Foz do Iguaçu – PR
2009
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Professora: Kadyja.
Foz do Iguaçu – PR
2009
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................4
2 TDAHI - TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO com HIPERATIVIDADE E
IMPULSIVIDADE....................................................................................................................5
3 Causas.....................................................................................................................................5
4 Definição Geral.......................................................................................................................7
5 TDAHI na infância e adolescência.......................................................................................7
6 TDAHI em adultos...............................................................................................................10
7 Diagnostico............................................................................................................................12
8 Tratamento...........................................................................................................................13
8.1 Tratamento com medicamento........................................................................................13
8.2 Tratamento com Psicoterapia..........................................................................................14
8.2.1 Abordagem Cognitivo-Comportamental..................................................................14
9 CONCLUSÃO......................................................................................................................19
10 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................20
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1 INTRODUÇÃO
Pessoas que possuem TDAHI (transtorno de déficit de atenção/hiperatividade
e impulsividade) apresentam varias dificuldades no decorrer de sua vida, tanto na
infância como na vida adulta, onde entre certos momentos por falta de compreensão
de como funciona o seu transtorno, os taxam de “preguiçosos”, “mal educados”,
“intrometidos” e também como se não tivessem interessados por nada, onde na
verdade o TDAHI é um transtorno psiquiátrico, e há alterações neurofisiológicas.
Já existem inúmeros estudos em todo o mundo - inclusive no Brasil -
demonstrando que a prevalência do TDAH é semelhante em diferentes regiões, o
que indica que o transtorno não é secundário a fatores culturais (as práticas de
determinada sociedade, etc.), o modo como os pais educam os filhos ou resultado
de conflitos psicológicos.
A fim de tentar melhorar a qualidade de vida deste paciente, estaremos
mostrando o que os estudiosos estão utilizando para o tratamento do transtorno,
tanto na área de fármacos e também na área da psicoterapia.
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3 Causas
4 Definição Geral
O TDAHI caracteriza-se por dificuldades intensas e persistentes na regulação
da atenção e/ou impulsividade e hiperatividade freqüente, levando ao
comprometimento da vida social, profissional e acadêmica.
O TDAHI é mais predominante em meninos do que em meninas.
Para que o diagnostico seja feito, o DSM-IV exige que os sintomas acima
descritos tenham persistido por pelo menos seis meses em grau desadaptativo e
sejam inconscientes como nível de desenvolvimento da criança. Exige também que
alguns dos sintomas estejam presentes antes dos sete anos de idade e que exista
comprometimento em pelo menos duas áreas, entre escola, trabalho e casa. O atual
sistema classificatório orienta a discriminação do TDAHI em três subtipos:
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6 TDAHI em adultos
A existência da forma adulta do TDAH foi oficialmente reconhecida apenas
em 1980 pela Associação Psiquiátrica Americana. E, desde então inúmeros estudos
têm demonstrado a presença do TDAH em adultos. Passou-se muito tempo até que
ela fosse amplamente divulgada no meio médico e ainda hoje, observa-se que este
diagnóstico é apenas raramente realizado, persistindo o estereótipo equivocado de
TDAH: um transtorno acometendo meninos hiperativos que têm mau desempenho
escolar. Muitos médicos desconhecem a existência do TDAH em adultos e quando
são procurados por estes pacientes, tendem a tratá-los como se tivessem outros
problemas (de personalidade, por exemplo). Quando existe realmente um outro
problema associado (depressão, ansiedade ou drogas), o médico só diagnostica
este último e “deixa passar” o TDAH.
Atualmente acredita-se que em torno de 60% das crianças com TDAH
ingressarão na vida adulta com alguns dos sintomas (tanto de desatenção quanto de
hiperatividade-impulsividade) porém em menor número do que apresentavam
quando eram crianças ou adolescentes.
Para se fazer o diagnóstico de TDAH em adultos é obrigatório demonstrar que
o transtorno esteve presente desde criança. Isto pode ser difícil em algumas
situações, porque o indivíduo pode não se lembrar de sua infância e também os pais
podem ser falecidos ou estar bastante idosos para relatar ao médico. Mas em geral
o indivíduo lembra de um apelido (tal como “bicho carpinteiro”, etc.) que denuncia os
sintomas de hiperatividade-impulsividade e lembra de ser muito “avoado”, com
queixas freqüentes de professores e pais.
Os adultos com TDAH costumam ter dificuldade de organizar e planejar suas
atividades do dia a dia. Por exemplo, pode ser difícil para uma pessoa com TDAH
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determinar o que é mais importante dentre muitas coisas que tem para fazer,
escolher o que vai fazer primeiro e o que pode deixar para depois. Em conseqüência
disso, quem TDAH fica muito “estressado” quando se vê sobrecarregado (e é muito
comum que se sobrecarregue com freqüência, uma vez que assume vários
compromissos diferentes), pois não sabe por onde começar e tem medo de não
conseguir dar conta de tudo. Os indivíduos com TDAH acabam deixando trabalhos
pela metade, interrompem no meio o que estão fazendo e começam outra coisa, só
voltando ao trabalho anterior bem mais tarde do que o pretendido ou então se
esquecendo dele.
O portador de TDAH fica com dificuldade para realizar sozinho suas tarefas,
principalmente quando são muitas, e o tempo todo precisa ser lembrado pelos
outros sobre o que tem para fazer. Isso tudo pode causar problemas na faculdade,
no trabalho ou nos relacionamentos com outras pessoas. A persistência nas tarefas
também pode ser difícil para o portador de TDAH, que freqüentemente “deixa as
coisas pela metade”.
Para adultos usa-se o mesmo teste do DSM-IV, porem pode não mais atender
aos critérios completos e, apresentam níveis significativos de prejuízos, como
mudanças freqüentes de emprego, decisões tomadas impulsivamente em relação a
dinheiro, viagens, empregos ou planos sociais e, maior freqüência em acidentes
automobilísticos, com lesões mais graves e maiores estragos em relação a seus
colegas sem o transtorno.
Pode ainda, apresentar outras características:
- ser desorganizado;
- ter esquecimentos;
- perder coisas;
- não conseguir fazer planos;
- depender de terceiros para manter a ordem;
- não conseguir acompanhar muitas coisas ao mesmo tempo;
- não conseguir iniciar tarefas;
- calcular mal o tempo disponível.
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7 Diagnostico
Alguns dos sintomas listados no DSM-IV soam como se pudessem se aplicar
a quase todo mundo em determinados momentos. Por isso, existem os critérios para
que o TDAH seja considerado um diagnóstico clínico para uma pessoa, ela deve ter
dificuldades com algum aspecto de sua vida, como o trabalho, problemas
significativos de relacionamento e/ou nos estudos. Para que o TDAHI seja
considerado um diagnóstico adequado, os problemas e prejuízos não apenas devem
estar presentes, mas também devem ser causados por este transtorno, e não por
outro.
Quanto mais cedo for diagnosticada e tratado mais facilmente aprenderá a
conviver com o TDAHI de maneira mais positiva e menores serão os problemas com
a auto-estima e auto-confiança, ansiedade e abuso de álcool e drogas (quando
adolescente ou quando adulto) normalmente tão comprometidas.
O adulto deve procurar a ajuda de profissionais especializados na área para
diagnóstico e tratamento, quando seu jeito de pensar, de sentir, comportar-se,
causam-lhe prejuízos na área profissional, social, afetiva e/ou consigo mesmo.
As crianças e adolescentes devem ser encaminhados pelos pais e ou
professores quando há dificuldade no aprendizado, no relacionamento interpessoal
(em casa, com professores, com amigos), ou quando surgem outros problemas que
podem ser decorrentes do TDAHI tais como, baixa auto-estima, irritabilidade
excessiva, obesidade, comportamento compulsivo, etc.
Infelizmente, ainda há muitos diagnósticos errados nessa área em função do
desconhecimento do transtorno por muitos profissionais da saúde que acabam
tratando apenas das conseqüências, das comorbidades, desconhecendo a origem
dos problemas.
As comorbidades mais comuns são: Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD),
Transtorno de Conduta (TC), Transtorno de Ansiedade (TA), Transtorno de Humor
Bipolar e Transtorno Depressivo (TDM). Há outras comorbidades menos comuns,
como: Transtorno do Uso de Substâncias (TUS), Transtornos de Aprendizagem,
Transtorno de tiques e Tourette, Transtorno do Ciclo do Sono, Transtorno
Obsessivo–Compulsivo (TOC).
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8 Tratamento
O tratamento para o TDAHI é feito através de medicamentos, psicoterapia e,
em alguns casos, tratamento fonoaudiológico.
Caso os psicoestimulantes não sejam eficientes pode ser usados, como uma
opção secundaria, os antidepressivos tricíclicos, como a imipramina e a
desipramina, são mais indicados, bem como bupropriona. Pode ser usado os
inibidores seletivos de recaptação de serotonina para tratamento de quadros
depressivos associativos. Em alguns casos a clonidina, medicamento para
tratamento de hipertensão arterial, se torna favorável. E, raramente utilizados, os
neurolépticos.
8.2.1Abordagem Cognitivo-Comportamental
A abordagem cognitivo-comportamental utiliza diversas técnicas quie
objetivam minimizar os sintomas associados ao TDAHI. Muitos pacientes com TDAH
podem não ter ouvido falar em terapia cognitivo-comportamental. Assim é importante
que sejamos capazes de esclarecer alguns pontos sobre o modelo por detrás desta
abordagem de tratamento, bem como o detalhamento minucioso dos sintomas
associados ao TDAHI e da forma como estes se manifestam em sua vida. É
importante que essas explicações sejam complementadas com a explicação das
estratégias adequadas que ele deverá utilizar para lidar com seus sintomas.
A terapia cognitivo-comportamental inclui o manejo direto por contingência; o
treinamento dos pais; o Manejo de comportamento em sala de aula; terapia para
habilidades escolares; terapia para habilidades sociais e a terapia modal.
(Conners,2008)
Manejo direto por contingência - alguns dos comportamentos inadequados
associado ao TDAHI parecem relacionar-se ao fato de que, tanto crianças quanto
adultos, têm dificuldades para prestar atenção a seu próprio comportamento e às
conseqüências deste. O manejo direto por contingência aplica a terapia
comportamental a comportamentos alvo específicos. Nessa abordagem, a resposta
do comportamento alvo a uma intervenção é avaliada de maneira sistemática. Os
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9 CONCLUSÃO
Através deste trabalho conclui se que pessoas que sofrem com TDAHI, tem
causas genéticas e neurofisiológicas, e ambiente ou outros aspectos não causam o
transtorno, onde sim, pode em alguns casos, agravar o caso do transtorno.
Existe varias pesquisas sobre este transtorno e o tratamento é para toda a
vida, pois não se extingue o TDAHI, mas sim se faz o tratamento em cima dos
sintomas dos transtornos, tanto sintomas específicos do transtorno (déficit de
atenção, hiperatividade e impulsividade), como sintomas secundários, entre eles
baixa auto estima, depressão. A principal área de estudo em crianças com TDAHI
esta voltada a questão de problemas nas escolas.
Outro lado que a TCC trabalha é no objeto da inclusão destes portadores de
TDAHI na sociedade, onde muitas vezes são rotulados de varias forma entre as
pessoas em seu circulo social, criando assim pensamentos disfuncionais, que
acabam por agravando mais ainda o transtorno do individuo.
Assim a TCC age de forma a reestruturar os pensamentos cognitivos e os
comportamentos destas pessoas, desta forma fazendo com que juntamente com o
tratamento farmacológico o individuo possa ter uma vida “normal”.
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10 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS