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Paula Maria C.

Gomes

Psicologia/ Cursos Profissionais – Módulo 2

Desenvolvimento: Concepção
psicossocial

Erik Erikson (1902 – 1994)


Paula Maria C. Gomes

Demarca-se da concepção de desenvolvimento de


Freud, por considerar que:

 limitou o desenvolvimento aos períodos da infância e


adolescência;

 reduziu o desenvolvimento à energia da libido;

 não valorizou o papel do meio social e cultural na formação da


personalidade do indivíduo - não teve em conta a interacção
indivíduo - meio;

 a energia que orienta o desenvolvimento não é psicossexual,


mas psicossocial: defende uma perspectiva psicodinâmica (=
valoriza a interacção entre o meio social e a personalidade).

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Apresenta uma teoria do desenvolvimento com os


seguintes pressupostos:

 Desenvolvimento: processo contínuo que se inicia com o nascimento e


prolonga até final da vida.

 Personalidade: constrói-se à medida que a pessoa progride por


estádios psicossociais que, no seu conjunto, constituem o ciclo da vida.

 Em cada estádio: manifesta-se uma crise, vivida em função de


aspectos biológicos, individuais e sociais.

 Crise consiste num conflito ou dilema que tem que ser enfrentado e
resolvido, havendo uma solução positiva e negativa para cada um
deles.

 Conflitos: estão, desde o nascimento, latentes no indivíduo, só se


manifestando em fases específicas do ciclo da vida.

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O desenvolvimento processa-se ao longo de toda a


vida (oito idades).
 Desenvolvimento decorre através de 8 idades: 8 estádios psicossociais.

 Progressão nos estádios psicossociais: explica a construção da


personalidade (acompanha todo o ciclo de vida).

 Cada idade/ período de desenvolvimento: caracterizado por tarefas


específicas (necessário cumprir para se progredir para o estádio
seguinte) e pela experiência de determinado conflito ou crise.

 Através da resolução do conflito de cada estádio o indivíduo adquire


novas capacidades: desenvolve-se.

 A resolução positiva (favorável) da crise constitui uma aquisição positiva


que se manifesta a diferentes níveis: psicológico, emocional e social.

 É uma concepção psicodinâmica: considera que o ajustamento


(experiências positivas) ou desajustamento (experiências negativas)
não são situações definitivas - as experiências em fases posteriores
podem contrariar as vivências tidas em idades anteriores.

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As oito idades do homem


Paula Maria C. Gomes

 Propõe 8 estádios psicossociais: perspectiva 8 idades no


desenvolvimento do ciclo de vida (do nascimento até à morte).

 No processo de desenvolvimento tem em conta aspectos


biológicos, individuais e sociais.

 Em cada uma das 8 idades aparecem virtudes específicas.

 Virtude: aquisição positiva que ocorre quando é favorável a


resolução da crise.

 Tal aquisição constitui um ganho psicológico, emocional e


social que se pode traduzir por um valor, uma característica de
personalidade, uma competência , uma qualidade pessoal ou
um sentimento.

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(1.ª idade) Nascimento → 18 meses :


CONFIANÇA vs. DESCONFIANÇA
 Aprender a confiar em vez de desconfiar.

 Durante os primeiros dois anos de vida, a criança desenvolve a


confiança básica, a segurança e o optimismo.
 Como a criança depende dos pais para tudo (alimentação, afecto,
protecção), precisa confiar inteiramente neles ⇒ é preciso que os pais
a tratem com amor, atenção, apoio e paciência.
 Caso contrário, crescerá insegura e desconfiada.

Virtude adquirida: Esperança (← confiança).

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(2.ª idade) 18 meses → 3 anos :
AUTONOMIA vs. VERGONHA E DÚVIDA
 Aprendendo a ser independente em vez de sentir vergonha e dúvida
 A criança dá um grande salto no desenvolvimento: aprende a andar, a
falar, a ir ao WC, torna-se independente e ganha autoconfiança.
 Se tiver uma boa orientação dos pais sairá dessa fase segura de si
mesma, feliz com as suas novas conquistas e orgulhosa, em vez de ser
tímida.
 É importante incentivar a autonomia das crianças nessa fase, mas isso
não pode ser sinónimo de indisciplina.
 Cabe aos pais explicar carinhosamente o que a criança pode ou não
pode fazer sem impedir que se desenvolva.
 A super-protecção também atrapalha o desenvolvimento e torna a
criança dependente dos pais.
Virtude adquirida: Força de vontade (← autonomia).

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(3.ª idade) 3 → 6 anos :
INICIATIVA vs. CULPA
 Criança em idade pré-escolar.
 Início da formação da consciência moral.
 Desenvolve autonomia, procura impor a sua vontade.
 Procura satisfazer a crescente curiosidade.
 Interesse pela sexualidade, a manipulação dos órgãos genitais:
• se não for punida com frequência;
• se as iniciativas forem cuidadosamente restringidas;
•  iniciativa não é reprimida e, de modo elementar, aprende a distinguir
o bem do mal.
 Se por parte do adulto se verifica:
• forte repressão da actividade infantil;
• punição das suas iniciativas;
•  a criança apresentará sentimentos de culpa, falta de
espontaneidade, demasiada inibição.
Virtude adquirida: Tenacidade (← iniciativa).

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(4.ª idade) 6 → 12 anos :
HABILIDADE / PRODUTIVIDADE vs. SENTIDO DE
INFERIORIDADE

 Aprendendo a construir em vez de se sentir inferior.


 Surge no início da vida escolar (escola primária).
 A criança adquire noções básicas para a vida em sociedade, como:
• relacionar-se em grupo de acordo com regras sociais;
• brincar em grupo de forma organizada, seguindo regras;
• ir à escola, aprender conteúdos de diversas disciplinas - os T.P.C.
são uma tarefa que incentivam a autodisciplina, que aumenta a cada
ano do desenvolvimento.
 A criança que aprendeu, nos anos anteriores, a confiar, a ser
independente e a ter iniciativa ⇒ criança competente na escola e sem
complexos de inferioridade perante os colegas.

Virtude adquirida: Competência (habilidade intelectual e cumprimento de


tarefas) ← produtividade).

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(5.ª idade) 12 → 20 anos :
IDENTIDADE vs. DISPERSÃO ou CONFUSÃO DE PAPÉIS.
 Descobrindo quem é para não se perder.
 Adolescente aprende a responder à pergunta "Quem sou eu?".
 Até os adolescentes mais saudáveis psicologicamente vivem um momento
de difusão da identidade: grande maioria deles envolve-se, em menor ou
maior grau com a confusão e a revolta.
 Este é o momento psicológico mais importante da vida do indivíduo: o
jovem descobre o seu caminho e, a partir das suas dúvidas, define a sua
identidade.
 Caso os conflitos anteriores não tenham sido bem resolvidos: terá
dificuldades em enfrentar este grande momento de definição.
 Se tiver sucesso, assumirá papéis construtivos dentro da sociedade
 Adolescente saudável: capaz de planear o seu futuro, antever as suas
realizações e de lutar por elas, em vez de ficar paralisado devido a
sentimentos de inferioridade. Caso contrário, não conseguirá definir a sua
vocação profissional, a sua orientação sexual e o seu papel na sociedade.
Virtude adquirida: Fidelidade (a si próprio, suas escolhas e opções) ←
(identidade).

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(6.ª idade) 20 → 30 anos :


INTIMIDADE vs. ISOLAMENTO
 Intimidade: capacidade de desenvolver uma relação profunda e
duradoura com outrem.

 O adulto jovem e saudável já está preparado psicologicamente para


ter intimidade afectiva e sexual com outra pessoa.

 Independente do seu sucesso profissional, o indivíduo só estará


plenamente desenvolvido quando for capaz de ter intimidade com
alguém.

 Aquele que não tiver alcançado a noção de intimidade terá


dificuldades em manter relacionamentos, terá medo de se envolver
afectivamente e de depender de outra pessoa.

Virtude adquirida: Capacidade de amar (← intimidade).

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(7.ª idade) 30 → 60 anos :
GENERATIVIDADE vs. ESTAGNAÇÃO

 Na vida adulta, o indivíduo precisa produzir, criar, seja através da


maternidade ou paternidade, seja trabalhando produtiva e criativamente.
 As pessoas que são capazes de olharem para fora de si, para a família,
terão a sensação de estarem a contribuir para as futuras gerações. Os
indivíduos que não constituem família poderão sentir-se estagnados na
meia idade.
 Caso o indivíduo supere as sete etapas anteriores do desenvolvimento
psicossocial:
• é capaz de fazer julgamentos com maturidade e integridade;
• encontrou o seu caminho na vida e tem uma imagem de si mesmo
que o satisfaz;
• tem orgulho no que produz.
 Se uma ou mais etapas do desenvolvimento psicossocial não forem bem
resolvidas ⇒ indivíduo pode ter uma má imagem de si mesmo, viver
insatisfeito, arrependido e desesperado.

Virtude adquirida: O cuidado (← generatividade).

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(8.ª idade) 60 anos → morte :


INTEGRIDADE vs. DESESPERO/ DESGOSTO

 Chega o momento de reflexão sobre a vida e o seu papel no mundo: é


a hora do balanço das suas conquistas e dos seus fracassos.
 Se a pessoa está satisfeita com a vida que teve e sente que existe
uma união entre ela e as pessoas que a rodeiam, aceitará a morte com
integridade.
 Citando Erikson, a criança saudável não teme a vida, e o idoso
saudável não teme a morte.
 Se o indivíduo chega a essa idade insatisfeito e arrependido, muito
provavelmente viverá momentos de desespero e temor da morte.

Virtude adquirida: A sabedoria (← integridade).

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