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a u l a
Transporte passivo
!
Assim como nos canais iônicos, as
pessoas espremidas numa saleta
também tendem a se espalhar,
quando uma porta para um
compartimento mais espaçoso
é aberto.
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AULA
(Figuras 11.1, 11.2 e 11.3). Esse estímulo pode ser um ligante,
uma sensibilidade do canal a alterações de voltagem ou a um estímulo
mecânico.
Nos canais ativados por ligante, uma molécula se liga ao canal
e induz uma mudança no formato da molécula que abre a comporta
(Figura 11.1A e 11.1B). Um bom exemplo de ligante é a adrenalina
(vide box). Quando ficamos nervosos ou com medo, essa substância é
liberada na corrente sangüínea e, ao encontrar canais iônicos que são
ativados por ela na superfície de vários tipos de célula, dispara processos
químicos que resultam na aceleração dos batimentos cardíacos, no
suor frio e outros sintomas relacionados a essas situações. Repare no
esquema: há canais que são abertos por ligantes extracelulares (como a
adrenalina) e outros por ligantes produzidos na própria célula, ou seja,
são abertos por dentro (Figura 11.1B).
MEIO EXTRACELU
MEIO INTRACELU
!
Ter um ataque de nervos no trânsito
abre vários canais iônicos dependentes
de adrenalina.
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!
A atividade muscular depende
tanto de canais que se abrem por
ligante como de canais ativados
por voltagem.
!
Já na atividade cerebral
participam muitos canais
dependentes de voltagem.
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AULA
iônicos sensíveis a estímulos mecânicos, levando a folha a fechar-se,
aprisionando o inseto ((Figura 11.3).
Você já deve ter notado que grande parte dos exemplos que temos
utilizado nesta aula se refere aos tecidos chamados excitáveis, isto é, músculos
e nervos. Os tipos celulares desses tecidos necessitam responder rapidamente
a estímulos. Isso é conseguido quando, em reposta a um estímulo, abrem-se
canais e por eles passam grandes quantidades de íons em pequeno intervalo
de tempo.
No estado de repouso, a membrana dessas células se encontra polarizada.
Isto é, há um acúmulo de cátions (especialmente Na+ e K+) no meio extracelular.
Em conseqüência, o meio intracelular é negativo em relação ao extracelular.
Essa diferença de cargas (chamada potencial de membrana) é mantida pelo
transporte ativo desses cátions, a ser estudado na Aula 12.
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inativo aberto
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AULA
figuras B e C mostram
o percuso do estímulo
ao longo de um trecho
da membrana, onde se
abrem sucessivamente
canais iônicos ativados
por voltagem (B). Os
canais abertos criam
uma área de inversão
da voltagem que induz
à abertura dos canais
vizinhos. Enquanto os
canais recém-ativados
se encontram no estado
inativo (área sombreada),
impedindo que o estímulo
dê "marcha à ré", os
canais à frente abrem-se,
permitindo a propagação
do estímulo no sentido
correto.
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CONCLUSÃO
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