O câncer de mama é uma das maiores causas de morte entre pacientes do sexo
feminino e por ter alta incidência, a melhor defesa contra ele (o câncer) é o diagnóstico
precoce. Para isso, desde 1992 a Sociedade Americana de Cancerologia vem sugerindo
que mulheres a partir de 40 anos de idade sejam submetidas regularmente a esse exame
(mamografia de triagem). Isso fez da mamografia um dos exames radiológicos mais
críticos requisitados realizados. O posicionamento preciso e cuidadoso da mama durante
a mamografia é fundamental no diagnóstico desta modalidade de câncer. Deve ser
demonstrada a quantidade máxima de tecido mamário em cada imagem. As imagens da
mamografia devem conter contraste máximo, resolução excelente , e não dever haver
artefatos. Para tanto, o aparelho de raios X , a processadora, os écrans e chassis são
monitorados regularmente por um programa intensivo de controle de qualidade. Os
profissionais envolvidos com essa modalidade devem estar bem treinados e
continuamente participar de cursos de reciclagem e atualização para que a qualidade do
serviço esteja sempre no seu máximo.
Para uma localização precisa das regiões de interesse, são comumente utilizados
dois métodos para subdividir a mama em regiões: quadrantes ou sistema de relógio. O
primeiro consiste em quatro quadrantes (superior esquerdo – QSE, superior direito –
QSD, inferior esquerdo – QIE e inferior direito – QID) que tomam o mamilo como o
centro da mama. O segundo consiste em imaginar a mama como o mostrador de um
relógio e a posição é denotada como fosse um horário qualquer. Esses esquemas são
apontados na Figura 6.
Figura 6: Meios de localização de região de interesse na mama.
3. O equipamento
Para melhorar a resolução e reduzir a dose de radiação, o equipamento de raios X
conta com uma “bandeja de compressão” que comprime a mama com uma força de
aproximadamente 18 N até cerca de cinco centímetros de espessura (Figura 7).
Por usar uma faixa de energia entre 25 e 30 KVp, o equipamento de mamografia
pode utilizar alvos de materiais diferentes de tungstênio. Geralmente esses alvos são
construídos em molibdênio. Nesse tipo de equipamento também não há colimadores, fato
solucionado com a adição de filtros. O arranjo alvo/filtro determina a energia incidente
sobre a mama.
O uso de grades móveis pode ser proveitoso, especialmente em mamas espessas.
Grades móveis focadas com 80 linhas / cm a uma taxa de grade 36 mostram-se eficazes
para melhorar a visibilidade de lesões na mama. Um bom arranjo do sistema tela-filme é
crucial para que o sistema desempenhe sua qualidade máxima. No processo estão
envolvidos: tubo de raios X, compressão, controle automático de exposição, grade móvel
e processadora dedicados para mamografia.
Por ser um exame que expõe a paciente a doses relativamente altas, o
equipamento apresenta também um controle de exposição automática (CEA) que
interrompe a exposição tão logo seja atingido um limiar de sensibilidade. Essa
sensibilidade é calibrada em cada equipamento e determina a corrente no filamento (no
caso acompanhado 100mAs) que é responsável pelo enegrecimento do filme. Desse
modo pode-se calibrar o equipamento para interromper a exposição quando a densidade
ótica for próxima de 1+ base mais véu do filme.
Figura 7: Fotografia de um mamógrafo e seus componentes.
4. Sistema tela-filme
6. Marcações na imagem
Nas imagens de mamografia aparecem como marcadores as siglas MLO e CC
para indicar a incidência e L (Left) e R (Right) para separar mama direita e esquerda.
Essas letras são construídas em material radio opaco e são posicionadas pelo tecnólogo
conforme as posições variam durante o exame. A identificação do paciente é feita
posteriormente na sala clara.
7. Dados coletados
8. Discussão e Conclusões
Com base nos dados da Tabela 2, a paciente média tinha 60,5 anos e a estrutura de
sua glândula mamária apresentava sinais de uma transição entre fibrogordurosa e
liposubstituída, uma vez dados em destaque na tabela revelam tempo de exposição um
pouco alto indicam que fótons com energia entre 25 e 27 keV tiveram alguma dificuldade
para atravessar a mama (diversas estruturas absorvadoras no percurso). Todavia pode-se
observar grande variedade de casos (Tabela 1), que varriam desde mamas grandes
(paciente 7) ou densas (pacientes 8 e 10) até mamas pequenas ou liposubstituídas, na
maioria dos casos (pacientes 2 e 3).
Pode-se notar que essa mesma variedade de casos implicou em elevados desvios
padrão para o número de fótons incidentes (proporcional ao mA) mas esses valores,
quando comparados a outros grupos, os quais possuíam a mesma probabilidade de
coletar dados de mamografia (permaneceram o mesmo tempo no Serviço e tinham
número de exames acompanhados aproximadamente iguais), foram relativamente altos
sugerindo que alguma medida pode ser tomada para otimizar a técnica radiográfica
adotada.
O grupo falhou em não anotar a compressão das mamas, o que poderia melhorar
tanto as discussões quanto as conclusões tiradas a respeito deste módulo.
Descontadas as falhas, pode-se concluir que o grupo teve um bom aproveitamento
do tempo dedicado à mamografia por poder coletar grande número de dados e constantes
discussões durante os períodos em que se aguardava a revelação dos filmes permitiram
aos alunos assimilar os conteúdos teóricos e práticos oferecidos pela disciplina, além de
adquirir conhecimento e vivência dos problemas existentes na rotina de um serviço de
mamografia.
9. Referências Bibliográficas