Processo: 002.01.007831-4
Vistos, etc.,
A denúncia foi recebida em 02/03/2006 (f. 191), o acusado foi citado (f.
211-verso), interrogado no dia 27/06/2006 (f. 212) e apresentou defesa prévia (f. 214).
Durante a instrução criminal foram ouvidas as seguintes testemunhas: Alberto Araújo Lima
(f. 281-3), Alexandre dos Santos (f. 284-5), Edson Simões Gonçalves (f. 367), Gilson Lino
de Souza (f. 247-8), Juan Pablo Peres (f. 368) e Juvenil da Silva Barros (fs. 286-8).
Relatados. Decido.
A autoria é certa e recai sobre o réu, embora tenha afirmado, em Juízo, que
não tinha conhecimento acerca da origem ilícita dos bens. Senão vejamos.
"...foi procurado por Ademar Fernandes Ferreira que lhe ofereceu a venda
um aparelho de som da marca Aiwa, pelo preço de cento e oitenta reais e como Ademar
tivesse dito que lhe forneceria o recibo o interrogando não desconfiou que referido aparelho
fosse produto de furto; que Ademar ao mesmo tempo em que entregou o aparelho de som ao
interrogado por cento e oitenta reais pediu que o interrogando entregasse os outros objetos
relacionados a denúncia para o seu parente conhecido como Polaco e que era das relações
do interrogando; que Ademar disse para o interrogando que o cinturão, o coldre, os quatro
CD's e as oito munições eram de sua propriedade..." – f. 87-8.
Justifico o regime mais rigoroso, ora imposto ao réu, pois, embora o réu
fosse primário, por ocasião da prática delituosa “sub analise”, ostenta maus antecedentes e
dedica-se à prática reiterada de crimes. Para melhor sedimentar o que até agora foi descrito,
declinaremos jurisprudência atinente ao assunto:
Por fim isento-o do pagamento das custas processuais, haja vista sua defesa
ter sido patrocinada pela Defensoria Pública.