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Os bolcheviques, liderados por Lênin, organizaram uma nova revolução, que ocorreu
em 25 de outubro de 1917 (7 de novembro no nosso calendário). Prometendo paz,
terra, pão, liberdade e trabalho, Lênin assumiu o governo distribuindo terras para os
trabalhadores do campo, nacionalizando os Bancos e passando as fábricas ao controle
dos trabalhadores. A revolução socialista foi interrompida, mas ela teve um mérito
que jamais seria apagado: a partir daquele momento os trabalhadores de todo o
mundo seguiam a exortação de Marx e Engels para se unir.
Hoje, todos os países do mundo tem um ou mais partidos comunistas que vão
preparando em seus respectivos territórios a consciência popular para a necessidade
de construir o socialismo para substituir o regime de exploração do homem que é a
característica elementar do capitalismo, para projetar uma futura sociedade
comunista, em que o homem possa, enfim, ser plenamente feliz.
Prefeito e vereador,
não tirem o couro
do trabalhador
Abaixo o tarifaço!
Passe Livre e tarifa mais baixa:
Lotação é direito
Lotação é serviço público
Desta maneira, vai ficando ainda mais claro um dos objetivos da expansão
militarista norte-americana na Colômbia, com projeção continental.
"O problema não está em que as reservas de água sejam cada vez menores,
mas em que sua localização e qualidade estão mudando", segundo o
especialista mexicano Gian Carlo Delgado, autor do livro Água e
segurança nacional (Mondadori).
Num relatório dos ex-assessores de Reagan e Bush pai, havia outro ponto
muito relacionado com as ambições norte-americanas, o qual explica por
que é prioritário que os países do Sistema Guarani promulguem legislações
que o protejam como patrimônio dessas nações.
Ivan Pinheiro*
Faleceu esta semana a Dona Dolores. Desconhecida da imensa maioria dos militantes
do PCB, foi uma das figuras mais importantes na luta em defesa do Partido, nos anos
80 e 90 do século passado. Teimosa, esperou fazer 100 anos para nos deixar. Não
queria fazer por menos.
Quando sua dileta filha Zuleide estiver recebendo em março do ano que vem a
Medalha Dinarco Reis - que lhe foi atribuída pela aclamação do XIV Congresso
Nacional do PCB - Dona Dolores também estará presente na memória de todos
aqueles que tivemos o privilégio de conhecê-la ainda jovem, no vigor de seus oitenta
anos.
A Zuleide teve a quem sair. Sua mãe era inquebrantável. Sem exagero, é difícil
imaginar a epopeia da manutenção do PCB sem o suporte material e afetivo que
Dona Dolores nos assegurava. E não era apenas porque sua filha era a timoneira desta
luta; ela tinha consciência política e simpatia pelo Partido.
Foi ali que começaram as primeiras “conspirações do bem”, ainda em 1989, depois
que ficou claro que a maioria do Comitê Central – aproveitando-se da crise do
processo de construção do socialismo - queria acabar com o PCB, após uma década
de conciliação de classes. Entre um cafezinho e outro, servidos por Dona Dolores, ali
conspiravam alguns membros minoritários do CC dispostos a resistir. De início, eram
dois eminentes professores (Horácio e Zuleide) e um bancário.
A decisão sobre a organização do que veio a ser chamado mais tarde Movimento
Nacional em Defesa do PCB, se deu poucas semanas antes do nono Congresso, numa
reunião quase clandestina entre os “conspiradores” paulistas e cariocas, na então sede
do Comitê Municipal do PCB em São Paulo, numa madrugada de sábado para
domingo, no porão da casa, para que as luzes não fossem vistas de fora por algum
simpatizante do liquidacionismo.
Com a militante cumplicidade do camarada Waldomiro, que nos abriu a sede, onde
morava como segurança e zelador, varamos a madrugada organizando nossa atuação
no Congresso e os desdobramentos. A partir deste momento, a articulação se
nacionalizou, fincando raízes, de forma heterogênea, na maioria dos Estados
brasileiros.
É nessa hora que se agigantam as duas alagoanas de aparência frágil. Sua residência
se transforma na prática na sede do Movimento Nacional em Defesa do PCB. Graças
ao decisivo suporte de Dona Dolores, Zuleide coordena diuturnamente as ações de
um movimento que, aos poucos, vai se transformando no próprio PCB. Foi na casa de
Dona Dolores que foram adotadas todas as principais decisões e providências do
comando informal do Movimento.
Era ali que funcionava o telefone, o fax, a máquina de escrever; onde ficavam os
arquivos, o material de expediente. Havia um quarto de hóspedes para os camaradas
que vinham de fora, uma sala para reuniões e refeições e uma cozinha que funcionava
a pleno vapor.
Era nesses dias de gala da “sede nacional”, que mãe e filha se superavam e se
completavam, em educação, simpatia, capacidade de trabalho.
Eu, que fui certamente o maior freqüentador daquele generoso ambiente, onde me
sentia em família, nunca vi nenhuma das duas reclamar de nada, nem do trabalho
nem das despesas que aquela militância consumia das duas.
Quando tive a honra de homenagear a Zuleide, no ato em que ela recebeu a Medalha
Abreu e Lima, da Casa da América Latina, disse que ela é um exemplo de militante
comunista, de intelectual orgânico. Quantas vezes a ouvi em brilhantes palestras;
quantas vezes a vi na rua, panfletando. Tudo enquanto Dona Dolores, que
praticamente não saía de casa, zelava pela nossa sede nacional, para que pudéssemos
seguir na luta.