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O documento discute a análise de João Luiz Lafetá sobre a obra e pensamento estético de Mário de Andrade. Lafetá destaca a tensão criativa em Andrade entre a organização literária e os aspectos psicológicos e sociais. Andrade buscava equilibrar inspiração e técnica, assim como os polos construtivo e desconstrutivo, individual e social. Embora suas ideias tenham evoluído ao longo do tempo, a contradição permaneceu como característica marcante de seu trabalho.
Deskripsi Asli:
Judul Asli
Resenha a Crítica e o Modernismo - LAFETA Joao Luiz 1930
O documento discute a análise de João Luiz Lafetá sobre a obra e pensamento estético de Mário de Andrade. Lafetá destaca a tensão criativa em Andrade entre a organização literária e os aspectos psicológicos e sociais. Andrade buscava equilibrar inspiração e técnica, assim como os polos construtivo e desconstrutivo, individual e social. Embora suas ideias tenham evoluído ao longo do tempo, a contradição permaneceu como característica marcante de seu trabalho.
O documento discute a análise de João Luiz Lafetá sobre a obra e pensamento estético de Mário de Andrade. Lafetá destaca a tensão criativa em Andrade entre a organização literária e os aspectos psicológicos e sociais. Andrade buscava equilibrar inspiração e técnica, assim como os polos construtivo e desconstrutivo, individual e social. Embora suas ideias tenham evoluído ao longo do tempo, a contradição permaneceu como característica marcante de seu trabalho.
Resenha do texto: A crtica e o Modernismo - Lafet, Joo Luiz, 1930
Lafet aborda em seu texto a tenso presente na obra do Mrio de Andrade, a agregao das diversas caractersticas modernistas no perodo destacado, alm de sua funo propriamente como autor, traos de seus ideais artsticos e objetivos para sua literatura. Em sua busca incessante pela construo da literatura nacional. Reunindo brilhantemente: A revoluo esttica e a revoluo ideolgica, a renovao dos procedimentos literrios e a redescoberta do pas, a linguagem da vanguarda e a formao de uma literatura nacional. (LAFET 1930, p. 153) O autor levanta o embate quanto a criticar uma arte que no faa diviso entre o que literrio e o que psicolgico e social, de forma a tornar-se heterogneo e qui confundir a natureza do objeto. E, portanto, sem analisar a arte pela arte, sem torn-la autojustificativa. Dito isto, o autor contrape, ou melhor, considera por parte vlida, mas afirma que o importante no confundir o que faz parte da organizao literria com a vivncia psquica individual ou experincia social. Na obra de Mrio de Andrade essa diviso, entre a organizao literria e o que subjacente a isto, bem clara. Mrio teoriza e justifica sua potica. No Prefcio interessantssimo, o autor justifica sua nova poesia, j demonstrada na forma com que teorizada, atravs de uma linguagem que permite a simultaneidade, numa espcie de metalinguagem que procura obter a concretude daquilo que deseja exprimir como diz Lafet em seu ensaio. Alm disso, o Prefcio, mais do que para explicar os procedimentos, vem para justificar. Ao contrrio da potica parnasiana com grande enfoque na tcnica e com consequente diminuio do valor da inspirao, Mrio defende algo mais equilibrado e, portanto, trs evidncia a importncia da inspirao. Pode parecer, alis, que d mais valor inspirao do que tcnica, porm por fim percebe-se que tudo para justificar sua importncia, buscando na realidade um equilbrio entre as duas modalidades, a tcnica e a inspirao, e, de forma a justificar essa linguagem nova. Portanto, mero subsdio: Porque o surpreendente, quando lemos o Prefcio, descobrir que a nfase inicial sobre a inspirao serve apenas, no fim, para defender uma nova concepo de tcnica, que no o artifcio parnasiano nem a liberdade romntica, mas o equilbrio entre os dois termos da frmula definidora da Poesia, proposta por Derme. (LAFET 1930, p. 162) Em A Escrava que no Isaura, por exemplo, Mrio inicia com uma parbola interessantssima sobre a Poesia (Ararat), que foi sendo vestida/estilizada pomposamente conforme o tempo at ficar quase irreconhecvel at que desnudada por Rimbaud. A partir disto j possvel perceber que vem o autor, contrapondo-se ao Parnasianismo, defende uma poesia mais livre e revolucionria, dentro dos moldes Modernistas, dentro de uma nova reflexo sobre a arte em tempos combativos. Entretanto, na Escrava, o autor mostra o psicologismo, o lirismo, ligado diretamente tcnica (como os procedimentos citados: simultaneidade, palavras em liberdade, ordem, utilizao da ambiguidade), como algo complementar ao Prefcio, demonstrando a ligao dos dois aspectos. Nasce assim uma conscincia da linguagem enquanto organizao esttica especfica afirma Lafet. Para Mrio, ento, os dois aspectos parecem ser indissolveis, concorrendo para organizao e estruturao de um mesmo fim. Esquematizando, temos os dois aspectos: - A obra como fato esttico (linguagem) Tcnica - A obra como fato psicolgico (fontes da criao) Lirismo Da para frente interessante ressaltar a utilizao dos termos plstico e musical para esses carteres poticos (ou ainda, denotativo e conotativo). A ideia de o poeta estar entre o artista plstico, com sua produo consciente, e com o msico, no fundo obscuro do inconsciente uma representao muito clara e sinttica do pensamento esttico do autor. Outra questo levantada, novamente dois polos, a tendncia construtiva, esta preocupada com a maneira de estruturar-se e os materiais da obra, a sua forma esttica, em contrapartida, com a tendncia construtiva com o desnudamento dos processos artsticos. Ambas so bastante opostas, mas de certa forma, convergem para o mesmo ponto: uma radical transformao do conceito de mimese e a autoconscincia, o conhecer-se como arte, o saber- se linguagem. Mrio oscila entre as duas orientaes da vanguarda. Posteriormente, Mrio em seu livro Losango Cqui , de 1924, adiciona mais um elemento ao par psicolgico/esttico, o enfoque sociolgico, desenvolvido a partir da, e com uma evoluo apresentada por Lafet que pode ser percebida atravs das cartas com Manuel Bandeira. A poesia deve transcender o individual e assumir a postura socializante de seus meios de expresso esta ideia comea a ser buscada incessantemente pelo o autor que chega a acusar-se de individualista e quer cumprir sua funo social. Atravs das cartas com Bandeira, possvel ainda ver as diversas transies no pensamento crtico de Mrio, e suas oscilaes, com polos acrescidos, o individual/social. Por fim, apesar da carta de 1925 aparentar uma harmonizao e um equilbrio na potica de Mrio, no encontrada uma sntese dialtica, a contradio continua sendo uma forte caracterstica e concordo com Lafet quando diz que se no fosse isso, Mrio de Andrade no seria uma figura to interessante quanto .