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Definição,

caracterização e
crítica do eduquês

Ramiro Marques - organização

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Definição, caracterização e crítica do eduquês
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Ramiro Marques - organização
t

Publication date December 1st, 2009


Copyright © 2009 ramiro marques

All characters appearing in this work are fictitious. Any resemblance to real
persons, living or dead, is purely coincidental.

This work is licensed under the Creative Commons Attribution-Noncommer-


cial-No Derivative Works 3.0 United States License. To view a copy of this
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California, 94105, USA.
Dedico este ebook aos comentadores e leitores do
ProfBlog
Sobre o eduquês. A caracterização
do eduquês pela voz do Wegie. Um
post para guardar e afixar na sala de
professores

“Onde o eduquês cai, cresce a burocracia.”

Esta frase é epigramática e diz muito sobre essa vul-


gata nascida nas cada vez mais desertificadas Licen-
ciaturas em Educação dos moribundos departamentos
de ciências da educação de algumas Universidades e
ESE’s.

Um tal Pacheco director do Centro de Investigação da


UM lamentou-se que os professores mais experientes
não estão aptos a realizar trabalhos burocráticos (sic).

Muita papelada com validação de “competências”


sabe-se lá em quê. Com qualificação elencada de seja
o que for parece ser a finalidade paradoxal de um
ensino que se devia pretender transmissor dos conhe-
cimentos acumulados de gerações como base para a
construção de um futuro melhor.

Reuniões de Grupo, de Directores de turma, de Depar-


tamento, de avaliação, do Conselho Pedagógico, do
conselho disciplinar, de grupo, de Turma, etc., verifi-
camos que muito do tempo dos professores se gasta
mais na máquina burocrática montada para o ensino
heterónomo, portanto, mais nos meios, do que nos

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Definição, caracterização e crítica do… D
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fins, ou seja, na própria função de ajudar os alunos a
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aprender de forma autónoma e responsável.
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Quer dizer, tal como na produção económica, o ensino


heterónomo torna os meios no seu próprio fim, per-
dendo-se de vista o objectivo que seria suposto servir
– a aprendizagem, o saber, autonomia, a liberdade e
responsabilidade das crianças e adolescentes. Pior
ainda, com a preocupação burocrática da ocupação
dos professores em trabalho heterónomo e contrapro-
dutivo (improdutivo mesmo) desperdiçam-se recursos
humanos valiosos assim atolados em burocracia cujo
resultado não é senão dar a impressão perante a opi-
nião pública que agora, sim, os professores trabalham
e logo (subentenda-se) os alunos aprendem!

A heteronomia e excessivo centralismo dirigista pro-


duzem fracos resultados; procura-se, então, resolver o
problema aplicando mais e em força as formas de
acção que lhe deram origem: mais complicação buroc-
rática, mais formulários, mais preenchimento de
grelhas, de mapas e mais “adaptações curriculares”,
mais “medidas de remediação”… e os resultados con-
tinuam fracos, e mesmo piores, e assim por diante até
ao analfabetismo funcional diplomado!

Com efeito, a preocupação da política e administração


educativas incide mais na regulamentação e organi-
zação da máquina burocrática, isto é, nos meios do
que no fim propriamente dito – o ensino e a aprendi-
zagem: normas para escolha e adopção de manuais

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Sobre o eduquês. A caracterização do eduquês… D
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escolares, regulamentos de visitas de estudo, estatuto
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dos alunos, normas para a avaliação intercalar, ava-
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liação intercalar e do 1º, 2º e 3º períodos e para
exames, regulamentos do Departamento, do Conselho
Pedagógico e de Turma, Projecto Educativo, Projecto
curricular de Agrupamento, de Escola, de Turma,
fichas e mais fichas, etc., etc.
Wegie
Foto: O editor do ProfBlog em frente de uma pintura
mural. Berliner Mauer, 2009
Notícias diárias de educação

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Para uma crítica do eduquês. Uma
lista de recursos para compreender
melhor o fenómeno

Ao longo dos próximos dias, o ProfBlog abre espaço


para a crítica do fenómeno do eduquês. São bem-
vindos os testemunhos e os textos analíticos sobre um
fenómeno que, caso não seja combatido, continuará a
sufocar os professores e as escolas com excesso de
burocracia.

O Jad, comentador regular do ProfBlog, deu um con-


tributo com o texto que se segue. Convido-o a dar con-
tinuidade ao debate.

Desde pelo menos 1996-97, ano da defesa e publi-


cação da minha dissertação de mestrado, que defendo
que a escola e a educação se orienta para o aluno
como seu fim mas que o seu centro é o professor. É
ele que ensina e determina os processos de aprender.

A escola não é uma entidade abstracta. É constituida


por espaços, tempos e pessoas. É neste complexo de
circunstâncias e modos de ser, pensar, dizer e de
fazer que se desenvolve o ensinar e o aprender. Mas,
para mim não há qualquer equívoco em quem ensina e
quem aprende: ensina quem sabe, aprende quem não
sabe.

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Definição, caracterização e crítica do… D
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Mas, penso que, uma vez que todo o trabalho pedagó-
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gico e educativo se faz numa língua e recorre à lin-
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guagem, o grande problema está no domínio da língua
e da linguagem. Ou seja, o sucesso/insucesso, quer
dizer, a eficácia/ineficácia do ensinar e do aprender
tem que ter em consideração o domínio da língua e da
linguagem em que se ensina e se aprende. Mas
também acho que George Steiner tem razão quando
diz que, mesmo que os alunos não percebam tudo o
que o professor diz, se recorrer a conhecimentos rigor-
osos e saberes importantes o efeito neles provocado é
sempre muito importante para os alunos.

O que o eduquês trouxe foi a deslocação do ensinar


para o aprender e, com ele, a produção de mil e um
documentos que mostrassem o que e como se
aprende.

Jad
Para saber mais

• Sobre George Steiner

• O eduquês em discurso directo

• O eduquês desmascarado

• Os erros do eduquês

Notícias diárias de educação

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Para uma crítica do eduquês. Uma lista… D
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Os dez pecados mortais do eduquês.
Como uma falsa ideologia
pedagógica está a comprometer o
futuro das nossas crianças

1. Concepção instrumental da educação: “aprender a


aprender”, “aptidão para o pensamento crítico”, “apti-
dões metacognitivas”, “aprendizagem permanente”.

2. Desenvolvimentalismo romântico: “aprendizagem ao


ritmo dos alunos”, “escola centrada na criança”, “difer-
enças individuais dos alunos”, “estilos individuais de
aprendizagem”, “ensinar a criança e não os con-
teúdos”.

3. Pedagogia naturalista: “construtivismo”, “aprendi-


zagem por descoberta”, “aprendizagem holística”,
“método de projecto”, “aprendizagem temática”.

4. Antipatia pelo ensino de conteúdos: “os factos não


contam tanto como a compreensão”, “os factos ficam
desactualizados”, “menos é mais”, “aprendizagem para
a compreensão”.

5. A desvalorização dos padrões culturais tidos como


relativos e subjectivos, portanto irrelevantes.

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Definição, caracterização e crítica do… D
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6. Crítica do uso da memória e recusa das actividades
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de repetição, tidas como não significativas, portanto
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inúteis.

7. Defesa da ideia falsa de que as crianças só com-


preendem o que lhes está próximo e o que é concreto
e manipulável.

8. Primazia à componente lúdica e recreativa por opo-


sição à valorização do esforço na aprendizagem.

9. Redução da aprendizagem a um processo construti-


vista que diminui a função de transmissão dos con-
teúdos.

10. Visão anti-intelectualista da cultura e da educação.


Para saber mais

• Os erros do eduquês

• Eduquês, outra vez

• O formalista

• A globalização do eduquês no seu esplendor

Notícias diárias de educação

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Os dez pecados mortais do eduquês. Como… D
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O eduquês e a ideologia das
competências. Um texto crítico do
Wegie

Lei n.º 60/2009: O Estado deve dedicar-se a ensinar


competências pessoais subjacentes a uma sexuali-
dade gratificante.

Esta opção pela referência constante a uma lógica de


competências no desenvolvimento dos programas de
estudos não é inocente. Responde a uma necessidade
e a uma pressão política evidente.

Desde sempre a Escola procurou responder às neces-


sidades e objectivos sociais da sua época: Isto foi par-
ticularmente evidente na famigerada pedagogia por
objectivos. A abordagem taylorista da organização do
trabalho na empresa consiste em tornar sequenciais
as tarefas dos trabalhadores.

É nesta perspectiva que os programas escolares seg-


mentaram os seus conteúdos em múltiplos micro-
objectivos permitindo assim à escola preparar os seus
alunos para uma forma atomizada de trabalho que no
seu extremo exacerbado é a cadeia de produção. Um
trabalho dividido em múltiplas tarefas parcelares exe-
cutadas de forma isolada sem que o indivíduo tivesse
necessidade de conhecer o seu resultado global.

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Definição, caracterização e crítica do… D
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Le Boterf (2001) estabelece um paralelismo entre esta
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visão do trabalho em série e a corrente pedagógica
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dominante na época. Minder (1977) definia a educação
como uma “empresa de modificação de comporta-
mentos”.

Os professores programavam e programam em Por-


tugal as suas actividades segundo uma lógica, uma
técnica e uma terminologia influenciadas pela peda-
gogia por objectivos. Por seu turno o próprio sistema
educativo no seu conjunto inscreve-se numa perspec-
tiva comportamentalista.

A escola por seu turno não pode negar que pela


organização sequencial das tarefas e aprendizagens
se inscreve num quadro global de taylorismo, isto é no
âmbito organizacional do trabalho em empresa. A
Escola demonstra, no mínimo, a sua cedência ao tay-
lorismo e comportamentalismo, lógicas dominantes no
mundo capitalista numa perspectiva de rentabilidade.

Não se deve atribuir ao construtivismo pedagógico a


exclusiva responsabilidade desta situação. A abor-
dagem pelas competências encerra os docentes num
trabalho rotineiro, burocrático e normativo. Para os
construtivistas a actividade do aluno sobre as “situa-
ções-problemas” era apenas uma das formas de o
fazer participar na construção dos seus saberes. Para
os “teóricos” das competências não há saberes a con-
struir ou a transmitir. Há apenas competências a
desenvolver. Para o teórico Bernard Rey saber

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O eduquês e a ideologia das competências… D
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resolver uma equação do 2º grau é uma competência,
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mas saber resolver um problema não é uma compe-
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tência, é uma palavra vazia, uma especulação de psi-
cólogos (Rey, 2005).

Esta ideologia é mais subsidiária do construtivismo filo-


sófico ou radical o qual defende que todos os conheci-
mentos elaborados pela humanidade não passam de
construções sociais portanto nunca poderão possuir
estatuto de verdades objectivas: Um paradigma episte-
mológico relativista que equivale a renunciar a toda a
procura de um saber objectivo que é o fim em si
mesmo da ciência.

Enfim estamos perante um catecismo post-moderno


no qual o Bispo Berkeley se sentiria à vontade já que
não existem realidades externas ao sujeito-pensante,
apenas competências estabelecidas pelo Estado e
seus associados facilitadores ou parceiros como qui-
serem.
Wegie
Foto: Berliner Mauer, 2009. Os 1600 metros do Muro
de Berlim ainda de pé e com pinturas murais
Para saber mais

• Livros de Le Boterf na Wook

• Quem é Bernard Rey?

• Bernard Rey sobre as competências

• Livros de Guy Le Boterf na Amazon

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Definição, caracterização e crítica do… D
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a
• Definição de competência por Guy Le Boterf
f

• Definição e caracterização do eduquês: Colec-t


tânea de textos do ProfBlog

Notícias diárias de educação

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Eduquês e novilíngua. Elementos
para a sua caracterização

O eduquês é um jargão profissional que podemos def-


inir como instância de discurso verbal, oral ou escrito,
respeitante ao domínio da Educação e constituído por
palavras, construções sintácticas ou idiomas próprios
desse domínio.

É um dos muitos registos linguísticos que instrumenta-


lizam a língua, pondo-a ao serviço de um mundo deter-
minado pela tecnologia. O Ramiro Marques ilustrou-o
nos pontos 1-4 da sua mensagem de hoje.

Este jargão, filiado no tentacular economês, é, “para-


doxalmente”, obscuro e enigmático para os próprios
membros da comunidade que utilitariamente o criou e
para a qual foi utilitariamente criado; no seu uso
esbate-se uma das características fundamentais da lin-
guagem humana, a de estabelecer uma relação de sig-
nificação entre os nomes e as coisas.

O eduquês português apresenta, ainda, uma infelici-


dade acrescida, que resulta da abundante tradução,
não raro canhestra, dos complexos e multivariados
compostos do eduquês inglês.

O desenvolvimento e a propagação deste jargão nas


últimas décadas suscita meditação: que fins serve?
Por outras palavras, o eduquês é meio para que fins?

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Definição, caracterização e crítica do… D
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Ana Laura M. Valadares de Araújo
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Foto: Museu Pergamon, Berlim 2009. A maior
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colecção mundial de arte da Mesopotâmia e Assíria
Para saber mais

• O eduquês e a ideologia das competências

• Definição e caracterização do eduquês - Colec-


tânea de textos publicados no ProfBlog

Notícias diárias de educação

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Mais uma brasa para a fogueira do
eduquês, atirada pelo jad

Esta incursão pelo eduquês é extremamente interes-


sante e importante. Os textos disponibilizados ajudam
a perceber a complexidade do mundo da educação e
das perspectivas que se foram construindo ao seu
redor.

É verdade que muita da produção editorial e aca-


démica ligada à educação em nada tem contribuído
para a compreensão do sentido do educar.

É verdade que a educação tem estado refém da socio-


logia e da psicologia, campo onde se semearam as
teorias da educação que têm alimentado os processos
de educar e de aprender, melhor, do ensino/aprendi-
zagem (como sabemos todos não é insignificante a
distinção entre a nomeação “ensinar e aprender” e
“ensino/aprendizagem”).
Se a sociologia francesa (sobretudo) nos foi mostrando
que a educação reproduzia a cultura da classe domi-
nante que não apenas a sustentava mas igualmente
reforçava a divisão de classes, a psicologia veio pro-
gressivamente acentuar a importância da criança e do
adolescente na sua identidade própria, distinta do
adulto (o que foi deveras importante). O que os teór-
icos da educação fizeram foi, simultaneamente, criar
condições para que a escola escapasse ao anátema

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Definição, caracterização e crítica do… D
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classista que a sociologia lhe tinha colado à pele e
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contribuir para que as crianças e adolescentes não
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fossem impedidas no seu desenvolvimento através da
escola.
É aqui que nascem os equívocos à volta do sentido da
educação. Foi assim que se percorreram caminhos tão
diversos. Mas, acima de tudo, foi assim que se
deslocou a educação do ensino para a aprendizagem.
Foi assim que se deslocou o centro do dever de
ensinar e de aprender para o direito ao sucesso. Foi
também assim que se foi desvalorizando o conheci-
mento em detrimento do bem-estar pessoal, de acordo
com as capacidades de cada um, não para as estim-
ular mas para que aprendessem apenas o que, supos-
tamente seriam capazes de aprender. No limite seriam
as crianças e adolescentes a decidir o que deviam
aprender.
É óbvio que esta é a mais perversa e imoral descrimi-
nação social e humana: sob a capa da igualdade de
oportunidades, apenas os filhos das famílias cultural-
mente desenvolvidas estão em condições de com-
preender a importância do saber.
Ora, creio que é nestes equívocos que assenta o cha-
mado eduquês. Mas, cuidado, facilmente se passa da
crítica a este teorizar equívoco para um cientismo que
em nada contribui para a compreensão da realidade. É
que perder o sentido de que todo o conhecimento, seja
ele qual for, é uma construção humana e, por conse-
guinte, é limitado e contingente é cair num dogmatismo
que se alimenta justamente dos mesmos limites do

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Mais uma brasa para a fogueira do eduquês… D
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cepticismo: a crença de que apenas as suas concep-
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ções são válidas (mesmo, como no caso do cepti-
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cismo, se defende a impossibilidade do conhecimento
universal), apenas o que a ciência diz que é verdade é
verdade (como também sabemos todos, se assim
fosse nem à construção da ciência tínhamos chegado).
E não foi Bachelard, filósofo e matemático, que disse
que não existem factos brutos?
Não foi Poincaré, matemático, que disse que existem
teorias matemáticas que não têm qualquer interesse?
Não foi Prigogine, químico, que disse que o cientista é
como o poeta: interpreta a realidade?
Portanto, a superação do eduquês não está na crença
numa verdade que apenas as ciências não sociais e
humanas dominam porque corresponderia à substi-
tuição do eduquês pelo cientismo. A superação está
no questionamento rigoroso do sentido do ensinar e do
aprender, centrados nos saberes fundantes do modo
de ser, pensar, dizer e fazer que nos identifica como
homens e como cultura.
E aqui, acendo a minha brasa, será impossível fazê-lo
à margem daquilo que nos faz homens: o falar, a lin-
guagem?
Jad
Imagem: Varanda
Para saber mais

• Colectânea do ProfBlog: Definição e caracteri-


zação do eduquês

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Definição, caracterização e crítica do… D
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• O texto completo no Scribd
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Notícias diárias de educação

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Sobre o eduquês e outros eses que
acorrentam o Homem
contemporâneo. Um texto de Ana
Laura de Araújo

Tem razão, Ramiro: o blogar é complexo. Complexo e


vertiginoso. Temo que o seu tempo não se compadeça
com o meu tempo de escrita, lento e mastigado.

Escrevi no Profblog, porque alguém, num comentário,


afirmara desconhecer o que fosse o eduquês. Reagi,
justamente porque me sinto escravizada por dema-
siados – eses (economês, politiquês, eduquês…), há
demasiado tempo…

A esses –eses, que atordoam, acorrentam e sugam o


homem contemporâneo, chamou Heidegger, em 1962,
a ‘língua técnica’, distinta da ‘língua natural’, ou ‘língua
de tradição’ (se ele pudesse constatar a que requintes
de perversão chegou a ‘língua técnica’!…).

Transcrevo as palavras finais dessa conferência, pro-


ferida perante professores de escolas profissionais;
elas recaem sobre o ensino da língua materna e eu
considero a sua transcrição o melhor contributo que
sou capaz de dar, na moldura tecnológica que
enquadra este texto:

“Era preciso considerar se este ensinamento da língua


não mereceria ser, mais do que uma formação, uma

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Definição, caracterização e crítica do… D
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meditação sobre o perigo que ameaça a língua. Ora
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uma tal meditação revelaria ao mesmo tempo a
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dimensão salvadora que se abriga no segredo da
língua, na medida em que é ela que sempre nos
conduz de um só golpe à proximidade do inefável e do
inexprimível.” in Língua de Tradição e Língua Técnica
(1999). Lisboa: Vega, 2ª ed., pp.41-42.

Permitam-me tão-só uma adenda, ainda a propósito


dos -eses e, em especial, do eduquês. Alguém, no
Profblog de ontem, aludiu, e muito bem, ao juridiquês.

Outra pessoa alertou então para o perigo de, ao teor-


izar-se sobre o eduquês, se correr o risco de se cair no
cientismo. Venho lembrar que já temos o cientês. Está
pujante e fértil, propagando-se velozmente nesta era
de “comunicação” e caindo, com rapacidade, sobre as
massas.
Ana Laura Valadares de Araújo
Foto: Muro de Berlim, 2009
Para saber mais

• Colectânea de Textos do ProfBlog: Definição e


caracterização do eduquês

Notícias diárias de educação

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Sobre o eduquês e outros eses que acorrentam… D
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