
valor
de
61.880
paletes
médias
mensais
em
inventário
e
2.244,59
paletes
de
desvio
padrão
para
o
ano
de
2010,
o
qual
representa
3,6%
com
respeito
à
média,
o
qual
é
uma
percentagem
aceitável.
43
Fev/10
Abr/10
Out/10
Nov/10
Dez/10
Set/10
Mar/10
Ago/10
Jul/10
Jun/10
Mai/10
Mês
Figura
26:
Inventário
mensal
2010
Na
Tabela
2
apresentam-‐se
os
valores
de
inventário
mensal
relativos
aos
meses
de
Julho
de
2010
até
à
data
do
presente
projecto.
A
Figura
27
ilustra
a
representação
gráfica
dos
valores
listados
na
Tabela
2.
Tabela 2: Inventário mensal a partir do mês de Julho 2010
Mês
Quantidade
(paletes)
Jul-‐10
60.182
Ago-‐10
61.770
Set-‐10
63.256
Out-‐10
65.023
Nov-‐10
63.910
Dez-‐10
63.200
Jan-‐11
65.283
Fev-‐11
67.194
Mar-‐11
71.403
Nov/10
Dez/10
Jan/11
Fev/11
Mar/11
Set/10
Ago/10
Jul/10
Mês
Figura
27:
Inventário
a
partir
de
Julho
de
2010
44
Na
Figura
27,
acima
apresentada,
é
possível
visualizar
uma
tendência
linear
crescente
desde
Julho
de
2010,
até
ao
mês
de
Março
de
2011,
este
facto
deve-‐se
à
abertura
do
novo
forno,
que
levou
a
um
aumento
de
produção
encontrando-‐se
ainda
não
estabilizada.
Assim,
não
faria
sentido
utilizar
a
média
de
inventário
do
ano
anterior
como
dado
de
referência
para
optimização
do
armazém.
Portanto
decidiu-‐se
que
o
mais
prudente
seria
utilizar
o
mês
de
Março
de
2011
como
referência,
uma
vez
que
este
é
o
mês
com
maior
quantidade
de
inventário
até
a
data.
É
provável
que
nos
meses
seguintes
a
produção
estabilize
originando
também
a
estabilização
da
entrada
de
produtos
em
inventário.
Para
caracterizar
os
produtos
existentes
em
inventário,
foi
elaborada
uma
análise
ABC
dos
produtos
com
base
na
quantidade
presente
no
armazém.
Cada
um
dos
Produtos
Acabados
(PAs)
é
um
SKU
ao
qual
corresponde
uma
dada
quantidade
de
paletes
em
inventário.
Dado
que
nem
todos
os
PAs
são
produzidos
todos
os
meses,
o
número
de
PAs
presentes
no
armazém
é
variável.
Na
Tabela
3
apresenta-‐se
o
número
de
PAs
mensais,
assim
como
a
sua
quantidade
de
paletes
totais
em
inventário
mensal,
desde
Julho
de
2010
até
Março
de
2011.
Os
dados
foram
obtidos
a
partir
do
software
SAP,
tendo
sido
aplicado
um
filtro
para
eliminar
os
PAs
existentes
no
sistema
que
na
realidade
não
apresentam
inventário
físico.
45
(paletes)
Jul-‐10
497
60.182
Ago-‐10
519
61.770
Set-‐10
545
63.256
Out-‐10
559
65.023
Nov-‐10
565
63.910
Dez-‐10
582
63.200
Jan-‐11
594
65.283
Fev-‐11
611
67.194
Mar-‐11
625
71.403
A
quantidade
de
inventário
e
a
quantidade
de
PAs
por
mês
foram
utilizadas
como
input
da
análise
ABC,
a
qual
tem
como
base
o
princípio
de
Pareto.
Esta
análise
supõe
que
80%
da
quantidade
de
inventário
presente
num
determinado
mês
corresponderá
aproximadamente
a
20%
dos
PAs
no
armazém
no
mês
em
questão.
Este
grupo
de
produtos
é
denominado
produtos
do
tipo
“A”.
Os
restantes
20%
da
quantidade
de
inventário
correspondem
aproximadamente
aos
80%
dos
PAs,
dos
quais
fazem
parte
dos
grupos
de
produtos
de
tipo
“B”
e
“C”.
Os
dados
necessários
foram
obtidos
directamente
do
software
SAP,
e
estão
apresentados
na
Tabela
4.
Para
consultar
os
resultados
em
detalhe
relativos
aos
grupos
“B”
e
“C”
deve
consultar-‐se
o
Anexo
2.
Mês
A
B
e
C
Total
#
PA
%
PA
#
Paletes
%
Paletes
#
PA
%
PA
#
Paletes
%
Paletes
#
PA
#
Paletes
Jul-‐10
125
25%
48.266
80%
372
75%
11.916
20%
497
60.182
Ago-‐10
130
25%
49.469
80%
389
75%
12.301
20%
519
61.770
Set-‐10
144
26%
50.664
80%
401
74%
12.591
20%
545
63.256
Out-‐10
147
26%
52.127
80%
412
74%
12.896
20%
559
65.023
Nov-‐10
145
26%
51.148
80%
420
74%
12.762
20%
565
63.910
Dez-‐10
146
25%
50.614
80%
436
75%
12.586
20%
582
63.200
Jan-‐11
145
24%
52.281
80%
449
76%
13.002
20%
594
65.283
Fev-‐11
148
24%
53.833
80%
463
76%
13.361
20%
611
67.194
Mar-‐11
158
25%
57.186
80%
467
75%
14.217
20%
625
71.403
Média
143
25%
51.732
80%
423
75%
12.848
20%
566
64.580
Analisando
a
Tabela
4,
é
possível
observar
que
80%
da
quantidade
de
inventário
em
cada
mês
corresponde
a
uma
percentagem
de
quantidade
de
PAs
quase
fixa
de
aproximadamente
20%
dos
PAs
existentes
no
armazém.
O
cálculo
da
média
da
percentagem
de
PAs
correspondentes
a
80%
de
quantidade
em
inventário
é
de
25%.
No
entanto,
o
20%
do
total
das
paletes
corresponde
a
um
75%
dos
PAs.
Esta
análise
confirma
o
princípio
de
Pareto
em
todos
os
meses,
o
que
significa
que
o
comportamento
do
inventário
é
idêntico
ao
longo
do
tempo.
Consequentemente
é
possível
analisar
apenas
um
mês,
assumindo
um
comportamento
semelhante
para
os
restantes
meses.
46
Definir
o
layout
em
termos
de
rotatividade
permite
estabelecer
zonas
para
os
diferentes
produtos
dependendo
da
sua
rotação
mensal.
Assim
é
possível
colocar
as
paletes
dos
PAs
com
maior
rotação
perto
das
áreas
de
put-‐away
e
despacho,
enquanto
as
paletes
correspondentes
aos
PAs
com
menor
rotação
colocam-‐se
no
fundo
do
armazém.
Desta
forma
optimiza-‐se
a
logística
na
armazenagem
de
paletes
e
no
seu
despacho.
Assim
conclui-‐se
que
o
histórico
da
rotação
do
PA
no
grupo
é
o
indicador
mais
apropriado
para
as
análises.
Foi
então
realizada
uma
segunda
análise
ABC,
utilizando
como
input
a
rotação
de
cada
PA
e
a
quantidade
de
PAs
no
final
de
cada
mês.
Nos
dados
fornecidos
pelo
software
SAP
observou-‐se
a
existência
de
PAs
com
rotação
infinita.
Verificou-‐se
que
alguns
destes
PAs
não
existem
em
inventário.
Assim,
para
analisar
o
comportamento
do
inventário
foi
necessário
dividir
os
PAs
registados
no
sistema
em
dois
grupos
principais:
um
primeiro
grupo,
PAs
existentes
em
inventário
e
um
segundo
grupo,
PAs
inexistente
em
inventário.
Na
Tabela
5
apresenta-‐se
o
número
total
de
PAs
em
inventário,
os
PAs
inexistentes
em
inventário
e
os
PAs
registados
no
sistema
para
cada
mês.
Número
total
de
PAs
Número
total
de
PAs
Número
total
de
PAs
Mês
em
inventário
sem
inventário
registados
no
sistema
Jul-‐10
497
493
990
Ago-‐10
519
471
990
Set-‐10
545
445
990
Out-‐10
559
432
991
Nov-‐10
565
426
991
Dez-‐10
582
409
991
Jan-‐11
594
397
991
Fev-‐11
611
380
991
Mar-‐11
625
379
1.004
47
Para
a
análise
ABC
por
rotação,
o
grupo
utilizado
foi
o
correspondente
aos
PAs
em
inventário
e
o
critério
utilizado
para
a
classificação
de
PAs
do
tipo
“A”
foi
a
média
de
rotação
dos
PAs
da
empresa,
a
qual
é
de
70
dias.
Desta
forma,
os
PAs
com
rotação
menor
que
70
dias
foram
classificados
como
produtos
“A”,
os
PAs
com
rotação
maior
de
70
e
menor
de
210
foram
classificados
produtos
“B”
e
os
PAs
com
rotação
maior
de
210
ou
infinita
foram
classificados
produtos
“C”.
Mês
A
B
C
Total
#
PA
%PA
#
PA
%PA
#
PA
%PA
#
PA
Jul-‐10
85
17%
66
13%
346
70%
497
Aug-‐10
87
17%
63
12%
369
71%
519
Sep-‐10
102
19%
64
12%
379
70%
545
Oct-‐10
111
20%
76
14%
372
67%
559
Nov-‐10
126
22%
77
14%
362
64%
565
Dec-‐10
129
22%
75
13%
378
65%
582
Jan-‐11
109
18%
82
14%
403
68%
594
Feb-‐11
109
18%
78
13%
424
69%
611
Mar-‐11
96
15%
94
15%
435
70%
625
Média
106
19%
75
13%
385
68%
566
Analisando
a
Tabela
6,
é
possível
observar
que
os
PAs
classe
A
representam
aproximadamente
20%
do
total
de
PAs.
Note-‐se
que
a
percentagem
mais
elevada
de
PAs
ocorre
nos
meses
de
Novembro
e
Dezembro,
enquanto
que
a
menor
percentagem
corresponde
ao
mês
de
Março.
É
possível
associar
esta
diferença
à
procura
sazonal
dos
produtos.
Os
PAs
de
classe
B
e
C
representam
aproximadamente
80%
dos
PAs
existentes
em
inventário.
Estes
dados
verificam
o
princípio
de
Pareto
na
análise
segundo
a
rotação
dos
produtos.
Para
uma
melhor
visualização
dos
dados,
apresenta-‐se
na
Figura
28
um
gráfico
com
as
percentagens
mensais
dos
resultados
da
análise
ABC
por
rotação.
Os
produtos
classificados
48
Out-‐10
60%
Nov-‐10
40%
Dez-‐10
Jan-‐11
20%
Fev-‐11
0%
Mar-‐11
A
B
e
C
Figura
28:
Gráfico
ABC
por
rotação
mensal
Os
produtos
classe
C
apresentados
na
tabela
6
e
na
figura
28
incluem
os
PAs
com
uma
rotação
maior
que
210
dias,
assim
como
aqueles
que
possuem
uma
rotação
infinita.
Com
o
objectivo
de
obter
uma
melhor
compreensão
do
comportamento
do
inventário,
analisaram-‐se
também
estes
produtos
de
classe
C
PAs
por
separado.
A
análise
detalhada
deste
tipo
de
produtos
encontram-‐se
descritas
no
Anexo
3.
Verificou-‐se
que
existe
uma
grande
quantidade
de
PAs
registados
no
sistema
que
possuem
rotação
infinita.
Para
explicar
esta
situação
existem
duas
hipóteses:
4.2.3. CONCLUSÕES
49
Nesta
secção
apresentam-‐se
as
propostas
elaboradas
neste
projecto
com
o
propósito
de
melhorar
a
logística
interna
do
armazém
da
Venda
Nova.
4.3.1. LAYOUT
Para
a
avaliar
o
layout
base
relativamente
às
novas
propostas,
foram
definidos
nesta
tese
com
ajuda
do
orientador
empresarial
vários
indicadores
que
contemplam
as
necessidades
operacionais
da
empresa.
Estes
indicadores
foram
agregados
em
dois
tipos:
KPI
operacionais
e
KPI
de
área.
50
Este
indicador
deve
ter
um
valor
put-‐away
até
o
ponto
médio
de
cada
bloco
baixo.
(m)
(!"! )
para
todas
as
paletes.
Tempo
teórico
utilizado
(T)
Equação
3:
!"!"#
é
distância
total
Tempo
total
em
horas
utilizado
para
armazenar
as
Velocidade
média
percorrida.
paletes.
!"!"# !"!"#
é
total
de
horas
de
!"# =
Para
o
seu
cálculo,
é
necessário
determinar
a
!"!"# ×1000 trabalho
no
mês
referência.
É
velocidade
média
(!"#)
com
a
que
as
empilhadoras
necessário
dividir
por
1000
para
transportam
as
paletes,
utilizando
como
referência
os
obter
as
unidades
da
velocidade
dados
do
mês
de
Março
de
2010.
(Km/h)
média
em
Km/h.
Este
cálculo
tem
em
consideração
o
tempo
que
a
!!
é
o
tempo
unitário
que
empilhadora
se
encontra
parada
no
momento
de
Equação
4:
Tempo
demora
a
empilhadora
em
fazer
o
picking,
remover
as
paletes
do
tapete
rolante
teórico
utilizado
armazenar
as
paletes
em
cada
ou
colocar
as
paletes
nas
posições
de
armazenagem.
!"! bloco
!.
A
variação
depende
do
tipo
de
empilhadora
!! =
!"# O
tempo
teórico
total
utilizada
(Dupla
ou
tripla)
e
do
desenho
do
layout.
utilizado
(!!"# )
é
a
somatória
de
Este
indicador
deve
ter
um
valor
baixo.
(h)
todos
os
tempos
unitários
!! .
51
Distância
média
por
viagem
(DV)
Equação
7:
Distância
média
!"!"#
é
a
distância
total
Distância
média
percorrida
em
metros
por
viagem
percorrida
pelas
empilhadoras
pelas
empilhadoras
em
cada
viagem
para
!"!"# para
armazenar
as
paletes
!" =
armazenar
as
paletes.
O
cálculo
tem
!"!"! produzidas.
como
input
a
Distância
percorrida
(!")
e
o
número
de
viagens
totais
(!"!"# ).
(m/viagem)
A
variação
depende
do
tipo
de
empilhadora
utilizada
(Dupla
ou
tripla)
e
do
desenho
do
layout.
Este
indicador
deve
ter
um
valor
alto.
Indicador
requisitado
pela
empresa.
52
paletes
que
podem
ser
armazenadas
por
fila,
dimensões
das
filas
e
dimensão
do
armazém.
Como
tal,
a
variação
dos
indicadores
é
apenas
sensível
a
variações
do
layout
em
questão.
Os
indicadores
estão
descritos
na
Tabela
8.
Tabela
8:
Descrição
de
indicadores
KPI
de
área
pode
ser
utilizada
para
!"!"#
é
o
total
de
paletes
base
que
podem
armazenar
material.
ser
armazenadas.
Este
factor
é
multiplicado
por
2
Este
indicador
deve
ter
1,2m já
que
é
a
área
ocupada
por
uma
palete.
um
valor
baixo.
Como
input
para
a
avaliação
das
diferentes
propostas
utilizaram-‐se
os
dados
obtidos
através
do
software
SAP
para
o
mês
de
Março
de
2011,
de
modo
a
calcular
os
fluxos
de
entrada
de
produtos
ao
armazém.
O
objectivo
principal
é
analisar
como
deve
ser
realizada
a
distribuição
dos
produtos
no
armazém
(3-‐6).
Utilizou-‐se
o
desenho
da
planta
actual
do
armazém
(3-‐6)
como
base
para
a
análise
de
possíveis
alternativas.
53
Os
resultados
apresentados
nesta
secção
são
referentes
apenas
ao
armazém
(3-‐6).
Este
armazém
foi
dividido
em
13
blocos
de
acordo
com
a
sua
divisão
física
actual.
Cada
posição
de
armazenagem
tem
um
nome
associado,
constituído
por
quatro
caracteres
alfanuméricos
com
o
seguinte
formato:
número,
letra,
número,
número.
O
primeiro
número
corresponde
ao
número
de
corredor,
a
letra
corresponde
ao
lado
do
corredor,
sendo
as
opções
direita
(D)
ou
esquerda
(E)
e
os
últimos
dois
números
correspondem
ao
número
de
fila.
D
Corredor
3
E
D
Corredor
4
Corredor 5
Corredor 6
D
Corredor
central
Figura
29:
Divisão
actual
por
blocos
do
armazém
(3-‐6)
Os
dados
obtidos
do
sistema
proporcionaram
informação
específica
de
cada
PA
no
mês
de
Março:
54
empilhadoras
devem
percorrer
desde
a
saída
das
paletes
na
zona
de
put-‐away
até
o
ponto
médio
de
cada
bloco
!,
multiplicado
por
dois
de
modo
a
obter
a
distância
total
de
ida
e
volta.
As
distâncias
(!! )
estão
apresentadas
na
Tabela
9
e
representadas
em
linhas
azuis
na
Figura
30.
O
cálculo
teve
em
consideração
o
atalho
que
os
condutores
das
empilhadoras
utilizam
na
realidade.
Este
atalho
consiste
na
utilização
de
filas
existentes
no
bloco
6,
que
passam
a
ser
utilizadas
como
corredores
de
modo
a
ter
um
aceso
mais
rápido
ao
corredor
central.
O
atalho
está
representado
com
linhas
amarelas
na
Figura
30.
Figura
30:
Percursos
se
armazenagem
de
paletes
no
armazém
(3-‐6)
Tabela
9:
Distâncias
e
quantidade
de
paletes
layout
duplo
no
armazém
(3-‐6)
Bloco
Filas
Distâncias
Quantidade
(m)
(pal)
(pal)
(pal)
(pal)
(pal)
(pal)
T3
T4
T5
T6
T4
-‐
T6
Total
1
3D17
-‐
3D32
294,32
210
67
374
188
629
839
2
4E17
-‐
4E33*
251,70
329
10
1.089
171
1.270
1.599
3
4D17
-‐
4D32
251,70
275
0
405
3
408
683
4
5E17
-‐
5E33*
64,46
1.573
0
859
146
1.005
2.578
5
5D28
-‐
5D32
69,14
150
228
1.173
0
1.401
1.551
6
5D17
-‐
5D27
72,22
924
38
172
176
386
1.310
7
6E17
-‐
6E27
93,72
887
232
809
265
1.306
2.193
8
3D01
-‐
3D16
329,58
76
62
0
95
157
233
9
4E01
-‐
4E16
247,48
133
0
837
163
1.000
1.133
10
4D01
-‐
4E16
247,48
110
143
373
117
633
743
11
5E01
-‐
5E16
149,54
1.059
0
816
0
816
1.875
55
Esta
hipótese
não
se
verifica
quando
se
comparam
os
blocos
12
e
13
como
os
restantes
blocos.
Uma
possível
razão
para
isto
acontecer
é
a
proximidade
do
Bloco
13
com
a
zona
de
despacho,
optimizando
assim
em
certa
medida
a
logística
no
momento
de
enviar
as
cargas
aos
clientes.
É
importante
salientar
que
as
posições
definidas
como
4E33
E
5E33
nos
Blocos
2
e
4
(Ver
Tabela
9)
são
fictícias,
uma
vez
que
na
realidade
estas
filas
não
estão
associadas
a
um
espaço
no
solo.
Estas
posições
são
criadas
no
sistema
pelos
condutores
das
empilhadoras
para
armazenar
temporariamente
lotes
de
paletes
pequenos,
com
o
intuito
de
relocalizar
as
paletes
mais
tarde.
Os
dados
apresentados
na
Tabela
9
encontram-‐se
ilustrados
sobre
a
forma
de
gráfico
na
Figura
31,
na
qual
é
possível
ter
uma
melhor
apreciação
da
relação
existente
entre
a
quantidade
de
paletes
armazenadas
e
a
distância
percorrida
até
o
armazenamento
em
cada
bloco.
56
A
partir
dos
dados
da
Tabela
9,
é
possível
calcular
o
valor
médio
ponderado
do
tipo
de
paletes
(T
médio),
multiplicando
o
tipo
de
T
pela
quantidade
de
paletes
correspondentes
e
dividindo
por
o
total.
Este
cálculo
deu
como
resultados
um
T
médio
de
4,23
no
armazém
(3-‐6).
Este
valor
vai
ser
utilizado
posteriormente
para
o
cálculo
da
capacidade
do
armazém.
Bloco
Filas
NV
DP
CC
(m)
(€)
T3
T4
-‐
T6
Total
1
3D17
-‐
3D32
105
158
263
77.406,16
107,41
2
4E17
-‐
4E33*
165
318
483
121.571,10
168,69
3
4D17
-‐
4D32
138
102
240
60.408,00
83,82
4
5E17
-‐
5E33*
787
252
1.039
66.973,94
92,93
5
5D28
-‐
5D32
75
351
426
29.453,64
40,87
6
5D17
-‐
5D27
462
97
559
40.370,98
56,02
7
6E17
-‐
6E27
444
327
771
72.258,12
100,26
8
3D01
-‐
3D16
38
40
78
25.707,24
35,67
9
4E01
-‐
4E16
67
250
317
78.451,16
108,86
10
4D01
-‐
4E16
55
159
214
52.960,72
73,49
11
5E01
-‐
5E16
530
204
734
109.762,36
152,30
12
5D01
-‐
5E16
252
135
387
57.871,98
80,30
13
6E01
-‐
6E16
1.115
637
1.752
287.328,00
398,69
Totais
4.233
3.030
7.263
1.080.523,40
1.499,29
*4E33
e
5E33
são
posições
fictícias
57
A
partir
da
informação
anterior,
foram
calculados
os
KPI
operacionais
do
Grupo
2
para
o
sistema
actual
que
apresenta
layout
duplo
e
empilhadoras
duplas,
os
quais
se
encontram
listados
na
Tabela
11.
Estes
resultados
serão
utilizados
como
referência
para
a
comparação
de
novas
alternativas
possíveis.
No
Anexo
6
apresentam-‐se
os
cálculos
do
layout
duplo
e
o
desenho
da
planta.
Tabela 11: Resultados dos KPI operacionais (Grupo 2) layout duplo
Tabela 12: Resultados dos KPI operacionais totalidade de paletes Março 2010 (Grupos 1 e 2)
Os
KPI
de
área
foram
calculados
apenas
para
o
armazém
(3-‐6),
de
modo
a
ter
uma
base
de
comparação
com
outras
propostas.
Estes
indicadores
são
a
área
base
útil
(ABU),
paletes
base
(PB)
para
cada
bloco
e
o
total
de
cada
indicador,
apresentados
na
Tabela
13.
No
cálculo
da
percentagem
de
perda
total
(PP)
e
da
percentagem
de
perda
efectiva
(PPE)
foi
utilizado
o
58
mesmo
valor
de
área
total
(! !"# ).
Este
valor
é
igual
a
igual
a
9.177,20m2.
Também
se
utilizou
o
valor
da
área
ocupada
pelos
corredores,
que
neste
caso,
layout
duplo,
é
igual
a
2.678m2.
O
valor
da
área
ocupada
pelos
corredores
foi
calculada
para
cada
um
dos
layouts.
Os
valores
do
PP
e
do
PPE
para
o
layout
duplo
estão
apresentados
na
Tabela
14.
Tabela 13: Resultados dos KPI de área do layout duplo
Tabela 14: Resultados do PP e do PPE do layout duplo
PP
PPE
36%
7%
É
importante
destacar
que
a
diferença
existente
entre
o
PP
e
o
PPE
corresponde
à
área
ocupada
pelos
corredores
no
armazém.
Esta
diferença
é
de
29%,
percentagem
que
é
considerada
útil
já
que
a
área
é
necessária
para
a
armazenagem
de
produtos.
A
área
não
útil
no
armazém
corresponde
ao
7%,
o
que
equivale
a
uma
quantidade
relativamente
pequena.
59
Os
Anexos
7,
9
e
11
apresentam
as
tabelas
detalhadas
com
os
cálculos
pertinentes
para
cada
uma
das
propostas
e
o
desenho
da
planta.
A
distribuição
da
primeira
proposta
coincide
com
a
disposição
actual
na
planta,
mas
com
filas
triplas
em
vez
de
duplas.
Na
Figura
32
apresenta-‐se
a
distribuição
do
layout
proposto.
1 9
3 10
4 11
5
6 12
7 13
Figura
32:
Distribuição
layout
triplo
1
Para
a
elaboração
desta
primeira
proposta,
ajustou-‐se
a
configuração
actual
em
layout
duplo
para
uma
configuração
em
layout
triplo.
O
nome
do
layout
(Distribuição
em
espinha)
deve
ao
corredor
central
principal,
do
qual
saem
corredores
mais
pequenos,
de
modo
a
alcançar
todas
as
posições
de
armazenagem.
A
numeração
e
tamanho
dos
blocos
mantêm-‐se
60
constante
relativamente
à
configuração
inicial
do
armazém,
portanto
a
quantidade
de
paletes
transportada
para
cada
bloco
e
as
distâncias
desde
a
zona
de
put-‐away
até
cada
bloco
mantêm-‐se
iguais
(Ver
Tabela
9).
Uma
das
desvantagens
desta
proposta
é
o
facto
de
não
existir
um
corredor
com
acesso
directo
desde
a
zona
de
put-‐away
até
o
corredor
principal.
Este
facto
aumenta
as
distâncias
percorridas
pelas
empilhadoras
para
armazenar
as
paletes.
Outra
desvantagem
provável
é
que,
quando
as
posições
duplas
forem
mudadas
a
posições
triplas,
é
possível
ter
uma
perda
maior
de
espaço
útil
para
a
armazenagem.
Tabela 15: Resultados dos KPI operacionais (Grupo 1) layout triplo 1
61
Tabela 17: Resultados dos KPI de área do layout triplo 1
PP
PPE
38%
9%
Este
layout
foi
considerado
uma
vez
que
a
empresa
já
decidiu
passar
de
empilhadoras
duplas
a
empilhadoras
triplas.
Assim
com
esta
análise
é
possível
avaliar
a
decisão
tomada
pela
empresa.
Figura
33:
Distribuição
layout
triplo
2
62
A
configuração
desta
proposta
tem
como
objectivo
a
diminuição
das
distâncias
que
as
empilhadoras
devem
percorrer
para
armazenar
as
paletes.
O
layout
está
caracterizado
por
dois
corredores
paralelos,
centrais
em
cada
pavilhão
do
armazém.
Existe
também
um
corredor
transversal,
em
linha
com
o
tapete
rolante,
que
comunica
com
estes
dois
corredores
e
com
a
zona
de
put-‐away.
Desta
forma,
as
empilhadoras
podem
aceder
aos
corredores
centrais
de
uma
forma
mais
directa.
A
numeração
e
tamanho
dos
blocos
mudam
completamente,
tendo
esta
configuração
poucos
blocos
de
grande
dimensão.
Uma
das
particularidades
deste
layout
é
que
o
Bloco
5
tem
método
FIFO
de
armazenagem,
optimizando
desta
forma
a
logística
na
armazenagem
e
no
despacho
das
paletes.
O
resto
das
posições
mantém-‐se
com
método
LIFO.
Aparte
dos
blocos
principais,
existem
blocos
mais
pequenos
denominados
3,1
e
5,1,
localizados
nos
cantos
ao
lado
dos
blocos
3
e
5
respectivamente.
Estes
blocos
foram
pensados
para
armazenar
lotes
de
produtos
mais
pequenos
ou
em
excesso.
A
vantagem
principal
desta
proposta
é
o
encurtamento
das
distâncias,
uma
vez
que
as
posições
de
armazenagem
estão
orientadas
para
os
corredores
centrais.
Outra
vantagem
é
o
acesso
directo
que
existe
entre
os
corredores
centrais
e
a
zona
de
put-‐away,
reduzindo
assim
as
manobras
e
distâncias
que
as
empilhadoras
têm
que
fazer
para
armazenar
as
paletes.
A
desvantagem
deste
layout
pode-‐se
apresentar
ao
nível
de
área
de
armazenagem
útil,
já
que
as
posições
de
armazenagem
estão
transversais
às
linhas
de
colunas,
apresentando
intervalos
constantes
entre
as
posições
de
armazenagem.
Estes
intervalos
representam
espaço
perdido.
Esta
situação
não
acontece
no
Bloco
4,
o
qual
consiste
em
posições
de
armazenagem
contínuas,
uma
ao
lado
da
outra,
assegurando
assim
um
máximo
de
aproveitamento
do
espaço.
Para
determinar
a
quantidade
de
paletes
teórica
destinada
a
cada
bloco
fez-‐se
uma
sobreposição
das
plantas
do
layout
duplo
e
do
layout
triplo
2.
Este
procedimento
garante
uma
estimativa
mais
real
do
número
de
paletes
localizadas
em
cada
bloco,
com
uma
baixa
probabilidade
de
erro.
Assumiu-‐se
que
a
quantidade
de
paletes
destinada
a
cada
bloco
triplo
é
igual
ao
somatório
das
percentagens
das
áreas
que
cada
bloco
duplo
tinha
em
comum
com
o
dito
bloco
triplo.
Desta
forma,
obtém-‐se
uma
redistribuição
das
paletes
mantendo
o
total
da
quantidade
constante.
Esta
análise
está
apresentada
no
Anexo
8.
Os
resultados
destes
cálculos
serviram
de
base
para
o
cálculo
dos
KPI
operacionais.
Na
Tabela
19
apresentam-‐se
os
resultados
da
quantidade
de
paletes
transportada
para
cada
bloco
e
as
distâncias
desde
a
zona
de
put-‐away
até
cada
bloco.
63
Tabela 20: Resultados dos KPI operacionais (Grupo 1) layout triplo 2
64
Tabela
23:
Resultados
do
PP
e
do
PPE
do
layout
triplo
2
PP
PPE
40%
18%
SAÍDA DE PALETES
7
7 ,
1
1 1 1
2
, ,
2 1 2 1
8
3 3 3
5
,
,
1
4 1
5
6
6 ,
1
Figura
34:
Distribuição
layout
triplo
3
65
Para
determinar
a
quantidade
de
paletes
teórica
destinada
a
cada
bloco
foi
utilizado
o
mesmo
procedimento
de
superposição
de
layouts,
explicado
anteriormente.
A
análise
para
a
presente
proposta
encontra-‐se
apresentada
no
Anexo
10.
Na
Tabela
24
apresentam-‐se
os
resultados
da
quantidade
de
paletes
transportada
para
cada
bloco
e
as
distâncias
desde
a
zona
de
put-‐away
até
cada
bloco.
Tabela 25: Resultados dos KPI operacionais (Grupo 1) layout triplo 3
66
PP
PPE
33%
5%
4.3.1.4. COMPARAÇÃO
E
SELECÇÃO
DA
PROPOSTA
DE
LAYOUT
Nesta
secção
as
propostas
de
layout
triplo
apresentadas
anteriormente
são
comparadas
com
o
layout
duplo
(situação
de
referência)
e
também
comparadas
entre
si,
com
o
objectivo
de
seleccionar
a
melhor
alternativa.
Foi
calculado
também
a
percentagem
de
melhoria
dos
KPIs
dos
novos
layouts
(redução
ou
aumento
conforme
o
caso)
relativamente
aos
indicadores
correspondentes
ao
layout
duplo.
Os
resultados
dos
indicadores
pertencentes
a
este
grupo
são
tanto
melhores
quanto
menor
forem
os
seus
valores,
uma
vez
que
valores
pequenos
implicam
distâncias,
tempos
e
custos
menores.
Na
Tabela
29
apresentam-‐se
os
resultados
dos
indicadores
KPI
operacionais
67
do
Grupo
1
para
cada
um
dos
layouts
expostos
anteriormente,
assim
como
as
percentagens
de
melhoria
das
propostas
relativamente
ao
layout
inicial
representadas
a
cinzento.
Layout
NV
DP
T
CC
(m)
(h)
(€)
O
valor
de
NV
diminui
apenas
quando
se
passa
do
layout
duplo
a
triplo,
sendo
este
valor
independente
da
configuração
do
layout.
Para
um
mesmo
número
de
paletes,
o
NV
muda
apenas
dependendo
do
número
paletes
transportadas
em
cada
viagem.
Para
o
layout
duplo
correspondem
empilhadoras
duplas,
que
transportam
até
4
paletes
de
cada
vez.
Para
os
layouts
triplos
correspondem
empilhadoras
triplas,
que
transportam
até
6
paletes
de
cada
vez.
A
diminuição
no
NV
corresponde
assim
a
uma
redução
de
33%
das
viagens,
o
que
torna
o
processo
de
armazenagem
mais
eficiente.
No
que
diz
respeito
aos
resultados
do
CC,
é
possível
verificar
uma
melhoria
para
cada
uma
das
propostas.
As
percentagens
percentuais
de
redução
são
de
8%
para
a
primeira
proposta,
14%
para
a
segunda
e
16%
para
a
terceira.
Este
indicador
é
directamente
proporcional
ao
T,
portanto
seria
expectável
uma
diminuição
nos
valores
deste
indicador
para
os
layouts
triplos.
No
entanto,
este
indicador
é
também
directamente
proporcional
ao
gasto
de
combustível
(!!)
de
cada
empilhadora,
valor
que
aumenta
para
as
empilhadoras
triplas.
68
Este
facto
explica
a
melhoria
menos
acentuada
neste
indicador
do
que
nos
indicadores
DP
e
T.
Uma
vez
mais,
a
terceira
proposta
é
a
que
apresenta
uma
maior
percentagem
de
melhoria.
O
resultado
destes
indicadores
é
são
tanto
melhores
quanto
maior
forem
os
seus
valores,
excepto
para
os
indicadores
DV
e
CpQ,
em
que
se
passa
o
oposto.
Na
Tabela
30
apresenta-‐se
resultados
dos
KPI
operacionais
do
Grupo
2
para
cada
um
dos
layouts
expostos
anteriormente,
assim
como
as
percentagens
de
melhoria
das
propostas
com
respeito
ao
layout
inicial,
apresentadas
a
cinzento.
O
indicador
de
PpV
avalia
apenas
a
eficiência
do
tipo
de
empilhadora
no
transporte
de
paletes;
tem
relação
directa
com
o
indicador
NV
do
Grupo
1.
Os
resultados
aumentam
em
33%
consoante
muda
o
tipo
de
empilhadora
e
mantém-‐se
igual
para
os
três
layouts
triplos
uma
vez
que
o
tipo
de
empilhadora
é
o
mesmo.
Este
facto
verifica-‐se
pois
a
empilhadora
tripla
tem
maior
capacidade
de
transporte
de
paletes
do
que
a
empilhadora
dupla
e,
portanto,
é
mais
eficiente.
69
O
indicador
VpH
é
indirectamente
proporcional
ao
indicador
T.
Os
resultados
para
este
indicador
comportam-‐se
da
mesma
forma
que
para
o
DV,
sendo
o
melhor
o
resultado
correspondente
ao
layout
triplo
3,
com
as
mesmas
percentagens
de
melhoria.
O
indicador
CA
representa
a
média
das
paletes
que
podem
ser
armazenadas
por
dia.
Os
dias
são
divididos
em
turnos
de
8
horas
cada
um.
De
acordo
com
o
pessoal
da
empresa,
de
cada
turno
são
descontadas
1
hora
não
laboral
correspondente
à
hora
do
almoço
e
20
minutos
correspondentes
a
tempos
perdidos
por
fadiga
e
outras
razões.
O
tempo
laboral
por
turno
é
de
6
horas
e
40
minutos,
o
que
resulta
em
dias
de
20
horas
de
trabalho
aproximadamente.
Assim,
para
a
configuração
dupla
é
possível
armazenar
um
máximo
de
840
paletes
no
armazém
(3-‐6).
Na
realidade,
as
empilhadoras
também
chegam
até
o
armazém
(7-‐9)
para
armazenar
as
paletes,
pelo
que
um
resultado
mais
real
é
de
745
paletes
(Ver
Tabela
12),
mas
para
efeitos
de
comparação
entre
layouts,
o
foco
da
análise
é
apenas
o
armazém
(3-‐6).
Na
Tabela
30
observa-‐
se
um
aumento
contundente
da
capacidade
de
armazenagem
por
dia,
sendo
de
33%
para
o
layout
triplo
1,
38%
para
o
layout
triplo
2
e
39%
para
o
layout
triplo
3.
Conclui-‐se
que
neste
caso
o
layout
triplo
3
é
a
melhor
opção.
Por
último,
o
indicador
CpQ
assinala
o
valor
em
euros
do
combustível
gasto
por
quilómetro.
Na
Tabela
30
é
possível
observar
um
aumento
deste
valor
comparando
o
sistema
duplo
e
o
triplo,
o
que
faz
sentido
devido
ao
consumo
das
empilhadoras
triplas
ser
maior.
O
aumento
percentual
é
igual
a
38%.
Este
valor
está
apresentado
na
Tabela
30
com
valor
negativo,
o
que
significa
que
as
novas
propostas
sã
piores
neste
indicador.
Uma
vez
que
este
valor
se
repete
para
todos
os
layouts
triplos,
conclui-‐se
que
não
existe
uma
alternativa
melhor.
O
melhor
resultado
varia
dependendo
do
indicador.
Para
o
ABU
e
o
PB,
quanto
maiores
forem
os
seus
valores,
melhor
é
a
proposta.
No
caso
do
PP
e
do
PPE,
por
serem
percentagens
de
perdas,
quanto
menores
forem
os
resultados,
melhor
é
a
proposta.
Na
Tabela
31
apresentam-‐se
os
resultados
dos
KPI
de
área
para
cada
um
dos
layouts
descritos
anteriormente,
assim
como
as
percentagens
de
melhoria
das
propostas
com
respeito
ao
layout
inicial,
apresentadas
a
cinzento.
Também
se
apresenta
o
total
das
áreas
ocupadas
pelos
corredores
para
cada
um
dos
layouts
e
a
percentagem
que
estes
valores
representam.
70
Percentagem
Layout
ABU
PB
PP
PPE
!"#$$
!"#$$
2 2
(m )
(pal)
(m )
O
PB
apresenta
um
comportamento
similar
ao
ABU.
Os
valores
dos
layouts
triplos
1
e
2
diminuem
comparados
com
os
valores
do
layout
duplo,
com
diferenças
percentuais
negativas
de
-‐3%
e
-‐8%
respectivamente,
que
sinalam
uma
vez
mais
agravamento.
Como
se
pode
observar,
o
PB
do
layout
triplo
3
teve
um
acréscimo
de
5%
relativamente
ao
PB
do
layout
duplo,
o
que
o
faz
com
que
esta
seja
a
melhor
opção.
71
Após
de
considerar
todos
os
KPIs
operacionais
e
de
área,
o
layout
triplo
3
apresenta
os
melhores
resultados,
como
se
pode
observar
na
Tabela
32.
Conclui-‐se
que
o
layout
triplo
3
é
a
melhor
proposta
de
layouts.
Com
o
propósito
de
aprofundar
a
análise
dos
custos
da
solução
proposta,
foi
elaborada
uma
análise
de
custos
mensais
da
armazenagem.
Estes
custos
incluem
o
gasto
em
gás
e
a
manutenção
das
empilhadoras,
assim
como
o
gasto
mensal
da
empresa
em
trabalhadores.
Estes
gastos
estão
apresentados
na
Tabela
33.
Tabela 33: Comparação de custos mensais do sistema de layout e empilhadora
Actual
Proposto
Item
Sistema
de
layout
duplo
Sistema
de
layout
triplo
e
empilhadoras
duplas
e
empilhadoras
triplas
€/mês
€/mês
Armazenagem
(3-‐6)
Empilhadora
arrumação
Custo
gás
1.499,29
1.265,73
Condutor
empilhadora
5
Turnos
7.083,33
7.083,33
Manutenção
empilhadora
775,00
1.680,00
Camião
transferência
Camião
c/
condutores
4.050,00
0
Custo
gás
984,00
0
Manutenção
empilhadora
transferência
775,00
0
Condutor
empilhadora
transferência
2
Turnos
2.833,33
Total
(3-‐6)
17.999,96
10.029,06
Armazenagem
(7-‐8)
Custo
gás
979,17
620,64
Condutor
empilhadora
1
Turno
1.416,67
2
turnos
2.833
Manutenção
empilhadora
750,00
1.680
Total
armazenagem
21,145.79
15.162,70
Analisando
a
Tabela
33,
é
possível
observar
que
existe
uma
diferença
notável
entre
os
custos
totais
mensais
de
ambos
sistemas
e
que
os
custos
que
variam
são
o
custo
do
gás
e
a
manutenção
da
empilhadora.
O
custo
do
camião
de
transferência
fica
eliminado
uma
vez
que
já
não
é
necessário
para
os
processos
internos
da
armazenagem.
Com
a
proposta
de
layout,
o
tempo
de
armazenagem
das
paletes
no
armazém
(3-‐6)
diminui.
Isto
significa
que
as
72
empilhadoras
podem
percorrer
maiores
distâncias
no
momento
de
armazenar
as
paletes
num
mesmo
período
de
trabalho.
Desta
forma,
é
possível
armazenar
uma
maior
quantidade
de
paletes
no
armazém
(7-‐8),
eliminando
a
necessidade
no
camião
de
transferência
entre
armazéns.
A
eliminação
do
camião
está
sujeita
à
melhoria
das
condições
do
piso,
uma
vez
que
provoca
grande
desgaste
para
as
empilhadoras
atravessarem
o
pátio
que
comunica
com
o
armazém
(3-‐6)
e
com
o
armazém
(7-‐8).
Pode
concluir-‐se
que
o
custo
mensal
do
sistema
triplo
é
menor
do
que
o
sistema
duplo,
com
uma
diferença
percentual
de
28%.
Na
Tabela
34
apresenta-‐se
o
custo
da
implementação
do
layout,
para
a
que
é
necessário
apenas
desenhar
as
posições
de
armazenagem
no
solo
do
armazém.
O
custo
da
implementação
foi
calculado
em
base
ao
total
da
superfície
que
deve
ser
pintada.
Para
o
cálculo
destes
custos
foi
determinado
o
comprimento
total
das
linhas
e
número
total
de
letras
apresentadas
no
layout.
Os
cálculos
foram
obtidos
pela
multiplicação
do
custo
do
metro
de
linha
pintada
pelo
total
de
metros
de
linha
no
piso
do
armazém.
O
metro
de
linha
e
cada
uma
das
letras
tem
um
custo
de
1€.
A
mão-‐de-‐obra
encontra-‐se
incluída
no
preço.
Estes
custos
foram
obtidos
através
da
empresa.
O
armazém
(3-‐6)
tem
capacidade
para
armazenar
95%
da
produção
mensal
(21.674,52
paletes).
Actualmente,
90%
das
paletes
saídas
da
produção
são
armazenadas
no
(3-‐6),
sendo
os
restantes
10%
das
paletes
armazenadas
directamente
no
armazém
(7-‐8).
Das
90%
de
paletes
armazenadas
no
armazém
(3-‐6)
66%
são
transportadas
posteriormente
para
o
73
armazém
(7-‐8)
através
de
uso
de
um
camião.
Isto
significa
que
o
armazém
(3-‐6)
armazena
apenas
24%
da
produção
mensal,
e
que
existe
um
excesso
de
movimentos
internos
de
paletes
anteriores
ao
armazenamento
correcto.
Este
excesso
traduz-‐se
em
aumento
nos
tempos
e
nos
custos
de
armazenagem.
4.3.1.6. CONCLUSÕES
Uma
vez
seleccionada
a
melhor
proposta,
foi
elaborada
uma
análise
dos
custos
de
modo
a
torna-‐la
mais
completa
e
verificar
a
sua
possibilidade
de
implementação.
Concluiu-‐se
que
a
proposta
pode
ser
implementa,
uma
vez
que
o
investimento
total
será
recuperado
no
período
de
um
mês.
A
implementação
do
novo
layout
visa
aumentar
a
produtividade
na
armazenagem,
de
modo
a
prescindir
do
camião
e
armazenar
as
paletes
em
todo
o
armazém
apenas
com
empilhadoras.
Uma
vez
que
não
é
necessário
o
camião
para
a
transferência
interna
de
paletes,
os
custos
mensais
na
armazenagem
decrescem
em
28%.
74
Início
Sim
Verificar
registos
de
rotação.
Classificar
produto
segundo
a
análise
ABC.
Informação
adicional
Armazenar
as
paletes
na
zona
apropriada
Fim
Figura
35:
Sistema
de
classificação
automatizado
A
ideia
deste
sistema
é
classificar
as
paletes
relativamente
ao
tempo
de
modo
a
obter
uma
distribuição
melhor,
facilitando
assim
as
actividades
de
armazenagem
e
despacho.
75
Quando
as
paletes
saem
no
tapete
rolante
da
fábrica
passam
por
um
leitor
automático
antes
de
chegar
à
zona
de
put-‐away.
O
leitor
lê
o
código
de
barra
com
a
informação
do
produto.
Se
a
data
de
saída
do
armazém
está
disponível,
significa
que
é
um
produto
produzido
por
encomenda.
Se
esta
informação
não
está
disponível,
significa
que
o
produto
foi
produzido
para
inventário,
e
portanto
a
sua
data
de
saída
não
está
disponível.
Neste
caso,
é
preciso
verificar
nos
registos
de
rotação
para
obter
uma
estimativa
dos
dias
de
permanência
no
armazém
e
proceder
com
a
classificação.
76
Figura
36:
Divisão
dos
armazém
em
zonas
segundo
a
classificação
ABC
Este
sistema
é
uma
parte
da
solução
do
problema
actual,
onde
algumas
paletes
existentes
no
armazém
não
se
encontravam
listadas
no
sistema,
já
que
este
método
dá
entrada
automática
no
sistema
das
paletes
que
saem
da
linha
de
produção
e
entram
no
armazém.
77
Colocação
de
etiqueta
autocolante
de
lado
Colocação
de
etiqueta
autocolante
de
frente
Figura
37:
Máquina
para
colocar
etiquetas
autocolantes
Esta
máquina
deve
ser
posicionada
depois
do
dispositivo
para
a
colocação
da
manga
na
palete,
já
que
o
autocolante
deve
estar
por
fora
do
plástico.
Esta
máquina
deve
colocar-‐se
estrategicamente
de
modo
a
que
os
autocolantes
nas
paletes
estejam
na
posição
correta
para
facilitar
a
leitura
do
código
de
barra.
Desta
forma
evitam-‐se
as
possíveis
complicações
existentes
na
leitura
do
código
de
barras
e
elimina-‐se
a
necessidade
de
colocar
algumas
paletes
no
solo,
de
modo
a
vira-‐las
na
posição
correcta.
A
máquina
coloca
apenas
etiquetas
autocolantes
às
paletes
que
saem
da
linha
de
produção
para
serem
armazenadas.
As
paletes
que
são
destinadas
para
a
re-‐escolha
ou
ao
casco
devem
ser
etiquetadas
manualmente,
uma
vez
que
estas
denominações
são
realizadas
posteriormente
à
saída
da
linha
de
produção.
Para
ter
uma
melhor
identificação
visual
das
paletes,
as
etiquetas
autocolantes
devem
ser
de
cores
variadas
para
uma
fácil
identificação.
Uma
sugestão
é
colocar
em
branco
as
paletes
livres
para
despacho,
em
amarelo
as
paletes
que
tem
de
ir
para
a
re-‐escolha
e
em
vermelho
as
paletes
que
devem
ir
directamente
ao
casco.
Outra
das
propostas
sugeridas
foi
estabelecer
uma
área
destinada
à
preparação
das
encomendas.
Nesta
zona
devem-‐se
colocar
as
paletes
da
referência
pedida
na
encomenda
e
na
quantidade
certa
para
serem
despachadas
o
mais
rapidamente
possível.
Muitas
das
paletes
78
ficam
muito
tempo
no
armazém
e,
no
momento
de
serem
despachadas,
estão
cheias
de
pó.
A
zona
de
preparação
de
cargas
deve
servir
também
para
limpar
as
paletes
de
modo
a
serem
transportadas
ao
cliente
num
estado
apresentável.
Segundo
o
observado
na
fábrica
de
Marinha
Grande,
cada
palete
ocupa
um
espaço
de
1,7
x
1,5
m2
no
momento
de
ser
preparada,
resultando
um
total
de
2,55
m2
por
palete.
Este
espaço
deve
servir
para
que
uma
pessoa
possa
passar
entre
as
paletes
com
o
propósito
de
limpa-‐las.
Na
Figura
38
apresenta-‐se
um
diagrama
de
espaço
para
zona
de
preparação
de
cargas.
Disposição
Área
livre
Área
livre
Para
calcular
o
espaço
total
de
preparação
das
cargas
para
um
camião,
deve-‐se
seguir
o
seguinte
critério.
Se
num
camião
cabe
um
máximo
de
52
paletes,
então
a
área
de
preparação
de
cargas
para
um
camião
deve
ser
de
132,6
m2,
este
valor
resulta
de
multiplicar
a
área
de
preparação
que
ocupa
cada
palete
por
o
número
máximo
de
paletes.
Para
que
as
propostas
tenham
algum
efeito,
é
necessária
uma
melhor
organização
na
armazenagem.
Isto
significa
que
o
processo
deve
ser
cuidadosamente
planeado
para
cada
um
dos
PAs
que
saem
da
linha
de
produção,
como
é
feito
na
fábrica
de
Avintes.
Desta
forma,
evitam-‐se
os
seguintes
problemas:
o Ter
posições
grandes
com
poucas
paletes,
o
que
significa
perda
de
espaço
útil
disponível
para
a
armazenagem
de
novas
paletes;
o Ter
paletes
que
foram
colocadas
fora
de
uma
posição
estabelecida
de
armazenagem
temporariamente
para
depois
serem
armazenadas
correctamente.
79
o Ter
paletes
que
existem
fisicamente
nas
filas
de
armazenagem
e
não
estão
registadas
no
sistema
nessa
posição.
Isto
tem
como
consequência
que
os
condutores
das
empilhadoras
dirijam-‐se
às
posições
com
o
propósito
de
armazenar
as
cargas
e
se
vejam
impossibilitados,
portanto
devem
prosseguir
a
buscar
outra
posição
disponível.
Tudo
isto
traduz-‐se
em
perdas
de
tempo,
combustível
e
esforço.
4.4. CONCLUSÕES
Numa
segunda
parte
foram
elaboradas
propostas
variadas
para
melhorar
a
gestão
operacional
do
armazém.
Estas
propostas
incluíram
um
sistema
de
classificação
automática
de
paletes,
um
equipamento
para
a
colocação
de
etiquetas
autocolantes
e
uma
zona
de
preparação
de
cargas.
80
Os
objectivos
deste
projecto
foram
alcançados
com
sucesso,
uma
vez
que
se
conseguiu
elaborar
uma
proposta
de
layout
mais
eficiente
em
termos
operacionais
e
económicos.
Com
a
elaboração
deste
projecto
concluiu-‐se
que
é
necessário
fazer
uma
caracterização
do
inventário
para
conhecer
o
seu
comportamento.
Com
a
elaboração
de
análises
ABC
com
diferentes
aproximações
(por
quantidade
e
por
rotação)
verificou-‐se
que
o
comportamento
do
inventário
se
ajusta
à
distribuição
de
Pareto
em
todos
os
meses
analisados,
verificando
assim
a
possibilidade
de
analisar
detalhadamente
apenas
um
mês
de
inventário.
As
alternativas
propostas
para
a
optimização
da
distribuição
no
armazém
foram
apenas
relativas
ao
armazém
(3-‐6),
uma
vez
que
este
é
considerado
o
armazém
mais
crítico
pelo
facto
de
se
encontrar
mais
perto
da
zona
de
put-‐away
e
de
receber
90%
dos
produtos
saídos
da
linha
de
produção.
Foram
definidos
indicadores
KPI
operacionais
e
de
área
para
avaliar
as
propostas
de
layout
e
seleccionar
a
melhor.
Um
total
de
três
alternativas
de
layout
foram
elaboradas,
sendo
a
terceira
proposta,
aquela
que
apresentou
melhores
resultados
de
acordo
com
os
indicadores
KPI,
com
uma
melhoria
total
de
18%
em
comparação
com
as
outras
propostas.
Com
o
intuito
de
prolongar
o
processo
de
melhoria
contínua
do
armazém
na
fábrica
na
Venda
Nova,
o
presente
trabalho
pode
ser
continuado
com
a
elaboração
dum
projecto
para
a
determinação
específica
das
zonas
relativas
à
classificação
ABC
do
inventário.
A
elaboração
desta
análise
não
foi
possível
devido
à
falta
de
tempo.
Recomenda-‐se
a
elaboração
de
um
estudo,
de
modo
a
determinar
os
máximos
e
mínimos
correspondentes
a
cada
grupo
de
produtos
e
delimitar
as
zonas
específicas
para
cada
um
deles.
Com
esta
análise
é
possível
uma
completa
implementação
do
sistema
automático
para
a
classificação
de
inventário.
Recomenda-‐se
também
realizar
uma
análise
detalhada
dos
fluxos
de
entrada
e
saída
de
camiões,
com
o
intuito
de
elaborar
e
implementar
propostas
para
a
optimização
dos
processos
de
recepção
e
despacho
de
produtos,
assim
como
aumentar
o
nível
de
serviço
ao
consumidor.
81
Outra
sugestão
que
pode
ser
explorada
é
a
criação
de
um
sistema
combinado
de
colocação
e
recolha
de
paletes.
Neste
sistema,
as
paletes
saídas
da
produção
são
colocadas
nas
posições
de
armazenagem
como
no
processo
normal.
Assim
quando
a
empilhadora
estiver
vazia
no
corredor
e,
se
existirem
paletes
que
devem
ser
despachadas
,
a
empilhadora
recolherá
essas
paletes
da
posição
inicial
e
transportá-‐las-‐á
para
a
zona
de
preparação
de
cargas.
Com
este
sistema
é
possível
aproveitar
as
viagens
de
regresso
à
zona
de
put-‐away,
optimizando
os
fluxos
internos
do
armazém.
82
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85
ANEXOS
ANEXO 1: PLANO DAS INSTALAÇÕES DA FÁBRICA NA VENDA NOVA
86
Tabela
anexa
2:
Análise
ABC
por
rotação
para
o
grupo
de
produtos
com
inventário
classe
"C"
Rotação
maior
de
Total
Rotação
infinita
Total
C
210
PAs
Núme Númer
Percentage Percentage Número
Percentage
Mês
ro
de
o
de
Total
m
de
PAs
m
de
PAs
de
PAs
m
de
PAs
PAs
PAs
Jul-‐10
65
13%
281
57%
346
70%
497
Ago-‐10
57
11%
312
60%
369
71%
519
Set-‐10
70
13%
309
57%
379
70%
545
Out-‐10
65
12%
307
55%
372
67%
559
Nov-‐10
62
11%
300
53%
362
64%
565
Dez-‐10
56
10%
322
55%
378
65%
582
Jan-‐11
55
9%
348
59%
403
68%
594
Fev-‐11
69
11%
355
58%
424
69%
611
Mar-‐11
64
10%
371
59%
435
70%
625
Na
Tabela
anexa
1
é
possível
observar
que
as
percentagens
de
PAs
com
rotação
maior
a
210
são
muito
inferiores
às
percentagens
de
PAs
com
rotação
infinita,
com
médias
de
11%
e
57%
respectivamente.
Isto
significa
que
a
maioria
dos
PAs
permanece
um
elevado
número
de
dias
no
armazém,
em
média
68%
deles.
Para
relacionar
esta
baixa
rotatividade
com
o
número
correspondente,
é
necessário
fazer
uma
relação
entre
a
quantidade
de
PAs
classe
C
e
a
quantidade
de
paletes
totais
armazenadas.
Esta
relação
está
disponível
na
Tabela
anexa
2.
87
Tabela
anexa
3:
Relação
Número
de
PAs
vs.
Quantidade
de
produtos
com
inventário
classe
“C”
Rotação
maior
de
210
Rotação
infinita
Total
Percentage
Númer Númer Percentagem
m
Quantidad Quantidad
Mês
o
de
Quantidade
o
de
total
da
total
da
e
e
PAs
PAs
quantidade
quantidade
(pal)
(pal)
(pal)
Jul-‐10
65
21.150
35%
281
14.134
23%
60.182
Ago-‐10
57
17.345
28%
312
19.236
31%
61.770
Set-‐10
70
21.384
34%
309
14.512
23%
63.256
Out-‐10
65
20.195
31%
307
14.184
22%
65.023
Nov-‐10
62
18.109
28%
300
14.417
23%
63.910
Dez-‐10
56
14.801
23%
322
15.639
25%
63.200
Jan-‐11
55
14.853
23%
348
18.027
28%
65.283
Fev-‐11
69
22.035
33%
355
18.917
28%
67.194
Mar-‐11
64
5.215
7%
371
6.552
9%
71.403
Os
PAs
com
rotação
maior
de
210
representam
produtos
que
permanecem
muito
tempo
nos
armazéns.
Estes
produtos
podem
ter
origem
na
produção
para
inventário
ou
para
encomendas
de
grandes
quantidades
que
têm
de
ser
produzidas
em
lotes.
o A
primeira
hipótese
é
que
no
passado,
o
PA
teve
uma
rotação
real
e
no
presente
é
um
produto
que
já
não
está
a
ser
comercializado,
mas
que
ainda
existe
em
inventário
e
consequentemente,
no
sistema.
Estes
produtos
podem
ser
produtos
que
não
são
produzidos
regularmente,
mas
que
existem
em
pequena
quantidade
em
inventário,
servindo
de
amostra
para
potenciais
clientes.
A
sua
rotação
infinita
deve-‐se
à
natureza
do
cálculo
do
índice
visto
que
é
cumulativo.
Este
produto
é
denominado
“Produto
Morto”
(PM).
o A
segunda
hipótese
é
que
o
PA
é
novo
na
empresa
e,
portanto,
não
existem
registos
da
sua
rotação.
Este
produto
é
denominado
“Produto
Novo”
(PN).
A
configuração
actual
do
sistema
não
permite
diferenciar
estes
dois
tipos
de
produtos
directamente.
Assim,
é
necessário
fazer
uma
limpeza
no
sistema
e
nos
armazéns
dos
PAs
que
já
não
se
encontram
em
fabrico,
de
modo
a
eliminar
produtos
que
se
encontram
descontinuados.
Se
se
considerar
que
o
número
de
Produtos
Novos
(PNs)
para
cada
mês
é
igual
à
diferença
dos
produtos
registados
no
sistema
de
mês
a
mês,
é
possível
calcular
o
número
de
PNs
mensais.
Esta
diferença
é
no
máximo
de
3
produtos,
observada
entre
os
meses
entre
Fevereiro
e
Março.
Verifica-‐se
que
uma
grande
percentagem
dos
produtos
com
rotação
infinita
são
Produtos
Mortos
(PMs).
Aqueles
PAs
que
não
têm
inventário
foram
também
objecto
para
análise.
Na
Tabela
9
apresenta-‐se
o
número
de
PAs
sem
inventário,
obtidos
através
do
software
SAP.
Assim
como
os
PAs
com
inventário,
estes
dividem-‐se
em
dois
grupos:
um
primeiro
grupo
tem
associada
88
uma
rotação
diferente
de
zero,
enquanto
um
segundo
grupo
tem
associada
uma
rotação
infinita.
89
ANEXO
4:
RESUMO
DA
QUANTIDADE
DE
PALETES
POR
TIPO
DE
T
Tabela
anexa
5:
Quantidade
e
tipo
de
paletes
(Armazém
3-‐6)
Armazém
Bloco
Filas
Quantidade
T3
T4
T5
T6
T4
-‐
T6
Tot
(paletes)
(paletes)
(paletes)
(paletes)
(paletes)
(paletes)
8
3D01
-‐
3D16
76
62
0
95
157
233
1
3D17
-‐
3D32
210
67
374
188
629
839
10
4D01
-‐
4E16
110
143
373
117
633
743
3
4D17
-‐
4D32
275
0
405
3
408
683
9
4E01
-‐
4E16
133
0
837
163
1000
1133
2
4E17
-‐
4E33*
329
10
1089
171
1270
1599
(3-‐6)
12
5D01
-‐
5E16
504
0
539
0
539
1043
6
5D17
-‐
5D27
924
38
172
176
386
1310
5
5D28
-‐
5D32
150
228
1173
0
1401
1551
11
5E01
-‐
5E16
1059
0
816
0
816
1875
4
5E17
-‐
5E33*
1573
0
859
146
1005
2578
13
6E01
-‐
6E16
2230
153
1726
666
2545
4775
7
6E17
-‐
6E27
887
232
809
265
1306
2193
TOTAIS
(3-‐6)
8460
933
9172
1990
12095
20555
ANEXO
5:
QUANTIDADE
DE
PALETES
E
PLANO
DO
ARMAZÉM
(7-‐8)
E
OUTRAS
LOCALIZAÇÕES.
Tabela
anexa
6:
Quantidade
de
paletes
no
armazém
(7-‐8)
e
outras
localizações
Dist.
Bloco
Filas
Quantidade
paletes
Media
(m)
(Pal)
(Pal)
(Pal)
Ida
e
volta
T3
T4
-‐
T6
Tot
14
3E01
-‐
3E17*
329.58
84
253
337
A
8B
-‐
8C
284.51
14
43
57
A
8A
I(43
>)
P
(62
>)
284.51
2
9
11
B
8A
I(<41)
P
(<60)
415.48
9
8
17
B
7D
-‐
7F
305.76
1021
688
1709
C
7A
-‐
7C
459.16
25
53
78
90
Armazém (3-‐6)
Armazém (7-‐8)
91
92
93
ANEXO
7:
CÁLCULOS
KPI
E
APRESENTAÇÃO
DA
PLANTA
DO
LAYOUT
TRIPLO
1
Tabela
anexa
9:
KPI
operacionais
grupo
1
(Layout
triplo
1)
Distância
Distância
Bloco
Filas
Quantidade
paletes
Num.
Viagens
média
Tempo
Custo
Media
percorrida
(m)
(Pal)
(Pal)
(Pal)
(h)
(€)
Ida
e
volta
Ida
e
volta
T3
T4
-‐
T6
Tot
T3
T4
-‐
T6
Tot
(m)
1
3D11
-‐
3D19
294.32
210
629
839
70
105
175
51,506.00
23.38
98.49
2
4E11
-‐
4E19
251.70
329
1,270
1,599
110
211
321
80,795.70
36.68
154.50
3
4D11
-‐
4E19
251.70
275
408
683
92
68
160
40,272.00
18.28
77.01
4
5E11
-‐
5E19
64.46
1,573
1,005
2,578
525
168
693
44,670.78
20.28
85.42
5
5D17
-‐
5D19
69.14
150
1,401
1,551
50
234
284
19,635.76
8.91
37.55
6
5D11
-‐
5D16
72.22
924
386
1,310
308
65
373
26,938.06
12.23
51.51
7
6E11
-‐
6E16
93.72
887
1,306
2,193
295
218
513
48,078.36
21.83
91.93
8
3D01
-‐
3D10
329.58
76
157
233
26
27
53
17,467.74
7.93
33.40
9
4E01
-‐
4E10
247.48
133
1,000
1,133
45
167
212
52,465.76
23.82
100.32
10
4D01
-‐
4D
10
247.48
110
633
743
37
105
142
35,142.16
15.95
67.20
11
5E01
-‐
5E10
149.54
1,059
816
1,875
353
136
489
73,125.06
33.20
139.83
12
5D01
-‐
5E10
149.54
504
539
1,043
168
90
258
38,581.32
17.52
73.77
13
6E01
-‐
6E10
164.00
2,230
2,545
4,775
744
425
1,169
191,716.00
87.04
366.60
TOTAIS
8,460
12,095
20,555
2,823
2,019
4,842
720,394.70
327.05
1,377.53
94
95
5,1
8
1
9
2
3
3
10
1
2
4
4
11
5
12
6
3
7
5
, 13
1
7
100%
8
40%
7%
53%
9
47%
53%
10
47%
53%
11
47%
53%
12
47%
53%
13
53%
40%
7%
96
97
ANEXO
9:
CÁLCULOS
KPI
E
APRESENTAÇÃO
DA
PLANTA
DO
LAYOUT
TRIPLO
2
Tabela
anexa
13:
KPI
operacionais
grupo
1
(Layout
triplo
2)
Distância
Distância
Quantidade
Bloco
Filas
Num.
Viagens
média
Tempo
Custo
Media
paletes
percorrida
(m)
(Pal)
(Pal)
(Pal)
(m)
(h)
(€)
Ida
e
volta
T3
T4
-‐
T6
Tot
T3
T4
-‐
T6
Tot
Ida
e
volta
1
1E01
-‐
1E17
122.25
2064
3649
5713
688
609
1297
158,562.57
71.99
303.20
2
1D01
-‐
1D17
122.25
1397
1450
2847
466
242
708
86,555.36
39.29
165.51
3
2E01
-‐
2D20
212.81
877
1459
2336
293
244
537
114,277.18
51.88
218.52
3.1
3D01
-‐
3D04
354.16
5
11
16
2
2
4
1,416.64
0.64
2.71
4
2D01
-‐
2D37
195.73
2189
3032
5221
730
506
1236
241,922.28
109.83
462.60
5
4D01
-‐
4D14
61.10
1779
2324
4103
593
388
981
59,939.10
27.21
114.61
5.1
2D15
-‐
2D17
144.50
149
170
319
50
29
79
11,415.50
5.18
21.83
98
99
ANEXO
10:
SOBREPOSIÇÃO
LAYOUT
TRIPLO
3
(PLANO
E
TABELAS)
7,
7
1
8
1
1
1
9
1 2
2
, ,
2
1
2
1
3
10
8
3
3 3
4
, 5 11
,
1
4
1
5
5
12
6
6
7
6
, 13
1
7
100%
8
38%
10%
52%
9
34%
13%
53%
10
43%
10%
51%
11
35%
13%
52%
12
41%
6%
53%
13
43%
5%
52%
100
101
ANEXO
11:
CÁLCULOS
KPI
DE
ÁREAS
E
APRESENTAÇÃO
DA
PLANTA
DO
LAYOUT
TRIPLO
3
Tabela
anexa
17:
KPI
operacionais
grupo
1
(Layout
triplo
3)
Distância
Quantidade
Dist.
média
Bloco
Filas
Num.
Viagens
Tempo
Custo
Media
paletes
percorrida
(m)
(Pal)
(Pal)
(Pal)
(m)
(h)
(€)
Ida
e
volta
T3
T4
-‐
T6
Tot
T3
T4
-‐
T6
Tot
Ida
e
volta
1
3D01-‐3D15
229.66
516
1,991
2,507
172
332
504
115,748.64
52.55
221.33
1.1
1E01-‐1E06
152.90
88
270
358
30
45
75
11,467.50
5.21
21.93
2
4E01-‐4E15
155.38
307
655
962
102
110
212
32,940.56
14.95
62.99
2.1
2E03-‐2E09
253.44
24
167
191
8
28
36
9,123.84
4.14
17.45
3
4D01-‐4D15
155.38
1,473
988
2,461
491
165
656
101,929.28
46.27
194.91
3.1
1E07-‐1E12
60.54
205
130
335
68
22
90
5,448.60
2.47
10.42
4
5E13-‐5E15
44.42
245
1,461
1,706
81
244
325
14,436.50
6.55
27.61
5
5E01-‐5E12
66.96
1,304
716
2,020
434
120
554
37,095.84
16.84
70.93
5.1
2E10-‐2E17
161.08
169
138
307
56
23
79
12,725.32
5.78
24.33
6
5D01-‐5D14
60.60
1,846
2,400
4,246
615
400
1015
61,509.00
27.92
117.62
6.1
2E18-‐2E21
155.58
112
127
239
38
22
60
9,334.80
4.24
17.85
7
3E01-‐3E04
270.54
29
60
89
10
10
20
5,410.80
2.46
10.35
7.1
2E01-‐2E02
322.50
8
15
23
3
3
6
1,935.00
0.88
3.70
8
2D01-‐2D37
200.68
2,146
2,965
5,111
715
495
1210
242,822.80
110.24
464.32
102
103