UFMS - Disciplina Áreas Degradadas - Engenharia Ambiental

1.Introdução:

De acordo com a história são vários os fenômenos que podem ser

considerados como responsáveis pelos diferentes tipos de distúrbios ou
impactos ambientais - perturbações e degradações- que promovam alterações
superficiais ou profundas nos mais diferentes sistemas ecológicos.

As modificações, obviamente dependem do tipo de fenômeno, do modo, da

intensidade e do período com que o mesmo age sobre os diferentes
ecossistemas da biosfera. Conforme sua origem esses fenômenos podem ser
classificados como naturais ou artificiais. O primeiro depende da combinação
e do comportamento dos elementos metereológicos e dos fatores geológicos.
O segundo corresponde à efetiva participação do homem.

1.1.Fenômenos que podem ser considerados como agentes potencialmente

modificadores do equilíbrio dinâmico dos sistemas ecológicos:

1.1.1. Erupções vulcânicas

1.1.2. As inundações

1.1.3.Os incêndios

1.1.4. As mudanças glaciais

1.1.5. A intervenção do homem:

1.1.5.1. por meio da exploração demográfica, da busca incessante de alimento,

do intenso consumo dos recursos naturais causando o desmatamento e erosão
acelerada, da caça indiscriminada e do uso irracional de biocidas;

1.1.5.2. poluição: por indústrias, energética, térmica, nos ambientes hídricos,

atmosféricos e nos edáficos.

Um dos exemplos mais expressivos de degradação ambiental, talvez possa ser

caracterizado através dos desertos formados ao longo dos tempos e que
ocorrem em vários países que se localizam na África e na Ásia. Esse vem
evoluindo a longos passos. Também registra a presença desse fenômeno nas
Américas, sobretudo naquelas áreas onde há maior intensidade de aridez.

Desertos na África:

Saara 8,6 milhões Km2 ocupa vários países

Líbia 1,7 milhão Km2 Líbia, Egito e Sudão
Núbia 260 mil Km2 Sudão e Egito
Kalararí 930 mil Km2 África do Sul e Namíbia
Namíbia 135 mil Km2 Namíbia
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Desertos na Ásia:

Arábia 2,3 milhões de Km2 Arábia Saudita

Gobi 1,3 milhão Km2 Mongólia e China
Takia Makan 270 mil Km2 China
Karakum 350 mil Km2 Turcomênia
Rub Al Kali 647, 5 mil Km2 Arábia Saudita
Síria 327 mil Km2 Síria, Jordânia e Iraque
Thar 259 mil Km2 Índia e Paquistão
Nefud 130 mil Km2 Arábia Saudita
Dasch-i- Lut 52 mil Km2 Irã
Dasch-i- Kavir 260 mil Km2 Arábia Saudita

Desertos nas Américas:

Colorado 78 mil Km2 EUA e México

Great Basin 492 mil Km2 EUA
Vizcaino 15 mil Km2 México
Gran Deserto 6,4 mil Km2 México
Sechura 30 mil Km2 Peru
Atacama 130 mil Km2 Chile

Ocorreu há mais de 3 mil anos quando em Cartago, atualmente Tunísia, os

seus habitantes já fazia uso excessivo da madeira oriunda das formações
florestais na construção civil. A degradação prosseguiu com os Romanos, pois
os mesmos usam demasiadamente uma quantidade de lenha das colônias
situadas ao norte da África para aquecer suas termas. Aumentou ainda mais as
depredações com os árabes e os berberes aniquilaram, por meio dos cortes, as
florestas sem demonstrarem o menor respeito pelo ciclo biológico das
essências arbóreas.

Brasil:
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No Brasil a degradação ambiental teve início com a exploração contínua e

irracional da Mata Atlântica durante o período colonial, quando da extração do
pau-brasil associados a outras espécies na construção de cidades, aldeias,
navios, engenhos e na ocupação do homem bem concentrado na faixa
marítima, promovendo a descaracterização imediata dessa formação vegetal.

Outras formações vegetais posteriormente vieram a sofrer pesadas influências

negativas, como por exemplo, o Cerrado, a Amazonas e a Caatinga.

2. DISTURBIOS AMBIENTAIS:

2.1. Conceito: Ambiente

do verbo latino Ambio: significado é dar voltas, se deslocar de uma parte para
outra.

Entretanto, no que concerne ao ser humano, o significado da palavra é muito

mais abrangente, pois exerce atividades tróficas bem como utilizar o ar
atmosférico para respiração e tem a capacidade de planejar e por em prática
modificações ambientais, visando viver tanto individual como em comunidade
no interior delimitado por esse meio.

2.2. Tipos de distúrbios dos sistemas ecológicos florestais:

Impacto ambiental benéfico: quando há melhorias na qualidade de um

determinado fator ambiental

Impacto ambiental negativo: quando ocorrem danos na qualidade de um fator

ambiental.

Impacto ambiental direto ou primário: quando se observa uma reação de

causa e efeito.

Impacto ambiental indireto: quando é proveniente de uma reação secundária

ou quando é parte de uma cadeia de reações
ambientais.

Impacto ambiental local: quando as atividades geradoras de impacto afetam

as características do próprio meio e suas áreas
adjacentes, onde as mesmas foram
processadas.
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Impacto ambiental regional: quando promove mudanças nas características

ambientais de uma determinada região.

Impacto ambiental estratégico: quando um componente ambiental de

elevada importância ecológica a nível nacionais
e/ou internacional, é afetado por mudanças
responsável pelo equilíbrio na composição
estrutural e funcional do ecossistema.

Impacto ambiental imediato: quando a manifestação do efeito é instantânea

Impacto ambiental de médio ou de longo prazo: quando os efeitos

manifestam após decorrido um período de
tempo consideravelmente longo.

Impacto ambiental temporário: quando os efeitos permanecem por um

determinado período.

Impacto ambiental permanente: quando os efeitos não param de se

manifestar ao longo do tempo.

Distúrbio ou Impactos pode ser divididos em dois tipos:

Perturbação: É todo distúrbio que promova a quebra parcial da homeostase de

um sistema ecológico qualquer. (perda parcial ou total das
plantas matrizes)

Degradação: caracteriza por ser um tipo de distúrbio altamente negativo para

os sistemas ecológicos. (plantas matrizes e meios de dispersão)

2.2.1. A degradação ambiental:

Ocorre nos 3 níveis estruturais da biosfera: Atmosfera,

Hidrosfera e Litosfera

2.2.1.1. Degradação atmosférica: é resultante de atividades que promovem a

emissão descontroladas de partículas e/ou gases.

2.2.1.2. Degradação hídrica: resultante de atividades que, na maioria das

vezes, são provenientes de atividades humanas que modificam
o comportamento dos mananciais hídricos. (desequilíbrio biótico
e abiótico).
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2.2.1.3. Degradação dos solos: resultantes de atividades, geralmente

humanas que modificam as características físicas e químicas do
solo.

Solo: corresponde a porção emersa da crosta terrestre resultante do processo

de decomposição lenta e gradual de rochas. O solo necessita ser
ajustado em função de sua capacidade de uso, pois devemos considerar
os seguintes elementos: declividade, erosão, textura, profundidade
efetiva, fertilidade, permeabilidade, reação, risco de inundação e,
drenagem.

A superfície da Terra ---– Meios Naturais ---- configurativos e evolutivos dos

relevos.

Meios Naturais dividem-se:

Meios Estáveis--- quando há predominância da PEDOGÊNESE, que

possibilita a estabilidade ou o equilibro dinâmico. (processos químicos e
físicos que favorecem a formação de solos maduros e formações
vegetais do tipo climácico.

Meios Instáveis--- há predominância da MORFOGÊNESE, caracteriza pela

instabilidade, o relevo apresenta acidentado, portanto, sujeito a
deslizamento de terra, abalos sísmicos vulcanismos, oscilações
climáticas agressiva, susceptível a erosões.

Meios Semi-Estáveis--- observa-se a ocorrência de um equilíbrio entre a

PEDOGENESE e a MORFOGENESE. Neste caso, suporta as atividades
ligadas à agropecuária, expansão urbana e infra-estrutura em geral
desde que bem planejadas

Fatores de degradação do Ecossistema Florestal:

Expansão agrícola,

Expansão urbana

Barragem para geração de energia

Abertura de estradas

Mineração
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Fogo

Corte de lenha e madeira

AREAS DEGRADADAS:

É aquela após que, após sofrer um forte impacto, perdeu a capacidade de

retornar naturalmente ao estado original ou a um equilíbrio dinâmico, ou
melhor, perdeu sua resiliência.

Resiliência: capacidade que um ecossistema possui de se recuperar de

perturbações internas naturais ou artificiais.