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CAPíTULO3

FECUNDIDADE
As estimativas de fecundidade apresentadas nesta seção baseiam-se nas histórias reprodutivas
relatadas pelas mulheres de 15-49 anos entrevistadas pela PNDS 1996. Perguntou-se a cada mulher quantos
filhos e filhas nascidos vivos moram com ela, quantos moram em outro lugar e quantos morreram. Em seguida,
investigou-se a história de cada filho nascido vivo, inclusive nome, sexo, mês e ano do nascimento, idade
completa e, para os que morreram, idade exata que tinham ao morrer. Com base nestas informações, medidas
de fecundidade corrente ou atual (taxas específicas de fecundidade) e fecundidade acumulada ou de coortes
(filhos nascidos vivos) são analisadas neste capítulo relacionadas a algumas características sócio-econômicas.

Outras tabelas que constam desse capítulo apresentam as crianças nascidas vivas por idade atual da
mãe e na época do casamento. O capítulo é concluído com a análise da informação sobre a idade das mães na
época do nascimento de seu primeiro filho. Estes dados são importantes, uma vez que indicam o início da vida
reprodutiva das mulheres.

3.1 Fecundidade atual

A Tabela 3.1 e o Gráfico 3.1 apresentam as taxas específicas de fecundidade dos últimos três anos
referentes ao Brasil como um todo e à situação de residência (rural/urbana). As taxas para os últimos três anos
são calculadas com a finalidade, tanto de produzir informação mais atual, quanto de reduzir erros de
amostragem. A taxa bruta de natalidade foi calculada como o produto das taxas específicas de fecundidade e
a proporção de mulheres em cada grupo de idade sobre o total da população (ambos os sexos). A taxa bruta de
natalidade também se encontra na Tabela 3.1. As taxas de fecundidade total são também apresentadas, numa
tentativa de sumarizar a distribuição. Elas se referem às mulheres de 15 a 44 anos e 15 a 49 para efeitos de
comparação.

Os numeradores das taxas específicas de fecundidade por idade, na Tabela 3.1, são calculados a partir
dos nascimentos ocorridos no período de 1 a 36 meses anterior à pesquisa - - determinados pela data da
entrevista e a data do nascimento da criança - e classificando-os em grupos etários de 5 anos, por idade da mãe
à época do nascimento, determinada a partir da data de nascimento da mãe. Os denominadores das taxas sâo
o número de mulheres/ano vívidos em cada um dos grupos etários, durante o período de 1-36 meses que
precedeu à pesquisa. A soma das taxas específicas de fecundidade por idade, isto é, a taxa de fecundidade total
(TFT), é usada corno indicador do nível recente da fecundidade.

A taxa de fecundidade total das mulheres brasileiras foi de 2,5 filhos por mulher para periodo
aproximadamente de 1993-1996. A tabela e o gráfico mencionados apontam para a existência de diferenciais
rurais-urbanos bastante expressivos. A TFT das mulheres residentes nas áreas rurais foi de 1,2 filho a mais do
que a das mulheres residentes nas áreas urbanas (3,5 e 2,3 respectivamente). A comparação das taxas de
fecundidade (fecundidade corrente) com o número médio de filhos tidos pelas mulheres de 40-49 anos aponta
no sentido de uma queda expressiva da fecundidade, tanto na área urbana, quanto na rural (2,3 e 3,3 na área
urbana e 3,5 e 5,2 na área rural), conforme indicado na Tabela 3.2.

O perfil etário da fecundidade também foi diferenciado por situação de residência. Na área urbana,
a fecundidade está relativamente mais concentrada: o grupo etário 20:24 anos concentra mais de 30% do total
da fecundidade. Na área rural este percentual é de 27%.

Destaca-se, ainda, que a queda da fecundidade tem sido relativamente mais acentuada nas faixas
etárias centrais, o que ocasiona o aumento na participação do grupo 15-19 anos na fecundidade total (17%).

38
Tabela 3.1 Fecundidade atual

Taxas especlficas de fecundidade por idade, taxa de fecundidade total e nfimero


médio de nascidos vivos e taxa bruta de natalidade para os tr6s anos anteriores b.
pesquisa, segundo o local de residência. Brasil, PNDS 1996.

Nfimero R~sidência
m~dio de Ntimero
nascidos de
Idade vivos Urbana Rural Total mulheres

15-19 0.18 78 122 86 2,464


20-24 0.81 144 194 152 1,893
25-29 1.63 114 165 123 1,937
30-34 2.32 77 99 81 1,918
35-39 2.95 39 78 46 1,733
40-44 3.45 11 35 16 1,479
45-49 3.94 2 7 3 1.190

TFTIS-49 2.3 3.5 2.5 12,612


TFTIS-45 2.3 3.5 2.5
TFG 82 119 88
TBN 21 25 22
M~dia I 3.3 5.2 3.7

Nota: As taxas referem-se ao periodo de 1-36 meses anterior à entrevista, As taxas para o grupo
45-49 anos podem apresentar ligeiro viês dewdo ao efeito dos valores truncados.
Média de nascidos vivos de mulheres 40-49 anos
TFT: Taxa de fecundidade total expressapor mulher, Consiste no número mêdio de filhos que
uma mulher pode ter atdo final de sua vida reprodutiva, caso sejam mantidas as atuais taxas
especlficas de fecundídade por idade e na aus~,nciade mortalidade.
TFG: Taxa de feeundídade geral: nascimentos divididos pelo nfimero de mulheres 15-44 anos
expressa por I .O00 mulheres.
TBN - Taxa bruta de natalidade expressa por 1000 pessoas

Grdfico 3.1
Taxas de fecundidade por
Idade segundo residência

Nascimentos por 1.000 mulheres

~.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ~ '-- R u r a l [ 200


200/ /~. / "-" U r b a n a /

15o~- . . . . /-;~ ...... \ ................... I150


100 ~ ---/- ............ ~ - -~~.: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100

50 ~ ......................... ~----~ .......... ~50

O L- ~ ' ~ ' ' I ~ -0


15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49
Idade das mulheres

39
3.2 T e n d ê n c i a s da fecundidade
Gréfico 3.2
A Tabela 3.2 e o Gráfico 3.2 Taxa de fecundidade total (TFT)
apresentam as taxas de fecundidade total para e média de nascidosvivos (MNV)
mulheres de 15-49 anos e a parturição das
mulheres de 40 a 49 anos por situação de O 1 2 3 4 5 6
residência, região e anos de educação. Esses
dados proporcionam subsídios para inferir a
tendência da fecundidade, comparando-se as
taxas atuais com o número médio de filhos
nascidos vivos das mulheres com idade entre 40
e 49 anos. Este último indicador é uma medida
aproximada do nível de fecundidade que
prevaleceu no passado recente. Mulheres de 40-
49 anos geralmente já encerraram sua vida
reprodutiva, e, sendo assim, o número médio de
filhos nascidos dessas mulheres permite
comparação com a TFT, medida que expressa a
fecundidade recente. Entretanto, embora a
comparação da fecundidade completa no grupo ¢0-49)
de mulheres de 40 anos ou mais com a taxa de
fecundidade total (TFT) possa fornecer
O 1 2 3 4 5
indicação da tendência da fecundidade, essa Taxa (TFT)e m6dia(MNV)
abordagem é vulnerável ao sub-relato da
paridade por parte das mulheres mais velhas.
Tabela 3.2 Taxa de fecundidade total e nt~mero m6dio de filhos
Os diferenciais regionais oscilam no nascidos vivos
intervalo de 3.1 a 2.1, ou um filho por mulher, Taxa de fecundidadetotal para os cinco anos anteriores à pesquisa
correspondendo ao Rio de Janeiro a mais baixa e ndmero múdio de filhos nascidos vivos para mulheres de 40-49
anos de idade, por características selecionadas. Brasil, PNns 1996.
e ao Nordeste a mais alta. Os diferenciais
regionais são maiores para a fecundidade Taxa de Múdia Proporção
completa do que o observado para a fecundidade nascidos de mulheres
fecundidade corrente. Isto sugere que para total vivos atualmente
Caracterlsticas 15-49 40-49 grã.vidas
algumas regiões a fecundidade corrente vem
decrescendo e assim reduzindo os diferenciais Residência
regionais para a fecundidade corrente. Urbana 2.3 3.3 4.0
Rural 3.5 5.2 5.5

Os diferenciais na fecundidade por Regülo


Rio 2.1 3.0 2.3
subgrupos de educação são mais elevados do São Paulo 2.2 3, I 4.1
que os regionais. Para a taxa de fecundidade Sul 2.3 3.3 3.9
Centro-Leste 2.4 3.7 4.3
total, ele foi de 3,5 filhos e para a fecundidade Nordeste 3.1 4.7 5.6
completa, de 3,9 filhos. A Tabela 3.2 também Norte 2.7 4.6 52
Centro-Oeste 2.3 3.7 2.7
apresenta a porcentagem de mulheres
atualmente grávidas. Anos de educaç~to
Nenhum 5.0 5.8 4.5
I-3 3.6 4.7 5.3
A evolução temporal da fecundidade 4 3.0 3.5 4.6
pode ser estudada em formas diferentes: uma 5-8 2.4 3.0 4.8
9-11 1.7 2.4 3.4
delas é considerar dados transversais de 12 ou mais 1.5 1.9 1.1
pesquisas de diferentes épocas ou períodos.
Total 2.5 3.7 4.2
Outra alternativa é considerar a história

40
reprodutiva de mulheres de diversas gerações ou coortes, utilizando um enfoque Iongitudinal. Este
procedimento utilizado na PNDS 1996 permite uma boa mensuração das tendências históricas da fecundidade.

Tabela 3,3 Tenddncia da fecundidade

Taxas específicas de fecundidade para períodos q0inqüenais anteriores/t pesquisa, por idade e por duração da união. Brasil,
PNDS 1996.

Fecundidade por idade Fecundidade por duraçí~o da unifio

Perlodos qílinqtlenais Anos desde Períodos qüinqãenais


Grupos de aprimcra
idade 0-4 5-9 10-14 15-19 uní~o 0-4 5-9 10-14 15-19

15-19 88 97 B9 •7 0-4 263 301 327 346


20-24 153 180 199 217 5-9 143 164 202 264
25-29 126 159 191 227 10-14 66 98 131 202
30-34 81 107 130 168 15-19 38 70 115 159
35-39 45 64 [90] NA 20-24 25 45 93 107
40-44 16 [31] NA NA 25-29 10 [38] [31] NA
45-49 [ 3[ NA NA NA

Nota: As taxas especfficas de fccundidade são expressas por I 000 mulheres.


Estimativas dentro dos par6nteses estílo truncadas.
NA: Não se aplica

A Tabela 3.3 mostra as taxas específicas de fecundidade para per/odos de cinco anos que precederam
à pesquisa segundo idade da mulher e duração da união. Desta forma é possível reconstruir estimativas passadas
de fecundidade para as mulheres de cada grupo etário considerado. Nota-se que esta história reprodutiva é .
progressivamente truncada à medida que se avança no tempo. Isto pode ser visualizado pelos parênteses das
diagonais da parte de baixo da tabela. As taxas de fecundidade total podem ser calculadas a partir das taxas
específicas apresentadas na Tabela 3.3, mas apenas pela acumulação das taxas não afetadas pelo truncamento.
As taxas por idade mostram em geral que a fecundidade tem diminuído substancialmente. O Gráfico 3.3
também apresenta estas taxas para os três períodos de cinco anos anteriores à pesquisa.

A Tabela 3.3 também apresenta as taxas específicas de fecundidade para mulheres alguma vez casadas
por duração do primeiro casamento agrupadas por quatro períodos qüinqüenais anteriores à pesquisa. As taxas
de fecundidade por duraçâo do casamento também decresceram no período estudado. Estas taxas são similares
às taxas específicas de fecundidade e os mesmos princípios se aplicam na sua interpretação. Nos primeiros anos
de casamento, a fecundidade é alta e pouco sensível a mudanças. No entanto, as taxas de fecundidade para
mulheres com menos de cinco anos de casamento também vem decrescendo ao longo do período considerado
pela pesquisa.

41
Grí~fico3.3
Taxasde fecundidade para per[odos
q0inquenais anteriores~ pesquisa

Nascimentos por 1,000 mulhcrcs

2501 25(
- - 10-14 anos

~ooI........~ .... t:ò»a: I 20(

15(
~~01.....~ \ \ .................
10(
1001.... , .......... \ . ~ ..............
50

O
15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49

Idade das mulheres ao nascimento do filho

3.3 Filhos nascidos vivos e filhos vivos

A distribuição de mulheres pelo número de filhos nascidos vivos está apresentada na Tabela 3.4 para
todas as mulheres, bem como para as casadas ou em união no momento da pesquisa, sendo um indicador da
fecundidade acumulada das mulheres entrevistadas. Este dado, junto com o número de filhos sobreviventes é
usado para estimar indiretamente níveis e tendências da mortalidade através de técnicas apropriadas ~. Uma vez
que as estimativas diretas da mortalidade infantil e na infância podem ser caleuladas a partir dos dados da
história de nascimentos levantados pela pesquisa (Capítulo 7), as estimativas indiretas de mortalidade não serão
apresentadas.

A média geral é de 1.9 filhos nascidos vivos para todas as mulheres de 15 a 49 anos e de 2.7 para as
mulheres unidas. A média de filhos sobreviventes é similar e ligeiramente inferior, notando-se coerentemente
menor número de filhos sobreviventes na medida em que aumenta a idade da mulher.

A distribuição das parturiç6es para mulheres mais velhas casadas no momento da pesquisa também
fornece uma medida de infecundidade primária. É comumente aceito que, em países em desenvolvimento, a
proporção de mulheres casadas no final do período reprodutivo que não têm filhos é de 2 a 5%. No caso do
Brasil, esta proporção é inferior a 5%, situando-se, portanto, dentro de padrões esperados. Ressalta-se ainda,
que das mulheres com 35 ou mais anos, aproximadamente um terço tem até três filhos.

J Ver:Naç6esUnidas, TécnicaslndiretasparaaEstimaçâodePardmetrosDemográficos, ManualX, capítulollI.

42
T a b e l a 3.4 Fílhos nascidos vivos e filhos vivos

Distribuição percentual de todas as mulheres e das mulheres unidas por número de filhos nascidos vivos e número m6dio
de filhos nascidos vivos e filhos vivos, segundo grupos q0ínqüenais. Brasil, PNI)S 1996.

M6dia Média
Filhos nascidos vivos Número de de
Grupos de nascidos filhos
deidade 0 I 2 3 4 5 6 7 8 9 10+ Total mulheres vivos vivos

TODAS AS MULHERES

15-19 85.7 11.4 2.6 0.3 01 00 00 0.0 0.0 0.0 0.0 100.0 2,464 0.18 0.17
20-24 50.8 273 14.6 5.0 1.6 0.4 0.1 0.1 00 00 0.0 I000 1,893 0.81 0.76
25-29 26.2 241 27.2 13.3 5.1 2.3 1.0 0.5 03 00 0.0 1000 1,937 1.63 1.54
30-34 12.2 17.4 31.3 20.7 9.8 4.5 19 13 0.6 01 0.2 1000 1,918 232 2.18
35-39 9.8 10.6 25.8 25.2 119 6.0 4.0 2.7 13 13 1.3 100.0 1,733 2.95 273
40-44 7.9 89 203 242 155 74 5.2 3.2 30 1.2 3.2 1000 1,479 345 314
45-49 8.8 77 16.0 22.1 132 8.1 7.2 4.2 41 2.9 5.6 1000 1,190 394 35(1

Total 33.4 15,9 19,1 14.4 7,2 3.6 2.3 1.4 L0 0.6 1.1 100.0 12,612 1.94 1.79

MULHERES UNIDAS

I5-19 30.1 522 154 19 04 0.0 0.0 00 0.0 0.0 0.0 1000 339 090 087
20-24 177 43.2 255 9.3 32 0.7 0.3 02 00 0.0 00 1000 873 141 133
25-29 102 27.3 33.3 171 67 3.0 1.4 07 0.4 01 00 1000 1,366 204 1.93
30-34 4.9 16.8 34.9 22.9 11.5 4.7 18 1.4 0.6 02 03 1000 1,545 255 2.40
35-39 41 89 27.5 28.8 12.7 6.9 4.2 28 1.3 14 1.3 1000 1.394 3.18 294
40-44 3.3 8.4 21.4 25.4 169 7.7 6.2 3.1 2.9 12 35 I00.0 1,150 3.67 3.35
45"19 39 70 18.1 24.2 13.1 92 7.3 4.3 36 29 6.3 1000 917 414 372

Total 8.0 19.4 27.2 21.0 10.4 5,1 3.2 1.9 1,3 0,8 1.6 100.0 7,584 2.73 2.53

3.4 Intervalo de nascimentos

O intervalo entre nascimentos tem sido utilizado c o m o um importante indicador da condição de


sobrevivência de crianças. É sabido que intervalos curtos entre nascimentos estão associados a riscos mais
elevados de mortalidade infantil e na infância (ver ~Cap/tulo 7 deste relatório).

A Tabela 3.5 mostra a distribuição de nascimentos nos cinco anos precedentes à pesquisa pelo número
de meses decorridos entre um nascimento e outro. O intervalo mediano foi de 36 meses, c o m pouca variação
no limite inferior; c o m efeito, à exceção das jovens de 15 a 19 anos, e dos filhos mortos, o intervalo
intergenésico menor está próximo dos 30 meses.

Aproximadamente 30% dos nascimentos, aqui considerados, ocorreram antes de completar dois anos
do nascimento do filho anterior e, portanto, expostos a riscos elevados de mortalidade. Todavia, considerando
que o intervalo intergenésico mínimo (inferior a 18 meses) acarreta um alto risco para as crianças - com exceção
novamente da condição de sobrevivência do filho anterior - a primeira coluna da Tabela 3.5 mostra que esses
intervalos mínimos ocorrem com mais freqüência entre as jovens de 15 a 19 anos, entre mulheres de alta
parturição, entre as Iocalizadas no Nordeste e entre aquelas com pouca ou nenhuma instrução.

Cabe frisar, no entanto, que 70% dos nascimentos ocorreram com intervalos mais adequados à sua
sobrevivência.

43
Tabela 3.5 Intervalo entre os nascimentos

Distribuição pereentual dos nascimentos nos cinco anos anteriores à pesquisa, segundo o intervalo desde o nascimento prévio,
por características selecionadas. Brasil, PNDS 1996.

Mediana
en meses Ndmero
NUmero de meses do nascimento anterior desde de
nascimento nasci-
Caracteristicas 7-17 18-23 24-35 36-47 48+ Total anterior mentos
Idade
15-19 45.4 22.9 26.2 4.8 0.7 100.0 18.9 81
20-29 21.4 15.7 24.9 14.5 23.6 100.0 29.2 1,500
30-39 10.3 10.2 16.7 14.4 48.4 100.0 46.9 1,291
40+ 5.6 7.9 22.5 12.7 51.3 100.0 48.8 236
Ordem de nascimento
2-3 14.2 11.9 19.8 14.7 39.4 100.0 38.6 2,083
4-6 21.2 15.8 22.4 11.4 29.2 100.0 30.0 741
7+ 17.8 13.7 29.9 16.0 22.5 100.0 31.0 286
Sexo do nascimento
anterior
Masculíno 15.6 12.3 23.1 13.9 35.1 100.0 35.5 1,617
Feminino 16.8 13.8 19.5 142 35.7 100.0 35.9 1,492
Sobrevivência do
nascimento anterior
Vívo 32.4 20.9 21.8 10.7 14.3 100.0 22.9 216
Morto 15.0 12.4 21.3 14.3 37.0 100.0 36.9 2,892
Residência
Urbana 14.4 12.6 20.1 14.6 38.3 100.0 38.1 2,247
Rural 20.9 14.1 24.7 12.5 27.8 1000 30.0 862
Regi[to
Rio 11.6 8.9 17.1 17.1 45.2 100.0 44.0 220
São Paulo 13.8 10.7 16.9 13.8 44.8 1000 43.5 516
Sul 6.1 12.0 14.0 15.0 52.9 100.0 443
Centro-Leste 15.7 14.6 22.0 12.9 34.7 100.0 33.5 403
Nordeste 22.8 14.6 24.8 12.9 24.9 100.0 29.0 1,150
Norte 16.5 16.7 29.2 14.7 23.0 1000 30.0 161
Centro-Oeste 12.5 10.3 26.3 17.6 33.3 100.0 36.5 215
Anos de educaçio
Nenhum 21.5 10.4 28.4 12.7 27.0 100.0 30.5 290
I-3 anos 20.2 16.5 23.1 13.3 26.8 100.0 29.0 809
4 anos 16.9 10.0 19.0 14.0 40.0 100.0 384 590
5-8 anos 15.0 14.6 19.9 14.1 36.4 100.0 36.8 866
9-11 anos 9.1 I 1.2 20.7 13.3 45.8 100.0 43.9 447
12 ou mais 6.1 4.5 16.3 27.3 45.9 1000 46.8 106
Total 16.2 13.0 21.4 14.1 35.4 100.0 35.6 3,109

Nota: Os nascímentos de ordem 1 foram excluidos.

3.5 I d a d e na época do primeiro filho

A idade na qual se inicia a vida reprodutiva, além de ter conseqüências demográficas importantes, afeta
também a saúde da mãe e da criança. Em muitos países, o adiamento do primeiro filho, refletindo um aumento
na idade ao casar, tem contribuído significativamente para o declínio da fecundidade. A proporção de mulheres
que se tornam mães antes dos 20 anos de idade é também uma medida da magnitude da gravidez na
adolescência, a qual tem se constituído num problema importante no cenário internacional.

44
A Tabela 3.6 apresenta a distribuição de mulheres da PNDS 1996 pela idade ao ter o primeiro filho, de acordo
com a idade amai. Nesta tabela, também se encontra a idade mediana ao primeiro filho para grupos de mulheres
de idade superior a 25 anos. Idades medianas para coortes com menos de 25 anos não foram calculadas porque
aproximadamente metade dessas mulheres ainda não tinha tido filhos. Esse indicador não variou muito por
idade até o grupo etário 40-44, mantendo-se em aproximadamente 22,3 anos. Entre as mulheres de 45-49 anos,
a idade mediana é maior (23 anos), o que, considerando as restrições amostrais, deve-se à elevada proporção
de mulheres atualmente nestas idades que tiveram filhos a uma idade superior a 25 anos.

Registra-se, em geral, uma ligeira diminuição na idade mediana ao primeiro filho. Tal diminuição está
relacionada ao fato de que uma maior proporção de mulheres está, mais recentemente, tendo filhos antes dos
17 anos (por exemplo 16% entre as mulheres de 20 a 24 anos) enquanto que, entre as mulheres com idades de
40 a 44 anos, pouco mais de 10% teve seu primeiro filho antes de 17 anos.

Tabçla í~6 Idade na êt~ocado nascimento do primeiro filho

Distribuiç/Io percentual das mulheres de 15-49 anos de acordo com a idade atual. Brasil, PSDS 1996.

Idade ao primeiro filho Número


Idade Sem de Idade
atual filhos <15 15-17 18-19 20-21 22-24 25+ Total mulheres mediana

15-19 85.7 1.2 10.5 2.7 NA NA NA 100.0 2,464


20-24 50.8 1.8 14.2 16.0 12.4 4.8 0.0 100.0 1,893
25-29 26.2 1.4 15.3 17.8 14.4 17.1 7.8 100.0 1,937 22.2
30-34 12.2 0.9 13.5 16.9 17.6 18.8 20.2 100.0 1,918 22.2
35-39 9.8 1.4 12.4 15.9 17.6 20.0 22.9 100.0 1,733 22.3
40-44 7.9 1.3 9.6 17.9 18.3 21.3 23.8 100.0 1,479 22.4
45-49 8.8 1.6 9.0 15.3 17.2 19.0 29.1 I00.0 1,190 23.0

~ A = N[IO se aplica
ndica que o valor da mediana 6 maior que o limite inferior do intervalo de idade (menos de 50% das mulheres no grupo de idade x
a x + 4 que tiveram um nascimento antes da idade x).

A Tabela 3.7 apresenta a idade mediana ao primeiro filho para alguns subgrupos populacionais.
Mulheres residentes nas áreas urbanas tiveram o primeiro filho aproximadamente 1,2 ano mais tarde do que
as residentes nas rurais. Entre as regiões, a diferença entre a idade mediaua ao primeiro filho das mulheres
residentes no Rio de Janeiro, onde as mulheres começam mais tarde, e as residentes na região Norte, onde as
mulheres começam mais cedo, foi de 3,4 anos. Os maiores diferenciais se dão por escolarização. Foi de 4,9 anos
a diferença entre a idade mediana ao primeiro filho das mulheres com nenhuma escolarização e as com 9 a 11
anos de estudo. Ao se analisar a evolução das medianas por idade observa-se que há uma ligeira diminuição
a nível do país. Esta diminuição ocorreu tanto na área urbana como na rural, porém basicamente nas regiões
Norte e Centro-Oeste e entre as mulheres com menos de quatro anos de escolaridade.

45
Tabela 3.7 Idade na ¿~Doeado nascimento do primeiro filho Dor caraeteristieas selecionadas.

Idade mediana na 6poca do nascimento do primeiro filho segundo a idade atual, por caracterlstieas
selecionadas. Brasil, PNI)S 1996.

Idade
Mulheres
Caractertstica 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 25-49

Residência
Urbana 22.4 22.5 22.5 22.6 23.3 22.6
Rural 20.9 20.6 21.8 21.5 21.9 21.4

Regiao
Rio 24.1 23.7 24.2 24.8 23.2 24.1
São Paulo 23.1 22.0 22,0 22.0 23.4 22.4
Sul 22.4 22.5 22.7 22.3 22.8 22.5
Centro-Leste 21.4 22.9 22.7 22.5 23.8 22.6
Nordeste 21.3 21.7 22.2 22.0 23.4 22.0
Norte 20.7 20.6 19.9 21.2 21.3 20.7
Centro-Oeste 20.9 21.1 21.2 21.7 21.4 21.2

Anos de educação
Nenhum 18.6 18.9 20.0 20.6 21.3 20.0
1-3 anos 19.5 19.7 20.6 21.1 21.8 20.6
4 anos 20.3 21.2 21.3 22.2 22.1 21.4
5-8 anos 21.5 21.6 22.4 21.8 23.4 21.9
9-11 anos 24.6 24.4 25,5 25.6 24.9
12 ou mais 28.8 28.9 27.1 28.5

Total 22.2 22.2 22.3 22.4 23.0 22.4

• O valor da mediana ¿ maior que o limite inferior do intervalo de idade.

Gráfico3.4
Gravidez na ado[esc6ncia
por residênciae regi§o

0 5 10 15 20 25

0 5 10 15 20 25
Porcentagemde adolescentes

Já mies • Grávidasdo 1* filho ]


J

46
3.6 G r a v i d e z na adolescência

A Tabela 3.8 e o Gráfico


Tabela 3.8 Gravidez na adolesc8ncia
3.4 m o s t r a m a porcentagem de
mulheres de 15 a 19 anos que j á Porcentagem de adolescentes de 15-19 anos que são mães ou estão gravidas do
iniciaram a vida reprodutiva, seja primeiro filho, por caracteristicas selecionadas. Brasil, PNas 1996.
porque j á se t o m a r a m mães, seja
Total Número
porque estão grávidas do primeiro Gr(tvidas alguma de
filho, de acordo c o m características Já do lO vez adoles-
selecionadas. A proporção de Caracteristicas mães filho gravidas centes
mulheres que j á tinham iniciado a Idade
vida reprodutiva cresce com a idade, 15 3.1 1.2 4.4 557
16 7.5 3.1 10.6 534
c o m o esperado. N o geral, 18% das 17 15.4 5.1 20.5 484
adolescentes j á h a v i a m iniciado a 18 21.5 3.8 25.3 493
vida reprodutiva e entre as mulheres 19 28.8 6,1 34.8 396

de 19 anos, u m a em cada três esteve Residência


grávida alguma vez. Considerando-se Urbana 13.0 3.6 16.6 2.000
Rural 20.1 4.1 24.2 464
o local de residência, a porcentagem
de adolescentes que j á engravidaram Região
Rio 13.7 4. I 17.8 220
é bem mais elevada na zona rural do São Paulo 13.9 3.7 17.6 483
que na urbana. Entre as regi~,es, a Sul 13.3 3.1 16.4 356
Centro-Leste 9.0 3.7 12.7 333
mais alta proporção encontra-se na Nordeste 16.9 3.7 20.6 75 I
região Norte e a mais baixa, na Norte 19.5 4.0 23.5 145
Centro-Oeste 13.0 4.0 17.0 175
regiâo Centro-Leste. A escolarização
é u m a variável muito importante na Anos de educaçio
Nenhum 50.7 3.7 54.4 34
determinação do início da vida I-3 anos 26.6 4.7 31.3 297
reprodutiva. Aproximadamente 51% 4 anos 20.4 4.7 25.1 281
5-8 anos 14.2 4.0 18.2 1,223
das mulheres de 15 a 19 anos sem 9-11 anos 4.2 2.2 6.4 605
escolarização j á haviam se tornado 12 ou mais * * * 24
mães e qnase 4 % estavam grávidas
Total 14.3 3.7 18.0 2,464
do primeiro filho. Estas proporções
correspondem a 4% e 2%,
*Menos de 25 casos
respectivamente, entre as mulheres
c o m nove a I 1 anos de estudo.
Tabela 3.9 Criancas nascidas vivas de mães adolescentes
A Tabela 3.9 mostra a
Distribuição percentual de adolescentes de 15-19 anos, segundo o número de filhos
distribuiçao das adolescentes de 15
nascidos vivos, por idade. Brasil, PNnS 1996.
a 19 anos pelo número de crianças
nascidas vivas, excluídas as Múdia Número
mulheres grávidas. Filhos nascidos vivos de de
Aproximadamente 11% destas nascidos adolcs-
Idade 0 1 2+ Total vivos centos
mulheres j á tinham um filho no
m o m e n t o da pesquisa e 3 % tinham 15 96.9 3.0 0.1 100.0 0.03 557
16 92.5 7.2 0.3 100.0 0.08 534
dois filhos. Esta proporção cresce 17 84.6 13.0 2.4 I00.0 0.18 484
com a idade das mulheres, assim 18 78.5 18.1 3.5 100.0 0.25 493
c o m o o número médio de filhos 19 71.2 18.3 10.4 100.0 0.41 396
nascidos vivos. Entre as j o v e n s de 19
Total 85.7 I1.4 2.9 100.0 0.18 2,464
anos, u m a e m cada dez tem dois
filhos.

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