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Este documento descreve o conteúdo e objetivo do Demonstrativo das Receitas e Despesas com Ações e Serviços Públicos de Saúde que deve ser publicado por cada ente da federação. Ele define o que são Ações e Serviços Públicos de Saúde e quais despesas podem ser consideradas nesta categoria para fins de cálculo dos limites mínimos de aplicação em saúde. Também explica o conceito de Fundos de Saúde e como deve ser feito o financiamento das despesas com saúde.
Deskripsi Asli:
Judul Asli
Demonstrativo das Receitas e Despesas com Ações e Serviços Públicos de Saúde - Fonte_MDF 5ª Edição - Ano 2013 - Secretaria do Tesouro Nacional.pdf
Este documento descreve o conteúdo e objetivo do Demonstrativo das Receitas e Despesas com Ações e Serviços Públicos de Saúde que deve ser publicado por cada ente da federação. Ele define o que são Ações e Serviços Públicos de Saúde e quais despesas podem ser consideradas nesta categoria para fins de cálculo dos limites mínimos de aplicação em saúde. Também explica o conceito de Fundos de Saúde e como deve ser feito o financiamento das despesas com saúde.
Este documento descreve o conteúdo e objetivo do Demonstrativo das Receitas e Despesas com Ações e Serviços Públicos de Saúde que deve ser publicado por cada ente da federação. Ele define o que são Ações e Serviços Públicos de Saúde e quais despesas podem ser consideradas nesta categoria para fins de cálculo dos limites mínimos de aplicação em saúde. Também explica o conceito de Fundos de Saúde e como deve ser feito o financiamento das despesas com saúde.
ANEXO 12 DEMONSTRATIVO DAS DESPESAS COM AES E SERVIOS PBLICOS DE SADE 399
03.12.00 ANEXO 12 DEMONSTRATIVO DAS RECEITAS E DESPESAS COM
AES E SERVIOS PBLICOS DE SADE
03.12.01 INTRODUO Esse demonstrativo integra o RREO em cumprimento ao art. 35 da Lei Complementar n 141, de 13 de janeiro de 2012, o qual determina que as receitas correntes e as despesas com aes e servios pblicos de sade sero apuradas e publicadas em demonstrativo prprio que acompanhar o relatrio de que trata o 3 do art. 165 da Constituio Federal. Assim sendo, dever ser publicado at trinta dias aps o encerramento de cada bimestre. 280
Tambm constitui fator determinante para a elaborao do demonstrativo, o disposto no art. 25, 1, inciso IV, alnea b, da LRF, que estabelece, como condio para o recebimento de transferncias voluntrias por parte do ente da Federao, o cumprimento dos limites constitucionais relativos educao e sade. O Sistema de Informao sobre Oramento Pblico em Sade (SIOPS), sistema informatizado de acesso pblico, gerido pelo Ministrio da Sade, para o registro eletrnico centralizado das informaes de sade referentes aos oramentos pblicos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios 281 , realizar o clculo automtico dos recursos mnimos aplicados em aes e servios pblicos de sade previstos na Lei Complementar n 141, de 2012, que deve constituir fonte de informao para elaborao dos demonstrativos contbeis e extracontbeis. 282
O gestor do SUS de cada ente da Federao o responsvel pelo registro dos dados no SIOPS nos prazos definidos pelo Ministrio da Sade, assim como pela fidedignidade dos dados homologados, aos quais se conferir f pblica para todos os fins previstos na Lei Complementar n 141, de 2012, e na legislao concernente. 283
03.12.01.01 Contedo do Demonstrativo O Demonstrativo das receitas e despesas com aes e servios pblicos de sade apresenta: a) as receitas que compem a base para clculo do cumprimento do percentual mnimo de aplicao em aes e servios pblicos de sade e as receitas adicionais para financimento da sade (no aplicvel Unio); b) as despesas com aes e servios pblicos de sade, por grupo de natureza da despesa e por subfuno; c) o clculo do percentual de aplicao para cumprimento do limite mnimo de aplicao em aes e servios pblicos de sade;
280 LRF, art. 52. 281 Decreto n 7.827/2012, art. 2. 282 Decreto n 7.827/2012, art. 3, inciso IV e Lei Complementar n 141/2012, art. 39, 1 incisos IV. 283 Decreto n 7.827/2012, art. 4. 400 MANUAL DE DEMONSTRATIVOS FISCAIS RELATRIO RESUMIDO DA EXECUO ORAMENTRIA
d) o confronto entre a receita e a despesa previstas e as efetivamente realizadas que resultem no no atendimento dos percentuais mnimos de aplicao em aes e servios pblicos de sade; e e) os controles de aplicao da disponiblidade de caixa vinculada a restos a pagar cancelados ou prescitos e do percentual mnimo no cumprido em exerccios anteriores. 03.12.01.02 Objetivo do Demonstrativo O Demonstrativo tem por finalidade dar transparncia e comprovar o cumprimento da aplicao dos recursos mnimos nas aes e servios pblicos de sade conforme estabelece os artigos 5 a 11 da lei Complementar n 141/2012, 284
bem como apresentar informaes para fins de controle pelo governo e pela sociedade. 03.12.02 CONCEITO
03.12.02.01 Aes e Servios Pblicos de Sade (ASPS) As Aes e Servios Pblicos de Sade, para fins de apurao da aplicao dos recursos mnimos, so aquelas voltadas para a promoo, proteo e recuperao da sade, financiadas com recursos movimentados por meio dos respectivos fundos de sade, que atendam, simultaneamente, aos princpios estatudos no art. 7 da Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990, e s seguintes diretrizes: 285
a) sejam destinadas s aes e servios pblicos de sade de acesso universal, igualitrio e gratuito; b) estejam em conformidade com objetivos e metas explicitados nos Planos de Sade de cada ente da Federao; e c) sejam de responsabilidade especfica do setor da sade, no se aplicando a despesas relacionadas a outras polticas pblicas que atuam sobre determinantes sociais e econmicos, ainda que incidentes sobre as condies de sade da populao. Para efeito da apurao dos recursos mnimos a serem aplicados, consideram-se despesas com aes e servios pblicos de sade: 286
a) Vigilncia em sade, incluindo a epidemiolgica e a sanitria; b) Ateno integral e universal sade em todos os nveis de complexidade, incluindo assistncia teraputica e recuperao de deficincias nutricionais; c) Capacitao do pessoal de sade do Sistema nico de Sade (SUS); d) Desenvolvimento cientfico e tecnolgico e controle de qualidade promovidos por instituies do SUS;
284 Constituio Federal, 3 do art. 198, regulamentado pela Lei Complementar n 141, de 13 de janeiro de 2012. 285 Lei Complementar n 141, de 13 de janeiro de 2012, art. 2. 286 Lei Complementar n 141, de 13 de janeiro de 2012, art. 3. ANEXO 12 DEMONSTRATIVO DAS DESPESAS COM AES E SERVIOS PBLICOS DE SADE 401
e) Produo, aquisio e distribuio de insumos especficos dos servios de sade do SUS, tais como: imunobiolgicos, sangue e hemoderivados, medicamentos e equipamentos mdico-odontolgicos; f) Saneamento bsico de domiclios ou de pequenas comunidades, desde que seja aprovado pelo Conselho de Sade do ente da Federao financiador da ao e esteja de acordo com as diretrizes das demais determinaes previstas na Lei Complementar n 141/2012; g) Saneamento bsico dos distritos sanitrios especiais indgenas e de comunidades remanescentes de quilombos; h) Manejo ambiental vinculado diretamente ao controle de vetores de doenas; i) Investimento na rede fsica do SUS, incluindo a execuo de obras de recuperao, reforma, ampliao e construo de estabelecimentos pblicos de sade; j) Remunerao do pessoal ativo da rea de sade em atividade nas aes e servios pblicos de sade, incluindo os encargos sociais; k) Aes de apoio administrativo realizadas pelas instituies pblicas do SUS e imprescindveis execuo das aes e servios pblicos de sade; e l) Gesto do sistema pblico de sade e operao de unidades prestadoras de servios pblicos de sade. Nos Estados, no Distrito Federal e nos Municpios, sero consideradas para fins de apurao dos percentuais mnimos as despesas incorridas no perodo referentes amortizao e aos respectivos encargos financeiros decorrentes de operaes de crdito contratadas a partir de 1 de janeiro de 2000, visando ao financiamento de aes e servios pblicos de sade. 287
De forma contrria, no correspondem a despesas com aes e servios pblicos de sade aquelas decorrentes de: 288
a) pagamento de aposentadorias e penses, inclusive dos servidores da sade; b) pessoal ativo da rea de sade quando em atividade alheia referida rea; c) assistncia sade que no atenda ao princpio de acesso universal; d) merenda escolar e outros programas de alimentao, ainda que executados em unidades do Sistema nico de Sade (SUS), excetuando-se a recuperao de deficincias nutricionais; e) saneamento bsico, inclusive quanto s aes financiadas e mantidas com recursos provenientes de taxas, tarifas ou preos pblicos institudos para essa finalidade; f) limpeza urbana e remoo de resduos; g) preservao e correo do meio ambiente, realizadas pelos rgos de meio ambiente dos entes da Federao ou por entidades no governamentais; h) aes de assistncia social; i) obras de infraestrutura, mesmo que sejam realizadas para beneficiar direta ou indiretamente a rede de sade;
287 Lei Complementar n 141, de 13 de janeiro de 2012, art. 24, 3 288 Lei Complementar n 141, de 13 de janeiro de 2012, art. 4 402 MANUAL DE DEMONSTRATIVOS FISCAIS RELATRIO RESUMIDO DA EXECUO ORAMENTRIA
j) aes e servios pblicos de sade custeados com recursos distintos dos especificados na base de clculo definida em lei ou vinculados a fundos especficos distintos daqueles da sade. Tambm no sero consideradas para fins de apurao dos mnimos constitucionais as despesas com ASPS custeadas com receitas provenientes de operaes de crdito contratadas para essa finalidade ou com quaisquer outros recursos no considerados na base de clculo da receita. 289
03.12.02.02 Fundos de Sade As despesas com aes e servios pblicos de sade realizadas pela Unio, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municpios devero ser financiadas com recursos movimentados por meio dos respectivos fundos de sade. 290 Inclusive o repasse da parcela dos recursos de impostos e transferncias constitucionais que os entes da federao devem aplicar em ASPS ser feito diretamente ao respectivo Fundo de Sade e, no caso da Unio, tambm s demais unidades oramentrias do Ministrio da Sade. 291
O Fundo de Sade, institudo por lei e mantido em funcionamento pela administrao direta da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, constituir-se- em unidade oramentria e gestora dos recursos destinados a aes e servios pblicos de sade, ressalvados os recursos repassados diretamente s unidades vinculadas ao Ministrio da Sade. 292
Ressalta-se que os fundos de sade necessitam ser cadastrados no CNPJ na condio de matriz . Essa exigncia no lhes altera a natureza, ou seja, no lhes confere personalidade jurdica, restando claro que fundo no sujeito de direitos, no contrata, no se obriga, no titulariza obrigaes jurdicas, conforme estabelece o Parecer PGFN/CAF/N. 1396/2011. Por essa razo, os fundos de sade no praticam atos de gesto ou quaisquer outros que demandem personalidade jurdica prpria, como firmar contratos administrativos ou a contratar pessoal, por exemplo, e no detm a propriedade dos recursos que por ele tramitam, sendo o patrimnio afetado ao fundo para a realizao dos seus objetivos. No entanto, os fundos de sade necessitam demonstrar a disponibilidade de caixa e a vinculao de recursos, bem como elaborar demonstraes contbeis segregadas, visando atender s regras restabelecidas no pargrafo nico do art. 8 e nos incisos I e III do art. 50 da Lei Complementar n 101/2001.
289 Lei Complementar n 141, de 13 de janeiro de 2012, art. 24, 4, inciso I 290 Lei Complementar n 141, de 13 de janeiro de 2012, art. 2, pargrafo nico. 291 Lei Complementar n 141, de 13 de janeiro de 2012, art. 16. 292 Lei Complementar n 141, de 13 de janeiro de 2012, art. 14. ANEXO 12 DEMONSTRATIVO DAS DESPESAS COM AES E SERVIOS PBLICOS DE SADE 403
03.12.03 PARTICULARIDADES
03.12.03.01 Entes da Federao
1. Unio O demonstrativo da Unio no apresenta o quadro das receitas, como o utilizado pelos Estados, Distrito Federal e Municpios, visto que a metodologia para clculo do montante mnimo de aplicao em ASPS pela Unio, disciplinada na Lei Complementar n 141/2012, no tem como base as receitas recebidas e sim o montante aplicado no exerccio anterior. Dessa forma, no nome do demonstrativo da Unio Demonstrativo das Despesas com Aes e Servios de Sade, no h a palavra Receitas. As instrues de preenchimento do demonstrativo da Unio encontram-se no tpico 03.12.06.01. 2. Estados As instrues de preenchimento do demonstrativo dos Estados encontram-se no tpico 03.12.06.02. 3. Municpios As instrues de preenchimento do demonstrativo dos Municpios encontram-se no tpico 03.12.06.03. 4. DF As instrues de preenchimento do demonstrativo do Distito Federal encontram- se no tpico 03.12.06.04. 5. Entes da Federao Consorciados Os Estados e os Municpios que estabelecerem consrcios ou outras formas legais de cooperativismo, para a execuo conjunta de aes e servios de sade e cumprimento da diretriz constitucional de regionalizao e hierarquizao da rede de servios, podero remanejar entre si parcelas dos recursos dos Fundos de Sade derivadas tanto de receitas prprias como de transferncias obrigatrias, que sero administradas segundo modalidade gerencial pactuada pelos entes envolvidos. 293
A elaborao do Demonstrativo das Receitas e Despesas com ASPS pelos entes da Federao que participam de consrcios pblicos incluir a execuo oramentria e financeira do consrcio pblico relativa aos recursos entregues em virtude de contrato de rateio 294 . A fim de eliminar duplicidades na elaborao do demonstrativo, no devero ser computadas as despesas executadas pelos entes da
293 Lei Complementar n 141, de 13 de janeiro de 2012, art. 21. 294 Portaria STN n 72, de 1 de fevereiro de 2012, artigo 11, caput e inciso I. 404 MANUAL DE DEMONSTRATIVOS FISCAIS RELATRIO RESUMIDO DA EXECUO ORAMENTRIA
Federao consorciados na modalidade de aplicao referente a transferncias a consrcios pblicos em virtude de contrato de rateio 295 . Os consrcios pblicos encaminharo aos Poderes Executivos de cada ente da Federao consorciado as informaes necessrias elaborao dos seus demonstrativos at quinze dias aps o encerramento do perodo de referncia, salvo prazo diverso estabelecido por legislao especfica de cada ente consorciado 296 . Destaca-se que os entes consorciados devero efetuar na contabilidade o registro das informaes do consrcio pblico necessrias elaborao do referido demonstrativo 297 . Caso o ente da Federao consorciado no receba tempestivamente as informaes para a consolidao no demonstrativo, nenhum valor transferido pelo ente da Federao consorciado para pagamento de despesa com sade ser considerado aplicado nessa funo 298 . No entanto, o ente poder retificar o demonstrativo a qualquer tempo, desde que comprovada junto ao Tribunal de Contas a efetiva aplicao no perodo de referncia. 299
Ressalta-se que se o ente consorciado no efetuar a publicao dos demonstrativos previstos no caput, em razo do no envio das informaes pelo consrcio, sero observadas, at que a situao seja regularizada, as condies previstas no 2 do art. 51 e 2 do art. 52 da Lei Complementar n 101, de 4 de maio de 2000 300 . Com o objetivo de dar transparncia ao cumprimento do artigo 11, inciso I da Portaria STN n 72, de 1 de fevereiro de 2012, os Poderes Executivos de cada ente consorciado devero evidenciar, destacada e separadamente, as informaes da execuo da despesa com ASPS nos consrcios pblicos de que participa, conforme modelo detalhado no tpico 03.12.06.05. 03.12.03.02 Consrcios Pblicos No se aplica. 03.12.04 SANES PESSOAIS A no observncia dos procedimentos previstos no Decreto n 7.827, de 16 de outubro de 2012, sujeitar os infratores, nos termos do art. 46 da Lei Complementar n 141, de 13 de janeiro de 2012, s punies previstas no Decreto- Lei n 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Cdigo Penal), a Lei n 1.079, de 10 de abril de 1950, o Decreto-Lei n 201, de 27 de fevereiro de 1967, a Lei n 8.429, de 2 de junho de 1992 e demais normas da legislao pertinente. 301
295 Portaria STN n 72, de 1 de fevereiro de 2012, artigo 11, 1. 296 Portaria STN n 72, de 1 de fevereiro de 2012, artigo 12. 297 Portaria STN n 72, de 1 de fevereiro de 2012, artigo 11, 3. 298 Portaria STN n 72, de 1 de fevereiro de 2012, artigo 12, 1, inciso I. 299 Portaria STN n 72, de 1 de fevereiro de 2012, artigo 12, 3. 300 Portaria STN n 72, de 1 de fevereiro de 2012, artigo 12, 2. 301 Decreto n 7.827/2012, artigo 24. ANEXO 12 DEMONSTRATIVO DAS DESPESAS COM AES E SERVIOS PBLICOS DE SADE 405
As penalidades aplicveis ao titular do Poder ou rgo e ao agente pblico esto detalhadas no Captulo PENALIDADES, constante no final desta publicao (tpico 05.00.00). 03.12.05 LIMITES E RESTRIES INSTITUCIONAIS
03.12.05.01 LIMITES A Unio aplicar, anualmente, em aes e servios pblicos de sade, o montante correspondente ao valor empenhado no exerccio financeiro anterior acrescido de, no mnimo, o percentual correspondente variao nominal do Produto Interno Bruto (PIB) ocorrida no ano anterior ao da lei oramentria anual. Caso ocorra variao negativa do PIB, o valor a ser aplicado no poder ser reduzido, em termos nominais, de um exerccio financeiro para o outro. 302
Os Estados, o Distrito Federal e os Municpios aplicaro, anualmente, em aes e servios pblicos de sade, percentuais mnimos da arrecadao dos impostos e dos recursos relacionados na figura 1, deduzidas, no caso dos estados, as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municpios. 303
302 Lei Complementar n 141, de 13 de janeiro de 2012, art. 5. 303 Lei Complementar n 141, de 13 de janeiro de 2012, art. 6 a 8. 406 MANUAL DE DEMONSTRATIVOS FISCAIS RELATRIO RESUMIDO DA EXECUO ORAMENTRIA
FINANCIAMENTO DA SADE UNIO
Valor empenhado no exerccio anterior acrescido de no
MNIMO o percentual correspondente variao nominal do PIB
ESTADOS
MNIMO de 12% dos Impostos em Aes e Servios Pblicos de Sade
ITCD - Impostos s/ Transmisso "causa mortis" e Doao ICMS - Imposto s/ Circulao de Mercad. e Servios de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicao
IPVA - Imposto s/ Propriedade de Veculos Automotores IRRF - Imposto de Renda Retido na Fonte
FPE - Fundo de Participao dos Estados e DF Cota-Parte IPI Exportao Compensaes Financeiras Provenientes de Impostos e Transferncias Constitucionais
MUNICPIOS
MNIMO de 15% dos Impostos em Aes e Servios Pblicos de Sade
IPTU - Imposto s/ Propriedade Territorial Urbana ITBI - Imposto s/ Transmisso de Bens "Inter Vivos" ISS - Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza IRRF - Imposto de Renda Retido na Fonte ITR - Imposto Territorial Rural
Cota-Parte IPVA
Cota-Parte ICMS
Cota-Parte ITR
FPM - Fundo de Participao dos Municpios
Cota-Parte IPI Exportao
Compensaes Financeiras Provenientes de Impostos e Transferncias Constitucionais
DISTRITO FEDERAL
MNIMO de 12% dos Impostos Estaduais em Aes e Servios Pblicos de Sade
ITCD - Impostos s/ Transmisso "causa mortis" e Doao ICMS - Imposto s/ Circulao de Mercad. e Servios de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicao
IPVA - Imposto s/ Propriedade de Veculos Automotores
FPE - Fundo de Participao dos Estados e DF Cota-Parte IPI Exportao Compensaes Financeiras Provenientes de Impostos e Transferncias Constitucionais
MNIMO de 15% dos Impostos Municipais em Aes e Servios Pblicos de Sade
IPTU - Imposto s/ Propriedade Territorial Urbana ITBI - Imposto s/ Transmisso de Bens "Inter Vivos" ISS - Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza
Compensaes Financeiras Provenientes de Impostos e Transferncias Constitucionais
MNIMO de 12% dos Impostos no segregveis em Aes e Servios Pblicos de Sade
IRRF - Imposto de Renda Retido na Fonte
Figura 1
ANEXO 12 DEMONSTRATIVO DAS DESPESAS COM AES E SERVIOS PBLICOS DE SADE 407
Est compreendida na base de clculo dos percentuais dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios qualquer compensao financeira proveniente de impostos e transferncias constitucionais que compem a base para clculo do percentual mnimo, j instituda ou que vier a ser criada, bem como a dvida ativa, a multa e os juros de mora decorrentes dos impostos cobrados diretamente ou por meio de processo administrativo ou judicial. 304
Para a fixao inicial dos valores correspondentes aos percentuais mnimos de aplicao em ASPS, ser considerada a receita estimada na lei do oramento anual, ajustada, quando for o caso, por lei que autorizar a abertura de crditos adicionais. As diferenas entre a receita e a despesa previstas e as efetivamente realizadas que resultem no no atendimento dos percentuais mnimos obrigatrios sero apuradas e corrigidas a cada quadrimestre do exerccio financeiro. 305
No poder ser deduzida da base de clculo das receitas, para fins de apurao dos percentuais de aplicao em ASPS, quaisquer parcelas de impostos ou transferncias constitucionais vinculadas a fundos ou despesas, a se incluindo a receita vinculada ao Fundo de Combate Pobreza ou ao FUNDEB. 306
Tendo em vista o objetivo de incluso de todas as receitas para financimento da sade, bem como de todas as despesas vinculadas sade, deve-se analisar se as receitas e as despesas intra-oramentrias sero ou no includas, observando-se a necessidade de evitar a dupla contagem. No caso da Unio, deve-se incluir as despesas intra-oramentrias, visto que isto no gera dupla contagem, em funo da forma de controle dos gastos com Sade. Ressalta-se que os Estados, o Distrito Federal e os Municpios devero observar o disposto nas respectivas Constituies ou Leis Orgnicas sempre que os percentuais nelas estabelecidos para aplicao em aes e servios pblicos de sade forem superiores aos fixados na Lei Complementar n 141/2012. 307
Para efeito de clculo dos recursos mnimos a serem aplicados anualmente em aes e servios pblicos de sade sero consideradas as despesas: 308
I - pagas; II - liquidadas e inscritas em Restos a Pagar; e III - empenhadas e no liquidadas inscritas em Restos a Pagar at o limite da disponibilidade de caixa do exerccio. A disponibilidade de caixa vinculada aos Restos a Pagar, considerados para cumprimento do percentual mnimo e posteriormente cancelados ou prescritos, deve ser necessariamente aplicada em aes e servios pblicos de sade. Essa
304 Lei Complementar n 141, de 13 de janeiro de 2012, art. 9 305 Lei Complementar n 141, de 13 de janeiro de 2012, art. 23. 306 Lei Complementar n 141, de 13 de janeiro de 2012, art. 29. 307 Lei Complementar n 141, de 13 de janeiro de 2012, art. 11. 308 Lei Complementar n 141, de 13 de janeiro de 2012, art. 24, incisos I e II. 408 MANUAL DE DEMONSTRATIVOS FISCAIS RELATRIO RESUMIDO DA EXECUO ORAMENTRIA
aplicao dever acontecer at o trmino do exerccio seguinte ao do cancelamento ou da prescrio, mediante dotao especfica para essa finalidade, sem prejuzo do percentual mnimo a ser aplicado no exerccio correspondente. 309
Caso seja verificado o no cumprimento do percentual mnimo de aplicao em ASPS, o valor correspondente diferena entre o percentual aplicado e o mnimo previsto na Lei Complementar n 141/2012 dever ser acrescida ao montante mnimo do exerccio subsequente ao da apurao da diferena, sem prejuzo do montante mnimo do exerccio de referncia e das sanes cabveis. 310
Com a finalidade de possibilitar o controle da aplicao dos recursos vinculados tanto aos restos a pagar cancelados ou prescritos quanto ao percentual do limite no cumprido em exerccios anteriores, a Portaria 163 estabeleu modalidades de aplicao especficas. As modalidades de aplicacao criadas, bem como as respectivas situaes de uso, esto descritas no item 01.04.05.04 da Parte I Procedimentos Contbeis Oramentrios, do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico MCASP, 5 Edio.
03.12.05.02 RESTRIES INSTITUCIONAIS Conforme estabelece a LRF, o descumprimento dos limites mnimos de aplicao em ASPS impedir, at que a situao seja regularizada, que o ente da Federao receba transferncias voluntrias. 311
Adicionalmente, a Lei Complementar n 141/2012 determinou que em caso de descumprimento dos percentuais mnimos pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municpios, a Unio e os Estados podero restringir, a ttulo de medida preliminar, o repasse das transferncias constitucionais ao emprego em aes e servios pblicos de sade, at o montante correspondente parcela do mnimo que deixou de ser aplicada em exerccios anteriores, mediante depsito direto na conta corrente vinculada ao Fundo de Sade. 312
A regulamentao, pela Unio, da utilizao da medida preliminar citada acima definiu que em caso de verificao de descumprimento da aplicao dos percentuais mnimos em aes e servios de sade e da aplicao efetiva do montante que deixou de ser aplicado em aes e servios pblicos de sade em exerccios anteriores, a Unio condicionar o repasse das transferncias constitucionais e suspender as transferncias voluntrias. 313
O condicionamento, pela Unio, das transferncias constitucionais de que tratam os arts. 158, II, e 159, I, a e b, e II, da Constituio Federal ocorrer por meio de medida preliminar de direcionamento dessas transferncias para a conta vinculada
309 Lei Complementar n 141, de 13 de janeiro de 2012, art. 24, inciso II, 1 e 2 310 Lei Complementar n 141, de 13 de janeiro de 2012, art. 25 311 LRF, art. 25 1 inciso IV alnea b. 312 Lei Complementar n 141, de 13 de janeiro de 2012, art. 26, 1 313 Decreto n 7.827/2012, art.11. ANEXO 12 DEMONSTRATIVO DAS DESPESAS COM AES E SERVIOS PBLICOS DE SADE 409
ao Fundo de Sade do ente beneficirio ou por suspenso das transferncias constitucionais. 314
Esse direcionamento ser encerrado caso o ente da Federao comprove que realizou o depsito na conta vinculada ao Fundo de Sade da integralidade do montante necessrio ao cumprimento da aplicao dos percentuais mnimos em aes e servios pblicos de sade no exerccio anterior, sem prejuzo do cumprimento do limite relativo ao exerccio financeiro corrente. 315
Adotada a medida preliminar citada acima, caso o ente da Federao no comprove, por meio do SIOPS, no prazo de doze meses contados a partir do depsito da primeira parcela direcionada ao Fundo de Sade, a aplicao efetiva do montante que deixou de ser aplicado em aes e servios pblicos de sade em exerccios anteriores, a Unio suspender as transferncias constitucionais. As transferncias constitucionais sero suspensas tambm quando o ente no houver declarado e homologado as informaes no SIOPS, aps trinta dias da emisso de notificao automtica do Sistema para os gestores do SUS. 316
Para os Municpios, a limitao do direcionamento das transferncias constitucionais ao valor que deixou de ser aplicado em aes e servios pblicos de sade no exerccio anterior deve considerar as restries efetivadas pela Unio e pelos Estados. 317
As transferncias voluntrias da Unio sero suspensas nas situaes de descumprimento da aplicao dos percentuais mnimos em aes e servios pblicos de sade e tambm na ausncia de declarao e homologao das informaes no SIOPS, transcorrido o prazo de trinta dias da emisso de notificao automtica do Sistema para os gestores do SUS . 318
As transferncias constitucionais e as transferncias voluntrias da Unio sero restabelecidas quando o ente federado beneficirio comprovar, por meio de demonstrativo das receitas e despesas com aes e servios pblicos de sade do RREO, a efetiva aplicao do adicional relativo ao montante que deixou de ser aplicado em aes e servios pblicos de sade em exerccios anteriores. 319
Sem prejuzo das atribuies prprias do Poder Legislativo e dos respectivos Tribunais de Contas, a verificao do cumprimento de aplicao dos percentuais mnimos em aes e servios pblicos de sade pelos entes federados, para fins de condicionamento das transferncias constitucionais e suspenso das transferncias voluntrias, em cumprimento ao disposto no 1 do art. 26 da Lei
314 Decreto n 7.827/2012, art.12. 315 Decreto n 7.827/2012, art.13, 3. 316 Decreto n 7.827/2012, art.16. 317 Decreto n 7.827/2012, art.15. 318 Decreto n 7.827/2012, art.18. 319 Decreto n 7.827/2012, art.20. 410 MANUAL DE DEMONSTRATIVOS FISCAIS RELATRIO RESUMIDO DA EXECUO ORAMENTRIA
Complementar n 141, de 2012, ser realizada por meio das informaes homologadas no SIOPS. 320