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A Telemetria via Sistemas de Rádio Modem

Uma Abordagem Prática Voltada à Automação e Sistemas SCADA

R D1 . D2
R = 547 -----------------
f . d

A B R = raio de Fresnel (m)


D1 = distância AC (km)
D1 D2 D2 = distância CB (km)
d = distância do enlace (km)
d f = freqüência (MHz)

Desenvolvido por Alfacomp Automação Industrial Ltda.


Rev. 1.1
11/09/2006
www.alfacomp.ind.br
Sumário

1. Introdução ______________________________________________________________ 3
1.1 O que é Telemetria?...................................................................................................................................................3
1.2 Meios de Comunicação de Dados .............................................................................................................................3
1.2.1 Linha Privativa ........................................................................................................................................................3
1.2.2 Linha Telefônica Discada .......................................................................................................................................3
1.2.3 Telefonia Celular ....................................................................................................................................................3
1.2.4 Cabos Óticos ..........................................................................................................................................................4
1.2.5 Sistemas de Rádio Modem ....................................................................................................................................4
1.3 Aplicações de Telemetria ...........................................................................................................................................5

2. Sistemas de Rádio________________________________________________________ 5
2.1 Componentes Básicos de um Rádio Enlace..............................................................................................................5
2.2 Comportamento da Energia ao Logo do Percurso ....................................................................................................5
2.3 A Escala Logarítmica..................................................................................................................................................6
2.4 Cálculo de Viabilidade de Rádio Enlace ....................................................................................................................6
2.4.1 Atenuação no Espaço Livre ...................................................................................................................................6
2.4.2 Cálculo da Potência Efetivamente Irradiada (ERP)...............................................................................................7
2.4.3 Perda por Obstrução da Primeira Zona de Fresnel...............................................................................................7
2.5 Ondas Eletromagnéticas ............................................................................................................................................7
2.6 Antenas.......................................................................................................................................................................8
2.6.1 Antena Yagi – Uda .................................................................................................................................................8
2.6.2 Antena Omnidirecional ...........................................................................................................................................8
2.6.3 Polarização de Antenas .........................................................................................................................................9
2.6.4 Diagrama de Irradiação..........................................................................................................................................9
2.6.5 Ângulo de Meia Potência .......................................................................................................................................9
2.6.6 Diretividade...........................................................................................................................................................10
2.6.7 Ganho ...................................................................................................................................................................10
2.7 Cabos........................................................................................................................................................................10
2.8 Conectores e Protetores Contra Surto.....................................................................................................................11
2.9 Instalação de Rádio Modem em Quadro de Automação.........................................................................................12
2.10 A Comunicação Digital e os Rádios Modem............................................................................................................12
2.10.1 Rádio Modem .......................................................................................................................................................12
2.10.2 Transceptores com Espalhamento Espectral por Saltos em Freqüência ...........................................................14
2.10.3 Protocolos de Comunicação ................................................................................................................................15
2.10.4 O Protocolo Modbus.............................................................................................................................................15

3. Regulamentos Brasileiros sobre a Utilização de Freqüências ___________________ 17


3.1 A Agência Nacional de Telecomunicações..............................................................................................................17
3.2 Faixa de 406 a 430 MHz ..........................................................................................................................................17
3.3 Faixa 900 MHz..........................................................................................................................................................21
3.4 Regulamentação de Projetos de Rádio ...................................................................................................................22

4. Agradecimentos ________________________________________________________ 22

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1. Introdução
Este trabalho apresenta de forma prática e intuitiva, o conhecimento sobre sistemas de telemetria dedicados ao controle à distância de estações
automatizadas com clps (controladores lógicos programáveis).
As informações aqui reunidas são fruto de estudo e experiência de campo acumulados ao longo de 10 anos no desenvolvimento de sistemas de
automação e telemetria, em especial na área do saneamento, utilizando clps, softwares de supervisão e rádios modem.

1.1 O que é Telemetria?


A Telemetria designa as tecnologias envolvidas na obtenção e processamento de dados à distância. A telemetria pode ser usada para a
exploração de lugares de difícil acesso, como o subsolo, o fundo do mar ou o espaço exterior.

1.2 Meios de Comunicação de Dados


Os exemplos aqui apresentados são ilustrados como sendo para estabelecer a comunicação entre um computador e um clp, mas o conceito se
aplica a quaisquer dois dispositivos com capacidade de comunicação por porta serial.

1.2.1 Linha Privativa


A Linha Privativa de Comunicação de Dados é um serviço fornecido por companhias telefônicas, destinado à interligação de dois ou mais pontos
e que permite a conexão de equipamentos em velocidades que podem variar de 1,2kbps a 2Mbps. O custo da utilização da linha é fixo e a
disponibilidade do meio de comunicação é de 100% do tempo.

RS232 LP LP RS232
Supervisório
Modem Modem

CLP

1.2.2 Linha Telefônica Discada


Na comunicação por linha discada, os equipamentos utilizam linhas telefônicas comuns e estabelecem a ligação conforme a necessidade de
envio de dados. O custo da utilização do meio é dado pelos impulsos registrados, ou seja, proporcional ao uso da linha.

Sistema
RS232 RS232
telefônico
Supervisório
Modem Modem

CLP

1.2.3 Telefonia Celular


O telefone celular é conectado à rede telefônica através de ondas de rádio, permitindo assim sua mobilidade, enquanto o telefone convencional
faz uso de fios.
O conceito de telefone celular foi desenvolvido em 1960, tornando-se comercialmente disponível a partir de 1983. Cada região atendida pelo
Serviço de Telefonia Móvel Celular é dividida em pequenas áreas, chamadas células, que possuem uma Antena Celular (ou ERB - Estação
Rádio Base) para receber e emitir informações aos telefones celulares que estão em operação naquela célula. Conforme o assinante do sistema
móvel celular se desloca de uma célula para outra, com seu aparelho ligado, o sistema automaticamente transfere a sua ligação para a célula
seguinte, sem que o assinante perceba. Este processo é chamado "Hand Off".
As arquiteturas de sistemas telefônicos celulares podem ser divididas em três, conforme o padrão de utilização do espectro:
• FDMA – Acesso Múltiplo por Divisão de Freqüência;
• TDMA – Acesso Múltiplo por Divisão de Tempo;
• CDMA – Acesso Múltiplo por Divisão de Código;
Os três padrões de telefonia celular digital que disputam o mercado atualmente são o GSM, baseado no TDMA, o IS-136 e o CDMA.
A forma de comunicação utilizando a estrutura da telefonia celular mais amplamente utilizada no momento é chamada GPRS (General Packet
Radio Service). Essa tecnologia oferece conexão contínua sem fio com redes de dados e permite acessar os mais diversos serviços de
informações e entretenimento. A tecnologia GPRS dá acesso à Internet e permite que seja configurada uma rede supervisão e controle sem

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limites práticos de distância e número de estações, basta que as áreas de interesse sejam atendidas pela infra-estrutura da telefonia celular.
Esse serviço tem um custo proporcional ao número de bytes trafegados.
A implementação mais usual de um sistema de telemetria utilizando GPRS consiste em um computador rodando um software de supervisão,
conectado à Internet, por acesso em Banda Larga e com IP Fixo. As remotas se comunicam com a central por meio de módulos celulares e
assumem endereços de IP variáveis atribuídos pela operadora de telefonia celular. Sempre que a remota assume um novo IP, essa se reporta à
central e informa o novo endereço.

RS232 RS232
Supervisório
IP fixo Modem ADSL

GPRS CLP 1

REDE
INTERNET
CELULAR

RS232

GPRS CLP N

1.2.4 Cabos Óticos


Os cabos óticos são construídos com materiais cristalinos à base de vidro, plástico e sílica. Ao invés de conduzir corrente elétrica, conduzem luz.
Por suas propriedades isolantes, são imunes à interferência eletromagnética e a diferenças de potencial elétrico, que são causa de danos por
surto. Apesar do diâmetro pequeno, são capazes de trafegar grande quantidade de dados.

RS232 Cabo Ótico RS232


Supervisório
Modem Ótico Modem Ótico

CLP

1.2.5 Sistemas de Rádio Modem


A comunicação de dados por rádios modem é possível em faixas canalizadas, sendo que cada estação tem de ser licenciada pela Anatel, e
também em faixas destinadas à operação de transceptores que utilizam a técnica do espalhamento espectral, ou spread spectrum. Esses
últimos estão dispensados de licenciamento dentro de certas condições. Os enlaces diretos, sem repetidoras, utilizando transceptores dotados
de modems, são possíveis em distâncias desde alguns poucos metros até mais de 30 km. Utilizando repetidoras, as distâncias podem ser
extendidas a centenas de quilômetros.
Obstruções devidas a relevo e edificações são fatores determinantes na viabilidade dos enlaces.

RS232

CLP 1

Supervisório
RS232

RS232

CLP n

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1.3 Aplicações de Telemetria
Alguns exemplos de aplicações de telemetria e telecomando são encontrados nas seguintes áreas:
Saneamento – Monitoração e controle de estações elevatórias de água bruta, tratada e de esgotos, reservatórios, VRPs, ETAs e ETEs.
Energia Elétrica – Monitoração e controle de remotas de chaves seccionadoras e religadores, subestações, hidroelétricas, entre outras.
Petróleo – Monitoração e controle de poços de prospecção de gás e óleo, monitoração de tubulações, plataformas de petróleo, etc.
Chão de Fábrica – Supervisão e intertravamentos de centros de usinagem, máquinas injetoras, pontes rolantes e quaisquer outros
equipamentos componentes de parques industriais.

2. Sistemas de Rádio

2.1 Componentes Básicos de um Rádio Enlace


Podemos definir como rádio enlace o conjunto de equipamentos necessários para estabelecer comunicação por rádio entre dois pontos.
Os elementos básicos para a implementação de um rádio enlace são:
• Rádio transmissor; Antena Antena
• Linha de transmissão da estação Transmissora Receptora
transmissora;
• Antena transmissora; Atmosfera
• Meio de propagação;
• Antena receptora;
• Linha de transmissão da estação LT LT
receptora;
• Rádio receptor;

Rádio TX Rádio RX

2.2 Comportamento da Energia ao Logo do Percurso


Desde a saída do transmissor até a chegada no receptor, o sinal
sofre atenuações e ganhos. O gráfico ao lado representa a
variação da intensidade do sinal ao longo do percurso. A
Intensidade do sinal (dB)

intensidade do sinal sofre as seguintes alterações:


• Perda no cabo do transmissor;
• Ganho na antena transmissora;
• Perda no espaço livre;
Ganho na antena receptora

• Ganho na antena receptora;


• Perda no cabo do receptor.
Sinal na entrada do receptor
Ganho na antena transmissora
Perda na LT
Sinal na saída do transmissor

As intensidades, perdas e ganhos são representados em decibel


(dB).
Perda no espaço livre

Perda na LT

Percurso

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2.3 A Escala Logarítmica
O dB é uma escala utilizada para representar a relação entre duas potências. São as seguintes as unidades de referência usuais nos sistemas
de rádio:
• dBW – relação entre uma dada potência e a unidade de 1W;
• dBm – relação entre uma dada potência e a unidade de 1mW;
• dBi – relação entre o ganho de uma antena e o ganho do irradiador isotrópico (antena teórica com diagrama de irradiação
esférico).
O cálculo da relação entre duas potências é dado pela fórmula abaixo.

P medida
dB = 10 log -----------------------
P referência

Exemplo: Seja uma potência de 0,001 mW, sua intensidade dada em dBm é calculada como:
10 log (0,001 mW / 1 mW) = - 30 dBm

2.4 Cálculo de Viabilidade de Rádio Enlace


Dizemos que um enlace é viável se a intensidade calculada do sinal recebido é maior do que o nível de sensibilidade do receptor, guardada a
margem de segurança. O cálculo da intensidade de sinal recebido é dado pela fórmula abaixo:

RX = TX – Pt + Gt – Ao + GR - Pr
Onde:
• Tx – Potência de saída do rádio transmissor (dBm);
• Pt – Perda por atenuação no cabo da antena transmissora (dB);
• Gt – Ganho na antena transmissora (dBi);
• Ao – Atenuação no espaço livre (dB);
• Gr – Ganho da antena receptora (dBi);
• Pr – Perda por atenuação no cabo da antena receptora (dB);
• RX – Sinal recebido (dBm).

Gt Gr

Ao

Pt Pr

Rádio TX Rádio RX

2.4.1 Atenuação no Espaço Livre


Uma onda eletromagnética propagando-se no espaço sofre uma atenuação contínua. A intensidade é inversamente proporcional ao quadrado da
distância, ou seja, quando a distância dobra, o sinal diminui para um quarto do valor. A atenuação no espaço livre pode ser calculada pela
fórmula abaixo.

4.π.D Onde:
Ao (dB) = 20 log -------------- • D = distância em metros;
λ • λ = Comprimento de onda (m) = 300 / freqüência (MHz);
• Ao = Atenuação do espaço livre (dB).

Ou, utilizando a freqüência (f) em MHz: 4.π.D.f


Ao (dB) = 20 log --------------
300

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2.4.2 Cálculo da Potência Efetivamente Irradiada (ERP)
A Potência Efetivamente Irradiada (ERP) por uma estação transmissora pode ser calculada pela fórmula abaixo.

ERP (dBm) = Potência (dBm) – Perda no cabo (dB) + Ganho da antena (dBi)

O valor da ERP é importante na análise para enquadramento das estações às normas da Anatel.

2.4.3 Perda por Obstrução da Primeira Zona de Fresnel


A energia transportada de uma antena transmissora até uma antena receptora é contida em elipsóides concêntricos chamados zonas de Fresnel.
Dizemos que não existe perda por obstrução quando não há obstáculos dentro da primeira zona. Essa avaliação é feita levantando-se o perfil do
terreno entre as duas estações com a ajuda de mapas cartográficos e calculando-se o raio da zona ao longo do percurso.
O cálculo do raio de Fresnel é apresentado abaixo. C

R D1 . D2
R = 547 -----------------
f . d

A B R = raio de Fresnel (m)


D1 = distância AC (km)
D1 D2 D2 = distância CB (km)
d = distância do enlace (km)
d f = freqüência (MHz)

Perdas ocasionadas por obstruções conhecidas como gume de faca são calculadas com base no percentual de liberação da primeira zona de
Fresnel e seguem a fórmula abaixo.
2 1/2
Perda (dB) = 6,9 + 20log ((( v -0,1) +1) +v – 0,1)

Onde v é o índice de liberação do raio de Fresnel dado por:


1/2
v = 0,0316.H.[ 2.(D1+D2) / λ.D1.D2 ]

H>0

H<0

D1 D2 D1 D2

2.5 Ondas Eletromagnéticas


A energia enviada pelas antenas transmissoras e captada pelas antenas
receptoras é transportada por ondas eletromagnéticas. Seu nome
origina-se do fato de que são compostas por campos elétricos e
magnéticos variáveis e se propagam no vácuo à velocidade de 300.000
quilômetros por segundo.
A maneira como os campos elétrico e magnético se orientam no espaço
é chamada polarização. Se o campo elétrico é paralelo à superfície da
Terra, dizemos que a polarização é horizontal; se o campo elétrico está
em plano perpendicular à superfície da Terra, a polarização é vertical.
Podemos orientar antenas verticalmente ou horizontalmente.

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Conceito: OEM é uma perturbação física composta por um campo elétrico (E) e um campo magnético (H) variáveis no tempo, perpendiculares
entre si, capazes de se propagar no espaço.
300
Freqüência: número de oscilações por unidade de tempo (Hz). λ (m) = --------------
f (MHz)
Comprimento de onda: distância percorrida pela onda durante um ciclo. É definido pela
velocidade de propagação dividida pela freqüência. Ver fórmula ao lado.

2.6 Antenas
Antenas são dispositivos capazes de transmitir e captar ondas eletromagnéticas nas faixas de radiofreqüência. São compostas de componentes
metálicos nas mais variadas configurações. Os comprimentos e a disposição dos elementos irão depender das freqüências em que se deseja
operar. Alguns tipos de antenas são listados abaixo.
• Yagi;
• Painel Setorial;
• Omnidirecional;
• Antenas Patch;
• Log – Periódica;
• Helicoidal.

As antenas de interesse principal em telemetria são a Yagi e a omnidirecional.

2.6.1 Antena Yagi – Uda


Normalmente conhecida apenas por antena Yagi, foi concebida em 1926 por Shintaro Uda da Universidade Tohoku do Japão com a colaboração
de Hidetsugu Yagi, que teve seu nome associado à antena quando publicou o primeiro artigo em inglês descrevendo a mesma.
Conceitualmente, a antena Yagi é composta por um Refletor, um dipolo simples ou dobrado e um ou mais diretores.
A antena da figura é apresentada na posição de polarização vertical que é normalmente utilizada em telemetria e apresenta ganhos que vão de 3
até mais de 20 dBi.

2.6.2 Antena Omnidirecional


Normalmente construídas com a concepção colinear, essas antenas, como sugere o nome, irradiam com a mesma intensidade
em todas as direções do plano horizontal. Sua polarização é naturalmente vertical e apresenta ganhos na faixa de 2 a 10 dBi.

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2.6.3 Polarização de Antenas
A figura a seguir apresenta a irradiação resultante de um dipolo simples polarizado verticalmente.
Em polarização vertical, o plano elétrico é perpendicular à superfície da Terra, enquanto o plano magnético é paralelo à superfície da Terra.

2.6.4 Diagrama de Irradiação


O diagrama de irradiação é a representação gráfica da forma como a energia
eletromagnética se distribui no espaço.
O diagrama pode ser obtido tanto pelo deslocamento de uma antena de prova em torno
da antena que se está medindo, como pela rotação dessa em torno do seu eixo,
enviando os sinais recebidos a um receptor capaz de discriminar com precisão a
freqüência e a potência recebidas.
Os resultados obtidos são geralmente normalizados. Ao máximo sinal recebido é dado o
valor de 0 dB, facilitando a interpretação dos lóbulos secundários e a relação frente-
costas.
A curva em azul representa a energia irradiada em cada direção em torno da antena.

2.6.5 Ângulo de Meia Potência


Os ângulos de meia potência são definidos pelos pontos no diagrama onde a potência
irradiada equivale à metade da irradiada na direção principal. Esses ângulos definem a
abertura da antena no plano horizontal e no plano vertical.
OBS: -3 dB = 50% Potência
No exemplo ao lado temos: Ângulo de –3dB = 55°

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2.6.6 Diretividade
É a relação entre o campo irradiado pela antena na direção de máxima irradiação e o campo que seria gerado por uma antena isotrópica que
recebesse a mesma potência. A diretividade de uma antena define sua capacidade de concentrar a energia irradiada numa determinada direção.

E máx
D = -------------- E máx = Energia da antena em estudo.
E iso
E isso = Energia da antena isotrópica.

2.6.7 Ganho
O ganho pode ser entendido como o resultado da diretividade menos as perdas. Matematicamente, é o resultado do produto da eficiência pela
diretividade.
G = Ganho
G = η.D
D = Diretividade
η = Eficiência
A eficiência de uma antena diz respeito ao seu projeto eletromagnético como um todo, ou seja, são todas as perdas envolvidas (descasamento
de impedância, perdas em dielétricos, lóbulos secundários...). Normalmente, está na faixa de 90% a 95%.

2.7 Cabos
Linha de transmissão é uma linha com dois ou mais condutores isolados por um dielétrico que tem por finalidade fazer com que uma OEM se
propague de modo guiado. Essa propagação deve ocorrer com a menor perda possível. As linhas de transmissão podem ser construídas de
diversas maneiras: cabos paralelos, pares trançados, microstrip, cabos coaxiais, guias de onda, etc.
Os cabos coaxiais são as linhas de transmissão mais utilizadas em aplicações de telemetria.

Cabos Coaxiais Mais Utilizados


Modelo Imagem Diâmetro Impedância Atenuação a cada 100m (db)
externo
(mm) (ohms) 400 MHz 925 MHz 2.400 MHz

RG 58 5,0 50 34 59 116

RG 213 10,3 50 14,5 25 46

RGC 58 5,0 50 21,2 34 62

RGC 213 10,3 50 8,9 14 25

CELLFLEX 1/4” 7,8 50 12 18,7 31,6

CELLFLEX 1/2” 13,7 50 6,9 10,7 18,2

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CELLFLEX 7/8” 27,5 50 2,6 4,0 6,9

2.8 Conectores e Protetores Contra Surto


A tabela a seguir apresenta alguns dos conectores mais utilizados nas aplicações de Telemetria.

BNC SMA

N Protetor Contra Surtos (Centelhador) Tipo N

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2.9 Instalação de Rádio Modem em Quadro de Automação
Para dotar um quadro de automação de comunicação por rádio modem, são necessários os seguintes materiais:
• Rádio modem;
• Antena (a maioria das antenas tem conexão tipo N);
• Protetor contra surtos (centelhador de RF);
• Cabo interno de RF (sugestão RG 58 com conector N em uma ponta e compatível com o rádio na outra);
• Cabo externo de RF (sugestão RGC 213 com conectores N nas pontas);
• Cabo serial para interligar rádio e clp.
Observações sobre a instalação:
• O cabo interno de RF interliga o rádio e o centelhador;
• O cabo externo de RF interliga a antena e o centelhador;
• O centelhador deve ser instalado passante no quadro, de forma que uma das conexões fica disponível internamente ao quadro e
a outra, externamente;
• O corpo de centelhador de RF deve ser ligado por fio à barra de terra do quadro.

QUADRO DE AUTOMAÇÃO Antena

ENTRADA Protetor
CA Fonte de
contra
Alimentação
surtos

CLP

Rádio
Cabo Interno Modem
de RF
Centelhador

Cabo Externo
de RF

2.10 A Comunicação Digital e os Rádios Modem


A telemetria utilizando clps, unidades remotas dedicadas ou qualquer outro dispositivo microprocessado pressupõe comunicação digital, ou seja,
transmissão de seqüências de bytes.
À forma como essas comunicações são organizadas é dado o nome de Protocolo de Comunicação. São muitos os protocolos de comunicação
e o mais utilizado em telemetria via rádio é, sem dúvida, o MODBUS RTU, criado pela empresa MODICON.
Os equipamentos capazes de transmitir informações digitais via rádio são chamados Rádios Modem.

2.10.1 Rádio Modem


Os rádios transceptores ditos analógicos são compostos de um bloco transmissor e um bloco receptor. Popularmente chamados de rádio voz,
possuem, em suas conexões, os seguintes sinais básicos:
• TX – sinal de áudio que será transmitido pelo bloco transmissor;
• RX – sinal de áudio recebido pelo bloco receptor;
• PTT – Push to talk (aperte para falar), que é o sinal que coloca o transceptor em modo de transmissão;
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• CD – Carrrier Detected (portadora detectada), que é o sinal que indica que o rádio está recebendo o sinal emitido por um
transmissor.

TRANSCEPTOR ANALÓGICO

TX
TRANSMISSOR
PTT

RX
RECEPTOR
CD

Em comunicação de voz, o TX é conectado a um amplificador de áudio que aciona um alto-falante e ao RX é ligado um microfone. Ao PTT é
ligada uma chave para acionar a transmissão. Em comunicação digital, esses sinais são ligados a sinais correspondentes de um modem.
Rádio Modem é o nome dado aos equipamentos que unem um rádio e um modem e têm a capacidade de transmitir e receber dados digitais por
rádio. A palavra MODEM deriva de modulator demodulator, equipamento capaz de converter informação serial digital em analógica e vice-
versa.

RÁDIO MODEM

TXD TX
TRANSMISSOR
RTS MODULADOR PTT

CTS

RXD RX
DEMODULADOR RECEPTOR
CD CD

São os seguintes os sinais básicos na interface serial de um rádio modem;


• TXD – sinal serial a ser transmitido;
• RXD – sinal serial recebido;
• RTS – Request to Send (pedido para transmitir) indica para o rádio modem que o equipamento conectado solicita transmissão;
• CTS – Clear to Send (pronto para transmitir) indica para o equipamento conectado que o rádio modem está pronto para receber
os dados a serem transmitidos;
• CD – Carrrier Detected (portadora detectada), que é o sinal que indica que o rádio está recebendo o sinal emitido por um
transmissor.
USO DOS SINAIS RTS E CTS – Esses sinais são necessários para dar tempo aos rádios receptores de sincronizarem seus PLLs na freqüência
exata do rádio transmissor. Quando o equipamento que vai transmitir os dados (ex. microcomputador ou clp) levanta o sinal de RTS, o rádio
modem começa a transmitir a portadora. Nesse instante, é iniciada a contagem do tempo (algo em torno de 20 a 100 ms, dependendo do modelo
de rádio modem) necessário aos rádios receptores “atracarem” seus circuitos de sintonia. Quando esse tempo é completado, o rádio modem
aciona o CTS para permitir que o equipamento conectado envie os dados seriais.
HANDSHAKING POR XON/XOFF – Alguns modelos de rádio modem dispensam o uso do RTS/CTS. Isso é possível quando o rádio modem tem
a capacidade de armazenar os dados recebidos do equipamento conectado ao mesmo. Esses modelos colocam os dados recebidos pelo TXD
em uma FIFO (fila First In First Out), transmitem a portadora e aguardam o tempo necessário para iniciar a transmissão dos bytes. Para o
equipamento conectado, as temporizações são transparentes. A diferença entre estabelecer a comunicação serial e via rádio modem está no fato
de que existe um tempo maior entre os equipamentos enviarem suas solicitações e receberem as respostas às mesmas. Isso é ajustado na
escolha correta do time-out de comunicação.
RS485 – Alguns modelos de rádio modem são dotados da interface RS485. Esse padrão de interface elétrica permite até 32 dispositivos
conectados simultaneamente, sendo que apenas um assume o barramento por vez. Os comprimentos de cabos podem chegar a 1500 metros e
esse padrão de interface tem vantagens como a imunidade a ruído elétrico bem superior à do padrão RS232. Os transceptores dotados de
RS485 necessariamente bufferizam os dados e gerenciam as temporizações como no handshaking por XON/XOFF.

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2.10.2 Transceptores com Espalhamento Espectral por Saltos em Freqüência
O FHSS (Frequency Hopping Spread Spectrum) ou Espalhamento Espectral por Saltos em Freqüência foi inventado pela atriz Hedy Lamarr e
pelo compositor George Antheil em 1941 e desenvolvido pelas forças armadas americanas a partir da Segunda Guerra Mundial, com a intenção
de criar um sistema de comunicação por rádio mais protegido contra interceptações. As primeiras idéias sobre essa tecnologia, entretanto, datam
das décadas de 20 e 30.
A técnica de spread spectrum consiste em espalhar a transmissão no espectro de freqüências ocupando uma banda maior, mas com densidade
de potência pequena.
Os rádios spread spectrum utilizam as faixas de freqüências livres adotadas por vários países, inclusive o Brasil, denominadas como bandas ISM
(Instrumentation, Scientific & Medical) definidas em 900 MHz, 2,4 GHz e 5,8 GHz.
Existem três técnicas de espalhamento espectral:
• Frequency hopping – O sinal transmitido é comutado rapidamente entre diferentes freqüências dentro de uma faixa do espectro
de forma pseudo-aleatória e o receptor “sabe” de antemão onde encontrar o sinal a cada novo salto.

• Time hopping – O sinal é transmitido em pacotes curtos e psedo-aleatórios. O receptor sabe de antemão quando acontecerá
uma nova transmissão.
• Direct sequence – Os dados são diretamente codificados em freqüência bastante superior. O código é gerado de forma pseudo-
aleatória. O receptor tem a capacidade de gerar o mesmo código e correlaciona o sinal recebido com o código gerado para extrair
os dados. A técnica pseudo-randômica é conhecida como “chip sequence” ou pseudo-ruído (“pseudo-noise” ou PN-code). O sinal
codificador é um sinal binário gerado numa freqüência muito maior do que a taxa do sinal de informação. Ele é usado para
modular a portadora de modo a expandir a largura da banda do sinal de rádio freqüência transmitido. No receptor, o dado é
recuperado através de um processo complementar usando um gerador de código local similar e sincronizado com o código
gerado na transmissão. Em razão da utilização de uma grande largura de banda para transmissão, os sistemas em seqüência
direta dispõem de poucos canais dentro da faixa. Esses canais são totalmente separados de forma a não gerar interferência entre
os mesmos. A técnica de seqüência direta é o principio utilizado pelo CDMA (Code Division Multiple Access) na telefonia celular.

• Sistemas híbridos - Os sistemas híbridos combinam as duas técnicas de modulação: saltos em freqüência e seqüência direta.
Esses sistemas utilizam, alternadamente, uma técnica de cada vez, mantendo a outra inoperante.

No Brasil, a legislação que regula o uso da tecnologia spread spectrum foi inicialmente definida pela ANATEL através da Norma 02/93,
posteriormente pela Norma 012/96 (resolução 209 de Jan/2000) e atualmente pela resolução 305 de Jul/2002 – Regulamento sobre
Equipamentos de Radiocomunicação de Radiação Restrita.
As faixas de freqüências estabelecidas para uso por equipamentos de radiocomunicação empregando a técnica de spread spectrum, para
aplicações Ponto a Ponto e Ponto Multiponto, estão assim definidas: 902 a 928 MHz, 2400 a 2483,5 MHz e 5725 a 5850 MHz. Dessa forma, os
sistemas que utilizam a tecnologia de spread spectrum não necessitam da licença ANATEL para a sua instalação e operação, desde que sejam
atendidos os requisitos das Resoluções 209 e 305.
A regulamentação vigente estabelece as condições de operação para os sistemas que operam por Saltos de Freqüência, para os sistemas que
operam em Seqüência Direta e para os Sistemas Híbridos. Nas faixas de 900 MHz a potência de pico máxima de saída do transmissor não deve
ser superior à 1 Watt para sistemas que empreguem no mínimo 50 canais de salto e 0,25 Watt para sistemas empregando menos de 50 canais
de salto. Sistemas operando nas faixas de 2,4 GHz e 5,8 GHz devem trabalhar com potência de pico máxima de saída do transmissor não
superior à 1 Watt.

A Telemetria via Sistemas de Rádio Modem 14


2.10.3 Protocolos de Comunicação
Podemos definir protocolo de comunicação como sendo um conjunto de convenções que rege o tratamento e a formatação de dados em um
sistema de comunicação.
Alguns dos protocolos mais utilizados na para estabelecer comunicação entre dispositivos de automação industrial são:
• ControlNet – Criado por uma associação de fabricantes e usuários de sistemas de automação industrial;
• DeviceNet – Criado sob a liderança da Allen Bradley;
• Interbus – Suportado por mais de 300 fabricantes, consiste de interfaces controladoras para instalar em PC ou clps que podem
se comunicar com uma grande variedade de interfaces de campo;
• CAN – Protocolo definido pela ISO 11898 e orientado a mensagens;
• Modbus – Criado pela MODICON e liberado para utilização pública, se transformou no protocolo de comunicação mais
amplamente difundido entre os fabricantes de dispositivos de controle industrial;
• Profibus – Criado em 1989 por um consórcio de empresas lideradas pela SIEMENS, se transformou em um dos protocolos mais
amplamente utilizados;
• TCP/IP - Transfer Control Protocol / Internet Protocol – Utilizado pela Internet e pela maioria das redes comerciais de
computadores, está se consagrando como um dos padrões mais utilizados em sistemas de automação industrial.

2.10.4 O Protocolo Modbus


Criado na década de 1970 pela Modicon, é um dos mais antigos protocolos utilizados em redes de controladores lógicos programáveis (PLC)
para a aquisição de sinais de instrumentos e para comandar atuadores. A Modicon (atualmente parte do grupo Schneider Electric) publicou as
especificações e normas que definem o Modbus, tornando-as de domínio público. Por essa razão, é utilizado em milhares de equipamentos
existentes e é uma das soluções de rede mais baratas a serem empregadas em automação industrial.
Características Técnicas - O modbus utiliza o RS-232, RS-485, Ethernet ou rádio como meio de comunicação. O mecanismo de controle de
acesso é mestre-escravo. A estação mestre (geralmente um PLC) envia mensagens solicitando dos escravos que enviem os dados lidos pela
instrumentação ou envia sinais a serem escritos nas saídas para o controle dos atuadores. O protocolo possui comandos para envio de dados
discretos (entradas e saídas digitais) ou numéricos (entradas e saídas analógicas).

A imagem acima mostra um exemplo de rede Modbus com um mestre (PLC) e três escravos (módulos de entradas e saídas, ou simplesmente
E/S). Em cada ciclo de comunicação, o PLC lê e escreve valores em cada um dos escravos. Como o sistema de controle de acesso é do tipo
mestre-escravo, nenhum dos módulos escravos inicia comunicação a não ser para responder às solicitações do mestre.
Basicamente, uma comunicação em Modbus obedece a um frame que contém o endereço do escravo, o comando a ser executado, uma
quantidade variável de dados complementares e uma verificação de consistência de dados (CRC).
Vejamos um exemplo: O PLC precisa ler as 10 primeiras entradas analógicas (do endereço 0000 ao 0010) no módulo 2. Para isso é preciso
utilizar o comando de leitura de múltiplos registros analógicos (comando 3). O frame de comunicação utilizado é mostrado abaixo (os endereços
são mostrados em sistema hexadecimal):

endereço comando end. dos registros quant. de registros CRC

02 03 00 00 00 0A 2 caracteres

A resposta do escravo seria um frame semelhante, composto das seguintes partes: o endereço do escravo, o número do comando, os dez
valores solicitados e um verificador de erros (CRC). Em caso de erros de resposta (por exemplo, um dos endereços solicitados não existe), o
escravo responde com um código de erro.
Os principais comandos do Modbus são mostrados na tabela abaixo:

código do comando descrição


1
01 Lê um número variável de saídas digitais (bobinas)
1
02 Lê um número variável de entradas digitais
1
03 Lê um número variável de registros retentivos (saídas analógicas ou memórias)

A Telemetria via Sistemas de Rádio Modem 15


1
04 Lê um número variável de registros de entrada (entradas analógicas)

05 Força uma única bobina (altera o estado de uma saída digital)

06 Preset de um único registro (altera o estado de uma saída analógica)


2
07 Lê exceções (registros de erro)

08 Várias funções de diagnóstico


1
15 Força uma quantidade variável de bobinas (saídas digitais)
1
16 Preset de uma quantidade variável de registros (saídas analógicas)
1
A quantidade de variáveis a serem lidas é definida no frame de solicitação.
2
Oito bits previamente configurados. Não é necessário fornecer parâmetros de endereçamento com esse comando, pois o escravo vai enviar
sempre os oito bits pré-configurados.
Para alguns comandos de diagnóstico, tais como reinício de comunicação, reset do módulo ou sincronização de relógio, podem ser utilizadas
comunicações do tipo broadcast, ou seja, destinada a todos os escravos simultaneamente.
VARIAÇÕES - Em redes seriais baseadas em RS-485 ou RS-232, o Modbus pode ter duas variações: RTU e ASCII.
Modbus RTU - Nesse modo, os dados são transmitidos em formato binário de oito bits, permitindo a compactação dos dados em pequenos
pacotes. RTU é a sigla inglesa para Remote Terminal Unit.
Modbus ASCII - Transmite os dados codificados em caracteres ASCII de sete bits. Apesar de gerar mensagens legíveis por pessoas, esse modo
consome mais recursos da rede.
No modo RTU, os endereços e valores podem ser representados em formato binário. Números inteiros variando entre -32768 e 32767 podem ser
representados por 2 bytes. O mesmo número precisaria de quatro caracteres ASCII para ser representado (em hexadecimal).
Modbus/TCP - Os dados são encapsulados em formato binário em frames TCP para a utilização do meio físico Ethernet (IEEE 802.3). Quando o
Modbus/TCP é utilizado, o mecanismo de controle de acesso é o CSMA-CD (Próprio da rede Ethernet) e as estações utilizam o modelo cliente-
servidor.
Modbus Plus - Versão que possui vários recursos adicionais de roteamento, diagnóstico, endereçamento e consistência de dados. Essa versão
ainda é mantida sob domínio da Schneider Electric e só pode ser implantada sob licença do fabricante.

A Telemetria via Sistemas de Rádio Modem 16


3. Regulamentos Brasileiros sobre a Utilização de
Freqüências

3.1 A Agência Nacional de Telecomunicações


A ANATEL - Agência Nacional de Telecomunicações foi regulamentada em 7 de Outubro de 1997 e tem como atribuições principais:
• Implementar a política nacional de telecomunicações;
• Propor a instituição ou eliminação da prestação de modalidade de serviço no regime público;
• Propor o Plano Geral de Outorgas;
• Propor o plano geral de metas para a universalização dos serviços de telecomunicações;
• Administrar o espectro de radiofreqüências e o uso de órbitas;
• Compor administrativamente conflitos de interesses entre prestadoras de serviços de telecomunicações;
• Atuar na defesa e proteção dos direitos dos usuários;
• Atuar no controle, prevenção e repressão das infrações de ordem econômica, no âmbito das telecomunicações, ressalvadas as
competências legais do Cade;
• Estabelecer restrições, limites ou condições a grupos empresariais para obtenção e transferência de concessões, permissões e
autorizações, de forma a garantir a competição e impedir a concentração econômica no mercado;
• Estabelecer a estrutura tarifária de cada modalidade de serviços prestados em regime público.
Os tópicos a seguir apresentam parte das normas aplicáveis às duas faixas mais utilizadas para os serviços de telemetria.

3.2 Faixa de 406 a 430 MHz


Essa faixa de operação é regulamentada pelo ANEXO À RESOLUÇÃO Nº 169, DE 05 DE OUTUBRO DE 1999 - REGULAMENTO SOBRE A
CANALIZAÇÃO E CONDIÇÕES DE USO DA FAIXA DE 400 MHz.
Nas disposições gerais, estabelece:
Art. 1º Este Regulamento tem por objetivo estabelecer a canalização e as condições de uso das faixas de freqüências de 406,10 MHz a 413,05
MHz e de 423,05 MHz a 430,0 MHz, atribuídas ao serviço fixo, conforme definido no Regulamento de Radiocomunicações da UIT(S1.20), por
sistemas digitais de radiocomunicação com capacidades de transmissão de 1200 bit/s, 2400 bit/s, 4800 bit/s, 9600 bit/s, 14400 bit/s, 19200 bit/s,
28800 bit/s e 64 kbit/s, 128 kbit/s, 192 kbit/s, 256 kbit/s e 320 kbit/s, para aplicações ponto-a-ponto e ponto-multiponto.
CAPÍTULO II
DA CANALIZAÇÃO
Art. 2º As freqüências portadoras dos canais de radiofreqüência devem ser calculadas pelas fórmulas a seguir:
I - Canalização com 12,5 kHz de espaçamento entre portadoras, para sistemas com capacidade de transmissão mínima de 1200 bit/s e largura
de faixa ocupada máxima de 12,5 kHz.
a) canalização principal
Fn = 406,09375 + 0,0125 x n (MHz)
F’n = 423,04375 + 0,0125 x n (MHz)
n = 1, 2,... , 532
b) canalização intersticial
Fn = 406,100 + 0,0125 x n (MHz)
F’n = 423,050 + 0,0125 x n (MHz)
n = 1, 2,... , 531
II - Canalização com 25 kHz de espaçamento entre portadoras, para sistemas com capacidade de transmissão mínima de 9600 bit/s e largura de
faixa ocupada máxima de 25 kHz.
a) canalização principal
Fn = 406,0875 + 0,025 x n (MHz)
F’n = 423,0375 + 0,025 x n (MHz)
n = 1, 2,... , 266
b) canalização intersticial
Fn = 406,100 + 0,025 x n (MHz)
F’n = 423,050 + 0,025 x n (MHz)
n = 1, 2,... , 265
III - Canalização com 50 kHz de espaçamento entre portadoras, para sistemas com capacidade de transmissão mínima de 64 kbit/s e largura de
faixa ocupada máxima de 50 kHz.
a) canalização principal
Fn = 406,075 + 0,05 x n (MHz)
F’n = 423,025 + 0,05 x n (MHz)
n = 1, 2,... , 133
b) canalização intersticial
Fn = 406,100 + 0,05 x n (MHz)
F’n = 423,050 + 0,05 x n (MHz)
A Telemetria via Sistemas de Rádio Modem 17
n = 1, 2,... , 132
IV - Canalização com 100 kHz de espaçamento entre portadoras, para sistemas com capacidade de transmissão mínima de 128 kbit/s e largura
de faixa ocupada máxima de 100 kHz.
a) canalização principal
Fn = 406,050 + 0,1 x n (MHz)
F’n = 423,000 + 0,1 x n (MHz)
n = 1, 2,... , 66
b) canalização intersticial
Fn = 406,100 + 0,1 x n (MHz)
F’n = 423,050 + 0,1 x n (MHz)
n = 1, 2,... , 66
V - Canalização com 150 kHz de espaçamento entre portadoras, para sistemas com capacidade de transmissão mínima de 192 kbit/s e largura
de faixa ocupada máxima de 150 kHz.
a) canalização principal
Fn = 406,025 + 0,15 x n (MHz)
F’n = 423,975 + 0,15 x n (MHz)
n = 1, 2,... , 44
b) canalização intersticial
Fn = 406,100 + 0,15 x n (MHz)
F’n = 423,050 + 0,15 x n (MHz)
n = 1, 2,... , 43
VI - Canalização com 200 kHz de espaçamento entre portadoras, para sistemas com capacidade de transmissão mínima de 256 kbit/s e largura
de faixa ocupada máxima de 200 kHz.
a) canalização principal
Fn = 406,000 + 0,2 x n (MHz)
F’n = 422,950 + 0,2 x n (MHz)
n = 1, 2,... , 33
b) canalização intersticial
Fn = 406,100 + 0,2 x n (MHz)
F’n = 423,050 + 0,2 x n (MHz)
n = 1, 2,... , 32
VII - Canalização com 250 kHz de espaçamento entre portadoras, para sistemas com capacidade de transmissão mínima de 320 kbit/s e largura
de faixa ocupada máxima de 250 kHz.
a) canalização principal
Fn = 405,975 + 0,25 x n (MHz)
F’n = 422,925 + 0,25 x n (MHz)
n = 1, 2,... , 26
b) canalização intersticial
Fn = 406,100 + 0,25 x n (MHz)
F’n = 423,050 + 0,25 x n (MHz)
n = 1, 2,... , 26
Parágrafo único. Fn representa a freqüência central de um canal de radiofreqüência da metade inferior da faixa e F’n a freqüência central de um
canal de radiofreqüência da metade superior da faixa.
Art. 3º As freqüências nominais das portadoras dos canais de radiofreqüências, calculadas a partir das fórmulas do Art. 2º, estão apresentadas
nas Tabelas I a XIV do Anexo I e serão compartilhadas por qualquer serviço de telecomunicações em aplicações ponto-a-ponto e ponto-
multiponto, observadas as disposições em contrário contidas neste Regulamento.
§ 1° Não será autorizado o uso de radiofreqüências dessa faixa para aplicações de sistemas de acesso fixo sem fio, para prestação do STFC, na
região compreendida em um raio de 50 km da sede dos municípios com mais de 200.000 habitantes.
§ 2° Em caráter excepcional, até 31 de dezembro de 2001, nos municípios com até 50.000 habitantes, inclusive aqueles que se encontrarem em
região compreendida dentro de um raio de 50 km da sede dos municípios com mais de 200.000 habitantes, somente serão concedidas novas
autorizações de uso das referidas faixas para a prestação do STFC.
§ 3° Somente nas aplicações de acesso fixo sem fio para a prestação do STFC será admitida, em caráter excepcional e a critério da Anatel, a
agregação dos canais listados nas Tabelas do Anexo I, desde que a agregação dos canais objetive a otimização do uso do espectro em relação
aos valores apresentados nas Tabelas 1 e 2 do Artigo 4°.
§ 4° Quando da agregação de canais, admite-se que a freqüência portadora não seja coincidente com as portadoras das canalizações definidas
no artigo 2°, entretanto, deve ser respeitado o limite inferior de freqüência do canal de RF mais baixo e o limite superior de freqüência do canal
de RF mais alto, incluídos na agregação.
CAPÍTULO III
DAS CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Art. 4º A largura de faixa ocupada pelo canal deve ser a menor possível com o objetivo de reduzir interferências entre canais adjacentes e não
pode ser superior aos limites
Tabela 1
Capacidade de Transmissão Mínima (bit/s) Largura de Faixa Ocupada Máxima (kHz)
1200 12,5
2400 12,5
4800 12,5
9600 25
14400 25

A Telemetria via Sistemas de Rádio Modem 18


19200 25
28800 25

Tabela 2
Capacidade de Transmissão Mínima (kbit/s) Largura de Faixa Ocupada Máxima (kHz)
64 50
128 100
192 150
256 200
320 250

Art. 5º A potência entregue pelo transmissor à antena de uma estação deve ser a mínima necessária à realização do serviço com boa qualidade
e adequada confiabilidade, ficando limitada ao valor máximo de 40 dBm ou 10 W.
Parágrafo único. Para sistemas ponto-multiponto que vierem a utilizar antenas omnidirecionais, admitir-se-á que a potência entregue pelo
transmissor à antena seja limitada ao valor máximo de 47,8 dBm ou 60 W.
Art. 6º A utilização de potências de transmissão mais baixas, associadas a antenas de maior ganho, deve ser adotada como um dos objetivos de
projeto.
Art. 7º Nas estações de aplicações ponto-a-ponto e nas estações terminais das aplicações ponto multiponto, devem ser usadas,
necessariamente, antenas direcionais.
Art. 8º Nas estações nodais das aplicações ponto-multiponto devem ser utilizadas antenas setoriais de modo a melhor ajustar a cobertura dos
sinais de radiofreqüências, por elas transmitidos, às áreas de interesse das estações terminais vinculadas.
Parágrafo único. Somente nas aplicações de acesso fixo sem fio para a prestação do STFC podem ser empregadas, nas estações nodais,
antenas omnidirecionais nas situações em que forem necessárias coberturas de 360 graus.
Art. 9º Podem ser utilizadas antenas com polarizações linear (vertical ou horizontal) ou circular (esquerda ou direita).
Parágrafo único. Podem ser utilizados arranjos com polarizações cruzadas para canais de radiofreqüências adjacentes ou ambas as
polarizações para um mesmo canal de radiofreqüência, sendo que neste último caso em cada polarização devem ser transmitidas informações
diferentes.
Art. 10 As características de desempenho das antenas utilizadas devem ser iguais ou melhores do que aquelas estabelecidas em
regulamentação adotada ou emitida pela Anatel referente às características mínimas de radiação de antenas.
CAPÍTULO IV
DAS CONDIÇÕES ESPECÍFICAS DE USO
Art. 11 As freqüências da faixa objeto deste Regulamento devem ser consignadas aos pares, sendo as freqüências de ida e as de volta
vinculadas ao mesmo canal.
Parágrafo único. Nas aplicações que necessitem apenas de uma freqüência individual deverão ser consignadas, alternadamente, freqüências de
ida e de volta vinculadas a um mesmo canal.
Art. 12 A configuração de proteção admitida para os sistemas, independentemente da capacidade de transmissão, é aquela que não utiliza
diversidade de freqüência.
Art. 13 A fim de otimizar o uso do espectro, recomenda-se a utilização do mesmo par de freqüências para os enlaces de uma mesma rede
integrada.
Art. 14 Nas aplicações ponto-multiponto as estações terminais devem usar, na transmissão, as freqüências compreendidas na faixa de 406,10
MHz a 413,05 MHz, enquanto que as freqüências das estações nodais correspondentes, na transmissão, devem utilizar a faixa de 423,05 MHz a
430 MHz.
Art. 15 Os canais destinados a sistemas ponto-multiponto serão usados em comunicações bidirecionais entre uma estação nodal e estações
terminais, onde cada estação nodal deve atender, no mínimo, a quatro estações terminais.
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 16 Os interessados no uso da faixa de freqüências definida no artigo 1º deste Regulamento devem efetuar coordenação prévia com os
usuários dos sistemas já existentes, que estejam autorizados e em situação regular, qualquer que seja a aplicação.
Art. 17 Sistemas ponto-multiponto destinados a acesso fixo sem fio para a prestação do STFC podem fazer uso de tecnologia de transmissão
analógica desde que utilizem a canalização prevista no Capítulo II e atendam as demais características estabelecidas neste Regulamento.
Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput aplica-se também o disposto no parágrafo 3° do Artigo 3° deste Regulamento.
Art. 18 Excepcionalmente, os sistemas ponto-a-ponto autorizados e em situação regular, até a data em que este Regulamento entrar em vigor,
poderão continuar operando em caráter primário, mesmo que em desacordo aos requisitos aqui estabelecidos, até 31 de dezembro de 2001,
após o que passarão a operar em caráter secundário.
§ 1° Até 31 de dezembro de 2001, os enlaces dos sistemas mencionados no caput deste artigo poderão ser remanejados entre estações de uma
mesma entidade e permanecerão operando em caráter primário desde que mantidas as radiofreqüências originais.
§ 2º Se, ao serem remanejados os enlaces citados no § 1º deste artigo, for necessária a alteração das radiofreqüências originais, os enlaces
passarão a operar em caráter secundário.

A Telemetria via Sistemas de Rádio Modem 19


§ 3° Em caráter excepcional e a critério da Anatel, será admitido que sistemas ponto-a-ponto que façam uso de tecnologia de transmissão
analógica possam continuar a operar, ou receber autorização para operar, nas faixas de 406,10 MHz a 413,05 MHz e de 423,05 MHz a 430 MHz,
em caráter primário, desde que satisfaçam as seguintes condições:
a) utilizem a canalização definida no Capítulo II deste Regulamento, em conformidade com a Tabela 3, sendo que os sistemas analógicos de 6 a
12 canais devem fazer uso dos canais pares da canalização prevista para 250 kHz;
b) atendam as demais características estabelecidas nos Capítulos III e IV deste Regulamento.
§ 4º Aos sistemas mencionados no § 3º, não se aplica o prazo estabelecido no caput deste artigo.

Tabela 3
Capacidade de Transmissão Mínima (canais) Canalização de
1 canal 25 kHz
2 canais 50 kHz
3 a 5 canais 250 kHz

Art. 19 As estações devem ser licenciadas e os equipamentos de radiocomunicações, incluindo os sistemas irradiantes, devem possuir
certificação expedida ou aceita pela Anatel, de acordo com a regulamentação vigente.
Art. 20 A Anatel poderá determinar alteração dos requisitos estabelecidos neste Regulamento, inclusive para os sistemas em operação, com a
finalidade de otimizar o uso do espectro de radiofreqüências.
A tabela a seguir apresenta os primeiros 44 de 532 canais estabelecidos para a faixa considerando-se espaçamento de 12,5kHz.
CANALIZAÇÃO COM ESPAÇAMENTO DE 12,5 kHz ENTRE PORTADORAS (Principal)
Canal Nº Ida (Fn) MHz Volta (F'n) MHz
1 406,10625 423,05625
2 406,11875 423,06875
3 406,13125 423,08125
4 406,14375 423,09375
5 406,15625 423,10625
6 406,16875 423,11875
7 406,18125 423,13125
8 406,19375 423,14375
9 406,20625 423,15625
10 406,21875 423,16875
11 406,23125 423,18125
12 406,24375 423,19375
13 406,25625 423,20625
14 406,26875 423,21875
15 406,28125 423,23125
16 406,29375 423,24375
17 406,30625 423,25625
18 406,31875 423,26875
19 406,33125 423,28125
20 406,34375 423,29375
21 406,35625 423,30625
22 406,36875 423,31875
23 406,38125 423,33125
24 406,39375 423,34375
25 406,40625 423,35625
26 406,41875 423,36875
27 406,43125 423,38125
28 406,44375 423,39375
29 406,45625 423,40625
30 406,46875 423,41875
31 406,48125 423,43125
32 406,49375 423,44375
33 406,50625 423,45625
34 406,51875 423,46875
35 406,53125 423,48125
36 406,54375 423,49375
37 406,55625 423,50625
38 406,56875 423,51875
39 406,58125 423,53125
40 406,59375 423,54375
41 406,60625 423,55625
42 406,61875 423,56875
43 406,63125 423,58125
44 406,64375 423,59375

A Telemetria via Sistemas de Rádio Modem 20


3.3 Faixa 900 MHz
Os transceptores utilizados em telemetria na faixa de 915 a 928 MHz são enquadrados como Transceptores de Radiação Restrita –
Espalhamento Espectral – Categoria II.
São as seguintes as resoluções e definições de enquadramento:
RESOLUÇÃO 365 – Republica o regulamento sobre equipamentos de radiocomunicação de radiação restrita e estabelece as condições de uso
de radiofreqüência para que possam ser utilizados com dispensa da licença de funcionamento de estação e independentes de outorga de
autorização de uso de radiofreqüência.
Definições do Artigo 2º:
VII – Equipamento de Radiocomunicação de Radiação Restrita: termo genérico aplicado a equipamento, aparelho ou dispositivo, que utilize
radiofreqüência para aplicações diversas em que a correspondente emissão produza campo eletromagnético com intensidade dentro dos limites
estabelecidos neste Regulamento. Eventualmente, pode estar especificado neste Regulamento um valor de potência máxima de transmissão ou
de densidade de potência máxima em lugar da intensidade de campo;
IX – Espalhamento Espectral: tecnologia na qual a energia média do sinal transmitido é espalhada sobre uma largura de faixa muito maior do que
a largura de faixa que contém a informação. Os sistemas empregando tal tecnologia compensam o uso de uma maior largura de faixa de
transmissão com uma menor densidade espectral de potência e uma melhora na rejeição aos sinais interferentes de outros sistemas operando
na mesma faixa de freqüências;
XXI – Telecomando: uso das telecomunicações para a transmissão de sinais de rádio para iniciar, modificar ou terminar, à distância, funções de
equipamento;
XXII – Telemetria: uso das telecomunicações para a indicação ou registro automático, à distância, de leituras de instrumento de medida;
Art. 3º - As estações de radiocomunicação, correspondentes a equipamentos de radiação restrita caracterizados por este Regulamento, estão
isentas de licenciamento para instalação e funcionamento.
Art. 4º - As estações de radiocomunicação correspondentes a equipamentos de radiação restrita operam em caráter secundário, isto é, não têm
direito a proteção contra interferências prejudiciais provenientes de qualquer outra estação de radiocomunicação nem podem causar interferência
em qualquer sistema operando em caráter primário.
Art. 9º Exceto quando explicitamente estabelecido o contrário neste Regulamento, as emissões de um equipamento de radiação restrita não
devem ser superiores aos níveis de intensidade de campo especificados na Tabela II.
Tabela II - Limites Gerais de Emissão
Faixa de freqüências Intensidade de campo Distância da Medida
(MHz, onde não especificado) (micro volt por metro) (metro)
9-490 kHz 2400/F(kHz) 300

490-1705 kHz 24000/F(kHz) 30

1,705-30 30 30

30-88 100 3

88-216 150 3

216-960 200 3

Acima de 960 500 3

§ 4º Os limites de intensidade de campo média, medida a uma distância de 3 metros, de um equipamento de radiação restrita operando nas
faixas 902-907,5 MHz, 915-928 MHz, 2400-2483,5 MHz, 5725-5875 MHz e 24,00-24,25 GHz não devem exceder ao especificado na Tabela III. A
intensidade de campo de pico de qualquer emissão não deve exceder o valor médio especificado por mais de 20 dB. As emissões fora das faixas
de freqüências especificadas, exceto harmônicos, devem estar atenuadas por, no mínimo, 50 dB do nível da fundamental ou atender aos limites
gerais de emissão da Tabela II, devendo-se considerar o menor entre os dois valores.
Tabela III
Freqüência Fundamental Intensidade de Campo da Freqüência Intensidade de Campo de Harmônicos
Fundamental (milivolt por metro) (microvolt por metro)
902-907,5 MHz 50 500

915-928 MHz 50 500

2400-2483,5 MHz 50 500

5725-5875 MHz 50 500

24,00-24,25 GHz 250 2500

Seção IX - Equipamentos Utilizando Tecnologia de Espalhamento Espectral ou outras Tecnologias de Modulação Digital
§1º. Exceto quando estabelecido o contrário, os equipamentos operando de acordo com o estabelecido nesta Seção podem ser utilizados em
aplicações ponto-a-ponto e ponto-multiponto do serviço fixo e em aplicações do serviço móvel.

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Art. 40º - V – Em adição ao estabelecido nos incisos anteriores, os requisitos a seguir sistemas de salto em freqüência operando nas faixas 902-
907,5 MHz e 915-928 MHz:
a) A potência de pico máxima de saída do transmissor não deve ser superior a 1 Watt para sistemas que empreguem no mínimo 50 canais de
salto e 0,25 Watt para sistemas empregando menos de 50 canais de salto;
Art. 43. Exceto nos casos previstos a seguir, equipamentos utilizando tecnologia de espalhamento espectral ou outras tecnologias de modulação
digital, que façam uso de antenas de transmissão com ganho direcional superior a 6 dBi, devem ter a potência de pico máxima na saída do
transmissor reduzida para valores abaixo daqueles especificados nos incisos V, VI e VII do art. 40 e no inciso II do art. 41, pela quantidade em
dB que o ganho direcional da antena exceder a 6 dBi.

3.4 Regulamentação de Projetos de Rádio


Para auxiliar a elaboração de projetos de radiocomunicações a serem analisados pela ANATEL, foi elaborado o MANUAL DE PROJETOS
TÉCNICOS que pode ser obtido do web site da Agência Nacional de Telecomunicações.
Para a implantação de redes de telecomunicações utilizando a faixa canalizada de 406 a 430 MHz, é necessário elaborar e submeter à Anatel,
um projeto de rádio solicitando registro e liberação de rede multiponto para comunicação digital.
O projeto técnico deve ser apresentado, utilizando-se os seguintes formulários:
a) ANATEL – 027 - Diagrama de ligação da rede;
b) ANATEL – 165 - Descrição do sistema;
c) Formulários para processamento:
• ANATEL – 104 – Formulário de Estações;
• ANATEL – 105 – Formulário de Freqüências;
Esses formulários deverão ser preenchidos em computador ou com letra de forma legível e poderão ser obtidos no Escritório da Anatel mais
próximo em seu Estado, ou via Site da Anatel na Internet, através do endereço a seguir:
http://www.anatel.gov.br/outros/formularios/formulario.asp?

4. Agradecimentos
Agradecemos as contribuições de:
Luciano Valente Franz – Computech
Gilberto Caprara – Eng. de Telecomunicações

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