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Este documento discute o controle de motores de passo, incluindo seu princípio de operação, parâmetros básicos e circuitos de controle. Os motores de passo operam por meio de um campo magnético rotativo gerado no estator que faz girar o rotor em passos discretos. São descritos os tipos de enrolamentos unipolar e bipolar e como eles geram o campo magnético rotativo. Além disso, são explicados parâmetros como o passo angular, momento e corrente máxima. Por fim, são apresentados exemplos básicos
Este documento discute o controle de motores de passo, incluindo seu princípio de operação, parâmetros básicos e circuitos de controle. Os motores de passo operam por meio de um campo magnético rotativo gerado no estator que faz girar o rotor em passos discretos. São descritos os tipos de enrolamentos unipolar e bipolar e como eles geram o campo magnético rotativo. Além disso, são explicados parâmetros como o passo angular, momento e corrente máxima. Por fim, são apresentados exemplos básicos
Este documento discute o controle de motores de passo, incluindo seu princípio de operação, parâmetros básicos e circuitos de controle. Os motores de passo operam por meio de um campo magnético rotativo gerado no estator que faz girar o rotor em passos discretos. São descritos os tipos de enrolamentos unipolar e bipolar e como eles geram o campo magnético rotativo. Além disso, são explicados parâmetros como o passo angular, momento e corrente máxima. Por fim, são apresentados exemplos básicos
Elaborada pelo Professor M.Eng. Rodrigo Cardozo Fuentes
Prof. Rodrigo C. Fuentes Campus- UFSM Prdio 5 Email: fuentes@smail.ufsm.br Web-site: w3.ufsm.br/fuentes
SANTA MARIA RS 2005
NDICE 6. CONTROLE DE MOTORES DE PASSO .............................................................. 6.1 6.1. Introduo .................................................................................................... 6.1 6.2. Princpio de operao: ................................................................................ 6.2 6.3. Parmetros Bsicos: ................................................................................... 6.7 6.4. Circuitos de controle:.................................................................................. 6.8 6.5. Informaes prticas: ............................................................................... 6.10 6.6. Concluso: ................................................................................................. 6.11 AUTOMAO INDUSTRIAL CTISM Prof. Rodrigo C. Fuentes. 6.1 6. Controle de Motores de Passo 6.1. Introduo A crescente popularidade dos motores passo a passo, em todo o mundo, no se deve apenas ao barateamento de produo; ela deve ser atribuda tambm total adaptao desses dispositivos lgica digital. No de hoje, afinal, que vrios perifricos de computador (tais como acionadores de disco ploteadores e impressoras) ou equipamentos controlados por micros (mesas grficas e braos de robs, por exemplo) utilizam esse tipo de motor. A maioria dos motores gira em velocidade relativamente constante, enquanto outros deslocam-se por impulsos ou passos discretos. Os primeiros possuem apenas dois estados de operao (parados ou girando); os motores de passo exibem trs: parados, ativados com rotor travado ou girando em etapas. Este movimento pode ser brusco ou suave, dependendo da freqncia e amplitude dos passos em relao inrcia do motor.
Motor de passo
Como todos os motores, os de passo so transdutores eletromecnicos, embora pertenam a uma categoria separada, devido s suas aplicaes especificas. De fato, eles respondem de uma forma bem definida ou seja, a rotao do eixo em um ou vrios passos de acordo com os sinais digitais fornecidos aos seus circuitos eletrnicos de comando. Assim, os motores de passo podem ser usados como um sistema de malha aberta, isto , sem qualquer realimentao de controle normalmente proporcionada por, potencimetros, codificadores, AUTOMAO INDUSTRIAL CTISM Prof. Rodrigo C. Fuentes. 6.2 geradores tacomtricos e assim por diante. Evitam, portanto, os problemas comumente encontrados nos sistemas de realimentao, como instabilidade e ultrapassagem (overshoot), podendo substituir servomotores CC convencionais. Veja, na tabela a seguir, uma rpida comparao entre os dois tipos de motor.
MOTOR DE PASSO SERVOMOTOR CC operao em malha aberta operao em malha fechada m relao potncia volume boa relao potncia volume robusto, pouco desgaste maior desgaste devido ao uso de escovas controle relativamente complexo controle simples boa caracterstica de bloqueio bloqueio requer frenagem adicional
6.2. Princpio de operao: No que se refere ao funcionamento, os motores de passo podem ser comparados aos sncronos: um campo rotativo (nesse caso gerado pela eletrnica de controle) faz girar um rotor magntico. Tais motores foram subdivididos de acordo com a forma em que gerado o campo rotativo (enrolamento unipolar ou bipolar no estator) e com o material empregado na construo do rotor (ferro doce ou material permanentemente magnetizado).
AUTOMAO INDUSTRIAL CTISM Prof. Rodrigo C. Fuentes. 6.3
Motor de passo com 12 passos por revoluo
Operao em passos completos
AUTOMAO INDUSTRIAL CTISM Prof. Rodrigo C. Fuentes. 6.4 No momento do arranque, passa corrente pelos dois enrolamentos, o estator adequadamente magnetizado e o rotor orienta-se de acordo. Caso em seguida, por exemplo, a polaridade da corrente A seja invertida (da a designao "bipolar"), o campo ir deslocar-se 30 o no sentido anti-horrio, arrastando consigo o rotor. A seqncia de ativao para um tero de volta do rotor B A AB B A AB ou seja, 4 passos de 30 o . Tambm possvel cortar a corrente de um enrolamento, antes de inverter a polaridade na fase correspondente; nesse caso, a seqncia seria A B A B AB A B A B AB est operao chamada de meio passo. Nessa operao a meio passo, as etapas so menores, mas o momento mais irregular e menor (em mdia), j que durante metade do tempo apenas metade do nmero de fases est sendo utilizado. A B
Enrolamento bipolar
Os motores passo a passo unipolares assemelham-se aos bipolares, mas so enrolados de modo diferente. Neles, cada fase consiste de um enrolamento com derivao central ou mesmo de dois enrolamentos separados, de forma que o campo magntico possa ser invertido sem a necessidade de inverter o sentido de corrente. A B A B
Enrolamento unipolar
AUTOMAO INDUSTRIAL CTISM Prof. Rodrigo C. Fuentes. 6.5 Configuraes dos terminais para os motores de passo
Como em geral essas bobinas so alojadas na mesma carcaa utilizada para os motores bipolares, evidente que devem empregar menos espiras ou fio de menor bitola o que significa, em ambos os casos, menos ampres-espiras e portanto, um campo magntico mais fraco. Assim sendo, os motores unipolares desenvolvem momentos inferiores aos dos bipolares com as mesmas dimenses. Costuma-se exigir ainda, dos motores de passo, uma resoluo elevada, Isto , muitos passos por volta. As mquinas com essa caracterstica so construdas com rotores e estatores mltiplos, com as fases separadas uma atrs da outra e ligeiramente deslocadas entre si. A mxima freqncia de operao limitada pelo rotor magnetizado, que induz uma tenso no estator. Desse modo, motores com velocidades relativamente elevadas usam, normalmente, rotores de ferro doce, unipolares e com menos plos que o estator (veja a figura). Os enrolamentos so ligados em seqncia e s vezes em grupos. AUTOMAO INDUSTRIAL CTISM Prof. Rodrigo C. Fuentes. 6.6
Rotores e estatores mltiplos
AUTOMAO INDUSTRIAL CTISM Prof. Rodrigo C. Fuentes. 6.7 6.3. Parmetros Bsicos: Antes de abordar qualquer considerao pratica sobre os motores de passo, queremos que voc esteja familiarizado com algumas caractersticas desses dispositivos. A tabela abaixo rene as informaes mais importantes, divididas em parmetros mecnicos e eltricos. A escolha de um motor de passo recai, em primeiro lugar, sobre os requisitos mecnicos e as caractersticas eltricas, por sua vez, determinam o projeto da eletrnica de controle.
PARMETROS MECNICOS DEFINIO Passo angular rotao do eixo durante um passo, isto , 360 o
nmero de passos por rotao
Momento de frenagem (torque de bloqueio) momento mximo como rotor bloqueado, sem a perda de passos
Momento (torque) efeito rotativo de uma fora, medido a partir do produto da mesma pela distncia perpendicular at o ponto onde ela atua, partindo de sua linha de ao
Taxa de arranque (pull-in rate) freqncia de arranque sem a perda de passos
Taxa de andamento (pull-out rate) regime de operao atingido aps uma acelerao suave
Momento de inrcia medida da resistncia mecnica oferecida por um corpo a acelerao angular
AUTOMAO INDUSTRIAL CTISM Prof. Rodrigo C. Fuentes. 6.8
PARMETROS ELTRICOS DEFINIO Auto-indutncia unipolar e bipolar determina a magnitude da corrente media em regimes pesados de operao, de acordo com o tipo de enrolamento do estator: relaciona o fluxo magntico com as correntes que o produzem
Resistncia hmica determina a magnitude da corrente de estator com o rotor parado
Corrente mxima do estator determinada pela bitola do fio empregado nos enrolamentos
6.4. Circuitos de controle: O uso de motores passo a passo torna-se um tanto complicado pela necessidade de uma fonte de alimentao " inteligente" que produza o campo rotativo. A concepo do circuito, no entanto, no deve causar problemas aos tcnicos com alguma experincia em projeto.
Circuito excitador para motores de passo, sob a forma de um diagrama de blocos
A configurao do excitador de potncia vai depender do tipo de motor (unipolar ou bipolar) e do nmero de fases a serem controladas. Os bipolares por sua vez, precisem ser controlados atravs de pontes, ou seja, quatro transistores AUTOMAO INDUSTRIAL CTISM Prof. Rodrigo C. Fuentes. 6.9 por enrolamento. tambm possvel utilizar somente dois transistores em cada enrolamento desde que seja empregado uma fonte simtrica.
Driver industrial
Circuito de Potncia AUTOMAO INDUSTRIAL CTISM Prof. Rodrigo C. Fuentes. 6.10
6.5. Informaes prticas: O uso de motores de passo exige o respeito e algumas regras bsicas. preciso levar em conta, antes de mais nada, o carter indutivo do estator - cuja corrente, ao ser chaveada, gera uma tenso indutiva, que chega a ser elevada o suficiente para destruir a eletrnica de controle. Isso pode ser evitado pela utilizao de diodos de proteo, nos enrolamentos unipolares, e varistores ou diodos zener ligados em anti-srie, no caso dos bipolares. Outra dificuldade corriqueira a resposta do motor a um nico passo, que o rotor fica sujeito ao fenmeno da ultrapassagem (ou overshoot), devido ao baixo amortecimento desses dispositivos. Efeito incmodo em baixas velocidades de operao, impede que os motores de passo transfiram potncia atravs de engrenagens, pois o desgaste poderia quebrar rapidamente os dentes das mesmas. As correias de transmisso dentadas so preferveis, nesse caso, devido sua flexibilidade; apesar disso, o melhor mesmo optar pela transmisso direta, sempre que possvel. Existem, obviamente, formas de melhorar o amortecimento do motor - o que pode ser feito mecanicamente, pelo acrscimo de torque de frico (gastando uma parcela a mais de energia), ou eletricamente, revertendo o motor imediatamente antes de atingir sua nova posio, seguido por um novo acionamento direto, uma frao de segundo depois. A menor dor de cabea, aqui, ser a temporizao das operaes. A preciso dos passos, por fim, depende da exatido com que os estatores esto posicionados entre si. Sorte que os desvios no so cumulativos, pois assim que um nmero de passos iguala-se ao nmero de fases seqenciais, eles se cancelam mutuamente. Caso voc queira posicionar algo com muita preciso, por meio de motores de passo, deve tentar fazer com que o nmero de passos, entre o ponto de referencia e a posio desejada, seja proporcional (segundo um nmero inteiro) quantidade de estatores.
AUTOMAO INDUSTRIAL CTISM Prof. Rodrigo C. Fuentes. 6.11 6.6. Concluso: Os motores de passo apresentam caractersticas particulares muito interessantes como a possibilidade de pequenos deslocamentos angulares, o bloqueio em uma determinada posio e a possibilidade de operao em malha aberta. Estas caractersticas fazem com que este motor seja largamente utilizada em pequenos automatismos como plotters, impressoras e pequenos robs. A sua utilizao no maior ainda devido a baixa relao potncia x volume deste tipo de motor.
Para saber mais: www.parker.com.br Leia o artigo Tudo sobre motores de passo, de Timothy Constandinou. Revista Eletrnica e Microinformtica.