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Qual é o melhor modelo?
ÚLTIMAS NOTÍCIAS Reforma da Lei Rouanet proposta pelo governo federal provoca debate
sobre o financiamento da cultura no País, tanto da parte do setor
EDITORIAS público quanto do privado
Capa
Opinião
Cidades Edson Wander
Política
Economia O Brasil volta a discutir a política de incentivo à cultura colocando o
Mundo
Esporte mecanismo de renúncia fiscal no centro dos debates. Tanto em nível federal
Magazine quanto na maioria de Estados e municípios, a renúncia fiscal é o principal
mecanismo que financia as diversas manifestações artísticas do País. O
COLUNAS instrumento consiste em compensar com abatimento de imposto as empresas
Giro que patrocinam projetos culturais. Por trás do debate da renúncia, a grande
Direito e Justiça questão que se estabelece é qual o melhor modelo de financiamento público
Coluna social
Memorandum à cultura.
Crônicas e
outras histórias Especialistas ouvidos pelo POPULAR afirmam que os debates travados em
nível federal acabam servindo de baliza ao que se faz nos Estados e
SERVIÇOS municípios. Primeiro porque o modelo de incentivo federal tem sido “copiado”
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Cartas dos leitores
por secretarias da área. Goiás, por exemplo, discute neste momento a
Assinatura reforma de sua lei estadual de fomento cultural (Lei Goyazes), cuja
Acontece ineficiência na ajuda aos artistas levou a Agência Goiana de Cultura Pedro
Na telinha
Cinema
Ludovico Teixeira (Agepel) a montar grupos de trabalho para sugerir
Horóscopo mudanças (leia mais na página 7). Depois porque o próprio governo federal
Guia do Assinante parece disposto, na reforma proposta, a partilhar os recursos com os
Central do Assinante
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governos regionais.
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Uma política para a cultura
ÚLTIMAS NOTÍCIAS Fortalecimento do Fundo Nacional de Cultura e a própria definição de
políticas públicas para o setor estão no centro do debate sobre a Lei
EDITORIAS Rouanet
Capa
Opinião
Cidades Edson Wander
Política
Economia Na disputa de argumentos de lado a lado sobre a reforma da Lei Rouanet
Mundo
Esporte proposta pelo Ministério da Cultura está um ponto nevrálgico desse
Magazine instrumento de fomento à cultura e da própria configuração de uma política
pública para o setor: o fortalecimento do Fundo Nacional de Cultura (FNC) e
COLUNAS os critérios de avaliação de projetos.
Giro
Direito e Justiça Críticos como Leonardo Brant, do Instituto Pensarte, afirmam que não há na
Coluna social
Memorandum proposta da reforma instrumentos claros que garantam mais recursos aos
Crônicas e diversos fundos que seriam criados a partir do desmembramento do FNC
outras histórias (seriam cinco no texto original e depois da consulta esse número subiu para
sete, com a inclusão de um fundo específico para artes cênicas e outro para
SERVIÇOS literatura e humanidades). Para Brant, além da questão do aumento dos
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Cartas dos leitores
recursos, um dos grandes gargalos do FNC se refere à transparência na
Assinatura distribuição. “O FNC é a verdadeira caixa-preta desse ministério, apenas 20%
Acontece do orçamento é executado via editais”, critica.
Na telinha
Cinema
Horóscopo Sobre a dotação prevista na reforma, Brant diz que “a única coisa que o
Guia do Assinante Profic (Programa de Fomento e Incentivo à Cultura) fala é na criação de uma
Central do Assinante
loteria federal, algo que vem sendo tentado sem sucesso desde a gestão do
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Gil (o ex-ministro Gilberto Gil). Então, não há nada na proposta que defina
quanto e de onde virão os recursos para reforçar o caixa do fundo.”
CHARGE
Roberto Nascimento, do MinC, diz que “não há cifras”, mas “diretrizes” que
ESPECIAIS serão regulamentadas depois da aprovação da lei. “Tem vários instrumentos
Ditadura Militar
listados na proposta e mencionaria agora, além da loteria da cultura cujo
Caminhada Ecoógica
Goiânia 75 anos desenho está sendo feito com a área econômica do governo, as contribuições
Retrospectiva 2008 setoriais. A indústria editorial, por exemplo, terá de contribuir com 1% de seu
lucro para o fundo”, informa.
SITES
Vrum Leonardo Brant esclarece que é a favor do modelo de um fundo para
Lugar Certo fomentar a cultura, “mas o governamental”. Para ilustrar sua opção, cita a
OJC experiência da Inglaterra, que tem conselhos de arte regionais e sem
Jornal do Tocantins participação de governos nem de classe artística. “Lá quem define são
Tv Anhanguera
representantes da sociedade civil e os recursos saem de uma loteria direto
Goiasnet
Fundação J. Câmara para a conta dos projetos aprovados”, comenta.
Rede Anhanguera
Executiva FM
Depois de ter viajado a diversos países, Brant diz ter se convencido de um
tema que estará em seu próximo livro, O Poder da Cultura. “Está na hora de
CONTATOS invertermos uma lógica que nos aprisiona, a de achar que o Estado precisa
bancar a arte. A arte precisa ser sustentada pela sociedade civil. A sociedade
ASSINATURAS: precisa bancar a construção do espaço de construção do imaginário”, teoriza.
3250-5353
CLASSIFICADOS:
3250-5323 Dirigismo
COMERCIAL DE Para aplacar a acusação de “dirigismo cultural” que a proposta vem
INTERNET:
3250-1323 recebendo de diferentes setores, o MinC garante que vai vetar a análise
ATENDIMENTO AO subjetiva de projetos candidatos aos benefícios da lei e estuda incluir (a partir
ASSINANTE: das contribuições da consulta pública) a figura do “sistema de avaliação entre
3250-1220
pares”. Por esse sistema, os produtores que ingressassem com projetos na
lei seriam convidados a avaliar outros projetos em suas respectivas áreas.
EXPEDIENTE Neste caso, a Comissão Nacional de Incentivo Cultural (Cnic), que hoje é
responsável pela avaliação final dos projetos (depois dos pareceristas
técnicos), passaria a funcionar como um órgão formulador do ministério.
Essa discussão vai ganhar ainda mais lenha por causa da aprovação,
semana passada, de um projeto de gravação de DVD do ex-ministro Gilberto
Gil. A produtora do cantor, um dos mais destacados da MPB, apresentou
proposta para registrar o show Gil Luminoso no valor de R$ 539,5 mil e teve
aprovado a captação de R$ 445,3 mil.
Meses atrás, Caetano Veloso também foi alvo de polêmica parecida, quando
teve vetada pela Cnic a captação de R$ 1,7 milhão para a turnê de seu novo
disco (Zii e Zie) e conseguido aprovação num contato direto com o ministro
Juca Ferreira. Foi o mesmo procedimento utilizado por Maria Bethânia, cujo
projeto para registro de um show com a cantora cubana Omara Portuondo
(no valor de R$ 1,8 milhão) fora vetado pela Cnic e aprovado pelo então
ministro interino Juca Ferreira (Gilberto Gil estava de licença na época e
deixou o ministério quatro meses depois). Em sabatina realizada pela Folha
de S. Paulo na quarta-feira, o ministro Juca Ferreira disse que a reforma da
lei “não é contra os artistas consagrados”.
¤ LEIA MAIS:
COLUNAS Para Ana Carla Fonseca Reis, administradora pela Fundação Getúlio Vargas
Giro (FGV/SP), consultora da área cultural e pesquisadora dos temas economia
Direito e Justiça da cultura e economia criativa, o melhor modelo é o “híbrido”. “Franqueia aos
Coluna social
Memorandum
projetos que têm potencial de mercado para concretizá-los e reserva os
Crônicas e fundos para lidar com os que não o têm”, diz. Autora do livro Marketing
outras histórias Cultural e Financiamento da Cultura, ela, no entanto, chama atenção para a
necessidade de enfrentar a questão da distribuição e circulação de bens
SERVIÇOS culturais produzidos. Na entrevista a seguir, concedida ao POPULAR por
E-mail e-mail, ela fala ainda de outras experiências públicas no mundo e privadas no
Cartas dos leitores
Assinatura Brasil:
Acontece
Na telinha Que experiências de incentivo privado você julga interessantes no
Cinema
Horóscopo Brasil e que poderiam ser levadas em conta numa proposta pública para
Guia do Assinante o setor?
Central do Assinante Entendo que o melhor modelo – e provavelmente o único de fato sustentável
Efetuar Logout
– seja o de convergência de interesses públicos, privados e sociais. Ou seja,
quando a empresa vai além da consideração de cultura como marketing ou
CHARGE responsabilidade social corporativa e a incorpora como parte de sua
estratégia de negócios. Entende que sem profissionais qualificados perde
ESPECIAIS competitividade (Odebrecht é um bom exemplo); explora seus canais de
Ditadura Militar distribuição para também comercializar produtos culturais de pequenas
Caminhada Ecoógica
Goiânia 75 anos comunidades (Caras do Brasil, do Pão de Açúcar, outro bom exemplo) e
Retrospectiva 2008 estabelece parcerias com o setor público para atuar em projetos de
transformação da própria comunidade (como tem feito a telefônica Oi Futuro).
SITES Que modelos de política cultural pública você avalia como as melhores
Vrum
Lugar Certo
mundo afora?
OJC Como política cultural, um caso que sempre me chama a atenção é o do
Jornal do Tocantins Canadá, em especial do Québec. Eles conseguem provocar essa
Tv Anhanguera convergência de interesses que me parece tão fundamental para que a
Goiasnet
Fundação J. Câmara política cultural seja pública, não governamental. E em termos específicos de
Rede Anhanguera lei de incentivo (que é um dos vários instrumentos de política cultural
Executiva FM possíveis), o do Uruguai me parece bem mais embasado, já que considera
como variável de concessão do abatimento fiscal o espaço de exposição da
CONTATOS marca patrocinadora e sua capacidade de escolha de um ou outro projeto.
SITES
Vrum
Lugar Certo
OJC
Jornal do Tocantins
Tv Anhanguera
Goiasnet
Fundação J. Câmara
Rede Anhanguera
Executiva FM
CONTATOS
ASSINATURAS:
3250-5353
CLASSIFICADOS:
3250-5323
COMERCIAL DE
INTERNET:
3250-1323
ATENDIMENTO AO
ASSINANTE:
3250-1220
EXPEDIENTE
COLUNAS Quatro grupos de trabalho (GT) foram montados durante o 1º Fórum Goiano
Giro de Cultura, realizado pela Agepel em abril. Além do GT sobre Financiamento
Direito e Justiça Público, foram criados os GTs de Espaços Culturais, Interiorização das
Coluna social
Memorandum
Políticas Culturais e Formação. Coube ao GT de Financiamento fazer o
Crônicas e diagnóstico e propor melhorias para os instrumentos públicos de incentivo à
outras histórias cultura por parte do Estado: a Lei Goyazes e o Fundo Estadual de Cultura,
instrumento de financiamento direto, cuja falta de regulamentação se arrasta
SERVIÇOS há mais de três anos.
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