Definio do objeto Primeiro problema: Ao tratar de poltica, parte-se de um a priori, opinies do senso comum. Reflexes = negociaes permanentes entre o dito e o repertrio constitudo sobre o assunto. Vantagem: no parte do nada. Desvantagem: concepes aferradas ao senso comum e distantes do que se deveria entender. Senso comum: Poltica eleio. Poltica gesto do patrimnio pblico (mas no s do senso comum, como em grande medida o que se encontra na universidade). Senso comum: no necessariamente equivocado, mas exageradamente restritivo. Consequncias: quando se convence de que poltica algo para eleger algum e que esse algum vai tomar decises sobre o que fazer com o patrimnio pblico, cria-se a ideia de distanciamento do sujeito (eu no vou me candidatar, eu no vou administrar o patrimnio pblico: isso no tem nada a ver comigo; outras noes advindas: poltico tudo corrupto, coisa que acontece em Braslia, No gosto de poltica). Alargamento do objeto de definio: ampliar a noo de poltica faz com que o sujeito perceba que no mero observador de um fato social que lhe externo e distante, mas sim um partcipe de um espao em que a poltica se encontra em todas as partes (DESAFIO). 1 passo do desafio lanado pelo prof.: Entender que a vida e a convivncia pessoal poderiam ser diferentes do que so (p. ex: a existncia dos elementos naturais vivos necessariamente aquela, a vida da planta, da fruta, do animal a nica que poderia ser). Aristteles: Os fenmenos naturais so regidos pelo princpio da necessidade. Necessidade em filosofia = aquilo que do nico jeito que poderia ser (o vento venta da nica maneira que pode ventar; a pra no pode deliberar no amadurecer e no cair do p). Muita coisa na vida humana inexorvel, regidas pelo princpio da necessidade (geralmente funes fisiolgicas). Mas muito da minha vida poderia ter sido diferente do que = princpio da contingncia. Tanto a vida quanto a convivncia podem ser contingentes: se nos organizamos de certa forma, esta forma no tem que ser necessariamente assim. Toda dominao parte do princpio de que as relaes entre as pessoas so inexoravelmente do jeito que so. A dominao masculina Bourdieu. Um dos artifcios para convencer a todos de que as coisas so necessariamente do jeito que so compar-las natureza (naturalismo ou biologismo das relaes sociais). Destaca, enfatiza, reduz a vida humana aos seus aspectos naturais e biolgicos, que no esgotam a vida e a convivncia. Se pretendemos propor formas de convivncia nunca antes pensadas, trata-se apenas da consequncia de uma constatao bvia: a de que as frmulas j conhecidas no so garantidoras de uma convivncia feliz. Convivncia poder sempre ser rediscutida e redefinida luz da inteligncia (o mundo no qual nos toca conviver nenhum antepassado conheceu; vivemos num mundo cujos aspectos e atributos mais salientes so inditos na histria da humanidade, logo, o certo e o errado da convivncia no advm de verdades transhistricas, mas decorrem da inteligncia compartilhada a servio de uma convivncia em aperfeioamento). Poltica tem a ver com aquilo que pensamos sobre a nossa convivncia e que no absolutamente regido por nossa natureza. o que h de contingente na nossa convivncia, a inteligncia a servio de uma convivncia aperfeioada nos campos e nas atividades que a inteligncia pode transformar. (exemplo do formigueiro: convivncia inexorvel, regido pelo princpio da necessidade formigas operrias tm aparato biolgico para trabalhar, formigas no operrias no tm). Na vida humana os papis sociais no so definidos por atributos biolgicos, mas sim pela inteligncia e vontade (nossa ou de alguns), e poderiam ser outros. Poltica tem a ver com convivncia, com a organizao da vida em coletivos, a partir da perspectiva de que essa organizao no definida para sempre por ningum, mas resulta de disposies, investimentos, embasamentos e condutas de agentes. tica e poltica tm o mesmo fundamento: contingncia da vida e da convivncia humana.
Trabalho Final - ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO DE BOVINOS NO SECTOR FAMILIAR, EM RESPOSTA ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS, EM ZONAS SEMI-ÁRIDAS DO DISTRITO DE MABALANE (GAZA)