Ou ainda:
Art. 515: 3. “Não pode o apelante impugnar senão aquilo que foi
decidido na sentença; nem cabe à instância ‘ad quem’ incovar a causa,
com invocação de outra causa petendi”(RTJ 126/813).
Tem-se, portanto, que nesses casos, haverá por ser declarada apenas a
nulidade de parte da sentença (parte acometida de vício), corrigindo-se, assim, o equívoco do
juiz e fazendo coisa julgada do restante da decisão.
Já no tocante a segunda situação, onde a autora formula tanto o pedido de
danos emergentes e lucros cessantes como também o de dano moral e transita em julgado uma
sentença incompleta, apreciando apenas os dois primeiros pedidos, o caso ganha um contorno
diverso.
Isto se deve ao fato de que naquilo que tange aos danos morais a sentença é
completamente inexistente e por ser inexistente sequer faz coisa julgada, configurando-se um
típico caso de querela nullitatis insanabilis. Portanto, não acredito ser necessário o uso de
uma prévia Ação Rescisória para a reformulação desse pedido até porque não há o que ser
rescindido.
Desta forma, para a reformulação do pedido, bastaria a autora, até mesmo
no bojo desta nova ação, alegar a inexistência deste mesmo capítulo naquela anterior
sentença, “sanando” definitivamente o equívoco do magistrado.