A experiência do Dr. J. E.

Crewe
Em 1935, eu já sabia que o Dr. Collins estava tratando queimaduras com folhas de
Aloe. Nessa época, eu estava com um caso de eczema na palma das mãos que já havia
resistido a todos os tipos de tratamento, e que, além de incômodo, era bastante doloroso.
Consegui, então, uma quantidade suficiente de Aloe para quatro aplicações, que foram
feitas durante quatro noites consecutivas. Ao final da quarta aplicação, o eczema estava
curado e nunca mais o paciente teve problemas até o momento, quando escrevo este
depoimento, em 20 de dezembro de 1936.

• Curativos Cirúrgicos
Ungüentos não são utilizados em curativos cirúrgicos, mas, na minha experiência, os
resultados alcançados e a facilidade com que os curativos com Aloe são removidos, sem
aderir ou causar dor, são pontos muito positivos a favor do seu uso.

• Pruritus Vulvae
Muitos casos de pruritus vulvae responderam rapidamente ao tratamento com a Aloe.
Dois, entretanto, não foram tão bem-sucedidos. Um é o de uma senhora com intensa
descarga vaginal, grande irritação e profusa perspiração nas virilhas, difíceis de serem
controladas. A melhora é lenta, mas o tratamento continua.

Dentre os vários casos bem-sucedidos, porém, um foi bastante encorajador. Uma

senhora de 64 anos apresentava a pele da vulva e da parte interna das pernas bastante
espessa e de coloração púrpura. Muitos tratamentos já haviam se mostrado ineficazes. A
se-nhora, nervosíssima, mal conseguia dormir. Ao iniciar esse novo tratamento, a
coceira e a sensação de queimação, até então intensas, foram imediatamente aliviadas.
Em duas semanas, a pele já estava quase normal e a irritação havia desaparecido por
completo.

• Úlcera de um carcinoma mamário avançado.

Há um ano, uma senhora de 84 anos tinha um carcinoma na mama esquerda. Por causa
de sua idade e outras razões, o tumor era considerado inoperável. Em março de 1936, a
ulceração parecia uma cratera com um pouco mais de 3cm de diâmetro, que secretava,
abundantemente, um líquido extremamente malcheiroso.

Em alguns dias, após a aplicação do gel de Aloe, as secreções e o odor foram

controlados. O cheiro só podia ser sentido de muito perto, quando o curativo era
removido. O curativo, feito somente com o gel de Aloe e gaze, era trocado duas vezes
ao dia. Aos poucos, os tecidos se refizeram e o buraco se nivelou à pele. O tratamento
foi mantido de março a dezembro, quando a senhora morreu de metástase abdominal.

• Queimaduras.
Um rapaz de 26 anos queimara o pé com água fervente e a maior parte da pele se
desprendeu quando sua meia foi removida. Como primeiros socorros aplicaram-lhe um
ungüento. Para remover esse ungüento, e a pele já morta, apliquei uma compressa
morna com ácido bórico. A partir do dia seguinte, muitas aplicações de gel de Aloe
foram feitas.

Na hora de trocar os curativos, eles eram facilmente removidos, causando pouca dor ao
paciente. Nunca houve evidências de inflamação. Em dez dias não existia mais
nenhuma área em carne viva, embora a pele ainda estivesse fina, vermelha e brilhante.
No décimo nono dia, o paciente recebeu alta e voltou a trabalhar.

Todos os outros casos de queimaduras, em áreas maiores ou menores, tiveram igual

sucesso com esse mesmo tipo de tratamento.

• Outras apreciações.
Apesar da XXII Farmacopéia dos Estados Unidos trazer seis páginas exaltando a Aloe
vera nos casos de esfoladuras, fissuras etc., com exceção dos veterinários, poucos são
aqueles que ainda utilizam essa planta.

O pó de Aloe, preparado pelos nativos, geralmente vem acompanhado de outras

substâncias provenientes da superfície onde o gel da Aloe é posto a secar. Por isso,
antes de utilizá-los, recomenda-se que o pó seja diluído em álcool, coado e posto
novamente a secar. Eu não sigo essas instruções porque penso que algumas das
propriedades da Aloe podem se perder na reação com o álcool.

A Aloe também já foi muito utilizada como estimulante para os intestinos, nos casos de
prisão de ventre, e como tônico em geral. Ela também parece possuir alguma ação
enzimática, pois, quando aplicada, o pus é aparentemente digerido e as áreas purulentas
ficam limpas.

Conclusões
A folha fresca, o ungüento e o pó de Aloe apresentam as seguintes propriedades:
• Ação antisséptica – limpa os machucados infeccionados e faz o pus rapidamente
diminuir e desaparecer.
• Alivia a dor, a queimação e a coceira.
• Elimina o mau cheiro que acompanha as úlceras, os carcinomas que se rompem etc.
• Estimula a rápida granulação e formação de novos tecidos, de tal modo que áreas
abertas cicatrizam mais rapidamente do que com qualquer outro tratamento.

Fonte: Mônica Lacombe Camargo

Autora do livro: Saúde e Beleza Forever

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