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PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado da Bahia


Gabinete do Desembargador José Olegário Monção Caldas

QUARTA CÂMARA CÍVEL – Agravo de Instrumento


PROCESSO N.º 21.501-8/2008 – Pedido de Reconsideração
Comarca: Valença/BA - Origem: Vara Especializada
Agravante: SUL AMÉRICA SEGURO SAÚDE S/A
Advogado: TECIO ANDRÉ DE OLIVEIRA RAMOS
Agravado: LAURO ALVES LIMA
Advogado: TAÍS SILVA OLIVEIRA E OUTRO
Relator: DES. JOSE OLEGÁRIO MONÇÃO CALDAS

Vistos etc.
Trata-se de pedido de reconsideração
da decisão de fls. 88/91 que converteu em retido
o agravo de instrumento, à falta dos
pressupostos específicos do art. 527,II, do CPC.
Como já referi anteriormente, o
deferimento da medida emergencial reclama
situações que traduzam risco concreto de “lesão
grave e de difícil reparação”, a direito da
parte.
Precisos são os comentários do Prof.
ANTÔNIO DA COSTA MACHADO acerca da matéria:
“A nova redação deste art. 522,
somada às outras alterações
decorrentes da Lei n.
11.187/2005, muda o quadro
processual significativamente,
por alguns motivos: 1º)
instituído o agravo retido como
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regra, pela disposição legal ora


enfocada, o próprio cabimento do
agravo de instrumento deixa de
existir fora dos três casos
elencados, o que certamente
significará desencorajamento à
interposição despreocupada de
agravos diretamente no tribunal,
inclusive porque descabido o
agravo de instrumento, nesse
contexto, não haverá lugar para a
aplicação do princípio da
fungibilidade dos recursos e a
possibilidade de recorrer
retidamente terá sido perdida;
2º) desaparece aquilo que
chamamos de razoável expectativa
dos advogados quanto à não-
conversão do agravo de
instrumento em retido, uma vez
que a nova redação do inc. II do
art. 527 estabelece enfaticamente
que o relator ‘converterá o
agravo de instrumento [...]’, o
que significa reforço ao
desencorajamento mencionado; 3º)

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a exigência constante de
demonstração de periculum in
mora, para caracterizar o
cabimento do recurso, salvo ‘nos
casos de inadmissão da apelação e
nos relativos aos efeitos em que
a apelação é recebida’, mas que
compreende todos os agravos que
digam respeito à ‘provisão
jurisdicional de urgência’,
coloca, desde logo, o problema da
‘lesão grave e de difícil
reparação’ no centro da
preocupação dos advogados –
porque dele depende o cabimento
do recurso – e não mais como
problema secundário a ser
enfrentado, pela via do agravo
interno, se o relator viesse a
praticar o ato de conversão por
ausência de periculum in mora;
4º) o desaparecimento do agravo
interno – o recurso que
viabilizava o combate à decisão
monocrática do relator que
convertesse o agravo de

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instrumento em retido, segundo


dispunha a parte final do inc.
II, em sua redação anterior, do
art. 527 – por óbvio identifica-
se como mais um fato a
desencorajar a interposição,
perante os tribunais, de agravos
de instrumento inadmissíveis.
(Código de Processo Civil
Comentado: artigo por artigo,
parágrafo por parágrafo – 5ª ed.
rev. e atual. – Barueri, SP:
Manole, 2006, p. 870-1.)”
Tendo, neste caso, por ausente a
demonstração fática e jurídica da probabilidade
de dano irreparável ao agravante e atento ao
caráter imperativo do preceito de lei, converti
o recurso em agravo retido.
Assim, mantenho a decisão objurgada,
por seus próprios fundamentos.
Intimem-se. Baixas de estilo.
Salvador, (BA) de de 2008.

Des. JOSÉ OLEGÁRIO MONÇÃO CALDAS


Relator

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