PROFESSOR : SERGIO
Daniela - RA 20429
Fernando - RA 19932
7º C – Guarulhos , jun/2009
INTRODUÇÃO
Temos que a perícia é utilizada como meio de prova para a verdade, e isto porque
consiste em responsabilidade para averiguar os fatos e deles extrair a veracidade sobre a
matéria que foi periciada. E será no desenrolar dos trabalhos periciais que as duvidas
serão dirimidas as duvidas do judiciário, onde as questões propostas serão sanadas
quando da emissão do laudo pericial.
A norma contábil esclarece que a perícia contábil é pois um conjunto de
procedimentos técnicos e científicos destinados a levar à instancia decisória elementos de
prova necessária a subsidiar à justa solução do litígio, mediante laudo pericial contábil e
parecer pericial contábil, em conformidade com as normas jurídicas e profissionais, e a
legislação específica no que for pertinente.
Cada um dos procedimentos focaliza um determinado tipo de estudo, seja este realizado
com o intuito de analisar coisa ou pessoa ligada à questão que procede a causa.
Quaisquer que sejam os fatos, a perícia deve total conhecimento sobre os mesmos, de tal
forma que sua interpretação seja inerente à verdade.
Os procedimentos devem preservar a imparcialidade e a garantia de que são estritamente
confiáveis, tornado passíveis de um julgamento justo. É uma seqüência lógica que
permite desvendar eventos pertinentes à matéria, para que somente depois o profissional
possa contemplar os interessados com opinião centrada nos aspectos que originaram a
perícia.
Outro aspecto considerável é o proceder ético do profissional quanto à realização da lide.
O juiz defere a perícia e necessita que o profissional, ao qual depositou total confiança,
aja de acordo com o que é reto, seguindo os padrões estabelecidos por lei e pela própria
moral inerente ao perito.
Para realizar uma perícia, é necessária a realização de diligências que se tratam de
acontecimentos de fundo investigativo, relacionados a determinado trabalho na esfera
judicial e necessárias para esclarecimentos do objeto da lide. Mesmo tratando-se de
serviço judicial, acontece fora dos tribunais.
A idoneidade da prova pericial depende da seriedade da lide, razão esta que faz com o
perito seja responsabilizado pela junção de fatos que resultem em uma deliberação
restrita da matéria fática.
A perícia refere-se a um exame minucioso de fatos controversos, que aplaca toda a
averiguação da matéria, na busca de promover resultado sólido, com prova materializada
através dos fundamentos encontrados com a apuração dos eventos. A influência
determinante está no ponto em que a técnica e a ciência, aplicadas sobre a causa do
litígio, propaga esclarecimentos e produz prova a partir da deliberação conclusiva.
Em suas atribuições, o trabalho pericial tem como limite o objeto da ação. A razão de se
realizar a perícia está na ampla possibilidade de solver questões duvidosas. A elucidação
não é um meio em que se trabalha, mas a conseqüência da realização plena, propiciando
convicção tanto em relação à interpretação fática quanto à resolução aposta no laudo. A
perícia contábil, no domínio de sua abrangência, pode assumir caráter no âmbito arbitral,
extrajudicial ou judicial.
3 PROVA PERICIAL.
Os principais meios de prova admitidos em processos judiciais pela legislação
brasileira são: depoimento pessoal, confissão, exibição (de documento ou coisa),
testemunho, perícia, inspeção judicial. A Perícia Contábil é, portanto, considerada um
meio de prova de grande valor.
A prova pericial contábil tem como objetivo mostrar a verdade dos fatos do processo
na instância decisória e é utilizada se o objeto da questão o requerer.
• A vistoria é um exame pericial, mas distingue-se dele pela origem e por seus
efeitos. Por ela se confirmam estados e situações alegadas por interessados, para
reclamar direitos, defender-se de acusações, justificar e comprovar atos e, em
oposição, por aqueles que sustentam obrigações de terceiros, acusam ou
pretendem garantir seus direitos.
• A investigação é uma técnica pericial abrangente, que tem por finalidade detectar
se houve sobre determinado fato, procedimento que obscurece a verdade, como:
fraude, má-fé, dolo, erro, etc.
• A certificação está contida no laudo, que, por ser efetuado por um profissional
habilitado formal e tecnicamente, é merecedor de fé pública.
Todos os meios são válidos para que o perito forme a sua opinião, evidenciando
sempre a verdade dos fatos, porém, não se esquecendo de sua conduta ética.
O perito contábil em qualquer trabalho que venha desenvolver, terá acesso a todos
os documentos necessários para a elaboração do laudo pericial, inclusive, em alguns
casos poderá solicitar o depoimento dos envolvidos.
A perícia se define pela peculiaridade de apresentar uma exposição fiel dos fatos,
contemplada por esclarecimentos pertinentes à questão.
A perícia judicial objetiva sanar questões técnicas pertinentes à contabilidade. A
averiguação dos fatos resulta na possibilidade de afirmar com segurança exatidão,
sanando as dúvidas inerentes ao litígio e oferecendo informações de caráter elucidativo
perante a causa.
A realização do trabalho pericial respeita a ordem precedida em lei, são nas normas
emanadas do CFC e da legislação contida no CPC, que se apresenta o desenvolvimento
de como deve ser realizada a prova.
Na fase preliminar, a parte interessada requer ao juiz a perícia, e este por sua vez a
defere e escolhe o perito de sua confiança. A seguir, é o momento em que as partes
devem formular seus quesitos e indicar os assistentes técnicos. Os peritos são
cientificados da indicação, propondo os honorários e requerendo o depósito. Com isso, o
juiz estabelece prazo, local e hora para o início.
A fase operacional determina os acontecimentos iniciando a perícia e as diligências, deste
ponto decorre todo o curso do trabalho pericial, resultando na elaboração do laudo com as
devidas conclusões.
A fase final, com o termino dos trabalhos em torno da lide, o profissional responsável
assina o laudo, que é entregue mediante protocolo, no mesmo cartório em que retirou os
autos do processo.
Fica a cargo de o magistrado promover um julgamento justo que aponte para a
honestidade em todas as fases do processo, garantindo a equidade dos direitos
reservados às partes. A legitimidade da relação jurídica é o que propõe a extinção das
irregularidades em torno do objeto da perícia, cabendo ao juiz satisfazer as necessidades
processuais, ressalvando o cumprimento metódico das normas em observância da lei.
A instauração do processo se faz quando uma das partes, denominada autor, fazendo uso
de diretos pertinentes a si invoca a tutela da lei, para ver sua pretensão satisfeita. Diante
disso, caberá ao juiz deferir ou não a petição inicial, ou seja, a tramitação do processo,
analisando se estão presentes as condições da ação. O processo após o deferimento da
inicial correrá até uma possível perícia.
No processo estão presentes os quesitos que são questões formuladas pelas partes ou
pelo juiz com a finalidade detentora da verdade. Pelo fato de terem relação direta com a
produção da prova pericial, devem manter seus objetivos focados no objeto da perícia e,
por conseguinte, obedecer a uma seqüência lógica que leve a dúvida à exaustão.
O perito do juízo, ao responder os quesitos, submete-os ao entendimento das partes,
devidamente assistidas por seus peritos assistentes. Esses assistentes técnicos podem,
por sua vez, discordar da opinião do perito nomeado pelo magistrado.
Através do questionário emitido por réu e autor, o perito em uso dos plenos poderes
conferidos a ele pela lei, pode desvincular irregularidades em torno da matéria periciada.
No caso da perícia judicial contábil, o perito contador tem sob sua tutela a
responsabilidade de formar convicção, a partir do questionamento realizado pelas partes
e pelo juiz.
CONCLUSÃO