Desenvolvimento Psicomotor segundo Wallon

(FONSECA, 1988, p. 217-22)

1. 1º Estágio: Impulsivo Puro

• Dependência total
• A resposta motora é reflexa aos estímulos tanto em nível
interoceptivo como proprioceptivo e exteroceptivo.
• Adaptação ao meio via reflexos (ex.: sucção, preensão palmar)
implica em descarga impulsiva.

2. 2º Estágio: Tônico-emocional ou Afetivo-emotivo

• Relação com o meio via simbiose, ou seja, cumplicidade afetiva.
• A criança solicita e necessita da troca afetiva para o seu equilíbrio
psicofisiológico.
• Com 3-4 meses o Ser já expressa reações emocionais como
medo, alegria, angústia. Tais reações se tornam mais
evidenciadas para o meio externo aos 6 meses.

3. 3º Estágio: Sensório-motor
• Com 4-5 meses o reflexo de preensão é utilizada com mais
precisão e de forma intencional na exploração do meio (presença
do desejo).
• Com 10 meses utiliza mais uma mão do que a outra
• Atividade sensório-motora diversificada
• Surgimento do andar
• O ato precede o pensamento.

4. 4º Estágio: Projetivo
• Passagem do ato ao pensamento
• A criança conhece o objeto através de sua ação sobre ele (ação
estrutura o mental).
• Aquisições: marcha independente e a linguagem.
• Imitação em nível de representação diferente da imitação no
estágio sensório-motor.
5. 5º Estágio: Personalismo
• Consciência de si; tem uma imagem própria.
• Reproduz modelos; idade dos grupinhos; troca de amizades com
facilidade
• Construção do caráter: mudança contínua de papéis sociais;
intenso intercâmbio social.
6. 6º Estágio: Adolescência
• Afetividade aguçada
• Transformações psicofisiológicas alterando a afetividade e a
expressão motora.
• Inteligência e afetividade como pré-disposição para o
desenvolvimento das responsabilidades.

Observação: O adulto é referenciado como uma

conseqüência do desenvolvimento da criança e do jovem,
enfatizando o repertório de respostas afetivas e motoras
desenvolvido em tais etapas da vida. Torna-se importante
neurofuncionais, bem como, o caráter adaptativo que
regula as respostas tônico-emocionais. No entanto,
ressaltar que isto se deve à estabilização das estruturas
enfatiza-se a presença contínua da dinâmica interativa
entre os fatores biológicos e sociais o que sustenta a
constante mudança de padrões afetivos e motores do adulto
face às suas circunstâncias existenciais.