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O documento resume os principais motivos de extinção do contrato de fiança de acordo com o Código Civil brasileiro, incluindo a morte do afiançado, o direito do fiador rescindir unilateralmente uma fiança sem prazo determinado, e situações em que o credor toma ações que liberam o fiador da obrigação como conceder moratória ou impedir a sub-rogação.
O documento resume os principais motivos de extinção do contrato de fiança de acordo com o Código Civil brasileiro, incluindo a morte do afiançado, o direito do fiador rescindir unilateralmente uma fiança sem prazo determinado, e situações em que o credor toma ações que liberam o fiador da obrigação como conceder moratória ou impedir a sub-rogação.
O documento resume os principais motivos de extinção do contrato de fiança de acordo com o Código Civil brasileiro, incluindo a morte do afiançado, o direito do fiador rescindir unilateralmente uma fiança sem prazo determinado, e situações em que o credor toma ações que liberam o fiador da obrigação como conceder moratória ou impedir a sub-rogação.
Assim como qualquer contrato, em regra, o contrato de fiana se estingue com
o cumprimento da obrigao pelo afianado no contrato principal. Contudo, a casos especficos desse contrato que ensejam sua extino. A primeira quanto aos efeitos gerados pela morte do afianante. Como o contrato de fiana de natureza intuitu personae, ou seja, demanda a confiana que fiador tem em relao ao afianante, a morte deste implica a extino da obrigao de fiana nos contratos de locao quando da morte do locatrio.. Nesse sentido, entendeu o STJ no acordo transcrito a seguir: CIVIL. LOCAO. FALECIMENTO DO LOCATRIO. EXTINO DA FIANA. PRECEDENTES. AGRAVO DE INSTRUMENTO IMPROVIDO. firme a jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia no sentido de que, por ser contrato de natureza intuitu personae , a morte do locatrio importa em extino da fiana e exonerao da obrigao do fiador. A propsito, cito os seguintes precedentes: REsp 555.615/RS, Rel. Min. PAULO GALLOTTI, Sexta Turma, DJ 4/10/2004, p. 356, e REsp 439.945/RS, Rel. Min. FELIX FISCHER, Quinta Turma, DJ 7/10/2002, p. 291. Contudo, esse mesmo entendimento parece no prosperar nos casos onde existe outorga uxria e o fiador morre. Nesse sentido, o STJ tem entendido que o cnjuge continua onerado pela obrigao de garantia. A partir do julgamento do REsp n. 753.856 entende-se que RECURSO ESPECIAL. LOCAO. CONTRATO CELEBRADO POR PRAZO DETERMINADO. PREVISO EXPRESSA DE RESPONSABILIDADE DO FIADOR MESMO EM CASO DE PRORROGAO DA AVENA. POSSIBILIDADE. SIMPLES CUMPRIMENTO DE CLUSULA CONTRATUAL. RECURSO NO PROVIDO. Outro ponto peculiar do contrato de fiana , quando por tempo ilimitado, ter o fiador o direito potestativo de extinguir o contrato unilateralmente. Isto decorre por causa do artigo 835 do Cdigo Civil, que diz: Art. 835. O fiador poder exonerar-se da fiana que tiver assinado sem limitao de tempo, sempre que lhe convier, ficando obrigado por todos os efeitos da fiana, durante sessenta dias aps a notificao do credor. Dessa forma, d-se ao fiador o prazo de 60 dias para que sua vontade de extino da obrigao de fiana acabe. Isto decorre, em especial, para que o fiador no fique prezo eternamente ao contrato, mas tambm no produz efeitos imediatos a fim de que o fiador no extinga o contrato como forma de se escusar da obrigao por causa de uma insolvncia inesperada do afianante. Ademais, em sentido contrrio, contratos de fiana que possui tempo determinado no atribuem ao fiador essa capacidade de extino unilateral do contrato. Nessas modalidades da obrigao a extino s ocorrer a partir do cumprimento da obrigao do contrato principal, ou na presena de algum dos casos descritos pelas clausulas especficas de extino da fiana descritos pelo Cdigo Civil em seus artigos 837, 838 e 839, transcritos a seguir: Art. 837. O fiador pode opor ao credor as excees que lhe forem pessoais, e as extintivas da obrigao que competem ao devedor principal, se no provierem simplesmente de incapacidade pessoal, salvo o caso do mtuo feito a pessoa menor.
Art. 838. O fiador, ainda que solidrio, ficar desobrigado: I - se, sem consentimento seu, o credor conceder moratria ao devedor; II - se, por fato do credor, for impossvel a sub-rogao nos seus direitos e preferncias; III - se o credor, em pagamento da dvida, aceitar amigavelmente do devedor objeto diverso do que este era obrigado a lhe dar, ainda que depois venha a perd-lo por evico.
Art. 839. Se for invocado o benefcio da excusso e o devedor, retardando-se a execuo, cair em insolvncia, ficar exonerado o fiador que o invocou, se provar que os bens por ele indicados eram, ao tempo da penhora, suficientes para a soluo da dvida afianada.
O art. 837 fala das excees. Assim, So exemplos de excees pessoais a Novao feita com o devedor principal sem o consentimento do fiador (artigo 366 do Cdigo Civil); a compensao de dvida do fiador em face do credor de seu afianado, cabendo contra este ao de regresso (artigo 371 do Cdigo Civil); a transao firmada entre o credor e o devedor, que desobriga o fiador (artigo 844, 1 do Cdigo Civil) e, no caso de mtuo formalizado em favor de menor sem a autorizao pelos pais ou tutor, considerando que este ato nulo se no autorizado. J as excees extintivas da obrigao da fiana so representadas pelo pagamento do dbito, pela prescrio, pela nulidade da obrigao assumida, entre outras 1 .
1 SILVA, Maria Fernanda. Extino da fiana. Disponvel em: http://www.cerqueiraleite.com.br/news/6382/26/Extincao-da-Fianca.html Por conseguinte, o inciso I do artigo 838 fala acerca da moratria. Isto ocorre nos casos em que o credor da obrigao principal posterga o prazo para o cumprimento da obrigao. Nesses casos entende-se que o fiador, se continua-se na obrigao, seria forado a garantir um negcio para alm do tempo previsto na confeco do contrato, o que muda substancialmente as condies do negcio que levaram o fiador a concordar com a fiana. A exceo para a extino desse contrato nesses casos o consentimento do fiador, que legtima a alterao dos prazos de cumprimento da obrigao principal. J o inciso II aponta para casos em que o credor da obrigao principal age de forma a permitir uma deliberado insolvncia do fiador, fazendo com que o fiador no tenha condies de conseguir o regresso pela dvida paga. O inciso III aponta que a extino do contrato pelo cumprimento da obrigao no demanda necessariamente da entrega da coisa anteriormente contratada, mas sim do consentimento do credor. Dessa forma, mesmo com objeto anteriormente acordado diferente, se o credor concorda com o pagamento da dvida, torna-se o fiador desobrigado pelo cumprimento do obrigao principal. Por fim, o artigo 839 trata dos casos nos quais o fiador utiliza-se do direito de indicar bens do devedor originrio que possam suprir o debito, visto que tem o direito de que o devedor originrio seja executado primeiro que o ele (fiador). Dessa forma, se o credor demora na execuo desses bens indicados, apesar de serem suficientes para pagar o dbito, e, por isso, o devedor originrio torna-se insolvente, o fiador torna-se desobrigado 2 .
2 DARCE, Carolina Decco Correia; Madrid, Daniela Martins. O contrato de fiana sob a tica do direito civil constitucional: a no-recepo do artigo 3, inciso VII, da Lei 8.009/1990. In.: Interm@as. v. 12, n. 12, 2006. p. 7.