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PROVA 124/6 Págs.

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO


12.º Ano (Decreto-Lei n.º 286/89, de 29 de Agosto)
Curso de Carácter Geral – Agrupamento 2 – 3 horas semanais

Duração da prova: 120 minutos prova modelo


2001

PROVA ESCRITA DE HISTÓRIA DA ARTE

A prova é constituída por três Grupos, sendo os itens do


Grupo III em alternativa.

As respostas devem integrar a leitura dos textos e das


obras de arte que as figuras reproduzam.

124/1 v.s.f.f.
GRUPO I

Figura 1 – Barão de Eschwege, Palácio da Pena, Sintra, 1840-47

«No início da Revolução Industrial, desenha-se (...) um movimento de ideias impregnado da


nostalgia por um passado histórico (...) e pelo fascínio da Natureza (...): o Romantismo vai encontrar
em Sintra o sítio ideal para as divagações do espírito e para os jogos de sensibilização (...), terreno
mágico em que os sonhos (...) podiam ganhar corporalização, através de palácios revivalistas e de
parques frondosos».
Vítor Serrão, Sintra (adaptado)

1. Refira os principais aspectos da corrente revivalista/historicista da Arquitectura do século XIX.

Figura 2 – J. M. W. Turner, O Navio Negreiro, 1839

2. Explique a importância da Natureza/Paisagem na temática da Pintura Romântica.

124/2
GRUPO II

Figura 3 – A. Endell, Atelier Elvira, Munique, 1896-1897

1. «Sob o termo genérico de Modernismo resumem-se as correntes artísticas que, na última década
do século XIX e na primeira do século XX, se propõem interpretar, apoiar e acompanhar o esforço
progressista económico-tecnológico da civilização industrial.»
G. C. Argan, Arte Moderna

Caracterize o movimento Arte Nova enquanto corrente modernista no campo da Arquitectura e das
Artes Decorativas.

124/3 v.s.f.f.
Figura 4 – P. Cézanne, A Mó, óleo sobre tela, 1898-1900

2. «A pintura é uma óptica, e a essência da nossa arte reside sobretudo naquilo que os nossos olhos
pensam. [...] Tudo na Natureza se modela como esferas, cones e cilindros...»
Cézanne, citado por Walter Hess, in Documentos para a Compreensão da Pintura Moderna

2.1. Explique em que medida a obra de Cézanne decorre do Impressionismo.

Figura 5 – P. Picasso, Retrato de D. H. Kahnweiler, 1910

2.2. Caracterize as fases de evolução do Cubismo.

124/4
GRUPO III

Escolha apenas um dos itens deste Grupo.


(Se responder aos dois, apenas será considerada a sua primeira resposta.)

Figura 6 – J. Pollock, Número 27, 1950

O Expressionismo Abstracto foi uma das mais importantes propostas artísticas do século XX.

1. Caracterize o Expressionismo Abstracto americano das décadas de 40 e 50.

Figura 7 – Júlio Pomar, O Almoço do Trolha, 1946-50

2. Caracterize o Neo-Realismo português, integrando-o nos contextos nacional e internacional.

FIM

124/5 v.s.f.f.
COTAÇÕES

GRUPO I

1. ................................................................................................... 30 pontos
2. ................................................................................................... 30 pontos

GRUPO II

1. ................................................................................................... 40 pontos
2.
2.1. ............................................................................................. 30 pontos
2.2. ............................................................................................. 30 pontos

GRUPO III

1. ou 2. ......................................................................................... 40 pontos

Total ...................................................... 200 pontos

124/6
PROVA 124/C/4 Págs.

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO


12.º Ano (Decreto-Lei n.º 286/89, de 29 de Agosto)
Curso de Carácter Geral – Agrupamento 2 – 3 horas semanais

Duração da prova: 120 minutos prova modelo


2001

PROVA ESCRITA DE HISTÓRIA DA ARTE

COTAÇÕES

GRUPO I

1. ................................................................................................... 30 pontos
2. ................................................................................................... 30 pontos

GRUPO II

1. ................................................................................................... 40 pontos
2.
2.1. ............................................................................................. 30 pontos
2.2. ............................................................................................. 30 pontos

GRUPO III
(Respostas em alternativa)

1. ou 2. ......................................................................................... 40 pontos

Total 200 pontos

124/C/1 v.s.f.f.
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO

A classificação da prova deve ter como base os seguintes aspectos:


– rigor científico;
– objectividade, clareza e coerência da resposta;
– capacidade de leitura da obra de arte, considerando o seu enquadramento histórico e artístico.

NOTA:
Em relação a cada resposta, enunciam-se os conteúdos essenciais a ter em conta para uma
cotação total.
Estes conteúdos podem ser articulados pelo examinando de diversos modos, desde que
se enquadrem nos objectivos visados.
O professor corrector deverá considerar se, ainda que através de referências não contidas
nos tópicos propostos, o examinando revela conhecimento das matérias sobre que incidem as
perguntas e, consequentemente, avaliar a sua adequação e a profundidade das respostas.

TÓPICOS

GRUPO I
(Resposta obrigatória)

1. Corrente da Arquitectura com origem nos ideais do Romantismo, mas que se projecta muito para
além da época deste, ao longo do século XIX, quer na Europa quer na América. Reage contra as
regras clássicas, mas mantém e reforça o pendor historicista, associando a este a importância
dada à imaginação criadora. Apresenta revivalismos de inspiração medieval (Neo-Gótico, Neo-
-Românico e Neo-Bizantino, e ainda de sabor exótico – Neo-Árabe, Neo-Mourisco e orientalizante)
que se traduzem, muitas vezes, em meros vocabulários decorativos sem a preocupação de
coadunação funcional. Observa-se, no entanto, uma preocupação na identificação de
determinados revivalismos com determinadas tipologias. Verifica-se, ainda, a importância dada ao
tratamento dos espaços exteriores de enquadramento dos edifícios em arranjos tipicamente
cenográficos. A concepção de jardim (à inglesa) obedece à noção de uma natureza em liberdade.

2. Natureza/Paisagem é um dos temas principais da Pintura Romântica. Através desse tema, o pintor
transmite os seus estados de espírito e emoções, objectivo fundamental do Romantismo. É uma
natureza dotada de sentimentos em que o dramatismo pode atingir grande intensidade. Paisagens
rurais ou marítimas tornam-se os temas centrais da pintura ou servem de enquadramento a cenas
figuradas (ou ainda construções, por vezes em ruínas), estabelecendo-se uma relação nostálgica,
ou dramática, entre o fundo paisagístico e o que nele está contido.

GRUPO II
(Resposta obrigatória)

1. Desenvolvimento, nas décadas de 80 e 90 do século XIX e no século XX até à Primeira Guerra


Mundial, quase simultâneo em diferentes centros urbanos industriais europeus e da América do
Norte. Combate a desolação urbana, causada pela industrialização, propondo que a arte deve
«embelezar» a cidade, tornando-a agradável, alegre e moderna. Nesse sentido, condena os estilos
históricos/revivalistas, promovendo uma estética orgânica inspirada na Natureza e no Homem
(Mulher). Aceita os novos materiais, explorando simultaneamente as suas capacidades técnicas e
estéticas, observando-se já, em alguns edifícios, uma decoração com valor funcional de que

124/C/2
resulta uma característica moderna de continuidade espacial. A linguagem da Arte Nova estende-
-se da Arquitectura – entendida na sua integração urbana – às Artes Decorativas, numa proposta
de aproximação das artes «maiores» às artes aplicadas.

2.1. A obra de Cézanne parte do Impressionismo, mas supera-o. Valoriza a estrutura do objecto
(estável) em oposição à sua aparência (instável); preconiza a construção da forma em oposição
à sua diluição; considera que a composição pictórica deve resultar da reflexão sobre a
percepção visual e que as formas observadas devem ser construídas na tela através de
manchas de cor. Como resultado desta reflexão, a sua obra abre caminho para o Cubismo.
2.2. Em 1907, Picasso realiza o quadro «As Meninas de Avinhão», obra em que confluem os
princípios da reflexão de Cézanne sobre o modo de representação das formas e a influência da
arte africana. Esta obra vai despoletar toda uma pesquisa conjunta, inicialmente por Picasso e
Braque, a que se chamou Cubismo. A fase «cézanne» é marcada pela temática da paisagem,
em que árvores, rochedos, casario são representados por largos e geometrizantes planos de
cor. A fase analítica é marcada pela decomposição do objecto e do espaço, pela representação
planificada na tela dos diferentes ângulos de visão do objecto na sua relação com o espaço,
pelo abandono da perspectiva linear, pela recusa do ilusionismo da pintura tradicional,
assumindo-se a natureza plana da tela, e pela redução da cor (prioridade da análise da estrutura
formal). Esta visão cubista do objecto/espaço em diferentes perspectivas pressupõe, ainda, a
dimensão tempo. A fase sintética inicia-se com as experiências realizadas em 1912-13 –
esculturas/construções em papel, colagem na tela de papéis, de tecidos e de outros materiais,
com os quais se reintroduz a cor. Pretende-se, com uma economia de elementos descritivos,
representar o objecto nos seus aspectos essenciais, quer fruto da observação quer do
conhecimento. (O Cubismo sintético conta, também, com a reflexão teórica e com as
experiências pictóricas de Juan Gris.)

GRUPO III
(Respostas em alternativa, 1. ou 2.)
(Se o aluno responder às duas questões, apenas será considerada a sua primeira resposta.)

1. O Expressionismo Abstracto americano engloba várias experiências, como, por exemplo, Action-
-Painting, Gestualismo, Abstracção Pictural. O principal centro é Nova Iorque. Nas obras de
Pollock e de Kooning dominam a individualidade, a espontaneidade e a gestualidade, expressas
em obras de grandes dimensões, normalmente grandes telas pintadas no chão do atelier. Noutra
linha (como, por exemplo, na obra de Rothko) procura-se uma ideia de absoluto, reduzindo o
quadro aos elementos mínimos da sua estrutura material e compositiva.

2. O Neo-Realismo, movimento político-cultural que, em Portugal, englobou primeiro a literatura e,


depois, a arte no período após a Segunda Guerra Mundial. Pontos de contacto com o Realismo
Social alemão e francês dos anos 20-30 e com o da América Latina (os muralistas mexicanos e
o brasileiro Portinari) e, ainda, com o Realismo Socialista soviético. As concepções neo-realistas
defendem uma consciência mais crítica nos domínios do papel social da arte, colhendo bastante
apoio num período altamente politizado (a ideia da queda do regime salazarista identifica-se com
a queda dos regimes nazi e fascista). Em oposição às exposições oficiais do SNI e assumindo-
-se como núcleo de resistência anti-regime, surgem as Gerais de Artes Plásticas e Arquitectura
da SNBA (1946-56), onde predominou a tendência neo-realista, mas onde expunham também
(inicialmente) surrealistas e artistas de linha naturalista (foram pintores ligados ao Neo-Realismo
Júlio Pomar, Vespeira, Lima de Freitas, João Abel Manta e os escultores Arlindo Vicente e Jorge
Vieira). Tendo o Neo-Realismo surgido em Portugal no mesmo período que o Surrealismo e o
Abstraccionismo, gerou-se, entre estes três movimentos, acesa polémica sobre a natureza e o
papel da arte.

124/C/3
EXAMES NACIONAIS DO ENSINO SECUNDÁRIO — 2001, Prova Modelo HISTÓRIA DA ARTE (Cód. 124)

Código Número
GRUPO I GRUPO II GRUPO III * TOTAL DA
Confidencial Convencional 1. 2. 1. 2.1. 2.2. 1. ou 2. PROVA
TI T II T III
da Escola da Prova (0-200)
(60) (100) (40)
(30) (30) (40) (30) (30) (40) (40)

* O professor corrector deverá indicar, nesta coluna, o número da questão, 1. ou 2., a que o examinando respondeu.

Data ____/____/____ O Professor Corrector __________________________________________

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