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CURSO DE ELETRÔNICA DIGITAL

LIÇÃO 2

A ÁLGEBRA DE BOOLE

Na primeira lição do nosso curso Apesar da algebra de Boole, como rações ou decisões, como acender
aprendemos o significado das pala- foi chamada, poder resolver proble- um LED quando dois sensores são
vras Digital e Lógica empregadas na mas práticos de controle e fabricação ativados de uma determinada manei-
Eletrônica e nos computadores. Vimos de produtos, na época não havia Ele- ra ou quando uma tecla é pressiona-
que os computadores são denomina- trônica e nem as máquinas eram su- da, até girar no espaço uma imagem
dos digitais quando trabalham com ficientemente avançadas para utilizar tridimensional.
sinais discretos, ou seja, sinais que seus princípios.
não variam continuamente entre dois A álgebra de Boole veio a se tor- 2.2 - Os níveis lógicos
valores, mas que assumem determi- nar importante com o advento da Ele- Partimos então do fato de que nos
nados valores inteiros. Também vimos trônica, especificamente, da Eletrôni- circuitos digitais só encontraremos
que os computadores são máquinas ca Digital, que gerou os modernos duas condições possíveis: presença
lógicas, porque tomam decisões a computadores. ou ausência de sinal, para definir al-
partir de certos fatos, segundo regras Boole estabelece em sua teoria guns pontos importantes para o nos-
muito bem estabelecidas. Vimos que que só existem no universo duas con- so entendimento.
no caso dos circuitos digitais, como dições possíveis ou estados, para Nos circuitos digitais a presença
os usados nos computadores, a base qualquer coisa que se deseje anali- de uma tensão será indicada como 1
10 não é a mais apropriada e que sar e estes dois estados são opostos. ou HI (de HIGH ou Alto) enquanto que
estes equipamentos usam principal- Assim, uma lâmpada só pode es- a ausência de uma tensão será
mente o sistema binário e tar acesa ou apagada, uma torneira indicada por 0 ou LO (de LOW ou
hexadecimal. Aprendemos ainda só pode estar aberta ou fechada, uma baixo).
como fazer as conversões de base e fonte só pode ter ou não ter tensão O 0 ou LO será sempre uma ten-
ler os números binários e hexade- na sua saída, uma pergunta só pode são nula, ou ausência de sinal num
cimais. ter como resposta verdadeiro ou fal- ponto do circuito, mas o nível lógico 1
Nesta lição veremos de que modo so. Dizemos de maneira simples que ou HI pode variar de acordo com o
os circuitos digitais podem tomar de- na álgebra de Boole as variáveis lógi- circuito considerado (figura 1). Nos
cisões lógicas. Todas essas decisões cas só podem adquirir dois estados: PCs de mesa, a tensão usada para a
são baseadas em circuitos muito sim- alimentação de todos os circuitos ló-
ples e configurações que operam na 0 ou 1 gicos, por exemplo, é de 5 V. Assim, o
base 2 e que portanto, são fáceis de Verdadeiro ou Falso nível 1 ou HI de seus circuitos será
entender, porém muito importantes Aberto ou Fechado
para os leitores que pretendam tra- Alto ou Baixo (HI ou LO)
balhar com computadores, ou pelo Ligado ou Desligado
menos entender melhor seu princípio
de funcionamento. Na Eletrônica Digital partimos jus-
tamente do fato de que um circuito só
2.1 - A álgebra de Boole pode trabalhar com dois estados pos-
Em meados do século passado síveis, ou seja, encontraremos pre-
George Boole, um matemático inglês, sença do sinal ou a ausência do si-
desenvolveu uma teoria completa- nal, o que se adapta perfeitamente
mente diferente para a época, base- aos princípios da álgebra de Boole.
ada em uma série de postulados e Tudo que um circuito lógico digital
operações simples para resolver uma pode fazer está previsto pela álgebra Figura 1 - Nos circuitos digitais só
infinidade de problemas. de Boole. Desde as mais simples ope- encontramos um valor fixo de tensão.

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sempre uma tensão de 5 V. Nos Verdadeiro


laptops é usada uma tensão de ali- Ligado
mentação menor, da ordem de 3,2 V, Nível alto ou HI
portanto, nestes circuitos um nível 1
ou HI sempre corresponderá a uma 3.1 - Operações Lógicas Figura 3 - Podemos trabalhar com os níveis
tensão desse valor. No dia-a-dia estamos acostuma- "invertidos" numa lógica negativa.
Existem ainda circuitos digitais que dos a realizar diversos tipos de ope-
empregam componentes de tecnolo- rações lógicas, as mais comuns são tamente implementadas levando em
gia CMOS e que são alimentados ti- as que envolvem números, ou seja, conta a utilização da álgebra
picamente por tensões entre 3 e 15 V. quantidades que podem variar ou va- booleana.
Nestes casos, conforme vemos na fi- riáveis. É interessante observar que com
gura 2, um nível lógico 1 ou HI pode- Assim, podemos representar uma um pequeno número destas opera-
rá ter qualquer tensão entre 3 e 15 V, soma como: ções conseguimos chegar a uma infi-
dependendo apenas da tensão de ali- nidade de operações mais complexas,
mentação usada. Y=A+B como por exemplo, as utilizadas nos
computadores e que, repetidas em
Onde o valor que vamos encon- grande quantidade ou levadas a um
trar para Y depende dos valores atri- grau de complexidade muito grande,
buídos às letras A e B. nos fazem até acreditar que a máqui-
Dizemos que temos neste caso na seja “inteligente”!
uma função algébrica e que o valor Y Na verdade, é a associação, de
é a variável dependente, pois seu va- determinada forma das operações
Figura 2 - A tensão encontrada nos circuitos
lor dependerá justamente dos valores simples que nos leva ao comporta-
CMOS terá um valor fixo entre 3 e 15 V.
de A e B, que são as variáveis inde- mento muito complexo de muitos cir-
Na verdade, a idéia de associar a pendentes. cuitos digitais, conforme ilustra a fi-
presença de tensão ao nível 1 e a Na Eletrônica Digital, entretanto, gura 4.
ausência ao nível 0, é mera questão existem operações mais simples do Assim, como observamos na figu-
de convenção. que a soma, e que podem ser perfei- ra 5, um computador é formado por
Nada impede que adotemos um
critério inverso e projetemos os circui- Figura 4 - Circuitos que fazem
tos, pois eles funcionarão perfeita- operações simples podem ser
mente. associados para realizar
Assim, quando dizemos que ao operações complexas.
nível alto (1) associamos a presença
de tensão e ao nível baixo a ausên-
cia de tensão (0), estamos falando do
que se denomina “lógica positiva”.
Se associarmos o nível baixo ou
0 a presença de tensão e o nível alto
ou 1 a ausência de tensão, estaremos
falando de uma “lógica negativa”, con-
forme ilustra a figura 3.
Para não causar nenhum tipo de
confusão, todo o nosso curso tratará
exclusivamente da lógica positiva,
o mesmo acontecendo com os dispo-
sitivos eletrônicos tomados como
exemplos.
Portanto, em nossa lógica, é pos-
sível associar os seguintes estados de
um circuito aos valores 0 e 1:

0V
Falso
Desligado
Nível baixo ou LO

1 - 5 V (ou outra tensão positiva, Figura 5 - Poucos blocos básicos, mas reunidos em grande
conforme o circuito) quantidae podem realizar operações muito complexas.

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Figura 6 - Em (a) o simbolo mais comum e em (b) o simbolo IEEE usado em muitas publicações
técnicas mais modernas dos Estados Unidos e Europa.
Figura 7 - Circuito simples para simular a
um grande número de pequenos blo- esta tabela aparece com o nome de função NÃO (NOT) ou inversor.
cos denominados portas ou funções Truth Table). A seguir apresentamos
em que temos entradas e saídas. a tabela verdade para a porta NOT Entrada: chave aberta = 0
O que irá aparecer na saída é de- ou inversora: chave fechada = 1
terminado pela função e pelo que Saída: lâmpada apagada = 0
acontece nas entradas. Em outras Entrada Saída lâmpada acesa = 1
palavras, a resposta que cada circui- 0 1
to lógico dá para uma determinada 1 0 2.5 - Função Lógica E
entrada ou entradas depende do que A função lógica E também conhe-
ele é ou de que “regra booleana” ele Os símbolos adotados para repre- cida pelo seu nome em inglês AND
segue. sentar esta função são mostrados na pode ser definida como aquela em
Isso significa que para entender figura 6. que a saída será 1 se, e somente
como o computador realiza as mais O adotado normalmente em nos- se, todas as variáveis de entrada fo-
complexas operações teremos de co- sas publicações é o mostrado em (a), rem 1.
meçar entendendo como ele faz as mas existem muitos manuais técnicos Veja que neste caso, as funções
operações mais simples com as de- e mesmo diagramas em que são lógicas E podem ter duas, três, qua-
nominadas portas e quais são elas. adotados outros e os leitores devem tro ou quantas entradas quisermos e
Por este motivo, depois de definir conhecê-los. é representada pelos símbolos mos-
estas operações lógicas, associando- Esta função pode ser simulada por trados na figura 8.
as à álgebra de Boole, vamos estudá- um circuito simples e de fácil entendi- As funções lógicas também são
las uma a uma. mento apresentado na figura 7. chamadas de “portas” ou “gates” (do
Neste circuito temos uma lâmpa- inglês) já que correspondem a circui-
2.4 - Função Lógica NÃO ou In- da que, acesa, indica o nível 1 na sa- tos que podem controlar ou deixar
versora ída e apagada, indica o nível 0. Quan- passar os sinais sob determinadas
Nos manuais também encontra- do a chave está aberta indicando que condições.
mos a indicação desta função com a a entrada é nível 0, a lâmpada está Tomando como exemplo uma por-
palavra inglesa correspondente, que acesa, indicando que a saída é nivel ta ou função E de duas entradas, es-
é NOT. 1. Por outro lado, quando a chave é crevemos a seguinte tabela verdade:
O que esta função faz é negar uma fechada, o que representa uma en-
afirmação, ou seja, como em álgebra trada 1, a lâmpada apaga, indicando Entradas Saída
booleana só existem duas respostas que a saída é zero. A B
possíveis para uma pergunta, esta Esta maneira de simular funções 0 0 0
função “inverte” a resposta, ou seja, lógicas com lâmpadas indicando a 0 1 0
a resposta é o “inverso” da pergunta. saída e chaves indicando a entrada, 1 0 0
O circuito que realiza esta operação é bastante interessante pela facilida- 1 1 1
é denominado inversor. de com que o leitor pode entender seu
Levando em conta que este circui- funcionamento. Na figura 9 apresentamos o modo
to diz sim, quando a entrada é não, Basta então lembrar que: de simular o circuito de uma porta E
ou que apresenta nível 0, quando a
entrada é 1 e vice-versa, podemos
associar a ele uma espécie de tabela
que será de grande utilidade sempre
que estudarmos qualquer tipo de cir-
cuito lógico.
Esta tabela mostra o que ocorre
com a saída da função quando colo-
camos na entrada todas as combina-
ções possíveis de níveis lógicos.
Dizemos que se trata de uma “ta-
bela verdade” (nos manuais em Inglês Figura 8 - Símbolos adotados para representar uma porta E ou AND.

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Figura 9 - Circuito simples para


simular um aporta E ou AND.

usando chaves e uma lâmpada co- Figura 10 - Símbolos para as portas OU ou OR.
mum. É preciso que S1 e S2 estejam
fechadas, para que a saída (lâmpa- Vemos que a saída estará no ní- função E que é denominada NÃO-E
da) seja ativada. vel 1 se uma das entradas estiverem ou em inglês, NAND.
Para uma porta E de três entra- no nível 1. Na figura 12 temos os símbolos
das tabela verdade será a seguinte: Um circuito simples com chaves e adotados para representar esta fun-
lâmpada para simular esta função é ção.
Entradas Saída dado na figura 11. Observe a existência de um pe-
A B C S Quando uma chave estiver fecha- queno círculo na saída da porta para
0 0 0 0 da (entrada 1) a lâmpada receberá indicar a negação.
0 0 1 0 corrente (saída 1), conforme desejar- Podemos dizer que para a função
0 1 0 0 mos. Para mais de duas variáveis po- NAND a saída estará em nível 0 se, e
0 1 1 0 demos ter portas com mais de duas somente se, todas as entradas esti-
1 0 0 0 entradas. Para o caso de uma porta verem em nível 1.
1 0 1 0 OU de três entradas teremos a se- A tabela verdade para uma porta
1 1 0 0 guinte tabela verdade: NÃO-E ou NAND de duas entradas é
1 1 1 1 a seguinte:
Entradas Saída
Para que a saída seja 1, é preciso A B C S Entradas Saída
que todas as entradas sejam 1. 0 0 0 0 A B S
Observamos que para uma porta 0 0 1 1 0 0 1
E de 2 entradas temos 4 combinações 0 1 0 1 0 1 1
possíveis para os sinais aplicados. 0 1 1 1 1 0 1
Para uma porta E de 3 entradas te- 1 0 0 1 1 1 0
mos 8 combinações possíveis para o 1 0 1 1
sinal de entrada. 1 1 0 1 Na figura 13 temos um circuito
Para uma porta de 4 entradas, te- 1 1 1 1 simples com chaves, que simula esta
remos 16 e assim por diante. função.
2.7 - Função NÃO-E
2.6 - Função lógica OU As funções E, OU e NÃO (inver-
A função OU ou ainda OR (do in- sor) são a base de toda a álgebra
glês) é definida como aquela em que booleana e todas as demais podem
a saída estará em nível alto se uma ser consideradas como derivadas
ou mais entradas estiver em nível alto. delas. Vejamos:
Esta função é representada pelos Uma primeira função importante
símbolos mostrados na figura 10. derivada das anteriores é a obtida
O símbolo adotado normalmente pela associação da função E com a Figura 11 - Circuito para simular uma
em nossas publicações é o mostrado função NÃO, ou seja, a negação da porta OU ou OR de duas entradas.
em (a).
Para uma porta OU de duas en-
tradas podemos elaborar a seguinte
tabela verdade:

Entradas Saída
A B S
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 1 Figura 12 - Símbolos para as portas NÃO-E ou NAND.

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Figura 13 - Circuito que simula uma porta


Figura 14 - Símbolo usados para representar a função NOR ou NÃO-E
NAND ou NÃO-E de duas entradas.
Observe que a lâmpada só se tradas teremos saída 1 se as entra-
Veja que a lâmpada só apagará mantém acesa (nível 1) se as duas das forem 0 e 1 ou 1 e 0, mas a saída
(saída 0) quando as duas chaves es- chaves (S1 e S2) estiverem abertas será 0 se as entradas forem ambas 1
tiverem fechadas (1), curto-circuitando (nível 0). ou ambas 0, conforme a seguinte ta-
assim sua alimentação. O resistor é Da mesma forma que nas funções bela verdade:
usado para limitar a corrente da anteriores, podemos ter portas NOR
fonte. com mais de duas entradas. Para o Entradas Saída
Também neste caso podemos ter caso de três entradas teremos a se- A B S
a função NAND com mais de duas guinte tabela verdade: 0 0 0
entradas. Para o caso de 3 entradas 0 1 1
teremos a seguinte tabela verdade: Entradas Saída 1 0 1
A B C S 1 1 0
Entradas Saída 0 0 0 1
A B C S 0 0 1 0 Esta função é derivada das de-
0 0 0 1 0 1 0 0 mais, pois podemos “montá-la” usan-
0 0 1 1 0 1 1 0 do portas conhecidas (figura 17).
0 1 0 1 1 0 0 0 Assim, se bem que esta função
0 1 1 1 1 0 1 0 tenha seu próprio símbolo e possa ser
1 0 0 1 1 1 0 0 considerada um “bloco” independen-
1 0 1 1 1 1 1 0 te nos projetos, podemos sempre
1 1 0 1 implementá-la com um circuito
1 1 1 0 2.9 - Função OU-exclusivo equivalente como o ilustrado nessa
Uma função de grande importân- figura.
2.8 - Função NÃO-OU cia para o funcionamento dos circui-
Esta é a negação da função OU, tos lógicos digitais e especificamente 2.10 - Função NÃO-OU exclusi-
obtida da associação da função OU para os computadores é a denomina- vo ou coincidência
com a função NÃO ou inversor. O ter- da OU-exclusivo ou usando o termo Podemos considerar esta função
mo inglês usado para indicar esta fun- inglês, “exclusive-OR”. Esta função como o “inverso” do OU-exclusivo. Sua
ção é NOR e seus símbolos são apre- tem a propriedade de realizar a soma denominação em inglês é Exclusive
sentados na figura 14. de valores binários ou ainda encon-
Sua ação é definida da seguinte trar o que se denomina “paridade” (o
forma: a saída será 1 se, e somente que será visto futuramente).
se, todas as variáveis de entrada fo- Na figura 16 temos os símbolos
rem 0. adotados para esta função.
Uma tabela verdade para uma fun- Podemos definir sua ação da se-
ção NOR de duas entradas é mostra- guinte forma: a saída será 1 se, e so-
da a seguir: mente se, as variáveis de entrada fo-
rem diferentes. Isso significa que, para Figura 15 - Circuito usado para simular
Entradas Saída uma porta Exclusive-OR de duas en-
A B S uma porta NOR de duas entradas.
0 0 1
0 1 0
1 0 0
1 1 0

Um circuito simples usando cha-


ves e lâmpada para simular esta fun-
ção é mostrado na figura 15. Figura 16 - Símbolo para a função OU-exclusivo ou Exclusive-OR.

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porta E de duas entradas (A e B) e


saída S podemos fazer a representa-
ção:
A.B=S

b) Operação OU
Esta operação é representada
pelo sinal (+).
A operação de uma porta OU de
Figura 17 - Elaboração da função OU-exclusivo com inversores, portas AND e uma porta OR. entradas A e B e saída S pode ser
representada como:
A+B=S

c) Operação NÃO
Esta operação é indicada por uma
barra da seguinte forma:
A\ = S

Figura 18 - Símbolos da função Não-OU-Exclusive ou


Partindo destas representações,
Exclusive NOR também chamada função coincidência.
podemos enumerar as seguintes pro-
priedades das operações lógicas:
NOR e é representada pelo símbolo so conhecer as propriedades que as
mostrado na figura 18. operações apresentam. 1. Propriedade comutativa das
Observe o círculo que indica a Exatamente como no caso das operações E e OU:
negativa da função anterior, se bem operações com números decimais, as
que essa terminologia são seja apro- operações lógicas com a álgebra A.B=B.A
priada neste caso. Booleana se baseiam numa série de A+B=B+A
Esta função pode ser definida postulados e teoremas algo simples.
como a que apresenta uma saída Os principais são dados a seguir 2. Propriedade associativa das
igual a 1 se, e somente se as variá- e prová-los fica por conta dos leitores operações E e OU:
veis de entrada forem iguais. que desejarem ir além. Para enten-
Uma tabela verdade para esta fun- der, entretanto, seu significado A.(B.C) = (A.B).C
ção é a seguite: não é preciso saber como provar sua A+(B+C) = (A+B)+C
validade, mas sim memorizar seu
Entrada Saída significado. 3. Teorema da Involução:
A B S (A negação da negação é a pró-
0 0 1 pria afirmação)
0 1 0 Representações
1 0 0 A\\ = A
1 1 1 As operações E, OU e NÃO são
representadas por símbolos da se- 4. A operacão E é distributiva em
Podemos implementar esta função guinte forma: relação à operação OU:
usando outras já conhecidas, confor- a) Operação E
me a figura 19. A operação E é representada por A.(B+C) = A.B + A.C
um ponto final(.). Assim, para uma
2.11 - Propriedades das opera-
ções lógicas
As portas realizam operações com
os valores binários aplicados às suas
entradas. Assim, podemos represen-
tar estas operações por uma
simbologia apropriada, facilitando o
projeto dos circuitos e permitindo
visualizar melhor o que ocorre quan-
do associamos muitas funções.
No entanto, para saber associar as
diversas portas e com isso realizar
operações mais complexas, é preci- Figura 19 - Função coincidência (Exclusive NOR) implementada com outras portas.

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5. Propriedades diversas:

A.A = A
A+A = A
A.0 = 0
A.1 = A Figura 20 - Obtendo um inversor ( Função NÃO ou NOT) a partir de uma porta NAND.
A+0 = A
A+1 = 1 saída depois de aplicá-la a uma por- saída certamente será:
A.A\= 0 ta NAND. a) 0 b) 1
A+A\= 1 c) Pode ser 0 ou 1
A+A.B = A 2.13 - Conclusão d) Estará indefinida
Os princípios em que se baseiam
6. Teoremas de De Morgan: os circuitos lógicos digitais podem 3. O circuito que realiza a opera-
parecer algo abstratos, pois usam ção lógica NÃO é denominado:
Aplicando a operação NÃO a uma muito de Matemática e isso talvez a) Porta lógica b) Inversor
operação E, o resultado obtido é igual desestimule os leitores. No entanto, c) Amplificador digital
ao da operação OU aplicada aos com- eles são apenas o começo. O esforço d) Amplificador analógico
plementos das variáveis de entrada. para entendê-los certamente será re-
____ _ _ compensado, pois estes princípios 4. Se na entrada de uma porta
A.B=A+B estão presentes em tudo que um com- NAND aplicarmos os níveis lógicos 0
putador faz. Nas próximas lições, e 1, a saída será:
Aplicando a operação NÃO a uma quando os princípios estudados co- a) 0
operação OU o resultado é igual ao meçarem a tomar uma forma mais b) 1
da operação E aplicada aos comple- concreta, aparecendo em circuitos e c) Pode ser 0 ou 1
mentos das variáveis de entrada. aplicações práticas será fácil entendê- d) Estará indefinida
los melhor.
____ _ _ Nas próximas lições, o que foi es- 5. Em qual das seguintes condi-
A+B=A.B tudado até agora ficará mais claro ções de entrada a saída de uma por-
quando encontrarmos sua aplicação ta OR será 0:
prática. a) 0,0 b) 0,1
2.12 - Fazendo tudo com portas c) 1,0 d) 1,1
NAND
As portas NÃO-E, pelas suas ca- QUESTIONÁRIO 6. Qual é o nome da função lógi-
racterísticas, podem ser usadas para ca em que obtemos uma saída 1
obter qualquer outra função que es- 1. Se associarmos à presença de quando as entradas tiverem níveis
tudamos. Esta propriedade torna es- uma tensão o nível lógico 1 e à sua lógicos diferentes, ou seja, forem 0 e
sas portas blocos universais nos pro- ausência o nível 0, teremos que tipo 1 ou 1 e 0.
jetos de circuitos digitais já que, na de lógica: a) NAND
forma de circuitos integrados, as fun- a) Digital b) Positiva b) NOR
ções NAND são fáceis de obter e ba- c) Negativa d) Booleana c) AND
ratas. d) Exclusive OR
A seguir vamos mostrar de que 2. Na entrada de uma função lógi-
modo podemos obter as funções es- ca NÃO aplicamos o nível lógico 0. A 7. Qual é a porta que pode ser
tudadas simplesmente usando portas utilizada para implementar qualquer
NAND. função lógica:
a) Inversor (NÃO)
b) AND
Inversor Figura 21 - POrta E obtida c) NAND
Para obter um inversor a partir de com duas NÀO-E (NAND). d) OR
uma porta NAND basta unir suas en-
tradas ou colocar uma das entradas Respostas da lição nº 1
no nível lógico 1, conforme figura 20. a) 0110 0100 0101
Uma porta E (AND) é obtida sim- b) 101101
plesmente agregando-se à função c) 25
NÃO-E (NAND) um inversor em cada d) Sem resposta (1101 não existe)
entrada, (figura 21). e) 131
A função OU (OR) pode ser obti- f) 131
Figura 22 - Porta OU obtida
da com o circuito mostrado na g) 334
com duas NÃO-E (NAND).
figura 22. O que se faz é inverter a
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