Em 2003 algumas tribos africanas da parte sul do país, sob a liderança do ex-
governador do estado de Darfur Ahmed Diraige, se rebelaram com a atuação ineficiente
e tendenciosa do governo federal, fazendo exigências sobre os serviços públicos e
liberdade aos não-muçulmanos. A reação do presidente Omar el Bechir (embora nada
tenha sido declarado), foi a violência contra os rebeldes, dizimando não somente
pessoas envolvidas com os grupos armados como também milhares de inocentes
(mesmo muçulmanos), destruindo cidades e vilas inteiras e criando estatísticas
absurdas, como os mais de 250 mil mortos e 2,5 milhões de desabrigados, além da
própria situação precária das concentrações de refugiados que estão protegidos por
apenas 7 mil homens despreparados da União Africana e carentes de provisões e
medicamentos desde o início da guerra, segundo notícia do UOL e um artigo no
Wikipédia.
Se por um lado a ONU considera a situação sudanesa a maior tragédia humana
em curso, por outro se inocenta da questão ao alegar que sua atitude mais eficaz de
auxílio foi prestada com esmero, que foi o envio de guardas da União Africana para os
campos de refugiados. Em contrapartida, a instituição delegada denunciou a
incapacidade de seus soldados na defesa dos inocentes contra os ataques do exército e
dos janjaweed, e torna o diálogo uma troca de culpas e nenhuma solução.
A matança desenfreada fez com que o Conselho de Segurança aprovasse o envio
de uma nova força de paz composta de vinte mil homens para substituir os sete mil
guardas africanos, porém a resolução foi vetada pelo presidente el Bechir e uma nova
ofensiva em Darfur foi realizada como resposta. O combate prosseguiu até que as partes
beligerantes resolvessem negociar, e em janeiro de 2005 um acordo de paz foi selado,
mesmo com nenhuma ação efetivada por parte do Conselho de Segurança, segundo o
jornal online Último Segundo.
BIBLIOGRAFIA E FONTES: