Acção de Formação: Práticas e Modelos de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares

O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas

Escolares: metodologias de operacionalização

Intervenientes no processo

"O modelo deve ser trabalhado pelo Professor

bibliotecário com o apoio da respectiva equipa
e do CE.” (Texto da sessão, p.5)

A aplicação do modelo de auto-avaliação da Biblioteca Escolar

pressupõe que toda a equipa esteja informada, motivada e
empenhada na sua implementação. Pressupõe ainda o envolvimento,
desde a primeira hora, dos órgãos de gestão pedagógica e executiva
da Escola/Agrupamento.

O sucesso da aplicação do modelo dependerá ainda do envolvimento

dos docentes e alunos pois “ boa parte das evidências requisitam a
sua disponibilidade e empenho na resposta a inquéritos , cedência de
materiais, actividades de observação, etc. …”. (Texto da sessão, p.5)

Também os pais/E.E. e outras entidades devem ser chamados a

participar na avaliação da biblioteca, desempenhando as últimas o

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papel de “Critical Friend” ou “Devil’s Advocat” na análise e
interpretação dos resultados e elaboração de conclusões.

Assim, é fundamental comunicar ao Conselho Pedagógico quer o

processo em si e o modo como cada agente educativo será nele
envolvido, quer os resultados e respectivas implicações.

Como referi em trabalhos anteriores, ainda não testei o modelo e por

isso não tenho qualquer experiência da sua implementação. O plano
que a seguir apresento resulta da análise que faço dos documentos e
da experiência em trabalho/coordenação de biblioteca.

Etapas a desenvolver ao longo do ano

1º Período

• Sensibilizar a comunidade educativa acerca da pertinência e

objectivos da avaliação

• Fazer um Diagnóstico para escolher o domínio

• Escolher o Domínio a avaliar

• Adequar o modelo à realidade da escola/agrupamento

• Seleccionar a amostra

• Identificar as evidências mais relevantes para o domínio a avaliar

• Organizar e produzir instrumentos

• Calendarizar o processo

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2º Período

• Recolher evidências (aplicar os instrumentos –

inquéritos/qestionários relativos ao subdomínio a avaliar)

• Fazer o tratamento dos dados_construção de tabelas e gráficos

que facilitam a interpretação dos dados

• Sistematizar os dados estatísticos que a BE costuma recolher

3º Período

• Concluir a recolha de evidências (Aplicar os instrumentos –

inquéritos/Questionários relativos ao subdomínio a avaliar)

• Fazer o tratamento dos dados- construção de tabelas e gráficos

que facilitam a interpretação dos dados

• Sistematizar os dados estatísticos que a BE costuma recolher

• Interpretar os dados recolhidos

• Confrontar os dados com os factores críticos de sucesso e os

perfis de desempenho

• Definir o perfil da BE

• Elaborar o relatório final, com indicação de pontos fortes/pontos

fracos – preencher o Modelo de Relatório

• Apresentar o relatório ao Órgão de Gestão, ao Conselho

Pedagógico e à RBE

• Comunicar os resultados à comunidade educativa

• Apresentar resumo de resultados a incluir no Relatório de Auto-

Avaliação da Escola

• Preparar e Implementar um Plano de Acção:

- Identificar objectivos e metas a atingir

- Planificar e implementar as acções para a melhoria

-Monitorizar o processo de implementação das acções para a

melhoria

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Domínio a avaliar B. LEITURA E LITERACIA

Indicadores B.1 - Trabalho da BE ao serviço da promoção

da leitura na escola/agrupamento (Este
indicador centra-se no processo).
B.3 - Impacto do trabalho da BE nas atitudes e
competências dos alunos, no âmbito da leitura
e da literacia (Este indicador centra-se no
impacto).

Justificação da A BE tem vindo a investir bastante neste

domínio, desenvolvendo diversas actividades de
escolha promoção da leitura. Há que saber qual o
impacto dessas actividades na escola.

B.1 - Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura na

escola/agrupamento

O que pretende avaliar?

• A Colecção: qualidade, quantidade e adequação aos gostos,

interesses e necessidades dos utilizadores. Identificação de
novos públicos e adequação da colecção às necessidades
desses públicos (CEF, outros).

• Articulação com actividades orientadas pelo PNL: divulgação de

orientações e actividades do PNL; participação nalgumas dessas
actividades e projectos, nomeadamente na Semana da Leitura.

• O carácter sistemático de actividades de promoção da leitura:

sessões de leitura, na biblioteca e noutros espaços da escola
em diferentes momentos do ano lectivo, Hora do Conto
dinamizada pelos alunos do 2.º ciclo e dirigida aos alunos do
4.º ano, desenvolvimento de projectos de leitura (Leitura sem
Fronteiras, Leitura a Par, Momentos de Leitura, Leitura sobre
Rodas), Feira do Livro, encontro com escritores e contadores de
histórias, incentivo ao empréstimo domiciliário, divulgação de
novidades editoriais, entre outras.

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 • Actividades de promoção de leitura informativa em articulação
com os departamentos curriculares.

• Organização e difusão de recursos documentais associados a

diferentes temáticas ou projectos: mostras de livros temáticos,
elaboração e divulgação de listas bibliográficas, divulgação de
novidades editoriais, constituição de dossiês temáticos.

• Actividades diversas de leitura tendo por objectivo desenvolver

a oralidade e a escrita: Hora do Conto, Leitura a Par,
dinamização/apoio a concursos literários, encontro com o
escritor, sessões de poesia.

• Encontros com escritores e outros eventos culturais que

incentivem o gosto pela leitura: Feira do Livro, encontro com
escritores e contadores de histórias, sessões de poesia.

• Promoção da leitura em ambientes digitais: livros digitais,

blogs, e-mail, youtube.

• Articulação da leitura com docentes, pais, Biblioteca Municipal e

outras entidades: Hora do Conto, Leitura a Par, Leitura sobre
Rodas, Leitura sem Fronteiras, encontro com escritores e
contadores de histórias.

Recolha de evidências:

• Grelha de registo de sugestões de documentos a adquirir

• Registos de observação informal

• Questionários aos professores (QD2)

• Questionários aos alunos (QA2)

• Estatística de consultas efectuadas na Be

• Estatística de requisição domiciliária

• Estatística de requisição para a sala de aula

• Estatística de circulação de documentos entre as escolas do

agrupamento e entre as escolas do agrupamento e outras
escolas/ Biblioteca Municipal (por exemplo os livros do PNL)

• Programas e relatórios de actividades

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 • Pequenos questionários de balanço das actividades
desenvolvidas

• Actas e registos de reuniões

• Fotografias

• Projecto Educativo

• Plano Anual de Actividades da Escola

• PAA da BE

B.3 – Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências

dos alunos, no âmbito da leitura e da literacia

O que pretende avaliar?

• De que forma usam os alunos o livro e o espaço da BE(leitura

recreativa, recolha de informação, realização de trabalhos
escolares)

• Desenvolvimento de competências de leitura, lendo mais e com

maior profundidade

• Progressos dos alunos nas competências de leitura e literacia

quando desenvolvem trabalhos em vários ambientes
informacionais

• Participação dos alunos em actividades de promoção da leitura

Recolha de evidências:

• Estatísticas de utilização da BE para actividades de leitura

• Estatística de requisição domiciliária

• Observação da utilização da BE (O3; O4)

• Trabalhos realizados pelos alunos nas actividades desenvolvidas

pela BE na promoção da leitura

• Questionários aos docentes (QD2)

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 • Questionários aos alunos (QA2)

Constrangimentos

• A falta de tempo para desenvolver um trabalho que se pretende

de qualidade

• A sobrecarga de trabalho que a aplicação do modelo acarreta

• Dificuldade em envolver todos os intervenientes

Bibliografia

• Texto da sessão: “O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas

Escolares: metodologias de operacionalização (Parte I)

• Basic Guide to Program Evaluation, disponível em:

http://managementhelp.org/evaluatn/fnl_eval.htm

• Modelo de Auto – Avaliação da Biblioteca Escolar disponível em:

http://www.rbe.min-edu.pt/np4/?newsId=31&fileName=mod_auto_avaliacao.pdf

A Formanda

Maria da Conceição Novais