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ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JEHOVAH

SANTOS

PROEGE
PROGRAMA ESTADUAL DE GESTÃO ESCOLAR
“Como toda forma de diversidade é
hoje recebida na escola, há a
demanda óbvia por um currículo
que atenda a essa universalidade.”

Elvira Souza Lima ( 2006, p. 19)


MAS COMO DEVE SER UM CURRÍCULO?

O currículo deve compreender os


aspectos culturais, sociais, econômicos,
culturais de socialização não sendo,
portanto, uma realidade abstrata à
margem do sistema educativo ( uma
ponte entre sociedade e escola ) em
que se desenvolve e para o qual se
planeja.
A DIVERSIDADE é a indagação nuclear do
currículo.
Ela é entendida como a construção histórica,
cultural e social das diferenças.

QUE INDAGAÇÕES A DIVERSIDADE TRAZ PARA O


CURRÍCULO?

Como lidar pedagogicamente com a


diversidade?
ONDE SURGE A
DIVERSIDADE???
INDAGAÇÕES A SEREM
FEITAS...

QUAL O TRATO DADO À DIVERSIDADE?

QUAL É A CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

ATUAL?

O QUE HÁ DE COMUM NAS MUDANÇAS

QUE VÊM OCORRENDO NOS DIVERSOS

GRUPOS SOCIAIS (GÊNERO, RAÇA, CREDO )?


REFERENCIAL ÉTICO DE DIREITO

DIREITO À
EDUCAÇÃO
GRANDE DESAFIO DOS EDUCADORES
SISTEMA ESCOLAR NO IDEAL
DEMOCRÁTICO
TEMA: DIVERSIDADE E CURRÍCULO

“O currículo não está


envolvido em um simples
processo de transmissão de
conhecimentos e conteúdos.
Possui um caráter político e
histórico e também constitui
uma relação social.”

Nilma Lino Gomes


NILMA LINO GOMES

Professora
Adjunto da
Faculdade de
Educação da
UFMG;
Doutora em
Antropologia
Social/USP;
Coordenadora
do Programa
Ações
Afirmativas na
UFMG
TAREFAS PROPOSTAS PELA
AUTORA

I. QUESTIONAR A PRESENÇA OU NÃO


DESSAS INDAGAÇÕES NA NOSSA
PRÁTICA DOCENTE, NOS PROJETOS
PEDAGÓGICOS E NAS PROPOSTAS
EDUCACIONAIS.
II. REFLETIR SOBRE QUAL A
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO QUE
NOS ORIENTA?
III. NOS PERGUNTAR SOBRE O QUE
ENTENDEMOS POR DIVERSIDADE?
QUE DIVERSIDADE PRETENDEMOS
CONTEMPLAR NO CURRÍCULO?
QUESTIONAR A PRESENÇA OU NÃO DESSAS
INDAGAÇÕES NA NOSSA PRÁTICA DOCENTE, NOS
PROJETOS PEDAGÓGICOS E NAS PROPOSTAS
EDUCACIONAIS.

Existe sensibilidade para a diversidade na


Educação Infantil, Educação Especial, EJA,
Ensino Fundamental, Médio e Superior?

A diversidade transversaliza o currículo?


Ou encontra espaço somente na parte
diversificada?

A diferença ultrapassa características


biológicas ( observáveis a olho nu ); ela
também é construída pelo sujeito social ao
longo do processo histórico e cultural.

Como a diferença é uma construção ( no


tempo e no espaço ) essa que é “observável
a olho nu” só pode ser assim chamada
porque nós assim aprendemos desde que
nascemos.
REFLETIR SOBRE QUAL A CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
QUE NOS ORIENTA?
LDB – 9394/96 - TÍTULO II

DOS PRINCÍPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO NACIONAL

Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes


princípios:

1.igualdade de condições para o acesso e permanência na


escola;
2.liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a
cultura, o pensamento, a arte e o saber;
3.pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
4.respeito à liberdade e apreço à tolerância;
5.coexistência de instituições públicas e privadas de
ensino;
6.gratuidade do ensino público em estabelecimentos
oficiais;
7.valorização do profissional da educação escolar;
8.gestão democrática do ensino público, na forma desta
Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
9.garantia de padrão de qualidade;
10.valorização da experiência extra-escolar;
11.vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as
práticas sociais.
 A escolarização é um dos recortes do processo
educativo do homem que auxiliará no ACONTECER
HUMANO...
 Currículos que privilegiam a diversidade ( que
propicia o acontecer humano ) tendem a ficar
próximos do trato positivo da diversidade humana,
cultural e social.
 A diversidade se faz presente na produção de
práticas, nos saberes, valores, linguagens,
técnicas artísticas e científicas, representações de
mundo, experiências de sociabilidade e de
aprendizagem.
 Nas diversas culturas há uma tendência ao
ETNOCENTRISMO, ou seja, ressaltar como positivo
apenas seus próprios valores o que gera um
“estranhamento” em relação ao diferente. Nesse
caso a diversidade pode significar inferioridade
não havendo, portanto, um trato positivo dessa
diferença.
NOS PERGUNTAR SOBRE O QUE ENTENDEMOS POR
DIVERSIDADE? QUE DIVERSIDADE PRETENDEMOS
CONTEMPLAR NO CURRÍCULO?

Mas... O que é DIVERSIDADE???

Variedade

Diferença
Multiplicidade
Esses três substantivos abstratos se constroem
num contexto real ( social ) e, não isoladamente.
A diversidade pode ser entendida como um
fenômeno que atravessa o tempo e o espaço.
O trato pedagógico da diversidade vai além da
visão romântica que elogia a diferença ou da
visão negativa que advoga sobre a discriminação
ao falarmos dos “ditos” diferentes.
A relação entre currículo e diversidade é muito mais
complexa...

Que concepções permeiam nossas práticas,


nossos currículos, nossa relação com os alunos e
suas famílias e as nossas relações profissionais?

Como enxergamos a diversidade enquanto


cidadãos e cidadãs nas nossas práticas
cotidianas?

“Tais discussões e reflexões já existem na


Educação Especial, contudo, necessitam ser
ampliadas e aprofundadas para
compreendermos outras diferenças existentes
na escola.”
Alguns aspectos da
diversidade:
Diversidade biológica e currículo
Diversidade cultural e currículo

A luta política pelo direito à diversidade

Diversidade e conhecimento
Diversidade e ética

Diversidade e organização dos tempos e


espaços escolares.
Diversidade
biológica ou
biodiversidad
e
O homem e a mulher participam desse aspecto
como espécie e sujeito sociocultural.
Os seres humanos apresentam diversidade
biológica, pois mostram diferenças entre si.
O ser humano como parte da diversidade
biológica não pode ser entendido fora do contexto
da diversidade cultural.
Os problemas ambientais não são graves porque
afetam o planeta ( entendido como algo externo),
mas porque colocam em risco a vida do homem e
das demais espécies.
 O avanço tecnológico do qual nos gabamos não
tem
significado avanço para a biodiversidade da qual
participamos.
Existem grupos humanos ( quilombolas, indígenas,
seringueiros, trabalhadores do campo e outros ) que
produzem conhecimentos por meio de uma relação
mais direta com o ambiente que nem sempre são
considerados pela escola.
O desenvolvimento ecológico e socialmente
sustentável tem como orientação a construção da
biodemocracia com quem respeita/cultiva a
biodiversidade.
A nossa abordagem em sala de aula e os nossos
projetos pedagógicos sobre Educação Ambiental
têm explorado a complexidade e os conflitos
trazidos pela forma como a sociedade atual se
relaciona com a diversidade biológica?
DIVERSIDAD
E CULTURAL

 Somos ao mesmo tempo semelhantes (enquanto


gênero humano ) e muito diferentes (enquanto
forma de realização do humano ao longo da história
e da cultura ).
O nosso grande desafio está em desenvolver uma
postura ética de não hierarquizar as diferenças e
entender que nenhum grupo humano e social é
melhor ou pior do que o outro. Na realidade,
somos diferentes!
A diversidade cultural se dá lado a lado com a
construção de processos identitários ( ambos não
são inatos e, sim, construídos no contexto).
 A construção da identidade pessoal e da identidade
social dependem de maneira vital das relações
dialógicas com os outros.
A diversidade cultural varia de contexto para
contexto, ou seja, ela precisa ser entendida em uma
perspectiva relacional ( depende do lugar onde o
sujeito está inserido e da relação que mantém entre
seu grupo e com outros).
Não podemos esquecer que essa sociedade é
construída e marcada por processos de colonização
e dominação – estamos no terreno das
desigualdades, das identidades e das diferenças.
A escola pública é o local onde as diferentes
presenças se encontram...Como essa instituição
poderá omitir o debate sobre diversidade?
Esquecer que a cultura e o conhecimento são
produzidos no contexto das relações sociais e de
poder significa transformar o currículo em coisa
(reificação).
Que tipo de narrativa traz o currículo: estereotipada
ou uma interpretação emancipatória ( crianças,
mulheres, idosos, negros, movimentos sociais etc...)?
A luta
política
pelo
direito à
diversidad
edistinguir
Muito do que fomos ensinados a ver e
como diferença é, na realidade, uma invenção
humana que ao longo do processo histórico foi
tomando forma e materialidade.
Por diversas vezes, os grupos humanos tornam o
outro diferente para fazê-lo inimigo.
A inserção da diversidade no currículo implica
compreender as causas políticas, econômicas e
sociais de fenômenos como etnocentrismo,
racismo, sexismo, homofobia e xenofobia.
Há diversos conhecimentos produzidos pela
humanidade que ainda estão fora do currículo
escolar.
Os educandos são os sujeitos centrais da ação
educativa.
Os movimentos sociais colocam em xeque a
escola uniformizadora que tanto “imperou” em
nosso sistema de ensino.
A sociedade brasileira passa por um processo de
(re) configuração do pacto social a partir da
insurgência de atores sociais até então pouco
visíveis na cena pública.
A escola é um espaço de sociabilidade para onde
convergem diferentes experiências socioculturais, as
quais refletem diversas e divergentes formas de
inserção grupal na história do país.
DIVERSIDADE
E
CONHECIMENT
O
Certos saberes não encontram lugar definido nos
currículos oficiais e, portanto, podem ser
compreendidos como ausência ativa e
intencionalmente produzida.
Há na educação brasileira uma monocultura do
saber que privilegia o saber científico ( transposto
didaticamente como conteúdo escolar ) como único
e legítimo, em todos os níveis de ensino.
Existem focos de resistência que sempre lutaram
contra a hegemonia de certos conteúdos escolares e
o apogeu da ciência moderna na escola brasileira.
Os movimentos sociais questionam também os
instrumentos e procedimentos que usamos para
avaliar os alunos e a forma como os conhecimentos
são aprendidos e apreendidos – a diversidade
coloca em xeque os processos tradicionais de
avaliação escolar.
Os movimentos sociais conquanto sujeitos
políticos podem ser vistos como produtores de
saber.
O não reconhecimento dos saberes e das práticas
sociais ( emergências ) no currículo tem resultado
no desperdício da experiência social dos
educadores, educandos e da comunidade nas
propostas educacionais.
DIVERSIDAD
E
E
ÉTICA
Nos relacionamos com os outros presentes na
escola considerando-os como sujeitos sociais e de
direitos ( ou sujeitos éticos )?
Como o conhecimento escolar poderá contribuir
para o pleno desenvolvimento humano dos
sujeitos?
Discutir a diversidade no campo da ética significa
rever posturas, valores, representações e
preconceitos que permeiam a relação estabelecida
com os alunos, a comunidade e demais profissionais
da escola.
Onde reside o foco da escola: nos conteúdos ou
nos sujeitos do processo educativo?
O debate sobre a inclusão de crianças com
deficiência revela que não basta apenas a inclusão
física dessas crianças na escola – há também a
necessidade de uma mudança de lógica, da postura
pedagógica, da organização da escola ( tempo e
espaço ) e do currículo escolar para que a educação
inclusiva cumpra o seu objetivo educativo.
A questão racial está no currículo no campo da
ética ou apenas como reivindicação dos grupos
ditos diferentes?
Ruptura política ( mudança da prática pedagógica
e do currículo ) e epistemológica ( superação do
modo de pensar para a transformação social ).
Desafio da escola: implementar a lei nº 10.639/03
– torna obrigatória a inclusão do ensino da História
da África e da Cultura Afro-Brasileira nos currículos
da Educação Básica de todo o país – também
acrescenta que o dia 20/11 deverá ser incluído no
calendário escolar como Dia Nacional da
 O Conselho
Consciência Nacional de Educação aprovou as
Negra.
Negra
Diretrizes Operacionais para a Educação básica nas
escolas do campo – resolução CNE/CEB nº 01 de
03/04/02
DIVERSIDADE E
ORGANIZAÇÃO
DOS TEMPOS
E ESPAÇOS
ESCOLARES
O tempo/espaço escolar leva em consideração os
educandos com deficiência ou aqueles que dividem o
seu tempo entre escola – trabalho – sobrevivência?
A rigidez e a naturalização da organização dos
tempos e espaços escolares entram em conflito com
a diversidade de vivências dos tempos e espaços dos
alunos.
A diversidade faz com que as escolas repensem seu
ordenamento temporal como exigência da garantia
do direito de todos à educação.
A rigidez desse ordenamento é uma das causas do
abandono escolar – rever esse ordenamento é uma
exigência ética e política para garantia do direito à
diversidade.
A preocupação da escola deverá ser dar a todos o
devido tempo de aprender, conviver, socializar,
formar-se tendo como critério um tempo escolar
acolhedor e flexível.
O espaço escolar exprime uma determinada
concepção e interpretação de sujeito social.
Exploramos o conteúdo histórico e político imerso
na arquitetura escolar?
A construção de uma escola democrática implica
em repensar as estruturas e o funcionamento dos
sistemas de ensino como um todo ( reorganizar o
coletivo dos professores, criar tempos mais
democráticos de formação docente e dos alunos,
alterar a lógica e a utilização do espaço e garantir
uma justa remuneração aos educadores ).
É preciso pensar o tempo como construção
histórica e cultural – não há linearidade.
É preciso uma nova estrutura de escola onde os
alunos sejam considerados como eixo da ação
pedagógica e do currículo. Dessa forma os
conteúdos, o tempo e espaço escolares estarão
relacionados a um objetivo: a formação e vivência
sociocultural próprias das diferentes temporalidades
da vida ( infância, adolescência, juventude e vida
adulta ).
A diversidade nas propostas curriculares das escolas
e das redes de ensino

Reflexão sobre a nossa postura diante desse


debate como educadores e partícipes dessa
mesma diversidade.
Pensar no currículo como uma atividade
produtiva e que possui um aspecto político que ser
visto como em suas ações ( o que fazemos ) e em
seus efeitos ( o que ele nos faz ).
É preciso questionar a noção hegemônica de
conhecimento que impera na escola.
A nossa função pedagógica diante da diversidade é
construir práticas pedagógicas que realmente
expressem a riqueza das identidades e da
diversidade cultural presente na escola e na
sociedade.
É preciso superar o trato romântico dado pela
escola à diversidade.
Precisaremos passar por um processo de
reeducação do olhar sobre o outro e sobre nós
mesmos...
A diversidade aparece somente como um tema
que transversaliza o currículo entendida como
pluralidade cultural – ela é vista e reduzida sob a
ótica
 da cultura.
A cultura não deve ser vista como um tema e nem
como disciplina, mas como um eixo que orienta as
experiências e práticas curriculares.
A diversidade deve ser reconhecida não somente
no seu aspecto regional e local, mas sim, na sua
presença enquanto construção histórica, cultural e
social que marca a trajetória humana.
A diversidade tem estado presente apenas na
parte diversificada do currículo a qual os
educadores sabem que, hierarquicamente, por
mais que possamos negar, ocupa um lugar menor
do que o núcleo comum.
Conviver com a diferença é construir relações que
se pautem no respeito, na igualdade social, na
igualdade de oportunidades e no exercício de uma
prática e postura democráticas.
A avaliação deve ser coletiva e com o objetivo de
acompanhamento de processo de construção do
conhecimento e não como instrumento punitivo.
Natálie da Cunha Melo Faria
Orientadora Pedagógica

natalief@prof.educacao.rj.gov.br

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