Anda di halaman 1dari 8

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

AMM
Nº 70031561699
2009/CÍVEL

APELAÇÃO CÍVEL. SERVIDOR PÚBLICO


MILITAR. PRETENSÃO DE INCORPORAÇÃO
DA GRATIFICAÇÃO CONCEDIDA AOS
CAPITÃES DA BRIGADA MILITAR PELA LEI
12.203/04. ISONOMIA SALARIAL.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 339, DO STF.
PRECEDENTES DESTA CORTE.
Vedada a incorporação aos vencimentos dos
recorrentes da gratificação incorporada aos
vencimentos dos Capitães, pela Lei 12.203/04,
uma vez que destinada exclusivamente aos
ocupantes deste posto, bem como vedada a
extensão desta aos demais integrantes dos
demais postos e graduações da Brigada Militar.
Art. 2º, parágrafo único, da Lei 12.203/04. A
Administração Pública está adstrita ao princípio
da legalidade. Art. 37, caput, CF.
O Poder Judiciário não pode aumentar
vencimentos de servidores públicos sob
fundamento de isonomia, pois não tem função
legislativa. Súmula 339 do Supremo Tribunal
Federal.

NEGADO SEGUIMENTO AO APELO


MONOCRATICAMENTE.

APELAÇÃO CÍVEL QUARTA CÂMARA CÍVEL

Nº 70031561699 COMARCA DE SANTO ÂNGELO

AIRTON BUENO CORREA APELANTE E

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL APELADO.

DECISÃO MONOCRÁTICA
Vistos.

Trata-se de apelação cível interposta por AIRTON


BUENO CORREA, nos autos da ação ordinária ajuizada contra o
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, da sentença de fls. 42/44, que
julgou improcedente a demanda, condenando o autor ao
1
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

AMM
Nº 70031561699
2009/CÍVEL

pagamento das custas processuais e honorários advocatícios


fixados em R$ 600,00, suspensa a exigibilidade, tendo em vista a
concessão do benefício da AJG.

Em suas razões recursais (fls. 46/53), afirma que a


sentença encontra-se em desacordo com a legislação vigente em
nosso país por se basear em uma Súmula que contraria a
Constituição Federal. Alega que no art. 39, §1° da CF está garantida
a isonomia de vencimentos para cargos iguais ou assemelhados do
mesmo Poder, ou entre servidores do Poder Executivo, Legislativo e
Judiciário. Sustenta que havendo flagrante perda do valor real dos
salários ou para suprimir distinções, a Súmula 399 não deve ser
aplicada. Requer o provimento do recurso.

Recebido o apelo, foram apresentadas as contra-razões


(fls. 56/60).

Com parecer lançado pelo Ministério Público (fls. 67/73)


no sentido de negar provimento ao recurso, vieram, os autos,
conclusos para julgamento.

É o relatório.

Cumpre esclarecer que o julgamento monocrático tem


como finalidade economizar tempo e dinheiro das partes, sendo
aplicável quando, previamente, o relator puder adiantar o mérito
do julgamento, uma vez que, se apreciado pelo Colegiado, o
posicionamento seria o mesmo daquele exposto na decisão
2
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

AMM
Nº 70031561699
2009/CÍVEL

singular.Sendo o recurso manifestamente improcedente, não há


falar em ofensa ao princípio do duplo grau de jurisdição, já que
inexistente previsão legal no sentido de que somente o órgão
colegiado, no caso, a Câmara, poderia fazê-lo, de modo que a
decisão do Relator, como integrante de Tribunal, atende
perfeitamente ao princípio referido.

O julgamento de recurso por meio de decisão


monocrática é modalidade de decisão amplamente utilizada pelos
Tribunais, mediante aplicação da regra do art. 557, CPC, como no
caso presente.

Neste sentido, já decidiu o STJ:


“Cuida-se de agravo de instrumento desafiando despacho que não
admitiu recurso especial tirado contra acórdão do Tribunal Regional
Federal da 1ª Região assim ementado:
‘PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. FGTS. EXPURGOS
INFLACIONÁRIOS. APLICAÇÃO DO ART. 557 DO CPC. INTERPOSIÇÃO DOS
RECURSOS DERRADEIROS.
Não cabe à agravante discutir sobre tese jurídica já sedimentada e que
serviu de apoio ao uso do art. 557 do CPC.
No agravo regimental deve-se atacar a impropriedade ou ilegalidade do
ato da relatora.
Inexiste restrição em aplicar o relator o art. 557 do CPC, negando
seguimento a hipótese dos autos, quando se deu à parte prestação
jurisdicional equivalente à que seria dada se julgado o feito pelo órgão
fracionário.
Tratando-se de tese jurídica sedimentada no órgão fracionário, está o
relator autorizado pelo legislador processual a subtrair do colegiado a
apreciação do recurso.
A decisão que nega seguimento ou dá provimento a recurso, nos termos
do art. 55
7 do CPC, com a nova redação dada pela Lei nº 9.756/98, não impede a
interposição de recurso especial e/ou extraordinário porque substitui o
julgamento colegiado, encontrando-se o fundamento do julgado nos
precedentes transcritos.
Agravo regimental improvido.’ (fl.47)
A pretensão não merece acolhimento, vez que já é pacífico o
entendimento deste Tribunal quanto à possibilidade de negativa de
seguimento, por decisão monocrática, de recursos contrários à
jurisprudência dominante na Corte julgadora, exigência que, na
hipótese, restou sobejamente atendida. Veja-se, a propósito, os
seguintes precedentes:
A – ‘PROCESSO CIVIL. SENTENÇA PROFERIDA CONTRA A FAZENDA
PÚBLICA. REEXAME NECESSÁRIO EFETUADO PELO PRÓPRIO RELATOR:
POSSIBILIDADE. INTELIGÊNCIA DO 'NOVO' ART. 557 DO CPC. RECURSO
ESPECIAL NÃO CONHECIDO.
I - O 'novo' art. 557 do CPC tem como escopo desobstruir as pautas dos
tribunais, a fim de que as ações e os recursos que realmente precisam
3
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

AMM
Nº 70031561699
2009/CÍVEL

ser julgados por órgão colegiado possam ser apreciados quanto antes.
Por isso, os recursos intempestivos, incabíveis, desertos e contrários à
jurisprudência consolidada no tribunal de segundo grau ou nos tribunais
superiores deverão ser julgados imediatamente pelo próprio relator,
através de decisão singular, acarretando o tão desejado esvaziamento
das pautas. Prestigiou-se, portanto, o princípio da economia processual
e o princípio da celeridade processual, que norteiam o direito processual
moderno.
II - O 'novo' art. 557 do CPC alcança os recursos arrolados no art. 496 do
CPC, bem como a remessa necessária prevista no art. 475 do CPC. Por
isso, se a sentença estiver em consonância com a jurisprudência do
tribunal de segundo grau ou dos tribunais superiores, pode o próprio
relator efetuar o reexame obrigatório por meio de decisão monocrática.
III - Recurso especial não conhecido, confirmando-se o acórdão proferido
pelo TRF da 1ª Região.’
(REsp n° 155.656/BA, Relator o Ministro ADHEMAR MACIEL, DJU de
6/4/98)
B - ‘PROCESSO CIVIL. RECURSOS. DECISÃO DE RELATOR. O relator está
autorizado a negar seguimento a recurso improcedente, assim
considerado aquele que contraria jurisprudência pacífica do tribunal,
ainda que não sumulada (CPC, art. 557, caput). Agravo regimental
improvido.’ (AgRg no Ag n° 142.320/DF, Relator o Ministro ARI
PARGENDLER, DJU de 30/6/97)
Do exposto, nego provimento ao agravo.”
(AG 358229/MG, Rel. Min. PAULO GALLOTTI, j 02/03/2001).

O recorrente, servidor público militar, busca a extensão


da incorporação de gratificação concedida aos detentores da
graduação de Capitão – PM, pela Lei 12.203/04.

Dispõe o art. 2º, da Lei nº 12.203/04:


“Art. 2º - Nas datas estipuladas nos incisos do artigo 1º, será
incorporada ao vencimento básico do cargo de Capitão PM da
Brigada Militar a parcela equivalente a 25% da gratificação
instituída no § 2º do artigo 11 da LEI Nº 10.395, de 1º de junho de
1995, quantificada pelo artigo 3º da LEI Nº 9.892, de 1º de junho
de 1993, até a incorporação de 100% do valor da referida
gratificação.
Parágrafo único - O valor da gratificação de que trata o "caput"
deste artigo não será considerado para efeito do previsto em lei
que institua o fator de recomposição para cálculo do
realinhamento dos vencimentos básicos de quadros de pessoal
efetivo da Secretaria da Justiça e da Segurança.”

Conforme se infere do “caput” do dispositivo legal


transcrito, este se refere aos Capitães, vedada a sua extensão aos
demais integrantes de quadros de pessoal da Secretaria da Justiça
e da Segurança, onde inseridos os demais postos e graduações da
BM, nos termos do seu parágrafo único.

4
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

AMM
Nº 70031561699
2009/CÍVEL

Assim, não assiste razão ao apelante ao pretender a


incorporação aos seus vencimentos da gratificação a que se refere
o art. 2º, da Lei Estadual 12.203/04, pois esta foi concedida aos
detentores do posto de Capitão PM quando da Lei 10.395/95.

Impende assinalar, que a Administração não pode


instituir aumento sob qualquer pretexto sem a devida previsão
legal e orçamentária.

A respeito, HELY LOPES MEIRELLES (Direito


Administrativo Brasileiro, 20. ed. São Paulo: Malheiros, 1995. p.
401/402:
“Há duas espécies de aumento de vencimentos: uma genérica,
provocada pela alteração do poder aquisitivo da moeda, à qual
poderíamos denominar aumento impróprio, por se tratar, na
verdade, de um reajustamento destinado a manter o equilíbrio da
situação financeira dos servidores públicos; e outra específica...
(...)
A segunda espécie ocorre através das chamadas reestruturações,
pelas quais se corrigem as distorções existentes no serviço
público, tendo em vista a valorização profissional observada no
setor empresarial, para que a Administração não fique
impossibilitada de satisfazer suas necessidades de pessoal..
(...)
Em qualquer das hipóteses – ‘aumento impróprio e
reestruturação’ – podem incorrer injustiças, pela inobservância do
‘princípio da isonomia’, tal como explicado acima. Nesse caso,
porém, somente a “lei” poderá corrigi-las, pois qualquer
interferência do Judiciário nesta matéria constituiria usurpação de
atribuições do Legislativo, consoante vem decidindo nossos
Tribunais...”

Descabida, ainda, a incorporação da gratificação sob o


fundamento de que deve ser observado o princípio da isonomia,
pois afronta à Súmula 339, do STF.

O que pretende o recorrente é obter do Poder Judiciário


a majoração de seus vencimentos nos exatos termos do reajuste da
gratificação concedida aos detentores do posto de Capitão - PM
através da Lei Estadual nº 12.203/04.
5
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

AMM
Nº 70031561699
2009/CÍVEL

É vedada a concessão de reajuste através do Poder


Judiciário, uma vez que este não pode substituir ao Poder
Executivo, a quem competia conceder o reajuste. Nos termos do
art. artigo 37, X, da Constituição Federal.
Ademais, o inc. XIII, do art. 37, da CF, veda a
equiparação dos vencimentos dos servidores públicos.

Tenha-se presente, ainda, que a fixação e alteração da


remuneração dos servidores públicos só pode ser feita por lei
específica, ante ao princípio da legalidade, insculpido “caput” do
art. 37, da CF, observada a iniciativa privativa em cada caso.

Na hipótese, cabe ao Chefe do Executivo remeter ao


Legislativo projeto de lei sobre a fixação e/ou alteração dos
vencimentos de seus servidores (artigo 61, § 1º, II, a, CF).

Devendo, ainda, ser levado em consideração que o


soldo dos militares estaduais somente pode ser fixado por meio de
Lei Estadual específica (art. 42, § 1º, c/c art. 142, § 3º, X, da CF),
sendo, ainda, vedada a estes a equiparação/vinculação salarial
para fim de vencimentos (art. 42, § 1º, c/c art. 142, § 3º, VIII, c/c
art. 37, XIII, da CF).

Neste sentido, já decidiu esta Corte, em casos


análogos, v.g.:
“APELAÇÃO CÍVEL. SERVIDRO PÚBLICO. SOLDADO DA BRIGADA
MILITAR. PRETENSÃO DE RECEBIMENTO DE INCORPORAÇÃO
VENCIMENTAL CONCEDIDA AOS CAPITÃES DA BRIGADA MILITAR.
ISONOMIA SALARIAL. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA Nº 339 DO STF.
AUSÊNCIA DE INCONGRUÊNCIA ENTRE O CRITÉRIO DE
DIFERENCIAÇÃO E A CONSEQUENCIA JURÍDICA DA NORMA.
INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA IGUALDADE E DA
RAZOABILIDADE. CORREÇÃO DE DISTORÇÕES ENTRE AS

6
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

AMM
Nº 70031561699
2009/CÍVEL

REMUNERAÇÕES DA CORPORAÇÃO. GRATIFICAÇÃO


PREEXISTENTE. DESEMPENHO DE FUNÇÕES ESPECÍFICAS.
VANTAGEM DISTINTA DE REPOSIÇÃO SALARIAL DE CARÁTER
GERAL. IMPOSSIBILIDADE DE EXTENSÃO. NEGARAM PROVIMENTO
AO RECURSO DE APELAÇÃO. UNÂNIME.”(Apelação Cível nº
70027362342, Quarta Câmara Cível. Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Agathe Elsa Schmidt da Silva, Julgado em 13/04/2009)

“APELAÇÃO CÍVEL. SERVIDOR PÚBLICO. PARCELA DE


GRATIFICAÇÃO INSTITUÍDA PELA LEI Nº 12.203/2004 AOS
DETENTORES DO POSTO DE CAPITÃO PM. ISONOMIA DE
VENCIMENTOS. PARADIGMA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 339 DO
STF. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. 1. O Administrador Público está
adstrito, em sua atuação, ao princípio constitucional da
legalidade. 2. A parcela equivalente a 25% da gratificação
prevista no § 2º do artigo 11 da Lei nº 10.395/95 destina-se aos
integrantes do posto de Capitão PM da Brigada Militar, sendo
defeso estendê-la aos demais graus hierárquicos. 3. O Poder
Judiciário não pode aumentar vencimentos de servidores públicos
sob fundamento de isonomia, posto que não tem função
legislativa. Súmula 339 do Supremo Tribunal Federal. APELAÇÃO
DESPROVIDA.”(Apelação Cível Nº 70029056843, Quarta Câmara
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ricardo Moreira Lins
Pastl, Julgado em 15/04/2009)

“APELAÇÃO CÍVEL - SERVIDOR PÚBLICO MILITAR - PARCELA DE


GRATIFICAÇÃO INSTITUÍDA PELA LEI Nº 12.203/2004 AOS
DETENTORES DO POSTO DE CAPITÃO PM. A parcela equivalente a
25% da gratificação instituída no §2º do artigo 11 da Lei nº
10.395/95 destina-se aos integrantes do posto de Capitão PM da
Brigada Militar, sendo defeso ao Poder Judiciário estendê-la aos
demais integrantes da Corporação, a título de isonomia, conforme
a Súmula 339 do STJ. Aplicação, por igual, do art. 37, incs. X e XIII,
da CF/88. APELO DESPROVIDO.”(Apelação Cível Nº 70028930691,
Quarta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: João
Carlos Branco Cardoso, Julgado em 01/04/2009)

“SERVIDOR PÚBLICO. BRIGADA MILITAR. REAJUSTE VENCIMENTAL.


LEI-RS Nº 12.203/04. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. INAPLICABILIDADE.
PREVALÊNCIA DOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE E DA INICIATIVA
DO PROCESSO LEGISLATIVO. O servidor militar, detentor da
graduação de Sd-PM, não tem direito ao recebimento da
gratificação concedida aos titulares do posto de Cap-PM, por meio
da Lei-RS nº 12.203/04, a título de isonomia, com a elevação
oblíqua e proibida de seus vencimentos. Inteligência dos arts. 37,
X e XII, da CF-88 c/c art. 60, II, letra ¿a¿, da CE-89. Princípios da
legalidade, autonomia estadual e iniciativa do processo legislativo
prevalentes no caso concreto. O soldo dos militares estaduais
somente pode ser fixado por meio de lei estadual específica (art.
42, § 1º, c/c art. 142, § 3º, X, da CF). A equiparação ou vinculação
vencimental também é vedada aos militares estaduais (art. 42, §
1º, c/c art. 142, § 3º, VIII, c/c art. 37, XIII, da CF-88). O Poder
Judiciário, que não tem função de legislador, não pode aumentar
vencimentos sob o fundamento de isonomia salarial (verbete nº
339 da Súmula do Supremo Tribunal Federal). Precedentes
jurisprudenciais. SENTENÇA MANTIDA. APELAÇÃO IMPROVIDA.
DECISÃO MONOCRÁTICA.”(Apelação Cível Nº 70029033586,
Terceira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Nelson
Antônio Monteiro Pacheco, Julgado em 24/04/2009)

“ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. SERVIDOR MILITAR


ESTADUAL. ISONOMIA SALARIAL. LEI ESTADUAL N.º 12.203/2004.
Apelação em que servidora militar estadual pretende a sua
isonomia/equiparação salarial aos Capitães da Brigada Militar,
porquanto somente estes foram beneficiados com a Lei n.º

7
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

AMM
Nº 70031561699
2009/CÍVEL

12.203/04 - que incorporou, aos vencimentos básicos desta classe


de oficiais, gratificação. O soldo dos militares estaduais somente
pode ser fixado por meio de lei estadual específica (art. 42, §1º,
c/c art. 142, §3, X, da CF). A equiparação/vinculação salarial para
fim de vencimentos também é vedada aos militares estaduais
(art. 42, §1º, c/c art. 142, §3º, VIII, c/c art. 37, XIII, da CF). O Poder
Judiciário, que não tem função de legislador, não pode aumentar
vencimentos sob o fundamento de isonomia salarial (verbete n.º
339 do STF). Precedentes jurisprudenciais. SENTENÇA MANTIDA.
APELAÇÃO IMPROVIDA.”(Apelação Cível Nº 70027362219, Terceira
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Paulo de Tarso
Vieira Sanseverino, Julgado em 18/12/2008)

“APELAÇÃO CIVEL. SERVIDOR PÚBLICO. POLICIAL MILITAR.


INCORPORAÇÃO AO VENCIMENTO BÁSICO DE FUNÇÃO
GRATIFICADA NOS TERMOS DO ART. 11, § 2º, DA LEI 10.395/95 E
RECEBIDA POR DETENTORES DA GRADUAÇÃO DE CAPITÃO,
CONSOANTE AO DISPOSTO NO ART. 2º, DA LEI 12.203/04.
IMPOSSIBILIDADE. Diante da vedação expressa contida no
parágrafo único do art. 2, da Lei 12.203/04, bem como o disposto
na Súmula 399 do STF, mostra-se inviável a concessão do reajuste
requerido. APELAÇÃO DESPROVIDA.”(Apelação Cível Nº
70027336171, Terceira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Rogerio Gesta Leal, Julgado em 04/12/2008)

Sendo assim, nega-se seguimento ao apelo.

Porto Alegre, 13 de novembro de 2009.

DES. ALEXANDRE MUSSOI MOREIRA,


Relator.

Anda mungkin juga menyukai