MÓDULO IV
CURSO ANUAL
OPÇÃO 3
Direito Econômico e Financeiro
Direito Eleitoral
Direito Internacional
Direito Previdenciário
Direitos Humanos
Medicina Legal
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
___________________________________________________________________
MÓDULO IV
DIREITO ADMINISTRATIVO
Estrutura e Organização da Administração
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
___________________________________________________________________________MÓDULO IV
DIREITO ADMINISTRATIVO
DIREITO ADMINISTRATIVO
Observa-se, ainda, que em razão da competência dos Municípios ser informada pelo
princípio do peculiar interesse, também denominado interesse local, a estes compete o
dever de prestar a maior gama de serviços públicos.
1
___________________________________________________________________________MÓDULO IV
DIREITO ADMINISTRATIVO
2. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
2
___________________________________________________________________________MÓDULO IV
DIREITO ADMINISTRATIVO
Terceiro Setor
Entes Paraestatais;
Organizações Sociais;
Entidades de Interesse Coletivo.
3
___________________________________________________________________________MÓDULO IV
DIREITO ADMINISTRATIVO
Cumpre esclarecer que, de acordo com as regras constitucionais e em razão dos fins
desejados pelo Estado, ao Poder Público não cumpre produzir lucro, tarefa esta deferida ao
setor privado. Assim, apenas explora atividades econômicas nas situações indicadas no
artigo 173 do Texto Constitucional. Quando atuar na economia, concorre em grau de
igualdade com os particulares, e sob o regime do artigo 170 da Constituição, inclusive
quanto à livre concorrência, submetendo-se ainda a todas as obrigações constantes do
regime jurídico de direito privado, inclusive no tocante às obrigações civis, comerciais,
trabalhistas e tributárias.
4
___________________________________________________________________________MÓDULO IV
DIREITO ADMINISTRATIVO
3. AUTARQUIAS
3.1. Definição
As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, de natureza administrativa,
criadas para a execução de serviços públicos, antes prestados pelas entidades estatais que
as criam. Contam com patrimônio próprio, constituído a partir de transferência pela
entidade estatal a que se vinculam, portanto, capital exclusivamente público. Logo, as
autarquias são regidas integralmente pelo regime jurídico de direito público, podendo, tão-
somente, ser prestadoras de serviços públicos, contando com capital oriundo da
Administração direta. A título de exemplo, citamos as seguintes autarquias: Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS), Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (CADE), Departamento nacional de Registro do
Comércio (DNRC), Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Banco Central do Brasil
(Bacen) etc.
3.2. Características
• Dirigentes próprios: depois de criadas, as autarquias possuem uma vida
independente, contando com dirigentes próprios, escolhidos na forma prevista
na lei específica criadora da autarquia ou, na falta de previsão legal, de
conformidade com os estatutos. De acordo com a jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal, qualquer condicionante externo na escolha de seus dirigentes
pode causar ilegalidade se importar invasão de competência. A aprovação de
dirigentes das autarquias, porém, pode ser admitida, a exemplo da aprovação
posterior do presidente do Banco Central, pelo Legislativo (sabatina). Por fim,
saliente-se que, de acordo com análise etimológica da expressão autarquia
(originalmente grafada como autos arquia), encontramos o significado de
governo próprio.
5
___________________________________________________________________________MÓDULO IV
DIREITO ADMINISTRATIVO
3.3. Controle
Não existe hierarquia ou subordinação entre as autarquias e a Administração direta.
Embora não se fale em hierarquia e subordinação, é forçoso reconhecer a existência de
controle em relação à legalidade, ou seja, a Administração direta controlará os atos das
autarquias para observar se estão dentro da finalidade e dentro dos limites legais. Observa-
se que a inexistência de hierarquia entre a Administração direta e as autarquias não implica
o não reconhecimento da hierarquia dentro da própria autarquia.
6
___________________________________________________________________________MÓDULO IV
DIREITO ADMINISTRATIVO
3.5. Privilégios
As autarquias são dotadas dos mesmos privilégios que a Administração direta. Com
efeito, por atuarem na busca do interesse público e submeterem-se ao regime jurídico da
Administração, obtém, legalmente, benefícios de ordem processual, a exemplo das regras
constantes do artigo 188 do Código de Processo Civil, e mesmo de fundo, a exemplo da
imunidade na área tributária, que prevê como privilégio o constante no artigo 150, § 2.º, da
Constituição Federal.
3.6. Responsabilidade
As autarquias respondem pelas próprias dívidas e obrigações contraídas. A
Administração direta tem responsabilidade subsidiária quanto às dívidas e obrigações das
autarquias, ou seja, a Administração direta somente poderá ser acionada depois de exaurido
todo o patrimônio das autarquias.
3.7. Falência
As autarquias não se submetem ao regime falimentar, pois, por serem prestadoras de
serviços públicos, além de não realizar atos comerciais, têm como princípio a sua
preservação para manutenção e expansão dos serviços por elas prestados, visando à plena
obtenção do interesse público. Logo, por não explorarem atividades econômicas, não se
lhes aplica a regra que equipara todas as suas obrigações às da iniciativa privada (artigo
173, § 1.º, inciso II, da Constituição Federal).
4. FUNDAÇÕES
4.1. Definição
As Fundações são pessoas jurídicas compostas por um patrimônio personalizado,
destacado pelo seu instituidor para atingir uma finalidade específica, denominadas, em
latim, universitas bonorum.
Essa definição serve para qualquer fundação, inclusive para aquelas que não
integram a Administração indireta (não-governamentais). No caso das fundações que
7
___________________________________________________________________________MÓDULO IV
DIREITO ADMINISTRATIVO
Tanto uma quanto outra são compostas por patrimônio personalizado. No caso da
fundação pública, o referido patrimônio é destacado pela Administração direta, que é o
instituidor da fundação. Podemos citar, a título de exemplo, as seguintes fundações:
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Universidade de Brasília (UNB),
Fundação Estadual do Bem-estar do Menor (Febem), Fundação Nacional do Índio (Funai);
Fundação Memorial da América Latina (FMAM), Fundação Padre Anchieta (TV Cultura).
8
___________________________________________________________________________MÓDULO IV
DIREITO ADMINISTRATIVO
4.2. Características
• Liberdade financeira: a exemplo das autarquias, as fundações desfrutam de
liberdade, nos limites da lei e das finalidades que perseguem, para definir a
melhor forma de utilização de seu patrimônio e capital; todavia, porque
integrantes da Administração indireta do Estado e destinatárias de verbas
públicas, submetem-se ao controle do respectivo Tribunal de Contas do ente a
que se vincula.
4.3. Controle
Não existe hierarquia ou subordinação entre a fundação e a Administração direta.
Com efeito, o que existe é uma vinculação entre a fundação e o ente da Administração
direta. Ressalte-se que, em razão da inexistência do contencioso administrativo no Direito
brasileiro, todos os seus atos são suscetíveis de reapreciação pelo Poder Judiciário, por
meio de um controle de legalidade, finalístico.
9
___________________________________________________________________________MÓDULO IV
DIREITO ADMINISTRATIVO
4.5. Privilégios
As fundações, por perseguirem finalidades públicas, são dotadas dos mesmos
privilégios que as autarquias. Logo, por atuarem na busca do interesse público e
submeterem-se ao regime jurídico da Administração, obtêm, legalmente, benefícios de
ordem processual, a exemplo das regras constantes do artigo 188 do Código de Processo
Civil, e mesmo de fundo, a exemplo da imunidade na área tributária, que prevê como
privilégio o constante no artigo 150, § 2.º, da Constituição Federal.
4.6. Responsabilidade
As fundações também respondem pelas suas próprias dívidas e obrigações
contraídas. A Administração direta tem responsabilidade subsidiária quanto às dívidas e
obrigações das fundações, ou seja, a Administração somente poderá ser acionada depois de
exaurido todo o patrimônio, as forças das fundações.
4.7. Falência
As fundações também não se submetem ao regime falimentar, pois, por serem
prestadoras de serviços públicos, além de não realizar atos comerciais, têm como princípio
a sua preservação para manutenção e expansão dos serviços por elas prestados, visando à
plena obtenção do interesse público, assim como acontece com as autarquias.
10
___________________________________________________________________
MÓDULO IV
DIREITO CIVIL
Atos e Fatos Jurídicos
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO CIVIL
DIREITO CIVIL
1. CLASSIFICAÇÃO
• Extraordinários: são aqueles que chamamos de caso fortuito e força maior, tendo
importância para o direito porque excluem qualquer responsabilidade (exemplo:
tempestade, etc.).
• Ilícitos: os atos ilícitos têm relevância para o direito por gerarem obrigações e
deveres;
novo (exemplo: a notificação – quem notifica uma outra pessoa obtém um único
efeito já previsto na lei que é constituir em mora o devedor). O ato jurídico em
sentido estrito será sempre unilateral (tendo em vista se aperfeiçoar com uma
única manifestação de vontade) e potestativo (visto que influi na esfera jurídica
de outra pessoa sem que ela possa evitar).
O Código Civil de 1916, no artigo 81, apresenta um conceito de ato jurídico, mas
que hoje se amolda mais ao negócio jurídico. Hoje, a doutrina é pacífica ao dizer que o
conceito disposto no artigo 81 é o conceito de negócio jurídico. O atual Código Civil não
apresenta nenhuma conceituação de negócio jurídico.
Existe, entretanto, alguns negócios jurídicos que podem ser unilaterais. O negócio
jurídico unilateral é aquele que se aperfeiçoa com uma única manifestação de vontade e
permite a obtenção de múltiplos efeitos. Um exemplo de negócio jurídico unilateral é o
testamento, visto que, por meio dele, o testador pode obter variados efeitos, ou seja, o
testamento pode ser utilizado, além de doar seus bens aos seus herdeiros, para reconhecer
filhos, perdoar pessoas, etc. Então, o testamento estará perfeito somente com a
manifestação de vontade do testador (unilateral) e poderá produzir os mais diversos efeitos.
Essa teoria acabou passando também para os contratos e, hoje, diz-se contrato
inexistente aquele que tem os requisitos essenciais, quais sejam:
Algumas vezes, entretanto, a lei exige uma determinada forma que não será usada
como requisito de validade, mas facilitará a prova. Essa forma, chamada de ad
probationem tantum, se não for observada, não será o contrato considerado nulo, entretanto
haverá uma dificuldade de se provar o que foi acordado.
O ato nulo é aquele que vem inquinado com defeito irremediável, estando ausente
um elemento substancial para que o negócio jurídico ganhe validade. O artigo 166 do
Código Civil determina que o negócio nulo é aquele celebrado por pessoa absolutamente
incapaz; o negócio que tem objeto ilícito; o motivo determinante também ilícito; o negócio
jurídico que tenha por finalidade fraudar a lei; o negócio jurídico sem forma prescrita em
lei ou que venha preterir alguma solenidade formal ou ainda qualquer outra hipótese em
que a lei taxativamente declarar nulo.
O ato nulo, por ser de ordem pública, possui um defeito irremediável, viola o
interesse público e deve ser fulminado através de uma ação declaratória. Por tais razões, a
eficácia é retroativa, para que não produza qualquer efeito válido. O ato nulo pode ser
alegado por qualquer pessoa, pelo Órgão do Ministério Público e até pelo Juiz de ofício. O
ato nulo não pode se ratificado e o defeito não convalesce, sendo um ato imprescritível.
4
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO CIVIL
4. DA REPRESENTAÇÃO
Hoje o artigo 117 do Código Civil autoriza o contrato consigo mesmo, isto é, a
convenção em que um só sujeito de direito, está revestido de duas qualidades jurídicas
diferentes, atuando simultaneamente em seu próprio nome, bem como no nome de outrem.
Temos como exemplo, a possibilidade da pessoa vender um bem a si mesmo, através de
um contrato de mandato. O Código Civil de 1916 rechaçava a hipótese (artigo 1.133).
5.1 Condição
A condição afeta sempre a eficácia do negócio, nunca a sua existência, uma vez que
a vontade foi legítima.
5
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO CIVIL
1.ª Incertus An Incertus quando - Não se sabe nem se acontecerá e nem quando - Ex.
Comprarei um hotel se o EUA se desmilitarizarem.
2.ª Incertus An Certus quando - Não se sabe se acontecerá mas se sabe quando. Ex.
Faço doação de minhas jóias, se meu filho passar no concurso até o final do ano.
3.ª Certus An Incertus quando - Sabe-se que o fato ocorrerá, porém não quando. Ex.
Compro um apartamento quando minha sogra morrer.
4.ª Certus An Certus quando - Sabe-se que o fato ocorrerá e quando. Exemplo:
Doarei meu carro com o término da Copa do Mundo de 98.
Só as duas primeiras são condições. Nas duas últimas falta a incerteza do evento.
5.1.2 Espécies
Quanto À Possibilidade - Possíveis
- Impossíveis
- Ilícitas
- Voluntárias
- Resolutivas
Condições resolutivas são aquelas cuja eficácia do ato opera desde logo
(entabulamento) e se resolve com a ocorrência do evento futuro e incerto. Exemplo:
Empresto o quadro enquanto você morar em São Paulo.
7
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO CIVIL
5.2. Termo
É o dia em que nasce e se extingue o negócio jurídico. É a cláusula que subordina a
eficácia de um negócio jurídico a um evento futuro e certo.
5.2.1 Espécies
- Certo
Termo -
- Incerto
Essa classificação é ruim, pois faz confundir o termo incerto com a condição. O
termo é sempre certo, podendo apenas haver imprecisão quanto ao momento.
Termo -
8
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO CIVIL
5.3. PRAZO
5.3.1 Conceito
É o lapso de tempo entre a manifestação válida de vontade e a superveniência do
tempo.
É o lapso de tempo entre dois termos, o inicial e o final. Isso porque a manifestação
de vontade pode estar subordinada a uma condição.
Os prazos são contados por unidade de tempo - hora - dia - mês - ano.
ANO - Lei 810/49 - Período de doze meses do início ao dia e mês correspondente ao
ano seguinte. Ex.: 8 de março de 1989 a 8 de março de 1990.
MÊS - (artigo 132, § 3.º) – os prazos de meses e anos expiram no dia de igual
número de início, ou no imediato, se faltar exata correspondência. Por exemplo: período de
um mês – 30 de janeiro e deveria recair no dia 30 de fevereiro. Por não haver tal dia, recai
no dia 1.º de março.
FERIADOS - São datas festivas em que, em princípio, não se trabalha. Não inclui
"ponto facultativo" e "dia santo".
5.3.2 Contagem
Art. 132, "caput", do Código Civil - Exclui o dia do começo incluindo-se o do
vencimento. Esse princípio é adotado em todos os ramos do direito, afora o Direito Penal.
O tempo de pena inclui o dia do começo. Utiliza-se o calendário comum. Não se
computam frações de dia.
Contagem da hora – artigo 132, § 4.º, do Código Civil - Minuto a minuto. Exemplo:
13:30 às 14:30 h.
9
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO CIVIL
5.4.1 Conceito
É uma limitação trazida a uma liberalidade. É uma restrição a uma vantagem para o
beneficiário de um negócio jurídico.
5.4.2 Espécies
1.º Encargo Propriamente Dito
De
2.º - É uma variedade de condição, não sendo encargo. É uma condição cujo evento
apresenta como elemento de fato uma certa modificação de alguma vantagem auferida pela
parte. (artigo 136, fine, do Código Civil).
10
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO CIVIL
São aqueles defeitos que decorrem, em geral, da manifestação de vontade. São seis
as hipóteses de vícios, se subdividindo em vícios do consentimento (erro, dolo, coação,
estado de perigo e lesão) e o vício social da fraude contra credores. Foi retirada a
simulação dos vícios, sendo inserida a hipótese entre os atos nulos.
Nos vícios do consentimento, há uma contradição entre aquilo que a pessoa deseja e
o que ela faz, ou seja, o que a pessoa manifesta não é o que ela realmente desejaria fazer. A
vontade declarada não corresponde com a intenção do agente. Nos vícios sociais, a vontade
declarada corresponde exatamente à intenção do agente, entretanto uma intenção de
prejudicar terceiros ou fraudar a lei.
Real é o erro que causa um efetivo prejuízo. Há dois critérios para se saber se um
erro é escusável ou não:
• Homo medius: toma-se por base a média das pessoas. Se um homem médio
também cometeria o engano, o erro seria escusável. Não foi esse, entretanto, o
critério aplicado pelos tribunais.
11
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO CIVIL
É aplicado, por analogia, a cada caso concreto o critério do artigo 152 do Código
Civil (que trata da coação), que determina que o juiz leve em conta as condições pessoais
da vítima (deve-se levar em conta a idade, a saúde, o sexo, temperamento, e outras
condições). O juiz deve levar em conta as condições pessoais para saber se ela seria levada
ao erro (exemplo: uma pessoa semi-analfabeta seria mais facilmente levada ao erro do que
alguém que possui curso superior).
O Código Civil dispõe, no artigo 139, incisos I a III, quando haverá erro substancial,
quando haverá aspecto relevando o negócio. Será relevante, então, o erro que diz respeito à
natureza do negócio (a pessoa se engana a respeito da espécie do contrato que celebrou); ao
objeto principal da declaração (a pessoa adquire coisa diferente daquela que imaginava
estar adquirindo); às qualidades essenciais do objeto (a pessoa adquire o objeto que
imaginava, mas engana-se quanto às suas qualidades); e à pessoa (nos casos de contratos
personalíssimos ou no caso de se contratar um profissional que se acreditava ser bom e não
era).
Em princípio, não se pode alegar erro de direito, ou seja, alegar que não se conhecia
a lei. A ignorância da lei, entretanto, só não poderá ser alegada em caso de descumprimento
da lei (artigo 3.º da Lei de Introdução ao Código Civil). O desconhecimento da lei poderá
ser alegada para justificar a boa-fé (ex.: firma-se um contrato de importação de uma
mercadoria e logo após descobre-se que existia uma lei que proibia a importação de tal
mercadoria. Poder-se-á alegar ignorância da lei para anular o contrato). O artigo 139, inciso
III, do Código Civil, expressamente adite o erro de direito e anulação do negócio jurídico,
desde que não implique em recusa à aplicação da lei e desde que seja o único ou principal
motivo do negócio.
Vício redibitório é o defeito oculto (não aparece facilmente) que torna a coisa
imprestável ao uso a que se destina. É de natureza objetiva. As ações cabíveis são
chamadas de Edilícias e são de duas espécies: ação redibitória (para rescindir contrato); e
ação quanti minoris (pedido de abatimento no preço). O prazo dessa ação é decadencial de
trinta (30) dias para bem móvel e um (1) ano para bem imóvel (artigo 445 do Código
Civil). No Código de Defesa do Consumidor o prazo é de 30 dias para bem não durável e
90 dias para bem durável.
12
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO CIVIL
O artigo 140 do Código Civil dispõe sobre o falso motivo (falsa causa) como razão
determinante do contrato. Se a causa do contrato, desde que seja colocada expressamente
como razão determinante do negócio, for declarada falsa, o contrato poderá ser anulado
(exemplo: uma pessoa fica sabendo por terceiros que tem um filho; tentando ajudar, faz
uma doação, mas dispõe expressamente na escritura que está fazendo a doação porque foi
informada que o donatário é seu filho; caso seja comprovado que o donatário não é filho, a
doação poderá ser anulada).
6.1.2. Dolo
A pessoa é induzida em erro pelo outro contratante ou por terceiro. Existe um
elemento objetivo de induzimento, sendo mais fácil a sua prova, tendo visto poder haver
testemunhas. Dolo é o induzimento malicioso à prática de um ato que é prejudicial ao
agente.
• Principal: aquele que é a causa do negócio, ou seja, é o dolo que foi responsável
pelo negócio. Se não houvesse o induzimento, a pessoa não faria o negócio.
• Acidental: aquele que a seu despeito o negócio teria sido realizado, mas em
condições melhores para a vítima. Como não é a causa do negócio, o dolo
acidental não anula o mesmo, mas dá direito a perdas e danos.
• Dolus bonus (dolo bom): é o dolo tolerável nos negócios em geral, ou seja, as
pessoas não se sentem enganadas porque já esperam esse tipo de dolo; é normal,
fazendo parte do comércio, e não causa nulidade do negócio.
• Dolus malus (dolo mau): é aquele exercido com a intenção de prejudicar e, se for
provado, causa nulidade do negócio.
O dolo pode ser exercido por ação ou por omissão. Geralmente o dolo é praticado
por ação. O artigo 147, no entanto, prevê um dolo por omissão, situação em que um dos
contratantes omite uma circunstância relevante que, se fosse conhecida pelo outro
contratante, não haveria o negócio. O legislador quis, com isso, proteger a boa-fé nos
negócios. Essa omissão dolosa pode ser chamada de reticência.
O dolo pode ser da parte ou de terceiro. O Código Civil tem uma regra especial
sobre o dolo de terceiro. Em geral, o dolo de terceiro não anula o ato, visto que o terceiro
13
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO CIVIL
não é parte no negócio, salvo se a outra parte souber do dolo. Então, no caso de o terceiro
agir por si só, não tendo o outro contratante conhecimento do dolo, só caberá à vítima ação
de perdas e danos contra o terceiro que agiu de má-fé. Dispõe o artigo 148: "Pode também
ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse
ou devesse ter conhecimento; em caso contrário, ainda que subsista o negócio jurídico, o
terceiro responderá por todas as perdas e danos da parte a quem ludibriou".
Ainda, o dolo pode ser unilateral e bilateral. O dolo bilateral é quando os dois
contratantes tentam enganar-se um ao outro, ou seja, há dolo de ambas as partes. Neste
caso, não há ação cabível para nenhuma das partes, visto terem ambas agido de má-fé.
6.1.3. Coação
Ocorre quando alguém força uma pessoa para que ela faça ou deixe de fazer alguma
coisa. A coação pode ser:
• Absoluta: quando o coator usa força física e a vítima não chega a manifestar a
sua vontade, agindo mecanicamente. Neste caso, o ato é inexistente, visto que
não houve um dos requisitos de existência do negócio jurídico, que é a
manifestação de vontade. Não é um vício do consentimento, visto que sequer
houve o consentimento;
• Relativa: também chamada de coação moral, ocorre quando o coator faz uma
grave ameaça à vítima, que terá a opção de ceder ou de resistir à ela. Neste caso,
existe um vício do consentimento, visto que houve a manifestação da vontade,
embora sob pressão.
Nos casos de negócio jurídico, o artigo 151 do Código Civil faz uma série de
exigências para que se caracterize a coação que vicie o negócio. São requisitos da coação:
• a coação deve ser a causa do negócio, ou seja, se não houvesse a coação não
haveria o negócio;
• a coação deve ser grave, ou seja, quando causa um fundado temor, um receio na
vítima. O artigo 153 do Código Civil não considera coação o simples temor
reverencial, visto que não tem gravidade suficiente;
• a coação deve ser injusta, ou seja, coação ilegal. O artigo 153, na 2.ª parte, não
considera coação o exercício normal de um direito;
• a coação deve ser proporcional, ou seja, o legislador exige que haja uma certa
proporção entre os prováveis prejuízos que a vítima possa ter. Deve-se levar em
consideração que essa proporcionalidade é relativa, visto que existem coisas que
possuem grande valor estimativo;
entendida no seu mais amplo sentido, devendo ser incluídas todas as pessoas que
possuem uma relação de intimidade com o contratante que está sendo coagido.
O artigo 152 do Código Civil dispõe que, ao apreciar a gravidade da coação, o Juiz
deve levar em conta as condições pessoais da vítima, ou seja, a idade, a saúde, o
temperamento, o sexo e outras circunstâncias que possam influir na gravidade da coação.
Nas hipóteses acima mencionadas não é nem justo que o salvador fique sem
remuneração e nem justo que o obrigado empobreça. O ato calamitoso não foi provocado
por ninguém, apenas o contrato foi efetuado de maneira desvantajosa. O perigo não é
provocado por qualquer contratante, por isso o problema não é simples.
6.1.5 Lesão
Disciplina o artigo 157 do Código Civil: "Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob
premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente
desproporcional ao valor da prestação oposta. § 1.º Aprecia-se a desproporção das
prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico.
15
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO CIVIL
O Código Civil dispõe quatro situações em que podem ocorrer fraudes contra
credores, as quais passamos a analisar:
É a situação mais comum de fraude contra credores. Se o devedor vende seus bens,
tornando-se insolvente, caracteriza-se fraude contra credores. O terceiro adquirente poderá
estar de boa-fé (quando não sabe da situação real do devedor) ou de má-fé (quando sabe da
situação real do devedor). Havendo boa-fé do terceiro adquirente, os bens não retornam ao
devedor para o pagamento dos credores.
São dois os requisitos exigidos para que os credores tenham sucesso na ação contra
o devedor que vende seus bens para fraudar os credores:
16
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO CIVIL
• eventus damni: o credor deve provar que, com a venda, o devedor se tornou
insolvente, não mais possuindo bens suficientes para o pagamento de suas
dívidas;
Quando o devedor faz doações de seus bens. Quando se trata de doações, o único
requisito que os credores devem provar é a insolvência do devedor. Não há necessidade de
prova da má-fé do terceiro adquirente. Ocorre fraude na remissão de dívidas quando o
devedor é credor de terceiro e deixa de cobrar o seu crédito, perdoando o terceiro devedor.
A ação pauliana somente é utilizada nos casos de fraude contra credores. Não se
confunde esta com a ação revocatória da Lei de Falências.
17
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO CIVIL
A ação pauliana foi tratada no Código Civil como uma ação anulatória, portanto de
natureza desconstitutiva. Se o juiz julga procedente a ação, ele anulará a venda ou a doação
do bem. Hoje, a jurisprudência passou a considerar a ação pauliana como ação declaratória
de ineficácia do negócio jurídico em face dos credores que a ajuizaram. Então, não haverá
anulação, o Juiz autorizará os credores a penhorarem os bens alienados pelo devedor.
O artigo 164 do Código Civil dispõe que são válidos os negócios ordinários
indispensáveis à manutenção de seu comércio, indústria e agricultura. O artigo 160 do
Código Civil trata de uma situação que a doutrina chama de “fraude não consumada”. Há a
permissão de que o terceiro adquirente de boa-fé – que dá um sinal e fica de pagar o preço,
descobrindo a situação do devedor –, para evitar a consumação da fraude, pode depositar o
restante do preço em juízo, requerendo a citação dos credores para, eventualmente,
levantarem o dinheiro depositado.
2.ª Corrente: exige prévia citação do devedor para existir a fraude à execução
(considera-se proposta a ação a partir da citação). Sobre o assunto, a segunda corrente é a
que prevalece na jurisprudência.
Tanto na fraude contra credores quanto na fraude à execução, o juiz não anula o ato,
apenas declara a sua ineficácia em relação aos credores.
O ato jurídico anulável é aquele que vem inquinado com um defeito que não ofende
de forma direta ao interesse social, ofendendo a ordem particular. Possui uma diferença de
grau com o ato nulo, sendo mais tênue, mais brando. De acordo como artigo 171 do
Código Civil o ato é anulável quando praticado por pessoa relativamente incapaz, ou nos
vícios acima estudados, isto é, no caso de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou
fraude contra credores.
19
___________________________________________________________________
MÓDULO IV
DIREITO COMERCIAL
Classificação das Sociedades Empresárias
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
___________________________________________________________________________MÓDULO IV
DIREITO COMERCIAL
DIREITO COMERCIAL
1. INTRODUÇÃO
Em nosso ordenamento jurídico, nem todas as sociedades são reguladas pelo Novo
Código Civil, que apesar de listar todas elas, não regula as Sociedades Anônimas que é
regulada pela Lei n. 6.404/76.
2. CLASSIFICAÇÃO
• sociedade em comandita por ações (C/A) – previstos nos artigos 1.090 ao 1.092;
Saliente-se que as sociedades de capital e indústria (C/I) foram abolidas pelo novo
Código Civil. Entretanto, continua admitida para sociedade simples, conforme artigo 1.006
e 1.007, do diploma civil.
• sociedade anônima;
3
___________________________________________________________________________MÓDULO IV
DIREITO COMERCIAL
Essa classificação é apenas didática, pois as três espécies estão sujeitas ao mesmo
regime jurídico, com todas as limitações e prerrogativas que se impõem às sociedades não-
regulares.
O Novo Código Civil prevê dois tipos de sociedades não personificadas; a sociedade
em comum (art. 986 ao 990) e a sociedade em conta de participação (art. 991 ao 996).
Com efeito, de acordo com o artigo 985 do Código Civil, as sociedades não possuem
personalidade jurídica enquanto não forem registradas. O artigo 8.º, inciso III, da Lei de
Falências, entretanto, confere capacidade processual às sociedades não-regularespara que
possam ser sujeitos passivos de procedimentos à referida lei submetidos.
4
___________________________________________________________________________MÓDULO IV
DIREITO COMERCIAL
Nas sociedades contratuais, os sócios possuem maior grau de liberdade para mudar
o conteúdo do contrato social, preenchidos os requisitos legais previstos para cada hipótese
(a exemplo do quórum para modificação do objeto social da empresa), diferentemente do
que ocorre nas sociedades institucionais, nas quais o sócio se agrega, não podendo, em
regra, alterar o estatuto.
• sociedade limitada.
• sociedade anônima;
5
___________________________________________________________________________MÓDULO IV
DIREITO COMERCIAL
• sócio ostensivo: aquele que mantém relação jurídica direta com terceiros, em
nome próprio, assumindo obrigações e adquirindo direitos. Deve
obrigatoriamente ser empresário e é o responsável por todas as obrigações dos
sócios.
A teor do que dispõe o artigo 991 e parágrafo único, nas sociedades em conta de
participação, a atividade é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome
individual, obrigando-se este perante terceiros exclusivamente; já os sócios participantes
(anteriormente denominados “ocultos”) obrigam-se perante o sócio ostensivo.
A admissão de novos sócios pelo sócio ostensivo sem o consentimento expresso dos
demais sócios é vedada, salvo estipulação expressa em sentido diverso no contrato social.
Finalmente, cumpre frisar que, nesta modalidade de sociedade, a lei exige uma
condição especial: deve o sócio ostensivo manter uma escrituração separada dos negócios
6
___________________________________________________________________________MÓDULO IV
DIREITO COMERCIAL
• sociedade anônima.
7
___________________________________________________________________________MÓDULO IV
DIREITO COMERCIAL
2.5.3. Observações
Na verdade, não há sociedade composta somente por pessoas ou somente por
capital, pois em qualquer sociedade estão presentes esses dois elementos. O que faz uma
sociedade ser de pessoas ou de capital é a necessidade, nas sociedades de pessoas, de
anuência para a transferência da participação societária e de atos de administração.
Por fim, cumpre mencionar que as sociedades contratuais, em regra, são sociedades
de pessoas, ao passo que as sociedades institucionais, em regra, são sociedades de capital.
A sociedade limitada poderá, conforme o conteúdo de seu ato constitutivo, reger-se como
sociedade de capital ou de pessoas, a depender das denominadas cláusulas-chave previstas
no respectivo contrato social. As cláusulas-chave, quando expressamente inseridas,
destinam-se a vedar ou permitir a alienação livre das partes societárias, a substituição sem
oposições do sócio falecido pelos seus sucessores e a penhorabilidade ou não das quotas
dos sócios, por dívidas particulares destes. Por isso, parte da doutrina a considera como
uma sociedade híbrida ou mista. Nesse sentido, expressivo o artigo 1.057, do Novo Código
Civil.
Note-se que essa regra também vale para a sociedade não-regular, ou seja, o sócio
sempre responderá subsidiariamente pelas dívidas por ela contraída, pois, mesmo não-
regular, a sociedade possui patrimônio próprio, sendo este responsabilizado em primeiro
lugar, em que pese às divergências doutrinárias ainda existentes.
A sociedade em nome coletivo é disciplinada pelo novo Código Civil (artigos 1.039
ao 1.044), e adota o nome empresarial firma, o qual é composto pelos nomes civis dos
sócios, ou de um deles seguido da expressão “e Cia”. São suas características:
• o contrato social deve prever todas as matérias do artigo 997, além da firma
social;
9
___________________________________________________________________________MÓDULO IV
DIREITO COMERCIAL
• sócios comanditados, obrigados somente pelo valor da sua cota e, não obstante
poderem deliberar nos assuntos da sociedade e de fiscalizar as operações, não
podem praticar qualquer ato de gestão, nem ter o nome na firma social, sob pena
de ficarem sujeitos às responsabilidades de sócio comanditado;
• a sociedade se dissolve por todos os casos do artigo 1044 ou quando por mais de
180 dias perdurar a falta de uma das categorias de sócio;
A sociedade em comandita por ações está prevista na Lei das Sociedades por Ações
(Lei n. 6.404/76), bem como artigos 1.090 ao 1.092, do novo Código Civil.
Pode adotar como nome comercial tanto a firma (razão social) quanto a
denominação.
11
___________________________________________________________________________MÓDULO IV
DIREITO COMERCIAL
12
___________________________________________________________________________MÓDULO IV
DIREITO COMERCIAL
13
___________________________________________________________________
MÓDULO IV
DIREITO CONSTITUCIONAL
Poder Constituinte
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO CONSTITUCIONAL
DIREITO CONSTITUCIONAL
Poder Constituinte
1. PODER CONSTITUINTE
1.1. Introdução
Os poderes “constituídos” da República são os Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário. Se eles são constituídos, significa dizer que algo os constituiu. Logo, existe um
Poder maior: o Poder Constituinte.
O Poder Constituinte é aquele capaz de editar uma constituição, dar forma ao Estado
e constituir Poderes.
1
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO CONSTITUCIONAL
Alguns doutrinadores entendem que existe uma limitação temporal no § 5.º do artigo
60 o qual dispõe que “a matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por
prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa”. Outros
doutrinadores consideram essa limitação procedimental.
4
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO CONSTITUCIONAL
Pergunta: A Constituição Federal poderá ser reformada para que o voto passe a ser
facultativo?
Resposta: Sim. O artigo 14, § 1.º, inciso I, dispõe sobre a obrigatoriedade do voto.
Essa obrigatoriedade, entretanto, não é limitação material por não se tratar de “cláusula
pétrea”, podendo ser objeto de emenda.
Por fim, o inciso IV dispõe que não se podem suprimir os direitos e garantias
individuais. Assim, a limitação não alcança todos os direitos e garantias fundamentais.
I – Direitos Individuais;
II – Direitos Sociais;
As espécies direitos sociais e direitos políticos não são protegidos pelo inciso IV. Se
o constituinte quisesse que todos os direitos fossem intangíveis, não teria se referido aos
direitos e garantias individuais, que é a espécie, e sim aos direitos e garantias
fundamentais, que é o gênero. Há, entretanto, polêmica sobre o assunto.
Quanto aos direitos sociais, alguns doutrinadores entendem que podem ser
suprimidos em face da inteligência do princípio do inclusione unius fit exclusio alterius (a
inclusão de um é a exclusão de outro). Outros sustentam, porém, que não podem ser
suprimidos, pois se os direitos individuais são protegidos, com mais razão devem ser
protegidos os direitos coletivos.
Há, ainda, outra matéria que divide a doutrina. A questão que se coloca é: a
Constituição pode se alterada para reduzir a idade de imputabilidade penal de 18 anos para
16 anos? Há uma corrente doutrinária (minoritária) que entende que não, pois a regra
prevista no artigo 228 da Constituição Federal trata-se de direito individual, sendo que as
garantias e direitos individuais não se esgotam no rol do artigo 5.º da Lei Maior (há
precedente do Supremo Tribunal Federal neste sentido, conforme dito acima). A corrente
majoritária defende a tese de que se o constituinte quisesse que essa regra fosse imutável a
teria colocado no já mencionado artigo 5.º.
6
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO CONSTITUCIONAL
O artigo 3.º não pode, entretanto, ser interpretado sozinho, mas sim conjuntamente
com o artigo 2.º, que previa o plebiscito para alterar a forma e o sistema de governo (o
artigo previa a realização do plebiscito no dia 07.09.1993, mas o plebiscito foi antecipado
para 21.04.1993). Desse modo, em início, a regra do artigo 3.º estaria condicionada ao
resultado do plebiscito e só haveria a revisão se fosse modificada a forma ou o sistema de
governo.
7
___________________________________________________________________
MÓDULO IV
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Salário e Remuneração
1. SALÁRIO
A Consolidação das Leis do Trabalho não define salário, somente indica seus
componentes e fixa regras de seu pagamento e de sua proteção. A relatividade da noção de
salário dificulta a sua definição. Destacamos que, segundo Amauri Mascaro Nascimento,
podemos conceituar salário da seguinte forma: “Salário é o conjunto de percepções
econômicas devidas pelo empregador ao empregado não só como contraprestação do
trabalho, mas também pelos períodos em que estiver à disposição daquele aguardando
ordens, pelos descansos remunerados, pelas interrupções do contrato de trabalho ou por
força de lei.” 1
• Exemplos:
1
MASCARO NASCIMENTO, Amauri, Iniciação ao Direito do Trabalho, 28ª edição, Editora LTr, pág.339.
1
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Devemos alertar que a proibição do salário complessivo não é uma regra absoluta,
pois comporta exceções. São admitidas algumas hipóteses de salário complessivo em nosso
ordenamento, quando, por exemplo, estipulado em convenção coletiva ou contrato.
Contudo, nesse sentido, quando um contrato estipulava uma comissão para os serviços
prestados pelo empregado e outra para o repouso remunerado e os adicionais por ventura
devidos, o Tribunal Superior do Trabalho concluiu pela sua legitimidade, desde que,
efetivamente cubra as parcelas devidas.2
2
Ac. Do TST, 3ªT., no RR-3.864/73, rel. Min. C.A.Barata da Silva, DJ de 5.6.74. No mesmo sentido, AC. da
2º T., no RR-4.501/74, DJ de 2.5.75.
2
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
1.4. Diária
É o valor fixo pago ao empregado.
O legislador para evitar que a diária fosse utilizada como salário, estabeleceu um
critério objetivo, a saber: quando a diária for superior a 50% do salário fixo terá natureza
salarial (na sua integralidade). Porém, se a diária for inferior a 50% do salário fixo terá
natureza indenizatória. Nesse sentido o Tribunal Superior do Trabalho se pronunciou:
“Enunciado n. 101: Diárias de viagem. Salário. Integram o salário, pelo seu valor
total e para efeitos indenizatórios, as diárias de viagem que excedam a 50% (cinqüenta por
cento) do salário do empregado.”
3
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
devida a referida integração quando o valor das diárias, no mês, for superior à metade do
salário mensal.”
UTILIDADE
3. REMUNERAÇÃO
Nem todas as verbas que constam do holerite são salário. A remuneração tem caráter
mais amplo e inclui tudo o que o empregado recebe como conseqüência do trabalho que
desenvolve.
O aviso prévio, a hora extra, o adicional noturno e o adicional por insalubridade são
pagos somente sobre o salário.
5
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
3.1. Vencimento
É o pagamento feito pela Administração Pública ao funcionário regido pelo regime
estatutário.
3.2. Salário
Pagamento feito ao servidor contratado sob regime celetista.
3.3. Proventos
É o benefício pago pela Previdência ao inativo.
6
___________________________________________________________________
MÓDULO IV
DIREITO PENAL
Tipo Penal
Dolo e Culpa
Crimes Qualificados pelo Resultado
Erro de Tipo
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PENAL
DIREITO PENAL
Tipo Penal
Dolo e Culpa
Erro de Tipo
1. TIPO PENAL
Importante destacar a teoria do tipo, concebida no ano de 1907, por Ernest Beling,
segundo a qual o tipo legal realiza e garante o princípio da reserva legal. Consiste na
descrição abstrata da conduta humana feita, pormenorizadamente, pela lei penal e
correspondente a um fato criminoso – também chamado de tipo incriminador. O tipo é,
então, um molde criado pela lei, em que está descrito o crime com todos os seus elementos,
sendo que alguém cometerá um delito se realizar uma conduta idêntica à constante no
modelo legal.
As normas que ampliam o tipo penal funcionam como um elo, evitando que o fato
fique sem enquadramento típico. São chamadas normas de extensão ou ampliação da figura
típica.
2. DOLO
2.1. Conceito
Existem três teorias que falam sobre o conceito de dolo:
que o bem jurídico ficou exposto a uma real situação de perigo (exemplo: crime do artigo
132 do Código Penal). O perigo abstrato, também conhecido como presumido, é aquele em
que basta a prática da conduta para que a lei presuma o perigo (exemplo: artigo 135 do
Código Penal). Os Professores Damásio de Jesus e Luiz Flávio Gomes sustentam que os
crimes de perigo abstrato não existem mais na ordem jurídica.
• Eventual: quando o agente não quer produzir o resultado, mas aceita o risco de
produzi-lo (exemplo: o motorista que, em desabalada corrida, para chegar em
seu destino, aceita o resultado de atropelar uma pessoa). Nélson Hungria lembra
a fórmula de Frank para explicar o dolo eventual: “Seja como for, dê no que der,
em qualquer caso não deixo de agir”.
3. CULPA
3.1. Introdução
Culpa é o elemento normativo da conduta (não confundir com elemento normativo
do tipo), pois sua existência decorre da comparação que se faz entre o comportamento do
agente no caso concreto e aquele previsto na norma, que seria o ideal. Essa norma
corresponde ao sentimento médio da sociedade sobre o que é certo e o que é errado.
• conduta voluntária;
• nexo causal;
• tipicidade;
3.3.1. Imprudência
É a culpa de quem age (exemplo: passar no farol fechado). É a prática de um fato
perigoso, ou seja, é uma ação descuidada. Decorre de uma conduta comissiva.
5
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PENAL
3.3.2. Negligência
É a culpa de quem se omite. É a falta de cuidado antes de começar a agir. Ocorre
sempre antes da ação (exemplo: não verificar os freios do automóvel antes de colocá-lo em
movimento).
3.3.3. Imperícia
É a falta de habilidade no exercício de uma profissão ou atividade.
No caso de exercício de profissão, arte ou ofício, se não for observada uma regra
técnica o fato poderá enquadrar-se nos artigos 121, § 4.º, e 129, § 7.º, do Código Penal.
Observe-se que só haverá aumento de pena se o agente conhecer a regra técnica e não
aplicá-la. Não incide o aumento de pena se o agente desconhece a regra.
O Código Penal de 1890, em seu artigo 297, previa a culpa in re ipsa ou culpa
presumida, resultante de inobservância de disposição regulamentar. Se, por exemplo, um
motorista sem habilitação atropelasse uma criança, responderia pelo resultado, mesmo se
não tivesse agido culposamente. Adotava-se, como se vê, a responsabilidade penal
objetiva, abolida no Código Penal de 1940.
6
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PENAL
Não confundir com concorrência de culpas que ocorre quando dois ou mais agentes,
culposamente, contribuem para a produção do resultado (exemplo: choque de dois veículos
num cruzamento).
1.ª posição: não é possível a participação em crime culposo. Isto porque, o tipo
culposo é aberto, logo não há descrição da conduta. Assim, não há que se falar em conduta
acessória e em conduta principal.
2.ª posição: é possível a participação em crime culposo, sendo o autor aquele que
realiza o núcleo do tipo doloso e partícipe quem concorre para tal. Exemplo: motorista
dirige de forma imprudente e, instigado pelo acompanhante, acaba atropelando uma
pessoa. O motorista matou a vítima, pois foi ele quem a atropelou; o acompanhante teve
participação nesta morte.
7
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PENAL
Qual a solução se o primo (do exemplo citado acima) não tivesse morrido?
8
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PENAL
4.1. Conceito
Crime qualificado pelo resultado é aquele em que o legislador, após definir um
crime completo e acabado, com todos os seus elementos (fato antecedente), acrescenta-lhe
um resultado (fato conseqüente). O resultado não é necessário para a consumação, que já
ocorreu no fato antecedente; o resultado tem a função de aumentar abstratamente a pena.
4.2. Espécies
Antecedente Conseqüente
Antecedente Conseqüente
9
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PENAL
Antecedente Conseqüente
Antecedente Conseqüente
O agente pratica um delito culposamente e, em razão desse
crime, dá causa a um resultado agravador culposo
CULPA CULPA (exemplo: incêndio culposo que resulta uma morte também
culposa).
4.3. Observações
O crime preterdoloso ou preterintencional não admite tentativa, pois o resultado
agravador é obtido a título de culpa.
Lembre-se que o latrocínio nem sempre é preterdoloso, pois o resultado morte pode
ser querido pelo agente, hipótese em que o latrocínio admite a tentativa.
5. ERRO DE TIPO
5.1. Conceito
É o desconhecimento ou falsa ideação de uma situação de fato, um dado da
realidade ou uma relação jurídica, descritos no tipo legal, como seus elementos, suas
10
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PENAL
circunstâncias ou como dados irrelevantes. Assim, o nome correto não seria erro de tipo,
mas erro sobre situação descrita no tipo.
O Código Penal conceitua erro de tipo no artigo 20, caput: “O erro sobre elemento
constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo,
se previsto em lei.”
Erro de tipo é aquele que incide sobre um dado da realidade, descrito em um tipo
penal, como:
5.2. Formas
O erro de tipo pode ser:
Nesse caso, o erro de tipo sempre exclui o dolo. Se o erro for inevitável (invencível
ou escusável), também exclui a culpa, tornando o fato atípico. Caso o erro seja evitável
(vencível ou inescusável), o agente responderá pela modalidade culposa, se houver
previsão legal desta.
Exemplo de erro escusável (invencível): um sujeito pega uma caneta, idêntica à sua,
porém, era de outra pessoa. Há um equívoco sobre a realidade impedindo que o sujeito
11
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PENAL
tenha consciência de que está praticando um crime (furto). Nesse caso exclui-se o dolo e a
culpa. Como sem dolo e sem culpa não há conduta (teoria finalista), e sem conduta não há
fato típico, o erro de tipo essencial inevitável, recaindo sobre uma elementar, leva à
atipicidade do fato.
Exemplo: “A” percebe que “B”, seu inimigo, está mexendo no bolso e pensa que ele
vai sacar uma arma; “A” mata “B”, que somente procurava um lenço (erro de apreciação
dos fatos da realidade). As conseqüências estão expostas no artigo 20, § 1.º, do Código
Penal. Se o erro for inevitável exclui o dolo e a culpa; se evitável o agente responde pelo
crime culposo, se previsto em lei.
O sujeito supõe que sua conduta recai sobre determinada coisa, mas, na realidade,
recai sobre outra. Exemplo: o agente quer furtar um saco de feijão e, por engano, furta um
saco de arroz. O crime continua sendo de furto; desconsidera-se o engano sobre a res
furtiva.
Tome-se como exemplo, o sujeito que deseja matar “A” e, por uma confusão
mental, acaba matando “B” (olhou “B” e pensou que fosse “A”). O crime continua sendo
de homicídio. O sujeito responderá como se a vítima efetiva “B” fosse a vítima virtual “A”,
ou seja, responderá pelo crime como se tivesse matado “A”.
O artigo 20, § 3.º, segunda parte, dispõe o seguinte: “não se consideram, neste caso,
as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria
praticar o crime”. Se, por exemplo, um sujeito quer matar um inimigo e, pressentido a
aproximação de um vulto, atira e vem a matar o próprio pai, não incidirá a agravante
genérica prevista no artigo 61, inciso II, alínea “e”, primeira figura. Se, entretanto, o sujeito
quer matar o próprio pai e acaba matando um terceiro desconhecido, incidirá a agravante
mencionada.
• Aberratio ictus com resultado único ou com unidade simples: somente o terceiro
é atingido (terceiro inocente ou vítima efetiva). O agente responderá pelo crime
como se tivesse matado a vítima virtual (artigo 73 do Código Penal).
• Aberratio ictus com resultado duplo ou com unidade complexa: o agente atinge o
alvo querido, mas também o não querido, ou seja, são atingidos a vítima
pretendida e o terceiro inocente. Aplica-se a regra do concurso formal perfeito. O
agente responderá, quanto à vítima pretendida, por homicídio doloso e, quanto
ao terceiro, por homicídio culposo.
O sujeito quer atingir um bem jurídico e atinge outro. Há duas espécies de aberratio
delicti:
13
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PENAL
• Aberratio delicti com unidade complexa (resultado duplo): são atingidos o bem
pretendido e o bem diverso. O agente responde por concurso formal (dolo no
pretendido e culpa no diverso).
Se o resultado previsto como culposo for menos grave, ou se ele mesmo não tiver
modalidade culposa, não se aplica a regra da aberratio criminis, prevista no artigo 74.
Exemplo: o agente atira na vítima e não a acerta (tentativa branca), vindo, por erro, a
atingir uma vidraça; aplicada a regra, a tentativa branca de homicídio ficaria absorvida pelo
dano culposo, e, como este não é previsto no Código Penal, a conduta seria considerada
atípica. O dano culposo não teria forças para absorver uma tentativa de homicídio, mesmo
porque nem sequer constitui crime.
e) Dolo geral ou erro sucessivo ou erro sobre o nexo causal (aberratio causae)
14
___________________________________________________________________
MÓDULO IV
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
MP no Processo Civil
Litisconsórcio
1. PROCESSO
Assim, conforme realizado no estudo das ações, faz-se a divisão dos processos,
instrumento destas, de acordo com a natureza do provimento que, mediante tais
instrumentos, se deseja obter do Poder Judiciário.
1
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Juiz
Autor X Réu
2
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
• meramente declaratórias;
• constitutivas; condenatórias.
Por sua vez, as sentenças constitutivas são aquelas que criam, modificam ou
extinguem uma relação jurídica, sendo, portanto, consideradas positivas ou negativas.
As sentenças condenatórias são aquelas que apresentam uma sanção. A partir desta
decisão, a parte passa a obter um título executivo judicial. A sentença condenatória na
esfera penal também origina o título executivo judicial que possibilita a reparação do dano
causado, todavia, somente após o seu trânsito em julgado, por necessidade de observância
do princípio da presunção de inocência, constitucionalmente garantido.
Seu objeto, conforme dito, é gerar eficácia das decisões proferidas em sede de juízo
de conhecimento. Aqui o juiz não vai dizer o direito, mas sim satisfazer a parte detentora
do título, que já representa o direito.
Assim, toda vez que houver risco de ser ineficaz a decisão proferida nas ações de
conhecimento e execução poderá a parte, portanto, desde que demonstre a existência dos
requisitos do periculum in mora (perigo na demora da decisão) e fumus boni iuris
(plausibilidade), requerer uma medida de natureza cautelar, a fim de evitar a frustração dos
efeitos concretos das ações em andamento.
2. PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
2.2.3. Citação
A citação torna efetivo o processo existente, como relação angular entre as partes e
mediação do juiz, exercendo a jurisdição, conforme dito. Todavia, a citação deve ser
válida, ou seja, exige que estejam presentes os seus requisitos intrínsecos (conteúdo
mínimo), bem como seus requisitos extrínsecos (formalidades essenciais), para que
efetivamente forme o processo.
5
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
um processo que sequer deveria existir chega a seu final, com sentença. Assim, às
partes é conferido um instrumento, uma ação para a correção de tal vício, denominada
querella nulitatis insanable. Essa ação possui natureza declaratória da inexistência do
feito, processa-se perante o juiz de primeiro grau pelo rito ordinário, admitindo, por
conseguinte, ampla dilação probatória, e não se submete a prazo prescricional. Essa
última afirmação talvez seja a mais importante a respeito do instituto. Com efeito,
entendimento jurisprudencial sumulado pelo Pretório Excelso determina que atos
constitucionais, inexistentes, não se convalidam no tempo.
a) Positivos (intrínsecos)
7
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
b) Negativos (extrínsecos)
3. ATOS PROCESSUAIS
Sob a ótica estrutural que a doutrina atual emprega ao processo, este, como o
próprio nome diz, é uma estrutura dinâmica, considerado um conjunto seqüencial de atos,
que visam à solução da lide por meio da tutela jurisdicional. Os atos, portanto, são
ordenados, havendo uma seqüência lógica e cronológica.
Isso faz com que o processo seja conceito mais complexo que procedimento, uma
vez que resulta da combinação do procedimento com a relação jurídica processual. Com
efeito, a própria relação processual, por ser progressiva, goza de complexidade, já que os
eventos nela ocorridos geram modificação, constituição e, por fim, sua extinção.
Dessa forma, a doutrina conceitua ato processual como “todo aquele praticado pelos
sujeitos processuais visando à criação, modificação ou extinção da relação jurídica
9
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
• Atos das partes, bem como de terceiros intervenientes (artigos 158 a 161);
jurisdição
a 171)
10
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
De acordo com o artigo 162 do Código de Processo Civil, temos os seguintes atos
previstos para a atuação do juiz:
11
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
• Sentença (Acórdão): é o ato pelo qual o juiz põe termo ao processo, decidindo ou
não o mérito da causa. Contrariando o conceito legal acima apontado, a doutrina
define sentença como o ato do juiz que põe fim ao procedimento de primeiro
grau, pois, acertadamente, muitas vezes o feito prossegue em sede recursal, e será
concluído apenas com um acórdão, assim entendido o provimento de órgão
colegiado. É na sentença que ocorre a efetivação da tutela jurisdicional. As
sentenças são: processuais ou terminativas, isto é, aquelas que não enfrentam o
mérito (artigo 267 do Código de Processo Civil); definitivas, ou de mérito, isto é,
aquelas que julgam o mérito (artigo 269 do Código de Processo Civil).
• Decisão interlocutória: ato pelo qual o juiz resolve questões incidentes. Questões
incidentes são dúvidas que surgem no desenvolvimento do processo e que são
dirimidas pelo juiz, mas que têm como causa hipóteses não previstas nos artigos
267 e 269 do Código de Processo Civil. Por possuir conteúdo decisório, é cabível
o recurso de agravo de instrumento ou agravo retido de decisão interlocutória. As
questões incidentes que dão azo à manifestação jurisdicional por meio de
decisões interlocutórias podem ocorrer em qualquer fase do procedimento, quer
na fase instrutória ou mesmo na fase recursal.
• Despachos: despachos são todos os demais atos praticados pelo juiz. Tais atos
não envolvem o direito que se discute nos autos, nem o interesse colocado em
litígio pelas partes. Visam somente ao regular andamento do processo. A
diferença entre despacho e decisão interlocutória está na carga decisória ausente
nos despachos. Caso esta exista, tratar-se-á de uma decisão interlocutória.
O rol de atos conferidos ao juiz, em que pese à sua previsão legal, não é exaustivo,
pois o juiz ainda realiza audiências, inspeções judiciais, presta informações em agravos de
instrumentos ou mandados de segurança e, ressalte-se, o juiz ainda pratica atos materiais,
que são aqueles que não têm qualquer caráter de resolução ou determinação.
12
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
(a exemplo dos escreventes). São atos burocráticos dispostos nos artigos 166 e seguintes do
código, e que o escrivão deve seguir para o bom desenvolvimento procedimental.
• Atos de comunicação: são todas as ordens do juiz que precisam ser comunicadas
às partes, seus representantes ou outros serventuários da justiça. Temos como
exemplo a expedição de um mandado citatório, de uma carta precatória, o
encaminhamento de publicações à imprensa oficial etc.
• Atos de logística: são atos que assessoram o juiz, como o depósito de valores e
materiais, além de outras certidões em que o escrivão apõe sua assinatura
devidamente dotada de fé pública.
• Instrutórios e probatórios: são atos que dão suporte à alegação da parte e que
buscam o convencimento do juiz, a exemplo da juntada de documentos, da
indicação de assistentes técnicos e oferecimento de quesitos.
• Reais: são as condutas materiais das partes no processo. Como exemplo, cita-se o
depoimento prestado pela parte.
13
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Durante as férias forenses não são praticados atos processuais, à exceção daqueles
em que se possa vislumbrar a ocorrência de dano pela sua não efetivação, previstos, ab
initio, de modo exemplificativo no artigo 173 do Código de Processo Civil.
4. PRAZOS PROCESSUAIS
Conforme dito, o processo, por ser dinâmico, lógico e contínuo, tramita pela prática
de atos processuais que estão ligados entre si e são sucessivos, com o objetivo de chegar ao
seu final com a prolação da sentença de mérito. É cediço na doutrina, na lei e na
jurisprudência que o processo só tem início com provocação pelas partes, todavia se
desenvolve por meio do impulso oficial, que tem o condão de transferir aos sujeitos do
contraditório ônus processuais, assim definidas as incumbências de prática de
determinados atos que, se não realizados, importam prejuízo em desfavor exclusivamente
da parte omissa.
Por certo, em razão de não ser o processo um fim em si mesmo, e estar fadado à
extinção, a prática dos atos processuais está presa a limites temporais, para que o processo
não perdure indefinidamente.
Dessa maneira, todos os atos processuais têm prazo limite, dentro do qual devem
obrigatoriamente ocorrer, sob pena de sujeição às conseqüências processuais advindas de
sua ausência. Por isso, os prazos estão sujeitos à contagem a partir de um termo inicial
(dies a quo) até o seu termo derradeiro (dies ad quem).
14
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
• prazos legais: são os definidos em lei, não tendo disponibilidade sobre estes, em
princípio, nem o juiz nem as partes;
• prazos judiciais: são os fixados a critério do juiz, que deve utilizar como critério
definidor a complexidade da causa.
• Prazos dilatórios: são aqueles que podem ser alterados (reduzidos ou ampliados)
pela vontade das partes ou pelo juiz. Nesse passo, ressalte-se que ao juiz só é
facultada a ampliação dos prazos dilatórios. Temos como exemplo a hipótese em
que a lei autoriza o incremento do prazo para apresentação das alegações finais
verbais.
• Prazos peremptórios: são aqueles inalteráveis pela vontade das partes ou por
determinação judicial, e que, descumpridos, geram situação de desvalia para a
parte omissa. Como exemplo podemos citar o prazo para apresentar resposta
(contestação, reconvenção e exceções) ou recurso.
A lei não distingue a natureza dos prazos, se dilatórios ou peremptórios; para tanto,
deve-se observar as conseqüências jurídicas advindas de seu decurso in albis.Acarretando
situação de desvalia para o omisso, será peremptório; do contrário, dilatório.
O artigo 184 do Código apresenta regra geral de contagem dos prazos, segundo a
qual exclui-se o dia do início (dies a quo) e inclui-se o dia do vencimento do prazo (dies
ad quem). Com efeito, consoante as disposições do artigo 184, § 2.º, a contagem só começa
correr no primeiro dia útil após a intimação.
16
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
4.6. Preclusão
Preclusão é o fenômeno endoprocessual que determina a perda, pela parte, da
faculdade processual de praticar determinado ato. Com efeito, nosso sistema processual,
com o objetivo de trazer segurança às relações jurídicas que se sucedem nos feitos, é todo
baseado em preclusões. Assim, a possibilidade de prática de atos processuais se submetem
a etapas ordenadas, seqüenciais, que exigem efetivo respeito aos prazos preestabelecidos.
Em síntese, não realizado o ato, ou realizado de modo diverso, tais prerrogativas perdem-se
e não poderão ser repostas.
Temos, portanto, perda de um direito subjetivo processual, pelo seu não uso, ou uso
optativo dentre as possíveis formas de realização, no prazo e no tempo devidos. Isso ocorre
pela inação da parte litigante, que deixou de praticar certo ato dentro do prazo legal e
judicial, impedindo que o processo prossiga.
17
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
5.1 Introdução
O artigo 127 da Constituição Federal apresenta o Ministério Público como função
essencial ao exercício da atividade jurisdicional, confere-lhe autonomia e define os seus
objetivos, funções institucionais, ressaltando que lhe incumbe a defesa da ordem jurídica,
do regime democrático e dos interesses individuais e indisponíveis.
• princípio da unidade;
• princípio da indivisibilidade;
19
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
quando assim atuar estará agindo como substituto processual, por haver legitimação
extraordinária (defesa, em nome próprio de direito alheio).
Atuando como parte, o Ministério Público, nos termos do artigo 188 do diploma
processual, possui prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer, em razão
da gama de funções a este órgão atribuídas. Dessa forma, tal regra se mostra condizente
com o princípio da eficiência dos serviços públicos.
• nas causas em que existem litígios coletivos, pela posse de terra rural, e em todas
as causas de interesse público.
Por fim, quer como parte, quer como fiscal da lei, a responsabilidade pessoal dos
membros do parquet, no âmbito civil, será restrita às hipóteses em que se verificar que este
procedeu com dolo ou fraude, como forma de garantir, de modo fático, maior
independência e tranqüilidade no exercício de suas relevantes funções.
20
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
De acordo com a doutrina, entende-se pelo vocábulo “parte” todo aquele que
participa da lide, exercendo direitos e submetendo-se a ônus e deveres. Com efeito, juiz é
sujeito processual, todavia não é parte. A depender do estágio e da natureza do processo, as
partes recebem diferentes designações, a exemplo das seguintes: exeqüente/executado,
autor/réu, credor/devedor, caucionante/caucionado etc. Para que um processo se
desenvolva regularmente, dentre seus pressupostos de existência encontra-se a exigência de
capacidade processual, bem como de seus consectários lógicos. Em relação às pessoas
físicas, com efeito, o Código dispõe que os incapazes devem ser, em juízo, representados
ou assistidos, a depender de ser a incapacidade absoluta ou relativa.
Se o incapaz é menor órfão, para tais fins considerado aquele cujos pais já
faleceram, ou foram destituídos do pátrio poder, será representado por um tutor, bem como
quando os interesses dos pais colidirem com os interesses do menor. Tal representação, por
meio de tutor, será obrigatória até que o menor atinja a maioridade, ou seja, quando estiver
judicialmente emancipado.
21
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
• sempre que o réu estiver preso (em regime fechado ou semi-aberto), para que ele
possa exercer plenamente seu direito de defesa. Entretanto, só será nomeado
curador especial se o réu for citado e não possuir defensor;
• se o réu revel for citado por edital ou com hora certa e não comparecer em juízo,
visto que tem direito constitucional ao contraditório e à ampla defesa.
Essas hipóteses estão previstas no Código de Processo Civil e, nesse passo, cumpre
salientar que a Lei n. 8.842/94 (Estatuto do Idoso) previu mais uma hipótese, ou seja, a do
idoso que tenha 60 anos completos, e que, em razão da idade, não possuir condições de
discernir e acompanhar o processo. Estando o idoso já bem representado, não haverá
necessidade de nomeação de curador especial.
Embora não haja determinação legal de que o curador deverá ser advogado, o juiz,
normalmente, nomeará um advogado, visto que, se for curador leigo, deverá contratar um
advogado para auxiliá-lo. A pessoa nomeada como curador poderá declinar de sua
nomeação, não havendo obrigatoriedade de aceitar o encargo.
pelos cônjuges o regime da separação de bens (art. 1.687, do Código Civil). Reflexamente,
protegem-se os interesses da prole atual ou mesmo futura. A lei diferencia as exigências
para que os cônjuges sejam validamente inseridos em determinada relação jurídica
processual, a depender do pólo em que se encontrem, ou seja:
• Pólo ativo: no casamento com regime de separação de bens, quem figura no pólo
ativo é o cônjuge proprietário, trazendo a respectiva outorga uxória. No
casamento com regime de comunhão de bens forma-se um condomínio entre os
cônjuges e os dois podem figurar no pólo ativo, conjunta ou separadamente; caso
optem por ingressar com ação separadamente, devem trazer a outorga uxória.
• Pólo passivo: sempre que figurar no pólo passivo de uma ação real imobiliária
uma pessoa casada, deverão ser citados, obrigatoriamente, ambos os cônjuges, ou
seja, forma-se um litisconsórcio necessário, ainda que o outro cônjuge não tenha
nenhum envolvimento com o fato que gerou a ação, e que o regime de bens seja o
da separação absoluta. Nas ações possessórias, não se aplicam as regras das ações
reais imobiliárias, tendo em vista a sua natureza pessoal, ou seja, nas ações
possessórias não há necessidade de outorga uxória no pólo ativo, nem
litisconsórcio necessário no pólo passivo, exceto se decorrente de ato por ambos
praticado.
– Herança jacente: quando o sujeito morre sem deixar testamento e sem deixar
nenhum herdeiro, até que se converta em herança vacante, é considerada
herança jacente. Sua existência implica a publicação de editais para
chamamento de eventuais herdeiros.
– Espólio: é a massa indivisa dos bens deixados por alguém que já morreu.
Surge com a abertura da sucessão e dura até o trânsito em julgado da sentença
que decreta a partilha dos bens.
“Art. 14:
24
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam do
processo:
25
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
26
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
6.6. Procuradores
Os procuradores, nos termos do diploma processual, são indispensáveis, via de
regra, ao exercício do direito de ação, e suas regras estão dispostas nos artigos 36 a 45 do
Código. A capacidade postulatória, pressuposto de existência do processo, vem
disciplinada junto ao tema, e já se encontra explicitada neste trabalho.
A parte pode revogar o mandato outorgado ao seu advogado, mas precisa constituir
outro patrono, pena de extinção do feito por falta de pressuposto de existência. Da mesma
forma, o advogado que renuncia deve evitar a ocorrência de prejuízo à parte dantes
patrocinada, e, para tanto, dispõe a lei processual que deve continuar representando-a por,
pelo menos, mais dez dias, até que seja constituído outro procurador.
7. LITISCONSÓRCIO
27
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
7.1. Classificação
Há várias classificações a que se submete o instituto do litisconsórcio, conforme os
critérios abaixo explicitados.
28
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
• Quando houver afinidade por um ponto de fato ou direito: situações afins são
aquelas que possuem alguma semelhança. A palavra “afinidade” utilizada pelo
legislador não é uma palavra exata. O vocábulo vago foi utilizado
propositalmente para que se permita ao juiz uma certa margem de
“discricionariedade”, por óbvio, dentro dos limites legais, para verificar se há ou
não similitude que permita a formação do litisconsórcio.
Existem outras situações em que o litisconsórcio é necessário, ainda que não exista
lei determinando sua formação. Há certas situações em que existe uma única relação
jurídica que pertence a mais de uma pessoa, a exemplo do casamento, relação jurídica
pertencente a, no mínimo, duas pessoas. Quando há uma relação jurídica que pertença a
duas ou mais pessoas, qualquer ação que envolva essa relação jurídica deverá,
obrigatoriamente, haver a formação de um litisconsórcio necessário, ainda que não
disposto em lei. Assim, a título de exemplo, se o Ministério Público propor entrar uma
anulação de casamento, obrigatoriamente, haverá um litisconsórcio necessário no pólo
passivo, composto pelos cônjuges.
• pela natureza da relação jurídica (relação jurídica única que envolve mais de um
interessado).
30
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Havendo uma única relação jurídica que envolva mais de um interessado, cumpre
observar que, caso haja lei autorizando que apenas uma das partes defenda o interesse
conjunto dos litisconsortes na relação jurídica processual (legitimação extraordinária ou
substituição processual), estar-se-á criando um litisconsórcio facultativo, mas ainda
unitário, visto que a relação jurídica é única.
• quedar-se inerte;
32
___________________________________________________________________
MÓDULO IV
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Inquérito Policial
• a convite do morador;
1
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL PENAL
• em caso de desastre.
Durante o dia:
A busca pessoal é aquela feita na própria pessoa. Independe de mandado, desde que
haja fundada suspeita. Pode ser realizada a qualquer dia e a qualquer hora, salvo se a
pessoa estiver em seu domicílio.
A testemunha tem o dever de falar a verdade, sob pena de responder pelo crime de
falso testemunho (artigo 342 do Código Penal). O ofendido que mentir não comete crime
de falso testemunho.
2
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL PENAL
1.4.1. Indiciamento
Consiste na suspeita oficial acerca de alguém, ou seja, é a imputação a alguém, no
inquérito policial, da prática de ilícito penal, sempre que houver razoáveis indícios de sua
autoria. É um ato abstrato, um juízo de valor da autoridade policial que vai reconhecer
alguém como principal suspeito.
3
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Entendemos que o artigo 15 do Código de Processo Penal foi ab-rogado pelo artigo
5.º do novo Código Civil, uma vez que não existe mais indiciado menor.
A alínea c foi derrogada, pois a hipótese não subsiste em face do artigo 5.º do novo
Código Civil. Fica, assim, superada a questão de ser absoluta ou relativa a nulidade
proveniente da ausência de nomeação de curador ao menor de 21 anos de idade.
Por fim, há outra hipótese em que o portador da cédula de identidade civil está
obrigado a submeter-se à identificação criminal: trata-se da identificação criminal de
pessoa envolvida com ação praticada por organização criminosa (artigo 5.º da Lei n.
9.034/95).
5
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL PENAL
O indiciado não pode ser obrigado a participar da reconstituição, o que violaria seu
direito ao silêncio e seu corolário, o de que ninguém está obrigado a produzir prova contra
si, mas pode ser obrigado a comparecer (artigo 260 do Código de Processo Penal).
1.8. Relatório
Concluídas as investigações, a autoridade policial deve fazer minucioso relatório do
que tiver apurado no inquérito policial, sem, contudo, expender opiniões, julgamentos ou
qualquer juízo de valor, devendo, ainda, indicar as testemunhas que não foram ouvidas,
bem como as diligências não realizadas.
6
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO PROCESSUAL PENAL
2.1.2. Tóxicos
• Lei n. 6.368/76: se o indiciado estiver preso o prazo para remessa ao Poder
Judiciário é de 5 dias (no caso de tráfico é de 10 dias for força do artigo 35,
parágrafo único). Na hipótese de liberdade, o prazo é de 30 dias (artigo 21, §
1.°).
3. ARQUIVAMENTO
• oferecer a denúncia;
Arquivado o inquérito policial, não poderá ser promovida a ação privada subsidiária,
pois esta só é possível no caso de inércia do Ministério Público.
O pedido de arquivamento feito pelo titular da ação penal privada significa renúncia
tácita (causa a extinção da punibilidade).
8
___________________________________________________________________
MÓDULO IV
DIREITO TRIBUTÁRIO
Empréstimos Compulsórios e
Contribuições Parafiscais
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO TRIBUTÁRIO
DIREITO TRIBUTÁRIO
Empréstimos Compulsórios
e Contribuições Parafiscais
1. EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
Ser restituível é faceta que não ocasiona a perda de sua natureza tributária, pois, não
obstante o produto arrecadado voltar ao contribuinte, o artigo 4.º, inciso. II, do Código
Tributário Nacional, estabelece que a natureza jurídica do tributo é determinada pelo fato
gerador em abstrato e não pela destinação do produto da sua arrecadação .
1
Direito Tributário. Atualiz. Misabel Abreu Machado Derzi. 11.ª ed. Rio de Janeiro: Forense.p.182.
1
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO TRIBUTÁRIO
Também medida provisória não pode criar nem alterar empréstimos compulsórios,
pois a conversão da medida provisória em lei depende de maioria simples, enquanto a lei
complementar depende do quórum de maioria absoluta, conforme previsto no artigo 69 da
Constituição Federal.
A aplicação dos recursos provenientes desse tributo deve ser vinculada à despesa
que o fundamentou (artigo 148, parágrafo único, da Constituição Federal). Esse dispositivo
representa uma garantia ao contribuinte.
Nesse sentido, cabe aqui analisar o artigo 148, assim expresso na Constituição
Federal:
Com efeito, guerra externa ou sua eminência, são justificativas para a criação de
duas modalidades tributárias: empréstimo compulsório (artigo 148, inciso I) e/ou imposto
extraordinário (artigo 154, inciso II).
2
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO TRIBUTÁRIO
Nesses casos, a aplicação do princípio da anterioridade (artigo 150, inciso III, alínea
b) é obrigatória por expressa previsão constitucional.
Assim, com amparo nessa crítica, poderiam alguns afirmar que o conteúdo desta
espécie tributária estaria esvaziado pois o investimento público, que fora classificado como
de caráter urgente, só seria custeado pelo empréstimo no exercício seguinte. Portanto, não
haveria urgência, uma vez que as verbas não seriam arrecadadas em breve espaço
temporal.
1.3. Observações
Fenômenos como calamidade pública, guerra externa, iminência de guerra externa e
investimento público são apenas alguns dos pressupostos necessários e suficientes para que
o empréstimo compulsório seja criado.
Tais fenômenos não são hipóteses de incidência do tributo, uma vez que à lei
complementar cabe determinar hipóteses de incidência de tributos.
• Relação jurídica tributária: na qual figura como sujeito ativo a União e como
sujeito passivo o contribuinte. Assim, saldada a obrigação, restará extinta esta
primeira relação jurídica (a relação jurídica tributária).
Com efeito, trata-se de duas relações jurídicas, pois há inversão dos pólos da
obrigação.
3
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO TRIBUTÁRIO
1.4. Restituição
Representando a relação jurídica administrativa, a restituição reputa-se obrigatória.
Portanto, decorrido o prazo e preenchidas as condições, deverá o sujeito ativo (outrora
devedor do tributo) ser restituído do valor pago, devidamente corrigido.
Os prazos e condições de resgate deverão ser fixados na própria lei que institui o
tributo, criando assim, ao contribuinte, o direito subjetivo de receber o valor “emprestado”
compulsoriamente à União.
Faz-se oportuno frisar que a restituição deve ser integral e com valores devidamente
atualizados, efetuada em moeda, cumprindo assim princípio constitucional que veda o
confisco.
2.1. Introdução
Modalidade tributária prevista nos artigos 149 e 195 da Constituição Federal, as
contribuições parafiscais são instituídas pela União.
4
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO TRIBUTÁRIO
5
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
DIREITO TRIBUTÁRIO
• a receita ou o faturamento;
• o lucro.
O inciso II trata das contribuições dos empregados (do trabalhador e dos demais
segurados da Previdência Social). Essas contribuições revestem-se da natureza jurídica das
taxas, uma vez que são cobradas em decorrência de o serviço de Previdência Social ter sido
colocado à disposição do empregado. É de se salientar que, consoante o inciso II, não é
possível incidir referida contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime
geral da Previdência Social.
O inciso III trata das contribuições incidentes sobre a receita dos concursos de
prognósticos. Tal expressão refere-se aos jogos pelo Poder Público fomentados. A título de
exemplo, temos a loto, a sena, dentre outros.
Segundo tal parágrafo, as contribuições previstas no artigo 195 podem ser exigidas
90 dias após a publicação da lei que as instituiu ou aumentou.
Sociais - patronais;
- sobre a receita de
concursos de prognósticos
6
___________________________________________________________________
MÓDULO IV
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Drogas
O crime ora estudado é próprio, porquanto só pode ser praticado por funcionário
público, desde que tenha tomado conhecimento do objeto do sigilo em razão da função.
Essa qualificação doutrinária sustenta-se na parte final do preceito secundário da norma, na
qual está ressalvada a aplicação das sanções administrativas ao infrator. É uma norma
especial em relação ao artigo 325 do Código Penal (violação de sigilo funcional). O artigo
17 tipifica penalmente o sigilo estabelecido no artigo 26 da Lei n. 6.368/76:
O inciso III, por sua vez, contém duas causas de aumento. São elas:
• crime decorrente de associação. Essa causa de aumento não incide sobre o artigo
14, para evitar bis in idem em matéria penal. Recai, no entanto, nos casos de
mero concurso de pessoas;
2
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Aplica-se o disposto no artigo 19 qualquer que seja a infração penal cometida, isto
é, prevista ou não na Lei n. 6.368/76. Se, ao tempo da ação ou omissão, em razão de
dependência químico-toxicológica ou em função de efeito de substância entorpecente
proveniente de caso fortuito ou força maior, não tinha o agente a capacidade de entender o
caráter criminoso do fato, tampouco de determinar-se de acordo com esse entendimento,
será absolvido. Sendo a causa da inimputabilidade a dependência, será imposto ao réu um
tratamento (artigo 29 da Lei n. 6.368/76).
4.1. Procedimento
Há, atualmente, controvérsia sobre qual o procedimento aplicável aos crimes
definidos na Lei n. 6.368/76. A divergência decorre da entrada em vigor da Lei n.
10.409/2002. Nela, nos artigos 27 e seguintes, está disciplinado um novo rito, muito mais
amplo e, conseqüentemente, mais benéfico ao acusado. Daí porque sustentamos que ele
deve ser aplicado para evitar eventual nulidade do processo ab initio, caso a jurisprudência
venha a consagrá-lo.
4
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
5
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Lei n. 10.409/2002
Indiciado Preso
4.º) Permitiu a redução da pena, mesmo que a revelação eficaz seja posterior ao
oferecimento da denúncia (§ 3.º do artigo 32);
6.º) Fixou o prazo de 10 dias para o exame do inquérito policial, inclusive para o
oferecimento de denúncia. Não há possibilidade de alteração desse prazo, quer porque a
nova Lei não a prevê, quer porque o parágrafo único do artigo 35 da Lei n. 6.368/76 – que
previa a duplicação de prazos procedimentais e processuais nos casos de tráfico de
8
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
entorpecentes (artigos 12, 13 e 14) – foi tacitamente revogado pela Lei n. 10.409/2002.
Veja o quadro:
Indiciado Preso
9
__________________________________________________________________________ MÓDULO IV
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
12.º) O laudo de exame químico-toxicológico deverá ser juntado aos autos até o dia
anterior ao designado para a audiência de instrução e julgamento (parágrafo único do artigo
31).
10
___________________________________________________________________
MÓDULO II
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
__________________________________________________________________________ MÓDULO II
PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
Sentencie.
1
__________________________________________________________________________ MÓDULO II
PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
Nome
2
__________________________________________________________________________ MÓDULO II
PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
3
__________________________________________________________________________ MÓDULO II
PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
4
__________________________________________________________________________ MÓDULO II
PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
5
__________________________________________________________________________ MÓDULO II
PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
6
___________________________________________________________________
MÓDULO II
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
__________________________________________________________________________ MÓDULO II
PRÁTICA DE PROCESSO PENAL
Vítima Luísa
“... Eram quase nove horas quando a campainha retiniu com pressa. Julgou que seria
Joana de volta; foi abrir com um castiçal, - e recuou vendo Juliana, amarela, muito
alterada.
1
O primo Basílio. José Maria Eça de Queiroz. São Paulo : Ática 21ª ed. 1998.
1
__________________________________________________________________________ MÓDULO II
PRÁTICA DE PROCESSO PENAL
Então a senhora imagina que isto há de ficar assim? A senhora imagina que por seu
amante se safar, isto há de ficar assim?
- Se a senhora pensa, que por o seu amante se safar, isto há de ficar em nada? –
berrou.
- A senhora bem sabe que eu guardei as cartas, para alguma cousa era! Queria pedir
ao primo da senhora que me ajudasse! Estou cansada de trabalhar, e quero o meu descanso.
Não ia fazer escândalo; o que desejava é que ele me ajudasse... Mandei ao hotel esta
tarde... O primo da senhora tinha desarvorado! Tinha ido para o lado dos Olivais, para o
inferno! E o criado ia à noite com as malas. Mas a senhora pensa que me logram? – E
retomada pela sua cólera, batendo com o punho furiosamente na mesa:
- Raios me partam, se não houver uma desgraça nesta casa, que há de ser falada em
Portugal!
- Quanto quer você pelas cartas, sua ladra? – disse Luísa, erguendo-se direita, diante
dela.
- Que fiz eu para isto, meu Deus? Que fiz para isto?
- A senhora diz bem, sou uma ladra, é verdade; apanhei a carta no cisco, tirei as
outras do gavetão. É verdade! E foi para isto, para mas pagarem! – E traçando, destraçando
o xale, numa excitação frenética: - Não que a minha vez havia de chegar! Tenho sofrido
2
__________________________________________________________________________ MÓDULO II
PRÁTICA DE PROCESSO PENAL
muito, estou farta! Vá buscar o dinheiro onde quiser. Nem cinco réis de menos! Tenho
passado anos e anos a ralar-me! Para ganhar meia moeda por mês, estafo-me a trabalhar, de
madrugada até à noite, enquanto a senhora está de pânria1!
(...)
- A senhora chora! Também eu tenho chorado muita lágrima! Ai! Eu não lhe quero
mal, minha senhora, certamente que não! Que se divirta, que goze, que goze! O que eu
quero é o meu dinheiro. O que eu quero é o meu dinheiro aqui escarrado, ou o papel há de
ser falado! Ainda este teto me rache, se eu não for mostrar a carta ao seu homem, aos seus
amigos, à vizinhança toda, que há de andar arrastada pelas ruas da amargura!...”.
Bom trabalho!
1
Preguiça, indolência, ociosidade.
3
__________________________________________________________________________ MÓDULO II
PRÁTICA DE PROCESSO PENAL
Carreira
4
__________________________________________________________________________ MÓDULO II
PRÁTICA DE PROCESSO PENAL
5
__________________________________________________________________________ MÓDULO II
PRÁTICA DE PROCESSO PENAL
6
__________________________________________________________________________ MÓDULO II
PRÁTICA DE PROCESSO PENAL
7
__________________________________________________________________________ MÓDULO II
PRÁTICA DE PROCESSO PENAL
8
___________________________________________________________________
MÓDULO IV
EXERCÍCIOS
CURSO ANUAL
OPÇÃO 3
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
___________________________________________________________________________MODULO IV
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO ADMINISTRATIVO
1
___________________________________________________________________________MODULO IV
2
___________________________________________________________________________MODULO IV
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO CIVIL
1. Em que momento a pessoa jurídica adquire capacidade? Não tendo o Novo Código
Civil repetido o artigo 17 do Código Civil de 1916, como são representadas as pessoas
jurídicas?
1
___________________________________________________________________________MODULO IV
2
___________________________________________________________________________MODULO IV
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO COMERCIAL
1
___________________________________________________________________________MODULO IV
2
___________________________________________________________________________MODULO IV
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO CONSTITUCIONAL
1
___________________________________________________________________________MODULO IV
2
___________________________________________________________________________MODULO IV
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
1
___________________________________________________________________________MODULO IV
2
___________________________________________________________________________MODULO IV
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
1
___________________________________________________________________________MODULO IV
2
___________________________________________________________________________MODULO IV
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO ELEITORAL
1
___________________________________________________________________________MODULO IV
2
___________________________________________________________________________MODULO IV
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO INTERNACIONAL
1
___________________________________________________________________________MODULO IV
5. O que é preciso para que um Tratado tenha validade no nosso ordenamento jurídico vigente?
2
___________________________________________________________________________MODULO IV
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO PENAL
1
___________________________________________________________________________MODULO IV
2
___________________________________________________________________________MODULO IV
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
1
___________________________________________________________________________MODULO IV
5. Quando o filiado perde a condição de segurado e após um período volta a ser filiado é obrigado
a passar novamente pelo período de carência?
2
___________________________________________________________________________MODULO IV
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
2. Que se entende por prazos dilatórios e prazos peremptórios? É possível a dilação dos prazos
peremptórios?
1
___________________________________________________________________________MODULO IV
3
___________________________________________________________________________MODULO IV
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
2. Que ocorre se o Juiz discordar do pedido de arquivamento do inquérito policial feito pelo
Promotor de Justiça?
1
___________________________________________________________________________MODULO IV
5. Nos crimes de ação penal privada, qual o prazo para o ofendido ou seu representante legal
requererem a instauração do inquérito policial ?
2
___________________________________________________________________________MODULO IV
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO TRIBUTÁRIO
1
___________________________________________________________________________MODULO IV
2
___________________________________________________________________________MODULO IV
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITOS HUMANOS
1
___________________________________________________________________________MODULO IV
2
___________________________________________________________________________MODULO IV
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
1. Por que se diz que o art. 13 da Lei n. 6.368/76 é considerado como crime de conteúdo múltiplo
ou variável?
2. Qual o crime cometido pelo agente que foi surpreendido após ter consumido substância
entorpecente, nada sendo apreendido em seu poder?
1
___________________________________________________________________________MODULO IV
4. Quem é o sujeito ativo no crime de violação de segredo previsto no art. 17 da Lei n. 6.368/76?
5. Qual o prazo para remessa do Inquérito Policial ao Poder Judiciário e para o oferecimento da
denúncia nos casos de crimes previstos na Lei n. 6.368/76?
2
___________________________________________________________________________MODULO IV
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
MEDICINA LEGAL
1
___________________________________________________________________________MODULO IV
5. Que é equimose?
2
___________________________________________________________________________MODULO IV
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
1
___________________________________________________________________________MODULO IV
ATENÇÃO
2
___________________________________________________________________________MODULO IV
GABARITO
Exercícios Objetivos - Módulo III
CURSO ANUAL – OPÇÃO 3
1 2 3 4 5
D. Administrativo C C C C C
D. Civil B A C A A
D. Comercial D C D A C
D. Constitucional C C A D D
D. do Trabalho A B C B A
D. Econ. e Financeiro A A B D C
D. Eleitoral B B A B A
D. Internacional B A C C D
D. Penal B C C B D
D. Previdenciário D D B C A
D. Proc. Civil A B C D D
D. Proc. Penal C C D C C
D. Tributário D A C A B
D. Humanos B B D A A
Leg. Penal Esp. B B/D C B C
Medicina Legal C D A D C
Tutela E D C C D