Objetivo
A partir desta aula, trataremos dos textos técnicos e científicos, a fim de conhecer sua
estrutura e aplicabilidade no mundo acadêmico. Mostraremos como elaborar de maneira
clara e coerente tais textos, quando serão usados e a linguagem que deve ser
empregada.
Conteúdo
A Receita Federal brasileira vai iniciar um processo de integração com o fisco dos demais
países do Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai) para combater as fraudes fiscais que
estão ocorrendo nas operações comerciais feitas entre empresas do bloco econômico.
No caso de uma exportação, a empresa vende seu produto por um preço muito baixo, o
que caracteriza uma operação não-lucrativa ( portanto, sem incidência de Imposto de
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Renda). A venda é intermediada por uma empresa localizada em um paraíso fiscal, que
recoloca o preço em seu patamar real e conclui a venda ao comprador. O lucro realizado
por essa empresa retorna ao exportador sem ônus fiscal.
Na importação, a operação é inversa. O produto é comprado a um preço elevado,
reajustado em um paraíso fiscal antes de chegar ao seu destino. O importador alega
prejuízo na operação e escapa ao fisco.
Apenas um trabalho conjunto entre os diversos países do Mercosul poderá extinguir ou,
pelo menos, neutralizar as fraudes fiscais internacionais.
✓ Eliminar palavras e frases inteiras, que não interfiram na compreensão geral, mas
mantendo as idéias fundamentais do original;
Resumo
A globalização da economia, embora tenha agilizado e sofisticado os negócios entre as
empresas, também criou algumas “doenças”, como fraudes fiscais que estão ocorrendo
nas operações comerciais entre empresas do Mercosul. Assim, o Brasil e os países do
Mercosul devem trabalhar em conjunto a fim de extinguir, ou ao menos neutralizar,
essas fraudes fiscais internacionais.
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ATENÇÃO!!!!
Muitas pessoas julgam que resumir é reproduzir frases ou partes de frases do texto
original, construindo uma espécie de “colagem”. Essa “colagem” de fragmentos do texto
original NÃO É UM RESUMO! Resumir é apresentar, com as próprias palavras, os pontos
relevantes de um texto. A reprodução de frases do texto, em geral, atesta que ele não foi
compreendido.
1. Ler uma vez o texto, ininterruptamente, do começo até o fim: sem a noção do
conjunto, é mais difícil entender o significado preciso de cada uma das partes.
Essa primeira leitura deve ser feita com a preocupação de responder à seguinte
pergunta: do que trata o texto?
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2. Uma segunda leitura é sempre necessária. Mas esta, com interrupções, com o lápis na
mão, para compreender melhor o significado de palavras difíceis (se preciso, recorra
ao dicionário) e para captar o sentido de frases mais complexas (longas, com
inversões, com elementos ocultos), bem como as conexões entre elas.
3. Num terceiro momento, tentar fazer uma segmentação do texto em blocos de idéias
que tenham alguma unidade de significação. Em um texto pequeno, normalmente
pode-se adotar como critério de segmentação a divisão em parágrafos. Quando se
trata de um texto maior (o capítulo de um livro, por exemplo) é conveniente adotar
um critério de segmentação mais funcional, o que vai depender de cada texto. Em
seguida, com palavras abstratas e mais abrangentes, tenta-se resumir a idéia ou
as idéias centrais de cada fragmento.
4. Dar a redação final com suas palavras, procurando não só condensar os segmentos,
mas encadeá-los na progressão em que se sucedem no texto e estabelecer as relações
entre eles.
Resumo
Segundo a NBR 6028, resumo é uma apresentação breve dos principais aspectos de um
texto; deve ser claro e objetivo, retratando com fidedignidade o texto original.
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O resumo deve ser livre de críticas e exposição de pontos de vista, já
que a intenção deste trabalho é o fornecimento de informações
sintéticas sobre o texto original.
Visando facilitar a elaboração de resumos segue abaixo algumas fases deste processo:
Hábitos Fatais
“Se mostrou ao mundo que algumas das principais ameaças à saúde estão ligadas à
pobreza, o documento da OMS também confirma que outros grandes responsáveis pela
mortalidade estão associados aos hábitos pessoais. Comportamento sexual de risco,
cigarro, álcool, colesterol alto e obesidade – problemas comprovadamente relacionados
ao tipo de vida que se leva – estão entre as principais causas de morte apontadas pela
entidade. Isso significa que não só os habitantes de países em desenvolvimento, onde
falta comida e saneamento básico, estão mais vulneráveis, mas qualquer pessoa que não
cuide da própria saúde. ‘Esse relatório é importante pois joga a responsabilidade pela
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saúde sobre as pessoas, e não em algo milagroso para salvá-las’, afirma o médico Fábio
Nasri, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Além de apontar a responsabilidade dos governos em relação à desnutrição e à falta
de saneamento básico, o relatório também deixa claro que as pessoas têm de se
conscientizar de que viver bem e mais depende muito de cada um. O chefe do
ambulatório de clínica geral do Hospital das Clínicas de São Paulo, José Antônio Atta,
lembra que, na história da medicina, as grandes realizações com efeito direto na
qualidade de vida e na quantidade de anos vividos não estão ligadas a remédios, mas ao
saneamento básico, campanhas de vacinação e mudanças de hábitos de vida. ‘No
ambulatório, vemos as pessoas mais preocupadas com o resultado do exame do que em
cumprir as recomendações para que tenham uma alimentação melhor, por exemplo.
Está errado. É preciso entender que é importante cuidar da saúde de forma preventiva’,
garante.
O problema, no entanto, é que mudar hábitos é mais difícil do que parece. O médico
Nasri, no entanto, defende que a tarefa poderia ser também estimulada pelas autoridades
governamentais.‘Não se vê propaganda de massa na televisão orientando as pessoas ou
frutas sendo vendidas na cantina da escola, por exemplo. Para que a mudança ocorra, é
necessário muito mais do que informação. É necessário educação’, argumenta. Isso
significa motivar a população, testar a informação passada para verificar se foi absorvida
e principalmente oferecer opções. Enquanto essa consciência não se formar, as pessoas
continuarão a ser vítimas de seus próprios hábitos.”
Já sublinhou o que considera importante? Então, compare o texto abaixo com o seu
texto:
Hábitos Fatais
“Se mostrou ao mundo que algumas das principais ameaças à saúde estão ligadas à
pobreza, o documento da OMS também confirma que outros grandes responsáveis pela
mortalidade estão associados aos hábitos pessoais. Comportamento sexual de risco,
cigarro, álcool, colesterol alto e obesidade – problemas comprovadamente relacionados
ao tipo de vida que se leva – estão entre as principais causas de morte apontadas pela
entidade. Isso significa que não só os habitantes de países em desenvolvimento, onde
falta comida e saneamento básico, estão mais vulneráveis, mas qualquer pessoa que não
cuide da própria saúde. ‘Esse relatório é importante pois joga a responsabilidade pela
saúde sobre as pessoas, e não em algo milagroso para salvá-las’, afirma o médico Fábio
Nasri, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Além de apontar a responsabilidade dos governos em relação à desnutrição e à falta
de saneamento básico, o relatório também deixa claro que as pessoas têm de se
conscientizar de que viver bem e mais depende muito de cada um. O chefe do
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ambulatório de clínica geral do Hospital das Clínicas de São Paulo, José Antônio Atta,
lembra que, na história da medicina, as grandes realizações com efeito direto na
qualidade de vida e na quantidade de anos vividos não estão ligadas a remédios, mas ao
saneamento básico, campanhas de vacinação e mudanças de hábitos de vida. ‘No
ambulatório, vemos as pessoas mais preocupadas com o resultado do exame do que em
cumprir as recomendações para que tenham uma alimentação melhor, por exemplo.
Está errado. É preciso entender que é importante cuidar da saúde de forma preventiva’,
garante.
O problema, no entanto, é que mudar hábitos é mais difícil do que parece. O médico
Nasri, no entanto, defende que a tarefa poderia ser também estimulada pelas autoridades
governamentais.‘Não se vê propaganda de massa na televisão orientando as pessoas ou
frutas sendo vendidas na cantina da escola, por exemplo. Para que a mudança ocorra, é
necessário muito mais do que informação. É necessário educação’, argumenta. Isso
significa motivar a população, testar a informação passada para verificar se foi absorvida
e principalmente oferecer opções. Enquanto essa consciência não se formar, as pessoas
continuarão a ser vítimas de seus próprios hábitos.”
Resumo
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Bibliografia: