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O presente trabalho tem por objetivo resgatar o processo histórico do desenvolvimento do sistema fabril, resultando na dita “Revolução Industrial”, buscando reinterpreta-la sob uma ótica distinta. Basicamente, será feito um revisionismo acerca das consequências sociais após o estabelecimento do industrialismo moderno.
Efetivamente, boa parte da historiografia de influência marxista, dá grande destaque à “Revolução Industrial” como sendo uma evidência empírica do caráter explorador do sistema capitalista. Nesse sentido, este trabalho busca uma nova interpretação dos fatos, pautada no revisionismo histórico sobre o tema feito pelo economista austríaco Ludwig von Mises.
Judul Asli
"Revolução Industrial": desenvolvimento e impacto social
O presente trabalho tem por objetivo resgatar o processo histórico do desenvolvimento do sistema fabril, resultando na dita “Revolução Industrial”, buscando reinterpreta-la sob uma ótica distinta. Basicamente, será feito um revisionismo acerca das consequências sociais após o estabelecimento do industrialismo moderno.
Efetivamente, boa parte da historiografia de influência marxista, dá grande destaque à “Revolução Industrial” como sendo uma evidência empírica do caráter explorador do sistema capitalista. Nesse sentido, este trabalho busca uma nova interpretação dos fatos, pautada no revisionismo histórico sobre o tema feito pelo economista austríaco Ludwig von Mises.
O presente trabalho tem por objetivo resgatar o processo histórico do desenvolvimento do sistema fabril, resultando na dita “Revolução Industrial”, buscando reinterpreta-la sob uma ótica distinta. Basicamente, será feito um revisionismo acerca das consequências sociais após o estabelecimento do industrialismo moderno.
Efetivamente, boa parte da historiografia de influência marxista, dá grande destaque à “Revolução Industrial” como sendo uma evidência empírica do caráter explorador do sistema capitalista. Nesse sentido, este trabalho busca uma nova interpretação dos fatos, pautada no revisionismo histórico sobre o tema feito pelo economista austríaco Ludwig von Mises.
Revoluo Industrial: Desenvolvimento e impacto social
Acadmico: Hugo Cassarotti Cincias Sociais Noturno
Londrina 2014
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Hugo Cassarotti
Trabalho acadmico apresentado disciplina Histria Geral, ministrada pelo professor ********************, no primeiro semestre de 2014 como parte das avaliaes propostas no curso.
2. O PROCESSO HISTRICO DO DESENVOLVIMENTO DO INDUSTRIALISMO..............................................................................................3 2.1. OS ANTECEDENTES DA DITA REVOLUO INDUSTRIAL......................................................................................................3 2.2. A DIVISO DO TRABALHO..............................................................4 2.3. O PIONEIRISMO BRITNICO...........................................................6 2.4. AS DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA BURGUESIA PARA O DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA FABRIL....................................................7 3. CONSIDERAES SOBRE O IMPACTO SOCIAL DA REVOLUO INDUSTRIAL.......................................................................................................8 3.1. HISTRIA E INTERPRETAO.......................................................8 3.2. A CONDIO DE VIDA DOS TRABALHADORES URBANOS........8 3.3. UMA NOVA VISO SOBRE OS FATOS...........................................9 4. CONCLUSO................................................................................................11
O presente trabalho tem por objetivo resgatar o processo histrico do desenvolvimento do sistema fabril, resultando na dita Revoluo Industrial, buscando reinterpreta-la sob uma tica distinta. Basicamente, ser feito um revisionismo acerca das consequncias sociais aps o estabelecimento do industrialismo moderno. Efetivamente, boa parte da historiografia de influncia marxista, d grande destaque Revoluo Industrial como sendo uma evidncia emprica do carter explorador do sistema capitalista. Nesse sentido, este trabalho busca uma nova interpretao dos fatos, pautada no revisionismo histrico sobre o tema feito pelo economista austraco Ludwig von Mises. i
2. O PROCESSO HISTRICO DO DESENVOLVIMENTO DO INDUSTRIALISMO
2.1. Os antecedentes da dita Revoluo Industrial
Durante os reinados de George III e George IV, nos anos de 1760 a 1830, convencionou-se entre os historiadores, que este perodo demarca temporalmente a dita Revoluo Industrial. Inobstante, como ser demonstrado neste trabalho, a histria do industrialismo moderno, ou melhor, a transio do modelo medieval de produo para o sistema de livre iniciativa, foi um longo e lento processo. A partir do sc. XIII na Europa ir surgir um terceiro grupo margem das relaes entre senhores e servos do modelo feudal da poca, que mais tarde se tornar o mais influente da sociedade europeia. Tomando-se de emprstimo a terminologia marxista, trata-se da burguesia. Inicialmente, este grupo se dedicou, sobretudo, ao comrcio e atividades financeiras muitos burgueses eram banqueiros. Por meio de atividades comercias e financeiras, a burguesia mercantil enriqueceu-se, alcanando posio de destaque na sociedade. Com certo capital acumulado, os burgueses passaram a fazer ainda que timidamente neste momento alguns investimentos no processo produtivo.
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Destarte, num primeiro momento, compravam matrias-primas e entregavam- nas a artesos em suas oficinas, fazendo-lhes encomendas, para posteriormente revend-las. Este estgio de produo, ainda pr-industrial explica-se pelo fato de as condies institucionais vigentes, no possibilitarem uma produo mais dinmica. Dito de outro modo, existiram no perodo medieval associaes que organizavam e regulamentavam o processo produtivo, eram chamadas de guildas ou corporaes de ofcio 1 . Eram responsveis por: determinar as regras para o ingresso nas profisses; regulamentar as relaes hierrquicas entre mestres e subordinados; determinar a qualidade e preo das mercadorias, entre outras atribuies. Por conseguinte, a burguesia no contou com a liberdade mercantil necessria no incio de suas atividades concernentes produo. Enfrentou as barreiras impostas pelas guildas, principalmente com a inviabilidade da concorrncia de mercado, j que estas determinavam um mesmo padro de qualidade aos produtos e fixavam os preos. No obstante s dificuldades impostas pelas guildas, paulatinamente a burguesia conseguiu dinamizar a produo. Comearam a reunir artesos num mesmo local, fornecendo-lhes as matrias-primas e as ferramentas necessrias produo dos itens encomendados. Consequentemente, estabeleceram-se mesmo que de forma embrionria as primeiras relaes trabalhistas, visto que, esses artesos passaram a ser trabalhadores, pois j no vendiam mais seus produtos, mas sim trabalhavam por um salrio. Assim, pois, a burguesia conseguiu aumentar a produtividade e reduzir custos, maximizando seus lucros. Com efeito, este novo modelo de produo deu origem s primeiras manufaturas, dizer, s primeiras unidades de produo capitalista, com emprego de mo-de-obra assalariada. Embora tenha variado temporalmente e de um lugar para outro, por volta do sc. XVI, na Inglaterra, j existiam manufatura com mais de seiscentos trabalhadores 2 .
1 Surgidas a partir do sc. XII, eram associaes que se prestavam a regulamentar o processo de produo artesanal. 2 SERIACOPI, Gislane Campos Azevedo. Histria: volume nico. 1. Ed. So Paulo: tica, 2005.
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2.2. A diviso do trabalho
O processo de transio do modelo de produo medieval para o modelo industrial passando pelo estgio das manufaturas foi lento, gradual. Entretanto, um fator ir alterar drasticamente os processos produtivos. Aos poucos, os capitalistas vo introduzir uma nova organizao do trabalho. Ao invs de produzir integralmente o artigo, o trabalhador se encarregar apenas de uma das etapas da produo. Tem-se, portanto, a diviso social do trabalho. Inegavelmente, a diviso social do trabalho trouxe prosperidade material sem procedentes s economias assim organizadas. Desse modo, a produo se tornou muito mais eficiente, com aumento exponencial de produtividade, melhorias significativas de qualidade, menores preos e maior lucratividade. Alm disso, o vindouro processo de mecanizao a motor com o advento da mquina a vapor, tendo como marco sua utilizao pela The Foudry Soho 3 , em 1775 na Inglaterra que revolucionar decisivamente o processo produtivo, promovendo ainda mais produtividade em menos tempo, maior lucratividade e menores preos, s foi possibilitado graas diviso do trabalho, sendo sua consequncia, no sua causa. Como demonstra von Mises (von MISES, 2010, pg. 205): A diviso do trabalho divide os vrios processos de produo em tarefas mnimas, muitas das quais podendo ser realizadas por dispositivos mecnicos. Este fato tornou possvel o uso de mquinas e provocou o assombro progresso das tcnicas de produo. A mecanizao fruto da diviso do trabalho, sua consequncia mais benfica, e no sua causa e sua fonte. A maquinaria especializada movida a motor s poderia ser empregada num ambiente social onde predominasse a diviso do trabalho. Cada avano na direo do uso de mquinas exige uma maior especializao das tarefas. Desta forma, no foram as mquinas que promoveram a diviso do trabalho, como afirmam historiadores grande parte embasados no materialismo histrico-dialtico. Esta fruto da ao humana consciente
3 [...] a primeira mquina a vapor saiu das fbricas de Soho, em 1775, destinando-se a uma mina de carvo. (NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso do direito do Trabalho: histria e teoria geral do direito: relaes individuais e coletivas do trabalho . 18. Ed. Ver. Atual. So Paulo: Saraiva, 2003, pg. 10.)
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visando o bem-estar e maior conforto material ante multiplicidade de condies naturais Contudo, a diviso do trabalho ainda produziu outros efeitos benficos sociedade. Provocou a expanso do mercado de trabalho, que por sua vez, reduziu o desemprego e aumentou a circulao de dinheiro na economia, proporcionando o consumo das mercadorias produzidas. Outrossim, a diviso do trabalho tornou o trabalhador um especialista, de acordo com von Mises (von MISES, 2010, pg. 205): Mais importante ainda o fato de que a diviso do trabalho intensifica a desigualdade inata dos homens. O treinamento e a prtica de tarefas especficas ajustam melhor os indivduos s exigncias de suas atividades; os homens desenvolveram algumas de suas faculdades inatas e tolhem o desenvolvimento de outras. Surgem s vocaes, as pessoas se tornam especialistas. Factualmente, somente por meio de um sistema de produo organizado sob a diviso social do trabalho, possvel ao indivduo especializar-se em determinada atividade e, em ltima anlise, podendo desempenhar uma funo de acordo com suas vocaes, talentos e potencialidades.
2.3. O pioneirismo britnico
Uma das grandes questes suscitadas no tocante Revoluo Industrial o fato de ela ter se iniciado da Inglaterra, quais seriam as causas do pioneirismo britnico. No incio do sc. XVIII a Inglaterra era o pas mais rico do Mundo. Dispunha de jazidas de carvo e ferro commodities essncias ao desenvolvimento do industrialismo alm de contar com boa infraestrutura, como estradas interligando seu territrio e portos para escoar a produo. Outro fator de destaque, que o pas contava com a mais poderosa marinha do planeta, garantindo-lhe supremacia naval, o que lhe proporcionava supremacia sobre demais pases competidores no comrcio internacional. Tambm, a Inglaterra possua mercados consumidores em suas colnias na Amrica e sia e frica no sculo seguinte.
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Outro fator importante de aspecto religioso, desde o rompimento do rei Henrique VIII com o papado e a criao do anglicanismo, a burguesia no enfrentou os empecilhos que a Igreja Catlica impunha atividade empresarial, condenando os lucros e juros.
2.4. As dificuldades enfrentadas pela burguesia para o desenvolvimento do sistema fabril
Embora a Inglaterra tenha reunido condies favorveis ao desenvolvimento do industrialismo, isso no significa que para os primeiros proprietrios de fbricas tenha fcil estabelecer sua atividade. O sistema fabril se desenvolveu tendo de enfrentar inmeros obstculos. Por ser uma atividade nova, os primeiros proprietrios de fbricas no tinham experincia muitos deles por este motivo faliram , e a obteno de crdito era difcil. As guildas tambm impuseram grandes entraves no desenvolvimento fabril. Conforme von Mises (von MISES, 2010, pg. 706): O sistema fabril desenvolveu-se, tendo de lutar incessantemente contra inmeros obstculos. Teve de combater o preconceito popular, os velhos costumes tradicionais, as normas e regulamentos vigentes, a m vontade das autoridades, os interesses estabelecidos dos grupos privilegiados, a inveja da guildas. O capital fixo das firmas individuais era insuficiente, a obteno de crdito extremamente difcil e cara. Faltava experincia tecnolgica e comercial. A maior parte dos proprietrios de fbricas foi bancarrota; comparativamente, foram poucos os bem-sucedidos. Os lucros, s vezes, eram considerveis, mas as perdas tambm o eram. Foram necessrias muitas dcadas para que se estabelecesse o costume de reinvestir a maior parte dos lucros e a consequente acumulao de capital possibilitasse a produo em maior escala. Nesse sentido, inobstante estas dificuldades, o desenvolvimento do industrialismo e o conseguinte capitalismo industrial pode ser atribudo s teorias dos economistas adeptos da filosofia do laissez-faire, que comearam a demonstrar que um sistema econmico baseado na liberdade mercantil, diviso do trabalho, contratualismo, entre outros fatores, era mais eficiente que o mercantilismo.
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3. CONSIDERAES SOBRE O IMPACTO SOCIAL DA REVOLUO INDUSTRIAL
3.1. Histria e interpretao
A histria social nada mais que um compilado de fatos e dados relativos ao humana e social. No obstante, so as teorias no histricas por exemplo, a filosofia, a economia, poltica, sociologia, direito, cincias naturais, etc. que fornecero histria explicaes causais dos fatos histricos. Dito de outro modo, uma narrativa histrica baseada to somente em fatos como a historiografia tradicional pode mostrar apenas aquilo da forma que , mas no diz nada sobre o porqu de ser dessa maneira. Desse modo, a teoria que dar vida histria, por meio da teoria que explicaes causais so obtidas. a teoria o elo entre os fatos. Por consequncia, a historiografia a interpretao dos fatos histricos permeada por teorias no histricas. Nesse sentido, os historiadores vo divergir, majoritariamente, no sobre os fatos histricos embora o possam , mas sim sobre as teorias utilizadas e interpretaes subsequentes. Isso posto, este trabalho tem por objetivo uma nova interpretao dos fatos relativos Revoluo Industrial e seus impactos sociais.
3.2. A condio de vida dos trabalhadores urbanos
Nas primeiras dcadas da Revoluo Industrial, o padro de vida dos trabalhadores das fbricas era de penria. Submetidos a jornadas de trabalho que variavam de 14 a 16 horas dirias, recebiam salrios baixos que lhes garantia o mnimo para sua subsistncia. Muitas vezes, um trabalhador no tinha condies de sustentar sua famlia, assim, sua mulher e seus filhos tambm precisavam trabalhar recebendo salrios inferiores ao do homem. O excedente de mo-de-obra advinda do campo reduzidos extrema misria com a apropriao das terras foi absorvido nas cidades
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pelas modernas fbricas. Com efeito, as condies de vida nas cidades se tornaram deplorveis. Suas habitaes no tinham condies sanitrias mnimas, favorecendo a contrao e propagao de doenas. O ambiente de trabalho, outrossim, era insalubre e de alta periculosidade para os que manejavam as mquinas. Muitos acidentes ocorriam com os trabalhadores no desempenho de suas atividades sendo dispensados, caso no pudessem trabalhar mais.
3.3. Uma nova viso sobre os fatos
deplorvel que tal situao existisse. No obstante, suas causas remontam no ao sistema capitalista em si, mas ao perodo pr- capitalista, onde a situao era ainda pior. As condies de vida que antecederam Revoluo Industrial eram insatisfatrias. A produo pr-capitalista j no atendia a uma demanda crescente, em virtude do aumento populacional. Nem o campo, nem as guildas conseguiam absorver o excedente de mo-de-obra. Como demonstra von Mises (von MISES, 2010, pgs. 705-706): O sistema social tradicional no era suficientemente elstico para atender s necessidades de uma populao em contnuo crescimento. Nem a agricultura nem as guildas conseguiam absorver a mo de obra adicional. A vida mercantil estava impregnada de privilgios e monoplios; seus instrumentos institucionais eram as licenas e as cartas patentes; sua filosofia era a restrio e a proibio de competio, tanto interna como externa. O nmero de pessoas margem do rgido sistema paternalista de tutela governamental cresceu rapidamente; eram virtualmente prias. A maior parte delas vivia, aptica e miseravelmente, das migalhas que caam das mesas das castas privilegiadas. Na poca da colheita, ganhavam uma ninharia por um trabalho ocasional nas fazendas; no mais, dependiam da caridade privada e da assistncia municipal. Milhares dos mais vigorosos jovens desse estrato social alistavam-se no exrcito ou marina de Sua Majestade; muitos deles morriam ou voltavam mutilados dos combates; muitos morriam, sem glria, em virtude da dureza de uma barbada disciplina, de doenas tropicais e de sfilis. Com a Revoluo Industrial e o sistema fabril, as fbricas proporcionaram trabalho s massas pobres, que conseguiam garantir seu sustento.
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Um fato muito importante a se destacar, que os proprietrios de fbricas no tinham poderes para obrigar ningum a aceitar trabalho em suas instalaes. Apenas podiam contratar pessoas que aceitassem trabalhar pela quantia que lhes era oferecida. Contudo, mesmo que os salrios fossem baixos, eram mais que poderiam ganhar do que em outro lugar. Noutras palavras, as fbricas foram a salvao dessas pessoas de literalmente morrer de fome. Opostamente, poder-se-ia culpar os donos das fbricas por esta deplorvel situao. No obstante, como j mencionado anteriormente, a situao foi gerada pelo sistema que antecedeu Revoluo Industrial. Na verdade, a ideologia do laissez-faire e a Revoluo Industrial romperam com as instituies que impediam o progresso das massas. Demoliram a ordem social na qual um nmero cada vez maior de pessoas estava condenado a uma pobreza e a penria humilhante. (von Mises, 2010, pg. 707) Logicamente, este progresso e o bem-estar geral promovidos pela Revoluo Industrial foram paulatinos. Com efeito, a melhoria do padro de vida se explica no fato de que o sistema fabril produzia para as massas. Os donos de fbricas s poderiam lucrar e enriquecer, caso conseguissem atender as necessidades das massas, oferecendo produtos ao menor preo possvel. Conforme von Mises (von MISES, 2010, pg. 708): Mas eis que surge um novo princpio: com o sistema fabril, tinha incio um novo modo de comercializao e de produo. Sua caracterstica principal consistia no fato de que os artigos produzidos no se destinavam apenas ao consumo dos mais abastados, mas ao consumo daqueles cujo papel como consumidores era, at ento, insignificante. Coisas baratas, ao alcance do maior nmero possvel de pessoas, era o objetivo do sistema fabril. O fato que as fbricas que supostamente exploravam os trabalhadores pagando-lhes salrios de subsistncia, produziam justamente para atender as demandas dos prprios trabalhadores. A Revoluo Industrial, portanto, ficou marcada na histrica por ter dado inicio a uma produo massiva para atender s necessidades das massas. A melhoria exponencial do padro de vida das massas deve-se filosofia do liberalismo clssico e da Revoluo Industrial. Na lgica do
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capitalismo laissez-faire a prosperidade gerada atravs do aumento da produtividade marginal. Isto possvel apenas com acumulo privado de capital, e o aumento de investimentos em bens de capital e o progresso tecnolgico consequente. O sindicalismo e as leis trabalhistas no foram responsveis pelo aumento gradativo do padro de vida das massas. Os sindicatos, enquanto exigiam o justo, eram suprfluos. A partir do momento que pressionavam por salrios maiores e demais benefcios, o conseguiam artificialmente. Em outras palavras, o empresrio no era onerado com os aumentos de salrios, ele repassava o montante referente ao aumento salarial e benefcios, ao preo final de seus produtos. Seus concorrentes procediam da mesma maneira. Finalmente, no resultava em ganho real aos trabalhadores, j que mesmo com os salrios maiores, os preos tambm subiam. dizer, o trabalhador tambm consumidor.
4. CONCLUSO
Inegavelmente a Revoluo Industrial e o capitalismo promoveram prosperidade geral sem precedentes para humanidade. Igualmente inegvel o fato de que em seus primrdios, a condio de vida dos trabalhadores era deplorvel. Infelizmente, muitos historiadores, socilogos, economistas, enfim, interpretaram este fato como sendo uma caracterstica intrnseca do capitalismo, tendo supostamente por prova emprica a dita Revoluo Industrial. Por outro lado, economistas adeptos da filosofia do liberalismo laissez-faire e com novas abordagens metodolgicas, como o austraco Ludwig von Mises, procuraram fazer um revisionismo deste momento histrico, demonstrando que foram justamente o liberalismo, a diviso do trabalho, a Revoluo Industrial, entre outros fatores, que possibilitaram a libertao das massas, outrora subjugadas por relaes servis, onde mal tinham liberdade sobre si mesmas. Pelo exposto, a partir da Revoluo Industrial, com a lgica do liberalismo laissez-faire, de produo massiva, ao menor preo possvel, que
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promoveu uma quase ininterrupta melhoria de vida das massas. Mais alm, promoveu prosperidade geral crescente que permitiu um aumento demogrfico sem precedentes.
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5. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso do Direito do trabalho: histria e teoria geral do direito: relaes individuais e coletivas do trabalho. 18. ed. rev. e atual. So Paulo: Saraiva, 2003. von MISES. Ao Humana: um tratado de economia. 3.1 ed. So Paulo: Instituto Ludwig von Mises Brasil, 2010.