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Formando: Pedro Moura

Análise crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares

- O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria. Conceitos implicados.

O modelo de Auto-Avaliação tem como objectivo base o global de


desenvolvimento das bibliotecas escolares portuguesas, através da avaliação do
trabalho da biblioteca escolar e o impacto das suas acções no funcionamento global da
escola, de um modo geral e nas aprendizagens dos alunos, em particular. É importante
também para perceber os pontos fortes e aqueles onde há necessidade de melhorar.
Os conceitos que surgem implicados neste modelo são a noção de valor,
determinar e delimitar certas áreas nucleares, o entendimento da auto-avaliação como
um processo que, idealmente, levará a uma reflexão e mudanças de comportamentos e
práticas, ou seja tem uma dupla função de ser pedagógica e reguladora após a dita
reflexão. Estas ideias estão subjacentes no próprio modelo de auto-avaliação proposto
pela Rede das Bibliotecas Escolares, no entanto, não podemos esquecer que este
documento emana de vários documentos, também eles de grande importância para as
Bibliotecas Escolares, como o (Manifesto da United Nations Education, Scientific and
Cultural Organization (UNESCO) e as orientações da International Association of
School Librarianship (IASL). As orientações daqui provenientes direccionam o trajecto
das Bibliotecas Escolares para a interligação com o processo ensino/aprendizagem e a
própria melhoria do serviço prestado pela BE às escolas e jardins de infância, até as que
não têm BE, através da implementação dos serviços de itinerância.

- Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as bibliotecas


escolares.

Partindo dos conceitos atrás mencionados e indo de encontro à ideia que


"supostamente" grande parte dos professores aceita que deve ser avaliado num sistema
de avaliação de desempenho docente justo e que várias escolas, inclusive o
agrupamento onde exerço as minhas funções tem um protocolo com a Universidade
Católica que levará à avaliação externa, a aplicação de um modelo de avaliação das
bibliotecas escolares torna-se ele também necessário e desejável.
É também importante o facto da afectação de professores bibliotecários em
grande parte das escolas, se revele um investimento útil para as escolas e que possa ter
reflexos práticos nas aprendizagens dos alunos. Hoje em dia, com a publicação de

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ranking das escolas, os encarregados de educação escolherão as instituições para os seus


educandos de acordo com o tipo de actividades e projectos que fornecem à comunidade
estudante. Quanto mais aferirmos os resultados alcançados das metas inicialmente
previstas e se as bibliotecas escolares vão de encontro às reais necessidades dos alunos,
mais os encarregados de educação escolherão estas mesmas instituições.
Eisenberg e Miller (2002) defendem a importância da criação de programas das
bibliotecas e que estes, apesar das suas "normais" críticas, são ferramentas eficazes no
desenvolvimento das aprendizagens dos alunos. Para estes autores, os professores
bibliotecários têm, ou deveriam ser capazes, de ter a função de mostrar os órgãos de
direcção, professores, encarregados de educação e alunos essa mesma importância.
Os programas acima referidos se forem "capazes" de demonstrar as evidências,
permitirão uma análise dos dados e melhorar o que se puder melhorar no âmbito
escolar.

- Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos.

O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares está organizado em


domínios e alguns subdomínios que todos deverão ser trabalhados, embora como o
modelo, em si, se deve incluir num plano de acção realista, de modo ser exequível,
deve ter um prazo de quatro anos implementação ou a combinar com os órgãos
decisórios.
Os domínios são:
A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular
B. Leitura e Literacias
C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade
D. Gestão da Biblioteca Escolar

Em termos funcionais, os professores bibliotecários deverão não tentar cair no


erro de burocratizar demasiado a implementação do mesmo, sob o risco de todos os
demais intervenientes o desvalorizarem e não colaborarem. Penso também que os que se
iniciam nas bibliotecas, como é o meu caso, mas mesmo para quem já tem muita
experiência, a recolha das evidências não é uma prática comum e sem ela não há sequer
implementação do modelo. De um modo geral, há muitas pessoas que tem medo de se
exporem, de lhes serem apontados os seus erros e não entendem que assim é o único
caminho para o sucesso.

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A aplicação e gestão de fundos também é uma questão relevante que terá


implicações nos resultados obtidos, uma vez que as sedes dos agrupamentos lidam com
dinheiro oriundo do Ministério da Educação, mas as verbas para as escolas do primeiro
ciclo e jardins de infância provêm das autarquias e por vezes este jogo financeiro joga a
desfavor das próprias bibliotecas escolares. As bibliotecas destas últimas instituições
que referi não possuem orçamento próprio, muitas vezes nem um frasco de bio-álcool,
não têm equipa, não têm grandes margens de manobra para fazerem um trabalho que
motive toda comunidade escolar. Fica tudo a mercê da imaginação de cada um e da
capacidade lusa do "desenrasca". Nem mesmo a articulação com a Biblioteca Municipal
é facilitada pela falta de transporte dos alunos.
Talvez a missão mais difícil seja trazer os encarregados de educação à escola e
poder articular com eles verdadeiramente, pois a sociedade, de um modo geral, passa
por um processo de desvalorização da escola enquanto instituição e dos docentes em
particular.
No meu entendimento será também difícil fazer com que alguns professores com
quem trabalho/interajo não interpretem as vindas semanais à biblioteca, como um
espaço de descanso para eles e que se disponibilizem para articular com o professor
bibliotecário para um maior aproveitamento dos recursos existentes.
Muitas vezes, os professores do ensino regular ficam muito agarrados ao
programa, que é no fundo o manual escolhido e vêem essa articulação não como uma
mais valia, mas como mais uma tarefa a cumprir, tempo esse que lhes será retirado para
o cumprimento de tarefas relacionadas com a avaliação do desempenho docente.
Contudo, a função de professor bibliotecário devidamente legislada é também
um grande passo na afirmação da imagem e pode ser o impulso que faltava para essa
maior integração e articulação.

- Integração/ Aplicação à realidade da escola.

Todd (2002) sublinha no seu documento disponível para análise na plataforma


que quando os professores bibliotecários e os professores trabalham em perfeita
harmonia e verdadeira articulação, os resultados dos alunos são melhores e mais
duradouros, ao nível da literacia, da capacidade de ler e de aprender, da resolução de
problemas e em competências das tecnologias de informação e comunicação.

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- Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na sua


aplicação.

Este modelo que faz todo o sentido, para mim que estou nesta função no
primeiro ano, deixa-me um pouco receoso de não conseguir estar apto a implementá-lo
em todas as suas valências. Como Eisenberg e Miller (2002) referem o professor
bibliotecário deverá pensar estratégica e politicamente, tendo a capacidade de articular
visão com agenda, conseguir ser estratégico e comunicar continuamente com toda a
comunidade escolar.
Apesar deste receio, pretendo ter uma atitude activa e pró-activa, imprimir a
energia necessária e efectivar os esforços necessários para implementar este modelo.

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Bibliografia

Eisenberg, Michael & Miller, Danielle (2002) “This Man Wants to Change Your Job”,
School Library Journal. 9/1/2002
<http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA240047.html> [05/11/2009].
Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. (2008) "Manifesto da Biblioteca Escolar".

Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. (2008a) Modelo de Auto-Avaliação das


Bibliotecas Escolares. Disponível em: http://www.rbe.min-edu.pt/np4/np4/31.html
[05/11/2009].

Todd, R. (2002) School librarian as teachers: learning outcomes and evidence-based


practice. 68th IFLA Council and General Conference August.
http://forumbibliotecas.rbe.min-edu.pt/mod/resource/view.php?id=9407
[05/11/2009].

Todd, Ross (2008) “The Evidence-Based Manifesto for School Librarians”. School
Library Journal. 4/1/2008. http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA6545434.html>
[05/11/2009].

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