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Acção de Formação – Práticas e Modelos de A.A.

das BE Outubro/Dezembro 2009

ANÁLISE CRÍTICA AO MODELO DE AUTO-


AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS
ESCOLARES

O Programa RBE desenvolveu um Modelo de Avaliação para as BE, com o


objectivo de proporcionar às escolas/bibliotecas um instrumento que lhes permitisse
identificar as áreas de sucesso e aquelas que, por apresentarem resultados menores,
requerem maior investimento determinando, em alguns casos, uma implementação das
boas práticas. Está organizado em quatro domínios essenciais que constituem as áreas
nucleares do trabalho da BE.

O MODELO ENQUANTO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO E DE


MELHORIA. CONCEITOS IMPLICADOS.

A importância deste modelo nas nossas escolas é relevante, porque:


- é um processo que permite identificar as prioridades para a melhoria,” processo que
deverá conduzir à reflexão e originar mudanças concretas nas práticas”.
- é um modelo que permite apontar um caminho e mostrar o que se pretende das BE,
“permitindo identificar as necessidades e as fragilidades com vista à melhoria”,
segundo Modelo de Auto-Avaliação, Novembro 2009, RBE.
Assim, tem de ser considerado um instrumento pedagógico pois:
- através dele é possível avaliar o trabalho da BE e o impacto desse trabalho no
funcionamento global da escola e nas aprendizagens dos alunos;
- permite identificar as áreas de sucesso e de menores resultados.

Por outro lado, permite a melhoria das práticas, porque:


- aponta os caminhos a seguir;
- permite o permanente ajustamento dessas mesmas práticas.
AS BE do século XXI assumem-se como recursos indutores de inovação, com um papel
activo e de suporte às mudanças que o sistema introduz, trazendo valor à escola no
cumprimento da sua missão e dos objectivos de ensino / aprendizagem.

Os conceitos inerentes à aplicação do modelo são os seguintes:


- A noção de valor ( a BE tem de produzir resultados que contribuam para a
concretização dos objectivos da escola).
- A melhoria contínua ( relaciona-se com a necessidade de clarificar o que,
efectivamente, se passa na BE, procurando melhorar os aspectos considerados menos
bem sucedidos ).
- A necessidade de fazer a Auto-Avaliação ( que deve ser encarada como um processo
pedagógico e regulador, inerente à gestão e procura de uma melhoria contínua da
BE…).

Maria Céu Santos Afonso - Escola Secundária Emídio Garcia - Bragança


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- A identificação de áreas nucleares ( com impacto positivo no ensino e na


aprendizagem, apontando para uma utilização flexível do modelo em função ).
- Um instrumento pedagógico ( permitindo às escolas uma orientação fundamentada
para manter práticas que têm sucesso e melhorar acções com resultados menos
positivos).

PERTINÊNCIA DA EXISTÊNCIA DE UM MODELO DE


AVALIAÇÂO PARA AS BIBLIOTECAS ESCOLARES.

Este modelo de auto-avaliação permite:


- Avaliar a actual qualidade e eficácia das BE;
- Apontar um caminho;
- Desenvolver esforços para o implementar;
- Estabelecer metas a atingir pelos professores bibliotecários, equipa da biblioteca e pela
escola em geral, ou seja, por toda a comunidade escolar.
- Uma planificação estratégica de modo a satisfazer todos os alunos e professores;
- Identificar pontos fortes e fracos, de forma a determinar as prioridades de melhorias
para apoiar, eficazmente, o ensino e a aprendizagem;
- Mostrar as evidências do valor da BE, do trabalho do professor bibliotecário/ equipa
da biblioteca e dos resultados escolares dos alunos.

È claro que a avaliação sempre se efectuou através de relatórios periódicos de


todo o trabalho / actividades realizadas na e pela BE ( que permitiam fazer um balanço e
encontrar novas orientações de melhoria e de qualidade deste espaço ). Faltava,
contudo, encontrar um modelo comum de actuação que permitisse a avaliação de todo o
trabalho realizado pelas BE nas escolas.

E se o valor da BE no apoio pedagógico à aprendizagem está já devidamente


reconhecido, a sua avaliação tem de ser encarada como parte integrante de toda a escola.

ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL E FUNCIONAL. ADEQUAÇÃO E


CONSTRANGIMENTOS.

O modelo de Auto-Avaliação escolhido derivou de uma análise efectuada sobre


outros modelos já existentes e sobre a realidade de escolas portuguesas. Relativamente
ao nosso caso, tornou-se fundamental criar uma série de objectivos que residem numa
abordagem qualitativa, orientados para uma análise dos processos e dos resultados,
numa perspectiva formativa, permitindo identificar as necessidades e os pontos fracos
com vista a melhorá-los.
A estruturação dos elementos a analisar em quatro domínios e respectivos subdomínios
são, de certo, abrangentes e essenciais. Não podemos, porém, esquecer que o aspecto da
avaliação vai aferir a qualidade e espécie dos serviços e a satisfação dos utilizadores.

Maria Céu Santos Afonso - Escola Secundária Emídio Garcia - Bragança


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INTEGRAÇÃO / APLICAÇÃO À REALIDADE DA ESCOLA

Sendo este ano lectivo professora bibliotecária a tempo inteiro estou, pela
primeira vez, a implementar este modelo, não tendo ainda opinião formulada em termos
experimentais. No entanto, com base nas leituras efectuadas em algumas obras de
especialistas ( Ross Tood, School L. T…) e após a leitura integral do documento
orientador do modelo de Auto-Avaçliação, ficou claro que:

“ a avaliação não constitui um fim, devendo ser entendida como um processo que,
idealmente, conduzirá à reflexão e originará mudanças concretas na prática.”;

“ O que verdadeiramente interessa e fundamenta o papel e justifica a acção e a


existência da biblioteca escolar não são os processos, as acções e intenções que
colocamos no seu funcionamento ou os processos implicados mas o resultado, o valor
que eles acrescentam nas atitudes e nas competências dos utilizadores.”

“ O modelo indica o caminho, a metodologia, a operacionalização. A obtenção da


melhoria contínua da qualidade exige que a organização esteja preparada para a
aprendizagem contínua. Pressupõe a motivação indivual dos seus menbros e a
liderança forte do professor bibliotecário, que tem de mobilizar a escola para a
necessidade e implementação do processo avaliativo.”

Os resultados devem ser partilhados com o Director da escola, divulgados e discutidos


nos órgãos de gestão pedagógica e, consequentemente, a toda a comunidade escolar.
Devem ainda integrar-se na síntese dos resultados no relatório de avaliação da escola,
permitindo à equipa de avaliação externa a avaliação do impacto da BE na escola.

COMPETÊNCIAS DO PROFESSOR BIBLIOTECÁRIO E


ESTRATÉGIAS IMPLICADAS NA SUA APLICAÇÃO

Além das várias competências implícitas na legislação, em geral, e na portaria nº


756, de 14 de Julho /2009, em particular, o professor bibliotecário tem ainda um papel
essencial na aplicação deste modelo na escola.
Assim, deverá:
- Informar a Direcção da escola sobre as intenções implícitas com a sua implementação;
- Articular os diversos actores da aprendizagem e as estruturas educativas, assumindo a
liderança de todo o processo de avaliação. Daí ser preciso estabelece prioridades, saber
trabalhar com os departamentos e ter uma visão global da escola.
- Fomentar o apoio dentro do grupo de gestão da BE (é fundamental incentivar a
confiança entre toda a equipa e os colaboradores );
- Dinamizar os processos da aplicação do modelo recolhendo evidências, analisando e
comunicando os resultados;

Maria Céu Santos Afonso - Escola Secundária Emídio Garcia - Bragança


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- Ser persuasivo no modo como vai justificar a necessidade de uma auto-avaliação e


proactivo com vista a alterar percepções…
- Esclarecer o modo como apresenta o projecto de auto-avaliação e como vai convencer
a escola a participar;
- Ter uma constante actualização de forma a dar resposta a novos e muitos desafios que,
continuamente, se vão impondo.

Face ao exposto, conclui-se que muitas das competências do professor bibliotecário


nem sequer estão legisladas. No âmbito do processo de Auto-Avaliação há algumas
competências “específicas” que o professor bibliotecário deve evidenciar,
nomeadamente:
- Ser um comunicador efectivo na escola, saber exercer influência junto dos docentes e
órgãos de gestão, ser capaz de ver o todo e estabelecer prioridades, ser gestor de
serviços de aprendizagem, saber gerir recursos e avaliar de acordo com a missão e
objectivos da escola. Talvez no futuro se colham os pequenos “grandes” frutos…!

À laia de conclusão permite-me ainda referir que este modelo é baseado em práticas
sólidas bem sucedidas que, com maior ou menor facilidade, terão de ser aplicadas em
todas as escolas, porque, tem como fim último, avaliar a qualidade e a eficácia da BE no
contexto da missão educativa atribuída à escola.
Numa época em que as tecnologias e as pressões económicas acentuam a necessidade
de fazer valer o papel e as necessidades da BE, a avaliação permite validar o que
fazemos, como estamos e até onde queremos ir…

Bom trabalho!

Maria Céu Santos Afonso - Escola Secundária Emídio Garcia - Bragança

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