RE Ed
TUDO QUE VOCÊ PRECISA VI i ç
SA ã o
SABER SOBRE SEXUALIDADE, DA
AIDS, DST E PREVENÇÃO
X U
c) Sexo oral .... pág. 7
d) Sexo anal .... pág. 7
e) Homossexualidade .... pág. 8 A
sexo E) CORPO REPRODUTIVO
a) A puberdade feminina .... pág. 9 L
sexo b) A puberdade masculina .... pág. 9
I
sexo c) Fertilidade .... pág. 10
sexo
sexo
d) Cólicas e TPM .... pág. 10
e) O ciclo menstrual .... pág. 10
D
A
sexo
O “FICAR”
“Ficar” não significa que você seja uma galinha ou um garanhão,
“ficar” é uma forma de conhecer várias pessoas e descobrir novos
sentimentos e emoções. O importante é que você se sinta bem,
respeitando si próprio e os outros, amadurecendo e assumindo suas
escolhas.
A TRANSA
O encontro amoroso entre duas pessoas desperta naturalmente o desejo pelo prazer do sexo. Algumas vezes é mais
difícil para a mulher reconhecer seu próprio desejo, a sociedade muitas vezes inibe esse despertar, trazendo
dúvidas, medo e angústia. É importante uma conversa franca sobre estes sentimentos para se saber qual será a hora
certa para acontecer.
Um momento especial, num lugar especial, um tesão incontrolável, e pronto... rola o sexo. A primeira transa
geralmente acontece assim. Por isso é importante estar preparado(a) e esclarecido(a) para este momento especial,
prevenindo-se, com a camisinha, de conseqüências indesejáveis como as doenças sexualmente transmissíveis, AIDS
e gravidez. O namoro, o ficar, o transar com homem ou mulher, ou com os dois, é tudo uma questão de escolha.
Na relação com o outro é fundamental o respeito pela dignidade e igualdade de cada pessoa.
Lembre-se que as coisas que você considera certas para se fazer com o outro também são certas
para que o outro faça com você.
Trate o outro com respeito, sem gozação, sem querer “aproveitar-se”.
Não se deve exibir o outro como troféu de conquista, lembre-se que esta atitude é imatura e de
pessoas sem confiança em si mesmas.
Não faça com o próprio corpo e sentimentos, ou com o corpo e os sentimentos do outro, coisas que
você não quer ou não se sente bem fazendo.
Não tenha relações sexuais só porque os(as) amigos(as) já o fazem, ou é o(a) único(a) da turma
que não tem namorado(a) ou que não teve relação.
As coisas na vida devem acontecer naturalmente, com maturidade, no momento certo você saberá.
Reconheça que cada um tem direito a pensar e agir de forma diferente e isso deve ser respeitado.
Cada um deve ser respeitado em suas convicções religiosas e morais.
Devemos entender que o sexo é uma relação natural, que nasce e morre conosco e dá muito prazer
e alegria. Não deixe que ele provoque conflitos psicológicos ou termine em gravidez indesejada.
Lembre-se que os conflitos e medos fazem parte da vida e não devem ser negados, mas também
não devem impedir a pessoa de viver; caso você sinta que algum problema está atrapalhando
muito, não tenha vergonha de pedir ajuda.
2
B VIRGINDADE
Tipos de Hímen:
GENITAL
FEMININO
EXTERNO
3
Durante o ato sexual a vagina relaxa e Você sabia? Existem muitos casos de
aumenta para receber o pênis, e quanto mais mulheres que engravidaram sem penetração: o
excitada a mulher estiver, mais lubrificada a homem goza na “portinha”, perto da entrada da
vagina vai ficar. A dor na primeira relação sexual vagina, e como os espermatozóides possuem a
não está diretamente associada ao rompimento do capacidade de nadar em meio líquido, escorrem
hímen; muitas vezes, a tensão do momento e o para o interior da vagina e pronto.
lugar onde o casal está não ajudam a relaxar e o
Deixar de ser virgem não tem a ver
“clima” dificulta que a mulher se prepare para a
somente com o rompimento do hímen, mas também
penetração.
com uma experiência nova, novas possibilidades
Se a mulher estiver no período fértil, é e vivências, prazeres e riscos.
possível engravidar na primeira relação sexual,
assim como é possível contrair uma DST ou se
contaminar com o vírus da AIDS (HIV). Por isso,
mesmo na primeira vez, não esqueça a camisinha.
Ligamento superior
ovariano
Ampola
Ovário
Ligamento próprio
do ovário
Orifício interno
do útero
Útero
Canal
cervical
Vagina
4
C - GRAVIDEZ
5
D - CORPO ERÓTICO
a) A MASTURBAÇÃO
A masturbação está diretamente
relacionada ao prazer e à descoberta e
conhecimento do corpo e da sexualidade;
não é apenas um ato solitário que envolve
fantasias e desejos, é um momento de
intimidade que também pode ser praticado
a dois, pois proporciona sensações
gostosas, alívio das tensões, além de
propiciar maior conhecimento das zonas
erógenas do corpo.
A masturbação é um processo
natural e não prejudica a saúde do homem
ou da mulher. Uma das partes mais sensíveis do corpo da mulher é o clitóris (“campainha” ou “grelo”), acariciá-
lo traz excitação e prazer, provoca a lubrificação e contrações rítmicas na entrada da vagina, levando ao
orgasmo. Para os homens a excitação provoca a ereção do pênis (o pau fica duro), e com a estimulação rítmica
da glande (cabeça do pau) e do corpo do pênis, chega-se ao orgasmo e à ejaculação (gozo).
A masturbação não é de forma nenhuma um desvio de comportamento, porém a prática freqüente pode
estar relacionada a tensões, ansiedades ou tristezas decorrentes de algum problema ou dificuldade emocional,
que talvez possam ser enfrentados e resolvidos de outra forma, deixando a masturbação apenas para o prazer.
6
b) O ORGASMO
O orgasmo é a sensação emocional de prazer, está relacionado com a entrega e a expressão dos sentimentos
através do corpo. É intenso tanto para os homens como para mulheres, porém as formas de manifestação são diferentes.
Para o homem, existe uma confusão na definição do que é orgasmo e do que é ejaculação. O orgasmo é a
sensação do prazer que o homem tem com a ejaculação ou gozo (expulsão do sêmen, ou esperma, pelo pênis). A
ejaculação é genital e a sensação do orgasmo é cerebral. A quantidade do sêmen e a intensidade da ejaculação e
sensação de orgasmo podem variar de acordo com os sentimentos durante o encontro sexual.
O orgasmo feminino, além da estimulação rítmica do clitóris, também ocorre pela penetração vaginal.
Durante a penetração, o clitóris pode ser estimulado indiretamente através do movimento de “vai-vem” do
pênis, proporcionando muito prazer e levando ao orgasmo. Na masturbação e na penetração, a estimulação rítmica
ocasiona a secreção de um líquido lubrificante pelas paredes vaginais e pelas glândulas adjacentes à vagina; às vezes
essa secreção espirra para fora, dando a falsa impressão de que a mulher está ejaculando.
O orgasmo é uma experiência única, de intimidade e entrega, diferente para cada um. O tempo para se chegar
ao orgasmo varia de pessoa para pessoa; lembre-se de que a relação sexual deve ser prazerosa e requer tempo e
dedicação dos parceiros, especialmente durante as carícias preliminares. Não tenha pressa, reconheça e respeite o
ritmo de seu(sua) parceiro(a).
c) O SEXO ORAL
Sexo oral é o contato entre a boca e os genitais
(vulva, pênis) e o ânus da outra pessoa. É uma das formas
de ter prazer sexual e não existe nada de errado em
fazê-lo, desde que você goste e esteja com vontade.
Sexo oral não faz mal para a saúde, mas é
importante que seja seguro para se proteger de DST e
da AIDS. Para tranqüilidade e segurança, use sempre
a camisinha. Na dúvida procure um médico.
d) O SEXO ANAL
Sexo anal é o ato sexual com penetração
pelo ânus. O ânus pode ser, para ambos os sexos,
uma importante área de prazer. Carícias, toques
e penetração anal podem provocar excitação e
prazer. E isso não significa, no caso dos garotos,
que estes sejam homossexuais. A relação anal,
desde que prazerosa para ambos e aceita em
comum acordo, não traz em si qualquer
manifestação de anormalidade.
Para que a relação seja gostosa e segura,
deve-se usar preservativo sempre, e um
lubrificante à base de água. Se rolar sexo
vaginal depois do anal, troque sempre o
preservativo, para não levar os germes do ânus
para a vagina, e assim evitar doenças.
Sexo anal não engravida. O aparelho
genital feminino não tem comunicação com o ânus.
7
e) HOMOSSEXUALIDADE
8
E - CORPO REPRODUTIVO
Puberdade corresponde ao período inicial da adolescência, no qual acontecem mudanças biológicas no
corpo dos meninos e das meninas, tornando-os capazes de procriar. Essas mudanças não acontecem ao mesmo tempo
para todos, nem são iguais para meninos e meninas. Podem acontecer depressa demais, ou mesmo custar para acontecer.
Isso é normal.
a) A PUBERDADE FEMININA
Antes da primeira menstruação ocorrem mudanças importantes no corpo da menina:
Entre 8 e 11 anos, aparece o botão mamário, ou telarca. Geralmente no mesmo ano em que os peitinhos
começam a despontar, surgem os pêlos pubianos, ou pubarca.
Entre 11 e 13 anos, os pêlos pubianos ficam mais grossos e encaracolados e as mamas ganham volume e
forma mais definida.
Entre 13 e 15 anos (ou por volta de 2 anos após a telarca) é que ocorre a primeira menstruação, ou
menarca. Cerca de seis a doze meses antes da primeira menstruação a menina já terá passado por uma fase em
que ela cresce mais rapidamente. Depois da menarca, seu crescimento desacelera e cessa rapidamente.
Entre 15 e 17 anos, as principais mudanças físicas já estão completas. As mamas e os pêlos pubianos
têm o aspecto dos de uma mulher adulta.
b) A PUBERDADE MASCULINA
Na puberdade, os testículos do homem passam a produzir os espermatozóides, e é a testosterona, hormônio
masculino, que inicia esse processo.
Os hormônios são substâncias produzidas pelo nosso corpo. Na adolescência aumenta a quantidade de
testosterona que, além da produção de espermatozóides, faz com que diversas mudanças aconteçam: aparecem
pêlos em volta do sexo, debaixo do braço e no rosto (barba e bigode), o suor aumenta e o cheiro fica mais forte, a
voz desafina e engrossa, o saco escrotal aumenta, o pênis cresce e fica mais grosso.
9
c) FERTILIDADE
Todas as meninas nascem com óvulos. Na puberdade, todo mês, um dos ovários se prepara para soltar um óvulo,
que vai ser sugado pelas trompas: é o que chamamos de ovulação.
Um só espermatozóide é necessário para a fertilização do óvulo. Uma vez fertilizado, o óvulo passa a ser chamado
de célula-ovo ou zigoto, pois compreende o material genético do espermatozóide em seu interior. Entre duas até oito
semanas, será chamado de embrião, para depois ser denominado feto.
Os meninos são férteis todos os dias, as meninas apenas em um período do mês. A ovulação acontece mais ou menos
na metade do ciclo menstrual. Nesses dias, o útero se prepara para uma possível gravidez: é o período fértil.
Óvulos amadurecendo
5/6 dias:
0 embrião se
implanta no útero
Ovulação Ovário Útero
d) CÓLICAS E TPM
As cólicas são provocadas por contrações da musculatura do útero durante a menstruação, para que o sangue
possa ser expelido. Compressas com bolsa de água quente e um pouco de atividade física podem ajudar a relaxar a
musculatura. Nem todas as mulheres sentem cólicas durante a menstruação, ou mesmo cólicas pré-menstruais.
A TPM - tensão pré-menstrual - pode causar mudanças físicas e psíquicas na mulher dias antes de menstruar.
Acredita-se estar relacionada às mudanças dos níveis de hormônios desse período. É preciso procurar um ginecologista
para orientações e medicações adequadas, tanto para cólicas como para TPM.
Você deve escolher e usar algum método contraceptivo para evitar a gravidez:
diafragma
11
Camisinha – É um excelente método contraceptivo para os adolescentes:
evita a gravidez indesejada, a AIDS e outras DST. É encontrada em qualquer lugar,
é fácil de colocar e só estoura se não for colocada direito. Apesar de fininha, ela é
super resistente e flexível.
camisinha
masculina
camisinha
feminina
12
Tabelinha – Sua utilização não é muito segura para os dois ou três anos após a primeira
menstruação, pois o ciclo menstrual ainda não é regular nesse período. Para ser utilizada
corretamente, deve-se marcar no calendário os dias em que a menstruação ocorre em cada mês. A
marcação deve ser feita durante seis meses seguidos, para que se conheça a duração dos ciclos
menstruais.
Um ciclo completo vai do 1º dia da menstruação até o dia anterior à próxima. Os ciclos, em
geral, duram de 24 a 40 dias, dependendo de cada mulher.
O cálculo: veja nas anotações o ciclo mais curto (dos seis meses anotados) e subtraia 18; o
número encontrado será o 1º dia do período fértil. Para achar o último dia fértil, pegue o ciclo mais
longo e subtraia 11.
Exemplo: se uma mulher tem ciclos mentruais com duração de 26 a 30 dias, devemos subtrair
18 de 26 e 11 de 30. Os números obtidos, 8 e 19 indicam o início e o fim do período fértil. Nesse
período (do 8º ao 19º dia do ciclo), existe maior possibilidade da gravidez, embora nos outros dias
do mês a mulher também possa engravidar, inclusive durante a menstruação. É claro que a tabelinha
também não evita as DST/AIDS.
g) O ABORTO
Principalmente na adolescência os casais pensam em maneiras diferentes de
lidar com a possibilidade de serem pais. Algumas vezes, pensam em aborto.
Aborto é a interrupção da gravidez, e pode ocorrer de forma espontânea ou
provocada. O aborto, seja usando medicamentos “abortivos”, seja através de uma
cirurgia, traz alguns riscos e é preciso muito cuidado. Pode solucionar um problema,
mas também pode ocasionar outros. O ideal é sempre evitar a gravidez. Se acontecer
com você ou uma amiga, não ponha objetos, nem permita que alguém faça isso na sua
vagina. O mais certo antes de tomar uma decisão é procurar um médico. Procure
alguém mais velho de sua confiança para conversar, isso também ajuda muito.
Este é um tema polêmico que envolve questões ligadas à ética, religião, direitos,
valores. No Brasil o aborto só é legalmente permitido em casos que envolvam violência
sexual ou risco de morte para a grávida. Abortar ou não merece muita reflexão antes
de uma decisão.
13
F - DIÁLOGO ENTRE PAIS E FILHOS
Família, uma instituição falida ou um grupo de pessoas agregadas pela necessidade de sobrevivência?
Vivemos numa sociedade em que os valores importantes para a formação e crescimento do ser humano estão a
cada dia sendo esquecidos. A roda viva da sobrevivência impõe o silêncio, e pais não conversam com filhos, filhos não dão
a menor atenção aos pais, e assim vai se levando. Os amigos, muitas vezes, são as referências, o meio em que o jovem vive
dita o comportamento, opiniões e atitudes, e
dessa forma a família se distancia, se afasta
cada vez mais.
Que falta faz sentar na
calçada, sentar no sofá com a televisão
desligada, o almoço e o jantar na mesa,
que falta faz a conversa, o simples ato
de atenção e afeto. Independente da
realidade, da dureza do dia a dia, da
angústia, da insegurança, do
desemprego, a família existe e deve ser
resgatada. Atenção é uma atitude
recíproca, uma troca que deve
acontecer sempre, desde o início da
vida. Este compartilhamento deve ser
natural e desarmado.
Os filhos não devem ter o medo
como obstáculo para uma aproximação
com os pais e os pais devem se atualizar.
Hoje se discutem coisas que não eram
discutidas na família em tempos atrás: sexo,
AIDS, violência, entre outros assuntos, fazem parte do cotidiano e da realidade atual.
Independente das orientações religiosas e filosóficas, os adolescentes são adolescentes e estão abertos para
descobertas e desafios do crescimento. São cidadãos em transformação, que já são maduros para algumas coisas, mas
ainda buscam seus caminhos.
O crescimento físico acontece sem pedir licença ao aparato emocional, e não deve ser solitário. O silêncio na
família não constrói atitudes maduras no adolescente.
14
2 – AIDS
A O QUE É AIDS
O termo AIDS é uma sigla em inglês (Acquired
ImmunoDeficiency Syndrome) que significa Síndrome de
Imunodeficiência Adquirida (ou SIDA). No Brasil o
Ministério da Saúde decidiu-se por AIDS, para não
confundir sonoramente o nome da doença com o nome
próprio Cida, derivado de Aparecida.
AIDS, como seu próprio nome indica, é uma
síndrome, ou seja, um conjunto de sintomas e sinais que
juntos mostram que o sistema imunológico da pessoa está
deficiente.
É causado pelo HIV, Vírus da Imunodeficiência
Humana. Este vírus destrói os mecanismos de defesa do
nosso organismo, provocando a perda de nossa imunidade
natural, ou seja, da nossa própria resistência e proteção
contra as doenças. Por este motivo, as pessoas com AIDS
podem apresentar as doenças oportunistas, que surgem
em decorrência das falhas do sistema imunológico.
Vírus é a menor partícula viva que existe. São seres
vivos minúsculos só visíveis por intermédio de um
microscópio de grande potência. O vírus, para viver e se
vírus da AIDS
multiplicar, precisa entrar no interior das células vivas, e
dessa forma assumir o comando, modificando o
funcionamento da célula e fazendo com que ela trabalhe,
produzindo outros vírus iguais a ele.
Existem muitas pessoas que são soropositivas
(portadoras do vírus) há mais de 10 anos e que não
C A TRANSMISSÃO DO
VÍRUS
manifestaram a doença. Elas, embora saudáveis, podem
transmitir o vírus. Os cientistas ainda não podem afirmar O vírus HIV está presente em muitos fluidos do
se todos que têm o HIV vão um dia ter AIDS. organismo: sangue, sêmen (esperma), secreção vaginal,
saliva, lágrimas, leite materno. Porém, em apenas 4 deles
existe uma concentração suficiente do vírus HIV para que
B
ele possa ser transmitido de uma pessoa para outra. Ou
A HISTÓRIA DA AIDS seja, entre todas as secreções do corpo humano, quatro
são os meios de transmissão: sangue, sêmen, secreção
vaginal e leite materno. A “emissão” (secreção transparente
que o homem solta pelo pênis antes de gozar) também pode
A AIDS foi detectada pela primeira vez em 1981 transmitir um número suficiente de vírus para a
nos Estados Unidos, nas cidades de Nova York e Los contaminação.
Angeles. Pessoas jovens estavam sendo atacadas por um
tipo de pneumonia e câncer não muito comuns nesta O HIV já foi encontrado no suor, na lágrima, na
população. Somente em 1983 é que se descobriu que ela saliva e na urina, mas não existe nenhum caso de alguém
era causada por um vírus, que recebeu o nome de HIV que se contaminou dessa forma. O que contamina a gente
(vírus da imunodeficiência humana). não é um vírus, mas uma carga virótica, uma quantidade
grande de vírus. Nesses líquidos, o HIV está em quantidade
Há diversas hipóteses sobre a origem do vírus HIV. extremamente baixa, e portanto não é capaz de passar de
A mais aceita atualmente é que ele tenha se originado de uma pessoa para outra.
um outro vírus muito semelhante que atinge uma espécie
de macacos africanos. Através do contato do homem com O HIV não tem a capacidade de penetrar na pele
estes animais (lutas, alimentação - já que o consumo de íntegra. Para conseguir entrar no organismo os vírus
carne de macaco é comum na região), teria havido uma penetram no corpo por alguns caminhos (portas de entrada),
mutação no vírus original e se formado o vírus HIV. o que chamamos de vias de transmissão do vírus HIV:
15
a) TRANSMISSÃO SANGUÍNEA
1- Transmissão através de seringas ou agulhas contaminadas: é comum entre usuários de drogas
injetáveis que compartilham seringas.
2- Transmissão pelo sangue e seus derivados: mais comum no início da epidemia, quando, pelo
desconhecimento da doença e despreparo de alguns laboratórios, pessoas recebiam sangue
contaminado pelo HIV em transfusões. Atualmente há um controle rígido sobre os procedimentos
adotados nos bancos de sangue, e o risco de ocorrer este tipo de transmissão caiu muito, embora
não seja zero devido ao período de janela imunológica, em que o teste será negativo em um sangue
que contém o vírus (ver na pág. 19).
4- Transmissão pelo contato da pele ferida ou mucosa com sangue contaminado: o vírus pode
penetrar pela pele, desde que no local do contato haja algum ferimento (mesmo que pequeno), ou
pelo contato com as mucosas. Portanto, no socorro a pessoas feridas que apresentem sangramento
(acidentes de trânsito, brigas, traumatismos, etc.), a pessoa que presta socorro deve sempre proteger
o próprio corpo do contato direto com o sangue, utilizando luvas e outros equipamentos que sejam
necessários, dependendo da situação.
6- Transmissão através de objetos de uso pessoal: lâminas de barbear, alicates de unhas, tesouras,
etc. Apesar de um risco muito pequeno, objetos que podem entrar em contato com sangue podem ser
veículos de transmissão do vírus HIV.
IMPORTANTE
Se você ou alguém que você conhece usa droga injetável, ou toma “baque”, ou “pico na veia”, procure alguém
do Programa de DST/AIDS da Secretaria de Saúde. Um profissional irá orientá-lo sobre como conseguir o “kit de
Redução de Danos”, com agulhas e seringas descartáveis. Para isso você não é obrigado a fazer nada que não
queira: nem exames, nem tratamentos. A escolha será sempre sua. Afinal, na sua saúde quem manda é você.
Além disso, existem outras medidas importantes para prevenir a transmissão do vírus HIV em situações
envolvendo sangue:
- Exigir uso de equipamentos descartáveis em cabeleireiros, acupunturistas, tatuadores, serviços médicos ou
odontológicos, laboratórios e farmácias;
- Exigir o controle de qualidade do sangue disponível nos bancos de sangue.
Importante: O material usado para extrair sangue nos bancos de sangue é descartável. Não existe nenhum risco
para transmissão do HIV na doação de sangue.
16
b) TRANSMISSÃO SEXUAL
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a principal via de transmissão do HIV é a sexual. Não
existe nenhuma prática sexual que não ofereça risco de infecção.
Nas relações sexuais com penetração anal e/ou vaginal podem acontecer microlesões , com
microsangramentos que abrem uma porta de entrada do HIV na corrente sanguínea. O atrito, mesmo com
lubrificação feminina e masculina, pode causar pequenas escoriações na vagina, no ânus ou no pênis. Mesmo que
microscópicos, esses ferimentos abrem o caminho para o vírus.
IMPORTANTE
O beijo na boca não transmite o vírus HIV porque a concentração do vírus na saliva
não é suficiente para infectar.
17
c) TRANSMISSÃO VERTICAL
Com o número crescente de mulheres infectadas com o vírus da AIDS, também cresce o número
de crianças nascendo com o HIV. A mãe pode passar o vírus para o bebê durante a gestação, na hora do
parto ou na amamentação. Esta forma de transmissão é atualmente denominada de transmissão vertical.
Uma forma possível de transmissão da mãe para o filho acontece na troca de sangue durante a
gravidez ou no parto. A gravidez de mulheres soropositivas implica em alta probabilidade de que seu
filho seja infectado, o que estabelece um problema de responsabilidade pessoal. Este fato reforça a
importância da realização do acompanhamento pré-natal para toda gestante (que inclui obrigatoriamente
a realização de no mínimo dois testes anti-HIV durante a gestação), disponível em Unidades Básicas de
Saúde. Atualmente são utilizadas drogas anti-retrovirais (coquetel) durante a gestação de mulheres
comprovadamente soropositivas e também durante o trabalho de parto. Estas medidas reduzem
consideravelmente o risco de transmissão ao feto.
Sem qualquer intervenção, a probabilidade de uma mãe passar o vírus para o bebê é ao redor de
25% . Mas, caso a mãe tome o coquetel a partir da 14ª semana de gestação e durante o parto, e se o
recém nascido também tomá-lo, esta taxa pode cair para 3 a 5%.
É bom saber que no Brasil o Ministério da Saúde distribui gratuitamente nos serviços de saúde
o coquetel contra o vírus HIV.
18
Possibilidades de resultados do teste anti-HIV:
D - TESTE ANTI-HIV
E
a doença. Portanto, muitas pessoas saudáveis podem ter o - JANELA
vírus e transmití-lo sem saber, e por isso é importante se
fazer o teste. IMUNOLÓGICA
Os testes da AIDS vão detectar os anticorpos que Janela Imunológica é o período que vai do dia da
estão no seu sangue e não o vírus HIV. Esses anticorpos entrada do vírus HIV no organismo até o momento em que
são proteínas que o sistema imunológico fabrica contra o o sistema imunológico já produziu anticorpos em quantidade
vírus HIV. Eles são específicos, e só podem ser produzidos suficiente para que o teste anti-HIV consiga detectá-los.
após a entrada do vírus no organismo. Assim, se você tiver Neste período, que demora em média 3 meses, a pessoa
anticorpos contra o HIV (teste positivo ou reagente), isto tem o vírus HIV em seu organismo e pode transmití-lo a
indica que você teve contato com o vírus. outras pessoas, e no entanto o resultado do teste é negativo
(ou não reagente).
Qualquer pessoa que passou por uma situação de
risco deve fazer o teste da AIDS. Exemplo: uma pessoa que, no dia 01 de janeiro de
2004, viveu uma situação de risco para a contaminação
É possível uma pessoa ter um resultado negativo e
pelo HIV (isto é, transou sem preservativo) e se contaminou.
mesmo assim estar infectada pelo vírus HIV. O organismo
O teste anti-HIV só dará um resultado razoavelmente
leva em média de 2 a 6 meses para produzir os anticorpos
seguro a partir de 01 de abril, ou seja, 3 meses depois.
contra o vírus HIV numa quantidade que seja detectada
Antes disso, o teste pode vir negativo. Na verdade, só é
pelo teste laboratorial. Este período se chama janela
aconselhável realizar o teste depois de vencido o período
imunológica (ver em seguida). Por este motivo, é necessário
da janela imunológica (6 meses), para evitar falsas
que um resultado de teste anti-HIV seja sempre discutido
crenças. E é claro que, sem a prevenção, a pessoa estará
com o médico que o solicitou, para que se avalie a
eternamente em janela imunológica, que vai sendo renovada
necessidade de repetir ou não o teste.
a cada transa desprotegida.
Este quadro é apenas um resumo de alguns sinais e sintomas possíveis da AIDS. Nenhum doente
apresenta todos eles ao mesmo tempo. O médico é a única pessoa que pode avaliar corretamente um
quadro clínico sugestivo de AIDS.
20
G - TRATAMENTOS / MEDICAMENTOS
Até o momento, apesar de inúmeras pesquisas realizadas em todo o mundo, não se descobriu uma
vacina que impeça a contaminação pelo vírus. Já em relação aos remédios para combater o vírus em uma
pessoa já infectada, estes existem em número cada vez maior, e a associação de no mínimo três drogas no
tratamento (o chamado coquetel) tem se mostrado eficaz no controle da multiplicação do vírus HIV dentro
do organismo.
O tratamento medicamentoso da AIDS se compõe de:
a) Medicamentos anti-retrovirais (coquetel): são aqueles que irão combater o vírus HIV no
organismo, podendo torná-lo indetectável aos exames laboratoriais. Exemplos: AZT (Zidovudina),
Efavirenz, Nelfinavir, Nevirapina, Atazanavir e outros.
b) Medicamentos contra as infecções oportunistas que podem aparecer quando o sistema
imunológico (que defende o organismo) se encontra fragilizado. Ex: antibióticos, antifúngicos,
anti-virais.
A medicina, atualmente, oferece cada vez mais recursos para o controle da infecção pelo HIV e da
AIDS. Os remédios adequados e a assistência do médico, entretanto, não são suficientes para garantir
uma boa qualidade de vida ao paciente. Para isso, é fundamental:
- a participação ativa e responsável do paciente no tratamento;
- o apoio integral da sua família;
- a solidariedade da comunidade.
IMPORTANTE
A prevenção é a melhor arma para você evitar a AIDS.
Use sempre camisinha em suas relações sexuais.
A AIDS não tem cara, a AIDS não tem cura.
Qualquer pessoa pode ser portadora do vírus.
Faça o teste ANTI-HIV, ele será importante
para que você reflita sobre sua sexualidade
e a maneira como a exerce.
Desta maneira, você pode cuidar de sua saúde
cada vez mais e melhor, sem deixar de lado o prazer.
21
H- AIDS: COMO SE PEGA E COMO NÃO SE PEGA
22
3 – DST
A - O QUE É DSTs
Quando amamos e somos amados(as) não é fácil falar com os(as) respectivos(as) parceiros(as) sobre as
doenças que podem ser transmitidas pela relação sexual, assim como sobre a fidelidade, a vida sexual passada,
sexo seguro, a AIDS. Hoje, porém, é importante e necessário que os casais conversem muito a respeito. Se existe
amor e afeto, por que não construir juntos uma relação mais segura, tranqüila e com respeito?
DST é uma sigla que quer dizer Doenças Sexualmente Transmissíveis. São doenças causadas por vários
tipos de microorganismos, principalmente bactérias e vírus. Quase sempre pegamos essas doenças nas relações
sexuais com alguém que já se contaminou. Antigamente eram conhecidas como doenças venéreas ou de Vênus
(doenças do amor).
Qualquer pessoa que teve ou tem algum tipo de contato sexual sem camisinha (anal, vaginal ou oral) com
alguém que se infectou pode ter uma DST.
Muitas vezes as DSTs não apresentam sintomas, portanto, qualquer pessoa pode se infectar e não saber.
Existem muitos tabus em torno deste tema, pois é comum as pessoas se sentirem sujas e com vergonha de estar
com uma DST, não buscando tratamento adequado ou se automedicando (tomando medicamentos por conta
própria). Além disso, não avisam seus parceiros sexuais e, em conseqüência disto, as doenças se alastram.
SINTOMAS: Pequenas feridas, verrugas ou corrimento TRATAMENTO: A maioria das DSTs é curável ou, pelo
no ânus, na vulva, ou no pênis; coceira, dor, ou ardor nestes menos, tem tratamento. Mas se não forem tratadas
lugares, seja durante ou após a relação sexual, ou quando adequadamente podem se tornar graves, atingindo outras
fizer xixi, são sintomas que indicam um DST. Porém, muitas partes do corpo. Muitas vezes as pessoas procuram tratar
pessoas estão doentes e não sentem nada, ou têm sinais as DSTs em farmácias, onde não são bem diagnosticadas
pouco específicos. Às vezes, as DSTs não apresentam e se complicam. A Unidade Básica de Saúde de sua região
sintomas aparentes tanto no homem quanto na mulher.A é o lugar certo para você pedir apoio e ajuda.
avaliação feita por um médico pode esclarecer se você
Consulte o médico, não se automedique.
adquiriu a doença ou não.
Faz parte do tratamento de uma DST também tratar o(a)
Uma dúvida freqüente é com relação à secreção natural
parceiro(a). Caso você tenha uma DST, e mesmo que se
da vagina (incolor, não tem cheiro desagradável, nem
trate corretamente, poderá se reinfectar caso seu(sua)
provoca irritação ou dor), que molha um pouco a calcinha,
parceiro(a) não faça o mesmo.
mas não é corrimento que indica infecção ou sintoma de
DST. Para os homens, o esmegma, aquele “sebinho” que Lembre-se de que o melhor é sempre transar com camisinha
aparece embaixo da pele que cobre a cabeça do pênis para se assegurar contra as DSTs.
quando não é feita uma higiene diária e adequada, também
não é DST.
IMPORTANTE
A PESSOA COM UMA DST NÃO TRATADA TEM UM RISCO
ATÉ 10 VEZES MAIOR DE CONTRAIR OU TRANSMITIR O VÍRUS HIV.
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C - AS PRINCIPAIS DSTs
SÍFILIS – Em geral, inicialmente surge uma lesão no local onde ocorreu o contato com a
bactéria causadora da sífilis (Treponema pallidum). A sífilis é uma doença de transmissão sexual muito
traiçoeira, pois os sintomas podem desaparecer espontaneamente, dando a impressão de cura; porém, se
não tratada, a doença vai progredindo dentro do nosso organismo, e depois de vários anos aparecem
lesões na pele, complicações nos ossos, no coração e no sistema nervoso, podendo levar à paralisia, doença
mental, cegueira ou até a morte.
Alguns sintomas: Verrugas no ânus, feridas na boca, ínguas no corpo, febre e dores nas juntas,
queda de cabelos, lesões avermelhadas na pele, etc. São sintomas comuns a várias outras doenças. Só o
médico pode esclarecer e orientar corretamente.
A sífilis tem cura. Se você apresentar algum destes sintomas, procure a Unidade Básica de Saúde
o mais rápido possível. O tratamento correto evita complicações. Não tome remédios por conta própria. A
mulher grávida com sífilis pode transmití-la para o bebê, provocando o aborto ou doenças graves na
criança (sífilis congênita). Por isso toda grávida deve fazer o exame para sífilis (VDRL) no pré-natal.
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CANCRO MOLE – A doença se manifesta através de uma ferida que costuma ser profunda,
purulenta, dolorida, mal cheirosa e aparece na vulva, no pênis, no ânus ou regiões periféricas (em casos
raros, pode aparecer na boca). O cancro mole é causado pelo bacilo Haemophilus ducreyi.
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GIARDÍASE - O agente causador é um protozoário chamado Giardia lamblia, e seu sintoma
principal é uma diarréia crônica, pois o parasita se aloja na região intestinal. A giardíase pode ser
transmitida através da relação sexual quando ocorre sexo oral ou anal sem a higiene adequada.
IMPORTANTE
Os microorganismos não conseguem atravessar o látex das camisinhas, por isso as
Doenças Sexualmente Transmissíveis podem ser facilmente prevenidas com a utilização
consciente e constante de preservativos.
A higiene sempre será uma grande aliada. Cuide de sua saúde, cuide de seu corpo,
conheça-o, toque-o, previna-se. O seu corpo é a sua casa, cuide bem dela.
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4 – PREVENÇÃO
A A CAMISINHA
Sexo seguro é quando nos prevenimos de forma adequada contra doenças sexualmente transmissíveis. Se
usada de forma adequada, a camisinha reduz a quase zero o risco de contrair o HIV, além de proteger contra
muitos outros microorganismos causadores das DSTs – Doenças Sexualmente Transmissíveis. Com mais uma
vantagem: a camisinha ajuda a evitar uma gravidez não planejada.
A CAMISINHA MASCULINA
A seguir, as orientações básicas sobre o uso correto do preservativo.
1. Verifique na embalagem do preservativo (seja adquirido gratuitamente em unidades públicas de saúde, seja
comprado em farmácias ou similares): data de validade, selo de controle de qualidade (Inmetro), existência
de ar dentro da embalagem (comprovando que está bem lacrada, para que não tenha ressecado ou perdido o
lubrificante no qual é embebido o preservativo). (fig.a)
2. Devem-se usar sempre lubrificantes à base de água (KY, Preserv). Lubrificantes à base de vaselina ou outros
(como cremes) não devem ser usados porque provocam a dilatação da borracha (látex), podendo provocar a
ruptura do preservativo.
3. Na hora de usar, qualquer um pode colocar o preservativo, em si mesmo ou no parceiro.
4. Para colocar o preservativo:
a) apóie o preservativo sobre a ponta do pênis ereto. (fig.b)
b) aperte a ponta do preservativo para tirar o ar e evitar que estoure. (fig.c)
c) desenrole o preservativo até a base do pênis. (fig.d)
5. Use o preservativo durante toda a relação.
6. Retire o pênis imediatamente após a ejaculação.
7. Segure o preservativo pela base, retirando-o com cuidado antes que termine a ereção.
8. Embrulhe o preservativo em papel após o uso e jogue no lixo.
9. Troque o preservativo a cada relação sexual, mesmo que não tenha ocorrido penetração.
IMPORTANTE: O preservativo deve ser colocado antes da penetração. As “brincadeirinhas” na porta da vagina
ou do ânus muitas vezes são suficientes para a passagem de um vírus ou bactéria.
A CAMISINHA FEMININA
Procure encontrar uma posição confortável: tente ficar em pé com uma perna apoiada em cima da cama,
sentar ou agachar. Veja se o anel interno (fechado) está no fundo da camisinha.
1. Segure a camisinha com o lado aberto pendurado. Segure o lado externo da bolsa e aperte o anel interno com
o polegar e o dedo médio. Coloque agora o dedo indicador entre o polegar e o dedo médio e continue apertando
o anel interno. (fig.a)
2. Ainda apertando a camisinha com seus três dedos, separe os lábios vaginais com a outra mão e insira a
camisinha comprimida. Relaxe. Se a camisinha escorregar na hora de inserir, solte-a e comece de novo. (fig.b)
3. Empurre agora o anel interno e a bolsa pelo canal da vagina com o dedo indicador. (fig.c)
4. Certifique-se de que o anel interno esteja bem acima do osso púbico. Você pode sentir o osso púbico curvando
seu indicador quando estiver uns cinco centímetros dentro da vagina. (fig.d)
5. O anel externo (aberto) deve ficar para fora da vagina. (fig.e)
6. Retire a camisinha segurando-a pelo anel externo de modo a evitar entrar em contato com o esperma.
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COMO COLOCAR
B A CAMISINHA MASCULINA
a) b)
c) d)
COMO COLOCAR
A CAMISINHA FEMININA
a) b) c)
d) e)
Lembre-se:
- A camisinha não diminui a sensibilidade e o prazer, é uma questão de hábito.
- Ela faz parte de um jogo sexual na relação entre parceiros, e pode ser usada
para estimular a criatividade e a fantasia, com saúde e segurança.
- O uso da camisinha é uma garantia, pois em qualquer tipo de relação evita o
contato com sangue, esperma e secreções do corpo do outro.
- A camisinha evita a gravidez indesejada e as DSTs.
- Usar camisinha é um ato de amor e respeito.
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VULNERAB
VULNERABILID
VULNERABILIDADE
C - VULNERABILIDADE / SITUAÇÃO DE RISCO
VULNERABILIDADE
É preciso entender o
conceito de SITUAÇÃO DE RISCO
vulnerabilidade
identificando os A adolescência é uma das fases do
fatores desenvolvimento humano, cercada por
individuais muitas mudanças físicas, emocionais e
(autoconhecimento, psicológicas. Tudo imerso em um meio
auto-estima, social complexo e que nem sempre
autocuidado) e os fornece iguais condições para um
fatores sociais e desenvolvimento sadio e integral.
institucionais Por esta razão, a adolescência é
(atendimento em considerada um período de
serviços públicos) que a grande vulnerabilidade para o
influenciam. Estes planos se HIV/AIDS, para as DSTs e
correlacionam, ou seja, a também para a gravidez
falha em um ou mais desses não planejada.
fatores explica o maior risco
“Ah, isso não acontece
de infecção pelo HIV, de
comigo”. Essa frase
contaminação por doenças
ilustra bem a falta
sexualmente transmissíveis
de informação
e também da gravidez
dos adolescentes
não planejada.
que negam
Explicando melhor: a a possibilidade
conjuntura que se apresenta de contaminação
para uma pessoa que se expõe em para si. Essa
situações de risco, somada ao negação leva
fato de viver numa comunidade sempre a
em situação precária, sem muitos comportamentos
recursos e sem nenhum apoio de arriscados,
serviços de saúde que orientem principalmente
e informem, leva essa pessoa a transar sem
uma situação de extrema vulnerabilidade. camisinha.
Ou seja, ela está muito exposta e
sem defesas frente a situações
onde possa se contaminar.
É fácil perceber porque em países
subdesenvolvidos ou em desenvolvimento
os números da AIDS são expressivos. Fica
fácil entender também porque nas
comunidades das periferias metropolitanas,
onde prolifera a pobreza, o desemprego e
a violência, os números crescem a cada dia.
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DISCUTINDO SEXUALIDADE NO EMBU DAS ARTES
2ª
Elaboração: Programa de Informação, Educação e Comunicação em Saúde / Programa DST-AIDS RE Ed
VI i ç ã
Programa Escola Promotora de Saúde / Programa de Saúde do Adolescente / SA o
DA
Programa de Saúde da Mulher da Secretaria Municipal de Saúde de Embu das Artes.
Publicação contemplada pelo FUMCAD - Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Lei Municipal
nº 2031 de 02.01.2003), gerenciado pelo CMDCA - Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
PARCERIAS: Teatro Popular Solano Trindade – Casa de Cultura Santa Tereza – Biblioteca Zumaluma
Escolas Estaduais e Escolas Municipais de Embu das Artes
BIBLIOGRAFIA
- “Fala Garoto! Garota!”, nº 2 - Coord. DST/AIDS da Secr. de Estado da Saúde de São Paulo. (transcrição parcial).
- “Fala Educadora! Educador!” - Coordenação DST/AIDS da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
- Gewandsznajder, F. Sexo e Reprodução. Rio de Janeiro, Editora Ática. 1992.
- Wüsthof, R. Descobrir o Sexo. São Paulo, Editora Ática, 1994.
- Revista Ciência Hoje na escola V.2. Sexualidade: corpo, desejo e cultura. SBPC Rio de Janeiro. Editora Global. 2001.
- Tordjman G., Morand C. Primeiras Emoções Amorosas. São Paulo. Editora Scipione. 1992.
- Lima H. Educação sexual para adolescentes: desvendando o corpo e os mitos. São Paulo. Iglu Editora. 1994.
- Revista Aprendendo sobre AIDS e Doenças Sexualmente Transmissíveis. Brasília. Ministério da Saúde. 2001
MINISTÉRIO DA SAÚDE
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UNIFESP
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Este material foi impresso em: Capa - Papel Couchê Image Mate 210 g/m²;
Miolo - Papel Couchê Image Mate 90 g/m², produzidos pela Ripasa S/A Celulose e Papel.
Nossos produtos são fabricados em harmonia com o meio ambiente.