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Este documento resume uma tese sobre como professores entendem e aplicam teorias psicológicas sobre alfabetização. A pesquisa investigou como 24 professores da rede estadual paulista compreendem e usam conceitos como desenvolvimento cognitivo e inserção sociocultural na alfabetização. Os resultados sugerem que os professores enxergam a alfabetização mais como um processo cognitivo do que de inserção cultural e valorizam resultados imediatos em vez de mudanças de longo prazo no pensamento das crianças.
Este documento resume uma tese sobre como professores entendem e aplicam teorias psicológicas sobre alfabetização. A pesquisa investigou como 24 professores da rede estadual paulista compreendem e usam conceitos como desenvolvimento cognitivo e inserção sociocultural na alfabetização. Os resultados sugerem que os professores enxergam a alfabetização mais como um processo cognitivo do que de inserção cultural e valorizam resultados imediatos em vez de mudanças de longo prazo no pensamento das crianças.
Este documento resume uma tese sobre como professores entendem e aplicam teorias psicológicas sobre alfabetização. A pesquisa investigou como 24 professores da rede estadual paulista compreendem e usam conceitos como desenvolvimento cognitivo e inserção sociocultural na alfabetização. Os resultados sugerem que os professores enxergam a alfabetização mais como um processo cognitivo do que de inserção cultural e valorizam resultados imediatos em vez de mudanças de longo prazo no pensamento das crianças.
Resenha descritiva sobre: CARVALHO, DIANA CARVALHO DE. A Relao Psicologia e
Alfabetizao Sob a ptica dos Professores. In: Revista Eletrnica editada pelo Ncleo de Estudos e Pesquisas de Educao na Pequena Infncia Centro de Cincias da Educao UFSC, julho de 2000. Disponvel em: <http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/ zeroseis/thesis/view/46>. Apresentao da Obra: A tese tem como foco pesquisar como as teorias so decodificadas e recriadas pelos professores, nas situaes didticas sendo isso um possvel meio para compreender a dinmica do processo educativo. Possui o referencial terico da Psicologia Histrico-Cultural de Lev S. Vygotsky e Alexander R. Luria, acerca da importncia da escolarizao sobre a constituio do psiquismo e o desenvolvimento das funes psicolgicas superiores. Busca saber como 24 professores alfabetizadores da 1 srie de sete redes estaduais paulista trabalham, assimilam e adaptam as teorias psicolgicas que fundamentam suas aes, atravs de entrevistas e questionrios aplicados a todos eles. Obtm como resultados a confirmao de que para esses professores a alfabetizao um processo principalmente cognitivo e de menor cunho de insero cultural e social para a criana; e que a importncia no trabalho de alfabetizao est na conquista de resultados imediatos e prticos alcanados diariamente pelas crianas, mais do que as mudanas ocasionadas a longo prazo ao psiquismo infantil principalmente em relao ao amadurecimento da capacidade reflexiva e crtica. Estrutura da Obra: O texto comea apresentando parte do contexto histrico da relao Psicologia e Educao, para em seguida apresentar a proposta da pesquisa. Com isso ilustra parte do cenrio Nome do Bolsista: Dayane dos Santos Lotti Atual: bolsista graduao CAPES Nome do Revisor: Juliana Mori Atual: Coordenadora de grupos PONTIFCIA UNIVERSIDADE CATLICA DE SO PAULO PROGRAMA DE ESTUDOS PS-GRADUADOS EM FONOAUDIOLOGIA LINHA DE PESQUISA: LINGUAGEM E SUBJETIVIDADE
educacional da atualidade e as informaes sobre a amostra pesquisada e depois introduz as teorias da Psicologia Histrico-Cultural que fundamentaram todo o trabalho e ao final do texto esclarece os resultados obtidos na pesquisa. Contedo: De acordo com a autora, os trabalhos acadmicos acerca da alfabetizao com apoio nos conhecimentos psicolgicos sobre o desenvolvimento infantil visam orientar o professor em suas prticas na sala de aula, embora a maioria dos educadores parea ignorar a existncia de um indivduo que atua aplicando todo esse conhecimento produzido e voltem seus olhares para os mtodos e atividades desenvolvidas por eles. Diana compara o papel do professor ao de um vidro, no qual essa parcela de educadores olha atravs dele para ter acesso ao processo de alfabetizao; o que no seria vlido uma vez que segundo ela, a ao do professor vai alm de simplesmente aplicar os contedos da psicologia prtica pedaggica. Essa simplificao do papel do professor como um mero aplicador das tcnicas de conhecimentos cientficos impossibilita que mudanas relativas s prticas escolares ineficientes sejam realizadas, pois desconsidera que justamente o trabalho desse profissional que torna possvel e real os mtodos e propostas curriculares em sala de aula. As questes centrais presentes no debate sobre as aes docentes e alfabetizao so divididas em duas posies que entendem diferentemente o papel do professor e possuem diferentes concepes de conhecimento; so elas a relao Psicologia e alfabetizao e Psicologia e Educao. No primeiro caso so levados em conta no processo pedaggico os estgios de desenvolvimento cognitivo, de forma que o processo de aprendizagem orientado pelas estruturas cognitivas j existentes nas crianas. Caberia ao professor responsvel pela alfabetizao uma funo auxiliadora nas etapas de construo do letramento apresentando e reorganizando os materiais didticos de acordo com o estgio de desenvolvimento da criana para que ela possa assimil-lo. A relao entre Psicologia e Educao encarada de duas formas: uma como algo assimtrica sendo a Educao apenas um campo de aplicao dos conhecimentos sobre Psicologia; e outra afirmando existir uma simetria entre as duas reas, pois ambas se complementam. Primeiramente porque acredita que a escola exerce a importante funo de oferecer conhecimentos cientficos e sociais que no seriam assimilados espontaneamente pelas crianas o que implica atribuir grande importncia no papel do professor como sendo aquele que apresenta os meios necessrios aprendizagem, que por sua vez estimula o desenvolvimento -, e por oferecer Psicologia maior conhecimentos sobre as crianas. De acordo com a perspectiva da Psicologia Histrico-Cultural, a insero de uma pessoa num meio social e cultural que constituir seu psiquismo; sendo assim vivncia escolar teria como funo apara alm do ensino de conhecimentos cientficos. dessa teoria que pontos chaves como: diferenas entre processos naturais e culturais do desenvolvimento; a importncia que o processo de escolarizao exerce sobre o desenvolvimento do psiquismo; e a identificao da origem dos processos de alfabetizao e a formulao dos conceitos genunos, que ocorrem com base no ensino formal. Vygotsky disse que a Psicologia tradicional (vinculada filosofia empirista e racionalista) confundia o natural e o cultural a ponto de no atriburem aos fatos do desenvolvimento histrico o desenvolvimento psquico da criana, e sim como resultados de processos e formulaes naturais. A forma como a escrita encarada na psicologia tradicional recebeu crticas de Vygotsky porque de acordo com o autor sovitico ela era considerada uma aquisio mecnica que surgia no indivduo por volta dos 7 anos de idade dependendo apenas da funo percepto-motora para ser aprendida, de forma que com essa concepo perde-se a dimenso da origem de todo esse processo. Assim sendo, Vygotsky explica que na verdade a escrita possui uma pr-histria no qual as primeiras expresses de desenhos e o jogo simblico so precursores. Ele tambm propunha uma mudana na forma de relacionar desenvolvimento biolgico do cultural alm de caracterizar a escrita como um processo cultural especificamente humano e atribuir alfabetizao o desenvolvimento do psiquismo. A importncia dos aspectos culturais e sociais ao longo da evoluo da espcie proporcionou mudanas qualitativas no ser humano que alteraram a forma como reagamos aos estmulos. O autor enfatizou que a cultura e a relao social entre humanos foram responsveis pela complexidade das funes psquicas. As idias de Vigotsky contriburam para o desenvolvimento de uma nova teoria da educao, ele props uma mudana na forma de relacionar Psicologia e Educao no incio do sculo XX, e afirmou que o desenvolvimento no podia mais ser entendido de forma linear e paulatina; que a educao no poderia esquivar-se do conflito e das rupturas que as novas formas culturais introduzem no pensamento infantil, devendo inclusive auxiliar a criana a avanar em suas descobertas, superando as formas antigas. Outro autor sovitico, Alexandre R. Luria comprovou em suas pesquisas a tese da Psicologia Histrico-Cultural de que o processo de escolarizao tem suma importncia no desenvolvimento do psiquismo humano. Passar pelo meio escolar permite ao indivduo lidar com conceitos tericos capazes de tornar mais complexos as formas de abstrao e generalizao, independentes de experincias prticas da realidade. Voltando Vigotsky, possvel traar uma relao entre alfabetizao e conceitos cientficos como sendo a representao de um momento de continuidade e ruptura simultneo. A aquisio da linguagem escrita exige alto grau de abstrao e por isso se torna mais complexa elevando a criana num plano mais elevado da linguagem, contudo, isso s possvel a partir do histrico da linguagem oral construdo anteriormente, cujos parmetros precisam ser rompidos para a aquisio da escrita. Assim, o processo de alfabetizao s pode realizar-se tomando por base as conquistas anteriores da criana, ou seja, a mesma linguagem oral com a qual precisa romper. Diante de todas essas teorias citadas da Psicologia Histrico-Cultural, a pesquisa levantou duas hipteses: 1) A alfabetizao compreendida pelo professor alfabetizador da rede estadual paulista mais como uma aquisio cognitiva e pessoal da criana do que como um processo de insero social e cultural; 2) O professor alfabetizador da rede estadual paulista atribui importncia ao processo de alfabetizao, mais pelas conquistas prticas e imediatas obtidas pela criana no seu dia a dia, do que pelas mudanas que o este processo acarreta para o psiquismo infantil, especialmente quanto possibilidade de um pensamento crtico e reflexivo. (Diana Carvalho de Carvalho, 2000) A anlise foi realizada com base nas ultimas reformas educacionais ocorridas na rede estadual paulista nos ltimos 30 anos, e essa caracterstica proporcionou duas questes centrais: a organizao do ensino em ciclos e a avaliao qualitativa da aprendizagem. A adoo do ensino em ciclos causou diversas dvidas no professor, tanto em relao forma de trabalhar como aos resultados pedaggicos possveis. Alm disso, essa organizao enfatizou um aspecto de continuidade de processo, que exige do professor uma postura a par do processo de escolarizao como um todo. O regime de aprovao automtica tambm decorrente dos aspectos citados, e de acordo com os professores entrevistados, responsvel por rebaixar a qualidade do ensino. Devido essas questes, a relao ensino-aprendizagem sofreu uma ruptura nos meios educacionais, o que numa avaliao qualitativa torna todos os aspectos da aprendizagem, juntamente o papel do professor, descaracterizados, de forma que se subordinam ao processo de desenvolvimento psicolgico e cognitivo da criana. Quando analisado o conhecimento que a amostra de professoras possua sobre Psicologia, percebeu-se que a formao no curso de Magistrio desses profissionais foi centrada nas teorias do desenvolvimento cognitivo de Piaget; na sexualidade infantil de Freud; e na epistemologia gentica de Emlia Ferreiro e Ana Teberosky. Contudo, essas linhas tericas foram estudadas apenas a partir de seus interpretes, o que proporciona uma viso distorcida desses conceitos alm de uma formao terica frgil. A contribuio da Psicologia prtica pedaggica foi avaliada por essas professoras como uma ajuda para entender o desenvolvimento infantil, mas ao sair da teoria prtica, se torna pouco til. De acordo com Vygotsky o verdadeiro papel da Psicologia na Educao explicar o complexo processo pelo qual as crianas em desenvolvimento passam, e no descrever as fases desse desenvolvimento. Essa viso distorcida s legitima o pensamento baseado no senso comum presente no discurso das professoras, uma vez que a Psicologia quando no cumpre sua funo como teoria, acaba por deixar as professoras a merc de suas prprias experincias. Com todos esses dados, a pesquisa de Diana C. Carvalho confirma as hipteses anteriormente apresentadas de que para esses professores a alfabetizao um processo principalmente cognitivo e de menor cunho de insero cultural e social para a criana; e que a importncia no trabalho de alfabetizao est na conquista de resultados imediatos e prticos alcanados diariamente pelas crianas, mais do que as mudanas ocasionadas a longo prazo ao psiquismo infantil principalmente em relao ao amadurecimento da capacidade reflexiva e crtica. Dayane dos Santo Lotti, Graduanda em Psicologia pela PUC-SP.