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Para participar do Projeto, os Municípios e/ou entidades deverão seguir a
regulamentação da resolução SAA-11 (anexoII):
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1. Cultivo em ambiente protegido com
sistema de irrigação por Gotejo
O plantio em ambiente protegido
é o cultivo em estufas, essa
prática tornou-se muito utilizada
entre os produtores paulistas,
devido as suas vantagens sobre o
cultivo a céu aberto.
A estufa consiste em uma
estrutura de arcos de metal,
sustentada por colunas laterais
de madeira. O projeto utiliza este
sistema por ser o mais adequado
às nossas condições.
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1.1. Irrigação
A irrigação por gotejo, aplica-se a todas as culturas na horticultura, floricultura e
fruticultura, e é utilizada desde o transplante das mudas até a colheita. Este
sistema é versátil e permite possíveis fertirrigacões, apresentando menor
consumo de água. Deve-se utilizar filtros, impedindo o entupimento dos
gotejadores.
Um teste prático para verificação do ponto ideal de irrigação, consiste em
apertar um punhado de solo, até que escorra um pouco de água entre os dedos.
Lembramos que a quantidade ideal de irrigação varia de acordo com a cultura
implantada, as condições climáticas e o tipo de solo da região. O excesso de
irrigação pode facilitar o desenvolvimento de doenças e prejudicar a produção.
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2. Cultivo Hidropônico
A hidroponia é uma técnica alternativa de cultivo protegido, na qual o solo é
substituído por uma solução aquosa, contendo apenas os elementos minerais
indispensáveis aos vegetais.
O produto final cultivado em hidroponia possui altíssimo nível de sanidade, pois
é cultivado em estufa limpa e protegida, livre de variações climáticas, insetos e
outros parasitas que vivem no solo. Na hidroponia os nutrientes são
balanceados diariamente, conforme a necessidade do cultivo, fazendo com que
as plantas recebam durante todo seu ciclo de crescimento, as quantidades ideais
de nutrientes.
Vantagens da hidroponia:
• Diminui o consumo de água;
• Dispensa operações como arações, coveamento e capina;
• Não há preocupação com rotação-de-cultura;
• A produção pode ser três vezes maior do que a cultivada em solo;
• O risco do ataque de pragas e doenças é bem menor por ser uma cultura de
ambiente controlado;
• Um produto de melhor aspecto;
• Estender o período de produção.
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viabilização de alternativas para os momentos de falta de energia, desde uma
alimentação manual, bombas a gasolina, geradores, etc. A análise do custo
benefício dirá qual a maneira mais viável.
2.2. Reservatório
Os Reservatórios ou tanques de solução podem ser construídos de diversos
materiais, os tanques de plástico PVC e de fibra, são os preferidos em virtude do
menor custo e facilidade de manuseio.
Os tanques devem ser enterrados ou mantido em local sombreado, impedindo a
ação de raios solares além de ser vedado para evitar a formação de algas e
animais.
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As principais vantagens do sistema são a versatilidade da sua utilização, leveza e
fácil higienização, não exigindo estrutura robustas para sustentação.
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2) Berçários
Berçários são perfis pequenos
com dimensões variadas. A
passagem para a próxima fase
deve ocorrer quando as folhas
começarem a se encostar.
3) Crescimento
Perfis médios ou grandes serão
utilizados na fase final de
crescimento. A permanência da
cultura nessa fase dependerá do
manejo adotado e da cultura
implantada.
3. Sementes
Os Kits de Sementes serão fornecidos mediante solicitação oficial de convênio da
prefeitura municipal e ou entidades privadas sem fins lucrativos, de acordo com
o projeto e plano de trabalho. Podendo ser atendida trimestralmente com limite
de 40.000m².
As exigências de cada projeto constam do texto da Lei no.50.233, de 10/11/2005
(anexoI), e da resolução SAA- 11, de 10/03/2006, (anexoII), e com as devidas
especificações da portaria CODEAGRO 13 de 8/06/2006 (anexoIV), que define
os kits de sementes no âmbito do Projeto Estadual Hortalimento.
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3.1. Como formar uma horta
Escolha uma área cujo solo seja razoavelmente fértil, plano, próximo do local de
consumo das hortaliças e da fonte de água.
É provável que o solo da sua área seja ácido, necessitando a incorporação de
calcário. Quanto mais ácido for o solo, menor disponibilidade de nutrientes terá
para suas plantas, porém o excesso de calcário também é prejudicial, pois torna o
solo alcalino, com conseqüências semelhantes. Verifique os custos e qualidade
dos fertilizantes disponíveis, mais próximos do local.
• Molhe bem toda a área a ser revolvida, ou espere uma boa chuva;
• Espalhe o calcário;
• Revolva o solo e desfaça os torrões, retirando todo tipo de entulho.
• Marque os canteiros com estacas de madeira e ligue-as com barbante bem
esticado;
• O canteiro deve ter no máximo 1 m de largura, por 8 m de comprimento. Se o
terreno for inclinado, o comprimento deve acompanhar o nível.
• Deixe corredores de 40 a 50 centímetros entre eles e um metro distante da cerca.
• Faça o levantamento dos canteiros retirando-se a terra dos corredores.
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3.1.2. As hortaliças
Escolha as hortaliças de acordo com as necessidades e época de plantio, ou siga o
Projeto:
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3.1.3. Calagem e Adubação
A adubação requer estudo prévio da fertilidade do solo, através da retirada de
uma amostra representativa da área que se vai cultivar. Posteriormente,
consulte um Engenheiro Agrônomo ou Técnico Agrícola da Casa de Agricultura
da sua cidade.
Misture os adubos orgânicos e químicos nos canteiros. Cuidado com o uso
excessivo de adubos, pois este por causar desequilíbrios à nutrição das plantas,
tornando-as mais susceptíveis ao ataque de pragas e doenças.
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3.1.5. Produção e
Transplante das Mudas
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3.1.6. Plantio direto de sementes
O plantio das sementes deve ser realizado segundo as etapas:
• Em sulcos no canteiro semeia-se cenoura, rabanete, catalônia, salsa, coentro,
rúcula, abóbora menina, abobrinha, moranga, quiabo, pepino, etc;
• Abra os sulcos com 01 cm de profundidade e nos espaçamentos corretos;
• Não lance sementes em excesso, cubra-as com terra;
• Irrigue bem.
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3.1.8. Controle alternativo de
pragas e doenças
O controle alternativo de pragas e doenças, podem ser realizados com algumas
receitas:
Chá de Folha de Fumo com Sabão: Pique as folhas, acrescente sabão e água, ferva,
deixe esfriar e pulverize.
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3.2 Plantas aromáticas e condimentares
As plantas aromáticas e condimentares possuem um grande potencial para
geração de emprego e renda. Suas características de cultivo são ideais para a
agricultura familiar, por ser uma atividade realizada em pequenas áreas.
Muitas das plantas utilizadas como tempero, são importadas e poderiam ser
produzidas regionalmente.
Os problemas relacionados à falta de informações sobre o cultivo e
comercialização de plantas aromáticas e condimentares são principais
limitantes para o sucesso.
Relacionamos a seguir as variedades de aromáticas e condimentares
estabelecidos pela portaria CODEAGRO - 13 de 8/06/2006.
Nome: Manjericão
Cultivo - Solo/Clima: Prefere regiões de
clima quente, sendo a melhor época para
o plantio, a das chuvas. Não suporta o frio,
é sensível ao vento. Prefere solos férteis e
fofos, com boa drenagem, mas não
encharcados. Reproduz por estacas e por
sementes.
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Nome: Camomila
Cultivo - Solo/Clima: Esta é uma planta
que só produz bem em clima temperado,
desta forma os cuidados básicos em
relação ao clima são dois: não cultivá-la
em pleno verão e evitar que a colheita
ocorra em épocas muito chuvosas, pois
isto dificulta tanto a colheita como a
secagem.
Nome: Hortelã
Cultivo - Solo/Clima: O cultivo desta erva
deve ser feito em solo rico em matéria
orgânica. A hortelã suporta altas
temperaturas desde que não falte água no
solo. Resiste a baixas temperaturas,
porém sofre com geadas. Propaga-se por
estacas, divisão touceiras e sementes. É
bom deixar o espaçamento entre uma
muda e outra de pelo menos 20 cm e em
local com bastante luz direta (sol).
Nome: Alecrim
Cultivo - Solo/Clima: Tem preferência por
solos secos de natureza calcária, mas se
dá bem em qualquer tipo de terreno,
desde que bem drenados, o excesso de
água pode mata-lo. É possível cultivá-lo
em vasos, lembrando sempre de colocar o
seu alecrim em um local onde exista de 5 a
6 horas de sol/dia. Ciclo de vida: 9 anos.
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Nome: Coentro
Cultivo - Solo/Clima: O coentro se
propaga por sementes, e depois da
primeira semeadura ele vai nascendo
espontaneamente. Produz melhor em
solos ricos, bem soltos e drenados, com
boa exposição solar. Não se da bem com
solos muito úmidos e ácidos, suas
sementes demoram a amadurecer em
solos com muito hidrogênio. Tolera bem
tanto o calor como o frio, bem como
curtos períodos de secas, mas não
consegue competir com ervas daninhas,
sendo sempre importante a eliminação
destas para se obter sucesso no seu
cultivo.
Nome: Orégano
Cultivo - Solo/Clima: O orégano prefere
solos bem férteis, de natureza calcárea,
secos, que recebam bastante luz solar.
Propaga-se por divisão de touceiras,
estacas, ou por sementes.
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Nome: Salvia
Cultivo - Solo/Clima: O solo deve ser fértil
e bem drenado. A sálvia chega a altura de
80 cm. Deve ser cultivada em regiões que
recebam bastante sol, porém sem
excessos de calor. É sensível a ventos
fortes e floresce do verão ao outono.
Propaga-se por estacas, divisão de
touceiras ou sementes. Não tolera
excesso de água.
Nome: Arruda
Cultivo - Solo/Clima: Arruda se dá muito
bem em Solos mais pobres, levemente
alcalinos e bem drenados. Gosta de sol
pleno algumas horas e sombra o resto do
dia. Pode se fazer mudas por sementes ou
estacas.
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Anexo I
DECRETO Nº 50.233, DE 10 DE NOVEMBRO DE 2005
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Artigo 3º - Os instrumentos -padrão das avenças deverão obedecer aos modelos
que constituem os Anexos I a IV deste decreto.
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Anexo II
RESOLUÇÃO SAA Nº 11, DE 30 DE MARÇO DE 2006
RESOLVE:
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§ 1° - O Projeto Estadual HORTALIMENTO visa à transferência de recursos
financeiros a Municípios do Estado e a Entidades Privadas sem fins lucrativos,
para a instalação de estufa Hidropônica e equipamentos correlatos, visando
incentivar e fomentar a produção e comércio de hortaliças e plantas aromáticas,
ou estufa e equipamentos correlatos, visando incentivar e fomentar a produção
e o comércio de hortaliças e plantas aromáticas em ambiente protegido.
§ 2° - O Projeto Estadual HORTALIMENTO visa, ainda, o fornecimento de
sementes de hortaliças diversas e de plantas aromáticas para a instalação de
hortas comunitárias de cultivo convencional em Municípios do Estado e
Entidades Privadas sem fins lucrativos.
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III - cédula de Identidade (RG) e Cadastro de Pessoa Física (CPF), do presidente
da entidade e de seu substituto legal;
IV - comprovante de cadastramento na Secretaria de Estado de Assistência e
Desenvolvimento Social ou de inscrição no Conselho Municipal de Assistência
Social;
V - contrato formal de propriedade, arrendamento, comodato, permissão de uso,
usufruto ou parceria, com prazo de vigência compatível com a prática apoiada;
VI - CNPJ inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas.
Parágrafo Único As Entidades Privadas sem fins lucrativos referidas neste
artigo, serão previamente avaliadas pela área técnica da Coordenadoria de
Desenvolvimento dos Agronegócios CODEAGRO, emitindo parecer conclusivo.
Artigo 5º - Para a instalação de estufas que trata o parágrafo 1°, do artigo 3°,
desta resolução, deverão ser obedecidos os seguintes padrões técnicos, pelos
Municípios e Entidades Privadas sem fins lucrativos.
a) I - Para a produção em ambiente protegido com sistema de irrigação por
gotejo, deverá ser prevista estufa agrícola de 357 m², conforme padrão técnico
definido pela Codeagro.
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Artigo 7° - O fornecimento de sementes de hortaliças diversas e de plantas
aromáticas poderá dar-se, trimestralmente, em caso de instalação de horta
comunitária de cultivo convencional, devendo seguir os seguintes padrões
técnicos;
I - A horta comunitária deverá ser instalada no limite máximo de 40.000 m²;
II - Caberá ao Engenheiro Agrônomo da Casa de Agricultura proceder à
aprovação após visita ao local da instalação, em conformidade com o Plano de
Trabalho adequado.
DUARTE NOGUEIRA
Secretário de Agricultura e Abastecimento
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Anexo III
QUANTIDADE DE SAIS PARA O PREPARO DE 1000 L DE SOLUÇÃO
NUTRITIVA-PARA ALFACE-PROPOSTA DO IAC (FURLANI ,1998)
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Anexo IV
Portaria CODEAGRO 13 de 08 de junho de 2006.
Define “Kits” de sementes no âmbito do Projeto Estadual Hortalimento
O Coordenador do desenvolvimento dos Agronegócio decide:
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Kit 1 - Sementes de Hortaliças
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Kit 2 - Sementes de Aromáticas
e Condimentares
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Kit 3 - Sementes de Hortaliças,
Aromáticas e Condimentares
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Kit 4 - Sementes de Hortaliças
e Aromáticas
34
Kit 5 - Sementes de Hortaliças
e Condimentares
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Bibliografias Consultadas
• Staff Helenice
Hidroponia/Helenice Staff. 3. ed. Cuiabá: SEBRAE/MT, 2000.
100p. (Coleção Agroindústria; v. 11)
• Furlani, et alli
Cultivo Hidropônico de Plantas - Boletim técnico IAC/Campinas-SP; nº 180,
1999.
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EQUIPE TÉCNICA DE PRODUÇÃO
DIOGENES KASSAOKA
HANDY DE OLIVEIRA
LUIS FELIPE VILLARI PURQUERIO
MÁRCIA ALVES DOMADO DE OLIVEIRA
MAXIMILIANO MIURA
SEBASTIÃO WILSON TIVELLI
LAYOUT E DIAGRAMAÇÃO
JOSÉ ALEX PINHEIRO
MÁRCIO EBERT