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Comentário sobre o Exemplo 5 da seção 3.2.

Creio que seja interessante comentar: a intenção do autor com o exemplo 5 foi
mostrar que; para demonstrar a continuidade de uma função, não é preciso nem
provar que ela é contínua para qualquer valor de ε. Basta provar que ela o é para
um certo valor restrito a um raio r.

Exercício 10
Realmente difícil.
Especificação. Mostrar uma função que seja contínua apenas em -1, 0 e 1.
Entrada: A função deve ser contínua apenas em -1, 0, e 1.
Saída: Mostrar uma função assim.
Desenho. Ok, minha estratégia será a seguinte: usar uma função definida por
partes em cada intervalo, que seja contínua nos pontos especificados em cada um
deles.
Sendo assim, uma primeira versão do algoritmo seria:
1. definir a função em (−∞, −1]
2. definir a função em (−1, 1)
3. definir a função em [1, ∞)
4. concluir
Implementação. Então vejamos que tipo de função pode funcionar. Ora, ela tem
que ser discreta em todos os demais pontos do intervalo menos no especificado.
Uma função assim deve cumprir esse papel:

−1, se x ∈ R − Q
f (x) = ∀x ∈ (−∞, −1] .
x, se x ∈ Q,
Porque essa função resolve o problema?
Por que em qualquer valor x 6= −1, a função ficará alternando entre -1 e x,
tornando-se assim composta de “saltos”. Mas, na vizinhança de -1, em qualquer
sentido que se analise a reta real (tanto para a esquerda quanto para a direita),
haverá um vizinho imediatamente próximo (tão próximo quanto se queira) de -1
que será um irracional. Sendo assim, o valor da função será -1 para esses valores.
E para -1, pela definição da função, ela também assumirá esse valor. Logo, tal
função é de fato uma função contínua nesse ponto, pois, qualquer que seja ε > 0
considerado, haverá δ > 0 (apesar de infinitamente pequeno, ele existirá) tal que
|x − (−1)| < δ ⇒ |f (x) − f (−1)| < ε.
Pelo mesmo raciocínio, verifica-se que:

0, se x ∈ R − Q
f (x) = ∀x ∈ (−1, 1)
x, se x ∈ Q,
e 
−1, se x ∈ R − Q
f (x) = ∀x ∈ [1, ∞)
x, se x ∈ Q,
conclem o problema, tornando a função contínua em 0 e em 1.

Exercício 19
Como demorei para resolver esse problema de cabeça, resolvi registrar.
1
2

Especificação. f e g são definidas em R e (∀x) (∃M ) : |f (x) − f (p)| ≤ M |g (x) − g (p)|.


Provar que se g for contínua em p, f também o será.

Entrada: f, g : R → R, (∀x) (∃M ) : |f (x) − f (p)| ≤ M |g (x) − g (p)|.

Saída: Provar p → q, sendo p : g é contínua em p; e q : f é contínua em p.

Desenho. Ok, minha estratégia será a seguinte: aplicar a hipótese, modificá-la, e


inferir a tese.
Sendo assim, uma primeira versão do algoritmo seria:
1. expandir a hipótese
2. alterar a hipótese para incluir M
3. concluir

Implementação. Eu precisei implementar para poder refinar o algoritmo.


Então, vejamos o ponto de partida:
∀ε > 0, ∃δ > 0 : |x − p| < δ ⇒ |g (x) − g (p)| < ε.
A alteração que eu propus merece um refinamento agora. Se tal propriedade vale
para todo ε, então, em particular, deve valer para ε0 = Mε . Se assim for, então, há
δ 0 tal que
ε
|x − p| < δ 0 ⇒ |g (x) − g (p)| < .
M
Bom, mas se isso for verdade, então
|x − p| < δ 0 ⇒ M |g (x) − g (p)| < ε.
Ora, mas como para todo x, |f (x) − f (p)| < M |g (x) − g (p)|, então
|x − p| < δ 0 ⇒ |f (x) − f (p)| < ε.
Como ε é qualquer, fica assim comprovada a tese de que f é contínua em p: dado
ε, basta considerar δ tal que |x − p| < δ ⇒ |g (x) − g (p)| < Mε que
|x − p| < δ ⇒ |f (x) − f (p)| < ε.

Exercício 20
Este é um exercício muito bom. Considero que é de fato um desafio.
Não o resolveria. Não no curto prazo (trabalhando direto, talvez em 10 anos
pudesse ter exito). Foi o Professor Celso Cardoso que acabou resolvendo pra mim.
Eu só tive o trabalho de expressar tudo em linguagem matemática.

Especificação. Suponha f definida e contínua em R e que f (x) = 0 para todo x


racional. Prove que f (x) = 0 para todo x real.

Entrada: f é definida; f é contínua em R; f (x) = 0∀x ∈ Q.

Saída: Prova de que f (x) = 0∀x ∈ R.


3

Desenho. Vejamos o que consigo fazer.


A estratégia de prova será aplicar a propriedade da conservação do sinal em uma
redução ao absurdo:
Se f for contínua em p e f (p) 6= 0, então existirá um δ > 0 tal que
f (x) conservará o sinal de f (p) para p − δ < x < p + δ, x ∈ Df .
Além disso, será preciso construir um Lema para concluir a questão.

Lema 1. Seja x ∈ R − Q : x > 0. Dado ε > 0, ∃p ∧ q, p ∈ Z, q ∈ Z∗ : x − pq < ε.

Demonstração. Seja x = a1 .a2 a3 . . ., ai ∈ N uma representação de x. Daí, seja


n ∈ N tal que 101n ≤ ε. Bom, então, o número pq procurado será y = trunc (x, n),
pois
X ai 1
x−y = i
< n ≤ ε,
i=n+1
10 10
sendo
b10n xc
trunc (x, n) = .
10n

Ok. Preciso aplicá-las.

Implementação. Bastaria considerar que, se f (x) > 0 para algum x ∈ / Q, como


f é contínua, haveria um δ > 0 tal que f (x) seria também positivo para todo x em
[p − δ, δ + p]. Mas, pelo Lema 1, haverá um racional pq nessa região. E se assim for,
 
f pq = 0, contrariando a hipótese.
Logo, por reductio ad absurdum, f (x) = 0∀x ∈ R.

Exercício 21
Este é similar ao anterior, então decidi que deveria registrá-lo aqui.

Especificação. Suponha f definida e contínua em R e que f (x) = g (x) para todo


x racional. Prove que f (x) = g (x) para todo x real.

Entrada: f é definida; f é contínua em R; f (x) = g (x) ∀x ∈ Q.

Saída: Prova de que f (x) = g (x) ∀x ∈ R.

Desenho. Vejamos o que consigo fazer.


A estratégia de prova será aplicar a propriedade da conservação do sinal em uma
redução ao absurdo:
Se f for contínua em p e f (p) 6= 0, então existirá um δ > 0 tal que
f (x) conservará o sinal de f (p) para p − δ < x < p + δ, x ∈ Df .

Implementação. Bastaria considerar que, se f (x) 6= g (x) para algum x ∈ / Q,


como f é contínua, haveria um δ > 0 tal que f (x) seria também diferente de g (x)
para todo x em [p − δ, δ + p]. Mas,
 pelo Lema
  do exercício 20, haverá um racional
p
q
nessa região. E se assim for, f q = g pq , contrariando a hipótese.
p

Logo, por reductio ad absurdum, f (x) = g (x) ∀x ∈ R.


4

Exercício 24
Basta aplicar o raciocínio que o autor exibiu no exercício anterior.
Não vou nem explicitar o algoritmo, pois isto já está pronto.
Vou só implementar.
(a)


|f (x) − f (2)| = x3 + x − 10

= |x − 2| x2 + 2x + 5 .
Como a função f (x) = x2 + 2x + 5 é crescente no intervalo [0, 3] (ver gráfico da
Figura 0.1), o valor máximo da função nesse intervalo será f (3) = 20. Daí:
(0.1) |f (x) − f (x)| ≤ 20 |x − 2| .

Figura 0.1. Gráfico da função f (x) = x2 + 2x + 5 no intervalo [0, 3].

(b)  ε ε
Basta usar δ = min 1, 20 para provar a continuidade da função, pois se 1 < 20
,
então 20 < ε, e
|x − 2| < 1 ⇒ 1 ≤ x ≤ 3 ⇒ 1 ≤ x3 ≤ 27 ⇒ 2 ≤ f (x) ≤ 30 ⇒ −8 ≤ f (x) − 10 ≤ 10
⇒ |f (x) − f (2)| ≤ 10 < ε.
ε
Em caso contrário, 20
< 1 ⇒ ε < 20,
ε
|x − 2| < ⇒ 20 |x − 2| < ε ⇒ |f (x) − f (2)| < ε.
20
5

ε
Acho que é válido comentar que se 20 > 1, tal quantidade não pode ser tomado
como δ, pois a Desigualdade 0.1 não será válida, dado que|x − 2| < δ ⇒ 2 − δ <
x < δ + 2 implicará que x poderá ser maior que três. Isso inviabiliza a consideração
de 20 como teto da função x2 + 2x + 5.
ε
Por outro lado, se 20 < 1, 1 não se pode considerar que δ = 1, pois nesse caso,
conclui-se que |f (x) − f (2)| ≤ 10, e ε < 20, não há garantia de que a implicação
que define a continuidade seja verdadeira.

Exercício 26
Também me tomou muito tempo. Decidi registrar.

Esboço do algoritmo. Vejamos se entendi a tática usada pelo Guidorizzi para


resolver um problema similar.
1. fatorar o consequente da implicação para gerar um produto do tipo |x − p|×
g (x).
2. aplicar a desigualdade triangular a g (x)
3. determinar um intervalo para x a fim de estabelecer um teto para a desi-
gualdade resultanten da aplicação do comandoo anterior.
ε ε
4. aplicar δ = min p − a, b − p, g(a) , g(b) .

Implementação. Vejamos se isso funciona.



1 1
|f (x) − f (p)| = x + − p −
x p

1
= |x − p| 1 −
px
 
1
⇒ |f (x) − f (p)| ≤ |x − p| 1 + .
|px|
Ok. Agora, viria a etapa de determinar um intervalo para x.
Acho que aqui cabe um refinamento.
3. determinar um intervalo para x a fim de estabelecer um teto para a desi-
gualdade resultante da aplicação do comando anterior.
1
3.1. investigar o comportamento da função 1 + |px| .
3.2. determinar a partir de que valor a função se estabiliza.
Visualizando o gráfico da função, percebe-se que a partir de qualquer valor posi-
tivo de x, este será o máximo da função, pois ela é decrescente, e converge para a
assíntota y = 1.
Como tal intervalo deve conter p, vou seguir a tradição consagrada de escolher p2 ,
mas reconheço que qualquer outra escolha positiva para x iria estabelecer um teto
1
para 1 + |px| .
Tudo bem então.
A questão apresentada pelo autor envolve apenas p > 0. Logo, vou considerar x >
0 também, pois em geral os intervalos determinados por δ são muito pequenos e em
torno de p. Reconheço que estou simplificando o problema, e que não apresentarei
uma solução geral assim.
Seja x > p2 .
6

Nessa condição,
1 2 1 2
< ⇒ < 2
x p xp p
1 2
⇒1 + < 1 + 2.
xp p
Daí,  
2
|f (x) − f (p)| < |x − p| 1 + 2 .
p
Ok.
Agora o problema chega a sua etapa final.
E eu acho que mereceum refinamento.

p
4. aplicar δ = min , ε
2 g( p )
.
2

4.1. se < p2 , basta aplicar a definição.


ε
g ( p2 )
 
p p 2
4.2. em caso contrário, δ = 2 , e 2 1 + p2 < ε.

Implementação. Deve funcionar.


Seja g εp < p2 . Então, δ = g εp , e daí,
(2) (2)
ε
|x − p| <
1 + p22
 
2
⇒ |x − p| 1 + 2 < ε
p
⇒ |f (x) − f (p)| < ε.
É preciso resolver esse problema em caso contrário.
Seja δ = p2 . Daí,
p p 3p
|x − p| < ⇒ <x<
2 2 2
2 1 2
⇒ < <
3p x p
1 1 1 1 1 1
⇒− p− <x+ −p− < p+
2 3p x p 2 p
p 1 p 1
⇒ |f (x) − f (p)| < + < + .
2 3p 2 p
Como δ = p2 implica em p2 + p1 < ε, o teorema estaria demonstrado.
O que eu tomei o cuidado de verificar foi a motivação para o autor usar a condição
( )
p ε
δ = min ,  .
2 g p2
Porque ele usaria tal condição?
Bom, parece-me prudente investigar o que impossibilita usar a δ = p2 quando
ε
g ( p2 )
< p2 e vice-versa.
E para tal, considero importante averiguar quais seriam as implicações de cada
uma das escolhas nos caso em que são inapropriadas, para determinar exatamente
7

onde está o erro. Eu pensei por exemplo, em investigar qual seria o ε determinado
por cada escolha, e compará-lo com o efetivo para auxiliar nesse processo.
Vejamos o que encontrei.
Seja δ = p2 mesmo que g εp < p2 . Decorre disso que
(2)
p p 1
|x − p| < ⇒ |f (x) − f (p)| < + .
2 2 p
Mas, como ε
g ( p2 )
< p2 , então

p p
ε< g
2 2
p 1
⇒ε < + ,
2 p
e fica evidente que tal valor de δ não garante a continuidade da função.
E o outro caso?
Seja então δ = g εp , mesmo que g εp > p2 .
(2) (2)
Sendo assim,
 
ε 2
|x − p| <  ⇒ |x − p| 1 + 2 < ε.
g p2 p
O problema dessa abordagem é que, sendo g εp > p2 , não dá para garantir que
  (2)
2
|f (x) − f (p)| < |x − p| 1 + p2 , conforme se ilustra no gráfico da Figura 0.2.

0 1 2 3 4 5

Figura 0.2. Representação gráfica da função 1 + x1 . Em azul a curva


para x > 12 . Em vermelho, x < 21. Verifica-se que o teto estabelecido
para a função no intervalo 12 , ∞ não é válido no outro intervalo.

ε p ε
Pois, se g ( p2 )
> 2
e |x − p| < g ( p2 )
, há um intervalo no qual a função não é
contínua. Conforme ilustrado anteriormente, a continuidade da função, nesse caso,
está associada ao teto determinado por x > p2 .
8

ε
Ora, se |x − p| < g ( p2 )
, então,
ε ε
− p
 +p<x<p+ p

g 2
g 2
ε ε
⇒− 2 +p < x < p+ .
1 + p2 1 + p22
Como 1+ε 2 > p2 ⇒ − 1+ε 2 < − p2 , − 1+ε 2 + p < − p2 + p = p2 . No intervalo
 p2  p2 p2

− 1+ε 2 + p, p2 , não há garantia de que a função seja contínua, pois 1 + xp


1
não
p2
2
será mais limitada por 1 + p2
.
 
p
Isso explica porque o autor tomou o cuidado de considerar δ = min , ε
2 g( p )
.
2

Exercício 27
Como esse exercício me tomou algum tempo, decidi deixar registrado.
(a)
Esboço do algoritmo. É o seguinte:
1. Desenvolver o membro esquerdo da desigualdade.
2. Aplicar a hipótese.
3. Concluir.
Vejamos a implementação.
Implementação. É verdade que:
3
x − p3 = |x − p| x2 + xp + p2 .
O termo x2 + xp + p2 não pode ser negativo, pois as raízes dessa equação são
complexas, ou seja, tal função nunca atinge o eixo das abscissas, e para grandes
valores de x, x2 se torna o termo dominante da expressão, forçando o resultado a
ser positivo.
Decorre disso que
3
x − p3 = |x − p| x2 + xp + p2 .

(0.2)
Supondo que p ≥ 0, segue da hipótese que
(0.3) − 2p ≤ x ≤ 2p.
Então, vejamos. Decorre de 0.3 que:
−2p2 ≤ xp ≤ 2p2
(0.4) ⇒xp ≤ 2p2
e
(0.5) x2 ≤ 4p2 .
Aplicando-se ambas as desigualdades 0.4 e 0.5 na equação 0.2, deduz-se a tese:
3
x − p3 ≤ |x − p| 4p2 + 2p2 + p2


= 7p2 |x − p| .
Caso p < 0, basta trocar p por −p, mas o resultado das desigualdades não vai se
alterar.
(b)
9

Bom, essa parte do exercício consiste em concluir do item anterior que a função
é contínua em p.
Considerei melhor elaborar quais as estratégias que poderiam gerar alguma solu-
ção.
Certamente, deve-se concluir que vale a definição de função contínua.
A grande questão aqui é como implementar essa estratégia.
Há, a meu ver, duas estratégias. A primeira delas é seguir a recomendação do
autor, e desenvolver a tese para estabelecer uma relação dentre ε e δ.
A outra é transformar a hipótese para que assuma uma forma similar a da tese,
e então, que isso revele a relação dentre δ e ε.
Mas, vejamos.
Nesse caso, é preciso usar explicitamente que
3
x − p3 ≤ 7p2 |x − p|
para deduzir a continuidade da função.
Bom, é claro que essa desigualdade relaciona |x3 − p3 | e |x − p|.
Então, talvez, bastasse explorar isso para que se determinasse a conclusão.
Tá. Então, se eu seguir a segunda estratégia, terei que fazer algo do tipo

|x − p| < δ ⇒ 7p2 |x − p| < 7p2 δ ⇒ x3 − p3 < 7p2 δ.
Ora, isso sugere claramente que, dado ε, se |x − p| < 7pε2 , pode-se demonstrar a
continuidade da função.
Deixem-me testar isso:
ε
|x − p| < 2 ⇒ 7p2 |x − p| < ε ⇒ x3 − p3 < ε;
7p
conforme eu suspeitei. Isso prova a continuidade da função.
Comentário sobre a seção 3.3.
Bom, achei interessante registrar. Creio que se criou o conceito de limite para se
extender o conceito de continuidade, a fim de tratar casos nos quais a função não
está definida, ou definida em um ponto que a torna descontínua. Mesmo que sejam
indefinidas em determinados pontos, a função pode ter propriedades importantes, e
é por isso que, penso eu, foi criado o conceito de limite.
Com relação a pergunta que o autor propôs ao final da observação 3, creio que
um método direto seja o mais prático para mostrar a igualdade.
Se existir r tal que f (x) = g (x) para p − r < x < p + r, x 6= p, e se limx→p g (x),
então
∀ε > 0, ∃δ > 0/0 < |x − p| < δ ⇒ |g (x) − L| < ε.
0
Considerando δ = min {r, δ}, segue que
∀ε > 0, |x − p| < δ 0 ⇒ |g (x) − L| < ε.
Mas nesse intervalo, f (x) = g (x) e decorre disso que
∀ε > 0, |x − p| < δ 0 ⇒ |f (x) − L| < ε.
Ora, só resta então concluir que para todo ε > 0, existe δ 0 > 0 (δ 0 = min {r, δ})
tal que |x − p| < δ 0 ⇒ |f (x) − L| < ε, o que implica que o limite de f existe nesse
intervalo, e ele é igual a L. Ou seja,
lim f (x) = lim g (x) = L.
x→p x→p

Isso encerra a questão.


10

Comentário sobre o exemplo 5 da seção 3.3.


O autor delegou a tarefa de se demonstrar por indução finita que se limx→p fi (x) =
Li , 1 ≤ i ≤ n, então
Xn n
X
lim fi (x) = Li .
x→p
i=1 i=1
Então vejamos. O passo base é provado na seção 3.6, então, não vou fazê-lo.
Digamos agora que a hipótese de indução
Xn n
X
lim fi (x) = Li
x→p
i=1 i=1

seja válida para n ≤ N , e vamos provar com isso que ela implica na veracidade
dessa hipótese para n ≤ N + 1.
Vejamos:
N
X N
X N
X N
X
lim fi (x) = Li ⇒ lim fi (x) + lim fN +1 (x) = Li + LN +1 .
x→p x→p x→p
i=1 i=1 i=1 i=1
PN
Seja agora i=1 fi (x) = g (x). Pela hipótese inicial,
lim g (x) + lim fN +1 (x) = lim [g (x) + fN +1 (x)] .
x→p x→p x→p

Logo,
N
X N
X
lim [g (x) + fN +1 (x)] = lim fi (x) + fN +1 (x) = Li + LN +1
x→p x→p
i=1 i=1
N
X +1 N
X +1
⇒ lim fi (x) = Li .
x→p
i=1 i=1

Eu acho que isso conclui a questão.

Comentário sobre o exemplo 11 da seção 3.3.


O autor delegou a tarefa de sePdemonstrar
Q por indução finita que se fi , 0 ≤ i ≤ n
forem funções contínuas, então fi e fi também são.
Então vejamos.
O primeiro passo será provado pelo autor na seção 3.6, então resta provar o passo
de indução.
Então vejamos. Seja verdadeira a hipótese de indução,
Xn n
X Xn
lim fi (x) = Li = fi (p)
x→p
i=1 i=1 i=1
e
n
Y n
Y n
Y
lim fi (x) = Li = fi (p) .
x→p
i=1 i=1 i=1
P Q
Seja fi (x) = g (x), e fi (x) = h (x). O que admite-se por hipótese de indução
então o limite para tais funções em p seria o resultado da aplicação dessa função em
p (ou seja, que são contínuas). O passo de indução consiste em provar que também
o limite para g (x) + fn+1 (x) e para h (x) × fn+1 (x) será a aplicação dessa função
em p.
11

Seja então limx→p fn+1 (x) = fn+1 (p). Decorre do passo fundamental a prova do
teorema:
n
X
lim g (x) + fn+1 (x) = fi (p) + fn+1 (p)
x→p
i=1
n+1
X n+1
X
⇒ lim fi (x) = fi (p) .
x→p
i=1 i=1
Analogamente se prova que
n+1
Y n+1
Y
lim fi (x) = fi (p) .
x→p
i=1 i=1

Comentário sobre o exemplo 17 da seção 3.3.


O autor delegou a tarefa de se demonstrar a implicação reversa do teorema
lim f (x) = L ⇔ lim f (p + h) = L,
x→p h→0

ou seja, provar que


lim f (p + h) = L ⇒ lim f (x) = L.
h→0 x→p
Vejamos.
Minha estratégia será a seguinte:
4. aplicar a definição ao antecedente da implicação;
5. fazer uma mudança de variáveis;
6. concluir;
Implementação. É simples:
lim f (p + h) = L ⇔ ∀ε > 0, ∃δ > 0 :
h→0
|p + h| < δ ⇒ |f (p + h) − L| < ε.
Daí, seja p + h = x. Quando h → 0, p + h → p. Ou seja, h → 0 ⇒ x → p.
Prosseguindo no raciocínio,
(|h − 0| < δ ⇒ |f (p + h) − L| < ε) ⇒ (|x − p| < δ ⇒ |f (x) − L| < ε) .
Ora, então
|x − p| < δ ⇒ |f (x) − L| < ε
é uma sentença verdadeira, e isso implica, por definição, que
lim f (x) = L
x→p

também é verdade.
Não posso deixar de registrar que, de fato, não encontrei uma resposta elegante.
Isso só seria possível se fosse encontrado um método de prova independente do
método aplicado para provar a implicação direta. Isso, eu não consegui elaborar.

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