Anda di halaman 1dari 34

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR


Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

UNIDADE 01 – CONSTITUCIONALISMO

1 – DEFINIÇÃO: É o movimento social, jurídico e político, com caráter revolucionário.

2 – ANTECEDENTES HISTÓRICOS DE UMA CONSTITUIÇÃO ESCRITA:

2.1 – Pactos: acordos de vontades escritos. O mais célebre dos pactos é a “Magna Carta”, que foi um
acordo entre João Sem Terra e seus súditos, em 1215.
2.2 – Forais ou Cartas de Franquia: tem em comum com os pactos a forma escrita e a matéria: direitos
individuais. Contudo, os forais ou cartas de franquia tinham um elemento político, que era a participação dos
súditos no governo local.
2.3 - Contratos de Colonização: os peregrinos chegados à América (que eram, mormente, puritanos),
imbuídos de igualitarismo; não encontrando na nova terra poder estabelecido, fixaram, por mútuo consenso,
as regras que haveriam de governar-se.

3 – OS TRÊS GRANDES OBJETIVOS MOTIVADORES

· Com a Reforma Protestante, temos o declínio da mediação institucionalizada da Igreja Católica entre o
sujeito e a verdade, é a afirmação da “Supremacia do Indivíduo”: Iluminismo (ou Ilustração), que possuía
05 idéias força: Indivíduo, Razão, Natureza, Felicidade, Progresso.
· Necessidade de limitação do Poder: Montesquieu (“Do Espírito das Leis”), através da Separação dos
Três Poderes e da declaração dos direitos fundamentais;
· Busca da racionalização do poder, que influíram na Revolução Francesa e na formação dos EUA, que
tiveram o importante papel histórico de inscrever o discurso da Ilustração nos aspectos político e social.

4 – ÉPOCA / MOMENTO HISTÓRICO: fins do séc. XVIII e início do séc. XIX.

Caracteriza-se, assim, o constitucionalismo de fins de século XVIII pela ocorrência da idéia de separação de
Poderes, garantia dos direitos dos cidadãos, crença na democracia representativa, demarcação entre a
sociedade civil e o Estado, e ausência do Estado no domínio econômico.

5 – DOUTRINA DO PACTO / CONTRATO SOCIAL

Hobbes: Leviatã (assegurar a paz)


Locke: Tratado do Governo Civil (direitos naturais)
Rousseau: Contrato Social (vésperas da Rev. Francesa – direitos naturais)

6 – DOUTRINA ECONÔMICA: Liberalismo

7 – CONSEQÜÊNCIA POLÍTICA: “O constitucionalismo veio a ser, então, o movimento ideológico e político para
destruir o absolutismo monárquico e estabelecer normas jurídicas racionais, obrigatórias para governantes e
governados." In BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 1979.
p. 11.

8 – RACIONALIZAÇÃO DO PODER - MUDANDO O PERFIL DO CONSTITUCIONALISMO:

9 – EVOLUÇÃO DO CONSTITUCIONALISMO E SUAS GERAÇÕES.

1ª Geração) Clássico: liberal / individualista;


2ª Geração) Moderno: social/ intervencionista;
3ª Geração) Global : direito comunitário / globalização.

“Constitucionalismo é a técnica da liberdade, isto é, a técnica jurídica pela qual é assegurado aos cidadãos
o exercício dos seus direitos individuais e, ao mesmo tempo, coloca o Estado em condições de não os
poder violar. Assegura -se assim uma dupla liberdade: a positiva – de participar da formação da vontade do
Estado e a negativa – de impedir que o Estado suspenda as liberdades individuais. O pensamento
democrático procurou mostrar como a soberania é um direito inalienável do povo (da maioria). O
constitucionalismo deu ênfase aos limites e ao modo de exercício do poder soberano. Hoje o
constitucionalismo é o modo concreto como se aplica e realiza o sistema democrático representativo. Este é
1
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

um complexo processo de formação da vontade política que partindo dos cidadãos, passa pelos partidos e
pelas assembléias e culmina na ação do Governo, limitada pelas normas constitucionais”. (Bobbio, Matteuci
e Pasquino, Dicionário de Política, Editora Universidade de Brasília, 1986, págs. 246/258).

CICLOS DO CONSTITUCIONALISMO

CONSTITUCIONALISMO 1° ciclo: CONSTITUIÇÕES REVOLUCIONÁRIAS DO SÉC. XVIII;


CLÁSSICO (1787 - 1918) - Constituição Americana de 1787;
- Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão francês de 1789 e
Constituição Francesa de 1791;
2° ciclo: CONSTITUIÇÕES NAPOLEÔNICAS autoritárias do início do século XIX.

3° ciclo: CONSTITUIÇÕES DA RESTAURAÇÃO:


- Constituição dos Bourbons, de 1814;
- Estende-se até 1830; consagra as MONARQUIAS LIMITADAS, mas também
se caracteriza por conter Constituições outorgadas, feitas sob um processo
autoritário de elaboração (como a do Império do Brasil de 1824).
4° ciclo: CONSTITUIÇÕES LIBERAIS:
- Constituição Francesa de 1830;
- Constituição Belga de 1831 (incorpora a declaração dos direitos do homem à
Constituição).
5° ciclo: CONSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS:
- Iniciado em 1848;
- As 3 leis constitucionais francesas de 1875.

CONSTITUCIONALISMO 1° ciclo: DEMOCRÁTICO-RACIONALIZADO


MODERNO (1918 - ...) - Constituição de Weimar de 1919 (incorporação dos direitos sociais);
- Constituição Austríaca de 1920;

2° ciclo: SOCIAL-DEMOCRÁTICO
- Constituição Francesa de 1946;
- Constituição Italiana de 1947;
- Constituição Alemã de 1949;
- Constituição Portuguesa de 1976;
- Constituição Espanhola de 1978;
- Constituição Brasileira de 1988.
- Ênfase nos direitos sociais e econômicos;
- Estende-se até os nossos dias de hoje;
- O "estado social" é elevado na sua máxima expressão.
3° ciclo: EXPERIÊNCIA NAZI-FACISTA:
- Marcado por reformas às Constituições que modificaram seu núcleo em sua
essência.
4° ciclo: CONSTITUIÇÕES SOCIALISTAS:
- Surgidas em 1917 com a Declaração dos Direitos dos Povos da Rússia;
- Constituições de 1924 e de 1936.
5° ciclo: CONSTITUIÇÕES DO TERCEIRO MUNDO que se caracterizam por uma
tentativa de copiar as construções estrangeiras e que tombaram por terra
diante de uma realidade que não condizia com as instituições copiadas

O Constitucionalismo moderno pressupõe:

a) uma Constituição normalmente escrita, de forma a ser certa, definitiva e acessível, de modo que todos
possam exercer seus direitos e sua dignidade humana;
b) uma Constituição rígida, protegida contra as arbitrariedades do poder, ou seja, cujos procedimentos de
reforma sejam especiais e dificultados;
c) uma parte da Constituição dedicada a transcrição de direitos fundamentais básicos de qualquer
cidadão contra o arbítrio do Estado;

2
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

d) uma parte da Constituição destinada à organização racional do poder, tendo como princípio
fundamental a divisão de poderes ou de funções, de modo a limitar a atuação do poder do Estado.

Unidade 2 – Constituições
Conceito - Lei Fundamental e Suprema de um Estado;
- Contém - Estruturação do Estado;
Normas - Formação dos poderes públicos;
de - Forma de Governo;
- Aquisição do poder de governar;
- Distribuição de competências;
- Direitos, garantias e deveres dos cidadãos;
- Órgãos competentes para a edição de normas jurídicas.

Constituição ≠ Carta Constitucional


- lei fundamental; - ato arbitrário e ilegítimo;
- democrática - debatida - resulta da vontade
- votada pessoal do governante.
- promulgada
- Assembléia Nac. Constituinte

Sentidos ou Jurídico- - É o conjunto de normas fundamentais que exterioriza os


Concepções material elementos essenciais de um Estado;
Kelsen - Sentido Lógico- - o fundamento lógico
Jurídico antecede a própria
formalização da
Constituição;
- norma fundamental
hipotética;

- Sentido Jurídico- - a norma positiva suprema;


Positivo - estabelece diretrizes para a
elaboração das demais
regras do ordenamento
jurídico.
- Constituição material: conjunto de normas segundo a sua
natureza;
- Constituição formal: designa todas normas constantes de uma
Constituição, independente de sua natureza; Ex.: CF/88.

Político Carl - É uma decisão política fundamental;


Schmitt - conteúdo: - participação do povo no governo;
- estrutura e organização do Estado;
- organização dos Poderes;
- direitos e garantias individuais.

Sociológico Ferdinand - É o somatório dos fatores reais de poder que


Lassalle vigoram em um país;
- reflexo das forças sociais.
3
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

Karl - Constituição normativa: é respeitada e


Loewenstein cumprida, é legítima;
- Constituição nominal: não possui regras que
expressam a dinâmica do processo político;
- Constituição semântica: beneficia os
detentores do poder, instrumentalizando sua
dominação sobre a sociedade.

Objeto - “... a estrutura do Estado, a organização de seus órgãos, o modo de aquisição do poder e
e a forma de seu exercício, limites de sua atuação, assegurar os direitos e garantias dos
Conteúdo indivíduos, fixar o regime político e disciplinar os fins sócio-econômicos do Estado,
bem como os fundamentos dos direitos econômicos, sociais e culturais”. José Afonso da
Silva.
- à medida que se ampliam as funções estatais, torna-se irrelevante diferençar
constituição material e constituição formal, porquanto tanto o seu objeto quanto o seu
conteúdo vão se ampliando.

Elementos 1 – elementos orgânicos: contêm normas que regulam a estrutura dos Estado e do
poder: CF/88 = Títulos III, IV, Capítulos I e II do Título V e VI;
2 – elementos limitativos: as normas que consubstanciam o elenco dos direitos e
garantias fundamentais, limitando a ação do Estado e refletindo o Estado de Direito:
CF/88 = Título II, exceto o Capítulo II;
3 – elementos sócio-ideológicos: são as normas sócio-ideológicas, revelando o
compromisso do Estado Social, intervencionista: CF/88 = Título II, Capítulo II e
Títulos VII e VIII;
4 – elementos de estabilização constitucional: são as normas que estabelecem regras
de solução de conflitos constitucionais, de defesa da própria Constituição, do Estado
e das instituições democráticas, definindo os meios e técnicas de defendê-los: CF/88
= art. 102, I, arts. 34 a 36, 59, I e 60, 102 e 103 e Título V, Capítulo I;
5 – elementos formais de aplicabilidade: estabelecem as regras de aplicação das
constituições, como o preâmbulo, as cláusulas de promulgação, as disposições
constitucionais transitórias: CF/88 = também o § 1º do art. 5º.

1. Quanto ao - Material - conjunto de regras materialmente constitucionais,


conteúdo codificadas em um mesmo documento ou não.
Classificação
das
Constituições - Formal - escrita por meio de um documento solene
estabelecido pelo poder constituinte

2. Quanto à - Escritas - é o conjunto de regras codificado e sistematizado em um


forma único documento, sendo o mais alto estatuto jurídico de
determinada comunidade, correspondendo ao conceito de
constituição legal.

- Não - é o conjunto de regras presentes em leis esparsas,


escrita costumes, jurisprudência e convenções. Ex.: Inglaterra.

4
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

3. Quanto ao - Dogmática - é produto escrito e sistematizado por um órgão


modo de constituinte, a partir de princípios e idéias
elaboração fundamentais da teoria política e do direito dominante.

- Histótica - é fruto da lenta e contínua síntese da história e


tradições de um determinado povo. Ex.: Inglesa.

4. Quanto à - Promulgada - democráticas ou populares, derivam do trabalho de


origem uma Assembléia Nacional Constituinte, composta de
representantes do povo, eleitos com a finalidade de
sua elaboração. Ex.: Constituições brasileiras de 1891,
1934, 1946 e 1988.

- Outorgada - são elaboradas e estabelecidas sem a participação


popular, através de imposição do poder da época. Ex.
Constituições brasileiras de 1824, 1937, 1967 e EC nº
01/1969.

- Secaristas - não obstante outorgadas por um ditador, este a


submete à ratificação popular por meio de referendo.

5. Quanto à - Imutáveis - são aquelas em que se veda qualquer alteração


estabilidade

- Rígidas - são aquelas escritas que poderão ser alteradas por um


processo legislativo mais solene e dificultoso do que o
existente para a edição das demais espécies
normativas (art. 60, CF/88)

- Flexíveis - em regra não escritas, excepcionalmente escritas,


poderão ser alteradas pelo processo legislativo
ordinário.

- Semi- - algumas regras poderão ser alteradas pelo processo


Flexível ou legislativo ordinário, enquanto outras somente por um
Semi-rígida processo legislativo especial e mais dificultoso.

6. Quanto à - Sintéticas
extensão e - Analíticas
finalidade

2.1 – Histórico das Constituições Brasileiras


Constituição de 1824

- Foi outorgada por D. Pedro I em 25/03/1824;


- Fatos políticos e sociais que a antecederam:
- Revolução Pernambucana de 1817;
- Revolução do Porto em Portugal, 1820;
- Independência em 07/09/1822.
5
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

Constituição de 1891

- Promulgada pela Assembléia Constituinte em 24/02/1891;


- O Decreto nº1 editado por Rui Barbosa serviu de regra de transição entre o Império e a República;
- O Município Neutro passa a denominar-se Distrito Federal;
- Copiou o modelo norte-americano, com adaptações trazidas das constituições suiça e argentina:
- Presidencialismo;
- Divisão de poderes tripartita;
- Autonomia dos Estados e Municípios.
- Não retratava a realidade do país, por isso não teve eficácia social;
- Deodoro da Fonseca renuncia em 23/11/1891;
- Assume Floriano Peixoto, que derruba os governadores dos Estados;
- 1894/1898 – governo de Prudente de Moraes, que devolve o poder à oligarquia dominadora dos
Estados;
- Campos Sales constrói a “política dos Governadores”, que se sustenta no coronelismo.

Constituição de 1934

- A Revolução de 1930:
- O desenvolvimento econômico dava condições de destituição do coronelismo;
- Getúlio Vargas assume a Presidência da República, representando os ideais do povo;
- Getúlio cria o Ministério do Trabalho;
- Dá impulso à educação e à cultura;
- Intervém nos Estados;
-Afasta a influência dos coronéis, desarmando-os;
- Institui o Código Eleitoral e a Justiça Eleitoral;
- Por decreto de 03/05/1932 marca eleições à Assembléia Constituinte para 03/05/1933;
- Em julho de 1932 estoura em São Paulo a Revolução Constitucionalista, contida por
Getúlio;
- Promulgação em 16/03/1934:
- Menos estruturada que a anterior;
- Manteve a República, a Federação, a divisão de poderes, o presidencialismo, o regime
representativo;
- Ampliou os poderes da União e do Executivo;
- Discriminou melhor as rendas tributárias;
- Criou o Ministério Público e o Tribunal de Contas e a Justiça Eleitoral;
- Reduziu os poderes do Senado, transformando-o em órgão colaborador da Câmara dos
Deputados.

Constituição de 1937
- Implantação do Estado Novo como defesa às influências nazi-fascistas;
- Getúlio Vargas dissolve a Câmara e o Senado e revoga a Constituição de 1934;
- Promulga a Carta Constitucional de 10/11/1937, que preocupou-se em:
- fortalecer o Poder Executivo;
- mais poder ao Chefe do Executivo na elaboração das leis, por meio dos decretos-leis;
- reduzir o papel do parlamento nacional;
6
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

- conferir ao Estado a função de orientador e coordenador da economia.


- A Carta não teve aplicação regular, pois prevaleceu a ditadura pura e simples;
- Sofreu vinte e uma emendas por meio de leis constitucionais.

Constituição de 1946
- Redemocratização do País:
- Após a 2ª Guerra Mundial começaram os movimentos de redemocratização pelo mundo
afora, provocando reformulação das constituições (Itália, França, Alemanha, Iugoslávia, Polônia,
etc.);
- A Lei Constitucional nº 09, de 28/02/1945, modifica a Carta Constitucional de 1937,
buscando a recomposição do quadro constitucional brasileiro, instituindo a eleição direta do
Presidente e do Parlamento;
- 29/10/1945, Getúlio foi deposto pelos militares para garantir o processo eleitoral;
- convocaram-se para 02/12/1945 eleições para Presidente, Governadores, Congresso
Nacional e Assembléias Legislativas nos Estados;
- Foi eleito Presidente o General Eurico Gaspar Dutra;
- Instalou-se a Assembléia Constituinte em 02/02/1946;

- Promulgação em 18/09/1946:
- Texto baseado nas Constituições de 1891 e 1934;
- Não vislumbrou o futuro;

Consitituição de 1967
- Em 01/04/01/964 ocorre o golpe militar, depondo Jango;
- Vários Atos Institucionais foram editados para regerem a ordem no país, mas cassando mandatos e
suspendendo direitos políticos;
- Elege-se o Marechal Humberto de Alencar Castello Branco;
- Assume a Presidência o Marechal Arthur da Costa e Silva;
- a Promulgação ocorreu em 24/01/1967, entrando em vigor em 15/03/1967;
- Ampliou a segurança nacional;
- Reformulou o Sistema Tributário Nacional;
- Atualizou o Sistema Orçamentário: orçamento-progama;
- Instituiu normas de política fiscal: combate à inflação;
- Reduziu a autonomia individual, permitindo suspensão dos direitos e garantias constitucionais;

Atos Institucionais:

- Crises políticas e sociais continuaram;


- O AI nº 5, de 13/12/1968 rompeu com a ordem constitucional;
- O Poder Executivo passa a ser exercido pelos Ministros da Marinha de Guerra, do Exército e da
Aeronáutica Militar, que promulgaram a E.C. nº 01/1969;

Emenda Constitucional nº 1/1969


- Promulgada em 17/10/1969 entrou em vigor em 30/10/1969;
- Tratou-se de nova Constituição, já que reformulou integralmente a de 1967;
7
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

- sofreu 25 emendas;
- a de nº 26, de 27/11/1985, convocou a Assembléia Nacional Constituinte.

Constituição de 1988
- A luta pela normalização democrática e pela conquista do Estado Democrático de Direito
começara assim que se instalou o golpe de 1964, e especialmente após o AI 5;
- Ganhou força com as eleições dos Governadores em 1982;
- Intensificou-se em 1984, com muitas manifestações sociais e políticas pela eleição direta do
Presidente da República;
- Trancredo Neves lança as bases da Nova República em sua campanha eleitoral, cujo adversário
fora Paulo Maluf;
- Trancredo elege-se, mas não vive para assumir o cargo de Presidente;
- José Sarney, Vice-Presidente, assume e dá sequência às promessas de Trancredo, mesmo sendo
representante das forças autoritárias;
- Sarney enviou ao Congresso Nacional proposta de emenda constitucional de nº 26 convocando a
Assembléia Nacional Constituinte.
- Constituição foi promulgada em 05/10/1988;
- Foi denominada por Ulisses Guimarães de “Constituição Cidadã”.

8
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

Unidade 3 – Direito Constitucional

- Natureza jurídica: Direito Público Fundamental


- Conceito: “ramo do Direito Público que expõe, interpreta e sistematiza os princípios e normas
fundamentais do Estado”. José Afonso da Silva
“... é a ciência positiva das constituições”. Pinto Ferreira

- Objeto: É o estudo sistematizado das normas fundamentais da organização do Estado.


- Estrutura do Estado;
- Forma de Governo;
- Modo de aquisição e exercício do poder;
- Estabelecimento de seus órgãos;
- Limites de sua atuação;
- Direitos Fundamentais do homem e suas garantias;
- Regras básicas da ordem econômica e social

- Conteúdo científico: (classificação de José Afonso da Silva)

Aspectos/Disciplinas
a) Direito Constitucional Positivo ou Particular

Objeto - Estudo dos princípios e normas de uma constituição concreta, de um Estado;


- Compreende a interpretação, sistematização e crítica das normas jurídico-
constitucionais desse Estado;
- Conexão com a realidade sócio-cultural existente.
- Ex.: Direito Constitucional brasileiro, francês, inglês, mexicano etc.

b) Direito Constitucional Comparado (método de trabalho)

Objeto - É o estudo teórico das normas jurídico-constitucionais positivas (vigente ou


não) de vários Estados;
- Destacando as singularidades e os contrastes entre elas.
- As evidências encontradas, por si mesmas, não são conclusões científicas, mas,
ao permitirem a formulação de leis ou relações gerais, concorrem para o
aprimoramento das outras duas disciplinas;

c) Direito Constitucional Geral (ciência)

Objeto - “Visa generalizar os princípios teóricos do D. Constitucional particular e, ao


mesmo tempo, constar pontos de contato e interdependência do Direito
Constitucional Positivo dos vários Estados que adotam formas semelhantes de
vogerno”;
- O próprio conceito da Disciplina;
- Seu objeto genérico;
- Seu conteúdo;
- Suas relações com outras disciplinas;
- Suas fontes;
- Evolução do Constitucionalismo;
- Teoria da Constituição;
9
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

- Hermenêutica, interpretação e aplicação das normas constitucionais etc.

Unidade 4 – Supremacia da Constituição

“Princípio da Supremacia da Constituição”: decorre da sua rigidez;


- A Constituição é a norma maior de um ordenamento jurídico, em que as demais normas
encontram seu fundamento;
- Supremacia material: decorre da própria natureza jurídica de suas normas;
- Supremacia formal: decorre da rigidez;
- Síncopes Constitucionais: são poderes extraconstitucionais. Ex.: Estado de Defesa e Estado de
Sítio.

Unidade 5 – Hermenêutica Constitucional

5.1 Princípio da Recepção

- Com a vigência de nova Constituição a anterior é ab-rogada;


- Admite-se que nova Constituição recepcione regras do texto anterior, mantendo sua vigência,
desde que expressamente, conforme exemplo do art. 34 do ADCT da CF/88;
- Vacatio Constitucionis é vacância entre a publicação e a vigência de novo texto constitucional.
Ex.: E.C. nº 25;
- E quanto à legislação vigente ao tempo do texto constitucional revogado? Também é ab-rogada?
- Pelo princípio da Recepção, toda a legislação infraconstitucional anterior mantém sua vigência,
desde que não seja incompatível com o novo texto constitucional (compatibilidade material),
devendo, portanto ser interpretada à luz das novas regras;
- A recepção das normas infraconstitucionais é tácita, mas poderá ser expressa, conforme consta
do § 5º do art. 34 do ADCT da CF/88;
- A natureza das normas vigentes ao tempo da Constituição anterior pode ser alterada, como, por
exemplo, um Decreto-lei passar a ter força de Lei Complementar (ex.: Decreto-lei nº 406/64),
Lei Ordinária a Lei Complementar (ex.: Lei 5.172/66 – CTN), Decreto-lei a Lei Ordinária (ex.:
Decreto-lei nº 2.848/40 – CP e Decreto-lei nº 3.689/41 – CPP);
- José Afonso da Silva ensina que o Princípio da Recepção busca preservar o Princípio da
continuidade da ordem jurídica;
- A legislação infraconstitucional anterior, que for incompatível com a nova Constituição, não se
torna inconstitucional, mas perde automaticamente sua eficácia.
- Inconstitucionalidade Superveniente: é a incompatibilidade de uma nova lei em relação à
matéria regida pela Constituição vigente ao tempo de seu nascimento. Alguns autores atribuem
esta expressão à inconstitucionalidade de uma lei em virtude de emenda à Constituição.
- Inconstitucionalidade progressiva e a lei ainda constitucional: refere-se à possibilidade de lei
anterior à Nova Constituição, e com ela incompatível, continuar em vigor, por não ter a nova
regra ainda sido regulamentada ou implementada. Ex.: arts. 127, 129, IX, e 134 da CF/88, que
atribui à Defensoria Pública a defesa judicial dos necessitados, mas como esta ainda não foi
implementada normativa e fisicamente, subsiste excepcionalmente a legitimidade do Ministério
Público para propor a ação civil ex delicito, nos termos do art. 68 do CPP.
- Desconstitucionalização: é a manutenção de regra da Constituição anterior, mas recepcionado
pela Nova Constituição, expressamente, como lei infraconstitucional, perdendo o status de
norma constitucional. A CF/88 não adotou este sistema. É equivocado, ainda, entender que se
trata de desconstitucionalização, a retirada de norma do texto constitucional por emenda
constitucional, passando ela a ser regulada por lei infraconstitucional.
10
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

5.2 Aplicabilidade das normas constitucionais

- A aplicabilidade de qualquer norma jurídica refere-se à sua capacidade de produzir efeitos, ou


seja, se ela é eficaz ou não, porque possui ou não as condições fáticas de atuar;
- Vigência refere-se à validade formal de uma norma jurídica, e a Constituição entra vigor com a
sua promulgação, salvo quando ela mesma designa outro prazo;
- Trata-se, pois, da validade material da norma jurídica, em relação à qual encontramos a eficácia
social e a eficácia jurídica;
- A eficácia social é a sua capacidade de ser aceita e cumprida pela sociedade;
- A eficácia jurídica é “a qualidade de produzir, em maior ou menor grau, efeitos jurídicos, ao
regular, desde logo, as situações, relações e comportamentos de que cogita; nesse sentido, a
eficácia diz respeito à aplicabilidade, exigibilidade ou executoriedade da norma, como
possibilidade de sua aplicação jurídica”;
- A eficácia jurídica das normas constitucionais manifestam-se sob dois aspectos: o sintático e o
semântico;
- O aspecto sintático refere-se à capacidade das normas constitucionais coordenarem e
subordinarem a si todas as outras normas;
- O aspecto semântico refere-se à capacidade da norma constitucional de gerar direito subjetivo ao
seu titular;
Classificações:

José Afonso da Normas de - Não precisam ser regulamentadas por legislação infraconstitucional, pois possuem a
Silva eficácia Plena capacidade de já produzir os seus efeitos essenciais;
- Ex.: arts. 5º, XI, 19, 20, 21, 22, 24 e 28 da CF/88;

Normas de - São aquelas que possuem capacidade de já produzir, plena e imediatamente à


eficácia promulgação da Constituição, os seus efeitos, porém sujeitas a limitações por
contida legislação infraconstitucional;
- A restrição poderá ocorrer, também, quando existir na norma constitucional
expressões vagas, do tipo “ordem pública”, “bons costumes” e outras, quando a
Administração Pública lhes conferirão conceitos restritivos, os quais poderão ser
estabelecidos pelos Tribunais, quando provocados;
- Ex.: arts. 5º, VIII, XIII, XVI, XXIV e XXV, 9º, §1º, 37, I e 15, IV, entre outros.

Normas de - São aquelas que não produzem todos os seus efeitos de imediato, necessitando, pois
eficácia de regulamentação legislativa ou da aplicação pela Administração Pública;
limitada - Reconhecida nas regras que contém expressões iguais ou semelhantes a “nos termos
da lei”, “na forma da lei”, “a lei disporá”, “a lei regulará” etc.

Normas Constitucionais - “...porquanto contêm esquemas gerais, um como que


de princípio institutivo início de estruturação de instituições, órgãos ou
entidades”.
- Ex.: arts. 18, §2º, 33, 90, § 2º, 113, 161, I e 224

Normas constitucionais - Não são de aplicação imediata, pois enunciam


de princípio comandos-valores, conferindo elasticidade ao
programático ordenamento constitucional, porquanto caberá ao
legislador determinar o momento e o conteúdo da
elaboração legislativa integradora;
- Não é autorizado ao cidadão invocá-la perante os
tribunais, porque representam mais expectativa de
direito do que direito subjetivo;
- Ex.: arts. 7º, XI, 170, 205, 211, 217, 215, 218, 226, § 2º,
11
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

227.

Efeitos - estabelecem um dever para o legislador ordinário;


- condicionam a legislação futura, com a conseqüência de serem
inconstitucionais as leis ou atos que as ferirem;
- informam a concepção do Estado e da sociedade e inspiram sua ordenação
jurídica, mediante a atribuição de fins sociais, proteção de valores da
justiça social e revelação dos componentes do bem comum;
- constituem sentido teleológico para a interpretação, integração e aplicação
das normas jurídicas;
- condicionam a atividade discricionária da Administração e do Judiciário;
- criam situações jurídicas subjetivas de vantagem ou desvantagem.

Celso Ribeiro Normas de Normas - São aquelas aptas a produzirem seus efeitos, incidindo
Bastos Aplicação irregulamentáveis diretamente sobre os fatos regulados, de cunho exclusivamente
constitucional, não permitindo, pois, serem regulamentadas
por norma infraconstitucional;
- Ex.: art. 2º e arts. referentes à distribuição de competências

Normas - São aquelas que estão aptas a produzirem seus efeitos, mas
regulamentáveis precisam ser regulamentadas pela legislação
infraconstitucional, sem qualquer restrição do conteúdo
constitucional;

Normas de - “Tem por traço distintivo a abertura de espaço entre o seu desiderato e o efetivo
Integração desencadear dos seus efeitos. No seu interior, existe uma permanente tensão entre a
predisposição para incidir e a efetiva concreção. Padecem de visceral imprecisão, ou
deficiência instrumental, e se tornam, por si mesmas, inexeqüíveis, em toda a sua
potencialidade. Daí pr que se coloca, entre elas e a sua real aplicação, outra norma
integradora de sentido, de modo a surgir uma unidade de conteúdo entre as duas
espécies normativas”.
Normas - São aquelas que exigem uma legislação integrativa para a
completáveis produção integral de seus efeitos;

Normas - São aquelas que permitem que o legislador infraconstitucional


restringíveis reduza o comando constitucional.

Maria Helena Normas supereficazes ou com - São aquelas dotadas de efeito paralisante de todas as legislações
Diniz eficácia absoluta com elas incompatíveis, constituídas pelas chamadas normas
pétreas;

Normas com eficácia plena - São aquelas que, por reunirem todos os predicados necessários à
produção imediata dos efeitos previstos, não demandam legislação
integradora para surtirem eficácia;

Normas com eficácia - Correspondem às normas de eficácia contida, na classificação


restringível proposta por José Afonso da Silva;

Normas com eficácia relativa - São aquelas cuja capacidade de produção de efeitos reclama a
complementável ou intermediação de ato infra-ordenado. Podem revestir a forma de
dependente de normas de princípio institutivo e programático
complementação legislativa

5.3 Interpretação das normas constitucionais (conteúdo extraído do livro Direito Constitucional, de
Alexandre de Moraes, ed. Atlas, 21ª ed., págs. 9 a 20)

12
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

- Toda norma jurídica deve ser interpretada, mesmo sendo ela Fundamental, pois seu texto será
compreendido em relação às características históricas, políticas, ideológicas, buscando-se o
melhor sentido para sua aplicação na realidade social.
- Princípios e regras interpretativas:
- da unidade da constituição: a interpretação constitucional deve ser realizada de maneira a
evitar contradições entre suas normas;
- do efeito integrador: na resolução dos problemas jurídico-constitucionais, deverá ser dada
maior primazia aos critérios favorecedores da integração política e social, bem como ao reforço
da unidade política;
- da máxima efetividade ou da eficiência: a uma norma constitucional deve ser atribuído o
sentido que maior eficácia lhe conceda;
- da justeza ou da conformidade funcional: os órgãos encarregados da interpretação da norma
constitucional não poderão chegar a uma posição que subverta, altere ou perturbe o esquema
organizatório-funcional constitucionalmente estabelecido pelo legislador constituinte
originário;
- da concordância prática ou da harmonização: exige-se a coordenação e combinação dos
bens jurídicos em conflito de forma a evitar o sacrifício total de uns em relação aos outros;
- da força normativa da constituição: entre as interpretações possíveis, deve ser adotada aquela
que garanta maior eficácia, aplicabilidade e permanência das normas constitucionais.

Jorge Miranda aponta regras que completam esses princípios:


- a contradição dos princípios deve ser superada, ou por meio da redução proporcional do
âmbito de alcance de cada um deles, ou, em alguns casos, mediante a preferência ou a
prioridade de certos princípios;
- deve ser fixada a premissa de que todas as normas constitucionais desempenham uma função
útil no ordenamento, sendo vedada a interpretação que lhe suprima ou diminua a finalidade;
- os preceitos constitucionais deverão ser interpretados tanto explicitamente quanto
implicitamente, a fim de colher-se seu verdadeiro significado.
“A aplicação dessas regras de interpretação deverá, em síntese, buscar a harmonia do texto
constitucional com suas finalidades precípuas, adequando-as à realidade e pleiteando a maior
aplicabilidade dos direitos, garantias e liberdades públicas”. Alexandre de Moraes

Interpretação conforme a Constituição

- “só é legítima quando existe um espaço de decisão (=espaço de interpretação) aberto a várias
propostas interpretativas, umas em conformidade com a constituição e que devem ser preferidas,
e outras em desconformidade com ela”;
- Conforme o STF, “a técnica denominada interpretação conforme ‘só é utilizável quando a norma
impugnada admite, dentre as várias interpretações possíveis, uma que a compatibilize com a Carta
Magna, e não quando o sentido da norma é unívoco’, tendo salientado o Ministro Moreira Alves
que ‘em matéria de inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo, admite-se para resguardar
dos sentidos que eles podem ter por via de interpretação, o que for constitucionalmente legítimo –
é a denominada interpretação conforme a Constituição”.
- “Para que se obtenha uma interpretação conforme a Constituição, o intérprete poderá declarar a
inconstitucionalidade parcial do texto impugnado, no que se denomina interpretação conforme
com redução do texto, ou ainda, conceder ou excluir da norma impugnada determinada
interpretação, a fim de compatibilizá-la como texto constitucional. Essa hipótese é denominada
interpretação conforme sem redução do texto. Vislumbra-se, portanto, três hipóteses”.
13
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

- Interpretação conforme com redução de texto: declara-se a inconstitucionalidade de


determinada expressão. Ex.: art. 7º, §2º da Lei 8.906/94 (ADI nº 1.127-8);

- Interpretação conforme sem redução de texto, conferindo à norma impugnada uma determinada
interpretação que lhe preserve a constitucionalidade: técnica da suspensão da eficácia parcial do
texto impugnado sem a redução de sua expressão literal;

- Interpretação conforme sem redução de texto, excluindo da norma impugnada uma


interpretação que lhe acarretaria a inconstitucionalidade.

- A declaração de inconstitucionalidade parcial sem redução de texto é instrumento decisório para


atingir-se uma interpretação conforme à Constituição;

- Preâmbulo Constitucional: não possui força normativa, refletindo apenas a posição ideológica
do constituinte, não prevalecendo sobre regra escrita no corpo da Constituição, nem pode ser
utilizado como fundamento para questionar-se a constitucionalidade de norma infraconstitucional,
mas serve de referência para a elaboração, a interpretação e a integração do ordenamento jurídico.

- Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT): contém normas de transição de um


regime jurídico anterior para o novo, estabelecido pela nova Constituição ou por Emenda a ela,
tem caráter temporário (transição), com força constitucional, trazendo regras de exceção em
relação às regras do corpo constitucional, podendo até sobrepor a elas, desde que previsto
expressamente.

14
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

Unidade 6 – Poder Constituinte


Conceito - Poder que institui poderes;
- Poder capaz de constituir os poderes do Estado.

Titularidade - O Povo

Exercício - Mandatário do povo = Poder Legislativo = Assembléia Nacional Constituinte

Espécies - Originário - Conceito - É aquele que elabora e estabelece a Constituição de um novo Estado;
(genuíno)

- Formas de - outorga: através de um movimento revolucionário, cujo líder estabelece uma


expressão Constituição, por declaração unilateral. No Brasil, tivemos as seguintes
constituições: 1824, 1937 e AI nº 1, de 09/04/1964;
- Assembléia Nacional Constituinte ou Convenção, Deliberação, Eleições:
nasce por vontade do povo, através de seus representantes, cuja convocação é
realizada pelo agente revolucionário, para estabelecer uma nova Constituição.
No Brasil tivemos as Constituições de 1891, 1934, 1946, 1967 e 1988.

- Caracterís- - Inicial: definirá a base da ordem jurídica;


ticas - Autônomo: só ao seu exercente cabe determinar quais os termos em que a
nova Constituição será estruturada;
- Ilimitado: não está sujeito direito anterior, não há limites para a definição da
nova Constituição, podendo desconsiderar, inclusive, as “Cláusulas Pétreas”
do ordenamento jurídico anterior;
- Incondicionado: não há forma prefixada para manifestar a vontade, devendo,
assim, instituir o próprio Regulamento, definindo como os trabalhos serão
realizados.
- Permanente: não desaparece com a conclusão de sua obra, a nova
Constituição, porque a qualquer tempo poderá ser exercido novamente, para o
estabelecimento de novo ordenamento jurídico.

- Limites - Transcendentes: deve observar o Direito Natural, os Direitos Fundamentais e


regras éticas da sociedade;
- Imanentes: decorrem da própria natureza do Poder Constituinte. Ex.: abolir a
soberania;
- Heterônomos: de direito interno (respeito à autonomia dos entes federados) e
de direito externo (respeito ao ordenamento jurídico de outros países).

- Derivado - Conceito - Decorre da própria Consittuição;


(instituído)

- Caracterís- - Derivado: retira sua força do Poder Constituinte originário;


ticas - Subordinado: limitado pelas normas constitucionais;
- Condicionado: o seu exercício deve seguir regras da Constituição (Emenda
Constitucional, art. 60 da CF/88).

- Espécies - Reformador - Altera o texto constitucional, na forma em que ela própria


define;
- Competência: no Brasil é do Congresso Nacional

- Decorrente - Estruturar a organização das unidades componentes do Estado


Federal;
- Constituições estaduais: art. 25 e 11 do ADCT;
- Deve respeitar as regras limitativas da CF;
- Limitações - vedatórias: art. 35 da CF;
- mandatórias: art. 37;
15
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

- princípios constitucionais sensíveis: art. 34,


VII.
- Princípio da Simetria: os textos das
constituições estaduais devem reproduzir
tanto quanto possível o texto da
Constituição Federal.

- Limitações - Material - “Cláusulas Pétreas”, art. 60, §4º;

- Circunstancial - circunstâncias em que não poderá haver trâmite de emenda


constitucional: art. 60, §1º;

- Procedimental - reapresentação em sessão legislativa seguinte, quando


ou temporal proposta de emenda rejeitada ou havida pro prejudicada: art.
60, §5º.

- Formal - votação em dois turnos em cada Casa do Congresso


Nacional e quorum de aprovação de 3/5 dos votos dos
respectivos membros: art. 60, §2º.

Unidade 7 – Controle de Constitucionalidade

Conceito - Verificar a adequação (compatibilidade) de uma lei ou ato normativo com a Constituição, verificando seus
requisitos formais e materiais.

Pressupostos ou - Requisitos formais - Subjetivos - Iniciativa: ex.: privativa do Presidente (art. 61, §1º)
requisitos de (arts. 59 a 69)
constitucionalidade
das espécies - Objetivos - Fases do processo legislativo (arts. 60 a 69): ex.:
normativas quorum;

- Requisitos substanciais ou materiais - Matéria da lei ou ato normativo em relação à CF;

Descumprimento da lei ou ato - cabível somente para o Chefe do P. Executivo;


normativo inconstitucional pelo Poder - negado a qualquer funcionário público;
Executivo - Chefe do Executivo pode determinar aos subordinados, desde que por ato
administrativo formal e expresso, apontando a inconstitucionalidade;

Espécies - Em relação ao - controle preventivo - pelo Legislativo


momento de realização - pelo Executivo

- controle repressivo - espécies - Político: país onde o órgão de controle é


diferente dos demais Poderes do Estado;
- Judiciário: órgãos integrantes do Poder
Judiciário (modelo utilizado no Brasil);
- Misto: ora um, ora outro

- Modelos Clássicos - Norte- - 1803, julgamento do caso Marbury v. Madison, Juiz John Marshall,
Americano utilizou da interpretação da Constituição pelo Poder Judiciário;

- Austríaco - Tribunal Constitucional (1920) – inédito;

- Francês - Controle preventivo pelo Conselho Constitucional no transcurso


do processo legislativo;

16
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

Controle - Realizado pelas Comissões de Constituição e - Art. 58, CF;


Preventivo Justiça - Regimento Interno do Poder Legislativo

- Veto jurídico - veto do Presidente (art. 66, § 1º);

Controle - Poder - Concentrado (via de ação) – art. 102, I, “a”, CF;


Repressivo Judiciário - Difuso: (via de exceção ou defesa) – art. 97, CF;

- Poder - art. 49, V, CF (atos normativos do P. Executivo que exorbitem do poder regulamentar;
Legislativo - art. 62, CF: rejeição de Medida Provisória, que é ato normativo perfeito e acabado;

Controle - ou por via de exceção ou defesa;


Difuso ou - no caso concreto: análise da compatibilidade do ordenamento jurídico com a Constituição;
Aberto - não há manifestação sobre o objeto principal da lide, mas sobre questão prévia;
- efeitos somente para as partes, não sobre terceiros;
- declaração: pelo voto da maioria absoluta da totalidade dos membros do Tribunal (art. 97).

- Cláusula de - exige maioria absoluta da totalidade dos membros do Tribunal;


Reserva de - aplica-se a todos os tribunais;
Plenário - não veda a possibilidade de o juiz monocrático declarar a inconstitucionalidade de lei
(art. 97) ou ato normativo do Poder Público

- Senado - art. 52, X, CF (por Resolução);


Federal - cumpre examinar o aspecto formal da decisão declaratória de inconstitucionalidade;
- suspensão da execução de lei declarada inconstitucional pelo STF;
- ato discricionário: cumpre indagar da conveniência da suspensão;
- leis federais, estaduais ou municipais;

- Efeitos da declaração - Entre as partes: “ex tunc”;


de - Para os demais: “ex nunc” (a partir da vigência da Resolução do Senado);
inconstitucionalidade - Ação Civil Pública: não há efeito “erga omnes”;

- Durante o Processo - Mandado de Segurança impetrado por parlamentar;


Legislativo

Controle - Ação Direta de - art. 102, I, “a”;


concentrado Inconstitucionalidade - alcança ato federal ou estadual;
genérica - objeto: declaração de inconstitucionalidade;
- leis e atos normativos;
- não alcança as normas constitucionais originárias;
- atos normativos estaduais ou municipais contra a Constituição Estadual:
competência do Tribunal de Justiça (art. 125, §2º, CF);
- ato municipal: não existe controle concentrado;
- Tratados Internacionais;
- Decretos autônomos;
- Legitimidade: art. 103, CF;
- não é suscetível de desistência;
- Objetivo: retirar do ordenamento jurídico lei ou ato normativo
inconstitucional;
- Pedido - comprovação de perigo e lesão irreparável;
cautelar - Liminar: efeito “ex nunc”;
- ouvir o A.G.U. e o P.G.R.;
- reiteração possível

- Prazo decadencial - não há

- A.G.U. - atua em defesa da norma legal ou ato normativo;


- curador especial;
17
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

- Procedimento - Lei 9.868/99;

- Efeitos - “ex tunc” – retroativo;


- “erga omnes” – para todos;
- não há aplicação do art. 52, X;
- acarreta repristinação;

- Ação Direta de - art. 34, VII;


Inconstitucionalidade - legitimidade: art. 36, III;
Interventiva

- Ação Direta de - Finalidade - conceder plena eficácia às normas constitucionais, que


Inconstitucionalidade dependessem de complementação infraconstitucional;
por Omissão

- Objeto - omissão em relação às normas de eficácia limitada de


princípio institutivo e de caráter impositivo (ex.: art.
128, §5º), bem como as normas programáticas
vinculadas ao princípio da legalidade (ex.:art. 7º, XI);

- Cabimento - incompatibilidade entre a conduta positiva exigida pela


Constituição e a conduta negativa do Poder Público
omisso;
- Omissão absoluta (total);
- Omissão relativa (parcial);

- Legitimidade e - idem a ADI;


procedimento

- Decisão do STF - O STF deverá dar ciência ao Poder ou órgão


competente;
- Órgão Administrativo: adoção de providências
necessárias em 30 dias. Não cumprindo, será
responsabilizado o Poder Público;
- Poder Legislativo: ciência para adoção das
providências necessárias, sem prazo estabelecido. Não
poderá ser responsabilizado se não cumprir, mas gerará
direito a perdas e danos a quem sofrer prejuízo pela
omissão.

- Ação Declaratória de - introduzida pela EC nº 3/93 e alterada pela EC nº 45/03;


Constitucionalidade - art. 102, I, “a”;
- órgão competente para processar e julga: STF;

- Finalidade - “transformar a presunção relativa de constitucionalidade em


presunção absoluta, em virtude de seus efeitos vinculantes”;
- “transferir ao STF a decisão sobre a constitucionalidade de um
dispositivo legal que esteja sendo duramente atacado pelos
juízes e tribunais inferiores, afastando-se o controle difuso de
constitucionalidade”.

- Legitimidade - os mesmos co-legitimados à propositura da ADI (art. 103);

- Objeto - lei ou ato normativo federal;


- pressuposto para ajuizamento: demonstração de comprovada
controvérsia judicial, relacionando as diversas ações em
andamento em juízos ou tribunais, que coloque em risco a
presunção de constitucionalidade do ato normativo sob exame;
18
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

- Procedimento - Lei 9.868, de 10/11/1999;


- petição inicial em duas vias, acompanhada de cópias do ato
normativo questionado e dos documentos que comprovam
a controvérsia nos órgãos do Poder Judiciário, e a indicação
da lei ou ato normativo questionado;
- não se admite desistência;
- desnecessidade da oitiva do A.G.U.;
- oitiva do P.G.R., na qualidade de custos legis, no prazo de
15 dias;
- aplicação do quorum relativo à ADI;
- possibilidade de liminar com efeitos erga omnes, ex nunc e
vinculantes, havendo comunicações a todos os Tribunais
Superiores, Tribunais Regionais Federais e Tribunais
Estaduais;
- deferida a liminar, os órgãos do P. Executivo e Judiciário
não podem mais deixar de aplicar a lei ou ato normativo,
alegando a sua inconstitucionalidade

- Efeitos da - erga omnes;


decisão do - vinculante a todos os órgãos do P. Judiciário e Executivo;
STF - retroativa (ex tunc);
- declarada a constitucionalidade de uma lei ou ato normativo
federal em ADC, não há a possibilidade de nova análise
contestatória da matéria

- Argüição de - órgão competente para processamento e julgamento: STF;


Descumprimento de - legitimados ativos: art. 103, I a IX;
Preceito Fundamental - Hipóteses - evitar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder
– ADPF Público;
- reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder
Público;
- quando for relevante o fundamento da controvérsia
constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou
municipal;

- Caráter - A ADPF só é cabível quando não houver outro meio eficaz de


Subsidiário sanar as lesividade;
- converte-se em ADI, quando não puder ser conhecida;

- Procedimento - Lei 9.882, de 03/12/1999;

- Concessão de medida liminar - pela maioria absoluta dos membros;

- Participação do Ministério - obrigatória: vista por 5 dias após


Público informações

- Quorum para instalação da - Sessão: presentes 2/3;


sessão e decisão - Decisão: maioria absoluta;

- Efeitos da decisão - “erga omnes”;


- vinculante para o Poder Judiciário;
- podem ser restringidos, se decidido por maioria de
2/3;

- Comunicação às autoridades ou órgãos responsáveis pela prática dos atos


questionados;

19
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

- A decisão é irrecorrível;
- Espécies - Preventiva: para evitar lesões a princípios, direitos e garantias
fundamentais;
- Repressiva: para reparar conduta comissiva ou omissiva;

Unidade 08 – Direitos e Garantias Fundamentais

Direitos Conceito - direitos inerentes à pessoa humana;


Humanos - visam resguardar a integridade física e psicológica;
- limita os poderes das autoridades;
- garante o bem-estar social através da igualdade, fraternidade e da
proibição da discriminação;

Histórico - Código de Hamurabi, 1.700 a. C. (muitas vezes indicado como o


primeiro exemplo do conceito legal de que algumas leis são tão básicas
que mesmo um rei não pode modificá-las), marca a passagem da justiça
privada (Lei de Talião) para a justiça pública;
- Imperador do Egito Amenófis IV, Séc. XIV a. C.;
- Platão, Grécia, Séc. IV a. C.;
- Direito Romano e várias outras civilizações e culturas ancestrais;
- primeiros marcos: limitações dos poderes do Estado (ex.:
- Liga das Nações e OIT (Organização Internacional do Trabalho)
promoveram a internacionalização dos direitos humanos;
- 1945 – Carta das Nações Unidas;
- 1948 – Declaração Universal dos Direito Humanos;

Finalidade - Direitos fundamentais como direitos de defesa;


- normas de competência negativa: proibições ao Estado;
- Liberdade positiva: refere-se ao exercício dos direitos fundamentais;
- Liberdade negativa: refere-se ao direito de exigir omissões dos poderes públicos;

Classificação - Primeira Geração: direitos civis e políticos (ex.: direito à vida e à intimidade) –
liberdade;
- Segunda Geração: direitos econômicos, sociais e culturais – igualdade;
- Terceira Geração: meio ambiente equilibrado, saudável qualidade de vida,
progresso, paz, autodeterminação dos povos, defesa do consumidor, à infância e
juventude e comunicação – fraternidade ou solidariedade;
- Quarta Geração: direito à democracia, à informação e ao pluralismo.

Natureza - Constitucional, pois são regras essencialmente constitucionais;


Jurídica - Em regra, de eficácia e aplicabilidade imediata;
- não podem ser alegados como proteção pela prática de atos ilícitos;
- não são ilimitados, mas relativos uns aos outros, art. XXIX da D.U.D.H.;
- conflito de interesses: aplica-se o princípio da concordância prática ou da
harmonização, para prevalecer um direito sobre outro, mas não para eliminar algum
deles.

20
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

Expressão da atividade intelectual, - proibida censura prévia de natureza política, ideológica


artística, científica e de comunicação (art. e artística;
5º, IX) - liberdade não absoluta;
- responsabilização civil e penal do autor;

Inviabilidade à - abrange pessoas físicas e jurídicas;


intimidade, vida - direito a própria imagem;
privada, honra e - intimidade (relações subjetivas, de trato íntimo da pessoa e familiares e de
imagem (art. 5º, X) amizade)
- vida privada - demais relacionamentos humanos;
- relações objetivas - trabalho;
- estudo;
- comércio.

- atividade política e - interpretação restrita do direito;


artistas - maior tolerância à invasão desse direito;

Inviolabilidade - Conceito - todo local, delimitado e separado, que alguém ocupa com
domiciliar (art. 5º, exclusividade, a qualquer título, inclusive
XI) profissionalmente;

- Abrange - residência, habitação, local onde se exerce a profissão ou


atividade, desde que seja um ambiente fechado e de acesso
restrito ao público;

- Exceções à - Dia: - flagrante delito;


inviolabilidade - desastre;
- socorro;
-determinação judicial.

- Noite: - flagrante delito;


- desastre;
- socorro

- Definição de Dia e - Critérios - físio-astronômico


Noite: (aurora e crespúsculo);
- 06:00 às 18:00 = dia
- 18:01 às 5:59 = noite

- Cláusula de reserva - só o Poder Judiciário pode determinar a violação


jurisdicional desse direito, durante o dia;

Sigilo de Corres- - Não é - não pode constituir instrumento de salvaguarda de práticas


pondência e de absoluto; ilícitas;
comunicação
(art. 5º, XII)
- Interceptação - é a captação e gravação de conversa telefônica, no mesmo
telefônica momento em que se realiza, por terceira pessoa sem o
conhecimento de qualquer dos interlocutores.
21
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

- Requisitos - ordem judicial;


- investigação criminal ou instrução
processual penal;
- hipóteses da lei

- Lei 9.296/96 - aplica-se à interceptação de fluxo de


comunicações em sistemas de informática e
telemática;
- infração penal punida com reclusão;
- aplica-se, também, a crimes punidos com
detenção, desde que conexos com aqueles;
- só se admite a interceptação entre acusado e
defensor (advogado) se este estiver
envolvido na atividade criminosa.

- Garavação - conceito: é aquela realizada sem o conhecimento da pessoa


clandestina cuja imagem ou voz está sendo gravada;
- excepcionalmente admitida, mediante autorização judicial;

Inviolabilidade de - inovação da CF/88;


dados: sigilos - é complemento do direito à intimidade e vida privada (art. 5º, X);
bancário e fiscal - os sigilos bancário e fiscal somente poderão ser devassados em caráter
excepcional e nos estritos limites legais, mediante autorização judicial;
- Caracte- - indispensabilidade dos dados constantes em determinada
rísticas instituição financeira;
- individualização do investigado e do objeto da investigação;
- obrigatoriedade de manutenção do sigilo em relação às pessoas
estranhas ao procedimento investigatório;
- utilização dos dados obtidos de maneira restrita, somente para a
investigação que lhe deu causa;
- os sigilos bancário e fiscal são relativos e apresentam limites,
podendo ser devassados pela Justiça Penal ou Civil, pelas
Comissões Parlamentares de Inquérito e pelo Ministério Público
uma vez que a proteção constitucional do sigilo não deve servir
para detentores de negócios não transparentes ou de devedores
que tiram proveito dele para não honrar seus compromissos;
- o mandado de segurança, e, segundo novo entendimento do STF,
o habeas corpus, quando houver “a possibilidade destes (quebra
de sigilos bancário e fiscal) resultarem em constrangimento à
liberdade do investigado”, são as ações constitucionais
adequadas para resguardar direito líquido e certo, portanto
idôneo para o Judiciário reconhecer o direito de não quebrar os
sigilos bancário e fiscal, salvo em hipóteses excepcionais;
- impossibilidade de quebra do sigilo bancário por requisição
fiscal de informações bancárias, havendo necessidade de
intervenção judicial;
- a quebra do sigilo bancário, desde que presentes os requisitos já
estudados, não afronta o art. 5º incisos X e XII, da CF/88;
- o princípio do contraditório não prevalece na fase inquisitorial,
22
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

permitindo-se a quebra do sigilo sem oitiva do investigado;


- o próprio Código Tributário Nacional, ao estabelecer o sigilo,
não o faz de forma absoluta. Dessa forma, não há qualquer
ofensa à CF/88, nem ao art. 229 do atual Código Civil, na quebra
desta inviolabilidade por decisões judiciais;
- a Justiça competente para a decretação da quebra do sigilo
bancário será estabelecida pelas regras normais previstas tanto
pela CF/88, quanto pelas leis infraconstitucionais;

Quebra do Sigilo - o STF entende que o M.P. pode requisitar informações às


pelo Ministério instituições financeiras, quando se tratar de envolvimento
Público de dinheiro ou verbas públicas (art. 8º, §2º da L.C. 75/93)

- sigilo bancário, pelo STF, é cláusula pétrea;

- CPI - art. 58, §3º, CF/88

Direito de - elementos - Pluralidade de participantes;


Reunião - tempo: duração limitada
- finalidade: propósito determinado, finalidade lícita, pacífica e sem
armas;
- lugar: local determinado, em área certa. Ex.: passeatas, comícios e
desfiles;

- desnecessidade de autorização da autoridade pública e interferência da polícia;


- poderá haver restrições a esse direito no caso de Estado de Defesa (art. 136, §1º, I, “a”
e de Estado de Sítio (art. 139, IV);

Direito de - art. 5º XVII, XVIII, XX e XXI;


Associação - finalidade lícita;
- Caráter paramilitar - com ou sem armas;
- treinamento com finalidades bélicas;
- existência de organização hierárquica;
- princípio da obediência;
- vedação de - se ocorrer interferência - crime de abuso de autoridade;
interferência estatal - crime de responsabilidade;
- indenização por danos materiais e
morais;

- Dissolução ou suspensão - só por decisão judicial, quando a finalidade for ilícita;


das atividades das - não por ato normativo do P. Executivo ou P.
associações Legislativo;

- Representação dos - as associações têm legitimidade para representar seus filiados


associados judicial e extrajudicialmente;
- art. 5º, XXI;
- desnecessária a expressa e específica autorização de cada um de
seus interessados.

23
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

Apreciação de lesão - indeclinabilidade da prestação judicial é princípio básico que rege a


ou ameaça de jurisdição;
direito pelo Poder - inexistência da jurisdição condicionada ou instância administrativa de curso
Judiciário (art. , forçado, saldo no caso da Justiça Desportiva (art. 217, §§ 1º e 2º)
XXXV) - inexistência da obrigatoriedade de duplo grau de jurisdição: “o duplo grau de
jurisdição, no âmbito da recorribilidade ordinária, não consubstancia garantia
constitucional” STF

Direito adquirido, - Direito adquirido: seu conceito ajusta-se à concepção que lhe dá o próprio
ato jurídico perfeito legislador ordinário;
e coisa julgada (art. - ato jurídico perfeito: “é aquele que se aperfeiçoou, que reuniu todos os
5º, XXXVI) elementos necessários a sua formação, debaixo da lei velha”;
- coisa julgada: “é a decisão judicial transitada em julgado” (LICC, art. 6º, §3º)

Princípio do Juiz Art. 5º, XXXVII e LIII


Natural
- Garantia - da imparcialidade do Judiciário;
- segurança do povo contra o arbítrio estatal;

- Conceito - só são órgãos jurisdicionais os instituídos pela


Constituição;
- ninguém pode ser julgado por órgão constituído após a
ocorrência do fato;
- entre os juízes constituídos vigora uma ordem taxativa
de competências, inalterável a arbítrio de quem quer
que seja;
- as justiças especializadas (trabalhista, eleitoral, militar) não caracterizam
tribunal de exceção, mas divisão da atividade jurisdicional do Estado.

Tribunal do Júri Art. 5º, XXXVIII


- é uma prerrogativa democrática do cidadão, que deverá ser julgado por seus
semelhantes;
- garantia da plenitude de defesa;
- sigilo de votação: liberdade de convicção e opinião dos jurados;
- Composição: um juiz de direito (Presidente) e 21 jurados, dos quais serão
escolhidos 7 para comporem o Conselho de Sentença;
- soberania dos vereditos, não é afetada com a possibilidade de apelação, visto
que nova decisão também será dada pelo Tribunal de Júri, em novo
julgamento;
- tem competência constitucional;

Exceções - STF - infrações penais comuns (art. 102, I, “b” e “c”)

- STJ - crimes comuns (art. 105, I, “a”)

- TJ - crimes dolosos contra a vida praticados por Prefeito


(art. 29, X);
- juízes estaduais e dos DF (art. 96, III);
- membros do Ministério Público (art. 96, III)
24
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

- TRF - crimes comuns e de responsabilidade: juízes federais


e membros do M. P. Federal (art. 108, I, “a”).

Extradição - art. 5º, LI e LII


- Conceito: “é o ato pelo qual um Estado entrega um indivíduo, acusado de um delito ou
já condenado como criminoso, à justiça do outro, que o reclama, e que é competente
para julgá-lo e puni-lo”. (Hildebrando Accioly)
- Espécies: ativa: é requerida pelo Brasil a outros Estados soberanos; passiva: é a que se
requer ao Brasil, por parte dos Estados soberanos.
- Hipóteses - o brasileiro nato nunca será extraditado;
constitucionais - o brasileiro naturalizado somente será extraditado em dois casos:
- por crime comum, praticado antes da naturalização;
- quando da participação comprovada em tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei, indepentemente do
momento do fato, ou seja, não importa se foi antes ou depois da
naturalização;
- o português equiparado, nos termos do §1º do art. 12 da CF,
tem todos os direitos do brasileiro naturalizado; assim, poderá ser
extraditado, nas hipóteses do brasileiro naturalizado, mas somente
para Portugal, por força de Tratado assinado entre o Brasil e
Portugal;
- o estrangeiro poderá, em regra, ser extraditado, havendo vedação
apenas nos crimes políticos ou de opinião, sendo que o crime
político, na definição do STF, é aquele que atenta efetiva ou
potencialmente contra a soberania nacional e a estrutura política.

- O pedido de extradição deverá ser feito pelo governo do Estado estrangeiro soberano
por via diplomática e endereçado do Presidente da República, que o encaminhará ao
STF (art. 102, I, “g”), que somente dará prosseguimento ao pedido se o extraditando
estiver preso e à disposição do Tribunal.
- Se a decisão do STF for contrária à extradição, vinculará o Presidente da República,
ficando vedada a extradição;
- Se a decisão do STF for favorável à extradição, o Presidente determinará ou não a
extradição, uma vez que o deferimento ou recusa do pedido é direito inerente à
soberania;
- Súmula 421: não impede a extradição a circunstância de ser o extraditando casado
com brasileira ou ter filho brasileiro;
- Prisão - reveste-se de eficácia temporal limitada, não podendo exceder ao
preventiva por prazo de noventa dias (Lei 6.815/80, art. 82, §2º), ressalvada
extradição disposição em contrário em Tratado;
- com a instauração do processo extradicional, opera-se a novação do
título jurídico legitimador da prisão do extraditando;

- Expulsão - Diferentemente de extradição, expulsão é uma medida de caráter


político-administrativo tomada pelo Estado que consiste em retirar
forçadamente de seu território um estrangeiro que nele entrou ou
permanece irregularmente ou, ainda, que praticou atentados à ordem
25
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

jurídica do país em que se encontra;


- decorre de atentado à segurança nacional, ordem pública ou social ou
nocividade aos interesses nacionais;
- O Ministério da Justiça instaurará inquérito para a expulsão do
estrangeiro, cabendo ao Presidente da República resolver sobre a
conveniência e a oportunidade da expulsão ou de sua revogação, que o
fará por decreto, e sujeito ao controle do Judiciário quanto à legalidade;
- contra o ato expulsório são possíveis recurso administrativo (pedido de
reconsideração) e apelo ao Poder Judiciário, que, neste caso, não
examina a conveniência e a oportunidade da medida, mas quanto à
constitucionalidade e legalidade;
- não se procederá a expulsão quando o estrangeiro tiver cônjuge
brasileiro, do qual não esteja divorciado ou separado, de fato ou de
direito, e desde que o casamento tenha sido celebrado há mais de cinco
anos; ou, ainda, se tiver filho brasileiro que, comprovadamente, esteja
sob sua guarda e dele dependa economicamente;

- Deportação - consiste em devolver o estrangeiro ao exterior, ou seja, é a saída


compulsória do estrangeiro, pelo fato de permanecer irregularmente no
território nacional (art. 5º, XV)

- Banimento - é pena excepcional, proibida constitucionalmente (art. 5º, XLVII, “d”),


que consiste no envio compulsório de brasileiro para o exterior;

- brasileiro não está sujeito a expulsão e deportação;

Devido Processo - art. 5º, LIV, LV e LXXVII e Lei 11.419/2006;


Legal, contraditório, - origem: Magna Charta Libertatum de 215 do direito anglo-saxão;
ampla defesa e - D.U.D.H.: art. XI, nº 1;
celeridade processual - dupla proteção ao indivíduo: material (proteção ao direito de liberdade) e
formal (assegura paridade total de condições com o Estado-persecutor e
plenitude de defesa)

- Corolários - ampla defesa: assegura ao réu condições de trazer para o


processo todos os elementos tendentes a esclarecer a
verdade ou mesmo de omitir-se ou calar-se;
- contraditório: é própria exteriorização da ampla defesa,
impondo a condução dialética do processo;
- são aplicáveis tanto no processo administrativo quanto no
judicial;
- não há contraditório nos inquéritos policiais, pois trata-se
de fase investigatória e preparatória da acusação;
- Lei 11.419/06 - busca a celeridade processual e informatização do
processo judicial, no âmbito civil, penal, trabalhista e
juizados especiais, em qualquer grau de jurisdição;

Provas - art. 5º, LVI;


ilícitas - Prova ilegal é o gênero, provas ilícitas e ilegítimas são espécies, que correspondem,

26
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

respectivamente, às provas obtidas com infringência ao direito material e às provas


obtidas com desrespeito ao direito processual.

8.1 - Tutela Constitucional das Liberdades

Habeas Conceito e - é uma garantia individual ao direito de locomoção, consubstanciada em uma ordem
Corpus finalidade dada pelo Juiz ou Tribunal ao coator, fazendo cessar a ameaça ou coação à liberdade
de locomoção em sentido amplo – o direito de indivíduo de ir, vir e ficar.

Direito de - Art. 5º XV;


Locomoção - situações: - direito de acesso e ingresso no território nacional;
- direito de saída do território nacional;
- direito de permanência no território nacional;
- direito de deslocamento dentro do território nacional.
- aplica-se aos brasileiros e estrangeiros
- norma de eficácia contida: lei ordinária pode delimitar a amplitude;

Natureza - É uma ação constitucional de caráter penal e de procedimento especial;


Jurídica - isenta de custas;
- busca evitar ou cessar violência ou ameaça na liberdade de locomoção;
- requer ato ilegal ou abuso de poder;
- não é recurso processual;

Legitimidade - Qualquer pessoa do povo, nacional ou estrangeiro, independentemente de capacidade


Ativa civil, política, profissional, de idade, sexo, profissão, estado mental;
- Em benefício próprio ou de terceiro;
- Não é exigível o patrocínio de advogado;
- Pessoa Jurídica poderá impetrá-lo em nome de terceiro pessoa física;
- Membro do Ministério Público também poderá impetrá-lo perante juízo de primeiro
grau ou tribunal;
- Juiz não pode impetrar habeas corpus, mas pode concedê-lo de ofício;
- É admissível a desistência da ação de habeas corpus;

Legitimidade - Autoridade coatora (delegado de polícia, promotor de justiça, juiz de direito,


Passiva tribunal): casos de ilegalidade e abuso de poder;
- Particular: caso de ilegalidade.

Espécies - Preventivo (salvo-conduto): quando alguém se achar ameaçado de sofrer violência


ou coação em sua liberdade de locomoção por ilegalidade ou abuso de poder;
- Liberatório ou repressivo: quando alguém estiver sofrendo violência ou coação em
sua liberdade de locomoção por ilegalidade ou abuso de poder;
- Liminar em Habeas Corpus: possibilidade nas duas espécies.

Habeas Data Conceito - Art. 5º, LXXII;


- “ direito que assiste a toas as pessoas de solicitar judicialmente a exibição dos
registros públicos ou pricados, nos quais estejam incluídos seus dados pessoais,
para que deles se tome conhecimento e, se necessário for, sejam retificados os dados
inexatos ou obsoletos ou que impliquem discriminação;

Casos - para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante,


constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de
caráter público;
- para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso,
27
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

judicial ou administrativo.

Natureza - É uma ação constitucional, de caráter civil, conteúdo e rito sumário;


Jurídica

Finalidade - Fazer com que todos tenham acesso às informações que o Poder Público ou
entidades de caráter público (SPC, SERASA, CADIN) possuam a seu respeito.

Cabimento - é necessário a prova de ter o impetrante requerido, na via administrativa, as


informações pretendidas.

Legitimidade - Entidades governamentais, da administração direta e indireta, bem como as


Ativa instituições, entidades e pessoas jurídicas privadas que prestem serviços para o
público ou de interesse público, e desde que detenham dados referentes às pessoas
fisicas ou jurídicas;

Procedimento - Lei 9.507/97;


- Os processos de habeas data terão prioridade sobre todos os atos judiciais, exceto
em relação ao habeas corpus e mandado de segurança.
- Petição inicial instruída com as seguintes provas (art. 8º):
- recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de 10 dias sem decisão;
- recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais de 15 dias sem decisão;
- recusa em fazer-se a anotação sobre a explicação ou contestação sobre determinado
dado, mesmo que não seja inexato, justificando possível pendência sobre ele, oude
curso de 15 dias em decisão

Competência - art. 102, I, “d” e “r”


- art. 105, I, “b”
- art. 121, §4º, V;
- art. 108, I, “c”;
- art. 109, VIII;
- art. 114, IV;

Mandado de Segurança (Art. 5º, LXIX)

Conceito - Introduzido no direito brasileiro na CF/1934;


- Não há instrumento similar no direito estrangeiro;
- Visa proteger direito líquido e certo não amparado por hábeas corpus ou habeas data;
- Defesa contra atos ilegais e abuso de poder;
- Cabível contra atos discricionários e atos vinculados;

Espécies - Repressivo - Contra ilegalidade já cometida;

- Preventivo - Quando há justo receio de se sofrer uma violação de direito líquido e certo;

Natureza - É uma ação constitucional, civil;


Jurídica - Objeto: proteção ao direito líquido e certo lesado ou ameaçado de lesão, por ação ou omissão de
autoridade pública;
- Sua natureza civil não impede sua utilização no âmbito penal.

Cabimento - Lei 1.533/51;


- Ato comissivo ou omissivo;
- Contra ilegalidade ou abuso de poder;
- Contra lesão ou ameaça de lesão;
- Exceções: art. 5º: a) decisão judicial com trânsito em julgado; b) lei em tese;
28
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

Direito - É aquele que pode ser provado documentalmente;


Líquido e - O direito é sempre líquido e certo;
Certo - A natureza recai sobre os fatos;

Legitimação - É o titular do direito líquido e certo;


Ativa - Pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeira, domiciliada ou não no Brasil, bem como as
universidades (espólio, massa falida) e órgãos públicos despersonalizados, mais dotados de capacidade
processual (Chefe do P. Executivo, mesa do Congresso Nacional, Senado, Câmara, Assembléias, M.P.);

Legitimação - É a autoridade coatora que pratica ou ordena concreta e especificamente a execução ou inexecução do
Passiva ato impugnado, responde pelas suas conseqüências administrativas e que detenha competência para
corrigir a ilegalidade;

Prazo - 120 dias, contados da data em que o interessado tiver conhecimento oficial do ato a ser impugnado;
- Decadencial (não se suspende nem se interrompe);
- No preventivo: não há prazo.

Competência - É definida em função da hierarquia da autoridade coatora;


- Ex.: Governador (T.J.); Presidente da República (STF); Prefeito (Juiz de 1º Grau);
- Contra atos e omissões dos tribunais: os próprios tribunais; O STF e o STJ não têm competência para
processar e julgar, originariamente, M.S. contra ato de outros tribunais; Juizados Especiais: a Turma
Recursal.

Liminar - Requisitos: relevância do fundamento do pedido; o ato impugnado possa gerar danos não suscetíveis de
reparação pela decisão judicial;

M.S. - Conceito: art. 5º, LXX;


Coletivo - Finalidade: defesa do interesse de membros ou associados de pessoas jurídicas;
- Objeto: defesa dos interesses coletivos em sentido amplo contra ato ou omissão ilegais;

- Legitimidade Ativa: - em substituição processual;


- Partido político com representação no Congresso Nacional;
- Organização Sindical;
- Entidade de Classe ou Associação: requisitos: a) legalmente constituídos; b)
funcionando há pelo menos 1 ano;
- não se exige autorização expressa;

Mandado de Injunção
- Art. 5º, LXXI;
- norma de aplicação imediata e plena;
- Objeto: - normas de eficácia limitada de princípio institutivo de caráter impositivo;
- normas programáticas;
- somente se refere à omissão de regulamentação de norma constitucional.

- Requisitos - falta de norma reguladora de uma previsão constitucional;


- inviabilização do exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania;

- Ligitimidade - qualquer pessoa que tenha seu direito inviabilizado pela omissão legislativa;
Ativa - é possível o mandado de injunção coletivo;

- Legitimidade - Poder Público (Congresso Nacional ou Presidente da República)


Passiva

- Procedimento - normas do mandado de segurança (art. 24, §1º, Lei 8.038/90);


- liminar: imprópria para esta ação;

29
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

- Competência - art. 102, I, “q” – STF;


- art. 105, I, “h” – STJ;
- art. 121, §4º, V – TSE

Direito de Petição
- art. 5º, XXXIV;
- Conceito - é o direito de invocar a atenção dos poderes públicos sobre uma questão ou uma situação

- Natureza - prerrogativa democrática;


- instrumento de participação político-fiscalizatório.

- Legitimidade Ativa e - Ativa: qualquer pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeiro;


Passiva - Passiva: poderes públicos

- Finalidade - dar-se notícia do fato ilegal ou abusivo ao Poder Público para que providencie as medidas
adequadas.

Direito de Certidão

- art. 5º, XXXIV;


- direito à obtenção de certidão para defesa de um direito, desde que demonstrado o legítimo interesse;
- obrigatoriedade do Estado em fornecer informações solicitadas, salvo, os casos de sigilo;

- Requisitos - legítimo interesse;


- ausência de sigilo;
- “res habilis” (existência de documentos certificáveis);
- indicação de finalidade.

Ação Popular

Conceito - Art. 5º, LXXIII


- Lei 4.717/65
- É a ação constitucional cível contra ato lesivo ao patrimônio estatal ou ao patrimônio público-
coletivo da sociedade
- O patrimônio público não é só os bens estatais (administração direta, indireta) mas, também o
patrimônio público-coletivo (meio ambiente, histórico, cultural, paisagístico etc.), cujo titular é a
coletividade.

Natureza - Instituto processual constitucional;


Jurídica - Garantia fundamental do cidadão vocacionada para a realização do direito à proteção do patrimônio
público.

Objeto - É uma situação concreta capaz de lesar o patrimônio público.


- O cidadão não defende direito próprio, mas direito de toda a coletividade contra ato ilegal e lesivo do
patrimônio da coletividade

Finalidade - É anular o mencionado ato lesivo ao patrimônio público, resguardando a idoneidade desse patrimônio.

Cabimento - Art. 2º da LAP;


- É cabível contra toda ação ou omissão lesiva do patrimônio público brasileiro, praticado por pessoas
físicas, autoridades públicas, órgãos públicos, pessoas jurídicas de direito público ou privado.
- Além dos bens materiais estatais, cabível será a AP na proteção da moralidade administrativa, do meio
ambiente e dos bens históricos e culturais;
- Nos casos de incompetência, vício de forma, ilegalidade do objeto, inexistência dos motivos e desvio
30
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

de finalidade.

Não - Não cabe contra ato normativo geral e abstrato, nem contra lei em tese, haja vista os efeitos
cabimento transcendentais de sua decisão. Para essas hipóteses, cabível será a ação direta de
inconstitucionalidade;

Legitimação - Art. 1º, § 3º, art. 6º, §5º


Ativa - Somente a pessoa física portadora de título de eleitor tem legitimação para propor a ação popular;
- Faculta-se a qualquer cidadão habilitar-se como litisconsorte ou assistente do cidadão autor da ação
popular.
- O eleitor menor de 18 anos poderá, mediante representação, propor a AP;
- Nem pessoa jurídica nem o Ministério Público têm legitimação para o ajuizamento da AP;

Legitimação - Art. 6º
Passiva - Incidirá sobre as pessoas físicas ou jurídicas, autoridades ou sobre quem se beneficie do ato ilegal e
lesivo ao patrimônio público;
- A inexistência ou indeterminabilidade ou o desconhecimento de beneficiário direto do ato lesivo induz
a propositura da AP contra as pessoas públicas ou privadas ou contra o agente público causador do
dano ao patrimônio coletivo (art. 6º, § 1º, LAP).

Competênci - É definida pela origem do ato impugnado, de sorte que é competente para conhecer da ação, processá-
a Julgadora la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para as causas que
interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município (art. 5º, LAP).
- Em geral, a competência para o conhecimento da AP é do juízo de primeiro grau.
- Será federal nas hipóteses do art. 109, CF. Se o ato não for da esfera da justiça federal, a competência
será da justiça estadual. O STF reconhece a possibilidade de AP eleitoral julgada pela justiça eleitoral,
haja vista a matéria empolgada na controvérsia ser de natureza eleitoral.
- Excepcionalmente, o STF conhece de AP originária se houver incidência da alínea n do inciso I do art.
102, CF.
- A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações que forem posteriormente
intentadas contra as mesmas partes e sob os mesmos fundamentos (art. 5º, §§ 1º, 2º e 3º, LAP).

Direitos Sociais

Os direitos sociais assegurados pelo art. 6º

Art. 7º A proteção da relação de emprego


O seguro-desemprego
O fundo de garantia do tempo de serviço
Salário mínimo
Piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho
Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo
Décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria
Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.
Proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa
Participação nos lucros ou resultados, desvinculados da remuneração, e, excepcionalmente,
participação na gestão da empresa, conforme definido em lei
Salário-famí1ia pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda
Jornada de trabalho
Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos
Remuneração de serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% à normal
Férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais que o salário normal
31
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com duração de cento e vinte dias
Licença-paternidade, nos termos fixados em lei
Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei
Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da
lei
Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança
Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei
Aposentadoria
Reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho
Seguro contra acidentes do trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que
este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa
Ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho
Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critérios de admissão por
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil
Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador
portador de deficiência
Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos
Proibição de qualquer trabalho aos menores de 16 anos
Direitos assegurados aos trabalhadores domésticos
Direito de greve - direito coletivo, cujo titular é um grupo organizado de trabalhadores;
- direito trabalhista irrenunciável no âmbito do contrato individual do
trabalho;
- direito relativo, podendo sofrer limitações, inclusive em relação às
atividades consideradas essenciais (art. 9º, §1º)
- instrumento de autodefesa, que consiste na abstenção simultânea do
trabalho;
- procedimento de pressão;
- finalidade primordial: defender os interesses da profissão (greves
reivindicativas);
- outras finalidades: greves políticas, greves de solidariedade, greves de
protesto;
- caráter pacífico;
- é auto-aplicável;

Conceito - É o vínculo jurídico político que liga um indivíduo a um certo e determinado Estado, fazendo deste
indivíduo um componente do povo, da dimensão pessoal deste Estado;

Definições - Povo: é o conjunto de pessoas que fazem parte de um Estado;


relacionadas - População: é conjunto de habitantes de um território, de um país, de uma região, de uma cidade;
- Nação: agrupamento humano, em geral numeroso, cujos membros, fixados num território, são
ligados por laços históricos, culturais, econômicos e lingüísticos;
- Cidadão: é o nacional (brasileiro nato ou naturalizado) no gozo dos direitos políticos e participantes
da vida do Estado;

Espécies de - primária ou de origem ou originária: resulta do nascimento, a partir do qual, por critérios
Nacionalida sangüíneos, territoriais ou mistos será estabelecida;
32
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

de - secundária ou adquirida: é a que se adquire por vontade própria, após o nascimento e, em regra, pela
naturalização;

Brasileiros Critérios - jus sanguinis: será nacional todo o descendente de nacionais, independentemente do
Natos local de nascimento;
Art. 12, CF - jus solis: será nacional o nascido no território do Estado Brasileiro, independentemente
da nacionalidade de sua ascendência;

Hipóteses - os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros,


de desde que estes não estejam a serviço de seu país; (critério do jus soli) (Território
aquisição nacional deve ser entendido como as terras delimitadas pelas fronteiras geográficas,
originária com rios, lagos, baías, golfos, ilhas, bem como o espaço aéreo e o mar territorial,
formando o território propriamente dito; os navios e as aeronaves de guerra
brasileiros, onde quer que se encontrem; os navios mercantes brasileiros em alto mar
ou de passagem em mar territorial estrangeiro; as aeronaves civis brasileiras em vôo
sobre o alto mar ou de passagem sobre águas territoriais ou espaços aéreos
estrangeiros;
- os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que
qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; (critério do jus
sanguinis + critério funcional);
- os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que
venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer
tempo, pela nacionalidade brasileira; (o momento da fixação da residência no País
constitui o fato gerador da nacionalidade, que fica sujeita a uma condição
confirmativa, a opção;

Brasileiro Conceito - É aquele que adquire a nacionalidade brasileira de forma secundária, ou seja, não pela
naturalizado ocorrência de um fato natural, mas por um ato voluntário, cuja concessão é ato
art. 12, II, discricionário do Chefe do Poder Executivo;
CF e Lei - Somente com a entrega do certificado de naturalização pelo magistrado competente ao
6.815/80 estrangeiro que este adquire a naturalização;

Espécies - Tácita: é aquela considera como brasileiros todos aqueles que se encontravam em
território brasileiro numa determinada data, desde que não manifestarem o contrário
até determinado prazo, como aconteceu com a Constituição de 1891, art. 69, §4º;

- Expressa: - é aquela que depende de requerimento do interessado, demonstrando


sua manifestação de vontade em adquirir a nacionalidade brasileira
(divide-se em ordinária e extraordinária);
- Ordinária - estrangeiros, excluídos os originários de países de
língua portuguesa; (art. 12, I, “a”, requisitos na Lei nº
6.815/80, art. 112)
- estrangeiros originários de países de língua
portuguesa, exceto portugueses residentes no Brasil
(Angola, Açores, Cabo Verde, Goa, Guiné-Bissau,
Macau, Moçambique, Portugal, Príncipe e Timor
Leste); (art. 12, I, “a”)
- os portugueses residentes no Brasil; (art. 12, §1º, CF)

- Extraordinária - É direito subjetivo do estrangeiro, não podendo


as autoridades negarem a naturalização. (art. 12,
“b”)

Tratamento - regra geral: não há distinção entre brasileiros natos e naturalizados (art. 12, §2º)
diferenciado - Exceções - Cargo: art. 12, §3º;
entre brasi- - Função: art. 89, VII;
leiro nato e - Extradição: art. 5º LI;
naturalizado - Direito de propriedade: art. 222;
33
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – JUR
Curso de Direito Constitucional I – JUR 3201
Prof. Rodrigo Gusmão de Paula

Perda do - art. 12, § 4º;


direito de - cancelamento de naturalização: será decretada em ação judicial de cancelamento proposta pelo
nacionalidade Ministério Público Federal, que imputará ao brasileiro naturalizado a prática de atividade nociva
ao interesse nacional. A decisão judicial terá efeito ex tunc após trânsito em julgado. Uma vez
perdida a nacionalidade somente será possível readquiri-la por meio de ação rescisória;
- naturalização voluntária: aplica-se aos brasileiros natos e aos naturalizados, sendo decretada por
decreto presidencial, mediante processo administrativo no Ministério da Justiça, cujos efeitos são
ex tunc, podendo a naturalidade ser readquirida por meio dos procedimentos previstos de
naturalização.
- dupla nacionalidade: inciso II, alíneas “a” e ”b”;

34

Anda mungkin juga menyukai