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Resi d ent E vi l Chro ni cl es - Cap í t ul o s, Fanfi ct i o n Int erat i va

Pedro H. Postado em: April 20, 2009 10:19 am

Resident Evil Chronicles


Bravo Team
user posted image

Resident Evil Chronicles é uma fanfiction interativa, a idéia original veio do usuário CØLØGNËSΙ fórum Revil.
Grupo: Membros Nessa fanfiction usuários do fórum se escrevem completando uma ficha, após o período de inscrição outro tópico
Posts: 542 será aberto para a postagem da fanfiction. A postagem de capítulos vai acontecer dessa forma: Um usuário vai
Member No.: 1064
Joined: May 13, 2007 postar um capítulo, o usuário seguinte vai postar a continuação e assim sucessivamente.

Explicações gerais:

- Os ficwriters que se inscreveram irão escrever em uma rodada, o capítulo baseado em seu personagem, mas não
focado nele, e sim do ponto de vista dele, com bastante interação com os demais personagens e os cenários. A
narrativa deve ser feita em primeira pessoa do singular;

- Uma rodada consiste em TODOS os ficwriters escreverem um capítulo.


Exemplo: Os 11 ficwriters inscritos escrevem um capítulo, e quando o 11º ficwriter postar seu capítulo, acabará
uma rodada, e logo se iniciará outra, voltando para o 1º ficwriter de novo;

- - Na "rodada da morte", após o personagem que vai morrer ter sido sorteado, os fic-writers terão de escolher
entre si, aquele que irá escrever e descrever sobre esta morte em questão. Então, Pedro H. irá mandar uma MP
para a pessoa, e somente esta pessoa que os fic-writers escolheram, notificando sobre quem foi o "sorteado".
Segue-se a ordem normal de postagens, e quando chegar a vez da pessoa escolhida, todos irão saber finalmente
quem morreu. Lembrando que os fic-writers só podem ser escolhidos uma vez, para que assim, todos possam ter a
chance de ser escolhidos e escrever sobre a morte do companheiro;

Regras:

- A ordem de postagem dos ficwriters também será definida por sorteio apenas uma vez, sendo usada pelo resto da
fanfiction;

1.Karol (Davi Redfield)


2.Emily Marie (Gabrielle R. L.)
3.Kedar Yoo (God Kira)
4.Matt (-Matt Addison-)
5.Samuel Kent. (BloodCold)
6.Vanessão (Chris.Redfield) - morto na rodada 2
7.Mattew Liward (<Mr. Pedro>) - morto na rodada 4
8.Stacey (Jejé)
9.Kathleen Crossman (Rebecca Chambers) - morta na rodada 6
10.Anahi 0neo (Anahi)

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11.Mackenzie D. Sunderland (Tyrant-T-0766)

- Não será permitido que ficwriters troquem a ordem de escrita, exceto por motivo de força maior;

- A cada 2 rodadas será organizado um sorteio para definir qual personagem irá morrer. Dentre as opções do
sorteio haverão duas descritas como "ninguém morre". Quando tal opção for sorteada, nenhum personagem irá
morrer nas próximas 2 rodadas, até que seja feito um novo sorteio;

- Apenas o ficwriter que tiver seu personagem sorteado na rodada da morte, saberá do resultado. E terá que
escrever o capítulo da morte de seu personagem, postando SOMENTE quando chegar sua vez, seguindo a ordem de
postagem.

- Ficwriters que tiverem seu personagem morto não mais postarão capítulos da fanfiction.

- Os ficwriters tem o prazo de 3 dias para postarem seu capítulo;

- Ficwriters que não postarem o capítulo a que foram designados no prazo de 3 dia, terão sua vez pulada, sendo
que o proximo escritor escreverá o capítulo;

- A fanfiction terá fim após 7 rodadas de seu início [77 capítulos, em média].

Regras e Explicações Gerais by Jejé e God Kira.

Personagens:

Nome: Kedar Yoo (Mais conhecido como "Ky")


Idade: 19 anos
Ocupação: Estudante de Direito
Habilidades: Facilidade na utilização de armas brancas. Curiosamente possui o antivírus em seu sangue, podendo
imunizar outras pessoas com ele. Infelizmente não é imune ao T-Vírus, podendo ser infectado.
O que carrega: Uma mochila, com canetas, cadernos, livros etc e um canivete.
Roupas que usa: Camiseta escrito "Sidney Prescott Fanboy", calça jeans, tênis branco e jaqueta jeans sem
manga.
Ferramentas que usa: Canivete e alguns clips.
Peso: 70kg
Altura: 1,83cm
Informações adicionais (Não necessário): Nunca conheceu seu pai e sua mãe morreu quando tinha apenas
sete anos. Foi criado pelos avós maternos. Seu avô, aficcionado por táticas de guerra, ensinou-o a usar armas
brancas, experiência que se prolongou quando foi estudar num colégio militar. Ao se formar mudou-se para outra
cidade, a fim de formar-se em direito. Sonha em se tornar um promotor de sucesso. Além disso Kedar é
aficcionado por filmes de terror e constantemente está fazendo piadinhas e/ou comparações com determinados
filmes e atores. Sua maior paixão é Sidney Prescott, a Scream Queen da série Pânico.

Nome: Karol
Idade: 23
Ocupação: Interna de um Hospital Psiquiátrico
Habilidades: Nenhuma
O que carrega: Um bisturi
Roupas que usa: Conjunto de camisa e calça azul claro
Ferramentas que usa: Nenhuma
Peso: 50kg
Altura: 1,65m
Informações adicionais (Não necessário): --

Nome: Emily Marie


Idade: 21
Ocupação: Secretária da Universidade
Habilidades: Nenhuma
O que carrega: Uma pasta contendo alguns papéis, uma agenda, canetas e etc.
Roupas que usa: Um blaizer preto junto a uma calça também preta
Ferramentas que usa: Nenhuma
Peso: 57kg
Altura: 1,71m
Informações adicionais (Não necessário): --

Nome: Anahi 0neo


Idade: 25 anos
Ocupação: Ex-policial

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Habilidades: Manejo em armas de fogo


O que carrega: Uma mochila com suprimentos, roupas e cadernos,papéis,munição..
Roupas que usa: Calça jeans preta, camiseta preta
Ferramentas que usa: Possui uma Shotgun.
Peso: 1.67
Altura: 52 kgs
Informações adicionais (Não necessário): Foi expulsa da academia por desobedecer regras. Desde recruta
nunca gostou do modo como as pessoas se tratavam. Tem um forte senso de justiça e uma boa mira. Não deixa
que nenhuma das outras pessoas use sua arma.

Nome: Anderson Lopes (Vanessa)


Idade: 32 anos
Ocupação: Profissional do Sexo
Habilidades: Manuseio com bolsas, salto-alto e sabe dar barraco (famosos bafões)
O que carrega: Bolsa com utensilios de beleza e camisinha.
Roupas que usa: Vestido amarelo de 5° qualidade, brinco de pena, colar feito com semente de guaraná,
salto-alto plataforma de 15cm (sem marca).
Ferramentas que usa: --
Peso: 82kg
Altura: 1.75
Infos adcionais: Era prostitua no Brasil, após um incidente no qual foi declarada morta ela foi levada pela
Umbrella até Raccoon por ter um tipo sangüíneo raro compatível com o T-Vírus. Não gosta de ser passada pra trás
e dá barraco quando isso ocorre.

Nome: Kathleen Crossman


Idade: 20
Ocupação: Estudante de medicina e taxista nas horas vagas
Habilidades: Sabe lutar muito bem com facas.
O que carrega: Um celular.
Roupas que usa: Uma blusa verde escuro, um casaco azul claro e uma calça jeans.
Ferramentas que usa: Uma magnum, uma revólver e uma faca
Peso: 49kg
Altura: 1,67
Informações adicionais (Não necessário): Nunca conheceu sua mãe, e seu pai nunca foi muito presente em
sua vida, sendo que ele era um conhecido mafioso em sua cidade natal.Já foi presa algumas vezes em sua
adolescência e por consequência sabe correr rapidamente, utilizar armas de fogo e manejar facas.Sonha em ser
médica e ter a oportunidade de deixar seu passado para trás.Tem muita coragem, ousadia, rebelde, é rude e não
respeita absolutamente ninguém.

Nome: Matt
Idade: 26 anos
Ocupação: Farmacêutico
Habilidades: Criação de produtos químicos e tóxicos.
O que carrega: Notebook, maleta com frascos/produtos químicos, agenda de anotações, caneta espiã.
Ferramentas que usa: Injeção com solução de T-Vírus.
Roupas que usa: Conjunto preto - esporte fino.
Peso: 70kg
Altura: 1.80
Infos adcionais: Tem complexo de superioridade e odeia pessoas ignorantes e sem cultura. Adora ver a desgraça
alheia e ri quando não podem comprar algum remédio.

Nome: Mattew Liward


Idade: 17
Ocupação: Estudante
Habilidades: Inteligência muito alta, agilidade, força.
O que carrega: Um livro sobre bioquímica.
Roupas que usa: Camisa preta com um casaco verde quase preto, calsa jeans azul escuro e tênis preto.
Ferramentas que usa: Nenhuma
Peso: 73
Altura: 1,87
Informações adicionais (Não necessário): Quando perdeu seus pais em um acidente, Mattew foi morar com
seus tios milhionários e decidiu aos 15 anos começar a viver sozinho com grande parte do dinheiro herdado dos
seus pais.
Dotado de grande inteligência, ele consegue uma forma de dobrar o seu dinheiro e agora já estuda na universidade
local, decide ser um grande bioquímico.

Nome: Samuel Kent.


Idade: 27. (Possivelmente)

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Ocupação: Detetive Particular.


Habilidades: Possui, acima de tudo, um raciocínio rápido, conseguindo encontrar soluções rápidas para situações
que exigem. Tem noções de defesa pessoal, sabendo se virar muito bem ao encontrar inimigos, pelo menos
humanos.
O que carrega: Handgun M1911, sua arma "de estimação".
Uma lâmina 'tantô' (Espada japonesa menor do que uma katana e maior do que uma faca comum.)
Roupas que usa: Calças marrom, botas negras, camisa branca de botões e um sobretudo marrom.
Ferramentas que usa: Nenhuma.
Peso: Aproximadamente 70 kg.
Altura: 1,78
Informações adicionais (Não necessário): Aparência física; Cabelos louros, caindo-lhe diante dos olhos
azulados, porte atlético. Possui uma personalidade não muito simpática, preferindo quase sempre trabalhar
sozinho. Seu passado é um enigma, e sua própria idade pode não corresponder á verdadeira. Sua vida inteira é
uma busca constante por enigmas á serem resolvidos, mistérios e conspirações.
Além de toda a riqueza, ele é uma pessoa fechada não expondo quase nenhum detalhe de sua vida a ninguém.
Sua inteligência permite que consiga decifrar enigmas muito complexos e a sua agilidade e força fez com que, aos 7
anos, conseguisse sair do carro antes que caísse no precipíio, acidente que matou os seus pais.

Nome: Stacey
Idade: 25
Ocupação: Bar-Woman
Habilidades: Agilidade e bons reflexos, hábil conhecedora de coquetéis, bebidas e misturas. Facilidade em
comunicação, bilíngüe e algum conhecimento de design.
O que carrega: Um isqueiro e uma caderneta.
Roupas que usa: Camiseta social branca semi-aberta, colete social fechado de cor preta, calça social preta e justa
e sapato social preto.
Ferramentas que usa: Facas
Peso: Aproximadamente 64kg
Altura: 1,72
Informações adicionais: Stacey, como gosta de ser chamada, veio para o país como uma estudante de moda,
mas após vários conflitos e confusões, e seu nome sendo sujo, resolveu largar os estudos e trabalhar para pagar
suas dívidas. Por sorte, após árduos sacrifícios e dificuldades, ela conseguiu sanar a maioria de seus problemas.
Hoje em dia, trabalha como bar-woman e atendente de mesas em uma boate famosa, e possui vários contatos no
submundo da cidade. É muito inteligente, e fala pelo menos 3 idiomas, além de ter facilidade em se comunicar com
as pessoas ao seu redor.

Nome: Mackenzie D. Sunderland


Idade: 38
Ocupação: Ex-assassino Profissional e Ex-cientista da Umbrella.
O que carrega: Glock 35 preta com silenciador, dois pentes de munição 9mm contendo 15 balas cada um,
canivete suíço com diversas funções e um isqueiro.
Habilidades: Ágil, astuto, inteligente, excelente condição física e possui ótimos reflexos.
Roupas que usa: Calça Jeans escura, camiseta branca, jaqueta de couro preta e tênis esportivo.
Ferramentas que usa: Canivete, faca, e armas de fogo em geral.
Peso: 75 kg
Altura: 1,80
Informações adicionais: Cabelos castanhos lisos e curtos, olhos castanhos cor-de-caramelo e excelente condição
física. Apresenta uma personalidade fria e reservada, e nunca deixa os sentimentos afetarem suas decisões. Em
meio a um turbilhão de acontecimentos que têm ocorrido em Raccoon City, Mack se vê diante de um pesadelo de
filme de terror, uma cidade dominada por criaturas bizarras e letais... Mas Mack sabia quem eram os responsáveis
por tudo aquilo, afinal, ele já havia trabalhado pra eles, e sabia que um dia as coisas ficariam fora de controle...
Umbrella, a corporação que exercia maior influência sobre a cidade... Raccoon city não seria o que é hoje se não
fosse a Umbrella, mas eles ganhariam o que mereciam, provariam o próprio veneno e assistiriam sua preciosa
cidade ruir... Mack estava disposto a fazer qualquer coisa para escapar daquele inferno, mas antes... Tinha
assuntos pendentes a resolver com a Umbrella.

P.S.: Imagens dos personagens em breve.

Comentários:

http://fyfre.3.forumer.com/index.php?showtopic=6019&st=0

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"6 billions cries of agony will birth a new balance."


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Davi Redfield Postado em: April 21, 2009 09:28 am

Capítulo 1: Quem não toma seu remédio...

- Eu estou aqui por que não tomei meu remédio.


O homem á minha frente contorceu os lábios, em uma careta. Escreveu algo nos papéis a sua frente, sem me
olhar. Após alguns segundos escrevendo, finalmente disse, sem levantar os olhos para mim:
- Você está aqui por que matou seu noivo, Srta. Sands.
- Isso não é verdade! Eu não matei ele!
- Sim, você matou. Você o cortou em pedaços com uma faca de cozinha. A polícia a encontrou sentada ao lado
do corpo, com a faca nas mãos, murmurando coisas sem sentido. - continuou o médico, agora me olhando.
- Não! - gritei.
- Você foi presa, julgada e condenada á passar o resto da vida neste hospital psiquiátrico. - completou o
homem, sem expressão alguma e seu rosto.
- Eu não matei ele! Foi o farmacêutico que matou! - gritei, enquanto começava a chorar.
- Como disse, Srta. Sands? O farmacêutico o matou? - perguntou o médico, surpreso. Finalmente seu rosto
expressava algo próximo de uma emoção.
Eu contei á ele.

Bravo Team
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Como faço todo mês, estava indo á farmácia, comprar o meu remédio. Nada demais.
Grupo: Administradores
Posts: 1296 Após andar algumas quadras, cheguei a farmácia. Entrei. Me aproximei do balcão.
Member No.: 2169
O farmacêutico parecia bastante entretido, mechendo em um notebook. Chamei-o.
Joined: October 30, 2008
- O de sempre, por favor. - disse.
O farmacêutico deixou o notebook de lado, e pegou a escada. Encostou-a na plateleira, subiu, e pegou uma das
Ranking Especial: caixinhas de remédio que estavam no alto. Todas as que estavam no alto tinham uma faixa preta desenhada
bem no meio da caixinha.
Ele desceu, foi até o balcão, pegou um saquinho marrom, e colocou a caixinha de remédio lá dentro. Então, veio
até mim, e repousou-a no balcão á minha frente.
- São 50 dólares. - disse ele.
Eu apanhei minha bolsa e comecei a mecher em seu interior.
- Não pode ser... - murmurei.
- O que houve, moça? - perguntou o farmacêutico.
- Eu... Eu acho que perdi minha carteira. - disse, com a voz embargada.
- Perdeu, é? - disse o farmacêutico. Estranhamente, ele estava sorrindo.
- Escute... Você não pode me deixar levar o remédio? Meu noivo chega hoje de viagem, eu pego o dinheiro com
ele, e amanhã eu pago...
- Sinto muito, moça, mas eu não posso. Não vendemos fiado.
- Mas eu compro aqui todo mês! - gritei.
- Se eu abrir uma excessão pra você, vou ter que abrir pra todo mundo, moça. Sinto muito, são as normas. -
disse o farmacêutico, ainda sorrindo, ao mesmo tempo em que pegou o saquinho com o remédio que estava á
minha frente.
- Mas senhor, eu preciso desse remédio...! - disse, em lágrimas.

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- Todos que vem á minha farmácia precisam de remédio. - disse o farmacêutico, já de costas para mim. Ele
estava de costas, mas eu podia sentir que estava sorrindo.
Não adiantava insistir. Saí da farmácia. Mas ao sair, pude ouvir o farmacêutico. Ele estava rindo. Ele estava
rindo!

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- O que aconteceu depois, Srta. Sands? - perguntou o médico.


- Eu não me lembro.... - disse, com os olhos lacrimejados.
- Eu lhe contarei. - disse ele, apanhando uma pasta com papéis. Pegou um deles de dentro da pasta, e começou
a ler em voz alta:

"Karol Sands chegou em sua casa aproximadamente as 10h da manhã. Segundo os vizinhos, ela não deixou a
residência, até o momento em que foi levada pela polícia.
O noivo da acusada chegou por volta das 21h na residência. Acredita-se que a acusada já esperava por ele na
morta da sala da casa, devido as evidências coletadas pelos respingos de sangue. Quando Derick Hamilton
entrou na sala, recebeu uma facada no lado direito do peito, que o fez largar deixar a mala cair no chão da sala,
onde a mesma foi encontrada posteriormente.
Após esse primeiro golpe, evidências indicam que ele recebeu um segundo golpe, na região do abdômen.
Manchas de sangue na área indicam que ele caiu, com a acusada em cima de seu corpo. Foram então desferidas
inúmeras facadas por toda a região toráxica da vítima, culminando com um golpe que talhou sua garganta,
quase decepando sua cabeça. Então, a acusada começou a decepar partes de seu corpo (....)

- Isso que acaba de ouvir é parte do relatório policial. Acredite, Srta. Sands, você, e mais ninguém, assassinou
seu noivo. - concluiu o médico, guardando o papel na pasta novamente.
- Mas eu pensei que era o maldito farmacêutico! - gritei.
- Entendo. Isso foi causado pela sua doença, Srta. Sands. Se você tivesse tomado seu remédio, creio que --
- Doutor!
Me virei para a porta, para ver quem havia chamado. Era uma das enfermeiras.
- O que houve, enfermeira? Por que nos interrompeu? - disse o médico.
- Temos que sair daqui agora!
O médico se levantou rapidamente. Abriu uma das gavetas de sua mesa, e pegou uma chave.
- Enfermeira, leve a Srta. Sands de volta á seu quarto.
Enquanto a enfermeira me conduzia por aqueles corredores tão brancos, notei que todos estavam bastante
agitados. Enferemiras e médicos passavam correndo por nós, e essa visão pareceu ter feito com que a
enfremeira á minha frente apertasse mais o passo.
De repente, em meio aquela aparente confusão, vi algo no chão, perto de uma mesa de instrumentos caída.
Antes que a enferemeira percebe-se meu movimento, abaixei-me e apanhei o que havia visto.
Ao chegarmos ao meu quarto, a enfermeira abriu rapidamente a porta e me mandou entrar.
- O que está acontecendo aqui? - perguntei á ela.
- Não se preocupe, a segurança já está resolvendo isso. - ela respondeu, rapidamente.
- Então por que parece que todos estão fugindo? - perguntei, dando um passo em direção á ela.
- Não estão fugindo. Apenas entre em seu quarto, você ficará segura nele.
- E por que eu precisaria ficar segura? - perguntei, agora a menos de um passo de distância da nervosa
enfermeira.
- Ora, entre aí e -- GUUUUK
O bisturi deslizou suavemente pela garganta da enfermeira. Sangue espirrou em meu rosto, e na roupa branca
dela.
- GUUUK AKKK
A enfermeira parecia tentar dizer algo. Então, ela caiu de joelhos com o sangue espirrando do ferimento, e
apoiou os braços em minhas pernas. Eu me afastei, e ela caiu no chão, de costas.
Após alguns segundos, finalmente ela morreu.
- Preciso sair daqui, ... - disse, para ninguém.
O resto, parece borrado. Me vejo correndo por aqueles corredores confusos, ouço as outras internas gritando.
Não posso ajudá-las, eu tenho que sair daqui. Tenho que me vingar.

-----------------------------

Finalmente, estou na rua. Está chovendo, o que é bom, pois limpa o sangue da enfermeira que estava em meu
rosto. Minhas roupas, porém, continuam imundas.
Eu corro sob a chuva. Fico realmente ensopada. Mas isso não é importante, o importante agora é que eu preciso
de um veículo. É estranho, mas as ruas estão desertas. Depois eu me preocupo com o motivo.

Eu fico á beira da rua, esperando por algum carro. Estou agora completamente molhada, meu uniforme de
interna colado ao meu corpo. E transparente...
Isso vai me ajudar. Eu sou uma mulher atraente, meu noivo sempre teve ciúmes quando andávamos juntos

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pela rua. Meu noivo...


De repente, vejo luzes. Um carro vem vindo. Estico o braço com o dedão de minha mão para cima e espero que
esteja atrante o suficiente.
Como era de se esperar, o carro pára. O vidro do passageiro se abaixa.
- Quer carona, moça? - diz um homem gordo sentado ao volante, olhando para os meus seios, que estão
bastante visíveis graças a minha camisa molhada pela chuva.
- Quero sim, obrigada.

Já no interior do carro, penso no próximo passo. Mas o homem ao volante me interrompe.


- Vejo que você foi atacada, não é, docinho? - diz ele, com uma voz estranha.
- Como?
- Sua roupa, está suja de sangue. Você não foi mordida, foi? - pergunta ele, e me olha rapidamente de cima a
baixo.
- Não, eu não fui mordida. - respondo.
- Essa cidade virou um inferno. Tem monstros pra todo lado. Um inferno. - diz o homem.
Chegamos á um cruzamento, e ele pára, pra poder olhar para os lados.
- Maldita chuva, não vejo nada! - esbraveja.
Eu nada digo.
- Quando sairmos dessa cidade, poderemos discutir como você vai me agradecer, docinho. Você deve me
agradecer bem, por te tirar desse lugar. Bem mesmo. - ele diz isso, ao mesmo tempo em que coloca uma das
mãos em minha perna.
Tem que ser agora.
Com um movimento rápido, pego o bisturi que havia guardado na parte de trás da minha calça e abro um corte
em sua mão. Ele grita, e rapidamente se joga em cima de mim, tentando tomar meu bisturi.
Infelizmente pra ele, cada tentativa é rechaçada com um novo corte de minha arma, e finalmente, a enfio em
sua barriga.
- GAAAAAAA
- Grite, porco, grite! - eu grito, partindo pra cima dele.

O que se seguiu a isso não foi algo bonito. Posso dizer que meia hora depois, eu abri a porta do motorista, e
joguei com dificuldades aquele corpo obeso pra fora do carro. Fechei a porta, e sentei-me no assento sujo de
sangue. Minhas roupas estavam agora irremediavelmente vermelhas.
Dando de ombros, engatei a primeria marcha, e pus o carro em movimento.

---------------------------

Por azar, não seria fácil como eu pensei. Eu não conhecia aquela região da cidade, e não sabia pra onde ir pra
encontrar a farmácia. Eu precisava de...
Como se saída de meu pensamento, vi uma mulher vestida de preto correndo lá fora na chuva, tentando se
proteger com uma pasta sobre a cabeça. Buzinei, e aproximei o carro da calçada, abaixando o vidro do
passageiro.
- Ei, moça, quer uma carona?
A mulher parou de correr, e olhou em minha direção. Propositalmente, eu havia deixado as luzes do interior do
carro apagadas, afinal não queria que ela se assustasse com minhas roupas sujas de sangue.
A mulher na chuva pareceu me medir, mas finalmente veio em direção ao carro, e entrou.
- Obrigada, essa pasta não estava adiantando muita coisa. - disse ela, sorrindo.
- Percebi. - respondi.
Ela olhou pra mim. Uma vez lá dentro, impossível evitar que ela não reparasse em minhas roupas.
- Oh meu Deus, você está bem? - disse ela, assustada.
- Estou. Eu fui atacada, mas estou bem. Não se preocupe.
Ela se acalmou um pouco, mas ainda tinha uma expressão espantada no rosto.
- Mudando de assunto... - disse eu, olhando rapidamente pra ela - ...Você sabe onde fica a farmácia?

Fim do Capítulo.

--------------------

Fics:

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Terra de Ninguém (com Pyramid Head)


Resident Evil: Na Idade das Trevas
Eu e Janet
Burroughs
Doug

Gabrielle R. L. Postado em: April 22, 2009 10:24 pm

Capítulo 2: Medos Infantis

Olhei rapidamente para a mulher, estava ainda um pouco espantada devido a aparência dela e também pelo o
que eu havia visto na cidade.

- Me desculpe, mas eu não sei...Faz um pouco mais de três semanas desde que eu me mudei à trabalho. – Falei
timidamente enquanto limpava meu óculos

- Ah tudo bem... – Falou a mulher enquanto acelerava o carro

- Aliás, esqueci de me apresentar...Sou Emily Marie. – Falei olhando diretamente para a mulher

- Me chame apenas de Karol... – Falou a mulher sem tirar seus olhos da direção

Eu me sentia preocupada, nos últimos dias a cidade estava estranha, os noticiários estavam tomados por
repetitivas notícias citando “estranhos” assassinatos na cidade. Desde que começaram a ocorrer esses
assassinatos eu me tornei uma pessoa mais precavida, indiretamente amedrontada, sim eu estou com medo de
morrer.
Bravo Team
Olhei para a janela do carro, tentando observar o céu, perdida em meus pensamentos amedrontados. Pensando
no porque de eu ter vindo a aquela cidade, desde muito jovem sonhava em me formar em uma boa
universidade, mas com um tempo isso foi se tornando para mim um sonho distante. Com o meu trabalho na
Grupo: Escritores secretaria da universidade senti minha vontade de em formar retornar devagar, isso até o início dos estranhos
Posts: 799
Member No.: 2102 assassinatos, sendo que um corpo fora encontrado na universidade, desde aquele dia o número de alunos indo
Joined: October 14, 2008
as aulas foi diminuindo. Senti um impacto no carro, olhei para Karol, ela estava com uma expressão espantada.

- O que houve? – Perguntei assustada para Karol

A mulher não respondeu, apenas saiu do carro. Por eu ainda estar assustada também saí do carro seguindo
Karol que estava parada na frente do carro.

- Veja por si mesma... – Falou Karol olhando diretamente para o que havia causado o impacto no carro

Eu me aproximei, sentia os pingos frios da chuva caindo sobre meu rosto, ao olhar o que jazia ali soltei um
pequeno grito e levei minha mão ao rosto.

- Mas o que é isso? – Falei assustada

Observei bem o que estava ali, era um humano, mas estava diferente, sua pele estava podre, haviam diversos
ferimentos pelo corpo, as roupas estavam rasgadas e o corpo exalava um estranho cheiro de fruta podre.

Olhei para Karol, a jovem mantinha-se fria e inexpressiva.

- Eu não sei...Acho melhor irmos embora... – Falou Karol abrindo a porta do carro

Concordei acenando com a cabeça, ao me virar em direção ao carro ouvi um estranho barulho, um gemido, me
virei assustada e vi aquela coisa estava viva e se levantando. Gritei assustada e corri rapidamente para o carro.

- O que está acontecendo? Aquela coisa estava morta! – Falei assustada por ver que o monstro se aproximava
devagar

Olhei para Karol, ela tinha um estranho e maligno sorriso nos lábios, sem hesitar a mulher acelerou em direção
ao monstro, estava tão surpresa quanto assustada, aquela mulher definitivamente não era normal.

Seguimos nosso caminho com o carro, estávamos perto do parque da cidade quando o carro parou. Olhei para
Karol, ela estava com uma expressão irritada.

- Vamos ter que seguir a pé... Estamos com alguns “problemas” no carro. – Falou Karol olhando diretamente
para mim enquanto saía do carro

Saí do carro preocupada, estava com medo de encontrar uma daquelas “coisas” novamente, afinal o que era

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aquilo? Eu nunca havia visto uma coisa daquelas, elas pareciam ser perigosas demais, seriam elas as
causadoras dos estranhos “assassinatos” ?

Caminhei ao lado de Karol, me mantive em silêncio, a cidade estava estranha, não haviam pessoas nas ruas e
as casas em sua grande parte estavam trancadas, pelo o que eu conhecia do local, ali era o subúrbio da cidade e
para um subúrbio o local estava bem quieto.
Um grito cortou o silêncio, olhei para Karol e quando me dei conta ela já estava alguns passos na frente, parecia
que ela queria ver quem ou
o que dera aquele grito.

Corremos até o fim da rua, ao virarmos a esquina avistamos um rapaz. Aparentava ter dezoito anos, usava
uma calça e jaqueta jeans e uma camiseta escrito Sidney Prescott Fanboy, uma daquelas coisas estava o
atacando. Eu fiquei imóvel, novamente com meus medos infantis, eu olhava para o rapaz, de repente ele puxou
um canivete e o cravou na testa da criatura que caiu inerte no chão molhado.

Eu olhava espantada, aquelas coisas estavam tomando conta da cidade? Devido a minha distração não percebi
que o jovem se aproximava de mim e de Karol, apenas depois de ouvir ele dizer algumas palavras com um tom
sarcástico que eu percebi sua aproximação.

- Cara, isso está parecendo um filme de terror, mas infelizmente ainda não apareceram as belas garotas
pedindo socorro... – Falou o garoto sarcasticamente

“ Eu o conheço de algum lugar...”

Puxei minha pequena pasta, peguei uma ficha e a observei.

“Nome: Kedar Yoo”

Me assustei com um pequeno grito do rapaz, ao olhar vi que Karol segurava um bisturi a centímetros de
distância do pescoço do rapaz.

- O que pensa que está fazendo se aproximando assim? – Perguntou Karol ao rapaz que olhava para ela com
uma expressão mista de surpresa e medo

- Hey calma... – Falou o rapaz levantando uma das mãos

Aproximei-me de Karol, ela mantinha aquela expressão estranha.

- Karol se acalme...Olhe isso... – Falei mostrando a ela a ficha com uma foto do mesmo rapaz que estava na
nossa frente

Instantes depois vi Karol guardando o bisturi, respirei aliviada por ela não ter matado o rapaz, ao olhar para o
jovem na minha frente percebi sua expressão confusa.

- Como você sabe quem eu sou? – Perguntou o rapaz olhando diretamente para mim

Peguei a ficha e entreguei ao rapaz com um sorriso tímido.

- Sou secretária da faculdade onde você cursa direito. – Falei timidamente enquanto fechava minha pasta

Ouvi um resmungo vindo de Karol.

- Não quero atrapalhar a conversa de vocês...Mas acho melhor irmos...Pelo visto essa área está ficando cheia
dessas criaturas estranhas. – Falou Karol olhando diretamente para mim

Concordei acenando com a cabeça, me virei para Kedar.

- Você vai vir com a gente? – Perguntei para Kedar

-Com toda certeza, querida. Acha que eu não assisti Pânico, não?– Falou Kedar sorrindo para mim

Karol caminhava na frente sozinha, enquanto Kedar e eu conversávamos alguns passos atrás.

- A propósito Kedar...Você sabe o que está acontecendo nessa cidade? – Perguntei ao rapaz

- Não sei de nada... Aquela criatura que eu estava lutando foi a primeira que encontrei... – Falou Kedar
fechando a jaqueta

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- Admito que estou amedrontada, espero que essas criaturas sejam poucas... – Falei segurando fortemente
minha pasta

- Desculpe te desanimar...Mas acho que essas criaturas já estão por toda a cidade... – Falou Kedar colocando a
mão em meu ombro

Minha expressão naquele momento demonstrou um pouco de pânico, pelas palavras de Kedar estávamos
naquela cidade cheia de criaturas, sozinhos...Naquele instante percebi que todo o medo que eu havia sentido
todo esse tempo não haviam passado de medos infantis.

Fim do Capítulo

-------------------------------

Well, para primeiro capítulo acho que não está ruim, tentei reproduzir a Karol e o Kedar do jeito que Davi e o
God Kira se expressaram na fic, se eu tiver errado em algo me desculpem okay?

PS: Simpatizei com o Kedar

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Fatal Frame 2: Crimson Butterfly

Fanfics

- The Fear Beginning-


Here Without You
Don't Jump

Vídeos:

Jill Valentine & Chris Redfield Tribute

Resident Evil 4: Leon S. Kennedy & Ada Wong Tribute

Família F.Y.F.R.E.

Pais: Lika e God Kira


Irmãs: Lívia Maria e Ana Clara
Marido: Bionic_Wesker
Filha: Rebecca Chambers Filhos: Mr. Birkin e Mr. Siegfried
Genro:Full Redfield
Neta: *Gigi Nero*
Neto: The Dead
Bisneto: Leon S. Kennedy

God Kira Postado em: April 22, 2009 10:31 pm

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Capítulo 3: 28 days later...

Com um barulho ensurdecedor, acordei. Uma dor profunda invadia todo meu corpo. Era como pegar fogo, só que
sem as chamas. Tentei levantar-me, mas algo me prendia. Cabos, fios... Quando tomei coragem e abri meus
olhos, notei o porquê: estava deitado numa maca, com vários fios presos a mim. Minha cabeça doía muito. Ao
passar a mão sobre meus cabelos, senti que os fios estavam inclusive em minha cabeça. Num acesso de fúria
repentina, puxei os fios que prendiam minha cabeça. A dor foi lancinante.

- Drogaaaaaaaaaaaaaaaaa!

Gritei mais ainda quando puxei os fios que prendiam meu braço esquerdo. Com a ajuda deste consegui livrar
meus membros superiores. Notei que algum sangue saía dos lugares onde antes haviam fios. Não sentia mais
dor, apenas uma sensação de desproteção estranha. Senti frio. Foi quando procurei ver de onde vinha a corrente
de ar. Acabei descobrindo o quarto onde estava. Era um cômodo vazio, típico das UTIs.

Bravo Team
Ao olhar para minha pernas descobri o porquê de meu frio: eu estava completamente nu. Passei os dedos
novamente por meus cabelos e percebi que estava quase careca. Qualquer que tivessem sido os motivos que me
levaram a estar ali, com toda certeza não eram bons. Esforcei-me tentando descobrir qual era minha última
lembrança. Lembrava apenas de estar voltando da Universidade de bicicleta, quando fui atingido. Não consegui
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O que eu mais queria era poder sair dali. Estava angustiado, queria encontrar meus avós. Uma sensação
deprimente me invadiu a alma. Como ninguém havia ouvido meu grito? Porque as enfermeiras ainda não
Ranking Especial: haviam chegado?

Foi quando uma idéia absurda invadiu minha mente. Me lembrei do péssimo Resident Evil Apocalypse, em que a
protagonista Alice acorda num hospital e descobre qua a cidade toda transformou-se em zumbi. Será que isso
poderia mesmo estar acontecendo comigo? Parecia ser absurdo demais para acreditar. Surreal mesmo. Pessoas
que descobrem que sua cidade fora infectada por um vírus, não pensam nessa hipótese. Elas pensam em tudo,
tudo mesmo. Desde uma invasão alienígena, até a possibilidade de um exército de stripers sem perna ter
invadido a cidade e dizimado a população. Mas não num incidente biológico. Uma coisa era certa: eu precisava
encontrar meus avós. Se por acaso a minha teoria fosse confirmada, eles precisariam de mim. De minha ajuda.

Com algum esforço arqueei as costas, para poder retirar os fios remascentes de minha panturrilha. Doeu um
pouco, mas nada que se comparasse a minha terrível dor de cabeça. Aquilo era pior do que assistir Alien VS
Predador. E olhe que nunca havia conhecido nada pior que assistir esse desajeitado filme. Maldito Paul Anderson.
Surpreendi-me com meus pensamentos. Estava só numa maca de hospital, pensando em como alguém poderia
ser pior diretor que Uwe Boll. Em pouco tempo concluí tal questão, com firmeza:

- É impossível.

Levantei da maca e com certa dificuldade consegui me manter de pé. Cruzei os braços, como a me proteger do
frio. Não senti vergonha em estar nu: não havia nada ali que a metade feminina da população de Raccoon já não
tivesse visto. Sorri maliciosamente.

Andei por um corredor que parecia não ter fim. Abri porta por porta para constatar que de fato não havia
ninguém por ali. Desci as escadas do fim do corredor e deparei-me com um hall completamente vazio. Minha voz
fazia eco. Incrivelmente senti uma sensação de paz e angústia ao mesmo tempo. Como se eu fosse especial, e
que o mundo fosse apenas meu. Um pensamento absurdo, que os filmes não retratam. Eu não me importava de
estar sozinho na cidade. Não me importava de encontrar com uma horda de zumbis. Só queria encontrar meus
avós. Com eles não havia filme de terror que eu suportasse. Em meus sonhos, imaginava-me em situação
parecida. Mas nele, meus avós não existiam. Eu podia correr, matar zumbis, fazer sexo e até mesmo morrer,
sem me preocupar. Mas com os velhinhos na jogada eu não tinha tamanha liberdade. Eu tinha a responsabilidade
de me manter vivo. Por eles.

Jogada em um dos bancos estava uma mochila. Abri ela, na esperança de encontrar uma Esfera do Dragão, ou
no mínimo uma máquina do tempo portátil, que me ajudasse a descobrir o que estava fazendo ali. Mas ao
contrário do que imaginei, encontrei apenas uma calça jeans e uma jaqueta de couro. Me vesti com aquela
roupa, sem pensar em que o dono da mesma pensaria. Se ele havia largado tal objeto ali, era porque não
necessitava, ao contrário de mim. Foi quando uma idéia acendeu minhas esperanças. Corri até o pequeno
computador, localizado no centro do hall, onde habitualmente deveria estar Megan, a secretária que eu conhecia
de modo bem peculiar.

Com movimentos rápidos e precisos consegui acessar a lista de pacientes internados. Sem alguma resistência
acessei meu prontuário médico. Descobri que havia ficado em coma por 28 dias. 28 dias! É difícil imaginar uma
pessoa deitada em uma cama, sem acordar por 28 dias. É muito tempo. E minhas aulas na faculdade? E meus
amigos? Será que eles haviam me visitado? E meus avós? Eu precisava encontrá-los imediatamente.

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Ao sair pela porta da frente do hospital, o que vi é difícil retratar. Por isso mesmo nem o farei. Deixo para
depois. Apenas preciso concluir minha jornada em busca de meus avós. O que aconteceu minutos antes ou
minutos depois, pouco importa. Eu fiquei vivo até encontrá-los, apesar de minha hipótese estar
amaldiçoadamente certa.

x-x-x-x-x

Ao abrir a porta da frente da casa, chamei por meu avô. Ele não ouviu. Chamei também por minha avó. Essa
nunca me negaria uma resposta. Ao perceber que ela não havia respondido, me desesperei. Subi rapidamente as
escadas de minha casa e com a pior sensação de minha vida abri a porta. Para constatar o inevitável.

Deitados, abraçados, os velhinhos dormiam. Em seus corpos não haviam sinais de feridas. Eles não haviam sido
atacados. Ao olhar para mesinha ao lado de sua cama, percebi uma cartela de remédios e uma jarra d'água. Eles
estavam definitiva e irreversivelmente dormindo. Nas mãos de minha vó, encontrei um cartão. Peguei-o. Estava
escrito:

"Estamos dormindo, Ky. Temos muito sono. Espero que se mantenha acordado. Mas, se o sono dominar-te,
venha dormir conosco. Sempre haverá um lugar para você em nossa cama..."

Deitei-me ao lado deles e chorei. Chorei até dormir de exaustão. Ao acordar segui até meu quarto. Peguei
algumas roupas e me senti aliviado por deixar aqueles trapos no chão. Para quem saber trasmitir-me uma
sensação de normalidade, coloquei minha camiseta preferida: Sidney Prescott Fanboy. Minha Scream Queen
precisava estar comigo.

x-x-x-x-x

O final todos vocês sabem. O zumbi, a maluca tentando me matar, Emily... Mas o mais importante de tudo é que
encontramos mais alguém. "E daí?", você deve estar se perguntando. E daí que ele era a pessoa com que a tal
maluca queria encontrar-se. Um homem bem vestido e perfumado. Tive medo quando ela olhou profundamente
em seus olhos...

Fim do capítulo.

------------------------------

Como vcs podem perceber eu me inspirei 90% na primeira parte do filme "Extermínio" para escrever esse
capítulo. Espero que gostem!

This post has been edited by God Kira on April 26, 2009 12:49 pm

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Resident Evil: A Cidade Maldita
Songfic: "The World" - Morpheus D. Duvall

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BloodCold Postado em: April 26, 2009 03:02 pm

Capítulo 4: "Death by Degrees".

As coisas estão cada vez mais e mais estranhas nessa cidade. Primeiro, foi o assassinato daquele homem,
esfaqueado pela própria noiva... e então os ataques. Cá estou eu, Kent, o Detetive Kent, mais uma vez
mergulhado em um enigma para ser resolvido. Um mistério. Um segredo. Conspiração? Talvez.

O que sei é que essa cidade não é mais como costumava ser. Pessoas sendo atacadas por "canibais", humpf, se é
que podemos chamá-los assim. Eu já vi algo assim antes...

Acho que... eu deveria começar por um princípio. Pleonasmos á parte, vou começar por um "começo".

A noite estava incrivelmente silenciosa para uma sexta-feira. A única figura caminhando naquela rua era eu,
Samuel Kent -- ces't moi. Há alguns dias eu havia visitado o cenário de um crime, em busca de alguma relação
com as pesquisas ilegais que poderiam estar ocorrendo naquela cidade. Tudo o que eu encontrei foi um homem
Policial do R.P.D. esfaqueado, e sua esposa... (como era o nome dela mesmo? Karol? ) havia sido internada numa clínica, creio eu.
Caso encerrado, e eu deveria me focar mais uma vez nos meus objetivos.

Três semanas atrás eu recebi uma ligação de meu escritório, em Chicago. Um pesquisador de alguma corporação
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farmacêutica, chamado Jonathan Mapple, havia desaparecido, e o seu desaparecimento estava ligado ás pesquisas
Member No.: 1087 ilegais conduzidas pela empresa. Umbrella.
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Minha vida inteira foi baseada em desvendar mistérios. Isso era o meu trabalho, e era deveras prazeroso.

Apressei um pouco os meus passos, os meus olhos já estavam focados numa Casa Noturna, frequentada por todo o
tipo de gente. Haviam me dito que alguém naquela boate poderia ter alguma informação sobre o caso. Parei diante
do letreiro luminoso na entrada da boate e retirei um pequeno bloco de anotações do meu bolso.

Logo na primeira página, havia anexado uma foto de Jonathan. Um homem louro de meia-idade, com uma
expressão séria em seu rosto. Nas páginas seguintes, o nome de uma pessoa que poderia me ajudar, alguém que
conhecia o "submundo" da cidade. Alguém que trabalhava naquele local.

Adentrei na boate, que, apesar da hora, estava vazia. Havia uma pessoa no balcão, de costas, acho que estava...
limpando copos. Pude ver suas mãos entretidas com os panos brancos, a pele delicada. Os cabelos dourados
cobriam-lhe a face. Ela ainda não havia me notado, o que não era de se espantar, visto que meus passos
costumavam ser... silenciosos.

Tossi propositalmente. Ela virou-se, surpresa.

- Humm? –disse -- Posso ajudá-lo com alguma coisa, senhor?

- Talvez—eu respondi, de forma fria. Não que eu goste de ser “frio”, mas é assim que eu sobrevivo… sem emoções
—Estou procurando por alguém chamada “Stacey”.

A moça colocou os copos de volta á brilhante estante de vidro atrás dela e então encostou-se no balcão, sorrindo.

- Essa seria eu—respondeu ela—Em que posso ajudá-lo, senhor…?

- Pode me chamar de Kent, Detetive Kent.

- Você é policial… ? Nosso estabelecimento está dentro das normas, posso lhe garantir isso… não pagam tão bem
quanto deviam aos funcionários, mas enfim…

- Não sou policial.

- Ahh... merveilleux. De qualquer forma, ainda não respondeu a minha pergunta… em que posso ajudá-lo? Gostaria
de uma bebida?

Eu não dispensaria um bom Martini, mas aquela não era hora para bebidas… e nem para conversas inúteis.

- Estou investigando alguns recentes acontecimentos na cidade—continuei. Eu não precisava deixá-la á par de tudo,
mas precisaria ter uma base de diálogo—Incluindo um desaparecimento. Jonathan Mapple, um pesquisador… me
disseram que você possui contatos na cidade, e que possa saber de algo…

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- Mapple? Humm… o nome não me é familiar. Eu acho… não, eu tenho certeza, de que ele trabalhava no Hospital
Universitário.

- Algo mais? Não poderia ser um pouco mais específica, senhorita?

- Me chame só de Stacey, por favor – disse ela, brincando com a pulseira que estava usando – Alguns alunos dele
costumam vir aqui… ou costumavam. Ás vezes eles mencionavam o Professor Mapple como sendo uma pessoa
estranha.

Professor? Então, além de ser um Pesquisador da Umbrella… ele era um Professor Universitário. Fazia sentido, uma
grande corporação tendo uma pessoa influente dentro de uma instituição como uma universidade.

- Mas eu nunca vi o sujeito – disse Stacey, sorrindo—Na verdade… ultimamente o movimento aqui andou
diminuindo bastante. Ouvi falar sobre alguns ataques, e um horário de recolher imposto. Nada bom para os
negócios…

- Imagino que não seja—disse, guardando meu bloco de anotações no bolso do sobretudo—De qualquer forma…
agradeço pela sua ajuda e…

Repentinamente, ouvi o som das portas da boate abrindo-se com um estouro. Os vidros quebraram-se com o
impacto de… de uma pessoa! Ela estava caída ao chão, mergulhada nos cacos da vidraça, tremendo…

- Mon dieu! -- Exclamou Stacey. Estava óbvio que ela não era da França, conclui, mas com certeza tinha algumas
noções de francês – Você está bem, senhora…?

Stacey tocou o rosto da mulher caída ao chão mas logo recuou, colocando as mãos diante da boca, em puro horror.
Foi só então que eu notei que a mulher estava totalmente… mordida. Marcas pelo rosto e pelo corpo, suas roupas
tingidas em várias áreas pelo vermelho-sangue.

- Stacey, chame uma ambulância!—eu disse para a moça, que correu na direção do telefone atrás do balcão.
Acompanhei com meus olhos enquanto ela direcionava-se ao aparelho, mas repentinamente minha atenção foi
focada para a mulher caída…

… Caída não, levantando-se. Ela ergueu seus braços, os olhos leitosos em minha direção. Uma baba nojenta saia
dentre os lábios dela, rachados.

Havia algo nos olhos dela, além daquela falta de vida. Havia fome…

- Detetive!—gritou Stacey—O telefone está mudo!

Senti o toque frio de minha pistola M1911 acolhida no interior do bolso do meu sobretudo, e não hesitei em
retirá-la...

Fim do Capítulo.

This post has been edited by BloodCold on April 26, 2009 03:12 pm

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Steve Burnside, Resident Evil: Darkside Chronicles.


- "I'll be always there. Your knight in shining armor."

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Minhas Fanfictions:

- Sr. e Sra. Kennedy


- Resident Evil: Nemesis {Blood's Cut}
- O Beijo
- Deixe me ficar com você
- Um dia de nossas vidas
- Fighter! (Songfic)
- Resident Evil: Last Chance
- Rebecca's Letter
- Lady in Red Dress: A Espiã que não podia morrer
- Lady in Red Dress X: Fatal Butterflies
- Claire

Outras Fanfics minhas aqui!

Pedro Postado em: May 01, 2009 10:49 am

Capítulo 5: Jantar.

-Mattew! –Disse Ann correndo em minha direção.

A universidade já estava quase deserta, os últimos horários haviam acabado e eu fui para a biblioteca estudar,
tinha que terminar o meu livro de bioquímica e tinha um trabalho extra pra apresentar amanhã, esses foram os
motivos para eu ficar na universidade até tão tarde.

-Oi Ann, o que faz aqui ainda? –Perguntei abraçando a minha amiga.

-Bom, eu estava na sala de mídia, estudando. –Disse ela me mostrando o seu lindo sorriso.

-Creio que estudando aqui até tarde seremos grandes bioquímicos, Ann você tem muito talento.

Policial do R.P.D. -Obrigada. –Disse ela sorrindo para mim. –Você tem mais, vejo o seu desempenho desde o começo do curso,
não deixa ninguém além de você responder as perguntas que os professores fazem em sala de aula, além de
inteligente você é rápido e ágil, parece até adivinhar o que o professor vai perguntar.

Grupo: Escritores Não sei bem o que pensei nesse momento, era inteligente e ágil, mas a idéia de Ann era meio que inviável, isso
Posts: 299
Member No.: 2131 era tão possível quanto um cadáver levantar e sair andando.
Joined: October 19, 2008

-Acho melhor agente ir. –Comecei mudando o rumo da conversa. –A universidade está ficando vazia, agora
mesmo a secretária está indo embora. –Apontei para uma mulher meio atrapalhada que estava descendo as
escadas do pátio.

Fiquei um tempo admirando a mulher sumir escada abaixo, ela era legal, mas não me deixava falar com o
diretor quando eu queria fazer uma queixa quando não encontrava um livro na biblioteca.

-Olha isso não é problema de nenhum funcionário da instituição se na biblioteca não tem o livro que você quer,
eu sinto muito, mas ninguém pode fazer nada, agora volte para a sua aula garoto!

Lembrei-me do que ela sempre dizia quando eu chegava à secretaria da universidade para reclamar da
biblioteca.

Uma onda de frio me abateu e estranhamente eu me lembrei da manchete que vira nos jornais mais cedo:
Pessoas estão sendo atacados na cidade principalmente à noite.

-Vamos Ann, está na hora de irmos, você quer uma carona?

-Pode ser Mattew.

Caminhei lado a lado com Ann, desci a escada junto com ela e chegamos finalmente no estacionamento.

Caminhei até o meu carro azul e abri a porta do passageiro deixando aberta até Ann entrar.

-Que carro lindo Mattew.

Fiquei por um momento admirando ela entrar no carro, a garota era realmente linda, seus olhos azul-piscina
quase que invisíveis naquele meio escuro iluminado somente por alguns postes no estacionamento, os seus
cabelos absurdamente loiros, ela era pálida mais de uma forma que sua cor combinava perfeitamente com seus
lábios semi-avermelhados.

-O que foi Mattew?

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-Nada não...

Desde que nasci fui uma pessoa fechada, nunca expresso meus sentimentos e depois do acidente em que, por
muita agilidade, só eu escapei fiquei mas fechado.

Fui para o banco do motorista, fechei a porta e dei partida no carro, sai do campus e comecei a dirigir pelas ruas
desertas da cidade, estavam totalmente desertas exceto por um homem que caminhava quase caindo, parecia
um bêbado pelo meio da pista que quase eu o atropelei.

-Mattew! –Disse Ann olhando para mim assustada.

-Desculpe-me. –Disse sem tirar os olhos da estrada.

Diminuí a velocidade um pouco, continuei pela rua direto, resolvi que queria jantar em algum lugar hoje, não
queria comer pizzas em casa.

-Ann... –Comecei sem tirar os olhos da estrada. –Está a fim de jantar comigo hoje? Não quero comer pizza em
casa.

-Bom, eu acho que sim, todo mundo da república saiu hoje e eu não quero fazer janta.

-Mas não é em lugar sofisticado, em algum lugar simples onde dê pra agente matar a fome.

-Não tem problema Mattew.

Eu sorri com o que Ann disse pelo menos ela não gostava do meu dinheiro, continuei dirigindo até chegar à
frente de um pequeno restaurante.

Ann desceu do carro e eu logo em seguida, entrei seguido por Ann no restaurante mais o mesmo estava
completamente bagunçado e vazio.

-Vazio! –Exclamou Ann pra mim indecisa.

Olhei para ela indiferente.

-Eu vou sair Mattew.

-Ok Ann, eu vou dar uma olhadinha por aqui, não é possível que não tenha uma alma viva aqui dentro.

Vi Ann sair e pelo vidro a vi encostar-se ao meu carro e olhar para o restaurante fui até o balcão e vi uma
pessoa caída no chão, parecia desmaiada, um cheiro de fruta podre me fez tapar o nariz, parecia vir daquele
homem no chão.

-S-senhor?

O homem soltou um gemido fraco, achei que fosse um bom sinal.

-O senhor está bem?

A única coisa que parecia sair da boca daquele homem eram gemidos, o cheiro aumentou e eu precisei recuar
para não me sufocar com aquilo.

O homem se levantou e virou para mim, seu olhos eram vazios, seu rosto e sua pele pareciam podres, notei
marcas de mordidas em seu corpo mas eram pequenas, lembravam dentes de ratos, eu me afastei em direção
a porta, ele começou a caminhar em minha direção, os seus braços agora estavam semi-erguidos, eu estava
aterrorizado, o que era aquilo? Era pra aquela coisa estar morta e enterrada mais por algum motivo estava viva
e querendo me pegar.

Eu ouvi um grito vir da rua, olhei pelo vidro e meu temores se concretizaram, Ann estava caída e uma mulher
completamente deformada estava mordendo o tórax dela, eu chutei a porta com força e corri até Ann, agarrei
aquela mulher pelas costas e a soltei longe de Ann.

Quando olhei para Ann vi suas costelas à mostra, ela estava morta com um buraco enorme no tórax.

-Ann...

Entrei no carro e sentei no banco do motorista, procurei nos bolsos, mas tive uma decepção: Estava sem as

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chaves.

Fiquei calmo, calculava uma forma de sair sem que aquela coisa me visse, alguma coisa começou a bater no
meu carro e eu vi cinco pessoas que deviam estar mortas baterem no meu carro tentando me atacar.

Peguei o meu livro de bioquímica e abri a porta bruscamente derrubando um deles no chão, saí correndo pela
rua sempre em frente, sem saber para onde ir continuei correndo pela rua fria e deserta.

Começou a chover e eu coloquei o livro no interior do meu casaco verde escuro, dobrei em uma rua e vi algo
que poderia ser minha salvação, uma mulher diante de um taxi com o capô aberto, saía fumaça preta
esbranquiçada do motor, eu corri até ela.

-Você pode me ajudar? –Falei em um tom calmo, mas a minha voz saiu trêmula.

-Pois não? –Ela me perguntou meio que desconfiada.

Eu vi aquele rosto e vi que o conhecia de algum lugar, tinha certeza.

Fim do Capítulo

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set by eu xD!
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Barrinhas perfeitas feitas por God Kira, valeu God!


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My Fanfics:
Biohazard Space
The True Love
Resident Evil Code: Sherry

Não custa nada perder alguns minutos para lê-las.


______________________________________________
Resident Evil Code: Sherry 14° Capítulo postado!

Se eu desaparecer eu ainda estou vivo, é que estou muito cheio de trabalhos na escola!

Jejé Postado em: May 02, 2009 09:10 pm

Capítulo 6: Thriller

“27 de Setembro, noite. Foi quando os monstros começaram a tomar conta da cidade. De alguma forma, ainda
estou viva...”

Clic... Plac... Pow.


Um disparo. Duas quedas. E milhares de coisas, passavam intensamente por minha cabeça. Após aquele eminente
disparo contra a mulher ferida, eu mal soube o que pensar. O detetive virou-se para mim. Com a arma ainda em
mãos, me encarando por um breve momento.

- Tudo bem? – ele indaga.

Eu não respondi. Pelo menos não até respirar fundo e dar-me por conta de que tinha deixado o aparelho telefone
cair de minhas mãos. Abaixei e o peguei. O aparelho tinha ido de encontro ao chão quando houve o disparo, caindo
Alpha Team

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possivelmente no mesmo instante em que a mulher caíra.

- Il mio Dio, claro que não estou bem... Os telefones estão mudos... E acima de tudo, não esperava que você fosse
Grupo: Administradores atirar na mulher! – exclamei em um tom desesperado, enquanto colocava o telefone no lugar.
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Joined: September 14, 2006 - Nem eu esperava. Mas precisava acalmá-la de alguma forma, já que ela não atendeu ao meu pedido para recuar.
– retrucou.

Deixei o balcão, me dirigindo à mulher caída no chão para checar seu estado, ao passo que o detetive guardava sua
pistola M1911 por dentro do sobretudo.

- Ela precisa de cuidados médicos urgentes. Será que ela sofre de algum distúrbio... Ou algo do tipo? – disse me
ajoelhando ao lado dela.

O detetive nada respondeu. Ele parecia intrigado com algo... Talvez com o fato dos telefones estarem mudos... Não
que eu não estivesse intrigada com isto também, mas, havia uma mulher gravemente ferida no meio do salão de
meu local de trabalho, e isto deveria ser a prioridade no momento. Sem esperar alguma resposta do detetive,
peguei rapidamente meu celular no bolso, e o chequei. Levantei-me, e para piorar a situação, meu celular estava
sem bateria. Mal consegui ligá-lo.

- Droga! Meu celular está sem...

- Cuidado! – gritou repentinamente o detetive.

Meus olhos se arregalaram. Mal pude virar, mas percebi que a mulher estava novamente e subitamente de pé.
Parecia estar furiosa. Pude sentir sua respiração de longe. Ela transpirava a morte. E exalava fome. Investiu contra
mim com tudo que podia. As mãos estendidas. Uma baba incrivelmente nojenta escapando por sua boca. Gemidos,
o olhar vazio... Uma versão piorada de Regan Theresa MacNeil, do filme O Exorcista. Eu não pude reagir, apenas
tentava afastá-la. Ela tentava vir para cima de mim, tentava alcançar minha pele com sua boca, contendo aqueles
dentes podres, gritando por carne... Carne humana.

Pow.

Um tiro. Mais um tiro. Desta vez, certeiro. A mulher caíra novamente no chão. O detetive salvara minha vida
atirando mais uma vez na mulher. Ele se aproximou de mim e da mulher, agora estendida no chão. A arma ainda
em mãos, apontada para a “intrusa”.

- Ainda vai querer salvar essa mulher? – questionou ironicamente.

- La ringrazio, signor hawkshaw.

O detetive ignorou meus agradecimentos e agachou-se, verificando a mulher, olhando os bolsos em seu blazer,
todo manchado de sangue. Retirou de um dos bolsos, um crachá. Um pequeno crachá. Nele, exposto o nome da
mulher, e o mais intrigante, um símbolo da Corporação Umbrella.
Um entreolhar por parte de nós dois foi inevitável. Tudo estava realmente estranho...

X-X-X

O detetive e eu deixamos a boate. A noite estava envolta por uma estranha neblina e nuvens alegando chuva.
Noite silenciosa. Traiçoeira. No concreto das ruas, não se ouvia um passo sequer. O porquê... Ninguém sabe ao
certo. Mas eu posso imaginar... Afinal, sempre após uma tempestade, vem uma grande calmaria.
Logo após alardes e um intenso sensacionalismo por parte da imprensa sobre a história de um estranho caso de
“canibalismo” nas montanhas Arklay, há apenas algumas horas daqui; alegações de que a corporação farmacêutica
Umbrella estaria envolvida, começaram a vazar. Desde então, esta cidade, a cidade de Raccoon, outrora agitada,
começou a ficar praticamente inabitável. O que estaria acontecendo afinal? Uma evacuação secreta? Quem sabe. A
única certeza, é que algo estava errado.
E o pior de tudo, fora aquela estranha mulher que invadira a boate, atacando o detetive Kent e eu, e que, no fim
das contas, segundo o crachá contido no bolso de seu blazer, parecia trabalhar para a Umbrella. Tsc.
Então, será que realmente, a Umbrella estava envolvida com estes casos de canibalismo...? Teria algo a ver com
aquela mulher e seu deplorável estado?

De qualquer forma, teria de parar de tentar ligar os fatos em minha mente. O detetive estava andando depressa...

- Olha, sobre o crachá dela... Talvez não tenha nada demais ela trabalhar para a Umbrella. – eu dizia afobada
enquanto vestia meu casaco e andava, tentando acompanhá-lo.

- Talvez, mas preciso seguir para o próximo da lista, e apanhar mais informações sobre Jonathan Mapple.

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- E vai me deixar aqui sozinha? – perguntei assustada.

O detetive virou-se. Deu com os ombros. Mas antes que eu pudesse xingá-lo mentalmente, ele respondera.

- Você pode vir comigo se quiser. Mas não há muito que eu possa fazer e...

- Eu tenho um carro! – interrompi – Está estacionado na rua logo aqui, atrás da boate. Não quero ficar aqui sozinha.
Se quiser, posso levá-lo até lá e... – ofereci auxilio com um breve sorriso no rosto.

O detetive demonstrou um pequeno sorriso de canto de boca, e em seguida meneou a cabeça. Entendi aquele gesto
como um “vamos”. Dei uma pequena corridinha para alcançá-lo e poder caminhar ao seu lado. Seguimos para o
estacionamento.

Talvez o único problema, fosse de fato o terrível silencio das ruas escuras em que caminhávamos. Aquele silêncio
me causava uma estranha sensação.

Continuávamos a caminhar pelas ruas, nos dirigindo para o estacionamento onde deixei meu carro há apenas
algumas horas... Distrai-me por um breve momento averiguando os bolsos de meu casaco, checando minhas
“coisas”.
Quando menos esperei, chegamos ao local onde meu carro estava. Rapidamente retirei as chaves do bolso do meu
casaco. Havia mais um carro ao lado do meu. E na rua, pelo menos mais dois carros abandonados. De fato, era
algo estranho. O detetive permaneceu observando a rua por mais alguns segundos, intrigado. E logo após, quando
destravei a porta, ele entrou no veículo também.
Tudo ocorreu bem por mais algum tempo enquanto eu conduzia o veículo. Havia alguns carros abandonados com
suas portas escancaradas, ou então batidos e amassados pelas ruas. A tensão e a ansiedade por tomar ciência do
que realmente estava acontecendo tomava conta de mim. O detetive Kent puxou de algum bolso, o seu bloco de
notas. Averiguou algumas folhas. Virou-se para mim, dizendo...

- O local onde devo ir fica no endereço 7th Svensson, número 1278. Não é muito longe daqui - ele deu uma pausa,
e logo voltou a falar - O nome do residente é Mackenzie D. Sunderland.

- Espere! Eu o conheço!

O detetive franziu o cenho. Na verdade, da mesma forma que Kent não esperava por eu o conhecer, eu também
não esperava por Kent estar atrás dele.

- Na verdade, só tive contato direto com ele uma vez. Mas como deve saber, ele é um dos assassinos mais
procurados da cidade. E já trabalhou para a Umbrella. Uma história triste, mas comum por aqui.

- Então sabe como chegar a casa dele? – questionou Kent.

- Nunca fui a casa dele, mas sei onde é está rua. Posso levá-lo até lá, e em dois tempos, chegaremos lá! –
exclamei piscando para o detetive.

Continuei dirigindo, rumo à residência de Mackenzie. Não houve nenhuma anormalidade, o caminho foi tranqüilo.
Perto de chegar ao local, me deparei com um farol fechado, e resolvi parar o carro. Olhei para o detetive, que
parecia repreender minha ação com os olhos.

- Por mais que as coisas estejam estranhas, tudo que eu menos preciso agora é uma multa, ok? – esclareci.

O farol demorou um pouco para abrir. Na verdade, já haviam se passado quase três minutos ali. Durante este meio
tempo, pude visualizar um táxi em alta velocidade na outra via, ignorando o farol fechado.
Continuei apreensiva por mais algum tempo, esperando o farol abrir. Minha pulseira preferida balançava em meu
braço. Foi então que decidi puxar algum assunto.

- Então... É detetive há muito tempo, senhor Kent? – tentei puxar assunto.

- Ei, eu acho que este farol está quebrado. Que tal avançar? – ele retrucou, desviando o assunto.

- É, parece que está certo. De qualquer forma – dizia sorrindo enquanto acelerava com o carro e engatilhava a
marcha – espero que responda minha pergunta depois.

Continuei dirigindo por mais algum tempo. Estávamos perto do local. Quando finalmente entrei na rua indicada,
percebemos que a rua estava tão silenciosa quanto qualquer outra. Não havia uma alma viva, além de nós dois. Se
isto era um bom sinal, não saberia dizer... Fui dirigindo em velocidade quase nula, verificando o número das casas.
Até que finalmente encontrei.

- Número 1278, é aqui. – disse parando o carro em frente a residência indicada.

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Saímos do carro, nos dirigindo diretamente à nosso destino. Não havia uma luz acessa sequer na casa de
Mackenzie. O detetive bateu na porta. Mas ninguém atendeu. Passaram-se pelo menos dois minutos, e nenhuma
resposta. Kent tentou abrir a porta, mas estava trancada. Acenou com a cabeça e se dirigiu para os fundos da casa,
dando a volta pelo quintal. Eu o segui.
Quando chegamos à porta dos fundos da casa, para nossa surpresa, a porta estava destrancada. Adentramos á
residência.

- Está escuro demais, não consigo enxergar... – murmurei.

- Não acenda as luzes – ele retrucou baixinho – procure outra coisa para iluminar.

Assim que Kent terminou sua frase, comecei a remexer em meus bolsos. Como poderia esquecer, eu tinha um
isqueiro comigo! Rapidamente o retirei de um dos meus bolsos e o acendi. Não era grande coisa, mas serviria para
algo. Kent olhou para mim, e eu acenei sorrindo.
Então, continuamos adentrando a casa, seguindo pela cozinha. Kent se virou para mim, e acenou, mandando que
eu permanecesse no piso inferior, enquanto ele iria checar o piso superior. Dirigi-me a cozinha. Consegui avistar
algo estranho no chão... Mas estava escuro demais para saber o que era realmente. Na mesa da cozinha, havia
garrafas vazias. Lembrei imediatamente de minha aventura ao tentar fazer um coquetel molotov na boate. Lembro
que meu "ato" deu até polícia no estabelecimento. Mas modestia a parte, eu sou boa com coquetéis. E acho que
posso incluir um molotov dentre estes.
No balcão da cozinha, havia uma linda coleção de facas. Lindas, e brilhantes... Não pude resistir, peguei uma delas
para mim. E logo após, fui á direção da sala. A sala não possuía nada muito intrigante. Algumas revistas sobre uma
pequena mesa de centro, um sofá simples, carpetes... Seguindo pelo corredor abaixo da escada, me deparei com
uma sala trancada. Foi neste momento que Kent descera as escadas. Mal pude notá-lo graças aos passos
silenciosos. Veio em minha direção.

- Achou algo?

- Nada. Só esta sala, mas está trancada.

- Ótimo. Talvez a chave que encontrei lá em cima possa servir aqui... – disse ele colocando a chave na fechadura
em seguida.

- Como conseguiu...?

- Segredo. – ele retrucou ao passo que obteve sucesso destrancando a porta e adentrando a sala logo em seguida.

Apesar de estar bastante escuro, pude perceber que se tratava de uma espécie de sala de reuniões. Havia livros
em estantes, lotes de arquivos e folhas arquivadas em pastas, e uma mesa bem ao centro. Para minha sorte, havia
velas sobre este móvel. As acendi com meu isqueiro, e em seguida o guardei. A sala ficou um pouco mais iluminada
após isto.
Olhei para um pequeno cinzeiro ao lado de um notebook fechado. Kent também percebera.

- Acho que Mack deixou a casa não faz muito tempo. – balbuciei.
Kent se dirigiu a mesa no centro da sala e chegou o pequeno notebook fechado sobre ele. Ele o abriu e começou a
mexer no computador portátil, enquanto eu averigüei alguns documentos sobre a mesma mesa. Todos os
documentos eram fichas e relatórios de quando Mack ainda trabalhava na Umbrella. Entre os diversos papeis
espalhados, encontrei algo que me chamou atenção. Um arquivo confidencial datado há cinco anos atrás chamado
“Vazamento do T-Vírus em Centro de Pesquisa da Umbrella”.

- Parece que Mackenzie sabe mais sobre Mapple do que eu. Ele é a pessoa chave para o que preciso descobrir.

- E eu suspeito que ele saiba ainda mais... – indaguei.

Kent continuou mexendo no notebook por mais algum tempo. Eu fiquei de costas para a porta da sala, enquanto
mexia nos documento. Mas pude notar que, alguém se aproximava. Vagarosamente... Cambaleando...

Olhei para Kent. Este já havia percebido. Ele puxou rapidamente sua pistola, enquanto eu me virei. Achei que fosse
o dono da casa, mas para minha surpresa, era uma mulher. Uma mulher de camisola, contendo uma aparência
igual ou pior do que a mulher que invadiu a boate. Atrás dela, surgiram mais dois. Um homem e uma criança.
Todos tinham a aparência repugnante.

- Para trás, todos vocês! – exclamou Kent apontando a arma, dançando com ela, sem saber em quem manter a
mira.

Todos eles ignoraram o detetive. Pior do que isso, eles pareciam não conseguir ouvir o detetive. Era como se não
tivessem alma.

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- Kent, eu não quero repetir o episódio... Melhor darmos o fora daqui.

Olhei para a janela logo atrás de nós. Como estávamos no piso inferior, não corríamos risco de queda. Cutuquei o
detetive, e olhei em seus olhos. Ele pareceu concordar. Além do que, acho que ele não teria munição para todos.
Usei o notebook para quebrar a janela e então pulamos por ela. Não paramos para olhar para os “monstros”, logo
atrás de nós, corremos logo em seguida o quanto pudemos para chegar ao meu carro.
Assim que chegamos perto do veiculo, notamos que haviam mais pessoas vindas em nossa direção, na rua. Entrei
rapidamente no carro, e em seguida, o detetive também. Ao dar marcha ré, senti que o carro colidiu com alguma
coisa. E subitamente, pisei no freio.

- Você atropelou alguém... – murmurei.

- Alguém ou algo...? – questionei sarcasticamente.

A situação estava ficando tensa. Percebi que estávamos cercados por várias “daquelas pessoas”. Coloquei meu
rosto um pouco mais perto do vidro do meu lado do banco, e para minha surpresa, um destes “seres”
repentinamente surgiu em minha visão, proporcionando um pequeno susto.
Era um homem, todo ferido, gemendo e impulsionando o vidro, como se quisesse a todo custo adentrar o veículo.
Seus olhos vazios tinham fome... Uma fome insaciável.

- Stacey, eu acho melhor sairmos daqui.

Percebi que isso realmente seria o melhor, como Kent bem sugeriu, afinal, estávamos ficando cada vez mais
cercados por eles.
Quando acelerei novamente, e engatilhei a marcha, aquele no qual atropelei se levantou, se colocando em meu
caminho.

- Vai!! – gritou o detetive.

Automaticamente, acelerei o carro sem parar. O homem se colocou sobre o capô do carro, atrapalhando minha
visão.
Sua aparência era horrível, totalmente repulsiva. Metade de seu rosto estava rachado, deixando a parte interna
totalmente à amostra. Eu não agüentei ver aquilo por muito mais tempo. Tinha que me livrar daquilo antes que a
situação pudesse piorar. Notei que havia uma rua logo adiante na qual poderia entrar.

- Sea lo que Dios quiera! Se segure! – exclamei para o detetive.

Virei bruscamente, adentrando a primeira rua que consegui, fazendo com que o homem no capô fosse jogado para
o lado oposto da via. Continuei dirigindo após isto. Diminui um pouco a velocidade. E finalmente pude respirar um
pouco mais levemente.

- O que foi aquilo?

- Eu não faço idéia.

Foi então que, surpreendendo a ambos, o celular de Kent começou a tocar...

X-X-X

Continua....

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Rebecca Chambers Postado em: May 03, 2009 09:04 pm

Capítulo 7: Dia de Sangue e Horror.

- Ei, táxi!

Parei para aquele homem. Estava cansada dessa vida de taxista.


Pena que não poderia deixar aquele maldito emprego até me formar e arranjar um emprego melhor, isto é, se
eu me formar e arranjar um emprego melhor.

- Vá para a 7th Svensson. – disse o homem, que tinha um tom de voz frio.

- Ok.

Comecei dirigir em direção até lá. Estava com uma raiva enorme, e eu nem sabia do por quê. Queria muito que
agora mesmo ocorresse o fim do mundo.

- Então, qual é o seu nome?


Policial do R.P.D.
Tentei puxar conversa com ele, mas ele não me respondeu. Tentei perguntar algo mais uma vez.

- Ficou sabendo dos ataques?


Grupo: Colaboradores
Posts: 353
Member No.: 2064 De novo, ele não me respondera. Mas que falta de educação! Queria muito frear o carro e dar um soco na cara
Joined: October 01, 2008 dele... Mas se o fizesse, seria demitida... Depois de alguns segundos, ele finalmente me respondeu:

- Sim. Terríveis, não?


Ranking Especial:

-Eu achei aquilo um monte de baboseira. Só lobisomens ou zumbis pra fazer aquelas coisas. Ou alguém muito
louco.

-Sim. Chances muito remotas de acontecerem esses ataques. Mas não é impossível.

-Bom... Não é mesmo.

-Como você mesmo disse pode ser culpa de zumbis, lobisomens ou gente com insanidade mental.

- Sim. Mas você não me falou o seu nome. Eu sou Kathleen.

E ele, novamente, não me respondeu.

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Seguimos a viagem até a 7th Svensson sem dizer mais nada. Sinceramente, não gostei nem um pouco desse
homem.

- 7th Svensson. Aqui estamos. – eu disse. – São 54 dólares.

O homem me deu o dinheiro e saiu do carro. Ao sair, começou a andar extremamente apressado, o que eu
achei estranho. Sem prestar mais atenção aonde ele se encaminhava, segui com o meu táxi.

-Ei! Kate! – Gritou uma voz que me parecia conhecida. – Táxi! Para!
Encostei o carro na calçada e freei bruscamente. Num repente, a porta de carona se abrira.

- Kat, fuja! – disse a garota, sentando apressadamente no banco de carona.

-O quê? Sam? O que é isso? Eu não vou fugir nada! Pra onde você vai? – disse eu, saindo do encosto.
Samantha era uma amiga minha. Eu a conhecia desde o colegial e por coincidência do destino, nós duas fomos
aceitas na mesma universidade de medicina.

-Pra fora dessa cidade! Você não acredita no que eu ouvi dizerem! Boa parte da cidade está vazia!

-Isso tem relação com os ataques que os jornais disseram?

-Tem!

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- Deve ter sido um engraçadinho que disse uma idiotice para você. Não se deve confiar em todo mundo e nas
besteiras que dizem. O que disseram?

- Kathleen, preste bem atenção. Sei que você não acredita nessas coisas, mas isso é sério! Tem... Coisas...
Horríveis por aí... Tem gente com a pele podre por aí! Parecem zumbis de filmes de terror!

- Que bom! Encontraram a explicação pra esses ataques! Estão rodando um filme de terror do George Romero
aqui! – disse eu, irônica. - Isso é piada, nada mais. É melhor dizer para onde você vai logo, pois o tempo está
passando e o custo está aumentando. Só porque te conheço não significa que não precisa pagar menos ou nada.

-Estou falando sério!

-Você viu um deles?

-Não, mas...

-Então chega! Que lugar fora da cidade?

Sam não me respondeu. Continuei a dirigir, com caminho à avenida que levava aos limites de Raccoon City.

----------------------------------------

Cada segundo que passava, eu tinha a sensação que o local onde estávamos ficava menos povoado e com mais
carros estacionados. Mais silencioso... Mais sombrio... De repente, parei o carro. Não podia prosseguir, havia
muitos carros abandonados no meio da rua impedindo a passagem.

- Eu não disse? – falou Sam. – Kathleen, me escuta, por favor. Precisamos sair dessa cidade! Sei que gosta
daqui, mas não dá!

-Não. Não vamos sair daqui. Se tem algo ruim acontecendo, a saída de Raccoon devia estar um tumulto... Não
tem nada, já disse. Pare de ser iludida com historinhas de contos de fada de gente doida... Já somos adultas.

Tirei o cinto e sai do carro. Vi uma lanchonete com as luzes acesas à minha esquerda. Talvez algum funcionário
poderia nos explicar o que estava ocorrendo e como prosseguiríamos com todos aqueles carros no caminho.
Sam me acompanhou.

-Sua determinação e seu gênio irão nos matar. – disse Sam.

Ignorei-a e adentrei a lanchonete. Estava vazia, realmente não havia ninguém. Estava uma verdadeira bagunça
aquele lugar, talvez um dia muito agitado. Papéis, restos de comida, latas de refrigerantes, pratos sujos
espalhados, colheres, garfos espalhados por todo o lugar. Já havia ido naquela lanchonete, não fechava àquela
hora. Alguém devia estar ali para limpar toda aquela bagunça. Será que ela fora roubada?Continuei a investigar
o lugar, com Sam me seguindo. Encostei-me ao balcão e procurei algo do outro lado dele. De repente, vi algo
que aparentava ser do meu interesse.

- Sam! Aqui embaixo!

Pulei o balcão e fiquei horrorizada com o que vi. Era um cadáver! A pele dele estava podre e havia uma poça de
sangue no chão ao seu redor. Seu torso estava todo sujo de sangue...

-Kathleen, o que foi? – indagou Sam, dando a volta no balcão.

Ao ver o cadáver, Sam deu um grito tão fino ao meu lado que eu me impressionei por ainda estar com os meus
ouvidos intactos.

- Eu não te disse! Eu não te disse, pelo amor de Deus?! – disse Sam, desesperada. – Vamos! Temos que vol--...

De repente, o cadáver começou a se levantar, lentamente. Eu e Sam recuávamos para trás à medida que ele
avançava. Isso não era possível! Ele estava morto! Eu estava paralisada, não conseguia pensar em
absolutamente nada, apenas recuava lentamente do andar da coisa. Eu tinha que fazer alguma coisa, já que
Sam não faria nada, apenas gritaria... Matá-lo? Sim, matá-lo... Não poderia ser tão difícil. Já morreu uma vez e
estava lá, vivo, não seria tão difícil fazer com que morresse pela segunda vez...

Dei um toque fino no bolso da minha calça para verificar se a minha faca estava lá, ainda recuando. Estava. Mas
pensei melhor: se a pegasse diretamente do meu bolso, o que pensaria Sam? Melhor não. Nós duas estávamos
ferradas. E agora? Procurei uma saída e vi o inesperado: uma faca no balcão aparentemente boa e afiada um

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pouco atrás de mim. Tinha que ser rápida, eu sabia que ele atacar a qualquer instante. A faca já estava
exatamente ao meu lado. Respirei fundo e num repente, peguei-a e a enfiei na região do coração da coisa. Sam
deu mais um grito, só que um pouco mais grave. Nós duas nos afastamos da criatura. Ela havia parado, será
que morrera? Não... A faca permaneceu intacta no torso dela e retornou a caminhar lentamente. Vi Sam correr
em direção à porta da onde saímos, mas foi surpreendida por mais duas criaturas daquele tipo, que
praticamente apareceram do nada.
-Samantha! Volta já aqui! – gritei eu, desviando meu olhar da coisa para ela.

Ela estava paralisada, não andava. Eu tinha que ajudar minha amiga... Distraída, a coisa jogou- se em cima de
mim. Eu fiquei me debatendo sobre ela e consegui jogá-la no chão.
Então, coloquei minha mão no outro bolso. Fechei os olhos com força. Neste instante em que eu fechei meus
olhos ouvi gemidos, gritos de dor, e três disparos vindos de uma arma de fogo.

Abri meus olhos novamente, após uns vinte segundos. Não vi mais ninguém. O monstro que estava me
atacando, estava caído no chão, aparentemente morto. Dei a volta pelo balcão. Horrorizei-me pelo que vi: Sam
estava morta e as outras duas criaturas também, porém não hesitei e segui em direção a porta. Seu pescoço
estava imundo, cheio de sangue. Saí correndo em direção ao meu táxi. Entrei e dei marcha ré até chegar numa
esquina onde pude virar e seguir em frente. Pisei fundo no acelerador e segui ignorando os faróis vermelhos,
afinal, se todos haviam virado monstros, ninguém poderia me multar. Vi um carro com as luzes acesas parado
diante o farol em vermelho e passei diretamente por ele. Estranho. Poderiam ser sobreviventes que poderiam
me ajudar. Mas ignorei o fato e continuei em frente. Tinha coisas mais importantes a resolver e a refletir...

"Sam morrera... Minha amiga... Não devia ter fechado os olhos... Mas tudo bem, todo mundo morre algum dia.
Não daquele jeito, mas tudo bem. Eu não podia fazer mais nada... Aquilo não é possível! Coisas daquele tipo
não acontecem! Eu estava certa desde o começo! Lembro-me de ter desejado o fim do mundo... Mas mesmo
assim, eu tinha que sair daquela cidade a todo custo, era a minha prioridade. Mas será que é tudo apenas um
pesadelo? Será o mundo todo estava assim? Com as ruas, casas e estabelecimentos cheios de monstros e
sangue? Mas não podia desistir... Pelo menos por Sam e por todos que já morreram..."

Naquele momento, pude sentir uma lágrima caindo pelo meu rosto...

This post has been edited by Rebecca Chambers on July 16, 2009 10:59 am

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Árvore da família Fyfre:


Avô & Avó Paterno: Matt Addison & Alice Survivor
Avô & Avó Materno: God Kira
Pai & Mãe: Bionic Wesker & Gabrielle R.L
Irmãos: Mr. Birkin e Mr. Siegfried
Marido: Full Redfield
Filhos/Filhas: *Gigi_Dante* e The Dead
Tios & Tias Paterno: Blood Cold, Carlos Wesker, Eden X, Jeferson, The Merchant, Kurai Gehenna, MelissaMayaJill, Alice, Mari Redfield,
Miss Valentine, Marcos Mask, Augusto.
Tios & Tias Materno: Lívia Maria e Ana Clara
Primos & Primas Paterno: Claire Kennedy
Neto: Leon S. kennedy

Bars by Miss Valentine and Jejé. Thank you!!

Anahi Postado em: May 03, 2009 09:48 pm

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Capítulo 8: Recordar para viver!

QUOTE
- Que se dane a polícia!Que se dane o serviço militar!Se não posso agir do jeito que quero, e acho
correto, que eles morram.

Essas foram minhas últimas palavras na corporação. Há cinco anos atrás eu era uma policial com meu
salário indigno arriscando a vida por pessoas que a morte era pouco graças aos seus atos em vida.
Coisas estranhas começaram a acontecer, ligações de madrugada para ir ao serviço. Recarreguei
minha shotgun com cuidado e a travei, os outros soldados conversavam em alto e bom tom rindo no
helicóptero. O barulho do motor era baixo e não era necessário que aqueles imbecis falassem tão
alto. Como única mulher do grupo eu tinha meu orgulho a zelar. E meus companheiros de trabalho,
apesar de serem homens, eram imensamente inferiores em habilidade. A famosa peixada era assim
Bravo Team que a maioria entrava na corporação, filhos de soldados reformados ou sobrinhos. Eu estava lá por
meus próprios pés, sim, eu era muito superior a eles. E isso me divertia. O capitão Davidsson,um
homem alto de cabelos negros e olhos verdes-,se posicionou na nossa frente dando instruções sobre
a situação.

Grupo: Administradores - Vamos descer na cobertura do prédio! O antigo prédio de pesquisas da Umbrella...nossa prioridade
Posts: 1870 é salvar o máximo possível de pesquisadores. Pessoas VIVAS!
Member No.: 1680
Joined: April 27, 2008 Na hora eu não dei uma atenção à frase dele. Afinal, como salvaria pessoas mortas?
O prédio da Umbrella era afastado de toda a cidade. Ficava longe de toda a área industrial , e poucas
pessoas tinham acesso. A Umbrella era muito reservada em seus negócios. Nas poucas vezes que
trabalhei perto deles pude observar, ninguém entrava e ninguém saía. Sabíamos que era uma
Ranking Especial: indústria farmacêutica, e naquela época eu sabia o mínimo perante o que ia enfrentar.

O helicóptero pousou e um a um fomos descendo em formação. Nosso capitão abriu a porta e um a


um fomos entrando. A cada perímetro que avançava, eu começava a ver uma cena de chacina. A
lâmpada piscava sua fraca luz e as lanternas eram necessárias. As paredes que, deveriam ser brancas,
estavam cobertas de manchas de sangue, pareciam mãos, um odor de podridão adentrava em meus
pulmões e aquilo me fez sentir-me enjoada.

-Ok, vamos checar as salas.

Davidson mandou Eric, um novato da equipe, ficar na cobertura na entrada. Fomos divididos por
andares e cada trio ficou responsável por checar um, então fui designada a liderar Henry e Edward.
Meu grupo desceu até o segundo andar pelas escadas, mais sangue. Eu sinceramente não estava
gostando do que via. Naquele andar havia apenas uma sala. Uma enorme porta de metal enferrujada
estava a nossa frente. Rodei a maçaneta e um ruído cortou o silêncio. Não havia luz no lugar, mas
com ajuda das lanternas percebi que parecia um laboratório. Papéis estavam espalhados para todos
os lados e a sala parecia não ter fim. Foi quando vi um pé perto de uma mesa. Apontei para um de
meus companheiros e ele se aproximou. Havia um homem caído, ele se mexia devagar e ao notar
nossa presença começou a gemer. Henry se abaixou erguendo o homem e logo soltou um grito de
dor. O que consegui ver era inacreditável. O homem não tinha um lado de sua face, estava mordido,
podia ver sua mandíbula e os dentes sujos de sangue.

-Alguém tire esse imbecil de cima de mim!Ah!

Rapidamente saquei minha pistola e atirei nas costas daquela coisa. O homem caiu no chão e ficou
imóvel.

-Que inferno!Como esse homem tinha força!

Henry rasgou um pedaço de sua camisa e tentava estancar o sangue. Aproximei-me do corpo e o
percebi se mexer de novo,aquilo estava me deixando nervosa.

-Droga!Ele deveria estar morto!Está muito ferido e ainda toma um tiro!

Ele levantou mais uma vez, gemendo, sua boca escorria uma gosma amarelada. Eu tinha percebido o
que o capitão Davidson dissera.Aquele homem estava morto, mas de algum modo ainda caminhava, e
queria me morder. Empunhei minha shotgun em sua boca e disparei. O estrondo do tiro ecoou por
todo o prédio

Edward riu observando o corpo caído e sem crânio.

-Acho que um silenciador seria melhor, sabe?

-Se tiver alguém vivo, vai vir em nossa direção seguindo o barulho.

Minha preciosa arma estava suja, puxei um dos jalecos que estava caído sobre a mesa e passei a
limpá-la.

Henry olhou ao redor e suspirou.

- Essa sala é enorme. O andar inteiro. Vamos continuar a procurar.

-Prefiro que volte para o helicóptero. Está ferido. Esse louco pode ter alguma doença.

Henry me encarou.

-Eu não sou do tipo que saí correndo. Você me conhece. E prometo não contar ao capitão que você
matou um dos sobreviventes.

- Ele te mordeu! Está me devendo uma!

- O que diabos aconteceu nesse lugar?

Ao virar no canto da sala havia uma porta de madeira. Edward a abriu e um cheiro podre invadiu
novamente nosso ar. Estava um breu tremendo e começamos a ouvir passos. Muitos passos!

-Alguém?Estão seguros agora, é a polícia!

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Quando direcionei minha lanterna meu corpo tremeu. Uma horda de pessoas machucadas vinha em
nossa direção. Pareciam ter mais de dez! Gemendo, com mordidas, sangue.

-EDWARD!FECHA A PORTA!FECHA A DROGA DA PORTA!

Gritei assustada afastando Henry, mas quando olhei para trás a porta de entrada tinha sido aberta e
mais deles entravam. Edward não conseguia fechar a porta. Eles eram muitos e empurravam. Eu
estava indecisa. Não sabia se ajudava Henry ou Edward. Íamos morrer.

-Anahí!

Edward gritou sendo mordido por um deles. Henry estava tentando controlar a situação usando sua
metralhadora. Eles caíam. Mas logo levantam com mais sede de carne!

-Temos que sair daqui!

Gritei atirando nos zumbis que vinham para cima de Edward. Empurrando a porta com toda a minha
força e com a ajuda dele a fechamos. Mas não havia tempo para respirar e logo tomei fôlego
ajudando Henry. Os zumbis, sim, eu comecei a chamá-los disso, batiam na porta me deixando tensa.
Quando o último caiu evacuamos a sala a fechando.

Encostei-me à parede respirando pesadamente.

-Vocês estão bem?

Edward estava muito trêmulo e sangrando na mão.

-Aquelas coisas, meu Deus!Parecem de filmes!Filmes de terror...o que faremos?

Eu estava tentando entrar em contato com o resto do time, mas havia interferência no prédio.

- Vamos subir e encontrar com Eric! Não tem ninguém vivo aqui! Vocês estão feridos e. Não há
condição de prosseguir!

A subida parecia demorar mais, eu estava louca para sair daquele lugar. Mas quando chegamos ao
topo, o helicóptero não estava mais lá!

-Maldição!O que faremos?

-Seus amigos te deixaram...

Um homem estava encostado na parede nos olhando, ele tinha cabelos castanhos lisos e curtos,
olhos castanhos cor-de-caramelo. Segurava uma Glock 35 preta. Aquele rosto me era familiar. Ainda
vestia um jaleco branco sujo de sangue. O encarei.

- Eu vi quando foram embora! Conforme-se que também foi esquecida.

- Quem diabos é você?

- Mackenzie D. Sunderland.

Edward apontou a arma em sua direção.

- O assassino profissional mais procurado do mundo? A quantidade de pessoas que você matou é
descomunal! Vivo ou morto, é uma bela recompensa!

-Francamente, vai querer me matar na atual situação?

Ele caminhou até nós.

- Comecei a trabalhar para a Umbrella em algumas experiências. Algo aconteceu de errado no prédio
e um vírus vazou. Os pesquisadores do setor 4 foram infectados e entramos em quarentena há dois
dias!

Ele apontou sua arma para Edward.

- E sinto dizer, mas logo, você estará andando com eles! Seria melhor, adiantar o processo!

Eu não pude ouvir a resposta de Edward, Henry havia me segurado com uma força enorme, seus
olhos sem vida se aproximavam, e estava preste a me morder.

- Herny!Não!

Mackenzie disparou sem dó e gotas de sangue caíram sobre meus olhos. Fiquei chocada
observando-o caído no chão. Ele era um dos poucos soldados que confiava e tinha minha amizade.
Não, eu não podia chorar naquele momento.

- Oh Deus!

Edward olhou para mim com um sentimento de dor. Eu empurrei Mackenzie o encarando.

-Diga que tem uma cura!

-Não!Temos que sair daqui logo! Existe um duto de ventilação que dá para a calçada. A nossa única
chance!Mas precisamos descer até a sala do segundo andar!

- Não me diga que é a sala foco da infecção?

-Existe uma porta de madeira, ela dá para o centro de pesquisas. A tubulação de lá nos levará até a
rua!O problema é a quantidade de zumbis que estão lá! E eu creio não ter muita munição para
terminar com eles! Estive estudando um jeito de sair , e é a única opção. A primeiro andar está pior
em termos de infecção. Foi um custo sair ileso de lá.
Engoli meu choro e abaixei-me mexendo nos bolsos de Henry.

-Temos uma metralhadora com 50 balas e mais 50 para recarregar. Minha shotgun com 20 balas e
minha pistola com 12. Edward?

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F.Y.F.R.E.'s Forum -> Resident Evil Chronicles - Capítulos

- 20 balas de pistola... um cartucho para recarregar.

-E você?

Encarei o homem que adoraria prender naquele momento.

- Eu acredito que tenhamos o bastante! Lembre-se de atirar na cabeça, assim economizamos


munição. Vamos!

Edward me deteve com o braço.

- Eu vou à frente!Para abrir caminho, logo me tornarei um deles. Se me morderem ou não, já não me
importa!Saía viva e ilesa!

- Mas, Edward...

-Anahí, não estamos em treinamento!

-Acho bom o seu amigo ir à frente!

Eu não estava gostando nenhum um pouco daquele tipinho, mas era nossa única saída. Ainda tinha a
ilusão de salvar Edward. No caminho encontramos alguns zumbis, foi fácil matá-los.Eu encostei a
mão na maçaneta da porta de madeira, os zumbis continuavam a fazer barulho e se bater nela, olhei
para os dois homens ao meu lado. Edward consentiu falando.

- Você abre e se afasta. Eu cuido do resto.

Respirei fundo e abri a porta, tínhamos pouco tempo! Quando abri meus olhos encarando a realidade
os dois estavam atirando. Não podia negar que Mackenzie era um ótimo atirador. Ele havia acertado a
cabeça de três deles. Sua fama de melhor assassino profissional fazia jus! Nos separamos na sala e
cada um se ocupava em atirar neles. Estava dando certo. Foi quando me distraí e um deles se
projetou sobre mim! Empunhei minha arma, mas o som de que estava descarregada gelou meu
coração. Foi então que senti o zumbi ser atingido por um chute. Mackenzie o chutara longe e atirou
em sua cabeça.

- Acho que um pouco de atenção seria bom!Sabe...policial...

- Você está bem, Anahí?

Edward me olhou preocupado, mas não tínhamos tempo!

- Vamos logo!

Mackenzie estava parado perto de uma mesa, havia um disquete sobre ela. Ele o pegou e guardou em
seu casaco.

-Agora podemos ir!

- O que é isso?

-Algo que será útil no futuro!

A lanterna iluminava um pouco o corredor escuro.

- Então, onde vamos sair?

-Na próxima virada a direita! Existe um laboratório subterrâneo aqui!Esse era o caminho para ele.
Algo deu errado. Os funcionários eram responsáveis!

- Mas o que diabos eles estavam pesquisando?

-Um vírus. Poderei averiguar o acidente com esse disquete....

Edward encostou-se na parede cuspindo sangue, eu o amparei.

-Calma, logo vamos sair daqui!

- Eu receio que ele não saía!Não podemos deixar o vírus sair desse prédio!Ele é extremamente
contagioso!Uma pessoa se infectou aqui e fez tudo isso!

- Mas...

- Ele tem razão...

- Edward...

- Saía e faça a Umbrella pagar por isso!

- Receio que seja difícil!

Mackenzie puxou a grade da tubulação e a jogou longe. Ele olhou para o relógio em seu pulso.

- Em exatamente duas horas o prédio será explodido!

-Não podem explodir um prédio e ficar tudo bem!

Eu gritei em alto e bom tom ouvindo minha voz ecoar pelo corredor frio e úmido.

- Acidente... .todo o tipo de desculpa que se possa ter...

Ele suspirou subindo.

- E temos que sair antes que a vigilância sanitária e o exército cerquem o perímetro.

Edward me ajudou a subir, olhei para trás.

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F.Y.F.R.E.'s Forum -> Resident Evil Chronicles - Capítulos

- Edward...

- Você tem um grande futuro, só precisa deixar de ser um pouco egoísta e cismada com homens! Boa
sorte...

Ele virou de costas e eu desci. O barulho do tiro ecoou em minha cabeça.

Caímos em um túnel que deu direto na saída do prédio, escalei a grade de proteção, droga, eu estava
chorando pelas perdas. Não suportava aqueles dois, mas eles me respeitavam e agora estavam
mortos! Ouvia gemidos, eles estavam perto. Um bando de zumbis andando pelo terreno. Mas eu não
precisava enfrentá-los, eram lentos e com agilidade estávamos do lado de fora do prédio.

- Então, o que você vai fazer agora?

Mackenzie sorriu tomando fôlego e aproveitei para esconder minhas lágrimas.

- Vou procurar uma cidadezinha tranqüila onde eu possa viver em paz.

-Acho meio difícil... mas te desejo sorte!

- E você?

- Relatarei o ocorrido...

- Tenha cuidado. Se seus companheiros a deixaram aqui para morrer, duvido que ajudem. A Umbrella
é muito grande para simples pessoas como nós a derrubarmos de uma vez!

Ouvimos o barulho de sirenes, eles estavam vindo. Corri o máximo que pude e no meio de toda a
confusão eu perdi Mackenzie de vista.

Na delegacia, ninguém comentara nada!Minhas tentativas de mostrar a verdade foram barradas!A


polícia também fora comprada pela Umbrella. Por meus atos de “má conduta” insistindo em algo que
“não acontecera” fui expulsa da corporação. Então, decidi tentar minha vida em uma cidadezinha
tranqüila...Raccoon City...

- Quer dizer, que você já passou por tudo isso? Dei sorte em encontrar uma pessoa com experiência!

Mattew sorria olhando para mim enquanto eu terminava de fazer uma ligação rápida no carro. Em Raccoon eu
abrira uma loja de armas. O movimento era fraco, alguns caçadores vinham fazer compras, era pouco, mas podia
me sustentar. Tinha uma vida digna. Estranhamente as pessoas passaram a freqüentar mais a minha loja, mais
armas sendo vendidas, e isso me assustou. Pessoas morrendo de forma estranhas, completamente mordidas”, e
hoje de tarde a gota d’água! A cidade estava tomada de zumbis! Mais uma da Umbrella! Os rostos de Edward e
Henry vieram a minha memória! Eu precisava fazer algo! Mackenzie não saíra da minha lista!Ele fora absolvido
da maioria dos crimes e se mudou para Raccoon. Aquele disquete era a chave para a minha vingança! E eu
necessitava encontrá-lo.

- Eu preciso ir para a casa!

- Casa? Você não tem mais casa, amigos ou parentes, garoto!A não ser que queira ser devorado por eles! Se
quiser vir comigo é para fugir dessa cidade! Não é mais um prédio...é uma cidade inteira infectada!

Abri minha mochila e peguei uma pistola e dois cartuchos.

-Atire para matar...

- Eu não sei atirar!

- Então vai ter que passar por um curso rápido atirando em zumbis!

Acelerei o carro e avancei, o máximo que o veículo podia! Em alguns momentos eu podia ver alguns zumbis
andando pelas vielas. Mas naquele momento apenas uma coisa apitava em minha mente 7th Svensson, número
1278. No trajeto, havia um sinal .Na atual situação não era seguro parar em sinais. Apertei meu pé no acelerador
o máximo que pude e passei por ele. Mackenzie deveria estar vivo! Ele era uma chave importante para minha
vingança! A rua estava deserta demais, nenhum ruído além do motor. Estacionei na porta e desci do veículo com
Mattew ao meu lado segurando a arma.

- Lanternas...sempre use uma!

Eu disse sorrindo e acendendo ela. Bati na porta duas vezes...mas havia apenas silêncio. Foi quando um barulho
nos fundos chamou minha atenção, se ele queria correr eu estava disposta a procurá-lo até no inferno. Apesar de
que a cidade estava virando um.
Havia um casal e uma garotinha parados na porta dos fundos. Estavam mordidos e pareciam procurar por abrigo.
Apontei minha arma para eles.

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F.Y.F.R.E.'s Forum -> Resident Evil Chronicles - Capítulos

- O que fazem aqui?

-Estamos procurando abrigo.

Olhei para eles, não tinha muito que fazer, logo se tornariam zumbis.

- Venham conosco!

Tirei um lockpick do meu bolso e rapidamente abri a porta. Estava tudo escuro na casa. Quieto demais. Com a
lanterna iluminando entramos.

- Mackenzie!

Eu não podia gritar, isso ia atrair eles. Mas não tinha jeito....não estava com paciência para sair procurando-o
pela casa. Mas só ouvi o passo de algo. Pareciam patas pisando no piso. A garotinha sorriu apontando.

-É um cachorro!

Quando o cachorro se virou meu peito disparou. Seu estômago estava aberto, uma enorme mordida e metade de
seu focinho não existia. Ele nos encarou rosnando. Saquei a arma e ao vi vindo a minha direção. Então atirei, dois
três tiros!O maldito não parava. Foi então que me lembrei.
Lembre-se de atirar na cabeça, assim economizamos munição. Vamos!

Tremendo de nervosismo atirei. Ele uivou caindo no chão.

- MORTO!

Respirei aliviada. Ao encostar na mesa vi um pequeno mapa. Pelas anotações era um complexo laboratorial da
Umbrella que ficava do outro lado da cidade. Sorri e o coloquei no bolso de minha calça.

- Mack, eu vou te encontrar nem que seja no inferno!

Olhei para a pequena família infectada.Eu tinha que tomar uma decisão e por mais que meu coração estivesse
doendo me lembrei de Henry me atacando. Eles estavam com o destino perdido. Não podia fazer mais nada.

- Escutem, vocês podem ficar lá em cima!No quarto, é seguro. Eu e Mattew vamos procurar ajuda!

O homem consentiu subindo com a mulher e esposa.

Puxei Mattew e saí o mais rápido que pude entrando no carro. Um pequeno grupo de zumbis se aproximava.

- Que ótimo, temos gasolina o bastante!

- Para onde?

-Vamos para o outro lado da cidade.

Acelerei o carro o máximo que pude deixando os mortos-vivos para trás.

- Mas e aquela família?

- Eles estão infectados. Infelizmente, em algumas horas estarão andando com eles. E meu objetivo é acabar com
a Umbrella, não terminar como um zumbi mordendo mais pessoas...vamos atrás do Mack, ele terá respostas!

É para salvar pessoas como aquelas que eu queria minha vingança

Continua....

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Anahi Postado em: May 03, 2009 11:17 pm

Capítulo 9: Perigo Iminente

Já era noite. As ruas da pacata Raccoon City estavam completamente desertas, o caos havia dominado a cidade,
que agora estava infestada por criaturas bizarras e letais. Os poucos sobreviventes daquele pesadelo estavam
escondidos, com medo de sair de onde estavam e morrer... Alguns encaravam a morte e se arriscavam a sair por
aí, procurando uma maneira desesperada de escapar da cidade, mas em sua grande maioria morriam vítimas
daqueles monstros canibais. Era o fim de Raccoon City... Umbrella, a corporação que exercia maior influência
sobre a cidade, era a responsável. Sob a fachada de corporação farmacêutica que zelava pela saúde das pessoas,
a empresa realizava experiências ilegais e produzia armas biológicas em massa. Diversos laboratórios estavam
espalhados pela cidade, bem abaixo de Raccoon City, existiam verdadeiros complexos subterrâneos pertencentes
Bravo Team a empresa. A Umbrella brincava com fogo, e sabia que um dia as coisas ficariam fora de controle. Agora ela
estava provando seu próprio veneno, assistindo sua preciosa cidade ruir, e desta vez, não haveria como voltar
atrás.

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27 de Setembro de 1998, 2:35 A.M. – Ruas de Raccoon City

Ranking Especial:
A madrugada estava fria e calma, uma leve brisa se locomovia pelas ruas, e as nuvens escurecidas que
deslizavam pelo horizonte vindo em direção a cidade indicavam que iria chover daqui a algumas horas.
- 2:35 da madrugada. – Constatei, após olhar para o meu relógio. Caminhava sem rumo pelas ruas, em busca de
um meio de transporte que me levasse ao outro lado da cidade, aonde se localizava um dos principais conjuntos
laboratoriais da Umbrella, o complexo P-103, apelidado por alguns funcionários como “Lar do diabo”, e aonde eu
precisava estar. Depois de mais alguns minutos caminhando, cheguei até o que parecia ser uma farmácia. O final
da rua estava totalmente bloqueado por barricadas improvisadas e viaturas policiais abandonadas. Decidi entrar
na farmácia, talvez houvesse uma saída nos fundos do estabelecimento que desse na rua ao lado. O local estava
vazio, sem nenhum sinal de vida. Os frascos de remédio quebrados e espalhados pelo chão, as prateleiras
repletas de sangue e a luminosidade precária do local traziam uma leve sensação de medo. Segui com cautela
tomando cuidado com os diversos líquidos que cobriam o piso e fui até o caixa. Manchas de sangue e cacos de
vidro era tudo que havia sobre o balcão, e não havia sinal do balconista. Logo avistei a porta dos fundos e corri
até lá.
- Trancada, droga....- Disse, ao mesmo tempo que sacava minha Glock para atirar contra a fechadura. Ouvi um
ruído, rapidamente me virei e olhei o que era.
- Hum... Nisso que dá ficar vendo filme de terror toda noite... Deve ser só a minha imaginação...- Ignorei o
barulho e voltei minha atenção a porta.
- Hããã...
Outro gemido, acompanhado pelo barulho de cacos de vidro sendo pisados. Virei- me outra vez e avistei uma
daquelas criaturas vindo em minha direção, parecia ser o balconista. O estado em que o homem se encontrava
era amedrontador, a pele totalmente podre, olhos brancos que se perdiam em um imenso vazio, algumas partes
do corpo completamente expostas e pra piorar, um horrível cheiro de podridão exalava de seus poros... Sem
hesitar, saquei minha Glock e atirei rapidamente contra a cabeça da criatura, que logo em seguida caiu, seu
sangue avermelhado manchando o chão. O ponto fraco deles era a cabeça, sabia disso porque não era primeira
vez que enfrentava aquelas coisas... Zumbis, melhor dizendo... Após arrombar a porta dos fundos, saí do
estabelecimento e me encontrei em uma espécie de beco. No meu lado direito havia uma porta de metal
enferrujada presa por correntes, no meu lado esquerdo haviam duas portas, uma bloqueada por uma porção de
entulho desorganizado e outra semi- aberta, que devia dar nos fundos de outro estabelecimento, por onde eu
entrei. Outro beco, só que este era um pouco mais largo. Haviam algumas garrafas de bebidas alcoólicas
espalhadas sobre o chão e, um pouco mais a frente, dois cadáveres de oficiais da polícia. Caminhei até lá e
verifiquei os corpos, consegui achar um pente de munição 9mm. Após guarda-lo, prossegui até chegar a uma
bifurcação, segui a direita e avancei por uma porta de metal a alguns metros. Estava nos fundos de uma pequena
lanchonete. O local era limpo e arejado, o piso formado por ladrilhos xadrez e as mesinhas de madeira junto a
belos sofás de couro rigidamente limpos junto as paredes e as janelas traziam um aspecto elegante ao lugar... A
lanchonete estava intacta, tudo limpo e organizado no seu devido lugar, aquelas criaturas ainda não haviam
chegado ali, ainda bem... Caminhei até a porta principal da loja e saí, estava novamente nas ruas. Tudo parecia

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calmo, exceto por algumas sombras no final da rua, que pouco a pouco iam se aproximando e eu podia ver o que
eram.... Pareciam ser... Uma multidão de zumbis que se estendiam por vários e vários metros!
- Merda!- Eu precisava sair dali, eles estavam se aproximando rápido, bem rápido, sua sede por sangue fresco
era notável e eu podia sentir o perigo iminente.
Corri o máximo que pude até o final do quarteirão e virei a esquina a minha esquerda, eles estavam logo atrás,
alguns mais lentos, outros correndo a uma velocidade inacreditável. Após virar a esquina do próximo quarteirão,
presenciei uma cena horrível, uma mulher e uma criança sendo brutalmente assassinados por cães sedentos por
carne fresca, os famosos MA-39, também chamados “Cerberus”. Sem reação, permaneci imóvel encarando os
cães. Eram 7, no total. Após notarem minha presença, ignoraram os corpos ensangüentados e dilacerados das
vítimas e voltaram sua atenção para mim. Eles iriam me matar, não podia ficar parado encarando-os. Sem
pensar duas vezes, corri para um edifício próximo e entrei, fechando a porta de modo abrupto.
- Ufff – Suspirei, enquanto passava a mão na testa para limpar as gotas de suor que escorriam. – Foi por um
triz...
Comecei a subir as escadas do prédio, logo os zumbis conseguiriam arrombar a porta do hall, tinha que procurar
um lugar seguro. Segui até o último andar do edifício, o corredor estava escuro... Enfiei a mão na bolso da calça e
peguei meu isqueiro. Ainda ofegante, o acendi e prossegui lentamente pelo corredor. Podia- se ouvir alguns
gemidos vindos do norte do lugar, mas não haviam inimigos por perto. Continuei caminhando e verificando as
residências, todas as portas do corredor estavam trancadas, exceto uma, o #504. No mesmo instante em que
encostei a mão na maçaneta, ouvi um estrondo vindo de dentro do apartamento.
- O que foi isso?- Sussurrei comigo mesmo. – Seja o que for, pior que aquela multidão de zumbis abestados e
aqueles cachorros famintos não pode ser. – Girei bruscamente a maçaneta e entrei. Lá dentro, permaneci imóvel
diante do que vi, abismado com a situação.

Continua...

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Davi Redfield Postado em: May 05, 2009 06:21 pm

Capítulo 10: Pessoas normais

- Desculpe te desanimar... Mas acho que essas criaturas já estão por toda a cidade... – ouvi o tal Kedar dizer á
Emily. Me virei para trás, encarando-o.
- Que criaturas? – perguntei.
- Bom... – ele começou – zumbis, talvez. Acho que podemos chamar eles assim.
- Aquilo que você matou então era um... zumbi? – indaguei, com uma surpresa na voz que não consegui evitar.
Ele balançou a cabeça positivamente, sorrindo pra mim.
Quer dizer que... Essa cidade... Está cheia de...zumbis. Mas que coisa absurda! Por outro lado, explicaria a fuga
dos médicos e enfermeiras do hospital. Não é uma boa idéia ficar em uma cidade cheia de monstros...
- Veja pelo lado bom, Emily. Os zumbis são lentos, igual nos filmes antigos do Romero. Imagine se eles fossem
como os zumbis de Extermínio? – ouvi Kedar dizer, seguido pela risada de Emily.
Mas com a cidade cheia de zumbis, como ficaria minha vingança? O maldito farmacêutico podia até mesmo
estar morto agora, vagando por aí como um zumbi, ou seja lá o que forem essas coisas. Arriscaria...?
- Olhem! – gritou Emily, apontando para frente. Kedar e eu seguimos seu olhar, e vimos um táxi em alta
velocidade, com pessoas sobre o capô e sobre a frente dele, se segurando.
- Minha nossa! – disse Kedar.
- Ele está vindo pra cá! – gritei.
Bravo Team
Tudo aconteceu em segundos. Mal acabei de gritar, me joguei para o lado esquerdo, oposto a direção da qual o
táxi vinha. Ouvi um estrondo, e assim que me levantei, vi que o táxi havia batido em um poste. A pessoa que
estava na parte da frente havia sido esmagada entre o veículo e o poste, e a que estava sobre o capô jazia no
chão, com uma poça de sangue enorme ao redor da cabeça, que estava rachada.
Grupo: Administradores
Posts: 1296 Procurei por Emily e Kedar, e os vi caídos alguns metros longe de mim. Kedar estava com seu corpo sobre o
Member No.: 2169
corpo de Emily. Provavelmente ele a havia retirado do caminho do táxi, e se jogado em seguida atrás dela,
Joined: October 30, 2008
protetoramente.
Instantaneamente me lembrei de Derick, e de como ele sempre me protegia de tudo. E no final, ele não pôde
Ranking Especial: se proteger de mim... Eu --
NÃO. Aquilo não foi culpa minha. Se o farmacêutico tivesse me deixado levar o remédio, nada disso teria

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acontecido. Eu estaria com Derick, meu Derick, eu estaria --


- Karol! Nos vem aqui! – gritou Kedar. Ele e Emily estavam ao lado do carro destruído, pareciam olhar para seu
interior.
- Vejam, tem alguém ali dentro... – disse Emily.
- E o que vocês estão esperando? – disse eu, me aproximando do carro.
- Deixem que eu faço isso, garotas. Sempre quis fazer isso...! – disse Kedar, sorrindo, enquanto mirava o vidro
do motorista com o cotovelo.

CRASH

- Ai, merda! – exclamou Kedar.


- Se machucou? – disse Emily, sorrindo.
- Hã... Não, estou bem, ... – respondeu Kedar, rapidamente.
Olhamos os três juntos para o interior do veículo, e vimos uma jovem. Ela estava desmaiada, e um solitário
filete de sangue escorria do lado direito de sua testa.
O rosto de Kedar se iluminou.
- Hoje é meu dia de sorte --
Subitamente, seu sorriso desapareceu, quando a garota que estava dentro do táxi encostou um revólver em sua
testa.

--------------------------------

- Ei, calma aí garota, eu ia te ajudar a sair daí... – disse Kedar, tentando sorrir.
A garota dentro do carro parecia desnorteada. Hesitou alguns instantes, e finalmente abaixou a arma. Kedar
suspirou baixinho.
- Sai da frente da porta, que eu consigo sair daqui sozinha. – disse a garota secamente.
Kedar se afastou, seguido por Emily. Emily não conseguia esconder o desapontamente com a atitude ignorante
da estranha expresso em seu rosto. A garota saiu pela janela que Kedar havia quebrado.
Eu apenas observava.
A garota passou a mão na testa, limpando o sangue, e guardou a arma no bolso da blusa verde escura.
- Esses zumbis fizeram você bater o carro, né? – disse Emily, em um tom amigável. A garota olhou pra ela,
séria, e disse:
- Não eram zumbis.
Emily pareceu abalar-se. Antes que ela dissesse algo, Kedar perguntou:
- E o que eram então?
A garota olhou para a pessoa que havia sido esmagada entre o carro e o poste. Depois, olhou pra Emily.
Finalmente, disse, olhando para Kedar:
- Eram pessoas normais, como vocês. Eles tentaram roubar o meu táxi, e pularam em cima dele. Eu acelerei
tentando me livrar deles, e por isso acabei batendo.
- Meu Deus! – sussurou Emily, agarrando o braço de Kedar.
Ele se virou pra mim.
- Temos que sair dessa cidade, Karol. Só tem malucos e zumbis por aqui. – disse ele, indicando rapidamente
com um movimento de olhos a garota do táxi.
- Eu vou com vocês. – disse a garota, aproximando-se.
Kedar revirou os olhos.
- Eu ainda tenho assuntos a resolver, antes de ir. – eu disse.
- Que assuntos, Karol? – perguntou Emily.
Olhei para Emily, séria. Não respondi a pergunta dela.
- Eu posso levar a gente pra fora dessa cidade. Conheço ela como a palma da minha mão, faz um tempo que
sou taxista. – disse a garota do táxi.
- Então, vai na frente. – disse Kedar, tentando parecer entusiasmado.

--------------------------

Andamos por alguns minutos. Encontramos alguns zumbis pelo caminho, mas eles eram lentos e estavam muito
longe de nós, então os evitamos facilmente.
- Preciso parar um pouco... – eu disse.
- Se nós pararmos, vamos perder tempo. Temos que sair dessa cidade rápido – disse a garota do táxi.
- Eu não estou pedindo sua permissão. Eu VOU parar um pouco. –respondi secamente.
Kedar deu uma risadinha, e foi cutucado por Emily, segundos antes da garota do táxi se virar para ver quem
havia rido.
Deixei eles se entendendo, e comecei a andar na direção de uma casa, que parecia menos destruída. Quando
estava chegando perto da porta, senti uma mão sobre meu ombro, e rapidamente a peguei e torci o braço do
dono daquela mão.
- Ahhhhh, calma aí, Karol!
Era Kedar, de novo. Emily e a outra garota vinham logo atrás.
- Não faça mais isso! O que você quer?? – gritei.
- Você nunca assistiu filmes de terror? Nunca é uma boa idéia se separar. - ele respondeu.

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Dei de ombros, e abri a porta da casa.


A porta dava diretamente para a sala de estar da casa. Estranhamente, tudo estava em ordem. Mas não era
isso que eu estava procurando.
Me virei pra Kedar e disse:
- Eu já volto. Vê se não me segue dessa vez!
- Ok. – disse ele, piscando pra mim.
Deixei os três investigando a sala de estar e subi as escadas que levavam ao segundo andar da casa.
Geralmente, sempre do lado dos quartos... Achei.
Entrei no pequeno banheiro. Enquanto fazia o que tinha que fazer, observei as paredes cobertas de azulejos, o
espelho em frente á pia, a cortina do box coberta de sangu --
Deus!
Levantei-me rapidamente do vaso, e subi minha calça. Podia jurar ter visto um vulto no box do banheiro, mas
não iria ficar ali pra ter certeza. Fechei a porta do banheiro, e desci rapidamente as escadas, me juntando
novamente aos outros.
- Tudo bem? – perguntou Emily.
- Sim. Vamos sair daqui.
Saímos.

---------------------------

Minha cabeça dóia. Estava sentada sobre um chão duro, acho que era asfalto. O vento frio me atingia em cheio.
Não conseguia enxergar muito bem, apenas vultos. Mas conseguia ouvir tudo.
- Eu não gosto disso. – ouvi Emily dizer.
- Ela precisa mesmo ficar assim? – Kedar perguntou.
Então, ouvi uma voz desconhecida, responder á ele.
- Precisa. Você não viu o que ele tentou fazer? Ela é perigosa, é louca. Temos que mantê-la presa, assim ela
não pode machucar a si mesma nem aos outros.
- Mas ela disse que -- começou Emily.
- Esqueça o que ela disse. Vocês vão acreditar em uma louca? Ela matou o noivo á sangue frio. Por acaso ela
disse isso á vocês?
Sentia um cheiro muito forte de perfume. Onde é que eu tinha sentido esse perfume antes? Minha visão estava
ficando um pouco mais clara...
- E o que vamos fazer? – perguntou Kedar.
- Por mim, a deixávamos aí mesmo... – disse o homem estranho.
- Não! Não podemos fazer isso! Ela me ajudou! – gritou Emily.
Sacudi a cabeça. Não estava conseguindo enxergar muito bem, mas mesmo assim olhei na direção das vozes.
Vi a garota do táxi, com o revólver na mão, olhando séria para mim. A seu lado, estavam Kedar, e Emily. E á
frente deles, de costas pra mim, estava...
-VOCÊ! – gritei, tentando me levantar. Minhas mãos estavam presas, não conseguia movê-las. Também não
sentia mais o bisturi no bolso da calça. Com dificuldades, consegui me levantar. A garota do táxi apontou a
arma pra mim.
- Parada aí, sua maluca! – ela disse.
- Kathleen, abaixa isso! – gritou Kedar.
- Olha pra mim, maldito! – gritei.
O homem, que vestia uma roupa preta, se virou pra mim. Ele estava sorrindo. Vi que segurava na mão direita,
uma maleta. E na mão esquerda, ele segurava meu bisturí.

Fim do Capítulo.

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Fics:
Terra de Ninguém (com Pyramid Head)
Resident Evil: Na Idade das Trevas
Eu e Janet
Burroughs
Doug

Gabrielle R. L. Postado em: May 06, 2009 08:08 pm

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Capítulo 11: Perdida na insanidade

Eu observava aquela estranha cena assustada, o que havia acontecido com a Karol tão de repente? Quem era
estranho homem? Eu ainda tentava entender o que havia acontecido, pois foi tudo muito rápido.

Estava ao lado de Kedar e da jovem taxista que se apresentou como Kathleen, Karol havia subido as escadas da
casa, nós procurávamos algo naquela pequena sala, havia sangue em um canto, alguns papéis estavam
espalhados, na mesa estava um pequeno papel com as palavras:

“ É o fim...Eles estão aqui...1578”

“ 1578? Um código?”

Meus pensamentos foram interrompidos com Karol descendo as escadas, guardei o papel no bolso e olhei para
ela.

-Tudo bem? – Perguntei

Bravo Team - Sim. Vamos sair daqui. – Falou ela se dirigindo a porta

Saímos da casa, caminhávamos pela rua quando avistamos um estranho homem com roupas negras, ele
mantinha uma postura elegante, olhava para os lados parecendo procurar “algo”.
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Member No.: 2102 Eu o observava até que ouvi um resmungo vindo de Karol, olhei para ela, acabando por mostrar uma expressão
Joined: October 14, 2008
mista de surpresa e medo.

O rosto sereno dela dera lugar a uma expressão do mais puro ódio, seus olhos tomados pela visão do homem
elegante que agora nos vira e estava se dirigindo em nossa direção.

Karol tentou partir para cima do homem, Kedar que estava ao lado dela, surpreso pela atitude violenta e
repentina segurou a mulher que se debatia fortemente.

- Meu Deus! O que está acontecendo com a Karol? – Falei assustada ao ter a visão de Kedar impedindo Karol de
atacar o homem

- Karol!! O que está pensando em fazer? Endoidou? – Ouvi Kedar falar essas palavras para tentar acalmar a
garota

O elegante homem estava na nossa frente, ele mantinha sua postura elegante e sorria de uma estranha forma.

- Ora, ora...Se não é a louca... – Ouvi o elegante homem dizer

“ Louca? O que ele está falando? “

- Quem é você? – Ouvi Kathleen pergunta isso para o homem

- Isso não importa agora... Permita-me lhe ajudar... – Falou o homem elegante indo em direção a Kedar

- O que vai fazer? – Perguntou Kedar assustado

- Apenas acalmar-la... – Falou o homem abrindo sua maleta e puxando uma seringa junto com um pequeno
frasco branco

“ Sedativo? Aquele homem é um médico?”

Kedar continuou segurando Karol para que o homem injetasse um provável calmante na mulher que ainda
mantinha-se em um estado de fúria.

Olhei para Kathleen, ela segurava fortemente uma arma, parecia pronta para atirar contra qualquer coisa que
se demonstrasse perigosa para ela.

- O sedativo demora um pouco para fazer efeito... Por precaução acho que devemos prender-la. – Falou o
homem guardando o frasco dentro da maleta

- Prender-la? Mas... – Falei surpresa

- Prefere que ela fique solta e ataque vocês? – Falou o homem

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Não respondi, entendi o que ele queria dizer, não reagi quando vi o homem prendendo os pulsos de Karol, olhei
para Kedar, ele se mantinha calmo, parecia ter a mesma intenção que eu para ajudar-la.

Vi o homem colocar a mão no bolso da calça de Karol pegando o bisturi que ela tinha.

O homem se virou para mim e Kathleen, falava que aquele por enquanto era o único modo, eu prestava
atenção em cada palavra dita por ele, aquele homem escondia algo.

- A situação está se tornando crítica, além de termos que fugir desses monstros, temos que tomar conta dessa
mulher... Lamentável nossa situação. – Falou o homem desviando o olhar

- Eu não gosto disso. –Falei preocupada

- Ela precisa mesmo ficar assim? – Perguntou Kedar

- Precisa. Você não viu o que ele tentou fazer? Ela é perigosa, é louca. Temos que mantê-la presa, assim ela
não pode machucar a si mesma nem aos outros.

- Mas ela disse que -- Falei

- Esqueça o que ela disse. Vocês vão acreditar em uma louca? Ela matou o noivo á sangue frio. Por acaso ela
disse isso á vocês? – Ouvi o homem dizer

Estremeci perante aquelas palavras, como assim ela havia matado seu noivo? Sim, eu havia percebido que
Karol não era normal, mas assassinar o próprio noivo?

- E o que vamos fazer? – perguntou Kedar.

- Por mim, a deixávamos aí mesmo... – disse o homem elegante


Me irritei com as palavras do homem, como ele podia ser tão frio a ponto disso?

- Não! Não podemos fazer isso! Ela me ajudou! – gritei irritada

Ouvi um grito de Karol, ela parecia surpresa por ver aquele homem, mas também parecia não se lembrar do
que ocorria, eu estava surpresa também por ela já estar de pé mesmo fazendo pouco tempo que o homem
havia injetado o suposto sedativo nela. Olhei para

Kathleen, ela apontava a arma para Karol, parecia que se precisasse não hesitaria em atirar.

- Parada aí, sua maluca! – Falou ela com uma expressão vazia

- Kathleen, abaixa isso! – gritou Kedar.

-Olha pra mim, maldito! – Ouvi Karol gritar

Aquela situação ainda não se encaixara perfeitamente em minha mente, muitas coisas estavam acontecendo de
uma forma muito rápida, eu observava Karol, ela estava mais calma, porém o que me preocupava era o
estranho homem, ele parecia não se importar com o que estava acontecendo.

- Acho que já podemos soltar-la... – Falei olhando para o homem

Ele não respondeu, apenas mantinha aquele estranho sorriso nos lábios. Fui em direção a Karol, me abaixando
para soltar as amarras.

- Emily, dá para ir mais rápido, tenho um assunto para resolver com aquele homem na nossa frente. – Falou
Karol

Eu sorri, parecia que ela já estava bem e que não iria mais tentar atacar aquele homem.

Ao terminar de soltar as amarras ouvi um grito vindo de Kedar, estremeci e me levantei para ver o que havia
ocorrido. O homem segurava Kedar enquanto segurava o bisturi que pertencera a Karol a centímetros do
pescoço de Kedar.

- Meu Deus! O que pensa que está fazendo? – Falei assustada me levantando

- Não se mova garota... Um passo e seu amigo terá o pescoço cortado... – Falou ele com um sorriso maligno

Olhei para Kathleen, ela mantinha-se imóvel, não tinha ação alguma perante o que estava ocorrendo, apenas

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segurava sua arma, afinal de que lado ela estava?

- O que você quer? – Perguntei assustada

- É simples... Quero que traga uma coisa para mim... – Falou ele

Fim do Capítulo

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Well gente, aqui está o capítulo, está um pouco curto e não é um dos melhores, eu tentei fazer o meu melhor, e
Matt, desculpe se exagerei em seu personagem, é que como não tivemos seu capítulo então não tive uma
"base".

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Fatal Frame 2: Crimson Butterfly

Fanfics

- The Fear Beginning-


Here Without You
Don't Jump

Vídeos:

Jill Valentine & Chris Redfield Tribute

Resident Evil 4: Leon S. Kennedy & Ada Wong Tribute

Família F.Y.F.R.E.

Pais: Lika e God Kira


Irmãs: Lívia Maria e Ana Clara
Marido: Bionic_Wesker
Filha: Rebecca Chambers Filhos: Mr. Birkin e Mr. Siegfried
Genro:Full Redfield
Neta: *Gigi Nero*
Neto: The Dead
Bisneto: Leon S. Kennedy

God Kira Postado em: May 06, 2009 09:57 pm

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Capítulo 12: Castitatis Lilium

O homem me segurava com uma força descomunal. Eu apenas me debatia, sem sucesso. Com toda certeza eu
era muito fraco pra conseguir escapar de seus braços. Gritei:

- Kathleen, Karol, Emily... Me ajudem aqui!

Kat jogou a arma nas mãos de Karol e correu para perto de nós. Empurrou o homem com toda sua força,
fazendo-o cair. Aproveitei-me da situação e dei uma cotovelada na barriga dele, que, contorcendo-se, me soltou.

- Venha, Kedar...! - Emily me puxou pelo braço, tentando me erguer.

- Vocês não vão a lugar algum. Eu preciso do garoto - O homem correu em minha direção, com o bisturi em
mãos. Tive certeza de que iria morrer. Foi quando ouvi um tiro. Aquela era minha oportunidade.

Bravo Team
Olhei para Karol e percebi que ela havia dado o tiro. Não dei a mínima pro que havia ocorrido. Com as pernas
bambas me levantei e puxei Emily pelo braço. Gritava:

- Corra, Kathleen, corra...!


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Joined: November 21, 2008 A garota ficou lá, parada. Ela nada fazia. Corri para perto dela e puxei seu braço com força. Karol não havia
atirado no homem. Uma marca de bala no chão era visível, e enquanto ele levantava-se com dificuldade,
sumimos na escuridão. Só consegui ver a tal assassina correndo para o lado contrário, com a arma em mãos. Ela
Ranking Especial: estava sedada e logo desmaiaria.

x-x-x-x-x

- E agora, o que faremos? - Perguntei.

- Não sei, precisamos achar um carro. - Kathleen disse, confusa. Ela parecia estar muito espantada com tudo que
estava acontecendo.

Foi quando Emily, antes quieta, perguntou a queima roupa:

- Mas hein Kedar... O que aquele cara queria dizer com "Eu preciso do garoto"?

- Não sei. - Menti. Aquela não era a hora mais adequada para explicações.

Estávamos escondidos dentro de uma lata de lixo. Ela estava vazia e era grande o suficiente para ficar os três lá.
Parecia ser o único lugar seguro naquele momento. Não podíamos nos dar ao luxo de ficarmos a mercê das
criaturas.

- Algum de vocês sabe o porquê de tudo isso estar acontecendo? - Kathleen perguntou.

Emily balançou a cabeça negativamente, seguida por mim. Será que aquilo tudo tinha a ver com a Umbrella?
Será que poderia ter relação com a vacina que testaram em mim? Talvez por isso Matt me quisesse. Mas eu não
podia me dar ao luxo de pensar naquele momento. Disse:

- Bem, estamos desarmados. Não importa para onde nós vamos, precisamos nos proteger.

- Eu acho que... Sei onde podemos encontrar armas. - Kathleen falou, em tom fraquejante.

- Onde? - Emily peguntou.

- Bem, uma loja, há alguns metros daqui. Ela costumava pertencer a um amigo meu, um aficcionado por facas.
Foi fechada há alguns meses, mas o estoque continua lá.

- Então o que estamos esperando pra irmos até lá? - Peguntei.

x-x-x-x-x

Foi fácil chegarmos a tal loja sem sermos percebidos. Os zumbis eram poucos e as ruas de Raccoon largas, o que
facilitava tudo. Enquanto gritava inutilmente por alguém, Kathleen foi mais ágil: quebrou o vidro da porta da
frente. Colocou a mão por dentro da porta e girou a maçaneta.

- Está trancado. - Disse ela.

- Óbvio. - Respondi, seguindo em sua direção. Abri a mochila que estava em minhas costas e retirei de lá um

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clip. Desdobrei-o e coloquei a mão por dentro da porta. Em poucos segundos ela estava aberta.

Emily colocou uma de suas mãos em meu ombro e sorrindo passou as mãos pelo meu cabelo. Kathleen já havia
entrado no estabelecimento.

- Olhe isso aqui! - A taxista estava visivelmente eufórica.

Olhei para a parede localizada no centro da loja. Nela estavam penduradas vários tipos de facas. Desde as mais
pequenas, do tamanho de um dedo, até espadas. Sorri, pegando uma das espadas.

- Olhem, eu sou o samurai...! - Girei a espada de modo brusco, fazendo-a bater com força na parede. Algo caiu
violentamente em meu braço.

x-x-x-x-x

Acordei com Emily me abanando. Ela estava visivelmente desesperada. Gritou ao me ver acordar. Seus olhos
estavam cobertos de lágrimas. Comecei a sentir uma estranha coceira em meu braço. Por que eu estava
deitado? Por que Emily estava chorando tanto? Foi quando vi Kathleen seguindo em minha direção com um pano.
Ele estava úmido e a garota o colocou em minha testa. Foi quando Emily disse:

- Kedar... Por favor, não se mexa. Não importa o que irá ver não se desespere...

Não suportei aquela frase. Olhei instintivamente para o meu braço direito. Gritei ao ver apenas uma parte dele.
A outra estava caída alguns metros a minha frente. Meu braço havia sido, a grosso modo, amputado.

Fim do capítulo.

This post has been edited by God Kira on May 06, 2009 09:59 pm

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Minhas fanfics
Resident Evil: A Cidade Maldita
Songfic: "The World" - Morpheus D. Duvall

Vídeos
Jill Valentine
Alexia Ashford

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Equipe Atual

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Árvore de Família
Minhas Princesinhas: Gabrielle R. L., Lívia Maria e Ana Clara.
Genros: Bionic_Wesker e Jose Saurin. | Netos: Rebecca Chambers, Mr. Birkin e Mr. Siegfried.
Bisnetos: *Gigi_Dante* e The Dead. | Tataraneto: Leon S. Kennedy.
Sobrinha: Anahi. | Irmão: lukaslikeavril.
Sobrinhos Netos: Knuckles Dark, LeuÔ! e One Winged Angel.

-Matt Addison- Postado em: May 08, 2009 09:31 pm

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Capítulo 13: Unexpected

Sem poder parar para pensar, tentei abrir todas as portas da rua que via pela frente. Todas trancadas.
Precisava de abrigo, ou acabaria morto...
Havia uma escadaria de emergência do lado de um prédio e não hesitei em subi-la no momento em que a vi.
Mesmo com cautela, meus passos apressados produziam alto barulho no meio do silêncio.
“Duvido que aquelas criaturas possam subir neste tipo de escada...”.
Do alto, deixei cair algum objeto, mas entrei na porta do último andar não me importando em saber o que era.
Tranquei a porta do apartamento com um cadeado frágil e vasculhei todos os cômodos. Não havia ninguém no
momento. A casa de classe média estava toda suja e com um cheiro insuportável de mofo e poeira.
Na pia da cozinha ainda tinham pratos sujos, servindo os restos de alimento aos vermes. Havia roupas e objetos
espalhados no chão, mas nenhum sinal de sangue.
“Os moradores devem ter ido embora ás pressas.”
Bravo Team
Fui ao banheiro e tentei não reparar muito na sujeira. Lavei o rosto e limpei as manchas da minha camisa por
ter caído no chão.
Olhei-me no espelho. Estava um verdadeiro trapo. Sentia-me cansado, precisava dormir um pouco...
Grupo: Membros Deitei no sofá de frente para a porta dos fundos com uma injeção de diazepam, e sorri ao me imaginar
Posts: 1262 injetando o composto na nuca da retardada mental, se é que ela ainda estivesse me perseguindo.
Member No.: 310
Joined: June 05, 2005 Karol não deve agüentar por muito tempo... O remédio irá provocar efeitos colaterais e faze-la enlouquecer de
vez. Embora aparentemente seja muito resistente à droga, a garota já deveria ter desmaiado e uma hora
dessas deve estar sendo devorada...
Se ela não morrer será um problema. Há mais coisas sobre o assassinato de seu noivo que somente ela ainda
não descobriu.
"Infelizmente, esse não é o maior problema."
Também tenho que me preocupar com as criaturas. Pelo que bem sei, há mais do que zumbis vagando pela
cidade.
Abri a maleta e peguei a pistola com tranqüilizantes, apesar de saber que nada do tipo faria muito efeito em
criaturas com sistema nervoso debilitado.
“Sem dúvidas preciso de uma verdadeira arma de fogo.
Lembrei que há uma loja de armas não muito longe daqui... Será a próxima parada..”.
Liguei meu Notebook e chequei os e-mails. O último ainda era a ordem para levar o garoto à Universidade para
continuar os testes, tentativa fracassada. A Umbrella o queria vivo por uma compatibilidade rara em seu
sangue, da qual eu não tenho conhecimento.

-Gwaaahhh
Meus pensamentos foram interrompidos pelos gemidos no apartamento ao lado. Tinha que sair do lugar logo, a
porta não iria agüentar muito tempo se eles aparecessem.
Me arrumei e juntei todos os objetos. Pensei em livrar-me da maleta, era muito pesada para carregar em uma
cidade cheia de monstros, poderia atrapalhar em um momento difícil.
Joguei a maleta na cama e peguei uma mochila Kipling empoeirada que estava no guarda-roupa.
Limpei-a e coloquei os frascos e as injeções dentro.
Olhei para o Notebook e desejei abandona-lo, mas ainda precisava dele para acessar o disquete, assim que o
achasse. Coloquei-o dentro da mochila também e fui embora.
Abri a porta dos fundos e desci a escadaria atento a qualquer sinal de alguma criatura ou da louca. A rua já não
estava mais solitária.

Passei correndo por uma horda de zumbis lentos e tentei fazer pouco barulho para não ser seguido.
Indo em direção à loja de armas, atravessei a esquina e percebi que algo estava correndo em minha direção.
Olhei para trás, e no momento algo enorme me derrubou no chão, caindo em cima de mim.

Empurrei a coisa e apontei a arma. Não era um zumbi, mas logo atrás, estávamos sendo seguidos por um.
-Anda! Atira logo!!! Gritava a mulher ainda caída no chão, vendo a arma.
Peguei a pistola e mirei no zumbi. O dardo acertou em cheio no peito. Ele cambaleou e continuou andando, não
sentindo nenhum efeito do tranqüilizante.
Pensei em atirar na cabeça, mas não poderia desperdiçar mais.
Agarrei o braço da mulher e a levantei com dificuldade. Saímos correndo do lugar, deixando para trás mais
zumbis. Corremos até o final da rua, seguindo o mesmo destino em direção à loja.

-Pode me soltar agora, caramba! – disse, tropeçando no próprio salto.


Paramos para pegar fôlego, e só então pude reparar sua aparência.
Usava um vestido amarelo horrível, desbotado, e que não combinava com o resto de seus acessórios baratos de
péssima qualidade. Sua bolsa estava ensangüentada, provavelmente tentou bater em algum deles com ela.
Mesmo no frio, suas pernas e braços estavam nus, deixando-a como uma prostituta.
Parecia não estar nem um pouco desesperada, como se não estivesse ocorrendo alguma epidemia.
-Bem, acho que ainda não fomos apresentados, né? – disse me olhando da cabeça aos pés.
-Desculpe, meu nome é... – Parei subitamente, por causa do susto.
Finalmente pude perceber que talvez não fosse uma mulher.
Traumatizado, segurei minha mochila e continuei andando.

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-Raccoon City não está normal...

Fim do capítulo

O capítulo não ficou muito bom, e pequeno...


Tive que mudar algumas coisas de última hora, prometo melhorar no próximo =]

This post has been edited by -Matt Addison- on May 08, 2009 09:36 pm

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BloodCold Postado em: May 09, 2009 04:48 pm

Capítulo 14: When a stranger calls.

Enquanto todo aquele horror tomava conta da cidade de Raccoon City, um homem observa, das sombras, uma
dezena de monitores. Aquela era a sua função; e ele faria o possível e o impossível para que tudo saísse como
“eles” planejavam.

***

As coisas ainda estavam um pouco confusas na minha mente.

Olhei momentaneamente para Stacey, a jovem bartender que eu encontrara naquela boate, e que por algum
motivo estava seguindo-me. As mãos dela estavam fixas no volante do veículo. Ela retribuiu o olhar, mas foi
apenas para me alertar de que meu celular estava tocando…
Celulares. Nunca fui fã dessas coisas, mas por algum motivo estúpido estava carregando o meu numa hora como
aquelas. E aliás, quem poderia estar me ligando agora?

Policial do R.P.D. - Não vai atender?—Perguntou ela, passando rapidamente uma de suas mãos no seu rosto.
- Hum… claro—eu disse, colocando o aparelho celular próximo de meu rosto e atendendo a ligação. Não demorou
muito para uma voz desconhecida chegar aos meus ouvidos.
- Samuel Kent, eu presumo—dizia a voz do outro lado da linha.
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Posts: 494
- Yeah… sou eu. Com quem eu falo?—Provavelmente Stacey estaria notando a minha calma num momento como
Member No.: 1087 aqueles. Por que eu não estava gritando para o estranho no telefone por ajuda? Por que não estava dizendo á Deus
Joined: June 09, 2007
e todo mundo que a cidade estava lotada de mortos-vivos? Não… eu tinha algo á fazer ali, e nada iria me impedir.
Eu não pretendia deixar Raccoon antes de chegar ao fundo daquela história. Mesmo que isso custasse a vida de
pessoas…

- Tenho um acordo para lhe propor.—continuou a voz.


- Sr. Kent? Quem é no telefone? Peça ajuda!—disse Stacey, beirando ao desespero.
- Quem é você?—Eu insisti.
- E tenho certeza de que esse acordo irá ajudar á ambos.
- Quem. É. Você?—Estava perdendo a paciência com o sujeito. Mas… se ele tinha algo á me propor, casamento com
certeza não era. Que pensamento idiota.
- Eu sou o “Watcher”, o Observador. E eu trabalho para a Organização.

A “Organização”? Do que ele estava falando? Em toda a minha vida, já havia ouvido falar das mais diversas formas
de instituições… e não era nada original escolher um nome como esses para o clubinho deles.

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- O que você quer?—Eu perguntei—Caso não saiba… não estou no meu melhor dia.
- Eu sei exatamente o que você quer.—ele disse. A voz dele era tão calma, segura de si mesma. Eu podia até
tentar imaginar um rosto para aquela voz, traços firmes de um homem de meia-idade, a severidade na curvatura
das sobrancelhas. Me lembrava muito da voz do meu antigo Chefe…--Está procurando pelo Professor Doutor
Jonathan Mapple. E além dele, de um eliminador chamado Mackenzie Sunderland.

- Como sabe disso?—Eu perguntei. Stacey olhou para mim preocupada, e eu apenas fiz um sinal para ela continuar
a prestar atenção na direção do carro.

- Irônico alguém como você perguntar isso, Detetive Kent. Eu sou “O Observador”. Eu vejo tudo… inclusive, vejo
até que você está nesse momento atravessando a Rua Koontz, na esquina com a Milles Drive.

Olhei pelo vidro do carro e imediatamente vi as placas das ruas. O diabo estava certo! Ele estava nos observando,
mas como? A resposta veio logo em seguida… câmera de segurança. Eu havia ouvido falar sobre elas, instaladas
em vários pontos da cidade.

- Ainda não respondeu minha pergunta—Perguntei, um pouco irritado—O que quer de nós?
- Da mulher que está com você, nada. Mas quero que você pegue algo para mim… algo que está entre o seu
caminho e o caminho de Mackenzie Sunderland.
- Não é o seu dia de sorte, cara, eu não sei onde ele está…
- Oh, mas eu sei. Sunderland está escondido na Universidade Regional de Raccoon City. Ele chegou nas
dependências da universidade á poucas horas, buscando auxílio de seu contato… Jonathan Mapple.

Coloquei a mão sobre o celular, e perguntei para Stacey.


- Universidade Regional de Raccoon City? Onde fica…?
- Não fica longe daqui—ela respondeu—Mas por quê? Temos que ir pra lá?

Voltei á dar atenção para o estranho no celular. Não gostava nada daquilo… e nunca fui muito fã de fazer tratos
com pessoas sem rosto.

- Continue—eu disse. E aquilo foi tanto para Stacey, mais confusa do que nunca, quanto para o “Observador” no
telefone.
- Mackenzie está carregando consigo um Disquete, que contém informação… privilegiadas, informações que a
minha organização gostaria muito de possuir.
- Deixe-me adivinhar… você quer que eu peguei o Disquete para você, certo? E vejamos… o que eu ganho em
troca?—Acima de tudo, eu ainda preciso ser pago por isso tudo. Todos tem contas para pagar, mesmo os detetives
particulares.
- Jonathan Mapple—ele disse. Os pelos de meu corpo arrepiaram-se no instante em que ouvi o nome do meu
objetivo—Sei onde ele está, e conheço os códigos de acesso para o seu laboratório. P-103, “Devil’s Nest”. O Lar do
Diabo.
- Como posso ter tanta certeza de que você está falando a verdade? Do que me garante?
- Tem apenas a minha palavra de honra, Senhor Kent. Se aceitar o meu acordo… em breve farei novo contato.

Olhei novamente para Stacey, mas meus pensamentos estavam presos á aquelas palavras. Eu só precisava fazer o
Acordo para deixar aquilo tudo mais complexo do que já estava.

- Eu aceito.
- Sábia escolha, Senhor Kent. Universidade Regional de Raccoon City. Oh… e tome cuidado, há mais pessoas atrás
do Disquete. E mais coisas pela cidade do que aqueles canibais…

No instante seguinte, ouvi o som da linha muda. Ele havia desligado, o Observador.

- Eu preciso ir até a Universidade—eu disse para Stacey—Mackenzie está lá, e… tenho negócios á fazer com ele.
Isso é claro, logo depois de arrancar dele tudo o que sabe.
- Quem era no telefone?

Eu não respondi. Afinal, nem eu mesmo poderia responder aquela pergunta.

- Deixe-me na Universidade, depois pode seguir o seu caminho, Stacey.—disse—Fico grato pela sua ajuda.
- Só pode estar brincando não é?—Ela perguntou, balançando a cabeça e sorrindo ironicamente—Oh, Mon Dieu. Não
se esqueça que você é o cara que está armado… eu vou aonde você for!
- Humpf, não sei não, você me parecia muito bem com aquela faca—eu disse.
- Como… como sabia que eu estou com uma faca?—Ela perguntou, erguendo uma de suas sobrancelhas.
- Huhum… é um segredo—eu respondi. Algumas coisas no mundo é melhor não terem respostas. E ela pisou no
acelerador.

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Fim do Capítulo.

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Steve Burnside, Resident Evil: Darkside Chronicles.


- "I'll be always there. Your knight in shining armor."

Minhas Fanfictions:

- Sr. e Sra. Kennedy


- Resident Evil: Nemesis {Blood's Cut}
- O Beijo
- Deixe me ficar com você
- Um dia de nossas vidas
- Fighter! (Songfic)
- Resident Evil: Last Chance
- Rebecca's Letter
- Lady in Red Dress: A Espiã que não podia morrer
- Lady in Red Dress X: Fatal Butterflies
- Claire

Outras Fanfics minhas aqui!

Pedro Postado em: May 13, 2009 10:52 pm

Capítulo 15: Lembranças

-Mas e aquela família? –Perguntei rapidamente para Anahi na esperança de salvar aquelas pessoas.

Ela olhou para mim rapidamente e voltando a atenção para a estrada.

- Eles estão infectados. Infelizmente, em algumas horas estarão andando com eles. E meu objetivo é acabar
com a Umbrella, não terminar como um zumbi mordendo mais pessoas... Vamos atrás do Mack, ele terá
respostas!

-Respostas? –Perguntei me arrependendo depois por isso.

-Bom... Sobre o que está acontecendo aqui.

Alguns minutos se passaram desde que Anahi dirigia o carro da casa de Mack, eu observava a estrada com
Policial do R.P.D. muitas coisas em minha cabeça, queria perguntar muitas coisas a ela, mas, pelo seu rosto não estaria
prestando atenção em mais nada a não ser a estrada e os seus próprios pensamentos, eu achei melhor fazê-las
outra hora.

Grupo: Escritores -Anahi cuidado! –Falei ao notar alguém que não tinha virado zumbi no meio da rua.
Posts: 299
Member No.: 2131
Joined: October 19, 2008 Anahi desviou o carro tão bruscamente que a direção travou, o carro estava indo em direção à parede de um
edifício, ela tentou frear, mas o carro já estava em cima e se chocou violentamente com a parede amassando
toda a frente, mas como por mágica, habilidade ou pura sorte eu consegui, pela segunda vez, sair antes da
batida.

-Anahi, você está bem? –Gritei enquanto corri até o carro amassado.

-S-sim!

Ouvi sua voz fraca e corri para a lateral onde estava à porta totalmente amassada, eu a abri e ajudei-a a sair do

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carro.

-Você está bem?

-Sim, eu acho que sim.

Ela não tinha nenhum ferimento grave, só alguns arranhões. Enfiei a mão no carro e peguei a mochila dela e o
meu livro de bioquímica que estava no porta-luvas.

-É garoto, parece que você não é tão indefeso o quanto eu pensei. –Ela olhou para mim sorrindo. –Como você
conseguiu fazer isso e ainda cair perfeitamente de pé no chão?

-Às vezes eu nem sei, devo ser um gato. –Odiei o meu senso de humor depois dessa, percebi Anahi esboçar um
sorriso sem vontade.

-E o sobrevivente que nos fez bater? –Eu perguntei olhando para o meio da rua larga.

-Isso não é um bom sinal. –Disse ela quando eu vi o homem quase desmaiar no chão e erguer as mãos na
nossa direção.

-Vamos! – Disse ela me puxando pela mão e me guiando direto na rua.

-Anahi... –Comecei não conseguindo mais segurar as perguntas. –Quero que você me diga somente a verdade
sim?

Anahi olhou pra mim com uma cara meio indecisa e fez sinal que sim com a cabeça.

-O que quer saber?

-Quero saber mais sobre esse vírus e a Umbrella.

-Bom... Eu consegui algumas informações básicas desse vírus, sobre a Umbrella você vai precisar encontrar o
Mack pra tirar suas dúvidas, ele via sanar as suas e as minhas dúvidas.

-Achei que você quisesse guardar isso só pra você Anahi. –Saiu da minha boca sem querer.

-Eu prometi dizer a verdade não?

Ela olhou indecisa para mim e eu respondi com o mesmo olhar indeciso, nesse meio tempo eu percebi que ela
parecia muito nova para a sua experiência, era um pouco menor que eu, tinha cabelos um pouco longos e
escuros, seu rosto a meu ver demonstrava uma calma e inocência.

-Anahi, quantos anos você tem? –Saiu novamente sem querer.

-Você muda de assunto rápido em... –Disse ela olhando ainda indecisa para mim. –Eu tenho 25 anos.

-Okay, agora me diga, por favor, tudo o que sabe sobre esse vírus.

Ela continuou com uma expressão indecisa, olhava pra mim como se me achasse um maluco por mudar de
assunto tão rápido, ainda estava me puxando pela mão e dobramos em uma rua mais larga que a anterior, o
silêncio tomava conta daquela rua também, mas o cheiro de podridão estava menos intenso.

-Vou te contar mais depois quero saber como conseguiu sair do carro a tempo.

-Okay.

-Tudo que eu sei é que o vírus pode infectar qualquer tipo de organismo vivo, ele mata o corpo e imediatamente
o trás de volta a vida, nos humanos ele destrói os nervos do cérebro fazendo os... –Eu comecei a me lembrar de
uma coisa que aconteceu algum tempo atrás.

-x-x-x-x-

QUOTE

Eu estava no laboratório de biologia II, sentado na mesma bancada que Ann e estávamos esperando o
professor substituto.

A porta do laboratório se abriu e um homem de mais ou menos uns 40 anos entrou no laboratório, ele colocou
um jaleco branco e parou na frente de toda a turma.

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-Bom dia, o meu nome é Jonathan Mapple, serei o novo professor de biologia II de vocês, hoje não vamos
fazer aulas práticas por ser o meu primeiro dia com vocês.

-Mattew, podemos ir hoje se você quiser. –Ann sussurrou olhando pra mim, mas Jonathan percebeu.

-Vocês querem partilhar o assunto com o resto da sala? –Perguntou irritado olhando para Ann.

-Professor, me des... –Começou Ann, mas eu a interrompi.

-Estávamos na dúvida se existe algum vírus capaz de infectar todo tipo de organismo.

Ele me avaliou por algum tempo, todos ficaram calados mas ainda foi possível ouvir sussurros com:
“Caramba, o Mattew é brilhante!” ou “As desculpas dele estão ficando cada vez melhores”.

-Como é o seu nome?

-É Mattew, professor.

-Bom Sr. Mattew, quero vê-lo depois da aula.

Fiquei constrangido, sempre os professores aceitavam as minhas desculpas, mas esse não era muito estranho
que eu perguntasse exclusivamente uma pergunta coerente com a aula e ele não engolisse e por alguma
razão passou toda a aula me fazendo perguntas.

-x-x-x-x-

Finalmente o sinal bateu, todos os alunos guardaram o material e começaram a sair, tentei sair junto com
Ann, mas o professor me viu.

-Sr. Mattew, você fica.

Engoli a seco e fiz um sinal para Ann ir, puxei uma cadeira e me sentei de frente para ele, ele esperou até o
último aluno sair e fechou a porta do laboratório e sentou na cadeira defronte a mim.

-Então você sabe sobre o T-Vírus não é?

Alívio e dúvida passaram por mim ao mesmo tempo, achei que ele fosse ralhar comigo pela desculpa que dera
por ter conversado na aula com Ann, mas ele falara sobre um vírus que eu nunca ouvi falar na vida.

-Não entendi professor.

-Você sabe sim, aproveitou aquele momento pra me perguntar sem que a turma percebesse não foi? Esperto
você ein... Ainda bem porque eu não queria que mais alguém soubesse.

Aqule professor devia ser louco, que vírus era esse? Porque ninguém poderia saber? Agora eu queria ir até o
fim nem que pra isso precisasse mentir um pouco mais.

-Professor, eu... Na verdade foi isso mesmo, eu queria saber mais sobre esse vírus.

-Tudo que posso lhe dizer agora Mattew, é que é um vírus capaz de infectar qualquer organismo vivo, ele
também traz os mortos de volta a vida, é só isso que posso lhe contar. Eu percebi a sua inteligência e no
tempo certo chamarei você para trabalhar na corporação e então saberá tudo sobre o vírus, por enquanto é só
e pode se retirar.

Aquilo era loucura, um vírus poderia trazer mortos de volta à vida, mas como? Isso era impossível. E que
corporação seria essa?

-Obrigado professor.

-De nada e, por favor, não conte o que eu lhe disse a mais ninguém okay?

-Okay.

-x-x-x-x-

-Mattew você me ouviu?

-Sim Anahi. –Menti.

-Agora eu quero saber como você fez aquilo. –Me perguntou sorrindo e fazendo uma expressão de desafio.

Ela puxou um papel e deu uma breve olhada, depois colocou no bolso.

-Dobramos nessa rua.

-Okay.

-E eu estou esperando que você me conte como fez.

Assim que viramos a rua eu vi uma cena horrível, mais ou menos vinte zumbis caminhavam no meio da rua
larga, nas pontas vi duas plantas andando como se fosse gente, eu não acreditei, a teoria de Anahi e de Mapple
se concretizaram.

-Droga, esse caminho é fundamental para chegarmos lá. –Eu a ouvi resmungar.

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-Não tem outro? –Perguntei me afastando um pouco com medo de que uma daquelas coisas me visse.

-Tem, mas fica mais longe.

Eu precisava ver esse Mack, queria saber mais sobre a Umbrella e se poderia haver algum modo de que...
Bom... De que eu pudesse conseguir um emprego se ela fosse realmente a causadora da infecção.

Fim do Capítulo.

This post has been edited by <Mr. Pedro> on May 13, 2009 11:39 pm

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set by eu xD!
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Barrinhas perfeitas feitas por God Kira, valeu God!


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My Fanfics:
Biohazard Space
The True Love
Resident Evil Code: Sherry

Não custa nada perder alguns minutos para lê-las.


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Resident Evil Code: Sherry 14° Capítulo postado!

Se eu desaparecer eu ainda estou vivo, é que estou muito cheio de trabalhos na escola!

Jejé Postado em: May 16, 2009 02:54 pm

Capítulo 16: Bad

“Tudo começou em um dia comum de Setembro… Um dia comum na cidade de Raccoon, a cidade controlada pela
Umbrella...”

- Pela última vez... Não! Você segue o seu caminho Stacey, e eu sigo o meu. – afirmou o detetive sem nem ao
menos olhar para mim.

- Mas... Mas como não?! – retruquei indignada dando uma breve olhada para ele e passando a mão sobre meus
cabelos, retirando a longa franja da minha vista – Olha, podemos manter o trato! Eu te ajudo com meu carro, e
você me ajuda com sua arma! Olha que legal!

Alpha Team Kent soltou um breve sorriso, balançando a cabeça. Era a primeira vez que eu o via daquele jeito. Sempre tão sério
e reservado... O sorriso dele era certamente bonito. Mas não poderia deixar de perguntar...

- Qual é a graça?
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Sorri. Continuei dirigindo. Não estava mais sabendo lidar com a situação ali dentro do carro. Se separar assim, de
repente? Tipo, “Oi, obrigada. Tchau!”. Aliás, desde o começo, tudo estava estranho, eu não fazia idéia de como

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reagir ou o que fazer, ou como fazer. Aquelas “criaturas”... Argh, que nojo! Arrepiei-me ao lembrar. E por onde eu
dirigisse, só encontrava mais e mais deles. Mais destruição, mais carros abandonados, amontoados, fogo, sangue,
barricadas, gemidos... Eles... A cidade estava um caos. Tudo tão repentinamente... Eu só sabia que ficar perto do
detetive, me trazia algum conforto.

- Stacey, você está dirigindo já há algum tempo, mas disse que a universidade não ficava longe. – indagou o
detetive, me desviando de meus pensamentos.

- Ah... Bem, não fica longe. Mas não fica perto também. Fica próxima as últimas estações de trem da cidade, quase
nos limites.

- Certo... Continue dirigindo. – ele murmurou.

- Tuuuudo bem. – respondi – Mas sabe que, até agora não sei por que estou dirigindo até a universidade, quando
não deveria estar dirigindo para fora da cidade...? O que me diz senhor detetive? Quem era no celular? Por que não
pediu ajuda?! – questionei em desespero.

- É por isso que devemos nos separar. – ele retrucou prontamente, como se tivesse a resposta na ponta da língua e
só estivesse esperando eu perguntar aquilo - Eu vou seguir meu caminho, e você segue o seu, para fora da cidade
– disse se recostando ao banco, pegando em seu bolso novamente seu bloco de notas e anotando alguma coisa
nele.

- Eu ainda não concordo com isso. E quer saber mais? – indaguei em tom sério, determinada – Eu não...

Meus olhos se arregalaram enquanto eu pronunciava aquelas palavras. Minha atenção se voltou para um homem
que aparecera repentinamente no meio da rua, com os braços para cima, fazendo-os dançar no ar, acenando.
Deduzi que não era uma daquelas criaturas por causa do gesto. Parei o carro imediatamente, freando
bruscamente. O detetive se impulsionou involuntariamente para frente. Sorte a de ele estar usando o cinto de
segurança naquele momento. Após parar o carro, o homem veio correndo. O detetive se inclinou, curioso. Guardou
o bloco de notas. Eu abaixei o vidro da porta do meu lado. O homem estava quase sem fôlego. Colocou as mãos
sobre o peito, e disse, enquanto lutava para respirar.

- Ajuda.... Aju... Ajuda... Abre... A... Abre! O carro!! Abre!!!

- Calma. Calma! Respire! Respire... – tentei acalmá-lo.

O homem não seguiu minha dica. Dirigiu-se para a porta do banco de trás do meu carro e tentou abri-la. Sorte a
minha, havia travas...

- Ei! O que pensa que está fazendo? – perguntei, colocando minha cabeça para fora do vidro.

Em seguida, minha atenção se voltou para uma mulher que vinha correndo, pela mesma direção em que o homem
surgiu. Não havia como não notar aquele berrante vestido amarelo. Contudo, sua expressão era desesperadora.
Suas mãos suspendidas carregavam sapatos plataforma e uma bolsa. Corria tão desesperada quanto o homem,
que insistia em abrir a porta de trás do carro. Mas pude notar que, logo atrás da mulher, havia dois cães. Não pude
visualizá-los muito bem... Mas, mon Dieu! O que era aquilo? Eles tinham... Tinham metade de seus órgãos internos
a amostra... Não havia pele, sequer carne. O olhar... Não. Não havia olhar. Não havia nada. Pareciam demônios...
Demônios correndo atrás daquela mulher. O detetive ficou tão surpreso quanto eu, inclinando-se para ver melhor
através do vidro de frente. Juro que pude sentir a vontade daqueles cães para devorar aquela mulher viva, há
quilômetros!

- Abre! A porta do carro!! Eles... Eles estão vindo! – bradou o homem mais uma vez.

A mulher se aproximava mais. Vinha na direção do carro. Meu coração começou a bater rápido. E se... E se não
desse tempo? Mas eles precisavam de ajuda... Mas e se...?

- Stacey! – chamou o detetive, me tirando mais uma vez de meus pensamentos malucos – Faça algo!

Parei de pensar no pior. Agi por puro impulso... Destranquei as portas do carro no mesmo instante. O homem
adentrou o veículo assim que eu o fiz. A mulher de vestido amarelo aproveitou a deixa do homem e se jogou
dentro do carro, caindo sobre ele no banco de trás. Os cães estavam cada vez mais próximos. Vinham na direção
do carro. Estavam descontrolados. Eles estavam vindo na direção do carro. Na minha direção... Eles estavam
fitando a mim, com aqueles olhos sem alma. Saltaram... Saltaram. Era o ataque final. Meu corpo inteiro gelou...

- Vai!! – gritou o homem sob a mulher, no banco de trás.

Pisei no acelerador. Engatei a marcha. O carro partiu em poucos segundos. Pude ouvir o estrondo de algo se
chocando com a lateral do carro. O vidro do meu lado chegou a rachar no cantinho. Nada demais. Meu coração

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estava quase na boca. Olhei pelo retrovisor. Os cães estavam seguindo o carro. O cão que se chocou com o carro
em partida, se levantava lentamente. Todos eles iriam comer apenas poeira logo logo.

A mulher sentou-se, e fechou a porta de trás. O homem sentou-se também, confortavelmente, e começou a passar
a mão pelo terno, como se o limpasse. Eu estava totalmente tremula. Minhas mãos tremiam. Meu coração estava
acelerado. Eu mal conseguia prestar atenção nas ruas à frente. Respirei fundo. Meneei a cabeça. Meus olhos
marejavam. Tive que me conter para não chorar. Milhares de coisas passavam por minha cabeça. Comecei a
invocar Deus mentalmente em todas as línguas que eu conhecia. O que diabos estava acontecendo??!!!

- Você não pode dirigir neste estado. – disse o homem no banco de trás.

- Quem é você? – questionou Kent, olhando para trás.

- Humph. Apenas um farmacêutico. – respondeu o homem, com certa superioridade no olhar.

- Eu sou Vanessa. Prazer em conhecer você, querido... – interrompeu a mulher ao lado do homem, piscando para o
detetive e esticando o braço.

Pude perceber que Kent ficou um tanto surpreso ao notar algo estranho na mulher. Ele nem ao menos se esforçou
para esticar seu braço e retribuir o gesto. Foi algo que eu também pude notar ao observá-la melhor pelo retrovisor.
A tal Vanessa era na verdade um homem.

- Ei loira, obrigada por nós salvar, ta? Aqueles demônios iam me comer viva, ai meu Deus! – continuou ela... Ele...
Vanessa - Se ao menos fossem bombeiros sarados atrás de mim, com aquela vontade toda... Ui! – continuou
fazendo diversos gestos.

Eu soltei instintivamente uma risada após aquilo. Não pude evitar. Mas tenho de confessar. Aquilo fez eu me sentir
melhor. De fato, a versão dele era melhor do que o caos que estava acontecendo na cidade. Após algum tempinho,
perguntei.

- Então... – pigarreei já um pouco mais calma depois de rir – O senhor farmacêutico tem nome?

Um sorriso de canto de boca foi tudo o que obtive dele.

- Pode me chamar de Stacey. – insisti – Ainda não entendi o que está acontecendo na cidade... Mas, já que salvei
sua vida, acho que podemos nos ajudar...

O farmacêutico não respondeu nada. Ele apenas tentava se afastar de Vanessa, que minuciosamente, se jogava em
cima dele, enquanto colocava os sapatos plataforma novamente em seus pés.

- Eu estava indo para uma Loja de Armas aqui perto. Mas os cães surgiram.

- Loja de Armas?

O farmacêutico sorriu.

- Se quiser eu te ensino o caminho. Mas terá de voltar um pouco. E dirija devagar. Você está abalada
emocionalmente.

Respirei fundo. Era demasiadamente perceptível o meu estado. Mas aquilo seria uma boa... Obter armas, para
sobreviver aquele inferno. Certamente iria vir a calhar. Como não havia pensado nisso antes...

Ah já sei. Não sei atirar.

- Eu só o levo lá se me disser seu nome, senhor farmacêutico... – tentei persuadi-lo.

- Quanta insistência... – resmungou – Eu me chamo Matt. Agora pronto, vamos, ok?!

Sorri. Eu gostava de conhecer as pessoas ao meu redor. Depois de tanta coisa pela qual eu havia passado,
conhecer e arriscar eram primordiais. Agora faltava Kent...

- Kent, se importa se nós formos primeiro na loja de armas?

- Não, vá em frente. Vai ser bom para mim também. – respondeu em um tom aborrecido, quase impaciente.

E agora não terei mais desculpas para seguir com o detetive. Justo lo que necesitaba. Pff.

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X-X-X

- Agora entre na próxima a esquerda. – indicou Matt.

Segui o caminho indicado. Entramos em uma rua larga, com algumas casas de comércio ao redor. Eu já tinha
passado por ali várias vezes. Acho que pelo pânico e tudo aquilo de repente, não consegui lembrar de imediato.

- A loja de armas é logo ali, no final da rua, na esquina.

Segui devagar com o carro pela rua. Não havia sinal daquelas criaturas ou coisa parecida. Mais algum tempo
dirigindo e finalmente estacionei, quase em frente à loja, do outro lado da rua. Saí do carro. Todos me
acompanharam, saindo também. Direcionei-me para o fim da rua, ao invés de seguir para a entrada da loja. Não
pude evitar, tinha que checar. A rua estava muito deserta e silenciosa para meu gosto... Dei mais alguns passos.
Não sabia se chamava aquilo que vi de sorte ou não. O fim da rua estava bloqueado por barricadas e carros
pegando fogo. Eu teria de dar a ré para sair daquela rua depois. Com certeza não era o melhor dia de Raccoon
City, e nem o meu.

- Stacey? – chamou Matt atrás de mim – A loja é por ali...

- Ah... – eu me virei – Estava só checando a área. Vamos lá!

O farmacêutico nada respondeu. Seu semblante expressava desconfiança. Como se ele já não fosse suspeito o
bastante. Segui para a entrada da loja após isso. Parei em frente à loja. Olhei ao redor mais uma vez. Precisava
me certificar. Além do mais, aquela loja... Claro! Como não havia percebido antes! Era a loja do Chuck! Um antigo
amigo, um fanático por facas e espadas. Graças a ele, despertei um curioso interesse por facas.

Kent já havia entrado há algum tempo na loja, junto a Vanessa. Imaginei que já estivessem escolhendo suas armas
lá dentro. Logo após algumas breves lembranças em minha mente, o farmacêutico adentrou o estabelecimento, e
eu o segui.

Dentro da loja, uma das cenas mais estranhas daquela noite aconteceu bem diante de meus olhos. Havia duas
garotas apontando espingardas calibre 12 para nós. Imaginei que elas estivessem se refugiando ali naquela loja.
Nada mais prudente do que aquilo, considerando a situação da cidade...

Kent e Vanessa estavam com os braços levantados, ao ar. Matt fez o mesmo. Contudo ele sorria. Sorria como se
esperasse por aquilo. Disse:

- Ora, mas que bela reunião...

Imaginei que já se conhecessem. Mas então porque as armas apontadas?

- Somos humanos – retrucou Kent para as garotas.

Uma delas, a mais alta, tinha os cabelos presos. Os olhos marejados indicavam que seu estado emocional não
estava nos melhores momentos. Lembrei-me de mim mesma há pouco tempo atrás. Ela estava trajada com um
blazer e uma calça social preta. A outra, a mais baixa delas duas, expressava-se seriamente focada em seus alvos,
como se não fosse hesitar em atirar – que irônico, nós éramos os alvos. Esta última estava vestida com uma blusa
verde e calça jeans. Traje bem casual.

Dei um passo para o lado, minuciosamente. Sem sinal do Chuck. Resolvi arriscar perguntando:

- Onde está o Chuck? O dono da loja...

- Você o conhece? – questionou a garota de blusa verde, com o cenho franzido.

- Sim, ele é um antigo amigo meu.

- Eu também o conheço. Mas a loja está vazia. Ele deve ter saído, quem sabe, da cidade... – ela respondeu com um
tom quase irônico.

- Entendo.

Eu sorri para ela. Ao menos já tínhamos algo em comum, conhecíamos o dono da loja. Percebi que havia um
garoto, sentado em uma cadeira, bem ao lado da vitrine, rente ao balcão. Trajava um casaco azul claro sobre os
ombros. Segurava uma arma em uma das mãos. Mas parecia não ter muita força para mirar e atirar. Estava
pálido, parecia estar passando mal. De alguma forma, eu sentia que conhecia aquele rapaz.

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- Onde está a Karol? – a garota de cabelos presos questionou logo em seguida, olhando para o farmacêutico.

- A louca? Deve estar por aí pela cidade, a esta altura, já sendo devorada pelos zumbis. – respondeu Matt.

“Zumbis”... Eu certamente os chamaria de demônios. Mas o nome que Matt lhes dera era mais criativo. Após isto, o
trio continuou a conversar.

- O que você fez com ela afinal? Seu maníaco... – bradou a garota de blusa verde.

- Fiz um favor a vocês todos. – retrucou o farmacêutico sorrindo.

- Eu odeio interromper, mas poderiam deixar o papo de vocês para depois? – intrometeu-se o detetive – Eu preciso
de munição para sobreviver lá fora. Apenas isto.

- Eu sou inocente! Eu juro! Podem ver a minha bolsa, monas! – bradou Vanessa.

Uma das garotas olhou para mim em seguida. Como se quisesse, exigisse uma explicação minha também. Eu
permaneci calada. Seria o mais prudente naquela situação. As garotas se entreolharam. A de blusa verde se
pronunciou.

- Vocês três podem passar. - apontou para Kent, Vanessa e eu. – Menos você, farmacêutico. Você já é perigoso
demais pra ter uma arma também...

Olhei para o detetive. Meneei a cabeça, e segui com ele, passando por entre as moças. Vanessa me seguiu logo
depois, correndo. O farmacêutico era um tanto suspeito. Mas para atiçar a ira de duas garotas daquela forma, só
poderia ser algo bem sério.

Adentrando, deparei-me com gotas e mais gotas de sangue pelo chão. Logo, encontrei uma parede no centro da
loja. Havia nela vários utensílios perfurantes, como facas de diversos tipos e espadas. Bem típico de Chuck. O mais
estranho, contudo, era uma espada caída no chão, em cima de uma enorme poça de sangue... E... Um braço...
Levei minha mão à boca, um tanto espantada. Imaginei que tivesse sido algum “zumbi”. Imaginei que tivesse
ainda mais deles no estabelecimento, mas, se tivesse aquelas garotas já deviam ter dado cabo deles. Observando
as facas, revolvi trocar a faca de cozinha que havia pegado na casa de Mackenzie por uma das facas na parede.
Uma faca de sobrevivência de verdade. O cabo era totalmente refinado e entalhado com detalhes de camuflagem
militar. Era linda! Após isto, dirigi-me até o fim do recinto. Guardei a faca por um bolso do lado de dentro do casaco
enquanto observava o local. Estava pouco iluminado, mas estranhamente, o teto estava intacto. Havia inclusive
tubos de ventilação. Chuck certamente devia ter lucrado de uns tempos pra cá...

Na parede no fim do local, havia estantes com armas de quase todos os tipos penduradas. Na parede ao lado desta,
havia munição para todas elas e ainda mais. O detetive estava lá, procurando a munição para a sua pistola.
Vanessa apenas olhava as armas, um tanto indignada. Eu peguei uma pistola semi-automática. O detetive, após
pegar munição para sua arma, se dirigiu para onde eu estava e pegou o uma submetralhadora automática e
munição extra para a mesma. Fui para a outra parede e peguei três pentes de munição para minha pistola.

- Viu? Não vai mais precisar da minha arma. – indagou Kent.

Eu sorri. Respondi em seguida, dando os ombros.

- Eu... Eu não sei atirar!

A face dele mudou, se mostrando intrigado. O charmoso detetive questionou em seguida, gesticulando.

- E por que...? Como vai...

- Eu estou pegando pra você! – respondi sorrindo e me dirigindo para a outra parede.

Coloquei a arma em minha cintura, guardando-a entre o cinto de minha calça. Guardei os pentes de munição onde
pude. Duas nos bolsos da calça, e a outra por dentro do casaco. No outro canto do recinto, rente a uma das
paredes, havia um pequeno frigobar. Abri e encontrei várias bebidas. Havia uma garrafa de vidro vazia, e mais
duas conservadas, e uma quarta pela metade. Peguei todas elas. Sorri. Eu poderia usar aquilo... Ah se poderia!

Decidi voltar para a entrada da loja, com as garrafas em mãos. No caminho, senti algo estranho. E não era
somente o sangue no chão. Era algo mais. Um estranho barulho. Algo, no teto. Quando olhei para cima, só
consegui ver o tubo de ventilação. Senti que algo me observava, mas não podia ver nada. Estava tudo escuro.
Minha atenção foi desviada quando comecei a ouvir o trio ainda discutindo em voz alta. Segui até eles, na entrada.

- Eu sei o medicamento que podem dar para ele! – bradou Matt, nervoso.

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- Não vamos confiar em você de novo! – a garota de cabelos presos parecia furiosa.

- Não adianta, ele precisa de cuidados médicos! – bradou a outra garota, a de blusa verde.

- Não há médicos na cidade. Só irão encontrar mais zumbis no hospital, suas burras!

A de blusa verde encostou a arma na cabeça do farmacêutico. E disse nervosa.

- Repete isso, e eu estouro seus miolos!

- Ei, err... – eu interrompi, me aproximando – Quem precisa de cuidados médicos?

- Ele... – respondeu a garota de cabelos presos, com a voz tremula e abalada, apontando para o garoto sentado.

Aproximei-me dele, precisava ver de perto. Foi quando percebi... Havia sangue por quase todo o chão perto de
onde ele estava. O casaco azul que cobria seus ombros possuía a manga direita ensopada por sangue. Deixei as
garrafas sobre o balcão e fui até ele. Olhei por debaixo do casaco. Il mio Dio del cielo! O garoto... Ele não possuía o
braço direito! Levei minha mão à boca mais uma vez. Liguei imediatamente aquele braço no chão, perto da parede
de facas, àquela situação.

- Foi um acidente... – balbuciou o garoto.

Olhei para as garotas. Elas continuavam apontando para as armas para o farmacêutico. Continuavam discutindo.

- Vocês podem levá-lo para o laboratório de medicina na Universidade. Lá podemos tratar dele... – dizia Matt, com
um estranho sorriso em seu rosto.

- Não é uma má idéia. Lá tem tudo que preciso. – retrucou a garota de blusa verde.

O trio parecia estar chegando a algum lugar finalmente. Eu me agachei perto do garoto.

- Como está se sentindo? – questionei.

- Não sei...

O garoto estava muito mal. Parecia que ia desmaiar a qualquer momento. Também pudera, havia perdido muito
sangue pelo jeito. Notei a camiseta do garoto. “Sidney Prescott Fanboy”. Uma foto estampada com a atriz principal
do filme “Pânico”.

- Sidney? Deve ser fã desses filmes hein? – tentei puxar conversa, para mantê-lo acordado.

- Hehe... Sim, eu.. Sou fã...

- Então agüente firme garoto, logo vamos sair deste pesadelo profetizado pelo Romero! – bradei um tanto alegre,
piscando para ele.

- Há... Eu gostei de você... – ele respondeu em um tom fraco.

- Ei, agüenta aí, certo? Não pode apagar agora!

- De quem é o carro lá fora? – a garota mais alta perguntou alto.

Ao ouvir aquilo, me levantei. Só poderia ser o meu. Eu esperava seriamente que a garota não fosse falar algo do
tipo: “Seu carro está sendo levado”, ou “Seu carro está em chamas”, ou ainda pior: “Seu carro está sendo
pichado!”.

- É... É meu. – respondi colocando as mãos nos bolsos.

- Você pode nos ajudar? Precisamos socorrer nosso amigo, temos que levá-lo a universidade!

- Ele precisa de cuidados urgentes! – a de blusa verde completou.

- Você é médica? Como vai cuidar dele se...

- Não é da sua conta! – interrompeu a garota, nervosa, logo após minha pergunta.

- Por favor, nós leve até lá! – a outra garota pediu com os olhos em lagrimas.

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Kent apareceu ao meu lado logo em seguida, estava desligando o celular. Não tive muito tempo para pensar se era
o contato misterioso dele. Precisava responder logo as garotas. Parece que meu carro estava sendo o herói do
dia...

- Bom, já que todos querem ir para lá, eu posso levá-las também, por que não?

- Para onde? - questionou o detetive, um tanto preocupado.

- Para a Universidade da cidade. Este garoto aqui precisa de cuidados médicos. Só não sei se todos caberão em
meu carro...

- Eu posso arranjar outro carro. Sou taxista. - indagou a moça de blusa verde, olhando para sua amiga - Emily,
mantenha a arma apontada pra esse maníaco. Eu vou lá fora, ver se avisto algum carro abandonado aqui perto.

- Cuidado Kat - consentiu a garota.

Vanessa surgiu logo em seguida. Eu me voltei para o balcão. Havia um pequeno recipiente com água. E ao lado,
dois panos úmidos. Provavelmente as garotas deviam ter usado no garoto. Para o que, eu não fazia idéia. Mas os
panos vieram a calhar. Era exatamente o que eu precisava. Tirei um lenço do bolso. Aquilo completaria minha
trama.

- Quero que esperem somente alguns segundos. – disse para todos – Eu preciso fazer isto primeiro.

- O que é? – perguntou o garoto, com a voz tremula.

- Coquetéis Molotov.

Todos ficaram surpresos.

- O que é? Eu não sei usar armas, tudo bem? Tenho que me virar da minha maneira.

- Legal! – respondeu o garoto, esboçando algum sorriso.

Peguei as garrafas conservadas e as abri com minha faca. Derramei um pouco da bebida sobre os panos e o lenço,
e os coloquei dentro das garrafas, deixando a metade dos tecidos para fora. Procurei em algumas gavetas do
balcão por algo que pudesse portar as garrafas. Achei uma pequena bolsa em forma quadricular em um das
gavetas. Parecia um nécessaire, mas tinha o comprimento menor. Coloquei as garrafas lá dentro. Encaixaram
perfeitamente, mas não poderia fechar o zíper graças à altura dos vidros.

- Agora sim – disse guardando por último minha faca por dentro do casaco – Podemos ir!

Dirigi-me na direção do garoto sentado. Peguei a arma que ele segurava e o ajudei a levantar, colocando seu braço
reminiscente sobre o meu ombro. Todos começaram a andar na direção da porta. Vanessa foi a primeira a sair,
rebolando como se estivesse na passarela. Possivelmente, tentando chamar atenção de algum dos rapazes. A tal
Emily mandou Matt levantar em seguida, e seguiu com ele na frente, ainda apontando as armas.

- Você é bar tender, não é? – questionou o garoto.

- Sim... Eu me chamo Stacey.

- Kedar. Eu sempre ia naquela boate com o pessoal... Da faculdade. – ele falava com dificuldade – Você não deve...
Se lembrar, por que... Por que eu não andava com aquele grupinho... Da aula de biologia... Os alunos arrogantes
do Professor Mapple.

- Ah sim. – eu olhei para Kent. Ele estava logo a minha frente, mas tive quase certeza que ele ouviu o garoto - E
você faz qual curso?

- Direito.

Estávamos quase saindo da loja finalmente. Até que...

- Cuidado, se protejam!! – interrompeu a tal Kat, gritando, adentrando a loja com todos.

Não tive tempo para pensar ou reagir. Só vi todos adentrando a loja correndo, e seguindo para detrás do balcão.
Eu segui impulsionada por eles. Protegi Kedar, me agachando com ele, ao lado do balcão. Deixei cair a arma dele
no chão, próxima a mim. Matt se aproximou e a pegou no chão. Em seguida, pude ver um carro. Modelo antigo.
Descontrolado. Vinha sem hesitar na direção da loja, virando bruscamente e adentrando abruptamente. Pude ouvir
um estrondo e o barulho das vidraças da janela e da porta se quebrando. O carro parou há apenas alguns metros

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do balcão e de mim e Kedar.

- Aí está o seu carro Kat... - murmurou Ky.

Alguém saiu do carro rapidamente. Era uma mulher. Cabelos curtos, vermelhos. Veio na direção de Matt,
apontando uma Magnum para ele.

- Seu malditooooo!!!!!! – ela gritou cheia de ódio em seu peito.

Kat saiu detrás do balcão, apontando a espingarda para a mulher misteriosa.

- Calma aí sua louca!

Para minha surpresa, Matt apontou a arma que eu soltei, para a cabeça de Kedar. Puxei a arma presa na minha
calça e apontei para ele. Não sabia atirar, mas aquilo iria certamente servir para intimidá-lo. De um lado do carro,
Kent surgiu e apontou a arma para a mulher misteriosa também. E para completar o ciclo, Emily apontou sua
espingarda para Kent, avisando:

- Não atire na Karol, ela me ajudou!

Contudo, o detetive não seguiu o aviso da garota. Vanessa era a única que se mantinha fora. Ela parecia
apavorada. Mas não estava apavorada com todos apontando suas armas entre si. Não. Ela olhava para o teto. Algo
parecia incomodá-la.

- Jesus, José e Maria! – murmurou Vanessa apavorada.

Seguido desse apavoro, gotas de sangue começaram a cair do teto. Sim, gotas de sangue do teto... Caíram sobre
meu rosto. Depois começou a pingar no chão. E como se deixasse um rastro, começou a pingar sobre o capo do
carro. Imaginei se deveria olhar para o teto. Afinal, se estava pingando sangue de lá, não deveria ser algo muito
bom. Todos começaram a erguer a cabeça para ver o que era. Eu os segui com o olhar.

O que diabos... O que diabos era aquela... Coisa???!

X-X-X

Continua...

This post has been edited by Jejé on May 16, 2009 06:28 pm

--------------------
~ "I'll be there for you, like I've been there before..." ~ Set by LeuÔ! ~

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Rebecca Chambers Postado em: May 18, 2009 02:00 pm

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Capítulo 17: The End Of The Line.

Todos olhavam para o teto. O ambiente estava muito tenso. Todos estavam apontando armas para o outro,
menos Vanessa que ficou perdida na história, mas olhavam para o teto. Achei melhor nem olhar para não me
enraivar de vez. Ótimo, era só o que faltava. Enquanto milhares de diabinhos vagavam pela cidade, o filho do
Diabo estava acima de nós. E quem seria o chefão de tudo? Estava respingando sangue no chão, aquela coisa,
com certeza, não tinha boas intenções. O farmacêutico louco, ou o que for, disse:
- Atirem nisso!
Todos que carregavam uma arma começaram a atirar, segundo a ordem. A mulher esquisita deu um grito mais
estranho ainda do que ela própria e correu em direção ao carro, escondendo-se dentro do mesmo. Kedar fez o
mesmo, acompanhado pela mulher de camiseta branca e um colete preto. Eu fiquei um pouco lenta,
estranhando a moça estranha, e não atirei na coisa, nem vi como ela era. Depois de alguns tiros, finalmente
olhei para cima: era uma coisa demoníaca rosada! Comecei a atirar. Por mais incrível que pareça, a coisa não
morria. Num repente, algo muito extenso e rosa - escuro apareceu lentamente no que parecia ser a boca da
coisa. Deduzi que aquela régua rosada fosse a língua dela.
- Isso não morre! É melhor fugirmos! – gritou alguém, que não me preocupei em identificar, mas presumi que
Policial do R.P.D. fosse aquela doida, chamada Karol.
Todos correram em direção ao carro, já outros em direção à rua.
Karol parou Matt com seu bisturi no meio da correria, atrás de mim.
- Imbecil! Isso não é hora para resolver isso!
Grupo: Colaboradores - Agora você vai pagar, seu maldito!
Posts: 353
Member No.: 2064 Voltei e agarrei Karol pela blusa e puxei-a para trás. Matt saiu em disparada para o outro carro, através do
Joined: October 01, 2008 estrago que o carro fez na entrada da loja. Karol se debateu e me fez soltar sua blusa:
- Merda! Você me fez perder aquele desgraçado, sua maldita! – Karol me empurrou, nervosa. Ela apontou seu
bisturi para mim.
Ranking Especial:
- E você é demente e irá nos ma...
Fui interrompida por uma investida da língua da criatura que me fez cair no chão. Karol fugiu para longe de
mim. A coisa estava em cima de mim e eu me debatia contra seus ataques de língua. O cérebro da coisa estava
exposto! Eu pensava estar morta já; já era.
De repente, ouvi estrondos de tiros de armas de fogo. Eram algumas das pessoas que apareceram na loja de
repente. Atiraram até a coisa sair de cima de mim e recuar para longe de meu alcance. Emily veio até mim e
me ofereceu sua mão para ajudar-me a levantar. Eu recusei e levantei-me sozinha.
- Droga! Estou toda suja de sangue... Ninguém merece...

- Você está bem? – perguntou Emily.


- Tanto faz...
O homem de camisa branca com um sobretudo marrom disse:
- Temos que sair daqui antes que a criatura retorne! – ele estava com sua arma apontada em direção a Karol. –
E você fica aqui, sob controle.
- Não tenho mais munição... – disse o farmacêutico que pegara uma caixa cheia de caixas com munição no
balcão. – Acho que seria um pouco melhor pensar em ficar um pouco aqui do que ser morto lá fora...
No final, dividimo-nos em dois grupos que foram em dois carros diferentes em direção à Universidade de
Medicina, onde eu estudava.

-----------------------------------------------------

Chegamos, finalmente. Eu conhecia o interior daquele local como a palma da minha mão... Praticamente
conhecia a cidade como se fosse minha família... Saí correndo em disparada para dentro, deixando os outros
para trás.
- Meu... Deus... – eu gaguejei, ao adentrar o hall.
O local estava uma bagunça... Havia sangue por todo o lugar, papéis espalhados por todo o local... Todas as
mesas estavam partidas ao meio... A estátua de um homem nu com livros que se localizava no meio do grande
local estava partida aos pedaços, apenas a base permanecera... “O que houve aqui...? Não deve ser nada
bom...”, pensei. Observei o teto: de tanto sangue, aparentava que pintaram de vermelho. As outras pessoas
ainda estavam dentro dos carros e para aviar, decidir ir logo à sala onde havia medicamentos e equipamentos
necessários para Kedar.
O mesmo cenário se repetia: sangue e estragos por todo o lugar. Aqueles “zumbis de filmes” não poderiam ter
feito todo aquele estrago... Adentrei a sala de estudos, que levava onde eu queria chegar. A sala estava do
mesmo modo em que provavelmente o prédio inteiro estava, a quantidade de livros espalhados aparentava ser
infinita. Caminhei rapidamente em direção a uma porta, sem me preocupar muito em observar o local. De
repente, no meio da sala, vislumbrei uma silhueta de alguém à minha direita. Alguém enorme... Lentamente,
virei minha cabeça para a minha esquerda, empunhando a minha arma. Então... Definitivamente, a minha vida
chegara ao fim... Ele não parecia querer o meu bem, ao contrário, ele não tinha boas intenções... Ele não era
normal, sua pele era cinza... Eu estava sozinha... Meu Deus...
Corri até a porta do meu destino e o mesmo correu apressadamente atrás de mim. Por sorte, consegui abrir a
porta e adentrá-la antes que ele me alcançasse. Fechei-a e a tranquei rapidamente. O homem tentara
arrombá-la com tamanha força que eu pensara que nunca alguém teria toda aquela força. Ele tentou
arrombá-la umas cinco vezes. Após essas tentativas de arrombo, senti-me segura e desencostei da porta.

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F.Y.F.R.E.'s Forum -> Resident Evil Chronicles - Capítulos

Observei bem o lugar onde eu estava. Deu-me um desespero, pois estava a mesma desordem do resto das
salas e corredores que eu havia visto. Provavelmente, o homem anormal da sala de estudos havia feito todo
aquele estrago; ele não era humano... Talvez o que eu precisasse para cuidar de Kedar estava destruído... Não
havia nada inteiro lá...
De repente, ouvi alguns ruídos. Era alguma conversa de humanos. Vinha da sala seguinte a da que eu me
encontrava. A biblioteca. Decidi ouvi-la mais de perto, provavelmente o que eu necessitaria para Kedar estava
destruído, seria melhor procurar mais tarde. Sabia que o homem estranho arrombaria a porta de qualquer jeito,
visto que naquele momento ele voltara com suas tentativas. Então, era melhor sair de lá, de qualquer maneira.
Abri a porta lentamente e deixei-a entreaberta para vislumbrar onde eles estavam. Eles estavam conversando,
sentados numa mesa perto da mesa da bibliotecária, longe da onde eu me encontrava. Entrei cuidadosamente,
evitando criar ruídos. Agachei-me e escondi-me numa bancada que ficava a poucos centímetros da porta.
Apesar de tudo que eu passara, posso dizer que a minha descoberta foi a de mais peso.

Fim do Capítulo.

--------------------

Árvore da família Fyfre:


Avô & Avó Paterno: Matt Addison & Alice Survivor
Avô & Avó Materno: God Kira
Pai & Mãe: Bionic Wesker & Gabrielle R.L
Irmãos: Mr. Birkin e Mr. Siegfried
Marido: Full Redfield
Filhos/Filhas: *Gigi_Dante* e The Dead
Tios & Tias Paterno: Blood Cold, Carlos Wesker, Eden X, Jeferson, The Merchant, Kurai Gehenna, MelissaMayaJill, Alice, Mari Redfield,
Miss Valentine, Marcos Mask, Augusto.
Tios & Tias Materno: Lívia Maria e Ana Clara
Primos & Primas Paterno: Claire Kennedy
Neto: Leon S. kennedy

Bars by Miss Valentine and Jejé. Thank you!!

Anahi Postado em: May 21, 2009 12:59 pm

Capítulo 18 : Poison...

- O QUE DIABOS É ISSO!

Havia um grupo grande de zumbis e duas plantas? Plantas carnívoras em tamanha família vindo em nossa
direção!

- E eu pensava que o vírus só infectava pessoas e animais!Que tipo de plantas cresce em Raccoon City?

Naquele momento eu me sentia sem reação. Eram muitos zumbis, e aquelas coisas verdes ao qual denominei
plantas carnívoras, usando o termo literalmente em seu real sentido. Mattew começou a atirar. Nos pés dos
Bravo Team zumbis!Não adiantava nada, eles caiam e continuavam a rastejar, gemendo, pingando sangue todo o tipo de
líquido que o corpo humano poderia expelir. Rapidamente o empurrei para a esquina.

- Na cabeça!Na cabeça!Não gaste munição átoa! Continue atirando.


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Ele estava com minha mochila em suas costas. Aproveitei para ver se encontrava algo útil.

Ranking Especial:
- Anahí!O que está fazendo? Eles estão chegando perto.

Senti que ele estava ficando com medo e sem opção para atirar. Foi então que bati meu dedo em algo duro
dentro da mochila ,uma granada. Sim, eu tinha duas! Minha granada da formatura na academia. Ela tinha um
valor realmente especial para mim. O emblema da polícia brilhava incrustado no objeto.

A peguei com cuidado e me posicionei.

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- Vá para trás garoto!

- O que?

BOOM!

Lancei-a com toda a minha força e me joguei ao chão levando Mattew comigo. O garoto parecia não estar
entendendo muito bem.

Os zumbis voaram com a explosão. Alguns foram parar dentro das lojas, quebrando as vitrines na queda.

- Você é louca!

Levantei-me rápido. As plantas ainda se mexiam.

- Me critique depois!

Tiros de shotgun à distância não eram o que mais apreciava! E sem medo comecei a correr em direção ao que
havia sobrado do grupo de canibais. Algo estava errado comigo, sentia uma vontade de matar, de ver aqueles
seres caindo, sangue! Sim era isso que eu queria! E descontroladamente comecei a atirar em todos, sem me
importar com pontos vitais ou algo do tipo. Eu estava gastando munição do mesmo modo que o garoto havia feito
segundos atrás. Só que me arriscando mais, afinal, o que eu estava pensando? Uma das plantas cuspiu algo em
mim. Senti minha calça corroer. Deveria ser algum suco gástrico.

- Maldita!

Com mais dois tiros ela estava morta. Suspirei aliviada vendo toda catástrofe ao meu redor. Mattew havia dado
conta de alguns zumbis.

Ele se aproximou suado e nervoso.

-Preciso de mais munição.

- Vamos para um lugar seguro recarregar.

- Lugar seguro...

Ele me encarou ironicamente ouvindo o gemido de mais zumbis. Quanto mais progredíssemos na cidade, mais
perigoso ficaria. A região que estávamos era muito habitada...

Olhei para os lados, não havia nenhum carro em reais condições para usarmos.

- Talvez devêssemos encontrar um carro para ir mais rápido. Maldito zumbi que trombou conosco!

- Mas, se não fosse ele, teríamos dado de cara com esses zumbis. E acho que não iríamos sobreviver muito
tempo. Eles iam atacar o carro.

- Humpf.

Resmunguei e senti uma fisgada em minha perna. Era a ferida que a planta havia aberto com seu “cuspe”.

- Será que você não ficou infectada?

- Acho que não...era só uma maldita planta. E que inferno! De onde essa porcaria surgiu?

Ele apontou para uma estufa logo à frente.

- Ótimo!

- Vamos prosseguir a pé e encontrar algum carro que funcione.

- Certo!

Peguei minha mochila de novo e a coloquei nas costas. Mattew estava segurando seu livro com cuidado.

- Escuta moleque, o que diabos tem nesse livro!Parece quase a sua vida!

- È um livro caro!

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- Como alguém consegue ser materialista a essa altura?

- Não é materialismo. È apego pessoal!

-Dá na mesma! Ah, outra coisa, não me explicou como fez aquilo na hora que batemos!

- Na hora certa você vai saber!

Ele sorriu ironicamente! O puxei pela gola da camisa o empurrando contra uma parede.

- Eu não sou boba!Você já deve ter percebido! Se eu notar alguma coisa errada com você não tenho piedade para
atirar! Está me ouvindo!?

- Arf!Solte-me! È sério!Agora não é importante! Vamos achar o tal do Mack primeiro!Seu objetivo lembra-se!

- Hum...e me diga!Porque se interessou tanto pelo Mack? Afinal, ele é problema meu.

- ...eu só quero realmente entender o que está acontecendo nessa cidade. È sério...

- Não acredito em você! Não mesmo! E quando desconfio de algo, sempre tem motivo. Fique esperto menino!

O soltei e ele respirou aliviado me seguindo.

- Eu estou com fome. Tem uma lanchonete ali. Acho que comer umas besteiras não vai fazer mal!Vamos saquear,
se tiver alguma coisa ainda!

Com o cano da arma quebrei algumas máquinas de refrigerante colocando alguns ma mochila. Mattew estava
recolhendo alguns salgadinhos.

Comecei a me sentir bamba. Suor escorria em gotas grandes pela minha testa. Minha perna formigando. O que
estava acontecendo. Eu ia desfalecer. Não, não com aquele garoto do meu lado. Algo me dizia para não confiar
nele.

- Anahí, se sente bem?

-Sim!È só a falta de glicose, faz horas que não como.

Saímos da lanchonete e apressamos o passo. Ao virar a esquina vi duas crianças zumbis. Elas andavam devagar
entre os carros, atrás dela eu podia ver uma barricada.

- Sem saída!Ótimo!

- Para onde vamos?

- Se pegarmos o outro caminho, além de demorar, podemos correr mais riscos voltando! Ainda mais a pé!Vamos
desfazer a barricada.

Dois tiros na cabeça e cada um dos zumbis já não nos era mais problema. Comecei a desfazer aquele amontoado
de ferro e madeira. Minha visão estava falhando, consegui ver uma viatura inteirinha. Seus vidros eram
escurecidos. Logo que passei pela barricada corri até ela sem checar o que poderia me oferecer perigo. Eu parecia
um explorador no deserto encontrando uma lagoa...

- Olha só! Temos locomoção!

POOOF!

A porta da viatura abriu bruscamente e um policial zumbi saiu de dentro dela se projetando sobre mim!Ele não
tinha metade do rosto, e seu estômago estava para fora.Caí no chão o empurrando sem força!Sentia que logo iria
desfalecer. Sim, eu estava infectada com aquela droga de planta. E nunca pensei que os efeitos seriam tão
rápidos. Consegui chutar o zumbi o jogando para o outro lado, mas ele era muito ágil. Olhei para Mattew, eu não
havia dado munição para ele naquela hora.
Tirei uma faca do meu bolso e logo que o zumbi voltava desferi em seu peito.

- Mattew!Ajude-me!

Ele passava pela barricada, seu olhar estava tranqüilo demais.

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Desesperada e com a adrenalina correndo comecei a esfaquear aquele ser. Minha mão estava ficando bamba. A
criatura gemendo. Sua gosma nojenta escorrendo por entre os dentes e pingando em minha blusa. Minhas mãos
sujas de sangue. Mattew se aproximou com uma enorme pedra e desferiu sobre a cabeça do homem o fazendo
gemer pela última vez.

Ele o tirou de cima de mim sorrindo.

- Hei, cadê a ex-policial mandona que se vira sozinha?

- Eu realmente acho que não estou bem...

- Vamos...não sei fazer ligação.

O cheiro do carro embrulhou meu estômago. Podridão, enxofre.

Fechamos as portas e abri um pacote de salgadinhos me decidindo se ia comer ou não...

- Acha que vamos encontrar mesmo o Mackenzie?

- Ele só pode ter ido para esse lugar!

- E qual é o seu plano depois de achá-lo?

- Sair da cidade... e mostrar ao mundo o lado sujo da Umbrella.

Ele abriu a boca espantado.

- Como assim? Se você fizer isso, a Umbrella pode acabar! Ela é uma grande indústria!É importante para a
sociedade!

- Eii, estamos numa cidade sendo atacados por animais, pessoas e plantas carnívoras criados PELA UMBRELLA, E
VOCÊ QUER SALVÁ-LA?

-Só acho que ela deve ter uma explicação. Aliás, esse tal de vírus, quem sabe não tenha um emprego bom no
futuro, se aperfeiçoado?

- A cada segundo que passo, eu tenho a leve impressão de que estou dançando com o inimigo tendo você ao meu
lado... dirija!

Pulei para o banco de trás da viatura deitando.

- O que?

- Eu estou cansada de fazer tudo por aqui! Vire a esquerda na próxima esquina.

- Tudo bem.

Ajeitei minha mochila de modo que ela ficasse como um travesseiro improvisado. O que era um pouco difícil, já
que ela estava lotada de caixas de munição, no bolso da minha calça tirei meu maior segredo. A foto de meu
irmão mais novo. Eu saíra de casa muito cedo por conta de problemas com meus parentes, mas prometi que um
dia ia retornar para vê-lo. E morarmos juntos. Dar-lhe a vida que meus pais – principalmente meu pai-não
haviam lhe proporcionado. Mas...talvez eu nunca conseguiria vê-lo de novo.

Fechei meus olhos sentindo meu corpo bambo. Minha perna estava molhada, uma secreção estranha saía dela.

“Preciso encontrar o Mack antes que seja tarde demais para mim.”

Adormeci ouvindo a voz de Mattew, mas não conseguia distinguir as palavras que saiam de sua boca, a única
coisa que vinha em minha mente era vingança!A Umbrella pagaria pelas mortes de tantos inocentes, e meu
irmão, o que me consolava era saber que ele estava seguro morando com meus avós em algum lugar dos
Estados Unidos...

Continua...

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Tyrant-T-0766 Postado em: May 23, 2009 11:40 pm

Capítulo 19: Requiem For a Dream

Dentro do apartamento, um pouco ao norte de onde me encontrava, uma mulher gritava desesperadamente
por socorro, enquanto era brutalmente atacada por um dos MA-39. A mulher, completamente ensangüentada e
sem um dos braços, estava jogada no chão, despejando lágrimas e gritando por ajuda, enquanto o animal ia se
aproximando, parecia nem ter notado minha presença.

- SOCORRO, PELO AMOR DE DEUS ME AJUDA!!! – Gritava ela, ao mesmo tempo que tentava se levantar e fugir,
mas os ferimentos e o desespero só agravavam os problemas.

- ME AJUDA, PELO AMOR DE DEUS ME AJUDA!!- O desespero dá mulher era cada vez mais intenso, mas eu não
planejava ajuda-la, não tinha motivos pra isso.

- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!! – Não adiantava mais, o canino já estava em cima dela, rosnando e ao


mesmo tempo dilacerando seus membros, devorando sua carne com prazer, satisfazendo a necessidade de se
Bravo Team
alimentar. Sem hesitar, saquei minha Glock e atirei, logo a criatura estava morta.

Adentrei no local e observei o cômodo. A pequena sala de estar estava um horror, papéis, revistas, agendas e
diversos objetos espalhados pelo chão, paredes repletas de sangue... Parecia que um caminhão havia passado
Grupo: Colaboradores
Posts: 791 por ali...Revistei a sala, a cozinha e os quartos, exceto por algumas facas e ferramentas velhas em um dos
Member No.: 766 quartos, não encontrei nada que fosse de grande ajuda...
Joined: September 07, 2006

- Agora só falta arrumar um jeito de sair do prédio, antes que os zumbis cheguem aqui...- Pensei comigo
Ranking Especial: mesmo e retornei a sala de estar do apartamento.

Havia uma janela aberta ao norte do cômodo, me aproximei e avistei uma outra janela que daria em um
apartamento em um prédio próximo. A distância entre uma janela e outra não era muito grande, apenas alguns
metros, os dois edifícios ficavam praticamente “colados”. Não havia outra opção, aquela seria minha única
chance de sair do lugar. Mas de qualquer maneira era impossível pular, eu precisaria de algo para chegar até
lá.... Após alguns minutos revirando a casa, encontrei alguma tábuas velhas e alguma ferramentas em um
armário, coloquei as tábuas entre uma janela e outra e avancei até o outro edifício.

***

Estava novamente nas ruas. Pelos meus cálculos, devia estar próximo a um shopping center local chamado
“Raccoon Zone”, lá eu devia achar algum carro ou algum outro meio de transporte pelo qual eu pudesse chegar
aos subúrbios da cidade... Caminhei mais alguns metros até chegar a um prédio empresarial, virei a direita e
caminhei até o fim da rua. Estava bloqueada por barricadas improvisadas, assim como grande parte das
outras...
- Droga...

Depois de mais alguns minutos caminhando por aí, cheguei até uma bifurcação em um beco, segui a esquerda e
dei de cara com alguns zumbis, mas eles eram lentos, foi fácil passar por eles. Estava em outro beco, haviam
alguns corpos logo a frente e uma enorme lixeira mais ao fundo, junto a uma porta trancada que devia dar na
cozinha de algum restaurante ou outro estabelecimento. No final do beco era possível avistar alguma coisa
pegando fogo, mas não dava pra distinguir exatamente o que...

Subi na grande lixeira mais ao fundo e me agarrei as escadas de emergência de um prédio antigo, depois
prossegui até o primeiro andar e entrei por uma janela de um apartamento. O lugar estava vazio, e,
consequentemente, o corredor e as escadas também. No hall social me deparei com mais alguns infectados,
matei todos com tiros na cabeça e saí do prédio. Há alguns metros dali, era possível ver o shopping,
imediatamente corri até lá e entrei.

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Era impressionante o modo como ocorreu a propagação do vírus na cidade, há alguns dias atrás eu tinha vindo
aqui, o belo e extenso shopping que antes atraía várias pessoas de diversos lugares de Raccoon City agora
parecia mais um daqueles cenários de filmes de terror... Vitrines de lojas quebradas, o piso repleto de objetos
como bancos, cadeiras, comida e vidro espalhados em meio a uma piscina de corpos e sangue, lâmpadas
faiscando e corredores mal iluminados, lojas e pequenos quiosques dominados por ofuscantes chamas que
pareciam que nunca iriam se apagar... O lugar retratava exatamente o que toda a população de Raccoon estava
sentindo nos últimos meses e o que estava vivendo agora... Medo, desespero, terror.... Raccoon City já não era
mais uma cidade, e sim um verdadeiro inferno...

***

Estava no segundo andar do estacionamento subterrâneo do shopping. O lugar era escuro e sombrio, e parecia
que alguém estava me seguindo, era possível ouvir passos, mas não consegui ver nada... Um pouco a frente
consegui encontrar um carro aberto, parecia estar funcionando... O vidro da janela do motorista estava
quebrado, mas fora isso o carro não aparentava outros danos. Um senhor estava morto no banco ao lado da
janela direita, abri a porta do veículo e retirei-o de lá. As chaves ainda estavam no automóvel, não precisei me
dar ao trabalho de fazer auto-ligação. Liguei o carro e dirigi em direção a saída do estacionamento no andar
superior, mas a energia do andar estava desligada, a porta automática da saída era feita de aço reforçado, teria
que ligar energia diretamente da sala de controle dos estacionamentos, localizada no quinto andar
subterrâeo....

-Uff... – Soltei um leve suspiro e saí do carro, acendi meu isqueiro e caminhei até as escadas.

Para a minha surpresa, o andar estava em chamas, logo o fogo se alastraria e ocuparia o lugar todo, eu teria
que ser rápido.

“ Sala de controle de energia, acesso restrito.” – A porta estava trancada por uma corrente presa a um
cadeado, havia um cadáver de um funcionário próximo a parede, ele segurava alguma coisa nas mãos...

- As chaves! – Sussurrei, e após destrancar o cadeado avancei porta a frente.

Um pequeno painel estava localizado junto a parede oeste da sala, e, ao lado, uma caixa metálica aberta presa
a parede, aonde se encontrava uma alavanca. Puxei-a e uma luz verde acendeu no painel, e consecutivamente
as luzes do estacionamento também. Guardei o isqueiro e corri novamente até o primeiro andar.

- Finalmente... – Ao me aproximar do carro, senti uma gota pegajosa penetrando no tecido da minha jaqueta.
Ao olhar pro teto, surpreendi-me, uma criatura vinha em minha direção, logo percebi o que era... Pele
avermelhada, músculos e cérebro completamente expostos, enormes e afiadas garras, língua que extendia-se
por vários e vários metros... Era um licker.

- Ugh! – Antes que pudesse realizar qualquer movimento, a enorme e pegajosa língua do monstro me pegou
pelo pescoço, me enforcando e me levando até ele.

- Arghhh! – Aos poucos o ar ia indo embora, e eu ficava mais fraco...

- Maldito!- Levei a mão direita a minha cintura e imediatamente peguei meu canivete e furei a língua do licker,
caindo sobre o piso enquanto ele se preparava para o outro ataque.

- Pow!Pow!Pow! – Três tiros e nada de o monstro recuar. Era difícil acertar a cabeça enquanto ele se
movimentava.

- Pow! Pow! – Mais dois tiros, seguido de mais 3, seguidos de mais 5, não conseguia acertar a criatura. Estava
quase sem munição, já havia gastado 1 pente antes de conseguir chegar ao shopping e estava no fim do
segundo na tentativa de matar o licker, só restavam 3 tiros.

Quando o bicho nojento saltou e levantou suas garras, atirei. 3 tiros certeiros no cérebro, o licker caiu,
agonizando e falecendo após alguns segundos. Coloquei meu último pente na arma e voltei ao carro.

- Maldito licker... – Devia me lembrar de procurar munição quando chegasse aos laboratórios, porcaria...

Saí do shopping e pisei fundo no acelerador, rumo a universidade de Raccoon city.

***

Enquanto dirigia, guardava mentalmente meus objetivos ao chegar aos laboratórios: Recuperar a pesquisa da
minha vida, guardada em um pequeno disquete que a Umbrella havia roubado quando eu ainda trabalhava pra
eles, procurar referências a localização do complexo aonde eles mantinham minha experiência e dar o fora da
cidade. A Umbrella pagaria por tudo que fez, eu não podia deixar passar...

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QUOTE
“23 de Novembro de 1992, complexo laboratorial da Umbrella em Caliban Cove.

Era noite, quase 2:00 da madrugada... A bela e refrescante chuva que dominava os céus da região caía sobre
prédios empresariais da Umbrella e a floresta de Caliban Cove. Dentro do complexo, bem abaixo do nível do
solo, no 70 andar subterrâneo do conjunto laboratorial, um homem discutia com outros dois, ambos cercados
por soldados enquanto segurava um objeto na mão, como se fosse a coisa mais preciosa do mundo.

- Neste disquete está guardada a pesquisa da minha vida, aqui contém anos e anos de experimentos,
pesquisas e mais uma enorme diversidade de coisas sobre as diversas armas biológicas originas a partir do
T-Virus, aqui estão presentes os dados que são necessários para eu criar a arma biológica perfeita, não vou
entrega- lo pra vocês, nunca!

- Dr. Sunderland, por favor coopere com as nossas exigências, se não seremos obrigados s tomar medidas
drásticas para recuperar esse disquete do senhor.- Falou um dos homens, em tom alto e claro.

- Recuperar?! Isso nunca pertenceu a vocês!

- O senhor passou dos limites, seus serviços não são mais necessários. Dra. Mason e seus superiores
ordenaram que nós recuperássemos o disquete e entregássemos a ela. Ele será enviado a um complexo
laboratorial em Raccoon City para que lá possam analizar e continuar a pesquisa. Isso é tudo que podemos
dizer. Ela pediu para que prendêssemos o senhor, mas se não cooperar nós o matamos. – Disse o outro
homem, fazendo um sinal para os soldados que, imediatamente, apontaram as armas para o Dr.

- MENTIRA! – Exclamou o homem.

- Entregue o disquete, agora. Não vou repetir a ordem.

- Não, vocês não têm idéia do erro que estão cometendo! Eu não vou entregar o disquete, NUNCA! –
Exclamou o cientista.

- Prendam-no. – Ordenou o primeiro homem, fazendo um gesto para os soldados.

- Me prender?! Você só pode estar louco, não têm idéia do erro que está comete- O Dr. foi surpreendido por
dois soldados que o imobilizaram e pegaram o disquete.

- Tomem cuidado com o disquete, não quero ouvir reclamações da Dra. Mason. – Ordenou um dos homens.

- Me soltem, seus imbecis! Esse disquete contêm dados reunidos durante anos sobre o T- Vírus! Vocês não
têm noção do erro que estão cometendo! Me soltem, seus idio- A fala do cientista foi interrompida por um
segurança que lhe deu uma coronhada na cabeça.

- Levem- no para o Dr. Ransom, ele vai saber o que fazer.- Ordenaram os homens, saindo da sala com o
disquete em mãos.”

Enquanto continuava a dirigir, procurava me lembrar dos caminhos que eu poderia usar para chegar a
universidade, teria que contornar pelas ruas dos arredores da cidade, as ruas principais com certeza estariam
bloqueadas por barricadas, destroços e viaturas policiais... Eu deveria chegar lá em cerca de duas ou três horas,
no máximo. O tanque de gasolina do carro estava cheio, não havia com o que se preocupar. Mesmo enquanto
dirigia, mais lembranças voltavam a tona, lembranças negras...

QUOTE
“ 18 de Dezembro de 1992, complexo laboratorial da Umbrella em Caliban Cove.

Nos corredores do vasto complexo laboratorial da Umbrella em Caliban Cove, luzes vermelhas e sirenes
altíssimas indicavam uma explosão na prisão dos andares subterrâneos, 57 prisioneiros haviam escapado e
estavam tentando arrumar um modo de sair da ilha. Uma voz feminina computadorizada alertava a cada 3
minutos:

- Aviso, explosão na prisão do 5o andar subterrâneo do complexo. Evacuem o local imediatamente. Aviso,
explosão...

- Vai, vai, vamos dar o fora daqui! Anda Logo! – Em meio a aglomerações de prisioneiros correndo entre os
corredores e sendo perseguidos por dezenas de soldados armados com M-16, três homens subiam
rapidamente as escadas do bloco A do complexo tentando chegar ao terraço. Os barulhos dos tiros das
metralhadoras dos soldados atrás deles era ensurdecedor. Ao chegarem ao local desejado, encontraram um
helicóptero.

- Eu não sei pilotar... – Disse um dos homens.

- Fui piloto de helicóptero durante 8 anos antes de vir parar aqui, subam! Rápido! – Os outros dois
obedeceram a ordem e logo o som cortante das hélices do helicóptero girando enquanto o piloto se preparava
para levantar vôo pode ser ouvido pelos soldados que também subiam as escadas atrás dos prisioneiros.

Os soldados chegaram e começaram a atirar, sequer ordenaram que ficassem parados ou coisa assim.

- VAI! LEVANTA ESSA DROGA LOGO! AGORA! – Gritava um dos homens.

Em meio ao ensurdecedor barulho dos tiros e da aeronave levantando vôo, pode-se ver um dos homens caindo
do helicóptero, após ser atingido pela saraivada de tiros. Após isso, a aeronave decolou.

***

Alguns dias após o ocorrido...

- Como assim eles escaparam? Quantos escaparam? Porque vocês não impediraam?! Seus incompetentes!-
Exclamava um homem diante de 10 soldados de um dos pelotões a sua frente, furioso.

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- Senhor, nós tentamos mas... Não deu... – Disse o líder do pelotão.

- Não deu?! Eu vou te falar o que não deu, seu idiota!- O homem sacou uma Beretta M92FS da cintura e
atirou contra a cabeça do soldado.

- Quantos soldados escaparam? Quais os nomes deles? É melhor me dizerem, se não quiserem ter o mesmo
destino de seu líderzinho de merda aqui, agora!

Um dos soldados se aproximou:

- Senhor, segundo consta nas nossas anotações, 7 soldados escaparam e-

- Quem?!

- É, Dra. Lisa Taylor, o soldado condenado semana passada, Robert Donsen, o-

- Verifique se nessa lista há alguém cujo nome comece com a letra “M”, rápido!- Gritou o homem.

- Errr... Têm sim, senhor... O nome é... Mackenzie D. Sunderland.”

- 23:45 P.M. – Verifiquei ao olhar meu relógio. Já devia estar chegando a universidade, provavelmente só
faltavam três ou quatro quadras...

Abri o porta luvas do carro e averigüei o conteúdo. Nada além de alguns papéis, uma caixa de chocolate fechada
e um maço de cigarros. Peguei o maço de cigarros e retirei um, seria bom pra relaxar numa hora dessas...

- Freeeeeeeench – Freei bruscamente. A rua pela qual eu seguiria estava completamete obstruída por
destroços, carros e diversos automóveis.

- Merda...- Saí do carro e resmunguei. Agora vou ter que ir a pé...

Observei a rua e os prédios arredor, estava em frente a um hotel chamado “ Apple Inn”, não devia estar muito
longe da universidade, apenas uma ou duas quadras.

***

“ Universidade de Raccoon City ” – Estava escrito em uma pequena placa no final da rua. Finalmente...

Estava no saguão da universidade, o lugar era imenso... Logo a frente encontrava-se a recepção, nela era
possível ver um pequeno computador e alguns papéis espalhados sobre a mesa. Um pouco mais a frente
estavam as escadas de madeira impecavelmente limpas e brilhantes que davam acesso ao segundo andar.
Seguindo por essas, podia-se notar uma elegante escrivaninha de madeira junto a um belo tapete circular
próximo a um enorme quadro na parede, sobre a escrivaninha haviam alguns papéis, livros, uma faca e um
pente de munição 9mm, o qual eu peguei e guardei comigo mesmo. Ainda no segundo andar, móveis, quadros e
outros objetos de luxo encontravam-se perto de enormes e belas janelas de vidro reforçado. Voltando ao
primeiro andar, diversas luminárias presas as sofisticadas pilastras de madeira da universidade traziam um
aspecto elegante, antigo e ao mesmo tempo sombrio ao lugar. Tirando a porta principal do saguão da
universidade, haviam mais 6 portas, 5 no primeiro e 1 no segundo andar.

Entrei por uma porta a esquerda e me encontrei em uma espécie de passagem para um elevador. A sala era
cortada por uma divisória que a dividia em duas partes. Na primeira havia uma escrivaninha cinza e algumas
cadeiras perto de um computador ligado, alguns armários de metal e uma máquina de escrever velha. Na
segunda haviam algumas estantes lotadas de livros e outros objetos, outra escrivaninha, mais armários e o
elevador. Na parede do elevador encontrava- se um interruptor em um painel ao lado. Apertei- o e uma luz
verde acendeu. Entrei no elevador e retirei um painel secreto junto aos botões dos outros andares. Agora
haviam mais 4 botões, cada um levando a lugares restritos do prédio. Um me levaria ao 5o e último andar,
aonde estavam presentes alguns cadáveres utilizados para pesquisas e outras coisas, outro me levaria a um
corredor secreto no 3o, e os outros dois me levariam aos andares subterrâneos. Dentre os dois últimos, ambos
me levariam de encontro com meu objetivo.... Devil’s Nest, " O lar do diabo..."

This post has been edited by Tyrant-T-0766 on May 24, 2009 12:18 am

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Minhas fanfics:
--RE: Um salto para morte--

--Resident Evil: Death's Way--

Davi Redfield Postado em: May 24, 2009 01:02 pm

Capítulo 20: Polly Wants a Cracker

Eu corri.
Corri como nunca havia corrido na vida, para longe do meu maldito alvo. Ele tinha injetado algo em mim, e eu
já podia sentir os efeitos – seria um sedativo? - , e sabia que se eu desmaiasse no meio da rua, estaria morta.
Kedar, Emily e Kat haviam me abandonado á própria sorte.
Avancei alguns metros, e avistei uma casa com a porta destruída. Com as pernas já amolecendo e a visão
turva, corri – ou fiz o mais próximo disso, para minha condição cada vez pior – em direção á casa, e entrei.
Adentrei uma sala escura, e tropecei em algum pequeno móvel, caindo. Meus olhos pesavam como chumbo –
seria um sedativo? – e não conseguiria aguentar por mais tempo.
A última coisa que vi, foi um vulto descendo as escadas que pareciam ficar á esquerda da sala, possivelmente
atraído por minha entrada desastrosa.
Então, tudo ficou escuro.

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Súbito, ouvi um chiado. Abri os olhos.


Bravo Team
Estava numa espécie de quarto desarrumado, porém não havia sangue á vista. O chiado que tinha ouvido se
tornou mais nítido. Era o ruído de água caindo de um chuveiro.
Tentei me mover, e constatei o primeiro fato: estava amarrada. Mais uma vez. Deitada em uma cama, com os
dois pulsos amarrados firmemente com cordas á cabeceira da cama.
Grupo: Administradores
Posts: 1296 Provavelmente, quando abri os olhos, ainda estava grogue, pois só depois de perceber que estava amarrada,
Member No.: 2169
constatei o segundo fato: estava completamente nua.
Joined: October 30, 2008
Comecei a entrar em pânico. Então, vindo do banheiro, comecei a ouvir alguém cantar:
- Polly wants a cracker... Think I should get off her first, …
Ranking Especial: Era uma voz de homem. Finalmente entendi o que inicialmente não queria acreditar ser verdade.
- Let me take a ride, cut yourself, want some help, please myself…
Maldição! A corda estava bem amarrada. Apesar de puxá-la em todas as direções, tudo que consegui foi
machucar os meus pulsos. Eu estou literalmente --
- Please myself.
O ruído do chuveiro havia parado. Ouvi a pessoa ainda assobiando a música, e finalmente um homem surgiu á
porta do banheiro, que era de frente para cama aonde eu estava amarrada.
- Ah, já está acordada, bela adormecida.
O homem estava envolto apenas com a toalha ao redor da cintura. Observei-o rapidamente, e vi que ele tinha
um grande curativo na altura do ombro.
- Seja bem-vinda á meu humilde abrigo provisório! Pra falar a verdade, você é a primeira visita que recebo
desde que essa zona começou. Bom, a primeira visita humana.
Desviei os olhos do homem á porta do banheiro, e encarei o chão. Maldito farmacêutico, tudo isso que eu estou
passando é por culpa sua, eu vou te matar bem lentamente!
- Desculpe-me pelas cordas, mas eu achei que você poderia querer fugir. E podemos nos divertir tanto juntos,
he...
Eu continuei encarando o chão.
- Olá? – o homem se aproximou da cama. – Você é muda?
Olhei diretamente nos olhos dele.
- Não. Mas acho que não é hora de falar, e sim de agir. – disse, me esforçando para não transparecer o pânico
que estava sentindo na minha voz.

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- Ah...! É assim que eu gosto!


Ele tirou a toalha e subiu na cama, ficando sobre mim. Começou a beijar meu pescoço.
- Oh... Eu... Como é seu nome...? – perguntei.
- É Chuck. Como você é linda, eu não vejo uam mulher assim como você há dias...! – ele respondeu.
- Olha... Você não pode me dessamarrar? Eu sou muito boa com as mãos... – disse.
- Você promete que não vai fugir? – ele perguntou, parando de beijar meu pescoço e me olhando nos olhos.
- Eu prometo! – respondi, e dei um beijo de língua nele.
Ele sorriu, e se levantou de cima de mim, indo até um criado mudo próximo da cama. Pegou uma faca, e cortou
a corda que prendia meu pulso direito, e depois a que prendia o pulso esquerdo. Depois, jogou a faca em um
canto do quarto e subiu novamente na cama. Subiu novamente sobre mim!

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!

Chuck gritava e me esmurrava, enquanto eu mordia frenéticamente a jugular dele. Eu mordia e mordia e
mordia e mordia e ele gritava e implorava e dizia que não ia mais fazer aquilo. Mas eu não parei, eu mordi e
mordi e senti sangue quente jorrar e espirrar e engoli sangue salgado e doce.
Então, joguei meu rosto para o lado, arrancando um grande naco de carne do pescoço de Chuck, e ele rolou
para fora da cama, com jatos de sangue espirrando do ferimento.
Arfando, fui até o canto do quarto no qual ele havia jogado a faca, e a apanhei. Me aproximei dele novamente,
e com um golpe violento, cortei o instrumento dele fora.
- Isso é pra você aprender, desgraçado!
De repente, eu vi o farmacêutico no chão. Uma alegria e euforia imensa tomaram conta de mim, e pulei sobre
ele, e comecei a esfaqueá-lo freneticamente.

- MORREMORREMORREMORREMORREMORRE

Alguns segundos depois, eu finalmente parei. Estava exausta, mas feliz. Ele estava morto. Me levantei, limpei o
sangue de meu rosto.
Decidi tomar um banho. Quanto tempo fazia que eu não tomava um bom banho?
Fui em direção ao banheiro, entrei. Deixei um rastro de pegadas ensanguentadas no chão, mas quem se
importa?
Ajustei a temperatura para quente e liguei o chuveiro.
Enquanto tomava banho, lembrei de uma música. Sorri e comecei a cantá-la.
- Polly wants a cracker...

--------------------------------------

Após sair do banho, apanhei uma toalha que estava próxima ao box do chuveiro. Me sequei tranquilamente, e
depois enrolei a toalha em mim. Saí do banheiro e... Não é possível...!
O cadáver ensanguentando não era o farmacêutico! Era o Chuck!
Caí sobre os joelhos. Eu não estou bem. Será falta do remédio que me davam no hospital? Eu tenho certeza de
ter visto o farmacêutico no chão e tê-lo matado, mas era aquele Chuck!
Merdamerdamerda. Inferno! Não importa. Vou matá-lo quantas vezes for preciso, até que uma hora será ele!
Sim, é isso. Ele não vai escapar. Ele vai pagar!
Decidida, me levantei. Precisava de roupas. Então, fui até o armário do lado esquerdo do quarto e o abri.
Ótimo. Só roupas de homem. Me espantou uma enorme quantidade de jaquetas idênticas, apanhei uma pra ver.
Tinha um pequeno símbolo de duas armas cruzadas no bolso esquerdo, e atrás, o mesmo símbolo, só que
maior, e junto ao símbolo estava escrito “Chuck’s Gun Shop”.
- Então você tem uma loja de armas, não é Chuck, seu maroto? – disse. Ele não respondeu.
Joguei a jaqueta no chão e continuei procurando. Finalmente, achei algo que poderia servir: uma camiseta do
Nirvana - já esperava por isso - e uma calça jeans preta. Não era grande coisa, mas pelo menos era melhor do
que meu uniforme de interna sujo de sangue.
Coloquei a camisa, e a calça. Ela ficou caindo – já esperava por isso - então procurei por um cinto, e acabei
achando. Perfeito.
Infelizmente, não tinha conseguido achar nada para calçar, já que o pé de Chuck era enorme.
Terminando de me vestir, comecei a revistar o quarto procurando minha arma. Achei-a em um dos criados
mudos. Para meu espanto, achei também chaves de um carro.
- Ótimo.
Fui até o cadáver de Chuck e apanhei a faca, limpando-a com o lençol da cama. Poderia precisar dela.
Finalmente, saí do quarto. Estava no segundo andar da casa, podia ver a sala dali. Á minha frente tinha um
corredor, e ao final as escadas pelas quais Chuck descera quando me viu. Tinha duas portas na lateral do
corredor, também. Fui em direção ás escadas, porém quando passei em frente da segunda porta, senti um
horrível cheiro de podre.
- Mas o quê?
Minha curiosidade foi maior do que meu medo. De arma em punho, abri lentamente a porta, e me deparei com
algo horrível.
Era um quarto. Jogados para todos os lados, estavam vários cadáveres de zumbis.

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Tive uma idéia bizarra. Tampei o nariz, e entrei no quarto. Os olhos vazios dos mortos me encaravam,
inexpressivos. Comecei a observar atentamente a pilha de cadáveres, e para meu espanto, encontrei o que
queria!
O cadáver de uma menina.
Fui até ela, e puxei-a pelo braço. Havia alguns corpos em cima dela, e demorei um pouco para movê-la.
Finalmente, com ela estendida á minha frente, me abaixei e retirei os tênis que ela usava.
- Onde você está, não precisa mais disso, querida... – disse, mas ela não me respondeu. Só ficou me olhando
sem expressão.
O tênis serviu perfeitamente. Tenho os pés pequenos, meu noivo sempre me dizia que tinha pés de menina.
Meu noivo, ele sempre dizia --
Chega.
Saí do quarto macabro, e fechei a porta. Desci as escadas cuidadosamente. Fui até a porta da casa, e me virei
uma última vez para observar o local imerso em escuridão. Depois disso, saí, e a luz do sol cegou meus olhos.

------------------------------------------------

Estava dirigindo á algum tempo. Levei só alguns minutos para testar as chaves de Chuck nos carros
estacionados na rua, e achei o dele. Para minha sorte, ele tinha um mapa da cidade, no qual localizei a loja dele
facilmente. Para meu azar, o carro era um modelo antigo, e desconfortável. Não sei o nome por que não me
ligo em decorar nome de carros, mas isso não vem ao caso.
Como eu havia pensado, a loja de armas ficava a poucas quadras do local onde encontrei o farmacêutico. As
chances de eles terem ido para lá, tanto por causa de precisarem de armas quanto pela proximidade, era
grande.
- Estou chegando, farmacêutico... – disse para ninguém, entre dentes cerrados.

Poucos minutos depois, avistei a loja. Acelerei. Não precisava fazer cerimônia para entrar. Simplesmente jogar
o carro contra a loja seria o mais rápido. Se ele estivesse lá e fosse atingido, tanto melhor. Se algum dos outros
fosse atingido, não poderiam reclamar, afinal fui abandonada para morrer.
Ao chegar perto da loja, virei o volante com tudo. Os pneus guincharam, e o carro partiu vertiginosamente em
direção á entrada do local.
Senti o impacto do carro com as vidraças e em seguida enfiei o pé no freio, instintivamente.
Vi um monte de pessoas no lugar, e mais uma vez, eu vi o desgraçado! Pulei pra fora do carro de arma em
punho, e a apontei para ele:

- SEU MALDITO! – gritei.

A taxista surgiu não sei de onde e disse algo, apontando a arma pra mim. Um homem com um sobretudo
marrom surgiu e me apontou outra arma. Emily apontou a arma para ele. Vi que o farmacêutico apontava a
arma para Kedar, que estava sendo amparado por uma mulher desconhecida, que por sua vez apontou a arma
para o farmacêutico.

Então, apareceu um monstro no teto, e todos começaram a atirar nele, inclusive percebi que eu também estava
atirando.

Tudo aconteceu rápido demais. Antes que pudesse perceber, o grupo correu para os carros, e eu corri junto,
focada no farmacêutico. Ia acabar com ele ali mesmo, mas a taxista me impediu.

Graças a ela, não pude matá-lo! Inferno! Ele entrou em um outro carro, junto com a mulher que amparava
Kedar, o homem com sobretudo e uma outra mulher estranha.

Acabei ficando junto com Emily e a maldita taxista. Já no carro, liguei-o rapidamente, e dando ré, coloquei o
carro de volta á rua, e então me pus a seguir o outro carro, que ia na frente.
- Karol... – disse Emily.
- O que é? – perguntei, irritada.
- Você está bem? – ela perguntou.
- Eu estou ótima.
- Não queríamos ter te abandonado aquela hora... – Emily disse.
- Mas abandonaram. – respondi secamente.
A taxista grunhiu algo que não entendi.
- Ah, deixa eu te falar. Se de uma próxima vez você se meter com meus assuntos eu te mato, viu! – gritei,
olhando diretamente nos olhos dela pelo espelho retrovisor do carro.
- Você pode tentar... – disse ela, retribuindo o olhar.
Resolvi não prosseguir com a conversa. Tinha assuntos mais imediatos com os quais me preocupar, e um deles
era não perder aquele carro com o farmacêutico em seu interior de vista. Eu o seguiria até o Inferno se fosse
preciso, se isso significasse que teria minha vingança.
E eu terei minha vingança, custe o que custar.

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Fim do Capítulo

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* O nome do capítulo e os trechos de música citados nele, fazem parte da letra da música Polly, do Nirvana.

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Fics:
Terra de Ninguém (com Pyramid Head)
Resident Evil: Na Idade das Trevas
Eu e Janet
Burroughs
Doug

God Kira Postado em: May 27, 2009 10:38 pm

Capítulo 21 - Psychedelic Heroine

Lembro-me pouco dos eventos ocorridos entre nossa saída da Loja de Chuck e a chegada na Universidade.
Algumas coisas são bem claras pra mim. Coisas que nunca vou esquecer. Mas outras são controversas, confusas.
Vou tentar detalhar o que presenciei.

x-x-x-x-x

- Vamos, Kedar, entre aí. - A mulher que me dizia isso não era Stacey.
Fui colocado por ela na parte de trás do carro, e enquanto o detetive e o farmacêutico sentavam nos bancos da
frente, Stacey ergueu minha cabeça delicadamente, colocando-a em seu colo. Sorri com o gesto.
- Pode seguir, Samuel.
O detetive piscou para ela, ligando o carro. Ao ouvir o barulho do motor, gritei instintivamente:
- Emily, Kat...!
- Elas vão encontrar com a gente na Universidade, Kedar. Não se preocupe. - Stacey tinha o olhar incerto.
Bravo Team
Notei que o detetive estava visivelmente desconfortável. Ele dava a impressão de estar bastante incomodado
com quem estava ao seu lado. Com toda certeza ele preferia Stacey ali. Também pudera: o farmacêutico não
parecia ser confiável. Aquela situação era bastante constrangedora.
- Vamos garoto, acorde...! - Stacey me deu uns tapinhas no rosto. - Você não pode dormir, s'il vous plaît!
Grupo: Escritores
Posts: 1207 Eu me esforçava para manter meus olhos abertos, mas não conseguia. Eu tinha sono. Não sentia mais dor a
Member No.: 2226
Joined: November 21, 2008 muito tempo. Na verdade, nem tenho certeza se cheguei a sentir dor em algum momento. Para me manter
acordado, perguntei:
- Stacey... Quer jogar comigo?
Ranking Especial: - Jogar o que? - A mulher estava visivelmente afobada. Parecia que a idéia de alguém sangrando em seu colo
não era das melhores.
- O jogo do... Contente. - Disse.
Vanessa deu um gritinho de surpresa. Tossiu alguns segundos e depois disse:
- Eu conheço esse jogo! Pollyanna, certo?
- Sim. - Disse em tom fraquejante.
Stacey olhou para Vanessa e perguntou:
- E como se joga esse jogo?
- É fácil. - Vanessa começou a dizer. Eu sorri para ela, em sinal de aprovação. Não conseguiria explicar o tal jogo
naquela situação. - Você só precisa achar algo para se sentir contente em qualquer situação.
- Como o que? - Stacey perguntou, chacoalhando minha cabeça.
- Por exemplo: agora estamos indo para a universidade de carro. A situação é ruim. Na verdade, péssima. Mas
devemos estar contentes por não estarmos a pé.
Matt riu sarcásticamente.
- Isso é ridículo. - Disse.
Samuel veio em meu favor, dizendo:
- Gostei desse jogo. Posso jogar também? - Era óbvio que ele estava tentando alfinetar o arrogante
farmacêutico.

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- Claro. - Balbuciei - Todos vocês podem.


Stacey riu. Vanessa sentou mais perto de nós e passou as mãos pelos meu cabelos. Resolvi perguntar a queima
roupa:
- Como você conhece esse jogo?
A mulher me encarou alguns segundos. Eu não conseguia ver muito bem seu rosto, minha visão estava
embaçada. Eu apenas tinha certeza de uma coisa: ela não tinha traços femininos.
- Quando se vive no mundo em que eu vivo... Não há muitos motivos para estar contente. - a mulher tentou
esboçar um sorriso.
Naquele exato momento apaguei. A voz de Vanessa foi a última coisa que ouvi.

x-x-x-x-x

Acordei com Samuel me carregando no colo. Lembro que vi Stacey saindo do carro, com sua roupa visivelmente
suja de sangue. Vanessa correu ao lado do detetive, apressando seu passo. Matt havia ficado para trás. O grupo
pareceu não se importar com isso.
- Temos que ir rápido... - Samuel disse. - Tem idéia de quanto sangue esse garoto perdeu?
Vanessa começou uma oração que só ela podia ouvir. Stacey seguia um pouco a frente de Matt, quando foi
surpreendida por um zumbi.
- Aaaaah! - Conseguimos ouvir o grito dela. O zumbi estava em cima da mulher, tentando devorá-la. Samuel
nada podia fazer comigo em seu colo. Vanessa estava com minha mochila em suas costas, e enquanto a abria
em busca de uma arma, ouvimos um tiro.
Matt ofereceu ajuda para Stacey levantar, com a arma na outra mão. A garota aceitou a ajuda e, frustrada,
disse:
- Grazie.
Eu estava confuso. Queria encontrar alguém que pudesse conversar comigo. Impossível: eu nem ao menos
conseguia falar. Eu queria encontrar Emily, Kat... Desmaiei.

x-x-x-x-x

Quando acordei estava claramente melhor. Não tinha mais sono. A febre parecia ter passado. Abri meus olhos e
me sentei. Percebi que estava em cima de uma maca. Olhei para meu braço direito, pensando que aquilo só
podia ser um sonho. Infelizmente era apenas um pesadelo.
- Oh, você acordou! - Vi que a pessoa que estava sentada na cadeira a minha frente era Vanessa. Onde estavam
os outros?
Foi quando ouvi vozes alteradas. Alguém parecia estar gritando ou discutindo. Tive certeza de que uma delas era
Stacey. Não me contive. Pulei para fora da cama, e, fraco, caí no chão. Eu não estava completamente
recuperado. Enquanto Vanessa falava mil e uma coisas na minha cabeça, vi Samuel entrando na sala. Ele estava
desligando seu celular. Vi que Stacey estava atrás dele, tentando, em vão, limpar sua roupa. Ao me ver caído no
chão, disse:
- Parece que você já está se recuperando. - A garota me ajudou a levantar, enquanto Vanessa voltava as suas
orações, agradecendo pelo fato de eu estar vivo ainda.
- E os outros? Eu preciso encontrar a Emily, a Kat...! - Disse.
- Bem, elas estão aqui dentro. O carro delas está lá fora, mas até agora não as encontramos. É provável que
cheguem aqui dentro de alguns minutos. - Stacey me respondeu calmamente.
Olhei fixamente para Samuel e perguntei:
- Foi você quem fez... Isso? - Eu apontei para as ataduras em meu braço, que impediam que perdesse mais
sangue.
O detetive nada respondeu. Foi quando seu celular voltou a tocar. Ele atendeu, respondendo apenas "sim", "não"
e alguns "hum-hum". Quando desligou o aparelho, olhou para Stacey e disse:
- Parece que é hora de ir. - O Sr. Kent já estava abrindo a porta da enfermaria, quando a bar woman o chamou.
Disse:
- Onde pensa que está indo? Vamos com você!
O detetive sorriu. Disse:
- Tudo bem. Mas agora preciso mesmo ir. Encontro com vocês no saguão da Universidade em duas horas. Tudo
bem?
Stacey moveu a cabeça positivamente. Parece que a discussão ocorrida poucos minutos atrás havia deixado-a
abalada. Disse:
- Ten cuidado.
O detetive piscou para ela e, antes que ele sumisse porta a fora, chamei por ele. Samuel se virou. Eu sorri e
disse:
- Obrigado.

- E onde está o Matt? Ele não estava com a gente?


- Parece que ele não quer saber da nossa companhia. - Vanessa disse.
Eu me dei por satisfeito com aquela resposta.
- Não querendo dar uma de Randy não, mas... Vocês acham mesmo que o detetive volta? - Ao terminar minha

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frase comecei a mexer nas ataduras. Elas estavam me incomodando. Pelo menos eu não sentia mais dor.
Stacey olhou para mim, indignada.
- É claro que volta! O Sr. Kent sabe se cuidar.
Me senti envergonhado pelo que havia dito. Que pessimismo era aquele? E o jogo do contente? Tentei me
desculpar:
- É claro. Podemos ficar contentes, já que ele é experiente e vai voltar trazendo mais sobreviventes! - Eu resolvi
não perguntar o que o detetive fora fazer. Aquele assunto parecia irritar Stacey.
- Você está bem para andar, Kedar?
- Claro. - Respondi. Tive a ligeira sensação que a discussão que Stacey tivera fora com Samuel e que o motivo
havia sido o atraso que eu estava dando a eles. Preferi não demonstrar fraqueza. Eu ficaria bem.
- E... atirar? - Vanessa perguntou antes de Stacey. Tive a certeza de que a bar tender perguntaria exatamente
aquilo.
- Acho que sim... - Menti. Pra começar eu não sabia atirar. E pra piorar ainda mais as coisas eu era destro e o
braço que eu havia perdido era justamente o direito!
- Então toma isso. - Stacey me entregou uma arma. - E coloque isso na sua mochila. - A mulher passou para
minhas mãos um dos coquetéis que ela havia feito na loja do Chuck.
- Está carregada? - Perguntei.
- Está. Eu sei que você não sabe atirar. Na verdade nem eu sei. Mas é fácil. Você só precisa saber que quando
você apertar o gatilho, alguém morre. Então tome cuidado!
Vanessa entregou minha mochila. Eu a abri e retirei de lá um livro. Entreguei para ela e disse:
- Leu esse?
A mulher deu um gritinho. Só naquele momento fui reparar em seu rosto, detalhadamente. Ela era, de fato, um
homem. Não me importei.
- Pollyanna Moça? - Vanessa se referia ao título do livro. - Não! Ai, me empresta?
Sorri. Ela queria ler... Agora?
- Faço melhor. Te dou ele. - Cumprimentei Vanessa com um aperto de mão. Continuei: - Só preciso pegar uma
coisa...
Retirei o livro da mão de Vanessa, e o abri exatamente no meio. Retirei lá de dentro uma fotografia.
- Quem são? - Stacey perguntou, retirando a foto de minha mão.
- Minha... - Me contive. Será mesmo que aqueles da foto eram da minha família?
Stacey se calou. Vanessa perguntou:
- Eles moram aqui em Raccoon?
- Não, ainda bem. - Preferi não me expôr demais. Não tinha sentido algum esconder aquilo delas, mas tinha
menos sentido ainda explicar sobre minha vida. Era melhor deixar tudo como estava.

QUOTE
15 de fevereiro de 1979.

- Pai, nós temos mesmo que ir? - A garotinha perguntava, olhos mareados.
- Sim, filha. Sua mãe não é a melhor pessoa para cuidar de você. - O homem era duro. Seu coração parecia de
pedra.
A garotinha seguiu até perto da cama da mãe, que estava deitada, fraca. Beijou seu rosto e disse:
- Te amo.
A mulher retribuiu o gesto com um longo abraço. Seus olhos estavam completamente molhados, e lágrimas
caiam pelo seu rosto.
- Um dia eu vou te buscar, princesa. Acredite nisso.
A garota não entendia o que aquilo significava, mas concordou. O pai lhe esperava na porta, com sua mochila
em mãos.
- Vamos.

- Bem... Temos apenas aquela arma e estamos em três... O que podemos fazer? - Stacey perguntou. - Eu posso
usar meus coquetéis...
Vanessa olhou para ela, prestes a começar um barraco. Mas a bar woman foi mais rápida:
- Well, tome Vanessa. - Stacey entregou a arma de Kedar para a outra mulher, que sorrindo, disse:
- Brincadeira, mona! - Vanessa retirou de dentro de seu busto uma pistola. Como ela havia conseguido esconder
uma arma... Ali?
- Onde conseguiu isso? - Perguntei. - É a arma do Matt?
- Sim, essa é a arma do Matt. - Vanessa sorriu maliciosamente.
- Pera, pera, pera. Isso tá muito confuso. Como você a conseguiu?

x-x-x-x-x

Nós estávamos seguindo o corredor onde ficava a enfermaria, a fim de encontrar alguma sala de mantimentos
ou algo assim. Tínhamos duas horas pra andar pela Universidade até encontrarmos com Samuel para sairmos
daquele inferno. Enquanto andávamos, perguntei a Stacey:
- Bem, vou te fazer uma pergunta e se quiser não precisa responder, ok?
- Desde que não seja sobre drinks grátis, eu respondo sim!
Sorri. Perguntei:
- Como você veio parar em Raccoon?
A mulher pensou por alguns segundos e depois disse:

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- Bem, eu era estudante de moda. Acabei me envolvendo com as pessoas erradas e... Estou aqui!
Eu estava surpreso.
- Mas... Você é tão inteligente! Poxa, você fala vários idiomas, é extremamente carismática e... Por que
continua nessa profissão?
Stacey ficou quieta. Depois de alguns segundos disse:
- Opa, área restrita.
Resmunguei algo que as garotas não conseguiram ouvir.

QUOTE
30 de setembro de 1983.

A garota tinha novamente os olhos mareados. Ela não chorava desde que havia se separado de sua mãe.
- Então esse... É meu irmão?
Ela tinha uma foto em suas mãos. Nela havia um garotinho baixinho, com o cabelo num estilo surfista e os
olhinhos brilhantes. Ele estava sorrindo. Sorrindo para ela.
- Kedar...
Na parte de trás da carta havia uma dedicatória. De sua mãe.
"Esse é seu irmão, princesa. Espero que um dia vocês possam se encontrar. Com muito amor, mamãe."
- Não se preocupe, mãe. Mesmo que eu tenha que ir até o inferno, encontrarei meu irmão.

- Hei, Kedar, espera! - Stacey gritou para mim.


Eu só consegui ouvir seu grito quando um cão pulou sobre mim. Ele tentava morder meu rosto. Tive medo. Eu
estava segurando seu focinho com minha mão esquerda, tentando evitar que ele a mordesse. Era difícil, pois o
animal tinha uma força descomunal. Ele tinha quatro patas. Eu só uma. Era uma luta injusta, de qualquer forma.
- Não atirem! Eu me viro! - Gritei.
Vanessa chegou próxima ao cão e apontou a arma em sua cabeça. Atirou. O sangue do animal espalhou-se por
toda minha roupa.
- Poxa, eu mandei não atirar! - Só alguns minutos depois fui perceber que eu estava bravo com a pessoa que
havia salvo minha vida!
Stacey e Vanessa nada disseram. Aquele meu machismo não levaria a nada e elas sabiam disso. Foi só nesse
momento que notei um ferimento na mão da bar tender.
- Você foi... Mordida? - Perguntei, com receio. Se aquilo fosse como nos filmes, ela logo se tornaria um deles.
- Não... É nada. - Stacey respondeu.
Vanessa começou a olhar para ela com medo. Instintivamente apontou a arma para a outra mulher.
- Kedar... - Disse.
Eu olhei para Vanessa, encarando-a. Como ela podia ser tão... Fria? Na verdade não era frieza. Ou era?
- Vanessa, pode ir. Eu fico com Stacey.
- QUÊ? - A mulher de vestido amarelo perguntou.
- Faça o que eu digo. Sei que essa frase é batida, e que você deve estar pensando que ficarei a sós com Stacey
para matá-la mas não é isso. Eu só preciso que você saia daqui. Vá procurar Emily e Kat.
Vanessa estava visivelmente indignada com minhas palavras. Não me importei. Tentei ignorá-la, até que, em
silêncio, ela partiu.

- Pronto, Kedar, pode atirar! - Stacey olhou firmemente para mim.


- Tá boba, é? É claro que não vou fazer isso. Tenho uma idéia melhor, venha. Só preciso que confie em mim.
- Eu confio. - A bar woman disse, em tom de coragem.
Estávamos olhando um para o outro quando vejo o chamativo vestido amarelo aproximar-se de nós. Tive medo
do que poderia acontecer. Mas, ao olhar para a mulher, vi que ela estava acompanhada do farmacêutico. Matt
olhou para o ferimento de Stacey e disse:
- Acho que podemos ajudá-la.
Vanessa sorriu para mim. Ela havia encontrado o homem e o convencido a ajudar Stacey. Um feito e tanto.
- Com o sangue desse garoto e a minha inteligência, acho que podemos ir longe.
- O quê? - Vanessa perguntou.
- Nada. Apenas me sigam. Tenho certeza que não vão se arrepender...

FIM

This post has been edited by God Kira on May 27, 2009 10:46 pm

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Minhas fanfics
Resident Evil: A Cidade Maldita
Songfic: "The World" - Morpheus D. Duvall

Vídeos
Jill Valentine
Alexia Ashford

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Árvore de Família
Minhas Princesinhas: Gabrielle R. L., Lívia Maria e Ana Clara.
Genros: Bionic_Wesker e Jose Saurin. | Netos: Rebecca Chambers, Mr. Birkin e Mr. Siegfried.
Bisnetos: *Gigi_Dante* e The Dead. | Tataraneto: Leon S. Kennedy.
Sobrinha: Anahi. | Irmão: lukaslikeavril.
Sobrinhos Netos: Knuckles Dark, LeuÔ! e One Winged Angel.

-Matt Addison- Postado em: May 30, 2009 05:42 pm

Capítulo 22: Evolution

-Meu sangue? – Perguntou o garoto, e tive certeza que estava se fazendo de desentendido.
-Ah, qual é. Você sabe muito bem. Não se lembra dos médicos, do hospital?
-Não! Do que está falando? Podemos salvá-la?
-Vamos andando que ele explica no caminho. –Disse Vanessa.
Começamos a andar, com todos me seguindo. Pelo visto não tinha outra maneira, teria de explicar tudo...
-Escutem, apenas um arranhão é o suficiente para transmitir grande quantidade do vírus, que neste momento
está se multiplicando em suas células, Stacey. Ainda não existe remédio ou cura do tipo que possa detê-lo. O
vírus ataca o sistema imunológico e não há tempo para você criar células de defesa. Apenas uma solução de
anticorpos coletados pode combater a infecção em tempo.
-Então, onde conseguiremos estes anticorpos? – Perguntou Stacey.
-Já conseguimos. Ele tem a cura. - Eu disse apontando para Kedar.
Bravo Team
-Então era por isso que você queria me levar?
-Sim. Você pode salvar a vida de muitas pessoas. É o dia de sorte de vocês. Em troca, é claro, preciso que me
ajudem com algumas tarefas. Depois, posso levá-los a um local seguro e até mesmo a sair da cidade...
Grupo: Membros -Então pelo visto você não é somente um farmacêutico, certo? – Perguntou Vanessa, séria.
Posts: 1262 -Digamos que eu ganhei uma promoção hoje.
Member No.: 310
Joined: June 05, 2005
CRASH - Enquanto andávamos algo caiu em nossa frente, quebrando o vidro do laboratório ao lado. Era uma
criatura horrível, parecida com a da loja.
Carne e o cérebro completamente expostos, língua e garras gigantes....
Porém este era diferente, tinha um tom mais escuro e aparentava ser mais perigoso. Estava grudado na
parede, pronto para atacar.
Assustado, procurei desesperadamente pela minha arma e não a achei.
O monstro já havia avançado, tarde demais. Saltou por cima do garoto. Os dentes gigantescos prontos para
arrancar sua carne.
Na mesma hora, chutei-o com toda minha força, fazendo-o bater na janela de vidro.
Stacey levantou Kedar, mas foi impedida pela língua do monstro. Estava a enforcando, pronta para quebrar seu
pescoço.
-A arma Vanessa, me dê a arma! – Gritei em vão. Ela estava paralisada.
Corri para pegar a arma de suas mãos e atirei. Uma, duas, três, quatro vezes.
Stacey soltou-se da criatura, que havia afastado e estava debatendo-se de dor. Estava sangrando muito, mas
não pelos tiros.
Sua língua estava no chão, Stacey a havia dilacerado com uma faca.
-Corram! –Adverti, enquanto pegava o braço de Vanessa ainda parada.
O monstro ainda não estava morto. Dei mais dois tiros, sem resultado.
Estava correndo atrás de nós...
Avistei uma porta de metal no final do corredor e fechei-a rapidamente quando entramos, deixando o Licker
para trás, arranhando em vão.
Vanessa e eu arrastamos uma caixa pesada e a colocamos para segurar a porta.
Estávamos seguros no local.
Era o corredor dos laboratórios. Estava tudo muito sujo e com o cheiro familiar insuportável de carne em
decomposição. Paramos para recuperar o fôlego.
-Stacey, você está bem? – O garoto perguntou, preocupado.
-Acho que sim – ela disse cansada.
Em seu pescoço estavam as marcas da língua. Aparentemente ela tinha excelentes reflexos para conseguir se
soltar e cortar a língua do monstro sozinha...

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-Vamos, ainda temos que te salvar. – Disse Kedar.


-Eu estou bem, mas para onde exatamente estamos indo? –Perguntou Stacey enquanto limpava sua faca em
uma toalha. – Esta porta não vai agüentar muito tempo...
Era óbvio, precisávamos chegar ao laboratório....
-Sigam-me, por favor. Temos que chegar a uma certa sala.
Andamos até final do corredor, atentos a qualquer sinal de zumbis, e descemos de escada até o nível
subterrâneo.
-Vanessa, por acaso essa arma não é minha? –Perguntei. –Quase morremos agora a pouco por que não estava
comigo...
-Ah ela é sua? Desculpe-me, eu só a achei lá em cima. –Respondeu.
-Compreendo. –Disse com receio.
Ela estava mentindo. Havia roubado a minha arma!
-Então Matt, como você sabe andar por aqui? – Perguntou Stacey.
-Eu? Trabalho aqui. – Disse no momento em que chegamos à sala. – Esse é o meu trabalho mais reservado.

Peguei meu cartão no bolso e passei-o no leitor. A porta abriu-se de cima para baixo automaticamente, e depois
que entramos trancou-se sozinha.
Logo após, pude sentir o ar ficando cada vez mais pesado, e um gás verde começou a sair dos tubos de
ventilação.
-Segurança contra B.O.W.S., estaremos em segurança aqui.
A sala estava completamente limpa e organizada. Nenhum sinal de infecção.
Vanessa deixou-nos a sós e foi para o banheiro calada. Kedar e Stacey sentaram-se no sofá, descansando.
Mesmo não se conhecendo direito, os dois possuíam uma afinidade impressionante, e a Bar-Woman parecia
preocupar-se bastante com ele. Nesse estado eu já o teria deixado sozinho se não fosse pela sua importância.
Abri o armário e peguei todos os materiais de coleta e dois Sprays de primeiros socorros.
-Utilize no seu corte, Stacey. Vai facilitar o trabalho, e coloque os esparadrapos. –Ordenei.
Ela fez o que pedi e Kedar guardou o outro spray em sua mochila.
-Agora vamos começar. Dê-me seu braço, garoto.
Limpei o seu braço, peguei a injeção e apliquei. Ele não se intimidou, a agulha não deveria ser nada em
comparação à dor do braço amputado.
O sangue foi enchendo cada uma das cinco ampolas de coleta. Removi o material e coloquei algodão no furo.
-Isso deve ser o suficiente. Agora, qual é o seu tipo sanguíneo Stacey?
-É AB positivo. –Garantiu.
-Ótimo, acho que vai servir. Mas vou coletar um pouco assim mesmo.
Peguei seu braço e retirei duas ampolas de sangue. Guardei uma em minha mochila e usei o outro para o
experimento.
Coletei três gotas de sangue e misturei com os anticorpos anti-A e anti-B da lâmina. O resultado foi satisfatório.
-Não houve aglutinação, para sua sorte. Podemos fazer uma transfusão.
-Como podemos ter certeza de que dará certo? –Perguntou Kedar, espantado.
-Bem, não tenho certeza absoluta se dará certo, pois tudo isso está um pouco além dos meus conhecimentos.
Mas não temos outra saída.
-Eu não me importo, pode continuar Matt. –Disse Stacey - É a nossa única opção, o vírus já está se
espalhando...
-OK. Agora, antes que comece, já vou te avisar. Você não poderá ser infectada novamente. Este soro não pode
ser injetado duas vezes, ou você morrerá.
-Tudo bem, eu não vou deixar que nada aconteça a ela. –Garantiu o garoto enquanto a ajudava a sentar na
cadeira.
Peguei seu braço e injetei a agulha com cuidado no pulso, tampando com algodão. Não queria ter contato com o
sangue infectado dela...
Regulei o controle e apliquei o sangue na bolsa. Correu lentamente pelo tubo até a agulha. Pude sentir
desconforto nela.
Os dois ficaram calados e Kedar estava segurando sua mão, preocupado.
Deixei-os a sós e juntei-me a Vanessa, que estava sozinha na mesa observando um monitor.
Sentei-me no banco ao lado. O monitor mostrava algumas imagens das câmeras de vigilância da universidade.
Alternei entre elas. Hall, salas de aula, biblioteca, laboratórios...
Somente zumbis vagando pelas salas, nenhum sinal dos outros sobreviventes.
Ficamos um bom tempo calados, observando. Fui dar uma olhada em Stacey, parecia estar tudo bem, mas o
processo iria demorar.
Voltei para o computador e continuei a olhar as câmeras. Aos poucos, minha visão começou a escurecer e eu
perdi a consciência.
Acabei adormecendo.

Acordei com o som de Vanessa jogando Pinball no computador. Levantei-me em um salto, assustado.
Ela não se distraiu um pouco sequer. Olhei para Stacey e Kedar, eles pareciam ter adormecido também.
Dormir era o que mais queria no momento, mas não era algo que poderia ocorrer enquanto estivesse na
cidade.
Abri minha mochila e peguei mais um comprimido de anfetamina, talvez me deixasse acordado por mais um

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dia...
A dor em meu estômago acusava que eu também estava com fome. Lembrei-me de que havia comida no
pequeno refrigerador.
Abri-o, e para nossa sorte, havia algumas barras de chocolate e refrigerante...
Distribuí-os para Vanessa. Ela agradeceu e quase chorou de alegria.
Levei para Kedar, que não estava mais dormindo e coloquei as outras no colo de Stacey, ainda adormecida.
Removi a agulha, o processo já havia acabado. E por sorte havia dado tudo certo.
Uma ponta de preocupação tomou conta de mim.
Quando eu havia me tornado tão gentil com as pessoas?
Livrei-me dos pensamentos e saboreei o fast-food. Imaginei a glicose entrando em meu sangue...

Discretamente, guardei as amostras de sangue restante dos dois e voltei-me para Vanessa.
Ela continuava no computador...
-Como pode jogar numa situação dessas? –Perguntei.
-Por quê? Tem algo mais divertido? –Perguntou, animada.
-Não, não tem. Posso dar uma olhada nas câmeras? –Fechei a janela antes que ela pudesse responder.
Abri o console e chequei as imagens. Salas limpas, laboratórios ok, corredor...
Havia algo no corredor. Uma enorme massa vermelha vinha em direção à sala.
-É ele, ele veio atrás de nós! - Vanessa apavorou-se.
Aumentei o zoom e percebi o que era. Era o Licker!
E sua língua estava lá novamente, maior e mais grossa. Não só isso, ele estava diferente... Gigantesco,
assustador.
Estava mutando!
-Temos que sair daqui, agora!!!

Continua...

--------------------

BloodCold Postado em: May 31, 2009 02:26 pm

Capítulo 23: I have no mouth, and I wanna scream.

A primeira parte deste capítulo se passa durante os eventos narrados no Capítulo 21.

Como era o nome daquele garoto, mesmo? Acho que havia ouvido alguém falando “Kedar”, ou algo assim. Seu
braço direito havia sido arrancado, e ele jazia – perdido entre o consciente e o seu inconsciente – entre os meus
braços. Havia sangue por toda a minha roupa, manchando o sobretudo que eu tanto gostava de usar. Não que eu
fosse muito detalhista com roupas, mas eu me sentia bem usando aquele casaco… mesmo estando em pleno verão.
Stacey me acompanhava, seus olhos exibindo uma distinta preocupação acerca do garoto. Ele estava mesmo vivo?
Ainda respirava. Eu espero que não estivesse infectado, ou eu estaria carregando um canibal nos braços. E a outra
“moça”, Vanessa… não parecia tão segura, principalmente no modo como observava, inquietamente, todas as
direções possíveis.

- Eles… eles estão por todos os lados, Jesus!—exclamou Vanessa, quase sussurrando.

Mas o que mais me parecia suspeitável, era aquele “Matt”. Não sei… havia algo nele, algo que me fazia ficar alerta.
Policial do R.P.D. Em minha profissão, esses anos todos como detetive, aprendi que não devo confiar em ninguém. O modo como
Matt parecia olhar para nós, e o jeito como ele conhecia perfeitamente os corredores da universidade – nos levando

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até uma área “segura” – eram coisas que me deixava desconfiado. Além do mais, ele não parece ser um simples
farmacêutico.

Grupo: Escritores - Temos que ir rápido... – Eu disse, sem saber ao certo se os outros prestaram atenção - Tem idéia de quanto
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Member No.: 1087 sangue esse garoto perdeu?
Joined: June 09, 2007

***

Ao chegarmos na Enfermaria da universidade, a primeira coisa á fazer – logo depois de deixar Kedar em uma cama
provisória – foi verificar se haviam outros mortos naquela área. A enfermaria era um local que fedia á remédios e
desinfetante, e eu mal podia ver a hora de sair daquela sala. Stacey verificou embaixo das camas, enquanto Matt
analisava, meticulosamente, a quantidade de remédios e drogas em um armário. Ele estava mesmo pegando
seringas? “Que cara estranho.” Vanessa tomava conta de Kedar, tentando acalmá-lo… mesmo ele estando
inconsciente.

Foi então que eu senti o celular tocar novamente, dentro do casaco. Sem chamar a atenção dos outros, fui na
direção da porta e sai… na sala anterior á Enfermaria, um pequeno corredor mal-iluminado (aliás, toda aquela área
da Universidade parecia estar com problemas de iluminação). O número no celular era o mesmo de antes… o
Observador.

- Parece que você conseguiu chegar na Universidade bem á tempo. – a voz do outro lado da linha disse.

- Sim, e eu ainda me pergunto se eu deveria ou não confiar em você—eu disse—Não sou muito fã de pessoas que
não mostram seus rostos…

- Oh, mas precisamente nesse momento uma grande distância nos separa, Senhor Kent – disse ele—Mas mesmo
assim, eu ainda estou observando vocês.

Olhei para o fundo do corredor. Acima de uma das portas, estava uma câmera de segurança, apontada
diretamente para mim. Sim, ele estava nos observando.

- Foi uma péssima jogada ter trazido aqueles sobreviventes com você. Eles só vão atrasá-lo em seu objetivo.

- Oh, Senhor Observador… talvez você tenha se esquecido de que esse jogo não segue sempre as suas regras.

- Que seja. Mas eu não acredito que você possa ir acompanhado daqui em diante…

- Um conselho… pare de perder o meu tempo, e vá direto ao ponto. – Eu não gostava nada-nada daquilo. Por que
eu tinha que cooperar com aquele homem? Será que eu não poderia terminar essa investigação por mim mesmo…?
E além disso… escapar dessa cidade sem a ajuda do “Watcher”?

- [i] Mackenzie Sunderland está escondido na Universidade. Ele está lá… bem á sua espera.

Repentinamente, a porta da Enfermaria abriu-se e Stacey surgiu, andando na minha direção. Ouvi o som do
telefone ficar mudo… com certeza O Observador havia visto a entrada repentina da bar woman.

- Quem era no telefone?—Ela perguntou, encostando-se na parede ao meu lado.

- E isso te interessa?—Eu perguntei, guardando o telefone no bolso—Humpf…

- Por que você tem que agir desse jeito, Samuel? Não está vendo a nossa situação? Poderíamos usar o seu telefone
para pedir ajuda… ou melhor, para avisar que as coisas estão feias aqui em Raccoon!

- Simplesmente… não é possível.

- Não é possível… você não pode, ou você não quer?

- Como está o garoto, o Kedar? – Aquilo foi um desvio de assunto, fato.

- Ele está bem… está inconsciente. Além do mais, está fraco, e precisamos tratar urgentemente daquela ferida no
braço dele.

- E como você está?—Perguntei, cruzando os braços e tentando evitar olhar para o rosto dela.

- Sobrevivendo—Ela respondeu, dando meia volta e retornando á Enfermaria.

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Esperei alguns instantes, imaginando se o Observador iria voltar á ligar para mim. E ele estava prestes á dizer algo
importante. Mackenzie Sunderland, onde você está escondido, seu bastardo… ?

Ao retornar para a Enfermaria, pude ver o olhar de inquietação estampado nas faces de todos. Vi inseguranças,
incertezas… medos… suspeitas. Matt levantou-se da cama onde ele estava sentado, caminhou em minha direção…
seus olhos fixaram-se nos meus, e pude sentir uma ligeira ameaça no modo como ele me olhava.

- Tome cuidado quando estiver andando por aí, Senhor Kent—ele disse. Como ele sabia meu nome? Talvez Stacey
tivesse contado—Essa Universidade pode ser muito traiçoeira, especialmente á noite. Os corredores estão com
problemas na iluminação e…

- Agradeço a sua preocupação—Respondi, friamente, detestando aquela tensão no ar.

Pouco depois de Matt deixar a sala, Kedar começou a reagir. Estava acordando. Será que ainda lembrava-se de que
havia perdido um de seus membros superiores? Ainda bem que não foi uma perna, ou algo assim… não poder
correr, em uma situação como essas, seria algo terrível.
Vanessa inclinou-se sobre Kedar, a face dela claramente animada ao vê-lo acordar. Ela (ainda acho estranho
chamá-la assim, posto que Vanessa tinha uma feição ligeiramente… masculina.) sorriu, dizendo coisas como
“Finalmente você acordou” ou “Não se mova muito, está ferido.” Parecia ser o tipo de pessoas que se preocupa com
outras, inclusive quando estão em situações não muito confortáveis.
Senti o celular vibrando no bolso do sobretudo. Afastei-me um pouco dos outros, sob os olhares atentos de Stacey,
e coloquei o aparelho telefônico próximo do rosto.

- Não diga nada, apenas “Sim” ou “Não”. – Dizia o Watcher. Observador.—Entendeu?

- Sim.

- Perfeito. O Senhor Sunderland está escondido na área da Biblioteca, mas esta está trancada… você precisará
encontrar uma chave, que está no escritório do Reitor.

- Sim.

- Por acaso pretende levar todas essas pessoas com você?

- Não… não.

- Acredito que seja melhor… tanto para você, quanto para eles. As câmeras de segurança estão exibindo a presença
de muitas daquelas criaturas no seu caminho até a Biblioteca. Espero que ainda seja bom em sua mira, como
sempre foi.

- Huhum.

- Entrarei em contato assim que você conseguir as chaves.

Telefone mudo.

- Parece que é hora de ir.

***

Com minhas mãos um tanto trêmulas, abri as portas de vidro da Ala da Administração da Universidade. O chão,
que um dia fora de impecável mármore branco, agora estava coberto por manchas vermelhas e por lixo. Era a
visão do inferno.

O corpo de uma mulher estava caído sobre a mesa, na recepção. Cabelos, carne e sangue misturavam-se com
canetas, clipes de papel e papéis manchados de rubro. O rosto dela estava coberto de arranhões, os óculos
quebrados – o vidro enterrado na testa da pobre secretária.

- E agora para onde…?—Perguntei, olhando para os lados. Haviam algumas portas de vidro que levavam á uma
sala cheia de escrivaninhas, e um lance de escadas que conduzia ao segundo nível. Quando dei o primeiro passo em
direção dos degraus, o braço da secretária ergueu-se, sua boca repleta daquela baba, ensopando os formulários
embaixo de sua face. Suas mãos, os dedos finos e rígidos tentavam me alcançar…

Apontei minha arma para o rosto dela, e pressionei o gatilho; Não havia humanidade em meus atos, assim como
não havia humanidade naquela coisa bem á minha frente. Ela estava morta… era só. O tiro acertou em cheio a
testa da secretária, explodindo o crânio em um jato de sangue e pedaços de massa encefálica.

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Ouvi o som de baques contra o vidro. Naquela sala anexa á recepção, três mortos-vivos batiam desesperadamente
contra a porta de vidro, trancada. Quanto tempo aquilo iria agüentar? Eu não iria ficar para saber…

- Eu nunca mais quero voltar para esse lugar!—Disse, em direção das escadas.

Mas… mas o que era aquilo? Parecia uma garota… bem no final do corredor. Suas mãos estavam cruzadas diante
do peito, a face iluminada por algumas lâmpadas enfraquecidas, visivelmente amedrontada. Ela parecia familiar…

- Não! Saia de perto de mim!—Ela gritou, saindo correndo no ato.


- Hey! Espere…!

- Fim do Capítulo.

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Steve Burnside, Resident Evil: Darkside Chronicles.


- "I'll be always there. Your knight in shining armor."

Minhas Fanfictions:

- Sr. e Sra. Kennedy


- Resident Evil: Nemesis {Blood's Cut}
- O Beijo
- Deixe me ficar com você
- Um dia de nossas vidas
- Fighter! (Songfic)
- Resident Evil: Last Chance
- Rebecca's Letter
- Lady in Red Dress: A Espiã que não podia morrer
- Lady in Red Dress X: Fatal Butterflies
- Claire

Outras Fanfics minhas aqui!

Pedro Postado em: June 02, 2009 08:42 pm

Capítulo 24: Universitário.

-Anahí? Acorda, por favor... Droga, a única pessoa que sabia atirar aqui adormeceu, que ótimo!

Voltei a olhar para a estrada, as ruas largas agora pareciam calmas e seguras, estava voltando ao meu ponto
de partida, a universidade, o vírus parecia não ter chegado ali ainda.

-Pelo menos é o que você pensa Mattew. –Disse a mim mesmo.

Pisei fundo no acelerador, o carro estava a nada menos que 82 Km/h e eu tinha medo de bater bruscamente,
não sabia como funcionava...

-Anahí... Eca...

Policial do R.P.D. Alguma coisa estava saindo do buraco da perna dela, parecia uma gosma, ela estava muito mal e tudo o que eu
menos precisava era que ela morresse, talvez nem tanto porque ela estava me cobrindo nos tiros, mas porque
poderia encontrar Mackenzie e como ela havia mencionado, ele é a chave de tudo.

Grupo: Escritores -Meu... Meu... –Ela pareceu dar algum sinal de vida.

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Posts: 299
Member No.: 2131
Joined: October 19, 2008 -Anahí, você está bem? –Perguntei sem desviar o rosto da estrada.

-Irmão... Eu...

Achei que fosse melhor não tentar, deixaria delirando até chegarmos ao destino final e depois a acordaria.

-O que você sente? –Perguntei calmamente.

-Um forte formigamento no ferimento eu acho...

-Bom só isso?

-Não... Sei...

Estávamos chegando, conheci muito bem as ruas que levavam à universidade, eu olhei o velocímetro e o carro
estava a 130 Km/h.

Pisei no freio, o movimento me impulsionou para frente e o mesmo aconteceu com Anahí que quase bate com a
no banco do carona.

-Mattew... Prometa-me que vai me ajudar a por um fim na Umbrella...

Olhei assustado para Anahí, para ela me pedir uma coisa dessas só delirando mesmo.

Coloquei a mão na sua testa e ela estava com febre, devia ser alguma reação ao vírus.

Foi então que se passou pela minha mente, o que poderia ter passado muito mais rápido se eu tivesse prestado
atenção nos detalhes. Aquilo era um vegetal e pelo o que eu sabia até agora o vírus só podia ser transmitido por
mordidas o que implicava no contato de sangue e se era um vegetal...

-Anahí o que você está sentindo? –Perguntei ainda com o carro parado, precisava pensar com calma, pois a
pressa não leva a lugar nenhum, porém, precisava chegar à universidade o mais rápido possível onde teria
recursos para cuidar dela.

Mas como eu iria cuidar dela sem saber o que é?

-Formigamento... Cansaço...

Eu ainda estava pasmo, a mulher que se demonstrava durona pra mim parecia uma criança ali naquele estado,
a mulher que enfrentou isso uma vez e sobreviveu estava ali, inútil...

Mas não podia arriscar, eu não sabia ainda como o vírus agia então não iria descartar a possibilidade de ela
estar infectada, mas se a planta fosse carnívora poderia ser uma substância própria dela para matar suas
presas.

Senti que eu precisaria aprender a atirar, eu nunca tinha pegado em uma arma de fogo na vida a não ser hoje e
tinha que matar aquelas coisas ou morreria com Anahí nos braços e jamais iria conhecer a verdadeira Umbrella
que passou anos me iludindo com simples comprimidos de dor de cabeça e agora aparece com um vírus que
traz mortos de volta a vida.

-Chega garoto... –Começou ela com uma voz fraca. –Me leve para a universidade ou quer que eu morra?

Foi bom ela ter me lembrado, eu poderia passar a noite toda ali levantando hipóteses sobre o que ela tinha
enquanto ela morreria lentamente.

Passei o câmbio e acelerei, o carro estava novamente ganhando velocidade até que em fim eu vejo o conhecido
estacionamento, olhei para Anahí e ela estava inconsciente.

Ela não podia ficar inconsciente, se fosse um vírus tomaria conta do corpo dela em minutos, aliás, se fosse o
T-Vírus concerteza tomaria o corpo dela em minutos e eu reveria aquela cena que fez o carro bater só que com
a Anahí agora e eu perderia de conhecer a Umbrella pra sempre.

Parei em uma das vagas no estacionamento que estava completamente vazio exceto por um ou dois carros que
estavam em vagas distantes, abri o porta-luvas e para a minha sorte e a de Anahí havia ali uma pequena caixa
branca com uma cruz vermelha desenhada na frente. Sorri.

Peguei a caixa e saí do carro tirando Anahí em seguida e a deitando no chão do estacionamento.

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-Anahí acorda... –Disse balançando o corpo dela.

-Ai... Garoto não faz isso... –Falou com uma voz muito fraca.

-Ótimo!

Abri o kit médico, procurando gaze e algodão, encontrei a gaze e um tubo branco.

Senti o peso familiar do tubo que eu usava constantemente nas aulas de primeiros socorros e mirei no
ferimento, pressionei o botão e um líquido em forma de spray se espalhou pelo ferimento o tornado menos
nojento.

Envolvi o ferimento com a gaze e procurei alguma coisa para animá-la na mochila, encontrei salgadinhos,
munição, refrigerantes, uma granada e algumas bebidas energéticas.

-Tome isso! –Eu disse abrindo uma lata de uma bebida energética.

-Vai me deixar bêbada agora?

Eu levei na brincadeira, mesmo com ela tendo delírios eu ri.

-Okay, beba! –Eu sorri.

Eu encostei a lata na boca dela e ela pareceu beber alguns goles e depois parou.

-Tome mais!

-Vai me deixar bêbada?

-Tem pouco álcool, é só pra te dar mais energia.

-Não quero mais!

-Só mais um pouco, tome.

-NÃO!

-Okay, vamos ver se consigo levar você para a parte de medicina. –Disse ainda assustado com o grito dela.

-Eu quero ver o meu irmão, preciso ver como ele está.

-Você vai ver, ele está lá. –Menti.

Entrei no carro e peguei o meu livro de bioquímica, segurei cuidadosamente na mão enquanto voltava e apoiava
Anahí sobre meu ombro, eu consegui levá-la com facilidade, ela não pesava muito e melhorou quando eu
coloquei a mochila dela nas minhas costas.

-Larga esse livro!

-Mas ele é muito importante para mim.

-O que tem nesse livro?

-Okay eu vou te dizer.

-Ah finalmente uma explicação. –Ela falou com uma voz fraca.

Eu abri um largo sorriso, ainda levando ela em direção ao prédio de medicina.

-Bom esse livro é sobre bioquímica, biologia celular e vegetal...

-Continue explicando... –Disse ela ainda com a voz fraca.

Eu não acreditei, o livro que estava em minhas mãos o tempo todo tinha alguma coisa sobre vegetais, como eu
não havia pensado nisso antes.

-Explica droga! Eu quero saber como você pulou do carro em movimento.

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Ela estava realmente delirando, me perguntou sobre o quê era o livro e não como eu pulara do carro.

-Eu não sei com fiz aquilo. –Eu ainda pensei em tirar o tubo de comprimidos do meu bolso, mas não o fiz.

Agora eu já entendia o que havia acontecido, mas não era à hora certa e a pessoa certa pra quem eu devesse
contar, se a Anahí soubesse...

-Quanto mais convivo com você mais tenho certeza de que está escondendo alguma coisa de mim.

-Acho que não...

Ela sabia, concerteza poderia pelo menos desconfiar do meu plano e mais cedo disse até que podia estar
dançando com o inimigo o que significava que ela poderia desconfiar que se fosse preciso eu a trairia.

-Espera... Eu acho que vou desmaiar.

-Agüenta mais um pouco, estamos perto.

Ela tinha sorte de se unir a alguém que fosse universitário.

Finalmente abri a porta, o lugar estava totalmente bagunçado e vazio, marcas de sangue estavam espalhadas
por todo lugar, havia uma mesa partida e uma estátua decapitada, eu fiquei calmo, mas Anahí pareceu se
preocupar um pouco, pois tentava se soltar.

-Anahí espera... Não se solte.

Foi como dar a ordem inversa, ela se soltou e começou a avançar lentamente segurando a perna ferida em
direção a outra porta, eu apressei o passo e a apoiei no meu ombro novamente.

-Me larga! –Ela ainda estava com a voz fraca.

-Não deixarei você morrer.

-Você é tão indefeso quanto eu estou agora.

Só agora vi a porta pela qual devíamos entrar, ela estava totalmente cheia de marcas e arranhões, eu ainda
não havia descoberto que coisa era capaz de fazer marcas com aquelas.

-Vamos!

Continuei apoiando ela pelo ombro, parecia mais fraca agora e estava enfraquecendo mais, eu tentei abrir a
porta, mas estava trancada.

-Ótimo.

Ouvi alguns passos atrás de mim e me virei automaticamente procurando quem era o dono dos passos e
vislumbrei alguma coisa, não parecia bem humano, mas ainda tinha alguns traços, estava só de roupa de baixo
e parecia... CINZA!

Anahí levantou a arma, mas sem força, eu tentei levantar a minha, mas não rápido o suficiente, a coisa correu
até mim e desferiu um golpe que por pouco não pegou no peito. Anahí caiu, mas não sofrera nada.

Eu estava caído no chão, um pouco mais longe do que Anahí, eu não havia sido atingido pelo golpe, mas o meu
livro...

Olhei para o livro e vi os fortes arranhões na capa, estava rasgada e o golpe fora tão forte que, mesmo com
uma capa muito dura, havia rasgado algumas páginas também. Odiei aquela coisa depois disso.

Ele estava perto demais de mim, levantei e corri até o outro lado do hall o que me deu um pouco mais de
tempo, puxei a granada de dentro da mochila e joguei naquela coisa.

O monstro continuava se movendo lentamente na minha direção e foi aí que percebi, não puxara o anel da
granada.

Mas uma vez a morte estava cara a cara comigo, eu vi Anahí se arrastando até a granada, o monstro avançou
na minha direção.

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Corri até a porta toda arranhada, o monstro corria atrás de mim até que senti um forte impacto quente unido
de um barulho terrível de explosão que me jogaram violentamente contra a parede, a dor foi muito forte, meus
pensamentos estavam confusos.

Caí terrivelmente no chão, o monstro também havia caído, mas não morrera, estava se debatendo, a porta
parecia ter sido arrancada das dobradiças com a explosão, Anahí estava mancando até lá, eu me levantei
dolorosamente e comecei a andar lado a lado com ela.

-Vamos! –Disse ela olhando pra mim. –Você parece mais fraco que eu.

-Nah... São só minhas costelas, minha barriga, minha cabeça, meus braços, minhas pernas... –Eu sorri.

Ela também sorriu.

Entramos na sala seguinte quase que nos arrastando.

Fim do Capítulo

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set by eu xD!
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Barrinhas perfeitas feitas por God Kira, valeu God!


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My Fanfics:
Biohazard Space
The True Love
Resident Evil Code: Sherry

Não custa nada perder alguns minutos para lê-las.


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Resident Evil Code: Sherry 14° Capítulo postado!

Se eu desaparecer eu ainda estou vivo, é que estou muito cheio de trabalhos na escola!

Jejé Postado em: June 05, 2009 07:54 pm

Capítulo 25: Smooth Criminal

QUOTE
- ... rida, acorde. Vamos querida! É hora do café da manhã.
Alguém chamava. Comecei a recobrar vagarosamente minha consciência. Abri os olhos. Uma voz familiar. Minha
visão um pouco embaçada. O sol batia em meu rosto. Olhei para uma figura ao meu lado. Ali, jazia uma mulher,
sentada sobre uma cadeira. Sentei-me enquanto esfregava as mãos no rosto. Só então, olhei bem para ela. A
mulher. Sorri.

- Que bom que acordou querida. – dizia ela devagar, suavemente - Bem vinda de volta!

No mesmo instante, a porta do quarto se abriu. Um homem apareceu. Caminhava devagar em nossa direção.
Não. Veio em minha direção. Olhava-me fixamente. Aqueles óculos quadrados... Olhei para a mulher. Ela sorria
para mim. O homem... Ah, ele já havia se aproximado o bastante para eu não perceber suas ações. Quando me
dei conta, ele estava sentado na cama, bem ao meu lado. Inclinou-se. Beijou minha testa. Senti sua barba, seu
bigode, pinicar em minha pele.

- É bom tê-la de volta, filha.


Alpha Team

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- Stacey!

Alguém me chamava. Novamente. Minha consciência começou a voltar. Lentamente. Lentamente. Meus olhos
Grupo: Administradores estavam pesados. Tinha muito sono. Mas... A voz... Não era aquela mesma voz suave e vagarosa. Eu não sentia
Posts: 2650
Member No.: 779 mais a minha testa formigando. Não. Esta voz de agora era grave. Era real.
Joined: September 14, 2006

- Stacey, acorde! Rápido!

Abri os olhos, devagar. Inclinei a cabeça. Comecei a recobrar os sentidos. Me senti desconfortável. Estava em uma
cadeira de escritório. Avistei Matt, embaçado em minha visão, vindo rapidamente em minha direção. Ele se
aproximou e retirou a agulha em meu pulso adormecido, sobre o braço da cadeira. Senti uma pequena dor quando
ele retirou o aparelho. Isto fez com que eu recobrasse todos meus sentidos de uma vez só. Para completar, me
sentia um tanto fraca. E com fome.

- Nós temos que ir!

- O que, por quê? – questionei um pouco confusa.

Ouvi um estrondo na direção da porta. Um grito insuportável. Um rosnar feroz e ameaçador. Algo estava tentando
entrar a força na sala onde estávamos. E parecia enorme.

- Aquele licker... – disse Matt, enquanto arrumava sua bolsa, dando uma breve pausa, como se tivesse percebido
algo – Aquela criatura, que você cortou a língua ficou zangado e mutou. Ele ficou enorme e está querendo se
vingar. E nós temos que sair daqui. – concluiu sem delongas.

- Mas como? – questionei mais uma vez.

- Aquele duto ali. – Matt apontou para a parede do outro lado do recinto. Havia um duto de ventilação aberto e de
forma quadricular, grande o bastante para caber uma pessoa – Entrando ali, sairemos na sala ao lado. Por ali
podemos fugir.

Quando Matt concluiu sua fala, eu olhei para Kedar. Ele estava sentado em uma cadeira, perto a mim.
Extremamente pálido. Não poderia ser diferente, afinal, ele havia perdido sangue, e ainda havia doado um pouco
do que sobrou para me salvar... Eu nem saberia como retribuir por aquele ato. Foi então que Vanessa surgiu por
uma entrada nos fundos da sala. Caminhou na direção de Kedar e o ajudou a se levantar. Seguiu com ele na
direção do duto. Subiram em uma mesa por onde alcançaram tranqüilamente o recurso.

POW!

Tomei um susto com mais um estrondo que se seguiu. Aquela sensação me fez despertar de vez. O tal “Licker”,
como Matt o tinha chamado, parecia estar furioso, parecia se jogar contra a porta para abri-la. Será que
conseguiria?

Matt seguiu na direção do duto. Levantei-me rápido para acompanhá-lo. Barras de chocolate caíram no chão. Eu
não entendi aquilo. Não estava processando as coisas muito bem ainda. Senti uma leve tontura. Acreditei que fosse
devido ao sangue que Matt retirou de mim.

TAC!!

Outra investida. Uma tão forte quanto à anterior. Certamente aquela coisa iria conseguir adentrar o local. Mas e se
conseguisse e então o que faríamos depois? Ele estava nos caçando afinal. Não nos deixaria escapar tão fácil. E ter
um monstro em nossa bota, não era a melhor opção no momento. Não tínhamos armamento pesado o suficiente
para combatê-lo. Será que não havia nada que poderíamos fazer? E se eu usasse meus coquetéis? Nah... Não seria
o suficiente. A menos que tivéssemos algo que ampliasse a proporção do fogo quando este se espalhasse, e...
Espere! Claro, por que não pensei nisso antes?!

- Matt! Matt!! – evoquei um tanto angustiada pelo farmacêutico, que já estava prestes a subir na mesa e seguir
com o “plano de fuga”.

- O que é? – retrucou nervoso.

- Aquele gás ‘anti alguma coisa’ que você mencionou quando entramos... Ele sai por onde?

Matt me olhou intrigado.

- Isso é hora de fazer uma pergunta dessas?? Anda, vamos sair daqui! – respondeu exaltado.

- Não, espere! Essa coisa vai continuar nos seguindo, temos que atrasá-lo um pouco.

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Sentimos mais um estrondo na porta. Aquela criatura logo estaria dentro do local. Outro grito foi emitido. Era como
se aquele monstro estivesse dizendo: “Eu sei que vocês estão aí dentro, e eu vou devorar a todos!”. Eu me arrepiei
só de imaginar. Matt me olhava intrigado e assustado.

- O gás sai por várias aberturas ao longo deste laboratório, garantindo que alcance todo o local de uma só vez. Mas
ele não tem muito efeito sobre as criaturas, se é o que está pensando. – concluiu, já subindo na mesa.

- Oui, je suis! Eu acho que posso dar um jeito nessa coisa... Ganhar mais tempo – eu me aproximei de Matt.

O mesmo me ajudou a subir na mesa, me puxando pelo braço, ainda que mantivesse a mesma expressão confusa
em sua face. Adentrei o duto na frente de Matt.

X-X-X

Quando Matt terminou de passar pelo duto, eu ouvi um barulho. Um estrondo ainda maior. Parecia que a “coisa”
havia conseguido adentrar o laboratório ao lado. Como, eu não fazia idéia. E também não perderia muito tempo
imaginando. Peguei um de meus coquetéis molotov, juntamente com meu isqueiro em um dos bolsos de minha
calça. Já podia visualizar o gás verde adentrando pelo duto no local onde estávamos. Um bom sinal. Indicava que o
gás já havia se espalhado bastante.

- Vocês todos, se abaixem!

Kedar estava sentado no chão, ainda pálido e fraco. Vanessa estava ao seu lado, amparando-o. Matt permaneceu
do meu lado.

Ouvi um grito ensurdecedor. A criatura certamente deveria estar brava por não a termos recebido como ela bem
queria. Acendi o coquetel. Não havia necessidade para desespero e nem rancor. Eu certamente receberia aquela
criatura de uma forma melhor. Uma forma mais calorosa.

Olhei para o duto de ventilação. Calculei bem. Ele não era longo. Pelo contrário. Possuía quase a mesma espessura
da parede. Joguei o coquetel pelo duto. BOOOM!!!

Eu mal consegui reagir. Só tive tempo de me agachar e tampar os ouvidos. O fogo tomou conta de tudo, quase
instantaneamente. Faiscou no teto onde estávamos. Não chegou a causar incêndio. Contudo, o impacto da explosão
fora tão grande, que rachou a parede do lado onde estávamos. Olhei para Kedar e Vanessa do outro lado da sala.
Ambos estavam com os ouvidos tampados também. Matt estava no chão, quase que ainda ao meu lado.

Após alguns instantes, eu me levantei. Matt se recompôs junto a mim. Ele limpou sua roupa com uma das mãos. E
com a outra, arrumava uma estranha e moderna caneta, presa em seu paletó.

- Parece que a explosão vai atrasar a criatura por mais algum tempo. Nós podemos ir para bem longe daqui agora!
– exclamei sorridente e otimista.

Matt e eu nos dirigimos na direção de Vanessa e Kedar. Os ajudamos a se levantarem.

- Se sentem bem?

- Estou um pouco melhor.

- Eu estou bem. – respondeu Vanessa logo em seguida – Quero sair daqui, o clima está muito tenso! Vamos sentar
no porco logo!

Esbocei um baita sorriso na face. Não havia como resistir. Quem no mundo usaria gírias daquela forma?
Certamente, apenas Vanessa, aquela figura tão única e protetora ao nosso lado. Eu devia muito a ela...

Matt se dirigiu para uma pequena mesa de pesquisas em um dos cantos da sala. Começou a verificar sua bolsa.
Conferindo algo. Comecei a observar o local. Era uma sala pequena. Possuía algumas plantas, no chão, um
pequeno freezer com potes e recipientes químicos. Ao lado, a mesa onde Matt conferia sua bolsa, estava coberta
por papeis, canetas, pranchetas e alguns potes abertos... Potes? Aqueles potes chamaram minha atenção.
Aproximei-me para conferir o que era. Peguei. Eram de vidro. Possuíam uma adesivo amarelo, com uma pequena
descrição: “acido químico”. Certamente perigoso. Além disso, jazia uma cadeira no chão, com as pernas para o ar,
literalmente. A porta que nos guardava era de metal. Do outro lado da parede, havia uma vidraça. Pude avistar
algumas cápsulas e tubos do outro lado. No cantinho da sala, adjacente á onde e Matt e eu estávamos, havia uma
pequena estante modular, com quatro portas fechadas. Acima deste, havia uma máquina de escrever. Estranho,
um local tão moderno contendo um objeto como aquele. Certamente o pesquisador desta sala possuía um gosto

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bem peculiar.

- Acho que podemos ir agora. – indagou repentinamente o farmacêutico, se dirigindo para a saída do local.

Antes que Matt pudesse abrir a porta, ouvimos mais uma vez o grito. Aquela criatura ainda estaria viva?? Mas
como??! A explosão fora grande! Não tive outra reação a não ser medo.

- O que faremos agora? – perguntei angustiada.

Matt olhou para Kedar de Vanessa. Voltou-se para mim.

- Teremos que enfrentá-lo.

- Mas como? – questionei.

- Vanessa, você me ajuda a atirar. Você e Kedar podem jogar coquetéis nele.

Jogar... Lembrei no mesmo instante do Ácido Químico.

- E se jogarmos ácido químico?

- Boa sorte! – consentiu Matt, pegando sua arma e se preparando para sair.

Vanessa tomou a frente de Kedar, com a arma em mãos. Abriu a porta. Matt saíra primeiro. Eu peguei o ácido
químico sobre a mesa. Pensei se apenas um seria o suficiente. Para me garantir, fui até o freezer. Existiam outros
potes parecidos com o de ácido lá dentro. Por sorte, achei mais três dele. Dei um deles para Kedar. E então saímos
da sala. Meu coração estava acelerado. Eu nem sabia o que estava fazendo direito...

No corredor, Matt e Vanessa atiravam na criatura. Aquilo... Aquilo era a mesma criatura que encontramos antes? Il
Mio Dio... Não podia ser. Comecei instintivamente a suar. Aquela coisa estava enorme, sua língua parecia ter
voltado, maior e mais grossa. O cérebro, mais exposto ainda... As garras ainda maiores e mais afiadas. E o pior...
Estava pegando fogo. Tive literalmente, a visão do inferno naquele momento. Ele se movimentava devagar, talvez
devido à dor que estava sentindo graças à explosão. Ainda assim, sua língua dançava descontroladamente pelo ar.

- Stacey, nos ajude aqui! – bradava Vanessa.

Após ouvi-la, me aproximei. Joguei o pote com ácido na direção do monstro com toda a força que me restava. Por
sorte, consegui acertá-lo. Antes que pudesse jogar o próximo pote, peguei os pentes de munição que havia
guardado nos bolsos desde a visita a loja de armas. Passei um deles para Vanessa recarregar sua arma. Enquanto
Vanessa trocava o pente, Kedar se aproximou e jogou o pote que lhe dei. O vidro espatifou-se certeiro sobre o
cérebro exposto da criatura. Que mira ótima! Nossos esforços pareciam estar dando resultados. A criatura começou
a ficar ainda mais lenta. Sua carne queimava. Seu cérebro se decompondo pelo ácido. Deus, como era difícil ter
que olhar para aquilo... Foi quando ele soltou um rugido estrondoso. Parecia estar gastando suas últimas forças
para conseguir revidar nossas investidas. Não consegui assimilar muito bem, mas puder notar sua língua se
aproximando a toda velocidade em minha direção.

- Cuidado!! – gritou Vanessa, me empurrando para o lado.

Não... Eu custei a acreditar no que tinha acabado de presenciar... A língua da criatura tinha atravessado o peito de
Vanessa!

Não, não!! Não pode!

Logo após alguns instantes, a criatura retirou o membro salivante e como se não bastasse, agarrou-a firmemente
pelo pescoço. Posteriormente, começou a enrolar seu corpo lentamente, de modo que a guiou em sua direção.

- Não!!!

Corri na direção de Vanessa. Puxei seu braço com toda a força que podia. Não importava o quanto eu me
esforçasse, a criatura não parava de levar Vanessa de mim... Não, não podia. Aquilo não podia estar
acontecendo... Não!

Kedar surgiu e me ajudou a puxá-la também. Nada surtia efeito. A criatura era forte demais. Arrastava-nos junto!
Mesmo estando fraca, era forte demais... Vanessa cuspiu um pouco de sangue. Aquela maldita língua estava
sufocando-a. Droga!

- Matt, atira caramba!!! Mata essa coisa! – eu gritava desesperada. Não podia perder Vanessa. Não podia, não
podia, não podia!

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Ouvi tiros. Matt tentava ajudar, de longe, atirando. Kedar começou a se desesperar á medida que nos
aproximávamos da criatura em chamas. Eu já conseguia sentir o calor. Já conseguia ver de perto aquelas enormes
garras em suas patas.

Senti um impulso em meu braço. Era Vanessa reagindo. Mas ela parecia querer se soltar... Não pude evitar as
lágrimas escorrendo em meu rosto. Ela não podia se entregar assim! Não! Ela debatia seu braço contra nós. E em
um vão... Quando menos esperei... Soltou-se... Levando de minha mão, o pote de vidro com ácido. Senti Kedar
me empurrando para longe da criatura. Eu gritava por seu nome. Chorava... Aquilo não podia estar acontecendo.

Mesmo sem muita força, a criatura ainda queria devorar Vanessa. Suspendeu a altura da boca, pronta para soltá-la
e começar a diversão entre seus dentes afiados. Antes que isso pudesse acontecer, Vanessa soltou dentro da boca
dele, o pote com o recipiente químico. Ouvi um último e grande rugido. Desta vez, de pura dor. Um rugido
agonizante. E então, vi o fogo tomando conta de tudo.

X-X-X

Fazia já alguns minutos que estávamos descansando em uma sala. Uma sala estranha, pouco iluminada. Parecia
ser uma sala de espera... Não liguei muito para a decoração do lugar. O acontecimento com Vanessa ainda não me
tinha deixado a cabeça.

Após aquilo acontecer, corremos. Nós deparamos com alguns zumbis pelo caminho. Lembro-me de Matt estar a
nossa frente, atirando nas criaturas, e Kedar me amparando. Eu chorava. E ainda choro. Aqui... Sentada em um
banco, encostada a parede. Chorando... Como pude falhar daquela maneira...? Como pude perdê-la? Rezei para
que não presenciasse mais nenhuma morte. Lembrei-me de Samuel. Rezei para que ele estivesse bem.

- Eu falhei... – sussurrei, passando as mãos pelos cabelos.

Olhei ara Kedar. Este estava visivelmente deprimido também. Estava sentado em uma mesa, com a cabeça
abaixada, protegida pelo braço. Deveria estar pensando em suas amigas também... Talvez se questionando se elas
estariam bem, assim como eu estava. Matt havia se dirigido para uma pequena entrada dentro da sala. Foi
averiguar algo longe de nossa visão. Ele estava demorando... Resolvi levantar para conferir o que ele estaria
fazendo. Mistérios era o que eu menos precisava naquele momento. Caminhei. Quando cheguei perto o suficiente,
ouvi alguém conversando baixinho. Era o farmacêutico, o próprio. Inclinei um pouco a cabeça na beirada da
entrada. Ele estava conversando com alguém pelo notebook. Um notebook?? Mas que diabos, por que não pediu
ajuda a alguém...?

- Sim, eu estou com a amostra do sangue do garoto... – dizia Matt quase sussurrando – Não. Não senhor. Há,
claro, e posso entregar o relatório e a amostra assim que me tirarem daqui. – ele deu uma pausa, e logo continuou
– Como assim? Não acha que eu já fiz favores demais a Umbrella por hoje? Eu quero minha promoção de Monitor E
o helicóptero agora! – exclamou exaltado... – Humn... Prossiga. Sim. Sim. – o farmacêutico retrucava com um
estranho sorriso no rosto – Então minha primeira tarefa como um Monitor será recuperar uma amostra do
Daylight... Eu posso fazer isso. E acho bom você prosseguir com sua parte do trato.

Afastei-me da entrada. Estava incrédula... Monitor? Umbrella? Quem era Matt afinal? Quem era seu misterioso
contato? Quando menos percebi, Matt surgiu na entrada, guardando algo em sua bolsa. Provavelmente seu
notebook. Ele me fitava com um olhar estranho, profundo. Após algum tempo, ele percebeu que havia algo errado.
Sacou a arma e apontou para mim. Kedar se levantou em um salto, assustado.

- O que você escutou? – indagou Matt, seco.

- O suficiente para não confiar mais em você.

- Eu posso levá-los comigo... – Matt sorria confiante – Basta me ajudarem.

- Não, não vamos ajudá-lo.

- Lembre-se que vocês dois já me devem favores demais... Eu não preciso mais de vocês, poderia matá-los aqui e
agora – Matt apontou a arma para Kedar, e instintivamente eu corri e adentrei sua frente, protegendo-o.

- O que está acontecendo? – questionava o garoto.

- Vamos Stacey, apenas concorde. Creio que você não queira mais ver mortes por hoje...

Como ele podia ser tão frio? Vanessa havia, não há muito tempo, morrido, em um ato corajoso, me protegendo...
Dando cabo daquela criatura horrenda por nós... Contudo, eu não poderia arriscar perder mais ninguém. Ky era

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como um irmão mais novo para mim... Eu não poderia...

- Eu irei ajudá-lo. – respondi – Desde que você não faça nada contra Kedar. E abaixe a arma, não há necessidade
disso.

- Ótimo. Espero que não faça nada que vá se arrepender depois.

- Te digo o mesmo.

Matt sorria. O que estaria tramando?

X-X-X

Voltamos para o saguão da Universidade. Não havia percebido antes como o local era bonito. Cheirava a
antiguidade, sendo cuidadosamente decorado com tapetes; luminárias, pilastras... Tudo delicadamente bem
designado e bem colocado. Havia escadas que davam para o segundo andar. Mas nos três, Matt, Ky e eu, não
subimos. Demos a volta pela escadaria, adentrando uma pequena passagem, onde jazia a cabeça de um cervo
presa à parede, logo acima de uma pequena escrivaninha rente a mesma.
Prosseguindo um pouco, avistamos uma intersecção. Uma entrada, bem abaixo das escadas. Estava fechado.

- Eu conheço esse lugar...

- Então, deve saber como abrir a passagem. – disse Matt se voltando para o garoto.

Kedar sorriu. Virou-se e ativou algum pequeno dispositivo na cabeça de cervo. Plift Ploft Still, a porta se abriu...

- Vamos descer. – mandou o farmacêutico.

Desci as escadas ao lado de Ky. Ele já parecia um pouco mais corado. Um pouco melhor. Eu ainda sentia fome,
angústia, tristeza, fraqueza... Estava me tremendo. Meu coração estava acelerado. O que viria a seguir, mon Dieu?

Ao fim das escadas, chegamos ao que parecia ser um local de estudos. Um local iluminado apenas por abajur.
Havia escrivaninhas e mesas ao redor do local, com papeis, pranchetas, livros, pequenos quadros contendo
anotações, lupas... Utilitários de pesquisa. Mas tudo se encontrava bagunçado. Tinha um homem sentado na mesa
do outro lado do local. Estava de costas. Vestia um jaleco branco. Pareceu não se importar com nossa presença.

- Conseguiu o que te pedi minha cara Joan? – disse o homem, se virando em seguida.

- Professor Jenkins?? – indagou Kedar, um pouco surpreso – Que está fazendo aqui?

Professor, huh? Ele já aparentava ser um tanto velho. Sua expressão cansada, como se não dormisse há dias; se
modificou em segundos, ao passo que nos avistou em sua sala.

- Kedar?? O que faz aqui? Pensei que estivesse em coma! Onde está Joan? Meu Deus, o seu braço! – o homem
questionava sem parar, demonstrando sua inquietação, e após se levantar da cadeira onde, se aproximou de
Kedar.

- Ah, professor... É uma longa história. Quanto a Joan... Faz décadas que eu não a vejo. Como ela está?

- Continua me ajudando em minhas pesquisas. Pedi a ela que me trouxesse certo recipiente há algumas horas
atrás. Mas ela não voltou ainda...

- Professor, a Universidade está tomada por monstros!

- Sim, meu filho... Eu sei. – o velho homem levou as mãos para trás e começou a andar em círculos sobre a sala –
Greg e Mapple ainda estão nesta universidade.

- Que? – Ky pareceu um pouco indignado - Escuta, não estou falando deles, professor! Estou falando dos monstros
de verdade! Os zumbis, os cães, monstros horrendos, perigosos e mortais. Assim como nos filmes de terror! Sabe?
Extermínio, Silent Hill...?

- Mas eu ainda estou vivo e estou bem! Alguns de meus alunos estão pela universidade também. E sabe do mais?
Isto tudo é culpa da Umbrella! – exclamou o professor, gesticulando – E além do mais, nem tudo está perdido...

- Como disse? – intrometeu-se o farmacêutico.

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O professor olhou Matt dos pés a cabeça. Analisou-o bem com a cabeça curvada e a vista sobreposta em seus
óculos quadrados.

- Kedar deve saber explicar melhor para vocês.

O garoto começou a recuar. Como se evitasse, como se recusasse as palavras do professor. Aquilo parecia mexer
com ele.

- Ele pode nos explicar depois – o farmacêutico se aproximou do professor, sacando sua arma e apontando para ele
- Eu quero que você me dê uma amostra de Daylight agora.

- Como... Como sabe? Você é dos cachorros da Umbrella não é? Meu Deus! Vocês estão por todo lugar! Deixem-me
em paz! Já basta Greg ter me levado a última amostra que consegui fazer! Suas pestes! – pestanejava o homem,
perturbado, recuando enquanto gritava e jogando em Matt o que encontrasse em seu alcance, para que este
recuasse.

- Matt, não faça isso! – gritei.

Repentinamente, o professor caiu no chão. Eu não ouvi nada, não notei nada. Mas ele havia caído no chão. Ao
aproximar, constatei. Morto. Tiro na testa.

Kedar correu em sua direção. Gritou pelo nome do professor. Em vão. O mais estranho era... Que Matt não havia
disparado. O barulho de sua arma disparando não procedeu. Ele permanecia de pé apontando para o vácuo,
surpreso. Ouvi passos na direção da escada. Alguém corria. Provavelmente o assassino. Devia ter usado um
silenciador. Fui à direção de Kedar... Ele segurava o professor em seus braços. Triste. Eu me aproximei dele.
Agachei-me a seu lado. Coloquei minha mão em seus ombros.

- Kedar...

- O professor Jenkins... Ele tinha um grupo pessoal de estudos. – incitou o garoto, sem mais nem menos – Ele e
dois outros professores, Greg e Mapple, lideravam o grupo. Eu conhecia as garotas desse grupo. Sai com uma
delas. Ela vivia dizendo que o Professor Jenkins era uma boa pessoa. Mas que Greg e Mapple nunca paravam de
falar em Umbrella e vírus e projetos. O grupo de estudos dos dois pesquisava a fundo essas coisas. Conheci Jenkins
pessoalmente depois de algum tempo. Eu me submeti a alguns testes a pedido dele. Foi revelado que meu sangue
possuía alguma característica rara, no qual ele estava muito interessado e que poderia ajudá-lo em sua pesquisa.
Me voluntariei por vontade própria para ajudá-lo – uma breve pausa se seguiu - Mas depois... Jenkins disse que eu
tinha que parar de ajudá-lo. Não era mais seguro. Greg não era confiável. Mapple o traíra. A Umbrella tinha ciência
de suas pesquisas e poderiam vir atrás de mim. Eu não liguei muito para isso. Eu achava o professor um tanto
doido, apesar de divertido. E eis que em um dia comum, eu fui acertado por alguma coisa. Foi quando me tornei
uma cobaia da Umbrella. Fizeram testes em mim. Eu entrei em coma por vinte e oito dias. E quando acordei, a
cidade estava assim.

- Não conseguiram concluir a pesquisa devido ao incidente com o vazamento do Vírus T na cidade. - concluiu Matt.

Kedar se levantou com o professor após explicar tudo. Eu o ajudei. Não entendi o que ele estava tentando fazer.
Mas o ajudei. Ele seguia na direção da cadeira. Após alguma dificuldade, conseguimos colocar o professor em sua
cadeira. Exatamente onde o encontramos.

- Ele adorava essa cadeira. - o garoto disse em tom fraquejante.

Após um breve momento de silêncio... Perguntei:

- E esse vírus que se espalhou...? O que ele é?

- É um projeto da Umbrella. – concluiu.

- Então, a Umbrella está envolvida com todo esse desastre?? Santo Deus... – levei minha mão à testa - Só podem
estar brincando comigo...

- Não é hora para isso. Precisamos ir atrás do Greg. Tenho que obter a amostra do Daylight. – dizia Matt guardando
a arma e se virando – Lembre-se que, se eu conseguir isto, eu posso ajudá-los a escapar daqui.

Kedar e eu nos entreolhamos.

- A decisão é de vocês.

X-X-X

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Continua...

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Rebecca Chambers Postado em: June 07, 2009 07:25 pm

Capítulo 26: Marks of Blood

- E o que será de nós agora? – disse o professor. – A Umbrella já destruiu toda a cidade! Por um mísero vírus!
Todos já devem estar mortos! A culpa é toda deles! Você tem culpa nisso, seu cretino!

- Não pense desse modo... A Umbrella realizou um dos maiores feitos da humanidade... O problema foi que o
vírus vazou, apenas... Ainda podemos nos salvar.

- O helicóptero já está a caminho?

- Sim. Se quiser vir comigo e viver, apenas me diga uma coisa: o que você sabe de tudo isso? Fale tudo.

- Você e esses ridículos funcionários da Umbrella estão criando vírus e armas biológicas em massa! Vocês vão
nos destruir! Conheço alguns professores desta universidade que se envolveram com alguns estudos com esse
tal vírus.

Policial do R.P.D. - Okay... Mas vou te avisar: não adianta tentar ser o herói, você não pode fazer nada contra a situação. Sou
apenas um simples cientista, mas você não tem poder algum. – o cientista retirou do bolso de sua calça jeans
algo semelhante a um pequeno telefone. – Mas enfim, o helicóptero chega em onze minutos e é bom nos
apressarmos.
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- Eu devia ir sozinho. O único trabalho que me deram foi sair às pressas daqui, só. Você é meu amigo e estou
apenas tentando te proteger. Segundo as minhas ordens você não pode saber muito da situação... Agora vamos
Ranking Especial:
até o heliporto. Eu não quero permanecer nesta área por muito tempo.

- Onde fica esse heliporto?

- Apenas siga-me...

- Mas diga-me: onde fica esse maldito heliporto?! – perguntou o professor em um tom de voz mais
exclamativo... E nervoso.

- Eu disse: siga-me!

O professor e o tal cientista levantaram-se das cadeiras e seguiram em direção à porta, da qual eu havia
entrado. Mal sabiam o que lhes esperavam. Nunca gostara do Professor Parker mesmo. Eu estava escondida
numa das estantes, longe da dita porta. Os dois não me perceberam. Ao saírem, algo me veio à cabeça...
Umbrella?

QUOTE

Samantha estava sentada, segurando uma folha de papel, com a cara pálida. O mundo parecia ter acabado
para ela. Cheguei perto e tomei a folha dela.
- Ei! Me devolve! – ela disse, levantando-se e me afrontando, tentando tirá-lo de mim como se fosse sua vida.
Lia o papel enquanto ela se debatia contra mim para pegá-lo...

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Samantha e mais alguns universitários foram escolhidos para realizar alguma experiência em si mesmos, por
cortesia da Umbrella.

- Meu... Deus...! Mãe... – eu disse, delirando. – Então é isso que está acontecendo? A empresa que mais
emprega na cidade...? Não... Não pode ser...

Tinha que sair daquele local... Nesse tal helicóptero não me deixariam entrar e se esconder num helicóptero é
um pouco difícil. Tinha que encontrar os outros e... Kedar?! Será que ele estava bem?
No meio de tantos pensamentos, ouvi um ruído. Assustei-me e me virei para trás. ”Deve ter vindo lá de fora,
algum zumbi. Espero que não seja o homem cinza...”, pensei. Simplesmente, ignorando o ocorrido, sai da
biblioteca e fui até a sala onde eu havia saído. A sala continuava inalterável. Entrei no local onde havia visto o
anormal homem cinza; graças a Deus, ele não estava mais ali. Isso explicava porque eu não havia ouvido gritos
do professor e do cientista; mas... Para que onde ele foi?! Diabos... Algo não me cheirava bem. A bagunça, a
desordem, os rastros de sangue, os objetos quebrados, ainda continuavam ali, do modo que eu havia visto
antes. Voltei ao hall e segui em direção à outra porta. O estado da sala, nada mais nada menos, estava
exatamente igual à das outras.

- Kathleen? – falou uma voz. Uma voz familiar.

Segui o olhar para o lado que eu havia detectado a voz. Era o meu professor de medicina, o professor Campbell.
Ele estava moribundo. Sentado no chão com as costas apoiadas na parede e suas roupas estavam imundas de
sangue.

- Professor... O que houve?! – dissera eu, aproximando-me dele.

- Uma dessas criaturas me atacou, nada mais...

Ajoelhei-me perto dele.

- Nossa...! Você precisa de cuidados... – eu disse, analisando os grandes ferimentos que os zumbis fizeram nele.

- É bom ver você viva...

- Sim... Agora venha comigo. – levantei-me e tentei segurá-lo, mas este resistiu.

- Não! Não quero dar esse gostinho a eles... Como eu sempre digo: um dia isso iria acontecer... Algo... Assim...
Monstros andando por aí... – ele disse, com dificuldades para respirar.

- Você precisa vir comigo! – ajoelhei-me de novo.

- Você... Precisa... A - achar... – ele começara a tossir fortemente. Parecia que quanto mais ele falava, mais
chegava perto da falência.

- Cala a boca! Você está morrendo! Pare!

- Não p - pode deixá-los... – num repente, Campbell para de falar e fecha seus olhos. Suas costas deslizaram
pela parede, como que se fosse água. Estava imóvel e... Morto.

- Não, é brincadeira! Não morre, não... Esqueça...

Levantei-me e o deixei ali, morto. ”Em breve, ele deve virar um deles”. Fiquei observando-o por alguns
segundos. Já era a segunda morte que eu presenciava. Desse jeito não sobraria mais professores, nem pessoas.
Mas ele queria me dizer alguma coisa, talvez fosse importante. Apesar de ser um pouco caduco, ele era uma
grande pessoa e ensinava muito bem. Realmente uma grande perda. Prossegui com o meu “passeio” em busca
de uma saída adentrando uma de muitas portas da sala onde o professor Campbell morrera. Sabia andar por
aquela universidade, mas não sabia o que fazer. Retirei minha arma, por precaução e proteção. Verifiquei
quantas balas ainda tinha. Á minha frente estava uma estátua, extremamente menor do que a do hall, mas
ainda permanecia com seu encanto. Era uma estátua de uma pequena mulher, sempre acreditei que fosse
grega pelo estilo da mesma. Aquela sala era uma sala de aula. A desordem imperava menos naquele local,
exceto pelas carteiras fora de lugar. Observei a enorme lousa. Algo escrito na mesma havia me intrigado.
Aproximei-me lentamente, com passos bem curtos. A escrita ficou legível para mim aos poucos:

”Há coisas que nunca saberemos em nossa vida. Mas você precisará saber desta coisa para
sobreviver! Left 323 Se salva! Deus!”, não estava escrito com giz convencional, estava escrito com sangue.

”O que diabos isso quer dizer?”, pensei. Não tardei a perceber que permanecer pela Universidade seria uma
péssima idéia. Havia algo lá. Onde o homem cinza estava agora? Assustei-me. ”Talvez a minha procura”...

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Precisava encontrar o heliporto, talvez ainda não houvessem se passado os ditos onze minutos. Não podia mais
procurá-los. Retornei meu caminho até o hall, correndo desesperadamente.

Correndo, de repente, algo me veio à cabeça: como aquela louca da Karol estava?! Eu estava começando a me
preocupar com as pessoas, mais do que nunca, o que não era normal. Eu era conhecida por nunca me importar
com as pessoas! Naquele momento, eu me dera conta que estava sozinha. Eu não podia contra a Umbrella, suas
aberrações... Será que tudo isso é devido ao meu passado? E qual seria o próximo passo para mim?

Minha decisão foi sair dali viva, a todo custo... Não devia nada a ninguém, todas as minhas dívidas já foram
pagas... De repente, lembrei-me de mais uma... Uma que marcou minha vida durante mais de vinte anos...

Fim de Capítulo.

This post has been edited by Rebecca Chambers on June 07, 2009 07:28 pm

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Árvore da família Fyfre:


Avô & Avó Paterno: Matt Addison & Alice Survivor
Avô & Avó Materno: God Kira
Pai & Mãe: Bionic Wesker & Gabrielle R.L
Irmãos: Mr. Birkin e Mr. Siegfried
Marido: Full Redfield
Filhos/Filhas: *Gigi_Dante* e The Dead
Tios & Tias Paterno: Blood Cold, Carlos Wesker, Eden X, Jeferson, The Merchant, Kurai Gehenna, MelissaMayaJill, Alice, Mari Redfield,
Miss Valentine, Marcos Mask, Augusto.
Tios & Tias Materno: Lívia Maria e Ana Clara
Primos & Primas Paterno: Claire Kennedy
Neto: Leon S. kennedy

Bars by Miss Valentine and Jejé. Thank you!!

Anahi Postado em: June 07, 2009 08:23 pm

Capítulo 27: We are brothers

QUOTE
15 de fevereiro de 1979.

- Pai, nós temos mesmo que ir? – Eu perguntei abraçando minha mochila com força. Não queria deixar aquela
casa, por mais que odiasse o lugar...
- Sim, filha. Sua mãe não é a melhor pessoa para cuidar de você. – Meu pai sempre fora um homem frio e que
raramente demonstrava sentimentos. E dessa vez, ele parecia realmente decidido.
Aproximei-me da cama , onde minha mãe jazia deitada. Ela estava tão magra e incapaz. Dei-lhe um beijo no
rosto e senti seus braços finos me envolvendo.
- Te amo.
Mamãe sorriu e me olhou, ela ia chorar...
- Um dia eu vou te buscar, princesa. Acredite nisso.
Bravo Team Olhei para papai na porta, carregando minha mochila...ele olhava a cena friamente e disse:
- Vamos.

Vovó e vovô estavam na porta, eu adorava conversar com meu avô, ele era um viciado em táticas de guerra e
amava armas. Abaixou-se até ficar na minha altura e sorriu me abraçando.
Grupo: Administradores - Você logo volta, querida! E ai, vou te treinar para combate em solo e ar...
Posts: 1870
Eu sorri retribuindo o abraço.
Member No.: 1680
Joined: April 27, 2008
-Cuide da mamãe.
-Claro!
-Rápido Anahí!
Ranking Especial:
Papai nos olhava com uma expressão de raiva, como se nada fosse mudar e nunca mais voltássemos a aquela
casa.

O trem estava lotado, eu não sabia para onde ir e papai me colocou em um banco perto da janela. Ele abaixou a
cabeça olhando para o chão, a paisagem passava tão rápido...
-Sabe, filha...isso está sendo melhor. Sua mãe não é uma pessoa boa o bastante para cuidar de nós dois. Não
pense que estou fugindo da responsabilidade. Só quero o seu bem. E nesse momento, não é seguro que
fiquemos na casa. Mas vamos trocar cartas com a mamãe sempre. Ok?
Ele piscou e sentei no banco sentindo lágrimas pingando de meus olhos.
-Mamãe...

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Prometi ser forte. Mamãe estava doente. Há um tempo atrás ela passou a gritar comigo, às vezes algo ruim
acontecia e ela ria descontroladamente. Ficava na janela gritando, dizendo que alguém a estava
perseguindo...Mamãe estava surtando naquela época...

30 de setembro de 1983.

Mamãe mandara poucas cartas, ela estava grávida. E aquilo me preocupava apesar da minha pouca idade e
entendimento sobre o que acontecia, na época. A última carta que recebi me encheu de sentimentos, há
tempos não tinha notícias sobre ela e meu irmãozinho. Meus olhos estavam marejados, ele era um garotinho
lindo, lembrava muito papai.
- Então esse... É meu irmão?

Na parte de trás da carta havia uma dedicatória de mamãe, sua letra corrida, como se fossem seus últimos
minutos antes de ter mais uma crise de esquizofrenia.
"Esse é seu irmão, princesa. Espero que um dia vocês possam se encontrar. Com muito amor, mamãe."
- Não se preocupe, mãe.

28 de Agosto de 1996.

Formação de soldados...

Papai estava lá, orgulhoso em me ver marchar e estar fardada.

-Parabéns querida, sua mãe ficaria orgulhosa de tudo!

-È... vovô também... gostaria que eles estivessem aqui...

Seu sorriso se apagou cruzando os braços.

Papai evitava falar sobre Kedar... nunca entendi isso. Cheguei a mandar cartas para eles, mas um tempo
depois, fui avisada de que meus avós haviam mudado de cidade e não deixaram o endereço novo com os
vizinhos. Porque eles fugiam de mim?Nunca responderam as minhas cartas e nem mandaram novas fotos desde
que mamãe morreu. Apartir daquele dia, eu não era mais Anahí Yoo, suspirei olhando para o nome em minha
identificação.

Soldado Oneo

-Anahí!

Mattew empurrara uma mesa e algumas cadeiras contra a porta. Aquele ser humano não identificado que parecia
ser mais uma experiência da Umbrella tentava entrar. E pelo visto estava com muita raiva do que havíamos feito
a ele. Eu ri, uma risada tão alta que assustou Mattew.

- Ai garoto! Como você é ingênuo... ele logo vai entrar aqui! E não vai sobrar nada! Não temos armas pesadas
para isso... hahaha

- Porque está rindo?

- Porque? Vamos morrer aqui!Acabou... a Umbrella vai sair limpa como sempre! Bem que eu gostaria de ficar
viva para ver a desculpa que dariam dessa vez!

- Você está mesmo infectada!Para falar uma coisa dessas!

- Aliás, qual a sua pretensão?Andando com uma infectada... eu vou virar um zumbi e te morder logo!

- Eu acho que não... você foi infectada por uma planta, acredito que ela tenha veneno. Sua ferida nem está
sangrando ...apenas secreções...parece diferente de quando se vira uma coisa daquelas....

Ele se calou ao ouvir outra investida do monstro. Olhei para a sala, não havia muita coisa que pudesse nos
ajudar. Levantei devagar procurando algo...a janela estava entreaberta...mas não ajudaria muito pois vários
zumbis se aglomeravam lá embaixo.

Estava ficando tonta, quando um enorme barulho me fez olhar para a direção de Mattew, a porta havia sido
arrebentada e lá estava aquele ser de novo ao nosso lado...

-Escuta garoto, eu já sou um caso perdido mesmo!Se salve.

Empunhei minha arma e comecei a atirar nele, o monstro que estava com atenção para Mattew acabou se
virando para o meu lado. Ótimo! Era isso o que eu queria... ele me atingiu com um soco e fui jogada contra a
parede, mas eu não sentia dores,estava tudo rodando...

-Foge Mattew...

Falei o mais alto que pude...meus olhos se fecharam e a última coisa que vi foi o enorme homem se aproximando
de mim...

Cheiro de hospital...eu odeio cheiro de hospital!Então o céu tem cheiro de hospital...

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Porque ainda estou sentindo dores? Meus olhos estavam pesados, abri-os devagar tentando me acostumar com a
luz do lugar e logo percebi ser um laboratório. Havia um homem no canto da sala, teclando compulsivamente
sobre um computador... tentei levantar,mas meus braços estavam presos na maca com uma grossa fita de
couro. O monstro que me atacara estava parado...

-Eu não morri...

-Ainda não!

O homem riu e levantou-se entrando melhor no meu campo de visão. Vestia uma camisa azul com um jaleco
branco por cima, ou que um dia fora branco pois muito sangue seco estava sobre a roupa. Ele sorriu sentando ao
meu lado...

- Você está infectada, com veneno e t-vírus. E está agüentando bastante...seus anticorpos são raros...assim como
os de Kedar...

-Kedar?!Kedar!Você conhece o meu irmão?

Eu tentava me levantar desesperada, pensando nas coisas mais horríveis que aquele homem poderia ter feito ao
meu irmão...minha garganta estava seca , minha voz falhando, a emoção ,desespero,eu só queria ver meu
irmão...

- Se tiver encostado um dedo nele....

-Não está em posição de ameaçar ninguém!

Ele riu levantando...

- Ainda existem pessoas vivas nessa universidade, pessoas que podem atrapalhar os meus planos....

O monstro voltou a andar e saiu da sala.

-Você o controla! Se acontecer algo com meu irmão !Não respondo por meus atos!

Ele se aproximou de novo com uma seringa e a aplicou em meu braço.

-Volte a dormir querida...

- Maldito! A Umbrella vai pagar por tudo!Por tudooooo...

Comecei a me debater na maca , mas não adiantava, logo meu corpo estava mais pesado do que antes e meus
olhos fecharam...meu irmão estava tão perto e correndo perigo...eu precisava ajudá-lo.

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Gabrielle R. L. Postado em: June 09, 2009 09:13 pm

Capítulo 28: Everybody's Looking for Something

Seguíamos no carro pela estrada da cidade, eu me sentia tão ridícula... Eu abandonei Karol na hora que ela
mais precisava e agora ela me jogava isso na cara. Era tão duro ouvir aquilo, eu não devia ter-la deixado.

Continuamos seguindo o outro carro em direção a universidade, resolvi não tentar mais conversar com Karol,
não sabia o que dizer, na verdade eu não tinha nada para dizer, apenas devia abaixar a cabeça pois ela estava
certa. Eu olhava pela janela, via a destruição que a cidade se encontrava, o cheiro de sangue e podridão
espalhado pelo local, as chamas consumindo carros, o céu enegrecido pela fumaça, sentia-me no inferno.

“Kedar...”

Minha maior preocupação no momento era ele, não queria cometer o mesmo erro que cometi com Karol,
espero reencontrar-lo logo, pois quero saber se ele está bem. Ouvi um resmungo vindo de Karol, ela colocou
uma das mãos no rosto.

- Karol você está bem? – Perguntei colocando uma mão em seu ombro
Ela não respondeu, apenas ouvi um grito de Kathleen.
Bravo Team
- Idiotas estão perdendo o controle do carro!! – Gritou ela tentando alcançar o volante

Eu rapidamente tentei parar o carro, puxei o freio de mão, fazendo o veículo parar bruscamente. Respirei
Grupo: Escritores aliviada ao ver que Karol havia apenas desmaiado e que o carro não havia sofrido muitos danos. Kathleen
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Member No.: 2102 resmungou alguma palavra chula, mas não me importei, ainda estávamos bem vivas.
Joined: October 14, 2008

- Kathleen, você está bem? – Perguntei olhando para trás

- Sim, estou... Se possível agora senhorita, gostaria de dirigir o carro para evitar certos acidentes como esse. –
Falou ela com tom de deboche na voz

Vi Kathleen saindo pela porta do carro e abrindo a porta do motorista. Com a ajuda dela colocamos Karol no
banco de trás do carro, talvez ela não esteja se sentindo muito bem, sinto-me preocupada com ela, tenho que
fazer algo para corrigir meu erro. Kathleen arrancou com o carro, seguíamos pelas ruas tentando chegar o mais
rápido possível na universidade, um lugar que eu espero que seja seguro.

- Sei um atalho para a universidade, não vamos demorar a chegar, iremos chegar antes do outro carro. – Ouvi
Kathleen dizer ao meu lado

Enquanto devagar fechava meus olhos para descansar um pouco naquele pesadelo, desejava profundamente
que aquele lugar voltasse ao normal. Que tudo não passasse de um horrível pesadelo que sempre tive após ver
filmes de terror quando mais nova.

“Queria por um momento desistir... Deixar de existir...”

- Emily... Tente não dormir... Já estamos chegando... – Ouvi Kathleen falar isso ao meu lado

Abri devagar meus olhos, olhei pela janela e percebi, estávamos na frente da universidade, bem à frente estava
uma vaga vazia de carro, eles não haviam chegado. Isso certamente me deu uma preocupação, saber que eles
ainda não haviam chegado, poderia ter acontecido algo ruim a eles? Poderiam eles estar com problemas? Não,
não devia pensar nisso, não agora.

- Karol... – Falei olhando para trás, percebi que ela já estava despertando, era bom ver isso, espero que ela
esteja bem

- Argh! – Ouvi um grito de Karol enquanto ela se levantava, ela colocou uma das mãos no rosto novamente,
afinal o que estava acontecendo com ela?

Karol saiu do carro, caminhou alguns passos meio cambaleantes, corri imediatamente para ajudar.

- Minha cabeça dói... – Ouvi Karol dizer enquanto forçava uma das mãos contra a face

Me aproximei, queria ajudar-la, aquilo não parecia simplesmente uma dor de cabeça normal ou uma
enxaqueca, parecia ser algo bem pior.

- Fique calma Karol eu vou... – Falei enquanto me aproximava, quando estava perto, ela tirou a mão da face e

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olhou diretamente para mim com um olhar enfurecido

- Morra maldito! – Ela gritou me golpeando com um soco no rosto, caí no chão frio, não sabia, não entendia, o
que estava ocorrendo com Karol?

- O que está fazendo? Sua louca! – Ouvi Kathleen gritando

- MATAR!MATAR!MATAR! Tenho que matar o maldito! – Ouvi Karol gritando com a voz alterada

Levantei-me rapidamente ainda afetada pelo golpe, olhei para Karol, Kathleen a segurava fortemente.
Aproximei-me novamente dela, mesmo sabendo que poderia sofrer, me machucar mais queria ajudá-la.

- Karol, se acalme... – Disse calmamente

- Ela é louca Emily... Não perca seu tempo com ela. – Kathleen disse com irritação na voz

Ouvi palavras sendo balbuciadas por Karol, fiz um sinal para Kathleen não falar mais nada, precisava ouvir.

- Eu não...Não...Fiz nada...A cul...Pa...É...Dele... Eu não...Não...Matei...O Derick... – Ouvi ela dizer com a voz
embargada

- Afinal o que ela está dizendo? Não está falando coisa por coisa... – Falou Kathleen olhando para mim

“ O que isso significa afinal?”

- Posso soltar-la? – Minha concentração foi quebrada por essas palavras ditas por Kathleen

Acenei com a cabeça, Kathleen soltou Karol que imediatamente sentou-se no chão, eu ainda não entendia o que
estava acontecendo ali, realmente tudo aquilo estava muito estranho, até que certas palavras ditas por um
certo farmacêutico ecoaram em minha mente.

“Ela matou o noivo á sangue frio. Por acaso ela disse isso á vocês?...”

Seria esse o motivo de tudo? Seria isso que a atormentava? Karol havia mesmo matado seu noivo ou tudo não
passara de uma mentira? Bom, eu não sei... Apenas sei do porque que mentirmos, pois dizer a verdade
machuca.

- Eu vou procurar os outros aqui na universidade... – Ouvi Kathleen dizer enquanto seguia para a entrada de um
dos blocos da universidade

- Tenha cuidado... – Falei enquanto observava a jovem taxista partir

Toquei meu rosto e percebi que o soco de Karol havia quebrado meus óculos e que o local que ela atingira
formara um pequeno ferimento, os óculos não é um grande problema, já que eu sempre o usei para a leitura.
Olhei para Karol, a garota olhava para o chão, como se estivesse ali, meio que perdida.

- Emily... Vamos procurar uma “coisa” na universidade? – Karol perguntou sem olhar diretamente para mim

- O que exatamente? – Perguntei me aproximando

- É algo que acho que tem na enfermaria... – Ela falou enquanto se levantava

- Está se sentindo mal? – Perguntei preocupada principalmente ao lembrar que Karol falou que sentia muita dor
de cabeça

- Não muito... Só preciso de uma... Aspirina... – Ela falou enquanto limpava as roupas

- Entendo... Vamos então... – Falei enquanto caminhava ao lado de Karol em direção a enfermaria

~~ ~~

Caminhávamos pelos mal iluminados corredores da universidade, o silêncio praticamente tomava conta, o que
quebrava o silêncio eram nossos passos. O sistema de iluminação afetado, as luzes sempre apagavam-se
rapidamente dando me uma angústia que durava até o instante que elas voltavam.

“ Nunca pensei que teria medo do local onde eu passava todas as tardes...”

Karol caminhava há alguns passos a minha frente, estávamos em um corredor em forma de T, vimos um vulto

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passar, era um homem fugindo, porém eu não consegui ver seu rosto.

- Farmacêutico... – Ouvi Karol falar enquanto começava a correr em perseguição contra o homem

Eu tentei correr atrás de Karol para pará-la, mas na minha pressa tropecei em meus próprios pés caindo, logo
após isso a luz se apagou, eu estava lá... Presa na escuridão e completamente...Sozinha.

“Calma...É só esperar a luz voltar e...”

Minha concentração foi quebrada por um estranho barulho de passos, uma estranha respiração, meio ofegante e
não parecia nada humano.
As luzes se acenderam novamente, senti algo cair sobre meu rosto, ao passar a mão percebi... Era sangue...
Estava paralisada, não conseguia mover um único músculo, não tinha coragem para olhar o que estava acima
de mim, olhei rapidamente para cima e vi... Aquela criatura rosada de cérebro exposto que vi na loja de armas
também estava ali, gritei instintivamente levantando-me para correr, a criatura correu pela parede, usando sua
enorme e pegajosa língua ela golpeou a parede ao meu lado causando um pequeno dano a ela. Não podia ser
pega de forma alguma por aquela criatura.

Havia uma porta logo a minha frente marcada apenas como “Administração”, não podia perder tempo, rodei a
maçaneta rezando para que ela estivesse destrancada, ela estava, praticamente saltei para dentro da sala em
seguida a bloqueando com uma pequena mesa. Eu rezava para que o monstro não invadisse, desistisse de me
caçar pois eu não tinha chance alguma.

Caminhei alguns passos logo ouvindo seguidas fortes pancadas na porta, eu tremia por medo, medo daquela
criatura me encurralar, me matar... Eu não quero morrer...Logo as batidas pararam, respirei aliviada por
perceber que a criatura se fora, percebi o estado do corredor, sangue... Papéis espalhados... Móveis
quebrados... Aquele lugar, eu sempre ficava por ali enquanto trabalhava, lembrei-me dos dias normais, onde o
local era cercado por jovens, funcionários e uma grande amiga minha, Laura, a secretária assistente. Uma
jovem parecida comigo, cabelos castanhos, óculos e um belo sorriso, sempre em sua mesa junto a foto de seu
namorado, queria saber como ela estava, mas infelizmente sei que é provável que ela esteja...Morta.

Caminhei mais alguns passos checando os papéis no chão, os mesmos materiais que eu checava todos os dias,
relatórios sobre os professores, alunos e um papel com uma espécie de guarda-chuva vermelho e branco.

“ Umbrella?”

No panfleto continham algumas informações citando as “ajudas” que a Umbrella fez a cidade, sim eu havia me
mudado a pouco tempo, mas mesmo assim eu já conhecia a boa fama da Umbrella por aqui. O que ela teria
haver com esse incidente?

Olhei para o chão e reparei um papel amassado e ensangüentado, era uma ficha de uma professor, na borda da
página estava o símbolo da tal Umbrella.

Professor: Jhonatan Mapple


Funcionário: 1578

Olhei intrigada para o número, eu já havia o visto em algum lugar, lembrei-me do papel que encontrei na casa
onde Karol havia entrado há algumas horas atrás, puxei o papel de meu bolso e percebi que era o mesmo
número.

“ Armário dos professores...”

Ouvi um barulho, era um tiro, tinha alguém “humano” ali, isso me fez sorrir involuntariamente, quem sabe seja
algo que possa me ajudar? Ouvi passos, escondi-me ao lado de uma estante, eu ainda tremia pelo medo, mas
aquele não era momento para fraquejar. Mordi meu lábio aguardando a pessoa se aproximar.

Minha curiosidade maldita não me deixou esperar, olhei pelo corredor a procura pelo o que havia atirado, às
luzes fracas não me deixavam ver bem, mas vi que era uma silhueta masculina.

“ É o farmacêutico? Não, não é possível, tenho que fugir...”

- Não! Saia de perto de mim! – Gritei enquanto tentava correr

- Hey! Espere! – Ouvi o homem atrás de mim gritar

“A porta a frente me levará ao corredor que dá na sala dos professores...”

Ao tentar abrir a porta a minha frente que não estava bloqueada me deparei com alguns zumbis, eu saltei para

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trás. Atrás de mim estava a porta que eu mesma bloqueei, a minha frente dois zumbis famintos para saborear
minha carne com suas bocas deformadas e ensangüentadas. Não havia mais volta, estava perdida, sem
chances.

“Acabou...”

Ouvi dois tiros, o barulho de corpos caindo ao chão e senti algo respingar em minha face, abri devagar meus
olhos e percebi que as duas criaturas estavam mortas a minha frente, olhei para a frente, ali com uma
insatisfação na face, seu sobretudo manchado de sangue, ao observar o rosto dele me lembrei, ele era uma das
pessoas que entrou na loja de armas junto a aquela mulher que levou Kedar em seu carro... Isso significa que
ele pode saber onde ele está.

Ele se abaixou perto de mim pegando um objeto brilhando que havia caído da minha pasta, ele o pegou em
mãos, percebi que era o meu molho com algumas chaves da universidade, nela havia pendurado um chaveiro
com o emblema da universidade.

- Por acaso aqui tem a chave da sala do Reitor? – Ele perguntou olhando diretamente em meus olhos

- Sim... – Falei timidamente enquanto me levantava com a pasta

- Interessante... Pode me levar até lá? – Ele perguntou segurando a chave nas mãos

- Posso mas... Onde está Kedar? – Perguntei com uma ponta de esperança

- Hmm... Podemos fazer um trato senhorita... – Ele falou com um sorriso no canto dos lábios

Senti uma esperança se renovando, rever Kedar era o que eu mais queria naquele instante, saber se ele está
bem, se está melhor... Mas agora além disso, eu estava convicta e confusa sobre três coisas... Primeiro, Karol
estava desaparecida e precisava de minha ajuda... Segundo, Kathleen havia sumido e talvez esteja com
problemas... Terceiro, mesmo se for por Kedar eu devo confiar naquele homem?

Fim do capítulo

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Fatal Frame 2: Crimson Butterfly

Fanfics

- The Fear Beginning-


Here Without You
Don't Jump

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Jill Valentine & Chris Redfield Tribute

Resident Evil 4: Leon S. Kennedy & Ada Wong Tribute

Família F.Y.F.R.E.

Pais: Lika e God Kira


Irmãs: Lívia Maria e Ana Clara
Marido: Bionic_Wesker
Filha: Rebecca Chambers Filhos: Mr. Birkin e Mr. Siegfried
Genro:Full Redfield
Neta: *Gigi Nero*
Neto: The Dead
Bisneto: Leon S. Kennedy

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Tyrant-T-0766 Postado em: June 10, 2009 08:21 pm

Capítulo 29: Devil’s Nest, O Lar do Diabo...

Finalmente, estava nos laboratórios... No 4o andar subterrâneo do complexo, pra ser preciso. Me localizava em
um corredor em forma de T. Contando com a porta pela qual havia entrado, haviam mais 2 portas no local,
uma delas daria no refeitório dos funcionários e a outra em mais um corredor. Seguindo por esta, encontrei um
cadáver ensangüentado no chão, seu sangue manchando o impecavelmente limpo piso branco. Me aproximei e
me agachei perto deste, examinando o corpo. Era um cientista. Três enormes cavidades cravadas em seu
estômago indicavam a causa de sua morte. Provavelmente um dos MA-121, os famosos e letais “Hunters”, o
que significava que aquelas bestas canibais estavam soltas por aí, a procura de comida... Ao lado do corpo havia
um cartão magnético com as inscrições “Cartão- chave da sala de reuniões”, peguei o objeto e guardei em um
dos bolsos de trás da calça. Avancei por uma porta logo a frente e me encontrei em outro corredor, parecia até
um labirinto... Haviam mais de 10 portas no lugar, definitivamente eu precisava de um mapa...

***

Bravo Team
Agora me encontrava em um laboratório particular de algum cientista. Diversas substâncias químicas, livros e
papéis espalhados sobre as prateleiras e bancadas, alguns computadores mais ao fundo, e uma enorme porta
trancada no nordeste da sala. Perto da porta achei o cientista dono do laboratório sentado no chão com a coluna
encostada em uma das paredes, suas roupas e seu avental sujos de sangue na região do tórax. Ele gemeu
Grupo: Colaboradores
Posts: 791 baixo, parecia estar sentindo muita dor...
Member No.: 766
Joined: September 07, 2006
- Meu Deus... O que aconteceu aqui?- Perguntei, me aproximando.

Ranking Especial: - T-Virus...Propagação...Tudo culpa da Umbrella...- Ele respondeu, com bastante dificuldade.

- Eu... Como faço pra sair deste lugar?

- Há... Dois helicópteros em um galpão...Último and...ar do complexo.

- E como eu faço pra chegar até lá?

- Cha...ve... Biblioteca da univer... Elevador...Blurgh- Ele falava se esforçando ao máximo e cuspindo sangue...
E subitamente caiu no chão, falecendo em seguida.

“Biblioteca? Tsc...”

***

Após voltar a universidade e chegar ao local, pude escutar uma breve conversa entre duas pessoas através da
porta.

- Rick, antes de cairmos fora daqui... Preciso que faça uma coisa pra mim... Preciso que obtenha aquelas
amostras do Daylight que estão com o dr. Greg Mueller, no último andar do prédio.

- E o que eu faço com o dr. Muellen?

- Mate-o, depois me encontre nos laboratórios.

- E o que você vai fazer enquanto isso?

- Recuperar aquele disquete... Mas isso não vêm ao caso, vá logo.

- Ok...

Disquete? Seria o disquete- Sim, provavelmente seria... Eu tinha que encontrar com aquele dr... Tinha que

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recuperar minha pesquisa... Tinha que recuperar aquele disquete, a qualquer custo. Adentrei o local com a arma
empunhada e pronto para atirar, mas ao chegar lá, não encontrei ninguém...

“Humph....”- Soltei um leve suspiro e abaixei a arma, sem seguida saí revistando a biblioteca... O dr. havia
falado sobre uma chave... Mas aonde poderia encontra-la? – Pensei.

- Chave... Biblioteca... Laboratórios... Umbrella....- Tentava organizar as coisas em minah cabeça, mas estava
difícil... Aonde diabos estaria essa chave?- Antes que pudesse concluir meus pensamentos, fui interrompido por
uma voz masculina em algum lugar próximo ordenando que ficasse parado... Virei para trás e avistei um
homem alto, de cabelos loiros, vestia um sobretudo escuro e estava apontando uma arma pra mim.

- Largue a arma...- Ele ordenou.

Obedeci e joguei minha Glock no chão.

- Finalmente te encontrei, Mackenzie...- O detetive sorriu, mas não um sorriso comum, um sorriso ameaçador.

- Quem diabos é você?

- Pode me chamar de Kent, detetive Kent.

Ri em tom sarcástico e virei em direção a ele, sem demonstrar desespero ou preocupação por ele estar
apontando uma arma pra mim.

- Ora ora, vejo que hoje temos visita... Que tal os dois sentarem e nós três pararmos um pouco pra conversar?-
Disse um homem que acabara de sair de trás de uma das estantes de livros enquanto apontava uma 9mm para
Kent.

- E você é...?- O detetive perguntou.

- Jonathan Mapple, prazer.

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Minhas fanfics:
--RE: Um salto para morte--

--Resident Evil: Death's Way--

Gabrielle R. L. Postado em: June 15, 2009 09:12 pm

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Capítulo 30: Sweet Dream

Eu observava aquele homem de sobre-tudo, eu precisava seguí-lo, mesmo correndo diversos riscos perante a
essas condições, facilitaria minha busca por Kedar.

- Então... Vamos até a sala do Reitor.. – O tal homem falou se direcionando até a porta

- Sim... – Respondi em um tom quase sussurrante

Estávamos em um grande corredor, o local que a dias atrás era impecável estava cheirando à podridão e
totalmente manchado pelo sangue. Na parede a minha frente havia uma mensagem feita com sangue,
provavelmente do cádaver a minha frente.

“Aquelas pessoas nos enganaram vamos sofrer e morrer por isso”

“Que animador...” – Pensei ironicamente

Junto ao homem segui pelo corredor, caminhando até a sala dos professores.
Bravo Team
- Pode me entregar as chaves senhor? – Falei não completando a frase, esqueci-me completamente de
perguntar o nome dele

Grupo: Escritores - Detetive Kent senhorita. – Ele falou seriamente enquanto me entregava as chaves
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Member No.: 2102
Joined: October 14, 2008
- Emily Marie. – Falei enquanto abria a porta

Adentramos na sala, uma grande mesa se localizava ao centro, em uma parede estava um mural com algumas
notícias, ao fundo alguns sofás e uma cafeteira. Estava tudo em sua perfeita ordem, excluindo o cádaver no sofá
e o sangue. Olhei para trás e vi o que eu procurava, o ármario dos professores.

- Espere por um instante. – Falei indo em direção aos armários

Em um armário aparentemente comum estava o nome: “ Jhonatan Mapple”, olhei o pequeno cadeado numérico
que o fechava, lembrei-me do número que eu havia visto duas vezes.

“ O que custa tentar?”

Coloquei a pequena senha no cadeado, logo em seguida eu ouvi o pequeno estalo. Ao abrir o armário peguei
uma pequena pilha de papéis, a maioria estava ensanguentada. Eu olhava atentamente cada folha, talvez ali
houvessem informações importantes que pudessem ser úteis. Um dos papéis me chamou a atenção pelo
símbolo da tal Umbrella impresso logo no topo da página, apesar de estar praticamente ilegível pelo sangue eu
conseguia entender algumas palavras.

“ Não podemos permitir que [...] Devil’s Nest [...] Mackenzie D. Sunderland”

- Já ouviu falar sobre Mackenzie D. Sunderland senhor Kent? – Perguntei me virando para o detetive

- Sunderland? – Ele falou pegando o papel de minhas mãos surpreso

Enquanto ele olhava a folha, eu me preocupava mais e mais com a situação, estava tudo tão confuso, tão irreal,
quero acordar logo de todo esse pesadelo.

- Podemos ir? – Perguntei ao detetive que guardara a folha

- Sim. – Ele respondeu com sua natural expressão fria

Finalmente seguimos para a porta da sala do Reitor, na porta de madeira havia impressões de mãos feitas com
sangue e de golpes como se algo havia tentado arrombá-la. Abri devagar a porta, ao abrí-la por completo mais
uma cádaver caiu diante de mim, mas esse era um daqueles monstros, automaticamente recuei dois passos,
então ouvi um barulho do meu lado e em seguida vi a marca de um tiro entre os olhos da criatura, o detetive
me salvara novamente.

- Mais cuidado da próxima vez... – Ouvi ele dizer

Adentramos na pequena sala, ao fundo da sala estava uma grande janela, ela estava completamente
despedaçada, parece que “algo” a quebrou, ao olhar a mesa do centro vi o cadáver do Reitor decepado, naquele
instante me senti mal, levei minha mão ao rosto para tentar me controlar, tentei não olhar para a bizarra cena.

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Ao olhar para a mesa vi que o senhor Kent “revistava” o cadáver com a maior naturalidade do mundo, como se
não passasse de um boneco ou alguém desmaiado, instantes depois vi que ele havia pegado uma chave e a
usava para abrir uma pequena gaveta localizada na mesa. Ele pegou algo lá dentro, mas não consegui
indentificar o que era, talvez seja o que ele procurava.

- Vamos embora. – Ele falou seguindo diretamente para a porta

Voltamos ao corredor onde estava o corpo com a mensagem de sangue, eu iria entrar na porta que me levaria
para o corredor da administração, mas o detetive parou de caminhar, pegou o celular, ele falava com alguém,
após alguns minutos ele desligou.

- O que houve? – Perguntei intrigada

- Agora você vai seguir sozinha. – Ele falou sem olhar diretamente para mim

- Mas por quê? – Indaguei surpresa

- Eu tenho um “assunto pendente” para resolver aqui, prefiro ir sozinho pois é perigoso... – Ele falou já ao lado
da porta que o levaria ao corredor da administração

- Mas... – Falei tentando impedí-lo

- Você não quer encontrar o seu amigo? – Ele falou me interrompendo

O detetive havia tocado em meu ponto fraco, eu queria encontrar Kedar mais que tudo, aquele rapaz era a
única coisa me mantinha ali.. Lutando e me fazendo caminhar. Eu precisava dele, precisava vê-lo mais uma
vez.

- Sim... – Respondi automaticamente

- Seu amigo está com as outras pessoas na enfermaria... Adeus Emily. – Ele falou entrando pela porta

- Tome cuidado senhor Kent... – Falei em um tom quase sussurrante

Olhei em volta, havia um caminho a seguir, o caminho que me levaria diretamente a Kedar. Segui caminhando
elo corredor, corpos, sangue...Sangue inocente, aquilo me trazia uma vontade imensa de lutar até o fim, lutar
para fazer os responsáveis por isso pagarem por toda a dor causada.

Ouvi um gemido, achei que fosse mais uma daquelas criaturas, desejei instantaneamente que aquilo não fosse
realmente, na minha frente estava minha amiga Laura, sentada no chão ferida em uma poça de sangue.

- Oh meu Deus! Laura! – Gritei me jogando de joelhos perto dela

- Emily? É você Emily? – Ela disse abrindo os olhos devagar, estava muito ferida, suas roupas semelhantes as
minhas estava totalmente rasgadas e ensanguentadas, ela tinha a abdomên perfurado, pela quantidade de
sangue ela não tinha muito tempo.

- Sim Laura, sou eu... – Falei segurando sua mão fria e engolindo o choro

- Emily... Que bom que está... Bem... – Ela falou fracamente

- O que houve? – Perguntei tentando disfarçar meu medo

- Uma daquelas coisas... Ela tinha uma língua enorme e seu cérebro era exposto...
Um “homem ao avesso”... Me... Atacou... – Ela falou enquanto segurava o ferimento

- Por favor! Aguenta firme Laura! Eu vou te ajudar... Não vou te deixar... – Falei segurando fortemente a mão
de Laura

Ela tossiu três vezes, cuspia sangue, droga isso não é bom. Ela apontou para a janela atrás de mim, olhei
devagar, abaixo alguma pessoa corria de alguns zumbis, era a Kathleen e na minha frente, no horizonte estava
uma nuvem negra vindo em minha direção, dezenas de corvos.

- Laura temos que escapar! – Gritei desesperada pelo perigo iminente

- Emily! Eu não posso escapar...Se salve... – Ela falou usando suas últimas forças

- Não Laura! Não posso te deixar! – Falei me virando para ela

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- Corra... – Laura falou fracamente, seu corpo frio caindo ao chão após isso, olhei horrorizada, não podia estar
acontecendo.

Foi tudo muito rápido, naquele instante os vidros se quebraram, aqueles corvos estavam ali, comecei a correr
desesperadamente pelo corredor, minha visão se turvava pelas lágrimas que insistiam em rolar, avistei uma
porta metálica, ao tentar adentrar no local um daqueles corvos me atingiu no topo da cabeça, em seguida entrei
rapidamente na sala, era o depósito de remédios, estava seguro.

Eu ainda não conseguia entender, não conseguia ver o que havia acontecido. Caí de joelhos perante a dor, eu
era tão fraca, eu não consigo proteger as pessoas que amo, estou perdendo-as uma por uma.

“ Sou tão patética...”

Eu não conseguia mais me manter forte, me manter de pé, estava ali encolhida deixando as lágrimas rolarem,
eu havia perdido Laura... Mas eu tinha que aceitar a verdade, mesmo eu tendo perdido Laura, eu ainda tinha
que encontrar Kedar de qualquer modo e a maior verdade era que... Os responsáveis por isso vão pagar, um
por um... Vão pagar por cada gota de sangue derramado.

Coloquei minha mão aonde o corvo havia atingido, meu prendedor de cabelo estava arrebentando devido ao
golpe, eu o tirei o olhando em seguida. Aquele foi um presente que eu havia ganhado de Laura, aquilo me trazia
doces lembranças, de momentos inesquecíveis e de coisas que novamente jamais terei.

Levantei-me do chão, eu tinha que continuar a lutar, caminhei até uma maca que estava ali, coloquei o pequeno
prendedor de cabelo ali, um último adeus.

“ Descanse em paz querida amiga...”

Olhei para frente, havia uma porta, não sei para aonde ela me levaria, mas não importava, apenas devo ir para
a enfermaria. Eu não quero perder mais nada nisso tudo, eu vou retribuir tudo o que fizeram por mim. É uma
promessa... Uma promessa para Kedar.

Fim do capítulo

This post has been edited by Gabrielle R. L. on June 16, 2009 11:28 am

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God Kira Postado em: June 16, 2009 10:38 pm

Capítulo 31: We All Scream For Ice Cream

QUOTE
Após um breve momento de silêncio Stacey perguntou:

- E esse vírus que se espalhou...? O que ele é?

- É um projeto da Umbrella. – conclui.

- Então, a Umbrella está envolvida com todo esse desastre?? Santo Deus... – Stacey se surpreendeu. - Só
podem estar brincando comigo...

- Não é hora para isso. Precisamos ir atrás do Greg. Tenho que obter a amostra do Daylight. – dizia Matt
guardando a arma e se virando – Lembre-se que, se eu conseguir isto, eu posso ajudá-los a escapar daqui.

Stacey e eu nos entreolhamos.

- A decisão é de vocês.

Bravo Team
Tínhamos escolha? Tínhamos. Mas entre ficar naquela universidade e ser devorado por zumbis e ir embora
daquele inferno, eu achei a segunda opção bem mais tentadora. Além do mais, perigo por perigo, só o fato de
estarmos naquela cidade já nos colocava em zona de risco. Eu não me importava em me aventurar em busca de
um professor doido. Não mesmo.
Grupo: Escritores
Posts: 1207 - Vamos. - Matt disse.
Member No.: 2226
Não tive tempo nem de ajeitar minha mochila. Ela ficava escorregando pelo meu ombro e era difícil arrumá-la de
Joined: November 21, 2008
forma correta com meu braço esquerdo. Além do mais a atadura que haviam feito em mim estava começando a
coçar... Quando me dei conta Matt e Stacey já haviam saído da sala. Corri para alcançá-los.
Ranking Especial: - Para onde vamos agora? - Stacey perguntou.
Matt ficou em silêncio por alguns instantes e depois disse:
- Pra cima. - O farmacêutico apontou para o teto. - O escritório do Greg fica no último andar.
Eu me dei por satisfeito com aquela resposta.

x-x-x-x-x

Estávamos novamente no hall da universidade. O cheiro de podridão inundava todo o ambiente. O glamour
daquela imponente recepção estava a mercê do caos de Raccoon. Haviam alguns corpos caídos no chão. Não
demos muita importância a eles. Aquilo estava se tornando habitual. Encontrar pessoas mortas... Mas era muito
melhor quando elas estavam realmente mortas. A maldita noite dos mortes vivos. Maldito Romero.
- Já era pro Samuel estar aqui, não? - Stacey sussurou para mim.
Eu movi minha cabeça positivamente.
- Mas... E agora? Acha que Matt vai nos deixar esperar por ele? - Disse, amedrontado. O farmacêutico nos olhou
torto e eu sorri pra ele. Falso sorriso.
- De forma nenhuma. Mas tive uma idéia. Kedar, você tem uma caneta em sua mochila?
- Não. - Respondi, fazendo careta. Uma mochila com mil e uma bugigangas mas nenhuma caneta. - Mas tenho...
- Abri minha mochila, enquanto caminhava vagarosamente. Matt continuava a vasculhar o hall. Tive certeza que
ele estava apenas nos esperando, ao invés de gritar pra irmos logo. Continuei, após alguns segundos:
- ... um batom!
Me surpreendi comigo mesmo. Por que diabos eu tinha um batom na minha mochila? Devia ser da Mirian, minha
última namorada. Ela tinha mania de ficar deixando suas coisas no meio das minhas. Talvez para "marcar
território". Stacey riu e me ajudou a fechar o zíper da mochila. Ela se aproximou da bancada que se localizava no
centro do local e começou a escrever com o batom.
- Recado para o detetive? - Perguntei.
Stacey me olhou feio, em sinal de reprovação. Mas depois sorriu e respondeu:
- É sim. Se ele vier aqui e ler isso, saberá onde nos encontrar.
Após terminar de escrever o recado, o batom acabou. A barwoman ainda me entregou o objeto, mas eu o joguei
no chão, sorrindo. Ele não tinha mais serventia. Perguntei:
- Conhece o detetive a muito tempo?
- Não, nos conhecemos... Hoje. - Stacey sorriu. Era difícil determinar horas e minutos naquela situação.
Olhei para o chão, tentando desviar meu olhar de Stacey. Ela tinha um jeito tão bonito de falar, que eu ficava
encabulado. Foi quando ela disse:

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- E sua namorada? Emily, eu acho... Precisamos encontrar ela. - Stacey fez uma cara triste.
- Ela não é minha namorada! - Brandei. Matt olhou para nós. Abaixei minha cabeça, envergonhado.
- Não? Mas vocês pareciam íntimos. - Ela disse, em tom gentil.
"Ela não é minha namorada MESMO.", pensei. Se bem que... Até que ela era bonitinha. Meiga, delicada, gentil...
E extremamente preocupada comigo. Quem sabe quando esse inferno acabar... Não posso trocar umas idéias
com ela? Isso se eu não estragar tudo...
Olhei para Matt e vi que ele estava atirando em um zumbi. Uma mulher. Resolvi me aproximar dele.
- Me dê uma mãozinha aqui, Kedar! - Só depois dessa fala do farmacêutico eu me dei conta da situação. Atrás da
tal zumbi estavam vários outros. E muitos estavam surgindo.
- O hall é grande, vamos fugir, economizar munição, cara! - Gritei para ele. A mulher que antes seguia em sua
direção havia caído.
Puxei-o pelo braço, lhe arrastando para perto de Stacey, que já corria um pouco a nossa frente. Ela estava
subindo as escadas. Segui para perto dela, ainda puxando Matt. Mas o farmacêutico acabou por me dar um
empurrão, me obrigando a soltá-lo. Eu cai, batendo meu braço enfaixado. A atadura começou a ficar manchada
de vermelho mas não me importei.
No topo da escada vi mais alguns zumbis. Eles estava aglomerados. Stacey não pensou duas vezes. Fez um sinal
para nós e acendeu um coquetel. Jogou. O impacto que a labareda causou me fez cair e rolar alguns degraus. Os
corpos das criaturas ficaram espalhados pela escada, ainda em chamas. Matt me ajudou a levantar, dizendo:
- Belo homem, hein. Não aguenta nada!
Não me importei com aquela frase. Na verdade, eu gostava de bancar o frágil. É bem mais fácil. Você não
precisa tomar a liderança de nada e ainda é protegido pelos outros. Ou seja, menos trabalho. E também, as
garotas gostam dum fracote.
Stacey perguntou se eu estava bem. Respondi que sim e continuei a subir os degraus. Matt andava pisando nos
pedaços das criaturas. Ele parecia sentir prazer naquilo. Foi quando ouvimos um grito feminino.
- Hei! Me esperem!
A garota que se aproximou de nós eu conhecia. Enfim ela havia nos encontrado.
- Karol? - Perguntei, me aproximando dela.
Instintivamente abracei-a. Ela recuou num primeiro momento, mas depois se deixou envolver por "meu braço".
Quando nos separamos olhei em seus olhos e eles estavam confusos. Parecia que seu pensamento estava longe,
longe...
- Que bom que te encontramos... - Stacey disse, deixando a frase em aberto.
- Karol. - A garota respondeu. - E não, eu não sei onde as outras estão.
Abaixei a cabeça, frustrado. Eu estava com saudades de Emily e Kat. Elas haviam sido as primeiras pessoas com
quem eu tive contato quando esse inferno começou. Queria vê-las de novo. Principalmente Emily. Aquela
garota... Era difícil me manter firme ao lado dela. Sua doçura... Na verdade, haviam muitas pessoas e coisas de
que eu tinha saudade. Meus avós, minha... Mãe. Em minha cabeça ela era apenas um rosto. Uma figura feminina
delicada, com seus traços meigos, seus olhos puxados, personalidade serena. Nariz reto, firme, boca pequena.
Uma mulher bonita. Mas agora tudo aquilo era só lembrança... Eu nunca mais veria meus avós, nem minha
mãe. Eu estava completamente sozinho.
- Não, você não está, Kedar. - Stacey disse. Epa! Eu tinha dito aquilo em voz alta?
Eu me virei para ela, olhos mareados. Stacey segurou minha mão e sorriu.

x-x-x-x-x

- Então... É você! - Karol gritou. - Eu não tinha reparado no seu rosto! Por isso você fez questão de ficar de
costas desde que encontrei vocês! Eu te mato!!!
A garota começou a se debater, enquanto eu tentava, em vão, segurá-la com meu braço. Ela esperneava e me
dava cotoveladas. Stacey correu para perto de nós e me ajudou a segurar Karol, enquanto Matt continuava a
andar, sem se importar com os gritos dela.
- Por que ela quer tanto matar o Matt? - Stacey perguntou.
- Sei lá. - Respondi.
Foi quando Karol me deu uma cotovelada "lá". Eu caí, ajoelhado, e Stacey acabou soltando-a. A mulher correu e
num súbito pulou nas costas de Matt, lhe dando socos na cabeça e lhe arranhando. O farmacêutico apenas
tentava se soltar, segurando os braços dela. Foi quando ele se virou, ainda a segurando e olhou em seus olhos.
Disse:
- Eu vou te dar o remédio. Me escuta: eu vou te dar esses remédios.
Karol estranhamente parou de se mover. Ela apenas ficou olhando para Matt. Ela parecia saber do que ele
estava falando. E enquanto eu tentava me levantar, Stacey sentou-se, encostando a cabeça na parede.
Estávamos num corredor escuro e úmido. Um corredor estreito. Parecia que o maldito laboratório de Greg ainda
estava longe. Sentei-me ao lado da barwoman, enquanto Matt continuou a segurar os pulsos de Karol, que em
pouco tempo também sentou, cansada.

QUOTE
- Você tem uma irmã, Ky. - A voz da anciã era doce, gentil. Ela sussurava, talvez com medo do senhor que
dormia no quarto acima ouví-la.
- Quê? - O garoto peguntou. - Uma irmã, filha de meu pai...?
- E de sua mãe. Uma irmã por inteiro. - A mulher respondeu.
O pequeno Kedar sentou-se ao lado de sua avó, colocando um caderno e algumas canetas em cima de uma
mesinha, de centro. Perguntou:

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- E... Por que ela está com o... - O menino engoliu em seco. - E não aqui?
A mulher abaixou a cabeça. Segurou nas mãos do menino e começou a contar:
- Olha, a história é complicada. Sua mãe, ela sempre foi uma mulher doente.
- Isso eu sei, vó! Vai direto ao ponto! - O garotinho resmungou.
- Quando ela e seu pai se separaram, ele achou que deixar sua irmã com ela não era uma boa idéia. - A anciã
tomou fôlego para continuar. - E como ele era o pai, nada pudemos fazer.
- E... Por isso ele a levou? Por isso?
- Sim, Ky. Nessa época você era apenas um feto na barriga de sua mãe.
O garoto estava estranhamente conformado com o que estavam lhe contando. Não esboçou reação alguma.
Apenas beijou a testa de sua vó, dizendo:
- Vou subir. Me avisa quando a janta estiver pronta.
- Claro, querido. Claro...

QUOTE
Formatura militar. Ano de 1996.

Os avós de Kedar estavam em pé, em cima de um palanque, ao lado de vários outros senhores e senhoras.
Mais a frente estavam alguns militares. Todos os oficiais.
- Formatura da turma de 96. - Anunciou uma mulher fardada. Em seu ombro uma luva, demarcando seu
posto: 1º tenente.
O local era amplo, um antigo estádio de futebol reformado. No meio dele estavam cerca de 300 formandos,
todos em pé, posição de sentido. Entre eles estava Kedar Yoo. O pequeno Ky.

x-x-x-x-x

- Não se preocupe vó, não é isso que eu quero da vida! - Kedar disse.
- Mas é o que seu avô quer. - A mulher passou a mão pelos cabelos do rapaz. - Desde o nascimento de sua
mãe, ele sonha em ver um filho tornar-se oficial. E esse filho tem de ser você.
- Mas não vai ser. O vovô vai ter de entender que não é o que eu quero para minha vida. Durante sete anos
estudei num colégio militar, tendo de aguentar todos os dias a maldita hierarquia deles. Pra mim chega.
- Mas Ky...
- Nada de mais, vó. Eu gosto muito do vovô, mas acho que tenho o direito de escolher o que quero da minha
vida. E como toda certeza não é me tornar militar.

QUOTE
- Então essa é Raccoon City? - Kedar perguntou a uma moça ao seu lado.
- Sim, essa é Raccoon. Uma cidade linda, não?
- De fato. - O rapaz respondeu, sorrindo para a moça.

x-x-x-x-x

- Olá, eu sou Kedar Yoo. Estou matriculado no...


- Curso de direito. Sala 301, segundo corredor a esquerda. - A mulher respondeu. Ela estava sentada no meio
do hall da universidade, olhos fixos em seu computador.
O rapaz se contentou com a resposta da secretária. Ainda pensou: "Bonita. Mas parece ser careta demais".
- Hei! Rapaz! - A moça o chamou.
- Sim? - Kedar respondeu, se virando. Pôde ler em seu crachá: "Emily Marie".
- Boa sorte.
Kedar sorriu para a moça, mandando um beijinho para ela, que, encabulada, voltou a se sentar.

x-x-x-x-x

- Então você é aficcionado por filmes de terror, cara?


O cenário era uma habitual sala de aula. Haviam poucos alunos em sala. O professor tentava, em vão, conter o
tumulto. Irritado saiu da sala batendo a porta.
- Sim. É minha paixão.
- E, poxa, esses seus textos são maravilhosos! - O rapaz atrás de Kedar disse. - Você poderia ser roteirista de
filmes.
- Hmm, deixe-me pensar. Roteirista de filme, promotor... Acho que a segunda opção é mais realista e mais
remurada, não?
O garoto sorriu, se despedindo de Kedar.

Acordei. Malditas Lembranças. Tudo que eu mais queria naquele momento era um sorvete.

Fim do capítulo.

This post has been edited by God Kira on June 16, 2009 10:48 pm

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Songfic: "The World" - Morpheus D. Duvall

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Árvore de Família
Minhas Princesinhas: Gabrielle R. L., Lívia Maria e Ana Clara.
Genros: Bionic_Wesker e Jose Saurin. | Netos: Rebecca Chambers, Mr. Birkin e Mr. Siegfried.
Bisnetos: *Gigi_Dante* e The Dead. | Tataraneto: Leon S. Kennedy.
Sobrinha: Anahi. | Irmão: lukaslikeavril.
Sobrinhos Netos: Knuckles Dark, LeuÔ! e One Winged Angel.

-Matt Addison- Postado em: June 19, 2009 09:56 pm

Capítulo 32: Umbrella Corporation. What don't we do?

Um de muitos outros slogans da corporação estava estampado em quase todas as salas que adentrávamos. A
Universidade era um verdadeiro mural de publicidade...
Irônico, talvez. Nada é impossível para a Umbrella. A busca pelos limites do potencial humano continua, e tudo
isso que está acontecendo é apenas o começo...

Tentei apagar meus pensamentos e matar os zumbis do caminho. Eu estava atirando neles sozinho.
Stacey estava carregando seu fardo de sempre e Karol estava estranhamente quieta, talvez sentindo algum
efeito do remédio, ou talvez estivesse cansada de tentar me matar.
Minha impressão logo mudou quando vi uma cabeça caindo no chão atrás de mim, espirrando sangue pela boca
e sujando meus sapatos sociais.
Karol havia decepado a cabeça de um zumbi com uma faca de cozinha. Que psicopata...
Bravo Team
-Hei farmacêutico, depois que tudo isso acabar nós vamos acertar as contas, certo? –Ela disse, sorrindo.
Fiquei parado por um instante, observando-a. Ela tinha um lindo sorriso. Seu cabelo ruivo estava brilhando,
refletindo as lâmpadas do corredor.
Grupo: Membros Eu até então não havia percebido, mas ela era muito bonita.
Posts: 1262 -É claro, vamos dar um tempo e depois nos acertamos. –Disse, cumprimentando-a.
Member No.: 310
Joined: June 05, 2005 Ela sorriu e soltou-se, recuando enquanto procurava nos meus olhos algum sinal de mentira.
Eu sabia que ela não iria desistir de me matar, mas pelo menos a deixaria achar que estava com a vantagem.
Quando sairmos do laboratório eu decido se a deixo viva ou não...

Continuamos subindo pela escadaria, chegando ao último andar.


-Pegue sua arma, Stacey. Greg pode não estar de bom humor. –Disse ao chegarmos à sala.
Peguei novamente meu cartão eletrônico e passei-o no leitor. A luz vermelha piscou, com a porta
destravando-se no mesmo instante. O gelado gás verde escapou pela abertura antes mesmo que ela abrisse,
pairando pelo chão.
Entramos apontando nossas armas. Teríamos que ter cautela com Greg, ele não iria entregar nada facilmente.
Porém não havia ninguém.
A sala estava vazia, apenas papeis e materiais de escritório estavam espalhados pelo chão. O computador ainda
estava ligado, em proteção de tela. Olhei pelas enormes janelas de vidro, de onde se podia ver todo o pátio da
universidade, iluminado pela lua cheia. Entretanto o cientista também não estava lá fora.
Tentei manter a calma e não pensar no pior. Tudo bem, talvez ele esteja na sala de experimentos.
Não queria que os outros a vissem, mas não tinha outra opção.
Caminhei até os fundos da sala, onde havia uma pequena porta metálica embutida na parede, dando impressão
de ser um mero armário. Digitei a senha no leitor ao lado e ela abriu.
Stacey andava logo atrás de mim, empunhando a arma enquanto entrávamos.
A nova sala era apertada, com diversos tanques, tubos, computadores e aparelhos de pesquisa espalhados.
- Mon dieu! – Ela exclamou, apontando para um tubo. – O que diabos são isso?
Olhei para o tubo e não me assustei. Apenas mais um dos MA-125 Hunters R.
O protótipo havia feito sucesso na corporação, e os monstrinhos já estavam sendo cultivados em praticamente
todos os laboratórios espalhados pela cidade.
Porém o que me fez gelar não foi isso. Greg também não estava lá!
Corri em direção ao freezer, chutando as cadeiras que estavam no caminho sem me importar com outros me
olhando.
O freezer estava vazio! Levaram o Daylight.
-Desgraçado, onde você está? –Gritei. O que me fez parecer um idiota, ele já deveria estar longe.
Sentei-me na mesa ao lado e tampei meu rosto com as mãos, tentando me acalmar.
Eu já deveria ter imaginado que isso não seria tão fácil.
A Universidade fora infectada, minha sala foi destruída, Greg fugiu, e o helicóptero não virá sem a troca!
-Matt, vamos sair logo daqui. – Pediu Stacey, olhando para os tubos enquanto os outros também entravam
assustados.
-Sair daqui? E tem idéia para onde vamos? Não temos mais para onde correr! –Respondi.
-Está vendo farmacêutico? Olhe o que fez! De que adiantou nos levar até aqui? –Karol intrometeu-se.

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-E você acha que eu tenho culpa? Se eu não estivesse com vocês, todos já estariam mortos!
-A questão não é essa Matt. Você não consegue enxergar? Ela te enganou! Essa corporação é a culpada por trás
de tudo – Disse Stacey.
-O que você está falando? - Respondi. -Foi um acidente! Vocês acham mesmo que a corporação soltaria o vírus
na cidade para prejudicar sua própria imagem?
-Então porque ninguém vem nos resgatar? –Perguntou Kedar.
-As pessoas podem estar infectadas! Tem idéia do que pode ocorrer se esse vírus sair da cidade? Rezem para
que esses cidadãos não saiam vivos daqui.
-Mas não estamos infectados. Podemos fugir juntos da cidade sem a Umbrella. –Respondeu o garoto.
- Isso é impossível. Não sabem que tudo está bloqueado? Ninguém sai ou entra. Não temos outra opção a não
ser seguir a Umbrella!
-Eu desisto disso, vou procurar Kent. Você vem Karol? –Perguntou Stacey, enquanto já puxava Kedar pelo
braço.
-Eu não sei, talvez sim. –Disse a psicopata ainda olhando para mim, talvez com medo de nos separarmos
novamente.
-Você vem Matt? – Ela perguntou, com um sorriso malicioso.
-Não tenho outra escolha, não temos mais o que fazer aqui e eu também preciso administrar o antiinflamatório
do Kedar e seu remédio, Karol.
-Como se você se importasse com isso! –Respondeu a psicopata. –Não se faça de bom moço.
Era verdade, e mesmo eu sendo o único que estava usando uma arma de fogo, a idéia de ficar sozinho me
arrepiava. Além disso, Karol poderia se descontrolar a qualquer momento se nos separássemos de Stacey e
Kedar. Embora eu não achasse que fosse uma boa idéia procurar Kent, não havia mais o que pudesse ser feito.

Aproveitamos a sala vazia e checamos nosso armamento antes de sair. Eu estava pegando munição dentro da
mochila quando Stacey se aproximou. Enfiei tudo dentro e fechei o zíper rapidamente. Ela pareceu perceber
minha pressa em esconder algo.
-Você não guarda todos os remédios da farmácia aí, não é? –Perguntou, escorando-se na parede.
-Somente os mais importantes.
-Então você não está carregando o remédio de Karol, certo? O que você deu para ela? -Perguntou.
-Oh, então você já desconfiou... Bem, eu não tenho seu remédio verdadeiro, então dei outro. Era a única
maneira de acalmá-la. Dei uma aspirina e ela nem desconfiou.
-Mas isso não pode piorar as coisas? Dar o remédio errado...
-Não... É apenas psicológico, sabe? Se ela acreditar que está tomando seu antidepressivo, então tudo bem.
-Claro, mas eu tenho medo que ela possa fazer algo conosco e com o Kedar... Não duvido que ela possa ter
matado mais pessoas além do marido.
-Stacey, tudo o que não precisamos no momento é de uma louca no grupo. Se não fosse por Kedar, você sabe.
Mas se ela descontrolar alguma hora, não pense duas vezes em nos salvar. –Disse, entregando-a sua pistola.
-Tudo bem, vamos nos focar em procurar Kent agora.

Aquele detetive. Eu não gostava de tê-lo nas minhas costas. Ele parecia desconfiar de algo...
Peguei minha mochila e segui-os, adentrando nos corredores obscuros da universidade.

Enquanto andávamos pelo refeitório, minha atenção voltou-se para meu celular vibrando no bolso do paletó.
Olhei no visor e o número me fez gelar a espinha. Era ele...
-Oh, parece que eu deixei meus tranqüilizantes na sala de Greg. Tenho que recupera-los! –Disse aos outros,
sem me preocupar em criar uma melhor desculpa.
-Você está louco? Não pode voltar o caminho todo sozinho! –Reclamou o garoto.
Não respondi, apenas joguei minha pistola pra ele e saí correndo para atender ao telefone.
-Desculpe a demora, tinha gente por perto...
-Não me interessa com quem você está. Já recuperou o Daylight?
-Ainda não, Greg parece ter fugido com as amostras. Não havia ninguém no laboratório.
-Não se preocupe com Greg, ele não está mais envolvido. Parece que há mais alguém com interesse nisto. Meus
mercenários disseram que minutos atrás um homem estranho usando chapéu e óculos saiu com uma maleta do
laboratório, pegando o elevador para o 4B. Seja rápido, ele ainda pode estar na Universidade.
E desligou. Fiquei olhando para o visor por um bom tempo até me recompor.
Mais alguém? Talvez fosse o mesmo homem que matou o professor Jenkins!

Havia mais trabalho para ser feito. Voltei correndo para o refeitório, os outros ainda estavam lá.
-Nossa, você já foi e voltou? –Perguntou Kedar, devolvendo a arma.
-Não, me lembrei que estava tudo na mochila. –Disse, tentando ser convincente.
Ele me olhou com expressão de quem estava ouvindo mentira, mas voltou sua atenção para a outra garota que
recentemente havia aparecido enquanto eu estivera fora.
Era a garota bonitinha com cara de nerd que estava com Kedar e Karol antes. Emily...
Deixei-os conversando e voltei minha atenção para minha mochila. Virei-me de costas e peguei os dois frascos
que eu havia guardado secretamente durante a transfusão.
Um, com o sangue de Stacey, o T-Vírus. O outro, com o sangue de Kedar, o Anti-Vírus.

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Eu planejava usar um deles a qualquer hora em alguém...


-Vamos? –Chamei enquanto guardava as amostras novamente na mochila. –Já sei onde Kent possa estar...

Fim do capítulo

This post has been edited by -Matt Addison- on June 19, 2009 10:07 pm

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BloodCold Postado em: June 20, 2009 04:11 pm

Capítulo 33: Broken English

QUOTE
Flashback. Duas semanas antes.

Aquela noite parecia não terminar mais. O tédio me consumia. Estava praticamente deitado sobre a escrivaninha
de meu escritório, e se não fosse a possibilidade de alguém adentrar naquele recinto, com certeza eu já estaria
dormindo sobre uma pilha de papéis e lápis. Meus dedos brincavam com um pequeno dardo, minha mente com a
possibilidade de atirá-lo ou não naquele cartaz de um seriado americano, pendurado na minha parede. Como era
o nome daquela tosquice mesmo, Catálogo X? Alguma coisa assim? Na certa os produtores daquilo não sabiam
de verdade o que era ser um detetive particular…
Oh, eu nunca fui muito fã de televisão mesmo.
A velha vitrola emitia um som interessante. Parecia um discurso, daqueles nazistas gritando. Não pude identificar
as palavras, mas logo depois uma música eletrônica começou a tocar. A voz era de uma mulher.

Eu poderia… suportar qualquer coisa.


Solitário, frio puritano.
Por que você está lutando?
Não é a minha segurança.
É apenas uma velha guerra…
Nem mesmo uma guerra fria.
Policial do R.P.D.

Minhas atenções foram atraídas para a porta do meu escritório, quando uma figura vestida de preto surgiu por
ela. Definitivamente, não era o tipo que eu gostava de fazer negócios, mas… dinheiro não nasce em árvores, e eu
precisava trabalhar.
Ele se apresentou como sendo um “Senhor Thompson”, mas eu tinha quase certeza de que era um nome falso.
Grupo: Escritores Seus olhos eram negros, a mesma cor dos cabelos. A pele branca, enrugada, revelava-o como sendo um homem
Posts: 494 beirando á velhice. E estava bem vestido. Tinha um forte sotaque britânico, e o modo como parecia me olhar,
Member No.: 1087 deixava claro aquela sisudez dos ingleses.
Joined: June 09, 2007
Não diga em russo
Não diga em alemão
Diga apenas em BROKEN ENGLISH.
Diga apenas em…
B R O K E N E N G L I S H.

- E em que, exatamente, eu poderia ajudá-lo, “Senhor Thompson”?—Perguntei. Ele havia se apresentado, mas
não havia dito exatamente o que queria. Se fosse um ladrão qualquer (o que eu duvidava muito), minha arma
estava por dentro do casaco, seria rápido. Se fosse algum inimigo do passado… bom… poderíamos conversar.

- Creio que já deve ter ouvido falar de uma cidade chamada Raccoon City, não é mesmo, Senhor Kent?—
Perguntou ele, retirando o chapéu que cobria os seus cabelos.

- De fato, já ouvi.

- Então eu acredito que tenha um pequeno trabalho para o Senhor em Raccoon City.

E foi assim que a minha investigação havia se iniciado. Este homem, este Senhor Thompson, queria que eu
trouxesse qualquer informação sobre o paradeiro daquele cientista, Jonathan Mapple. Ele me falou sobre a
Umbrella Corporation, e sobre as pesquisas que eles andavam fazendo nas florestas ao redor da cidade.
Thompson jogou na minha cara um envelope, repleto de notas…
Não vou mentir, meus olhos brilharam. Não só pela grana, mas por saber que eu estaria em meio á uma

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F.Y.F.R.E.'s Forum -> Resident Evil Chronicles - Capítulos

investigação daquelas… e isso, para mim, era deveras prazeroso.

Dois dias depois ele me ligou, passando todas as informações que já tinha sobre esse tal Mapple. Eu deveria
encontrar Mapple e retirá-lo da cidade com vida, e se isso não fosse possível, deveria recuperar qualquer forma
de pesquisa que ele produzira. Jonathan Mapple, cientista da Umbrella.

Eu não fazia a menor idéia sobre qual era o interesse de Thompson naquele cientista, mas contanto que eu fosse
pago… não iria fazer muitas perguntas. Ao menos, por enquanto.

- Parece que você não aprende, não é mesmo, Senhor Kent?—Perguntou a voz do outro lado da linha. O
Observador, Watcher. No momento em que ele dissera aquelas palavras, não pude evitar de olhar para Emily, e
logo em seguida para o objeto que eu encontrar junto ao corpo do reitor… um cartão magnético.

- Ela não faz a menor idéia do que está acontecendo aqui—eu respondi. Não queria envolver aquela tal de Emily
nisso tudo, mas também não gostaria de deixá-la andando sozinha por ai. E ela parecia tão animada com a idéia de
rever aquele garoto, Kedar, era esse o nome?—Não precisa se preocupar com ela.

- Oh, mas a única preocupação de minha parte, é de como ela poderá atrapalhar em seu progresso. – Ele disse, e
eu imaginei se o canalha estivesse sorrindo agora. Será que ele iria cumprir a sua parte no trato? Iria realmente
conduzir-me á um transporte para fora da cidade? -- O que você tem em suas mãos, Senhor Kent, é o Cartão de
Identificação do Reitor, e com ele você poderá ter acesso á algumas áreas… restritas. Há um elevador na outra
sala, que o levará direto para o laboratório, Devil’s Nest. Jonathan Mapple está á sua espera lá.

- Como posso ter certeza de que está falando a verdade?

- Sempre tão desconfiado, Senhor Kent. Você tem a minha palavra.

Em seguida, ouvi o som do telefone mudo. Estava começando a detestar aquela forma como esse “Watcher”, seja
lá diabos quem fosse, desligava bem na minha cara. Fui em direção de Emily, e disse á ela que devíamos nos
separar.
- Kedar e os outros estão na enfermaria—eu disse. E logo depois pude ver aquela garota correr, desaparecendo em
seguida na escuridão. Eu estava mais uma vez sozinho… e meu objetivo logo adiante.

***

As portas metálicas do elevador abriram-se silenciosamente diante de mim, permitindo o meu acesso á um imenso
e bem iluminado corredor. O piso de mármore branco estava manchado de vermelho em algumas áreas, e um
grande logotipo da Umbrella – vermelho e branco, o guarda-chuvas – na lateral direita. Assim que dei os primeiros
passos para dentro daquele laboratório, Devil’s Nest, pude sentir o ar frio tocando o meu rosto. Estava muito frio…
Haviam várias portas, incontáveis. Eu não fazia a menor idéia do quão grande era aquele local!
Pude ouvir ruídos. Não conseguia identificar o que diabos eram aquelas coisas, mas pareciam estar se movendo…
bem acima de minha cabeça.
- Mas que diabos!—exclamei, puxando a M1911 do casaco e deixando-a pronta em minhas mãos. Se qualquer coisa
aparecesse agora, encontraria o seu devido fim!

***

Minhas mãos abriram com todo o cuidado aquela porta, silenciosamente. Todo aquele laboratório me dava
calafrios… eu me perguntava se havia alguém vivo por ali. E como o nome dizia, “Devil’s Nest”… o lar do diabo,
sentia como se estivesse fazendo um piquenique num covil de cobras! Umbrella…

Assim que ele moveu a face para o lado, eu reconheci o rosto. Não havia erros, era ele mesmo!

- Largue a arma...—Ordenei ao sujeito. Ele obedeceu, lançando a sua pistola ao chão. -- Finalmente te encontrei,
Mackenzie...

Eu finalmente havia encontrado uma das peças daquele complicado quebra-cabeças! Mackenzie… ele deveria estar
com o disquete, sem sombra de dúvidas! Finalmente esse pesadelo teria um fim…

- Quem diabos é você?

- Pode me chamar de Kent, detetive Kent.

- Ora ora, vejo que hoje temos visita... Que tal os dois sentarem e nós três pararmos um pouco pra conversar? –
Uma terceira voz surgiu, a figura vestida como um cientista, apontando uma arma em nossa direção.

- E você é...? – Perguntei.

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F.Y.F.R.E.'s Forum -> Resident Evil Chronicles - Capítulos

- Jonathan Mapple, prazer.

Senti meu coração acelerado. Recuei alguns passos para trás, ainda mantendo, firmemente, a minha arma
apontada para Mackenzie. E a arma de Mapple na minha direção…

- Você não é um homem fácil de encontrar, Mapple!—Eu disse, voltando a minha mira para ele.

- Eu sou apenas alguém que não quer ser encontrado!—Ele respondeu. Sem dúvidas era mesmo Jonathan Mapple…
idêntico á foto que eu tinha dele.

- Que ótimo—Mackenzie disse, sua voz era fria, quase sem emoções—Agora, um poderá matar o outro… e eu darei
conta de quem sobreviver!

- Calado!—Disse Mapple, apontando a sua arma para Mackenzie—Eu sei por que vocês estão aqui! Eu sei…!

- E por que exatamente estaríamos?—Eu perguntei. Queria bancar o desentendido por alguns instantes. E um
pensamento distante atravessou a minha mente, onde estaria Stacey nesse momento? Por Deus, se ela aparecesse
por trás, acertando uma garrafa na cabeça daquele cientista, eu juro que casaria com ela!

Ok, não vou prometer o que sei que não vou cumprir. Paah!

- Oh, não se finja de inocente, detetive!—Ele respondeu, o cientista—Eu sei que andou fazendo umas perguntas
aqui e ali, procurando por mim… e por isto!

E ele disse aquilo, retirando um delicado disquete do bolso de seu jaleco, o objeto envolto por uma capa plástica,
marcada com alguns números. Eu achei que aquilo estava com o Mackenzie…

- Entregue-me isto, doutor!—disse Mackenzie, erguendo os seus braços na direção de Mapple—E eu prometo que
ambos escaparemos com vida daqui!

- Fique calado, você!—Exclamou ele. As mãos do cientista estavam tremendo… ele realmente não parecia ser o tipo
que andava por ai atirando em pessoas. E estava visivelmente abalado (E quem não estaria numa situação como
essas!).

Pelo que você está lutando? Não é pela minha segurança… é apenas uma velha guerra…

- O que diabos vocês estavam pesquisando aqui, nesses laboratórios?—Eu perguntei, mantendo o máximo possível
de calma em minha voz.

- E do que isso te interessa?—Perguntou o Doutor Mapple.

- Eu sou alguém que faz perguntas—Eu respondi, movendo levemente a minha face para o lado, enquanto sorria—E
você sabe disso.

- A CURIOSIDADE MATOU O GATO!—Ele gritou, e naquele instante eu soube que ele iria atirar em mim…

… Até que repentinamente, PAAH… a grade de metal que estava cima de nós estourou, e aquela coisa, aquela
criatura acinzentada de cérebro exposto estava bem no meio de nós três, balançando ameaçadoramente a sua
língua de um lado para outro.

- Droga!—Gritou Mackenzie, puxando a sua Glock do chão e correndo dali. O cientista havia feito o mesmo.

E antes que eu pudesse reagir, aquela língua cheia de farpas de carne, como uma maldita corrente, veio na minha
direção. Aquela coisa envolveu o meu pé com força, enquanto avançava sobre mim.

- Coma isso, desgraçado!—Apontei a minha pistola para a face deformada da criatura e atirei. A bala alojou-se bem
no local que lembrava uma testa, lançando carne cinza e massa encefálica para todos os lados. Ele ainda estava
vivo, mas ao menos soltou a minha perna, no momento em que começou a “gritar”—Você escolheu o cara errado
para perturbar!

E ao dizer aquilo, atirei novamente, e novamente… a criatura tentou atacar, mas um último tiro fizera com que ela
lançasse-se para trás, contorcendo o seu corpo rígido e moribundo.

Mackenzie ou Mapple? Agora, para onde eu vou?

Fim do Capítulo.

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(PS: Nada contra Arquivo X, eu adoro essa série. Mas o personagem não é muito fã de televisão mesmo. XD
E a música do Flashback, é “Broken English”, de uma ‘banda’ japonesa chamada Schaft, hoje extinta, mas que fez
algumas apresentações em 1994).

This post has been edited by BloodCold on June 20, 2009 04:18 pm

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Steve Burnside, Resident Evil: Darkside Chronicles.


- "I'll be always there. Your knight in shining armor."

Minhas Fanfictions:

- Sr. e Sra. Kennedy


- Resident Evil: Nemesis {Blood's Cut}
- O Beijo
- Deixe me ficar com você
- Um dia de nossas vidas
- Fighter! (Songfic)
- Resident Evil: Last Chance
- Rebecca's Letter
- Lady in Red Dress: A Espiã que não podia morrer
- Lady in Red Dress X: Fatal Butterflies
- Claire

Outras Fanfics minhas aqui!

Pedro Postado em: June 21, 2009 11:09 pm

Capítulo 34 – Que se dane a Umbrella.

-Escuta garoto, eu já sou um caso perdido mesmo!Se salve. –Ouvi Anahí falar enquanto aquela criatura
arrombava a porta.

Ela estava atirando nele, mas por quê? Ele jamais iria morrer com aqueles tiros. O monstro virou na direção
dela e a socou a jogando contra a parede.

-Foge Mattew... –A ouvi dizer enquanto apagava.

O monstro agora estava caminhando na direção dela, iria matá-la, mas eu não iria deixar, pois ela era o meu
caminho até Mack.

Abri rapidamente a mochila que estava nas minhas costas e tirei uma lata de refrigerante, joguei-a na coisa. Ele
Policial do R.P.D. se virou para mim.

-Ei coisa feia, olha eu aqui! –Disse balançando os braços no ar.

Grupo: Escritores O monstro correu na minha direção e desceu as garras em mim que teria me acertado se eu não tivesse me
Posts: 299
Member No.: 2131 jogado no chão.
Joined: October 19, 2008

-Só consegue fazer isso?

Levantei e saí correndo em direção ao corpo de Anahí, tentei acordá-la, mas foi em vão, o monstro corria na
nossa direção agora.

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F.Y.F.R.E.'s Forum -> Resident Evil Chronicles - Capítulos

Ele armou as garras e tentou me acertar, eu sentia a adrenalina a cada movimento dele que eu conseguia
desviar, eu já sabia por que estava conseguindo fazer coisas como essas.

Alguém estava entrando na sala, ouvi passos humanos, o monstro parou de tentar me atacar, um homem de
jaleco branco entrava, o jaleco estava totalmente manchado de sangue, eu fiquei pasmo com o monstro parado
ali sem se mover.

-Mattew?

Olhei direito para o homem e vi que era Greg, conheci ele na universidade, era um dos pesquisadores da
Umbrella segundo Mapple e um dos que poderiam assegurar um emprego na empresa para mim.

-Greg, cuidado com essa coisa...

-Não se preocupe não vai me fazer mal, mas já não garanto a você...

Como é? Que coisa é essa? Como essa criatura poderia me fazer mal, mas não a ele?

Ele retirou alguma coisa do bolso que lembrava uma caneta, apertou como se fosse escrever. O monstro tentou
me atacar, mas eu me livrei novamente.

-Ah, então é verdade.

-Verdade? –Perguntei ainda caído no chão.

-Mapple te deu aqueles comprimidos, me devolva.

Levantei-me recuando o máximo possível de Greg, olhei para o corpo aparentemente sem vida de Anahí,
preocupado com ela.

Greg parecia pensativo, poderia estar armando um plano para me matar, eu teria que agir rápido.

-Você sabe o que esses remédios estão fazendo com você Mattew?

-Sei perfeitamente. –Menti.

QUOTE

Estava no laboratório, era aula do Professor Mapple que agora era o nosso professor efetivo.

-Então, posso perguntar a que reino pertence os Mixomicetos?

Ninguém levantou a mão, realmente era uma coisa difícil de responder uma vez que acabamos de iniciar o
assunto.

-Você sabe Mattew? –Perguntou Ann quase sussurrando.

-Sei, sabe... –Fui interrompido pelo professor.

-Mattew, poderia me responder essa?

-Sim, os Mixomicetos que antes pertenciam ao reino dos fungos agora pertencem ao reino ao reino dos
Protistas.

-Muito bem Mattew. –Respondeu ele olhando pra mim com uma expressão satisfatória.

O sinal bateu, os alunos começaram a sair da sala, eu atirei a mochila sobre os ombros estava saindo da sala,
Ann vinha atrás de mim.

-Mattew, você fica. –Ouvi o professor falar quando estava prestes a sair da sala.

-Te vejo mais tarde. –Disse dando um beijo no rosto de Ann.

Puxei uma cadeira e sentei defronte a Mapple.

-Tome isto, vai melhorar o seu desempenho em biologia.

Olhei para ele quando me deu um potinho branco, peguei-o e li o rótulo que havia o seguinte título: Reagente
T-251.

-O que é isto? –Perguntei intrigado.

-É um remédio que alguns bioquímicos da Umbrella usam, serve para desenvolver melhor o cérebro e dar
mais inteligência evitando assim erros com pesquisas.

-Porque está me dando isso? –Perguntei.

-Porque você tem um grande potencial, vejo que poderá trabalhar na Umbrella ao meu lado o mais rápido
possível, é só terminar o curso.

-Obrigado! –Disse finalmente.

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-Olhe, se precisar de alguma coisa fale comigo, sei que tocou no assunto T-Vírus com o Greg e ele não gosta
de comentar isso por aí mesmo querendo que você trabalhe na Umbrella okay.

-Certo.

-Pegue isto também, vai te ajudar muito. –Falou me entregando um livro de capa vermelha, olhei a capa e no
lugar da editora havia o símbolo da Umbrella Corporation.

-Bioquímica?

-É. Pode te ajudar na sua pesquisa.

Eu sorri, ele realmente queria que eu trabalhasse na Umbrella.

-Então deve saber que eles podem te matar não é? –Falou Greg cortando minhas lembranças.

-Sei. –Menti novamente, esses remédios começaram a me assustar.

-Bom, sei também que quer trabalhar na Umbrella não é? –Ele falava como se tivesse planejado cada palavra.
-Que tal parar de fingir o fracote Mattew? A sua amiga está desacordada e antes que pergunte eu conheço
perfeitamente o perfil de alguém que deseja trabalhar na Umbrella.

-Ok, diga logo o que quer para me dar esse emprego. -Falei com firmeza, agora era o momento de me mostrar
forte, pois Greg estava em vantagem. -Quero que pegue uma coisa pra mim.

-Primeiro me dê esse livro, ele só atrapalha.

Olhei para o meu livro rasgado pelas garras do monstro parado na minha frente e o joguei para Greg.

-Cuidado com ele.

Greg foi até o corpo de Anahí e pegou a sua arma jogando-a pra mim em seguida.

-Vai precisar disso.

-Eu não sei atirar. –Disse sério.

-Aprenda! Agora quero que pegue um disquete que está com um homem chamado Mackenzie D. Sunderland.

-Sei quem é, estava atrás dele para conseguir informações.

-Tome isto. –Ele me jogou um cartão. –Vai precisar.

Peguei o cartão e olhei para ele, parecia triunfante.

-O que vai fazer com a Anahí?

-Nada, só pesquisas com ela, quem sabe ela vire uma Lisa Trevor. –Ele riu.

Eu não sabia quem era essa, mas pela risada não parecia ser coisa boa.

-Não vai usá-la para suas pesquisas. –Disse isso meio que indeciso, seria uma boa para a empresa usar uma
cobaia, mas não queria a Anahí sendo a dita cuja.

-Você pensa que é quem?

Eu precisava levar ela dali, mas antes tinha que tirar aquela caneta da mão dele, eu precisava de algum tempo
para desaparecer com ela nos braços, ela se arriscou para me salvar e agora era a minha vez, que se dane a
Umbrella, outras empresas existirão posteriormente e assim que eu sair desse inferno procuraria um emprego

Anahí agora parecia ser uma irmã pra mim, uma irmã que nunca tive.

-Posso pelo menos deixar um recado para Anahí? –Perguntei arquitetando o plano.

-Vá.

Peguei a mochila e procurei furtivamente um papel e caneta, encontrei finalmente. Escrevi a seguinte frase:
Dependendo do que acontecer daqui pra frente, que você possa ser muito feliz mesmo que seja com o fim

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definitivo da Umbrella. Faça por merecer irmãzinha.

Depois dobrei o papel e coloquei dentro do bolso da sua calça. Precisava ser rápido.

-Estou pronto. –Tirei o potinho de dentro do bolso e engoli 5 comprimidos a seco, tirei uma latinha de
refrigerante, abri-a e fingi tomar mas não fiz, eu a joguei em Greg que desequilibrou derrubando a caneta no
chão.

-Idiota, selou o seu destino!

Eu coloquei o corpo de Anahí nos braços e corri o mais rápido que pude, entrei na outra porta e continuei
correndo com ela nos braços, corri sem saber para onde ir.

-X-X-X-

Eu estava zonzo, aqueles comprimidos não estavam me fazendo bem, eu estava ágil e rápido como sempre,
mas agora estava ficando fraco. Greg tinha razão.

Coloquei Anahí no chão e encostei-me à parede, a garota dormia profundamente, eu ouvi passos atrás de mim.

Era o homem cinza, corria muito rápido, eu estava zonzo, sem ver nada, o homem cinza correu até mim e
perfurou o meu estômago com uma das garras.

Eu gritei.

Greg estava atrás do ser que agora me erguia no ar com a garra cravada em meu estômago, ele sorria
enquanto colocava Anahí em seus próprios braços.

Tudo estava ficando embaçado, senti um líquido quente sair pela minha boca involuntariamente.

-Morra idiota! –Ouvi Greg falando ao longe.

O ser me soltou no chão e eu fiquei lá, não consegui me movimentar mais, o meu estômago estava doendo
muito.

-Pelo menos sei que foi por você Anahí! –Pensei.

QUOTE

-Calma Mattew, já vamos chegar. –Disse uma mulher loira de mais ou menos 30 anos.

Um garotinho de mais ou menos 08 anos estava sentado no banco de trás do carro, esse garoto era eu.

Olhei para o relógio e vi que eram 02h23min da manhã, estávamos voltando de uma festa, eu, minha mãe e
meu pai que estava na direção, porém estava bêbado.

O carro costurava a estrada vazia entrando na contramão de vez em quando, eu estava com muito medo, via a
morte a cada curva feita pelo meu pai, eu gritava alto.

-Calma Mattew, você está no seu espaço, somente seu okay, vai ficar tudo bem.

A paisagem escura e sombria passava velozmente, floresta de um lado e de outro, estávamos chegando a
Raccoon City.

Minha mãe virou para trás.

-Esse é o seu espaço okay, só seu e aqui você estará seguro.

Isso geralmente me acalmava, mas não estava me acalmando, eu estava vendo a morte a cada vez que o
meu pai fazia zig zag na pista.

Ele entrou na contramão, um caminhão seguia na nossa direção,frente a frente com o carro.

-Desvia esse carro! –Eu ouvi minha mãe gritar.

Do nada eu comecei a gritar também, minha mãe puxou a direção pro outro lado nos livrando do caminhão e
nos jogando para dentro da floresta, o carro continuava em alta velocidade, minha mãe gritava tentando fazer
meu pai parar o carro e eu gritava com medo, meus gritos já eram de terror.

Um precipício se aproximava, vi quando os faróis do carro iluminaram o nada, minha mãe tentava parar meu
pai e o carro acelerava em direção ao precipício.

-Foge Mattew! –Ouvi minha mãe falar.

Abri a porta do carro e pulei para fora caindo dolorosamente no chão e rolando até perto do precipício, ouvi
ainda o motor do carro e bati com a cabeça em alguma coisa, apagando em seguida.

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Muitos dizem que antes de morrer toda a sua vida passa diante de seus olhos, eu estou morrendo e a única
coisa que vi foi o momento mais marcante dela.

A morte é fácil e rápida, a vida é mais difícil e muito demorada.

Foi como se eu tivesse batido com a cabeça novamente e apagado, só que dessa vez foi sem volta...

... ... ... ...

Fim do Capítulo.

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set by eu xD!
___________________________________________________

Barrinhas perfeitas feitas por God Kira, valeu God!


____________________________________________________________________________________________________

My Fanfics:
Biohazard Space
The True Love
Resident Evil Code: Sherry

Não custa nada perder alguns minutos para lê-las.


______________________________________________
Resident Evil Code: Sherry 14° Capítulo postado!

Se eu desaparecer eu ainda estou vivo, é que estou muito cheio de trabalhos na escola!

Jejé Postado em: June 24, 2009 09:55 pm

Capítulo 35: Childhood

- Vamos? Já sei onde Kent possa estar... – disse o farmacêutico.

Levantei as sobrancelhas no mesmo instante. Como ele poderia saber afinal? Matt estava ficando cada vez mais
suspeito para meu gosto. Contudo, não contestei. Apenas o segui, assim como os demais. Eu devia muito a ele.
Sem ele, e Ky, eu já estaria morta naquele instante. Não totalmente morta. Uma morta-viva eu acho... Blergh!
Meneei a cabeça negativamente. Não deveria ficar pensando nisso afinal.

Seguimos por alguns corredores. Karol andava logo a minha frente. Com aquela faca em mãos. Vestia uma
camiseta estampada com a banda grunge Nirvana... As calças largas. Uma arma presa ao cinto. Ela observava
cada movimento do farmacêutico. Parecia que iria devorá-lo com os olhos. Eu não conseguia distinguir se aquilo em
seus olhos era ódio ou... Sei lá o que. Karol em si era uma incógnita. Ky e Emily andavam juntos, lado a lado. A
garota estava sem a arma. E estava um tanto diferente desde a última vez que eu a vi. E eu tinha certeza de que
Alpha Team Ky também tinha notado essa mudança, pelo jeito como a olhava. Costumavam sorrir entre si vez ou outra. Os
dois pareciam serem muito amigos. Matt andava na frente de todos. Confiante. Decidido. Misterioso. Empunhando
a arma. Eu também estava empunhando a minha arma. Mas quem eu queria enganar? Pensar em puxar o gatilho
daquela arma era uma das coisas mais difíceis que já fiz. Que dirá, atirar de verdade. Mesmo com todo o
Grupo: Administradores
acontecimento exigindo que eu tomasse a postura e a atitude para atirar sem hesitar naquelas criaturas vindas do
Posts: 2650
Member No.: 779 inferno, eu não conseguia. O que estava errado comigo? Não era a primeira vez que eu pegava em uma arma de
Joined: September 14, 2006
fogo, afinal, embora nunca tivesse atirado. Foi quando comecei a me lembrar...

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QUOTE
- Não, eu não vou embora daqui até que você dê sua palavra de homem, seu cretino! – bradou uma moça,
nervosa, apontando uma arma.

- T-tudo bem, apenas largue a arma. Nã-não há mais necessidade disso. Você já pagou tudo que devia. Vamos
acertar tudo sem violência, o-ok? – gaguejava o homem com seu forte sotaque espanhol, suando. Suas mãos ao
alto, demonstrando claramente o medo em seus olhos fixados na arma que lhe era apontada.

- Você sabe que eu tenho contatos aqui na cidade. Inclusive, conheço pessoas que dariam tudo pela sua cabeça
em uma bandeja. Sabe que se algo acontecer a mim ou a família de Pablo, você vai dançar. V-O-C-Ê V-A-I
D-A-N-Ç-A-R RAMON! – gritou a moça, encostando a arma na cabeça do homem.

No mesmo instante, vários outros homens presentes naquele local se posicionaram, apontando suas armas para a
moça. Rapidamente, o homem que sofria as ameaças deu um pequeno sinal com a mão, mandando-os recuar. A
moça deu alguns passos para trás, demonstrando ódio em sua face. A arma continuou apontada. Conforme seus
passos colidiam com o assoalho empoeirado daquela igreja, lágrimas caiam no chão.

A tensão e o silêncio poderiam ser cortados naquele salão com uma simples agulha. Longinquamente, ouvia-se o
sussurro, as preces de alguém. Era o padre, em sua bancada, rezando. Ele estava de testemunhando aquela
cena, embora desejasse profundamente não estar.

- Eu poderia te matar aqui mesmo, seu cretino. Vingar o Pablo...

- M-mas você não vai fazer isso. Você já pagou tudo que devia. Nã-nã-não tem por que fazer isso, menina! Olha,
eu nunca, nunca mais vou mexer com a família do Pablo. O padre está de testemunha. E-e-e-eu juro!

A garota sorriu. Limpou as lagrimas escorrendo em seu rosto. A maquiagem pesada em seu rosto recobrindo sua
palidez, e os cabelos longos e loiros presos em um coque rabo-de-cavalo, contrastava perfeitamente com sua
roupa preta, de couro. Ela se aproximou do homem mais uma vez. Olhou profundamente em seus olhos.

- Eu acho bom você cumprir a sua parte. Pois eu já estou indo cumprir a minha.

Logo após ameaçar pela última vez o homem, a garota se dirigiu para a saída do local. Passou pelo extenso
corredor rodeado de bancos de madeira. Todos os capangas a fitavam, ameaçando com o olhar, a reagir a
qualquer movimento suspeito que ela fizesse. Quando ela finalmente saiu do local, o líder do bando, o homem a
quem ela ameaçava, pegou um lenço de sua camiseta florida. Limpou sua face suada.

Do lado de fora, a moça caminhou até se deparar com uma sombra. Um rapaz. Moreno, alto, cabelos longos.
Jaqueta de couro. Um distintivo preso à mesma. Ela não se importou com sua presença. Continuou caminhando.
Passou pela figura. Até que fora interrompida.

- Você vai mesmo embora do país? – indagou, de costas para ela.

- Sim. – ela retrucou, parando de caminhar - Está é minha parte no trato. Pagar o que restava para que não
importunassem mais ninguém da família, e depois dar o fora. Trate de continuar de olho neles por mim, por
favor. Proteja a família de Pablo por mim. – concluiu enquanto jogava a arma no chão.

- Eu duvido que o Ramon vá tentar alguma coisa depois do que você fez.

- Ainda assim, não dê mole. Você poderá prendê-lo em breve se continuar empenhado. E aquela mulher que
empunhou uma arma lá dentro, acabou de morrer.

- Entendo – consentiu o rapaz, fechando os olhos – Foi por que você teve que pegar em armas de fogo
novamente não é? Quebrando então a promessa que fez a Pablo.

- Foi necessário. Quando eu sair daqui, já terei outra identidade. Nem você e nem meus tios na França, nem
ninguém poderá me encontrar. – ela deu uma pausa e logo finalizou – Adeus, Raul. Obrigada por tudo.

- Eu que agradeço. Mas o que direi a Maria?

- Diga a mãe de Pablo... Que Selene agradece por tudo. E que ela finalmente está livre. – disse, caminhando
novamente.

- Stacey, me ajude aqui! – gritou Matt repentinamente, me afastando de minhas lembranças longínquas.

- O que foi?

Dei uma pequena corrida até ele, passando na frente de Karol. Matt estava encostado á uma parede, rente à
esquina da intersecção do corredor. Parei bem á seu lado. Ele fez um gesto com a cabeça, apontando algo além do
corredor ao lado. Dei uma ligeira olhada, inclinando minha cabeça vagarosamente. Mon Dieu! O corredor estava
infestado por zumbis!

- Como faremos? – sussurrou Matt, perto de mim – Estou com pouca munição.

- O que houve? – interrompeu Karol, se aproximando.

- O corredor, está infestado de zumbis. Matt tem pouca munição – respondi.

- Eu tenho uma arma aqui – Karol retirou do cinto a sua arma e a exibiu.

- Eu tenho uns potes químicos na mochila. – disse Ky, se ajoelhando no chão e abrindo a mochila – Eu os peguei
naquela sala onde deveria estar o Greg, enquanto checávamos o armamento – concluiu.

Danado. Mas aqueles potes iriam ajudar. Seria uma ótima válvula de escape, pelo menos para mim.. Eram
parecidos com aqueles potes de ácidos que usamos antes. Mas estes eram tonalizados em cinza. Em um flash,

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lembrei-me de Vanessa no mesmo instante. Uma tristeza me atingiu naquele momento.

- Tome Stacey. Fique com estes. – ofereceu Ky, me entregando dois dos potes cinza – E você também Emily –
disse, se voltando para a amiga, e lhe entregando mais dois deles para ela.

Olhei o adesivo preto contido no pote. “Substância explosiva. Mantenha distância!”. Sorri. Maravilloso!

- E então, vocês irão jogar essas coisas nos zumbis e nós atiramos? – indagou Karol.

- Creio que sim. A propósito... – fui á direção de Matt, lhe oferecendo minha arma – Tome Matt. Como está com
pouca munição, pode usar a minha arma.

- Certeza?

- Absoluta.

- Então acho melhor corrermos. – bradou Emily – Mais zumbis estão se aproximando!

Olhamos instintivamente ao redor. Droga, eles estavam nos encurralando!

- Teremos que passar correndo pelo corredor. Vamos lá, não temos tempo a perder! – disse Matt, com as armas
em mãos, seguindo na direção do corredor infestado.

Karol o seguiu. Atirava com sua arma sem hesitar. Dei um sinal para Emily e Ky seguirem na minha frente. Eles
seguiram com os potes em mãos, preparados para o pior. Puxei a faca de meu bolso. Aquela faca, refletindo meu
olhar, me trouxe mais lembranças...

QUOTE
- Largue essa faca querido! Vamos, solte-a!

Uma mulher desesperada gritava. Ela observava com amedrontada, os movimentos de um homem. Ambos já
pareciam ser de idade. A mulher estava trajada de social. Os cabelos curtos, loiros. O homem, era alto, esbelto.
Trajava-se socialmente também. Os óculos quadrados em sua face. A barba por fazer. Ele parecia alterado. Não
falava coisa com coisa. A mulher reclamava do cheiro insuportável de álcool que o homem exalava pela boca. Não
agüentava ficar perto dele.

- Você deve ter se drogado de novo, saía de perto de mim! – ameaçava a mulher, empurrando o que parecia ser
seu marido.

E no chão, jazia uma criança. Uma menina. Ela soluçava. Algo estava acontecendo. O homem parecia estar
agredindo a mulher. Esta por sua vez, pegou uma faca de cozinha para se defender.

- Selene, feche os olhos meu amor! – gritou a mulher

Sangue...

- Papai... Mamãe... – gritava a criança enquanto chorava, fechando os olhos.

- Uoooohh...

O gemido de um zumbi se aproximando de mim, fez com que eu despertasse novamente. Droga, Matt e os outros
já deviam estar passando pelos zumbis no corredor, e eu aqui. Corri. Corri até eles, desviando dos zumbis mais
lentos, e cortando com minha faca, aqueles que se aproximavam. Os pedaços de suas carnes podres se
despedaçando exalavam um cheiro de podridão insuportável. Ky jogou um de seus potes nas criaturas que se
acumularam a nossa frente. Uma pequena explosão se seguiu. Matt e Karol continuaram atirando nos zumbis que
se aproximavam por trás. Após os zumbis a nossa frente caírem, corremos. Corremos. Adentramos outros
corredores. E continuamos correndo. Quando me dei por conta, voltamos ao hall da universidade. Havia pelo
menos uns dois zumbis por ali. Karol fez questão de acabar com eles. Deu dois tiros, fazendo-os cair. E então os
esfaqueou até que morreram. De verdade.

Ky e Emily seguiram para perto das escadas que davam para o segundo andar. Se sentaram, cansados. Eu fiz o
mesmo. E então as lembranças começaram a invadir minha mente novamente. O que era aquilo por sinal? Todos
aqueles sentimentos e lembranças tão repentinamente... Culpa da fome e do cansaço... Talvez?

Lembrei-me de quando meus pais se separam. E minha mãe me enviou para a casa de meus tios na França. Foi lá
que estudei e me formei. E quando voltei anos depois para casa, meu pai, recuperado dos vícios do passado,
decidiu investir toda sua poupança para mim em uma faculdade. Rá... Foi ali que tudo começou... Minhas farras
pelo mundo, gastando o dinheiro das mensalidades. Foi como uma vingança contra ele. Não sei distinguir até hoje
quem saiu com a melhor nisso tudo.

QUOTE

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- Selene, vamos logo! Os guardas irão acabar nos achando desse jeito! – sussurrou um rapaz.

- Calma! Apressado. Eu só quero ter a sensação de observar a Praça dos Milagres correndo risco de ser presa!
Hahaha! – brincou a garota, subindo algumas escadas de uma prédio velho.

- Isso não tem graça. Já pensou se nós pegam aqui? Já pensou se a torre se inclina de vez e desmorona?? Meu
Deus!

- Cala a boca, Gustaf! Não seja medroso. Não vai desmoronar não. Já estão trabalhando em diminuir a inclinação
da torre – explicava a garota enquanto subia mais e mais escadas – Em alguns anos, a Torre de Pisa será
recuperada.

- E porque diabos você não espera mais alguns anos para visitar então??

- Eu não! Haha! Muitas outras pessoas invadem a torre fora do horário de visita. Por que eu não posso?

- Se eu me encrencar, você também vai junto!

- Aí, pare de praguejar! Vamos aproveitar e pronto. Ninguém nós viu aqui. Ainda.

Minutos depois, quando a dupla chegou no topo, uma vista maravilhosamente bela, não apenas da famosa praça
dos Milagres da Itália, mas também, de boa parte da cidade de Pisa. Esquecendo seus problemas, Selene pode
sentir o vento gelado da noite batendo em seu rosto, por vários minutos. O amigo da faculdade, Gustaf, também
a acompanhou na aventura, para sentir a mesma emoção.

- Ei vocês, parados aí! – gritou uma terceira, um guarda italiano, flagrando a dupla.

Sorri. Aquela visita a Torre de Pisa fora, deveras engraçada. Me perguntei onde estaria Gustaf agora. Certamente,
formado. O rapaz tinha uma mente brilhante como designer. Deveria estar feliz. Com dinheiro no bolso. Nem por
um minuto sonhando com todo aquele inferno que eu estava vivendo em Raccoon City.

Matt e Karol estavam vindo em nossa direção na escada. Eu me levantei. O tempinho já tinha sido o suficiente para
recuperar o fôlego.

- Vamos? Temos que encontrar o detetive Kent. Ele não deve estar longe daqui. – disse.

Matt meneou a cabeça, relutante. Ele ia dizer alguma coisa, mas sua atenção foi voltada para alguém abrindo
alguma porta, nos fundos do hall.

- Ei você! Parado aí! – gritou Matt, apontando para um alguém em uma porta perto da entrada da universidade. Eu
não tive tempo de ver quem era. Mas percebi que a pessoa fugiu assim que o farmacêutico gritou. Quem poderia
ser?

Matt correu atrás da figura misteriosa. Karol o seguiu. E logo depois, Emily, Ky e eu. Chegamos a um corredor
úmido. Matt foi até o fim do recinto, checando a área. Eu avistei um pequeno pente de munição no cantinho da
parede. Karol tratou de correr e pegar o pente antes que eu pudesse. Tsc.

- Por aqui! Venham por aqui! – bradou Matt, voltando, e nos acenando com a mão, para seguirmos por uma porta
no meio do corredor.

Nos deparamos com uma extensa sala de energia, com um elevador ao fundo. Matt foi até o fim e verificou o
elevador. Exclamou algo de má índole, e então apertou vários botões, nervoso. Fiquei confusa quanto a essa
atitude do farmacêutico em relação ao estranho. Quem seria a tal figura? Se fosse um sobrevivente, poderia muito
bem se juntar a nós... Então por que este estaria fugindo? Talvez fosse o tal Greg... Ou quem sabe, a pessoa que
atirou no professor Jenkins! Argh, lá estava eu, pensando demais, novamente.

Foi então que Matt no chamou até o elevador. Quando o mesmo voltou até o andar em que estávamos (parecia ter
sido usado há pouquíssimo tempo, talvez pelo fugitivo); o adentramos.

X-X X

Andar 3F. Não fazia idéia de onde estávamos. Seja onde fosse, naquela imensa universidade, só sabia que estava
tudo silencioso demais.

- Ei, o laboratório onde o Professor Jenkins fazia os testes era logo ali! – disse Kedar, apontando para uma porta.

Adentramos o local indicado pelo garoto. O laboratório era imenso. Havia uma pequena mesa perto da entrada do
local, e outra mesa enorme no centro. Ao redor, recobrindo as paredes, estavam vários tipos de máquinas, e
utensílios para testes.
Permanecemos naquela sala por algum tempo, verificando-a. Emily e Ky conversavam o tempo todo. Karol
murmurava algo inaudível. Acho que estava cantando... Por Deus...

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Aproximei-me de Matt. Iria lhe perguntar sobre o remédio de Karol novamente, quando ouvimos um estrondo
vindo da sala ao lado, seguido por um tiro. E um grito. Um grito de mulher. Poderia ser alguém necessitando de
socorro. Não hesitei, indo na direção da porta, e a abrindo.

Havia sangue pelo chão da sala onde entramos. Macas em um canto da parede. E, do outro lado da sala... Um ser,
enorme... O que era aquilo? O semblante era de um homem. Mas toda sua pele era cinza. E uma de suas mãos
possuía garras enormes... Il mio Dio, o que diabos era aquilo? Parecia não ter alma. Os olhos vazios...

- Ah, mais convidados... Mas que honra! – exclamou alguém que surgira repentinamente, tirando nossa atenção
daquele... Homem?

Kedar se mostrou surpreso. Tal como Matt.

- Greg! – disse Ky.

- Ajudaaa!!! - a mesma voz de mulher que ouvimos antes, novamente gritou.

O doutor se aproximou do estranho homem cinza. Sorriu para nós. Que diabos!

X-X X

Continua...

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Anahi Postado em: June 27, 2009 11:56 pm

Capítulo 36 Salvation

Eu sentia meu corpo inteiro formigando, e fazia frio...um frio que nunca tinha sentido em minha vida. Meu queixo
batia involuntariamente e aos poucos fui recobrando os sentidos. Que fosse melhor ter ficado dormindo. Não
conseguia distinguir muito bem o que estava havendo, mas ouvia várias vozes. Vozes grossas, homens
discutindo.

-... não importa, você já se excedeu nesse projeto!As ordens são claras e objetivas!

Ouvi uma risada.


Bravo Team

- Hoje não é um bom dia para morrer!

No instante seguinte gritos, tiros, os homens pareciam estar enfrentando algo forte. Devia ser aquele ser que me
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atacara e a Mattew. Oh, droga! Espero que Mattew esteja bem, eu dei uma boa oportunidade para que ele
Member No.: 1680 fugisse. Não é possível que teria sido tudo em vão. Eu precisava levantar e procurar por ele. Mas estava apertada
Joined: April 27, 2008
naquela maca com as faixas.

Ranking Especial:
Uma bala resvalou sobre a maca e senti um frio na espinha ao perceber que estava no meio de uma guerra.
Estava tudo confuso, um dos homens caiu sobre mim e abri os olhos com força. Ele estava morto, de costas,
podia ver um símbolo em seu uniforme e as siglas UBCS, seja o que for, a Umbrella estava no meio.

Greg se aproximou.

- Eles não vão te incomodar mais, querida. Ninguém mais... quero ver como o vírus e o veneno vão se comportar
no corpo por um longo tempo, em pessoas como você o processo é mais devagar e convidativo a estudos...

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Aquilo me gerou um ódio, reuni o máximo de minhas forças para xingar aquele sujeitinho.

-Ah! Vá para o inferno!No final das contas eu vou acabar como cobaia da Umbrella...

-Eu e a Umbrella já não estamos mais juntos...

-Que seja!Continuo com um louco que fez algo da Umbrella...quando me tornar um zumbi, tenha certeza de que
você será o primeiro a ser mordido...

Meus olhos se encheram de esperança, eu só precisava distraí-lo. A bala que resvalara na maca havia rasgado um
pedaço da faixa que prendia minha mão. Tinha que fazer aquilo antes que desfalecesse novamente. Mas ele não
era meu maior problema. Ainda tinha aquele enorme homem cinza de sunga para poder me atrapalhar.

Ele caminhou pela sala mexendo em alguns frascos,se aproximou de novo segurando um pote escuro.

Aproveitei de sua distração e soltei ambas as mãos disfarçando, ele estava tão maravilhado com seu frasco que
nem notara minha movimentação.

- Aqui, em minhas mãos, sua salvação. O daylight, a cura para o t-vírus.

- O que?! Descobriram uma cura?

Talvez, tomando o antivírus eu possa me recuperar rápido e oh, que inferno! Eu estava vendo minha mochila no
canto da sala, mas minha shotgun não. Havia uma .45 dentro dela, mas meu poder de fogo estava todo na
“Cindy”, sim, eu sou o tipo de pessoa que dá apelidinhos para objetos de valor...e ela tinha muito valor

QUOTE
Eu havia acabado de tirar meu porte para armas de fogo e não sabia qual comprar. Vovô sempre falara de
armas e técnica em combate que eu estava maravilhada em vê-las tão de perto. Edward se aproximou sorrindo.
Era certo que eu detestava todos os meus companheiros de equipe desde o começo. Mas ele era o único que
teimava em me acompanhar e logo descobri que ele também havia entrado por conquistas próprias e não
indicado por ser filho de alguém.

- Então, ainda em dúvida? Acho que vou levar uma .45 .

-Humpf.

Resmunguei olhando algumas armas da estante.

- Mas como você é diferente de todos, acho que vai levar uma arma grande...que tal uma AK?

- Na verdade, eu não sei realmente o que levar...cresci ouvindo sobre o poder de fogo das armas na guerra,
meu avô era um aficionado nesse assunto.

- Era?

-É, não sei se está vivo, morto...não me responde mais cartas, que vá para o inferno também.

Ele sorriu e se aproximou, afastei-me esbarrando numa arma pendurada. Era uma shotgun novinha, seu cano
brilhava.

- È, acho que encontrei a minha arma.

- Uau!Uma shotgun. Sabia que não ia se contentar com armas pequenas.

- Vovô adorava falar dos estragos de uma shotgun. Ele dizia que nas guerras elas eram as melhores. Acho que
acabei me tornando policial por causa dele...

- Seu avô deveria ter sido um policial, parece divertido.

Começamos a caminhar para o balcão. Tínhamos que registrar as armas.

-Então, quer tomar um sorvete ali do lado?

Ele apontara para uma sorveteria que tinha do outro lado da esquina. O clima estava quente, não recusei a
proposta.

- Tudo bem, mas vou deixar a arma aqui. Não há necessidade.

- Minha arma vai se chamar Queen. Eu adoro essa banda. E ela tem um ar de majestosa.

Eu ri olhando para o calibre.

- Queen, é? Bom, então seguindo sua idéia, a minha se chamará Cindy...

- Da Cindy Lauper?

-È!

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Ele gargalhou olhando para mim. Cruzei os braços nervosa.

- O que foi?

-Desculpa, é que você não parece gostar desse estilo de música...

- Eu tenho minhas exceções.

-Ótimo, adorarei conhecer.

- E quem disse que eu vou contar?

- Ah, vamos... já aceitou um sorvete.

Nunca cogitei me relacionar com algum companheiro de trabalho, mas acabamos sempre andando juntos e um
namoro foi inevitável. Claro que eu nunca demonstrava em público nossa vida, e aquilo irritara Edward. Era
como se eu tivesse vergonha dele, mas eu tinha medo, medo que me achassem uma aproveitadora. Os homens
do time já não gostavam muito da minha presença.

No dia do incidente do prédio, eu e Edward tínhamos terminado... e logo ele estava morto...sem que eu tivesse
tido tempo para dizer que o amava, pouco me importaria meus companheiros de trabalho, se ele tivesse saído
vivo daquele inferno... aquele arrependimento saltitava em meu peito e movia minha vingança contra a
Umbrella.

- È uma pena, mas esse daylight fica comigo...

Ergui meu braço dando um soco no rosto dele. O homem colocou a mão na face deixando a amostra cair. A
amparei antes que espatifasse no chão.

-Sua maldita!

Peguei a metralhadora que o cadáver sobre mim segurava e apontei para Greg. Minhas mãos tremiam
novamente. Eu logo iria desmaiar.

- Eu vou sair daqui! E não se atreva a controlar esse experimento de laboratório bronzeado de sol.

O monstro me jogou contra a parede e gritei.

-AHHHHHH!

Protegi a cura contra meu corpo e senti-me lançada ao outro lado da sala pelas garras do monstro. Ele se
aproximava de novo, a metralhadora fora jogada longe...realmente era meu fim.

-SOCORROOOOO!

A porta se abriu e pude ver pessoas. Não eram zumbis, pessoas...

Greg riu olhando para eles

- Ah, mais convidados... Mas que honra!

- Greg! – um dos homens do grupo apontou para o cientista

Amigos ou não, eu exclamei novamente.

- Ajudaaa!

- Ora, Kedar, é bom te rever por aqui!Mas não tem mais nenhum uso para mim, agora tenho sua irmãzinha.
Apesar de que ela dá mais trabalho e logo será eliminada.

Meu coração disparou ,e, apesar de confusa e completamente tonta consegui compreender, aquele rapaz que
adentrara a sala era Kedar? Meu irmão, meu irmão que eu nunca vira, conhecia aquele homem? Oh não, eu
estava confusa demais e emocionada o bastante para poder raciocinar.

- Minha irmã?

Kedar olhou para mim sério, parecia um pouco surpreso,mas não tanto quanto eu. Um dos homens do grupo
apontou para Greg.

-Hoje é um dia ótimo para os meus negócios... dê-me o daylight.

Enquanto uma das mulheres do grupo se aproximou de mim guardei a cura no bolso da jaqueta.

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- Oh, mon dieu! Você não parece nada bem! Temos que tirá-la daqui.

Meu corpo todo ardia. Greg e o outro homem haviam começado uma discussão sobre o daylight, mas eu apenas
ouvia ruídos.
Thanatos investiu sobre ele e uma mulher com uma camiseta do Nirvana atirou gritando.
Nas laterais do laboratório havia alguns tubos de nitrogênio. A mulher posicionou-se atirando contra eles e
atingindo Thanatos.

Estava tudo embaçando em minha mente e me deixando confusa, mais duas pessoas tentavam me levantar. Ouvi
uma voz doce e calma.

- Vamos tirá-la daqui rápido...

Greg estava rolando no chão atracado com o outro homem, foi quando ouvi um grito dele.

- O que você me aplicou, seu infeliz?!

-Você vai ficar calminho agora!

Greg rolou pelo chão tossindo e chutou o rosto dele. Ele encostou-se num painel perto de um tubo e uma porta se
abriu, meus olhos estavam fechando e a última coisa que vi foi ele e o monstro entrando por essa porta.

Continua...

--------------------

Davi Redfield Postado em: June 29, 2009 11:07 am

Capítulo 37: 17 vezes Remédio(s)

[Os eventos narrados no trecho abaixo ocorrem durante o Capítulo 28]

Minha cabeça doía. Falta de remédios. Abstinência. Que Inferno!


Emily e eu caminhávamos por um dos corredores da universidade. Foi quando eu vi ele.
- Farmacêutico...? - disse.
Imediatamente, comecei a correr atrás do homem, com minha faca empunhada. Eu o vi entrar em uma porta,
mas de repente as luzes se apagaram! Maldição! Nunca vou ter uma chance de pegá-lo nessa merda de cidade?
- Auuugh.
Uma nova pontada de dor na minha cabeça. Caí de joelhos, na escuridão. Será que aqueles monstros podiam
enxergar no escuro?? Não podia ficar ali parada, de qualquer maneira. Augh. Me levantei com dificuldade. Onde
está Emily? Ela estava logo atrás de mim...
Subitamente, as luzes voltaram.
- Eu preciso do meu remédio, estou ficando louca... - disse, para ninguém.
Comecei a andar novamente pelos corredores do lugar, lendo o nome das portas, procurando pela Enfermaria.

Bravo Team
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Andei por vários minutos, até que, desanimada, olhei para o chão. Foi então que eu vi. Havia um pequeno
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Posts: 1296 rastro de sangue se estendendo até a esquina do corredor em que eu estava agora. Me lembrei da cena na loja
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de armas. Kedar estava sendo amparado por uma mulher. Estaria ferido? Esforcei mais a memória. Quando ele
Joined: October 30, 2008
estava sendo levada pro carro, pela mulher... O casaco dele... Um dos lados estava sujo de sangue... Era isso!
Comecei a correr pelo corredor, seguindo o rastro no chão. Poderia ser o rastro de qualquer outra coisa, até
Ranking Especial: mesmo de um monstro como o da loja, mas eu não tinha nenhuma pista melhor, que se dane!

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Finalmente, cheguei a uma porta. Olhei para o nome gravado no vidro dela. "Enfermaria", afinal. Sorrindo,
entrei.
O lugar estava uma bagunça. O rastro de sangue ia da porta até uma das macas, onde terminava. Devem ter
cuidado do ferimento dele ali.

Uma nova e mais potente pontada de dor na minha cabeça dolorosamente me lembrou do motivo de eu ter ido
até ali. Remédios. Preciso do meu maldito remédio!
Cambaleei até uma pratileira, e comecei a procurar. Havia vários vidros e potes de remédios ali, mas eu não
conseguia achar o meu!!!

- Gaaaaargh!

Atirei todos os potes e vidros de remédio no chão. Fui até a outra prateleira. Uma nova busca inútil, não havia
nada pra mim ali.
Minha cabeça doía sem pausas, agora. Lágrimas involuntárias desceram pelo meu rosto. Peguei a minha arma.
Coloquei na boca. O frio do aço e seu gosto salgado eram tão estranhos... Tirei a arma da boca, e coloquei o
cano embaixo do meu queixo. Eu poderia... Como seria a sensação? Minha cabeça estava doendo tanto....

- Aughhhhh! - gritei.

Caí de joelhos e comecei a mecher nos potes de remédio que havia derrubado. Vi um pote de Valium. Não é o
meu remédio, mas agora vai ser. Nunca havia tomado um, mas sabia que era um calmante. Ou seria um
tranquilizante? Não posso ficar calma demais, ou não conseguirei matar o farmacêutico quando tiver a chance.
Quebrei o comprimido no meio e engoli metade, guardando a outra metade no bolso da calça. Posso precisar
mais tarde.

Fiquei alguns minutos ali, de joelhos, sentindo o comprimido fazer efeito. Minha dor de cabeça parecia ter me
dado uma trégua, mas de quanto tempo?

De repente, ouvi tiros. Tiros significam pessoas vivas. Pessoas vivas significam uma possibilidade de que o
farmacêutico esteja entre elas. E uma possibilidade...

O que é isso? Preciso parar de divagar assim.


Corri em direção ao ruído dos tiros, e logo cheguei ao hall da universidade. Vi um grupo de pessoas subindo as
escadas, e em seguida vi uma pequena explosão lá em cima.
Tinha alguns zumbis indo em direção á escada, que ao me verem, passaram a vir em minha direção. Passei
correndo por eles, evitando perder tempo.
Subi as escadas correndo. O grupo - podia vê-los melhor agora - de três pessoas continuava a avançar. Gritei.
- Ei! Me esperem!
- Karol? - disse Kedar, se aproximando de mim. Ele me abraçou.

Com um braço só.

Tentei recuar, mas acabei deixando-me envolver pelo seu braço. Eu não era abraçada desde que --

- Que bom que te encontramos... - disse a mulher que tinha amparado Kedar na loja.
- Karol. E não, não sei onde as outras estão. - respondi, por que sabia que era isso que eles queriam saber.

-------------------------------

- Então... É você! - gritei, ao reparar no terceiro integrante do grupo. Era o farmacêutico!


- Eu não tinha reparado no seu rosto! Por isso você fez questão de ficar de costas desde que encontrei vocês! Eu
te mato!!! - gritei, partindo em direção á ele.
Kedar me segurou, enquanto eu tentava freneticamente me libertar. Por que alguém sempre tentava me
impedir de matar esse desgraçado?
Como se não bastasse Kedar, a mulher veio ajudá-lo a me segurar também.
Sorri. Dei uma cotovelada no saco de Kedar, que caiu de joelhos instantaneamente. Homens.
A mulher que o ajudava agora tinha me soltado, me deixando finalmente livre para executar minha vingança.
Correi e pulei nas costas do farmacêutico, esmurrando e arranhando ele. Quando ia pegar minha faca para
cortar sua garganta, ele conseguiu segurar meus pulsos. O desgraçado é forte.
Então, ele se virou e me disse:
- Eu vou te dar o remédio. Me escuta: eu vou te dar esses remédios.
Parei de tentar me soltar. O que é isso? Meus remédios? Ele os tem? Estou ficando louca sem eles, e não sou
louca, não mesmo. Ele continuou me encarando, havia um quê de diferente em seus olhos. Ou era verdade, ou
era uma mentira bem contada. Preciso dos meus remédios. Preciso matá-lo. Se matá-lo, será que os remédios
estão com ele? Posso conseguir meus remédios e depois matá-lo?

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[Me sentei no chão, e o farmacêutico soltou meus pulsos]

O que vou fazer quando conseguir matá-lo...? Essa cidade não está normal. Monstros não são normais, ou não
deveriam ser. Eu o mato, e o quê? Tenho que sair da cidade. Se estiver louca, ninguém vai querer me levar, e
posso fazer uma besteira, como atacar um monstro que não pode ser morto, e ele me matar. Preciso matá-lo,
mas preciso dos meus remédios...

O farmacêutico se abaixou perto de mim, pegou minha mão, e colocou um pequeno comprimido nela.
- Tome isso. O efeito dele é de curta duração, e só eu sei quando você tem que tomar a próxima dose.
A voz dele estava estranhamente terna. Quase...
- Eu vou te matar. - eu disse.
- Aí você vai ficar sem seu remédio. - ele disse, sorrindo, e em seguida se levantou, e começou novamente a
caminhar.
Maldição! Se eu não precisasse dos meus remédios...

Fim do Capítulo

--------------------

Fics:
Terra de Ninguém (com Pyramid Head)
Resident Evil: Na Idade das Trevas
Eu e Janet
Burroughs
Doug

Gabrielle R. L. Postado em: July 01, 2009 11:14 am

Capítulo 38: Strings

Aquele tal de Greg havia corrido junto com aquele homem cinza, parecia que o perigo acabara. Eu ajudava
Stacey e Kedar a levantar a tal mulher que encontramos, a mulher que o tal Greg havia dito que era a irmã de
Kedar. Olhei rapidamente para Kedar, ele mantinha uma expressão de surpresa, como se não a visse a muito
tempo e não esperava encontrá-la ali. Ajudei Stacey e Kedar a colocar a mulher na maca.

- Vamos esperar ela acordar... – Ouvi Kedar dizer enquanto encostava na parede demonstrando cansaço

Eu olhei para onde a mulher estava, havia um frasco ali, me abaixei e o peguei, ao me virar com o frasco, o
farmacéutico veio rapidamente em minha direção pegando o frasco de minhas mãos. Ele parecia estar
maravilhado com aquilo, parecia ter encontrado o maior dos tesouros.

- Finalmente...– Ouvi ele sussurrar

Eu estava confusa, o que era aquilo? Antes que pudesse falar algo minha pasta se abriu derrubando ao chão
alguns papéis. Vi Kedar se aproximando para me ajudar a recolher os papéis.

Bravo Team - Quem são? – Ouvir Kedar perguntar

Ao olhar, percebi que ele observava uma foto que havia caído também, olhei qual era, na foto estavam uma
garotinha de dez anos de idade, cabelos curtos negros, óculos e um belo sorriso na face, ao seu lado uma
Grupo: Escritores mulher com longos cabelos castanhos sorrindo como a garota, ao lado da mulher, um homem de meia-idade,
Posts: 799
Member No.: 2102 barba por fazer, fardado com o uniforme policial segurando um pequeno bebê, aquela foto fora tirada a onze
Joined: October 14, 2008
anos atrás.

QUOTE
Eu estava no pequeno cemitério de minha cidade, talvez aquela fosse a última vez que eu estaria ali, em
minhas mãos estão flores, um último adeus a ele. Leonard Jones Carlsen, mais conhecido como oficial Carlsen,
meu pai. Há onze anos atrás, a polícia local recebeu um chamado que indicava que um crime ocorria em um
galpão. A equipe liderada por meu pai seguiu até o lugar da chamada, era um sequestro, porém os criminosos

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estavam armados pesadamente, diferente da polícia simples. Os oficiais lutaram bravamente, houveram
mortos no confronto, um deles foi meu pai.

- Pai... Desculpe mas não posso cumprir a promessa, não posso continuar aqui, viver aqui, eu já tenho vinte e
um anos, sinto a necessidade de me tornar independente. Eu irei partir para outro lugar, mas tenho certeza
que Andy cuidará bem da mamãe... – Sussurrei como se meu pai estivesse ali

Olhei para meu relógio, era hora de ir, hora de iniciar uma nova vida, em um novo lugar, um lugar chamado
Raccoon City.

- Emily? Você está me ouvindo? – Ouvi Kedar perguntar

- Oh sim, desculpe-me... – Falei envergonhada

Eu estava presa tão fixamente ali, em tudo o que eu me lembrava, porque tudo aquilo tinha que vir a minha
mente agora? Seria porque eu morreria? Seria para demonstrar minha fraqueza perante tudo aquilo? Eu não
sei, mas quanto mais me aprofundo em minhas mais antigas lembranças, mais eu vejo como eu sou uma
criatura patética.

- Ahn Emily... Quem são as pessoas na foto? – Kedar perguntou novamente


Então me dei conta que não havia respondido a pergunta inicial do rapaz, eu realmente estava distraída demais
com tudo aquilo. Distraída demais com a lembrança de meu pai...

- São...Minha família. – Falei baixando a cabeça

Kedar demonstrou uma rápida expressão de surpresa, mas logo voltou ao normal, ele parecia achar tão
incomum.

- Então essa garotinha aqui é... Você ? – Ele falou observando atentamente a foto

Acenei positivamente com a cabeça, tudo aquilo, todas aquelas doces lembranças coloriam minha mente, por
um instante em tirando daquele inferno na terra, meu ponto fraco, minha família, as coisas que mais me
importavam no mundo.

QUOTE
- Maninha! – Ouvi uma pessoa gritar de longe
Eu caminhava em direção do transporte que me levaria a Raccoon City quando ouvi essa voz, me virei para
ver quem chamara, um jovem garoto, nove anos de idade, cabelos castanhos caindo levemente sobre os
olhos, camisa larga vermelha e shorts, um belo sorriso, meu irmão caçula Andy.

- Andy o que faz aqui sozinho? – Perguntei segurando minha mochila

- Eu não estou sozinho... Eu vim com a mamãe... – Ele apontou para trás

Olhei para onde ele apontara, a jovem senhora, cabelos longos castanhos já com alguns fios grisalhos, Ophelia
Carlsen... Minha mãe.

- Não podia deixar que fosse embora da cidade sem se despedir Emily... – Ouvi ela dizer com a voz doce

Soltei um risinho, eu realmente esquecera de me despedir verdadeiramente, como podia ter tido um deslize
desses? Sabia que deixar apenas um recado avisando não iria resolver, apenas queria causar menos
aborrecimentos possíveis...

- Você vai embora mesmo maninha? – Andy disse com uma expressão meio triste

Perdi meu sorriso naquele instante, eu sempre estive ao lado de Andy junto a nossa mãe, com a perda de
nosso pai quando ainda éramos muito novos. Me abaixei perto dele, bagunçando seus cabelos com uma mão.

- Ei Andy... Não fiquei triste, eu vou voltar... Só vou trabalhar lá por um tempo, OK? – Falei tentando animá-lo
um pouco

- Ótimo, mas volte logo... Preciso de alguém que eu possa vencer no vídeo-game! – Ele falou sorrindo

Eu o abracei, logo em seguida levantando-me e ficando frente a frente com minha mãe, ela ainda mantinha
um sorriso, obviamente forçado, nenhuma mãe gostava de ver um filho saindo de casa.
- Você realmente quer ir? – Ela perguntou mantendo o sorriso

Senti-me um pouco incomodada com aquela pergunta, já havíamos conversado diversas vezes sobre isso, por
enquanto eu tenho minha resposta, quero mesmo ir, sinto a necessidade de me tornar independente, eu
estava cansara de continuar ali.

- Sim mãe... – Falei

- Então... Boa sorte Emily... – Ouvi ela dizer, ela podia se manter ali, disfarçando, mas eu podia ver, no fundo
de seus olhos ela estava triste

Eu a abracei, talvez eu realmente não volte de Raccoon City, mas talvez aquela fosse uma das minhas únicas
oportunidades.

- Bom... Até a volta... – Acenei

Não olhei para trás, pois se fizesse isso, talvez eu não conseguiria realmente terminar o que queria. O que
queria? Queria uma nova vida.

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Despertei por um murmúrio, a tal mulher que o cientista havia dito que era irmã de Kedar estava despertando,
rapidamente vi que o rapaz já estava ao lado da maca, parecia ainda estar ansioso com tudo aquilo. Logo ao
abrir os olhos a tal mulher sentou-se na maca, ainda meio sonolenta não se dera conta ou captara tudo o que
ocorria.

- Argh o que aconteceu? Kedar...Está aqui? – Ela disse entre murmúrios

Olhei para Kedar, ele parecia tão surpreso, talvez emocionado, parecia que eles não se viam a muito tempo. Me
afastei um pouco, fui em direção ao farmacêutico percebi que ele ainda estava observando o frasco.

- O que é? – Perguntei olhando diretamente para Matt

Matt pareceu surpreso com a pergunta, parecia que não esperava minhas palavras, era incrível que mesmo em
situações críticas como aquelas ele conseguia manter aquela postura. Ele não me respondeu, apenas seguiu até
uma mesa que tinha na sala, tirando o notebook da mochila e o ligando, ele parecia estar falando com alguém,
o que ele quer afinal?

Então eu resolvi prestar atenção no que os outros falavam, realmente não estava simples obter respostas com o
farmacêutico.

- Espere... Onde está o Daylight? – Ouvi a mulher perguntar exaltada, ela parecia procurar algo nos bolsos

- O que é o Daylight exatamente? – Perguntei me aproximando

- Ouvi Greg dizer que era...A cura para o T-Vírus... – Ela falou enquanto olhava pela sala

Fiquei surpresa com aquelas palavras, uma cura pra tudo aquilo, era incrível. Olhei imediatamente para Matt,
naquele instante ele fechava o notebook com um sorriso na face, ele parecia saber de algo.

- Vamos embora daqui. – Ouvi o farmacêutico dizer

Olhei para Kedar, ele ajudava a mulher a descer da maca, ela ainda não parecia estar totalmente bem, o que
ocorria com ela?

- Consegue andar? – Ouvi Kedar perguntar enquanto ajudava a mulher com seu braço

- Huh...Não se preocupe comigo... – Ela falou com um meio sorriso

Matt seguia a frente, estávamos saindo da sala, ele mantinha um meio sorriso, parecia satisfeito, afinal o que
estava acontecendo?

- Para onde vamos agora? – Karol perguntou olhando para o farmacêutico, ela parecia tão calma agora, isso era
ótimo

- Nós vamos embora daqui... – Ele falou continuando a seguir o caminho

- Ir embora? Mas e os outros? – Kedar falou exaltado

- Isso não importa agora... Querem ou não sobreviver? – Matt falou friamente

Eu engoli em seco com aquelas palavras, eu estava preocupada, Kathleen e o senhor Kent, será que eles
estariam bem agora? Eu tinha medo, medo de perdê-los, qual seria o porquê de tudo isso?

Seguimos pelo corredor até voltar a escada que nós levaria ao Hall da universidade, o local continuava
bagunçado e destruído, em um canto da sala estava a minha mesa, bagunçada e manchada por todo aquele
sangue que o lugar estava tomado. Me aproximei da mesa, os papéis do dia de trabalho anterior ainda se
encontravam ali, o computador completamente destruído e um recado de Laura, algo simples, mas algo que
não poderei mais cumprir.

QUOTE
– Senhorita Carlsen... Bem-vinda a Universidade de Raccoon City. – Ouvi uma voz dizer
Olhei em volta, o chão impecavelmente limpo, os móveis brilhantes, os alunos seguindo pelos corredores
iluminados, era melhor do que eu esperava. Seguindo pelo hall, fui indicada até o local onde trabalharia, uma
jovem com roupas semelhantes as minhas, cabelos castanhos, sorridente levantava-se da cadeira.

- Laura Gedeon... Essa garota é a nova secretária, vai trabalhar junto a você. – A mesma pessoa disse
enquanto me deixava ali ao lado da garota

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- Eu sou Laura. – A garota falou sorrindo

- Me chame apenas de Emily... – Falei ainda maravilhada

Novamente perdida em minhas lembranças, me distraía, ainda não me satisfazia por estar lembrando de tudo
isso agora, com tantas coisas para eu me preocupar. Minha família agora deve estar feliz, sequer suspeitando
do que estava ocorrendo em Raccoon City e Laura se fora, eu havia prometido, não devo fraquejar agora,
involuntariamente uma lágrima rolou, porque eu não conseguia ser forte? Porque eu tinha que ser sempre a
garotinha frágil?

- Emily o que está fazendo aí? – Ouvi Karol perguntar de longe

- Oh nada, apenas recordando algumas coisas... – Falei rapidamente limpando as lágrimas que insistiam em
rolar

Voltei na direção onde todos estavam, Matt se mantinha isolado, mexendo no notebook, se ele tinha contato
com gente de fora , porque não pedia ajuda? O que ele planeja? Karol se mantinha quieta em um canto, ela
estava assobiando uma música, Stacey conversava com Kedar que amparava Anahí, o completo silêncio
quebrado com um barulho, a porta dupla a nossa frente inesperadamente aberta e a silhueta de uma garota
surgindo a nossa frente, praticamente se jogando sobre o chão sujo. Logo ao ver as roupas a reconheci
imediatamente.

- Kathleen! – Falei imediatamente me aproximando da garota

Ela ficou alguns instantes sem responder, parecia estar exausta, murmurava alguma coisa, eu me sentia um
pouco aliviada por saber que ela estava bem, mas o senhor Kent... Será que ele também está bem?
Kathleen levantou-se rapidamente, o rosto com um pequeno arranhão e uma face exausta e preocupada.

- Emily temos que sair daqui AGORA! – Ela falou imediatamente se levantando

- Mas... – Não consegui completar a frase

Um estrondo quebrou novamente o silêncio, dessa vez mais forte, então ouvi, uma sinfonia horripilante e
mortal, o som dos gemidos dos mortos-vivos, mas dessa vez, parecia que não seria tão simples de escapar.

Fim do Capítulo

This post has been edited by Gabrielle R. L. on July 01, 2009 06:58 pm

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Fatal Frame 2: Crimson Butterfly

Fanfics

- The Fear Beginning-


Here Without You
Don't Jump

Vídeos:

Jill Valentine & Chris Redfield Tribute

Resident Evil 4: Leon S. Kennedy & Ada Wong Tribute

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Família F.Y.F.R.E.

Pais: Lika e God Kira


Irmãs: Lívia Maria e Ana Clara
Marido: Bionic_Wesker
Filha: Rebecca Chambers Filhos: Mr. Birkin e Mr. Siegfried
Genro:Full Redfield
Neta: *Gigi Nero*
Neto: The Dead
Bisneto: Leon S. Kennedy

God Kira Postado em: July 01, 2009 08:50 pm

Capítulo 39: Beato o homem que suporta a tentação

QUOTE
Greg rolou pelo chão tossindo e chutou o rosto de Matt. Ele encostou-se num painel perto de um tubo e uma
porta se abriu. Vi foi ele e o monstro entrando por essa porta.

"Sua irmãzinha..."

Silêncio. Maldito silêncio. Maldito, maldito, maldito. Amaldiçoado seja o que não pode ouvir. Amaldiçoado seja
aquele que não pode ser afetado com palavras alheias. Amaldiçoado seja aquele que nada sabe. Amaldiçoado
seja o leigo. O surdo.

...

Bravo Team
Foi quando... Minha irmã acordou. As coisas ainda eram confusas demais. Ainda eram... surreais. Tentei
embarcar nesse sonho, procurando assim, livrar-me da loucura, da barreira entre o real e o pesadelo, que
estava cada vez mais estreita. Eu não podia. Não podia acreditar. Meus olhos estavam mareados. Mas não era
de emoção. Não iria chorar por alguém que nem conhecia. Eu chorava de frustração. De ódio. Talvez de mim
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- Argh o que aconteceu...? Kedar... Está aqui?

Ranking Especial: Me espantei ao ouvir as palavras da mulher deitada na maca. Ela estava agora sentada, esfregando os olhos.

- Você é... Kedar? Meu irmão, Kedar Yoo...?

Olhei para ela pesaroso. Seria eu aquele irmão? O nome era exatamente o mesmo que o meu. E meu nome
exótico... Só encontraria alguém com mesmo nome, se viajasse para a Índia. Coisa que eu nunca faria. Aquele
país já é populoso demais. Mais um habitante lá seria a gota d'água. Pensamento idiota.

- Devo ser... Mas...

A mulher tapou minha boca com seus dedos.

- Oh, Deus... Seu braço! O que aconteceu com ele?


- Nada. - Respondi. Sou mesmo muito burro. - Mas... Então as história de vovó eram reais... Eu tenho mesmo
uma...
- Vovó! Oh! Ela está viva, ela, ela... Está bem? A quanto não a vejo.

Abaixei a cabeça. Não sabia como agir naquela situação. Chorar? Me emocionar? Duvido muito que faria isso em
qualquer situação.

- Mas... Não posso acreditar que encontrei você... - A mulher tinha os olhos mareados e algumas lágrimas
caíram de sua face.

Ela passou a mão por meu rosto, por meus cabelos... Ela queria sentir que eu estava vivo. Sentir que não estava
mais só. Sentir ternura. De minha parte.

- Não sei o que dizer... - Disse.

A mulher olhou para mim, esboçando um fraco sorriso. Limpou algumas lágrimas que caiam de minha face e me

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abraçou. Me abraçou fortemente, como se quisesse que aquele abraço nunca tivesse fim. Eu estiquei meu braço,
envolvendo-a. Aproximei meu rosto do dela, passando a mão por seus cabelos. Ficamos um bom tempo
abraçados.

- Kedar, meu irmão... Tem idéia de quanto tempo esperei por esse encontro? Quanto tempo esperei para te
ver...?
- 19 anos? - Respondi, sorrindo.

Ela retribuiu o sorriso, segurando minhas mãos. Tínhamos muito o que conversar ainda.

- Por que vocês não responderam minhas cartas?


- Cartas? Nunca soube de nenhuma carta...

Era a verdade. Pra mim aquela irmã de vovó tinha mencionado, estava esquecida. Pra falar a verdade, há mais
de dez anos não pensava nela.

- Esquece, isso é o de menos... Mas... E vovó... O vovô? Não me diga que eles também estão em Raccoon...?

Movi a cabeça negativamente. Eles estavam mortos. A mulher pareceu entender o sentido de minha ação. Ela
nem ao menos deixou cair uma lágrima. Aquilo não era bom. Lembrei do enterro de minha mãe. Vovô não
deixou cair uma lágrima sequer. Pior. No outro dia ele chorou tudo e mais um pouco. Tentou se matar. Foi um
inferno só.

- E papai...? Não quer saber dele, como está...? Kedar?

- Não. - Respondi. Eu tinha ódio daquele pai que me mencionavam. Aquele verme que havia nos abandonado.
Aquele desgraçado que havia destruído com a vida de minha mãe. Não queria vê-lo morto, não. Só não queria
vê-lo. Nunca.

A mulher abaixou a cabeça.

- E seu nome é... Ana, Ana...

- Anahi. - A mulher esboçou alegria em dizer seu nome. - Anahi Yoo. Ou soldado Oneo, se preferir.

- Fico com Anahi mesmo. - Disse.

Ficamos um longo tempo nos olhando. Quis que aquele momento não tivesse fim.

x-x-x-x-x

QUOTE
Seguimos pelo corredor até voltar a escada que nós levaria ao Hall da universidade. O local continuava
bagunçado e destruído.

Kathleen voltara. Não tive de cumprimentá-la nem de dizer que estava feliz por vê-la com vida. Ela gritou:

- Temos que sair daqui AGORA!

Foi quando...

QUOTE
Um estrondo quebrou novamente o silêncio, dessa vez mais forte, uma sinfonia horripilante e mortal, o som
dos gemidos dos mortos-vivos.

- Eles estão entrando! - Stacey gritou.

Eu estava confuso demais. O que ainda estávamos fazendo ali, meu Deus? Não pensei em nada naquela hora.
Apenas peguei Anahi pelo braço e comecei a correr. Olhei para trás e vi que Emily, Kat e Stacey me seguiam.
Fiquei feliz. Gritei:

- Corram!

Karol que ainda estava no hall, num súbito, começou a correr. Ela era mais rápida que as outras garotas, por
isso nos alcançou facilmente. Mas e Matt? Eu não estava o vendo. Não me importei.

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- Kedar, eu... - Anahi começou a dizer. Mas não pode terminar sua frase. Ela desmaiou.
- Droga! - Gritei. Kat e Stacey me ajudaram a ergue-la novamente.

Olhei para os lados e vi que estávamos num largo corredor. Podia ver várias portas e nenhum zumbi. Apenas os
gemidos, longe...

- Aqui! - Gritou Emily. Ela abrira uma das portas e entrara.

Pedi ajuda a Stacey e Kat para pegarem Anahi no colo. Karol entrou logo depois de Emily, seguida pela
barwoman, que ajudava a taxista com Anahi nos braços. Entrei por último, verificando se os zumbis ainda
estavam nos seguindo.

x-x-x-x-x

Anahi acordou. Estávamos numa habitual sala de aula. Ela era gigantesca. Stacey estava sentada no chão,
encostada numa das paredes. Kat estava ao seu lado, resmungando coisas que não consegui ouvir. Karol estava
deitada no colo de Emily. Chorando... Não entendi o motivo do choro, mas resolvi não perguntar.

- E agora, o que vamos fazer? - Kat perguntou.


- Eu não sei. - Respondi.
- Mas... Alguém tem de saber! Alguém... - Karol gritou, se levantando.
- Mas essa pessoa não sou eu, Karol! Eu estou na mesma situação que vocês, sei o mesmo que vocês sabem...
Não tenho a obrigação de saber como vamos sair daqui.

Eu fui rude. Naquele momento eu me odiei. Anahi me olhou apreensiva. Ela estava acuada. Nem parecia ser
aquela mulher forte e guerreira que eu imaginava. Não mesmo.

- Nós precisávamos do Matt. Ele era nossa carona. - Stacey disse.


- O Daylight! - Anahi disse, espantada. - Você sabem com quem...
- O Matt pegou de mim. - Emily disse pesarosa. - Me desculpem...
- Isso é o de menos. - Respondi.

Kat levantou, decidida. Aproximou-se da lousa no centro da sala e verificou se havia com o que escrever. Pegou
um bastão de giz e começou a traçar retas no quadro, falando:

- Olha, eu acho que sei como sair daqui.


- Tá, mas do que isso vai adiantar? - Stacey disse. - Nós podemos sair daqui mas... E daí? Vamos morrer nas
ruas...
- Tem alguma idéia melhor? - Kat perguntou, provocando a barwoman.

Olhei para elas e disse:

- Nossa saída estava com Matt, ele era o nosso passaporte para fora daqui. E agora ele deve estar longe,
perdido...
- Ou morto. - Karol disse, chorando. Ela estava chorando pela morte de Matt? Aquilo estava me deixando cada
vez mais confuso...

- Ele precisa matar um tal de Jonathan Mapple... - Emily disse, sem ter noção do quanto suas palavras surtiram
efeito em nós.
- Matar o Mapple? - Stacey disse, surpresa.
- Sim. Parece que foi ele quem matou um tal de Jenkins... E quem disse isso ao Matt foi um tal de Watchman,
Wat... Watcher! Isso. Watcher.
- C-como, quando? - Stacey perguntou. - E como você sabe de tudo isso?

Emily fez uma cara de tristeza e disse:

- Vi ele se comunicando com esse cara pelo notebook. Sou discreta, ele nem percebeu que eu estava
observando-o.

Stacey e eu estávamos perplexos. Então fora Mapple que matara Jenkins... E quem seria aquele tal "Watcher"?

- Então uma hora dessas o tal Matt deve estar atrás do Mapple. - Kat disse. - Então temos que encontrá-lo, não?
- Será que vale a pena? - Perguntei. Tive certeza de que não havia dito aquilo em voz alta.

x-x-x-x-x

Estávamos caminhando pelo mesmo corredor pelo qual havíamos chegado na sala. Emily sugeriu que fossemos
ao refeitório, para talvez, encontrar ajuda. Apesar de ser ruim ficar andando pela Universidade, se ficássemos

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num local mais amplo, como o hall ou o refeitório, as chances de Matt (ou até mesmo Kent...) nos encontrar, era
bem maiores. E como ele era nossa única salvação...

- Olha lá! - Apontei para uma criança no refeitório. A menina estava agachada, perto de uma das mesas do local.
Parecia estar chorando...
- Querida... Você está bem... - Emily se aproximou vagarosamente da menina.
- Não faça isso, idiota! - Karol disse, puxando a secretária no exato momento em que a tal menina iria investir
contra ela. A garota tinha a face deformada, e os dentes completamente sujos de sangue. Sua pele estava podre
e seus olhos irreversivelmente brancos.

POW! Com um tiro Karol liquidou o problema. Não tive a mínima idéia de onde ela havia tirado aquela arma. Na
verdade eu não tinha nem noção da quantidade de munição e armas que tínhamos conosco.

- Gente, temos que nos organizar. Não quero parecer líder nem nada, mas... O quanto temos de armamento?

Kat olhou para mim e colocou uma doze e uma faca em cima da mesa. Karol seguiu para perto de nós e colocou
uma Magnum e outra faca ao lado as armas que já estavam ali. Eu peguei um dos potes que havia ganhado e
coloquei também. Emily seguiu-me e colocou um pote também. Stacey abriu sua pochete e colocou um coquetel
e dois potes, além de uma faca. Anahi só sorriu. Disse:

- Maldição! Perdi a Cindy! Droga!

Foi fácil compreender que "Cindy" era o nome de uma arma. Me aproximei de Anahi e disse:

- Você é militar?
- Sim. Soldado. - Ela disse.

Me levantei e comecei a marchar. Anahi vendo aquela cena disse:

- Aluno, vou comandar alguns movimentos a pé firme.

Eu sorri.

- Pelotão ao meu comando. Pelotão, auto!

Fiz o movimento, parando de marchar naquele momento. As outras garotas nos olharam como se fossemos
loucos. Elas conversavam algo que não consegui ouvir.

- Pelotão, descansar. Sentido!

Fiz os movimentos.

- Apresentar armas!

Me aproximei de Anahi e prestei continência a ela. Ela retribuiu o gesto e sorrindo, disse:

- À vontade em forma.

Me sentei ao seu lado, cansado da brincadeira. Aquilo fora deveras nostálgico.

x-x-x-x-x

- Olha, então fica assim. Eu ficarei com a minha doze, e Karol com a Magnum dela. Kedar você fica com seu pote
e pegue minha faca. - Kat me entregou sua faca. - Emily fica com a faca de Karol e com o pote que já tem em
mãos. Stacey fica com seu armamento. Não é muito, mas... É o que temos.

Sorri para Kat. Quando olhei para Anahi ela estava suando muito.

- Anahi... O que houve?


- O veneno... As plantas...

Karol se aproximou dela com duas ervas em mãos.

- Matt me entregou isso. Disse para usar nela. - A mulher me disse.

Matt, Matt, Matt... Sempre ele...

x-x-x-x-x

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F.Y.F.R.E.'s Forum -> Resident Evil Chronicles - Capítulos

Segui até a cozinha do refeitório, com minha faca em mãos. Emily estava ao meu lado. As outras haviam ficado
para trás, cuidando de Anahi. Nos estávamos atrás de comida.

- Hei! - Stacey gritou para nós.

Recuei, seguido por Emily.

- Olha gente... Sei que estamos com fome, mas... Não podemos comer nada daqui.
- Como assim?! - Kat gritou, longe.

Stacey respirou fundo e disse:

- A comida pode estar infectada. Não podemos arriscar.

Merda. Stacey estava certa. Não podíamos arriscar ficar infectados. Não podíamos arriscar morrer. Mas... Será
que não morreríamos de uma forma ou de outra? Se a fome nos dominasse, morreríamos. Será que não era
melhor morrer de barriga cheia?

- Não. - Disse. Em voz alta.

Segui para uma das mesas do refeitório e deitei minha cabeça. Eu estava com muito sono. Stacey também
parecia estar. Emily já estava dormindo, ao lado de Anahi.

- Durma um pouco, rapaz. Eu e Karol tomamos conta das coisas.

Doce Kat. Ela era gentil, apesar de tudo. Atrás daquele muro de amargura, se escondia uma garota doce. Senti
um carinho inexplicável por ela naquele momento.

- Não, pode deixar. Vou ficar de vigília com vocês. - Disse.

A quem eu estava tentando enganar? Eu estava com um baita sono. Com muita vontade de tirar um cochilo.
Sim, de dormir. Naquele inferno. Eu não estava com medo de ser atacado pelas criaturas. Não naquele
momento. As garotas ao meu redor... Eu me sentia incrivelmente seguro com elas por perto. Não sentia tanto
medo. Aquela mulheres estavam me protegendo. Por que era isso que eu mais precisava. De proteção. Doce
proteção...

Fim do capítulo

This post has been edited by God Kira on July 04, 2009 12:14 am

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Sobrinhos Netos: Knuckles Dark, LeuÔ! e One Winged Angel.

-Matt Addison- Postado em: July 04, 2009 03:09 am

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Capítulo 40: Everything for Umbrella?

QUOTE

Duas horas atrás - 1F

-Olá Matt. Sou eu novamente.


-Você está me ligando de novo. O que quer desta vez?
-Te ajudar. Eu tenho informações que você gostaria de ouvir. Apenas me ouça: Jonathan Mapple está se
preparando para sair da Universidade, talvez você possa pegá-lo na saída...
-Porque você está me dizendo isto? Porque iria querer me ajudar?-Perguntei em voz baixa, tomando cuidado
para que Emily e os outros não escutassem.
-Quem sai ganhando nesta história é você, Matt. Você pode ajudar a Organização. Nós queremos o disquete
tanto quanto vocês.
-Mapple. Você sabe onde ele está! Ele tem o disquete, não é?
-Sim, ele está em um de seus laboratórios em B2 preparando sua fuga. Use a sala de acesso ao elevador do
Bravo Team 1F, ele estará por perto.
-Tudo bem, mas isso não quer dizer que eu lhe entregarei o disquete depois que o conseguir...
-Entendo, mas saberei se mudar de idéia. Boa sorte. –Desligou.

Guardei o telefone e tomei minha decisão. Eu precisava agir sozinho desta vez. Precisava encontrar Mapple,
confiar no Observador. Tomei o Daylight das mãos de Emily e parti silenciosamente.
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Recarreguei minha Browning GP após deixar tudo preparado para sua chegada. Mapple logo deveria passar por
aqui ao tentar sair da Universidade e eu finalmente irei pará-lo.
Se devo ou não confiar no Watcher, não interessa agora. O importante é que a localização do professor foi uma
informação valiosa. Não haveria falhas desta vez.
Da sala de controle eu podia ver todo o corredor de acesso ao elevador para 1F. Se Mapple tentasse sair, ele
estaria bem embaixo dos meus pés.
Sentei-me na cadeira em frente ao computador, procurando nas câmeras algum sinal de Mapple, Mackenzie ou
Kent. Os três estavam bem dispostos a conseguir o disquete, mas agora eu tenho o Watcher, a vantagem em
meu lado.
Não vi sinal de Stacey, Kedar e os outros. O grupo havia ficado maior e eu não mais precisava deles. O Daylight
estava comigo, e tudo o que faltava era o disquete de Sunderland. O pesado Notebook em minha mochila só
estava lá para abri-lo. Depois que verificasse o conteúdo, tudo o que eu tinha de fazer era destruí-lo e esperar
pelo transporte da Umbrella.
Porém, eu não poderia deixar os sobreviventes para trás, seria desonesto. Infelizmente, eu só poderia levar
três pessoas comigo, e “ele” fora bem claro quanto a isso. Não que eu realmente quisesse levar alguém, mas
todos até que se saíram bem ao me ajudar.
Não havia mais necessidade de levar os irmãos. Embora Anahí também tivesse a compatibilidade especial, ela
estava envenenada e Kedar estava sem um braço. Além disso, eu possuía uma amostra de sangue do garoto.
Karol estava fora de questão, eu não iria querer mais um problema quando saísse da cidade.
Enfim, talvez eu leve Stacey, Emily e Kathleen. Como eu faria a seleção, não importava. Eu tinha que me
preocupar com isso depois.
A prioridade era o disquete. O pequeno drive poderia destruir a Umbrella em segundos. Aparentemente muitas
informações da corporação estavam compactadas no dispositivo, e havia algo mais. Algo tão negro que “ele”
não quis me contar os detalhes. Talvez por isso tantas pessoas o queiram, tal coisa pode valer milhões no
mercado negro.
Olhei para o relógio e para as câmeras. Nem sinal de Mackenzie, ou Mapple. Continuei apreensivo até que o
celular tocou, e desta vez não era o Watcher.

-Como está sua missão? –Ele perguntou com seu forte sotaque.
-Já recuperei o Daylight. Além disso, tenho informações de que Jonathan Mapple está tentando sair da
Universidade. Ele provavelmente está com o disquete e eu irei recuperá-lo.
-Ótimo. Não esqueça de destruí-lo quando o conseguir.
-Desculpe pela pergunta coronel, mas o que há exatamente neste disquete? Porque há tantas pessoas atrás
dele?
-Bem, anos atrás um de nossos antigos pesquisadores, o Dr. Sunderland do complexo laboratorial de Caliban
Cave obteve suas pesquisas com nossa ajuda. Ele guardou tudo neste disquete. Porém são muitos dados para
que uma pessoa só possa controlar, e como você sabe, os resultados são de direito da corporação.
-Então todas estas informações de Sunderland estão compactadas no disquete que está com Jonathan?
-Sim, não sei quais são os panos de Mapple, mas não só ele está atrás do disquete.
Muitas pessoas sonham em ter nossos dados de pesquisas. Empresas que estariam dispostas a pagar milhões
por um disquete como este.
-Entendo. Com as acusações que a Umbrella provavelmente sofrerá daqui a alguns dias, tudo o que não
precisamos é que estas provas caiam fora da cidade.
-Exato. Estou confiando este trabalho a você, assim este disquete será apenas uma pequena pedra em nosso
passado. Recupere-o e mate quem quer que esteja com ele. -Desligou.

Empresas que estariam dispostas a pagar milhões por este disquete...


Seria este tipo de companhia a mesma do Observador? Não entendo para que fim eles o queiram, afinal.
Voltei minha atenção para a imagem do monitor. Havia alguém entrando na sala abaixo.

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F.Y.F.R.E.'s Forum -> Resident Evil Chronicles - Capítulos

Era Mapple, e eu não poderia perder esta chance. Assumi o controle do computador e rapidamente tranquei as
portas eletrônicas da sala.
Ele percebeu e correu até a porta atrás de si, socando-a em vão.
–Quem está aí? –Perguntou, sacando sua arma.
-Estou aqui em cima, Jonathan. –Respondi.
Ele virou-se e atirou, mas a bala nem sequer passou perto. Era uma grande diferença de altura, me acertar
seria impossível. -Quem é diabos você?
-Não se lembra de mim? Você foi meu professor de bioquímica anos atrás. Foi aqui que comecei minha carreira
farmacêutica, e agora, trabalho para a Umbrella. Assim como você costumava.
-Você o quer, certo? –Perguntou, apontando para o objeto preso em sua cintura.
-Sim - Respondi. –Mas você e Greg colocaram suas ambições em primeiro lugar, mesmo sabendo que todas as
pesquisas pertencem a Umbrella!
-Isto não pertence a ninguém! É mais do que vocês imaginam. Não lhe entregarei facilmente.
-Bem, acho que sou eu quem está com a vantagem por aqui. As portas estão trancadas, você não tem como
sair. Entregue-me isto para seu próprio bem. Eu não quero fazer o trabalho sujo.
-Venha pegar! –Desafiou.
-Eu te avisei, Jonathan. -Apertei o botão do controle em minhas mãos e logo pude ouvir o líquido do tubo sendo
drenado. Antes que a cápsula fosse aberta, o monstro quebrou o vidro com suas garras e pulou para fora.
Era o Hunter R.
A criatura correu em direção ao professor, que atirou duas vezes em seu tórax com uma Magnum. O Hunter
recuou e preparou para decepar seu pescoço. Mapple esquivou-se e deu-lhe um chute na barriga, atirando três
vezes logo em seguida.
O monstro caiu no chão. Um jato de sangue voou de sua boca enquanto gritava, sujando a calça de Mapple.
-Pelo visto você é bem treinado, achei que o Hunter lhe mataria rápido. Vou facilitar mais as coisas. –Falei,
enquanto preparava para soltar mais três.
-Espere! – Ele ficou de joelhos, rendido. –Eu lhe entregarei o disquete!
Olhei apreensivo, e ele lentamente retirou à mostra o objeto preto de sua calça.
-Muito bem, agora faça o que direi e assim poderá sair vivo daqui. Coloque o disquete neste elevador de carga e
peça para subir. Se tentar fazer outra coisa eu aperto este botão e solto mais deles.
Ele assentiu. Caminhou lentamente até o elevador, colocou o disquete em cima de uma caixa metálica e
apertou o botão para subir.
-Ótimo, continue parado. –Disse, mantendo minha arma apontada enquanto o elevador subia.
-Tudo bem, você tem o disquete agora. Porque não me deixa ir?
-Não achou que eu iria embora antes de testá-lo, certo? –Disse, retirando o Notebook da mochila enquanto o
elevador chegava.
Ele continuou imóvel enquanto eu colocava o disquete no drive.
O computador leu o dispositivo e dezenas de janelas abriram-se automaticamente.
DATA, EXPERIMENT, T-VÍRUS, FILES, DOMAIN...
Era o suficiente. Guardei o Notebook na mochila e peguei minha arma.
-Muito obrigado, Jonathan. Eu disse que assim seria mais fácil.
Andei até a escada de emergência e a acionei.
-Eu vou te matar quando sair daqui! –Gritou.
-Não me siga! Não quero ter de enfiar uma bala na sua testa.
Abri a porta e corri imediatamente. Corri o mais rápido que pude, subindo o elevador para fora do andar.
Atravessei o Hall sem olhar para trás e abri as portas para fora da Universidade.

Fim do capítulo

This post has been edited by -Matt Addison- on July 09, 2009 02:18 pm

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BloodCold Postado em: July 05, 2009 11:26 am

Capítulo 41: Fire and Hell on the Devil’s Nest

Á cada minuto que passa, á cada segundo… á cada porta que eu me aventuro á abrir nesse pequeno inferno, eu me
pergunto se tudo isso… desde o começo, valeu a pena. Eu sou um detetive particular, mas minha alma certamente
é a de um mercenário. Quando eu lembro da face do tal Thompson, adentrando no meu escritório á algumas
semanas atrás, nas suas palavras, naquilo que ele dizia – e aquilo, fora aquilo que me levara até Raccoon City – eu
só consigo pensar em uma única coisa…

- Ah, eu vou pedir um pagamento extra por tudo isso!—Disse, passando os dedos entre os olhos, já um pouco
cansados—Sim, eu vou…

Eu não fazia a menor idéia do como aquele laboratório era imenso. Devil’s Nest, o Lar do Diabo. Um forte cheiro de
desinfetante chegou até as minhas narinas enquanto eu caminhava por um sombrio corredor marcado nas paredes
“3U”. Depois da pequena reunião com Mackenzie e Mapple, há pouco mais de meia-hora, eu decidi ir atrás do
doutor. Eventualmente, acabei descendo até o nível inferior. Estava frio, mesmo para mim, que além de estar
Policial do R.P.D. usando um casaco, dificilmente sentia aquela sensação térmica. O único som que eu ouvia era o dos meus próprios
passos, o baque dos sapatos no chão metálico, minha respiração pesada.

Logo adiante haviam duas portas, ambas eletrônicas. Aliás, todo aquele lugar parecia usar e abusar desse tipo de
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tecnologia, mas eu acho que é melhor assim. Ou pelo menos seria, se aquele maldito vírus não tivesse conseguido
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Abri a porta á direita, pressionando alguns botões no painel ao lado. Ela abriu-se verticalmente, dando acesso á
uma nova sala, coberta na escuridão. Que barulho era esse? E esse cheiro!?

Quando meus dedos tocaram o pequeno interruptor na parede, a cena que surgira quase me deixara enjoado.
Instintivamente apontei minha arma na direção daquela mesa de cirurgias macabra, enquanto caminhava
lentamente, recuando para fora do local…

Um bando de mortos-vivos, todos vestidos em trapos que um dia foram uniformes da Umbrella, rasgava
ferozmente um corpo sobre a mesa metálica. Com suas garras, mãos e dentes, “matavam” literalmente a sua
fome…
- Não!

Enquanto recuava, senti algo encostando nas minhas costas. Fora algo rápido, aquelas duas mãos geladas e macias
apertando o meu pescoço, a boca totalmente aberta exalando um cheiro horrível vindo em minha direção. Ele
havia me pego… e eu precisaria agir rápido.
- Bastardo!—Naquele momento, eu sabia que já havia chamado a atenção dos outros zumbis daquela sala.
Enquanto controlava aquele primeiro com uma das minhas mãos, com a outra eu puxava minha arma do coldre, na
altura do rosto…
E então pressionei o gatilho. A bala atravessou o rosto daquele bastardo, lançando pedaços de carne e sangue para
todos os lados, inclusive sobre meu rosto. Não perdi qualquer segundo sequer, lancei-me para fora da maldita sala,
fechando a porta atrás de mim.
- Esses malditos… eles estão por todos os lados!—Disse, enquanto passava a manga do casaco pelo rosto, limpando
toda aquela sujeira.

Soltei mais alguns resmungos, mas eu sabia que resmungar não iria me ajudar em nada. Aliás, sempre me
questionei por que as pessoas gostam tanto de xingar em momentos como aqueles… como seu Deus, a mãe do
vizinho ou a profissional do sexo tivessem qualquer culpa. Além do mais, resmungar não me levaria á lugar
algum… eu precisava agir.
Atravessei a outra porta, e acabei chegando em uma larga plataforma, erguida sobre um profundo “poço”, se é que
poderíamos chamar assim. As paredes em volta eram de concreto, altas… não dava para ver nem o fundo, e nem o
topo daquela coisa. E a única passagem era aquela plataforma metálica que…
- Hey, você! Espere!—Eu havia visto certo? Mackenzie estava bem diante de mim! O desgraçado está correndo…

Apontei a minha arma na direção dele e comecei a correr. O assassino permaneceu silencioso, correndo na direção
oposta da ponte. Ele socou o painel ao lado da porta, que em seguida abriu-se.
Mackenzie jogou-se para dentro da porta, que se fechou assim que ele entrara.

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- Droga!—Exclamei, enquanto tentava operar aquele painel. Oh, não adiantou em nada… a porta estava trancada
totalmente, Mackenzie deveria ter algum cartão eletrônico justamente para isso.

Olhei á minha volta. Eu estava sozinho, mais uma vez. E não teria como continuar por essa direção…
Caminhei lentamente na direção em que havia vindo, mas justo quando estava na metade da tal plataforma, pude
ouvir uma voz eletrônica soando por todos os lados daquele sombrio laboratório.

- A contaminação pelo vírus atingiu o nível crítico no Terceiro Nível—dizia a voz—Repetindo, a contaminação pelo
vírus atingiu um nível crítico no Terceiro Nível. Todas as portas serão trancadas para a efetivação da limpeza geral
em dez minutos. Repetindo…
- Mas… o que?—E isso queria dizer, “que merda!”

Comecei a sentir um forte cheiro surgindo naquele local. Logo identifiquei como sendo de gás metano… limpeza
geral? Um nome bonitinho para uma grande explosão!
- Tenho que ir embora daqui, agora!—Exclamei. E no mesmo instante coloquei ação á minha fala, correndo na
direção pela qual cheguei até aqui.

Nem me preocupei em dar um jeito naqueles zumbis que caminhavam, sem rumo, destino ou humanidade, no
corredor anterior. Passei correndo entre eles. A porta dupla abriu-se diante de mim, revelando a grande câmara na
qual ficavam os elevadores, altas paredes de metal, alguns sofás nada muito atraentes, mas ainda sim funcionais,
e o cheiro de gás… que aumentava cada vez mais.
Se eu não morrer pela explosão, acabo morrendo sufocado, maldição! – pensei, enquanto pressionava o botão que
chamaria o elevador.
Então deveria ser por isso que Mackenzie estava tão desesperado para fugir… mas, oh não! Mapple! Onde ele está?
Nunca quis tanto que um cretino feito ele estivesse vivo…!

Demorou alguns instantes, mas finalmente o elevador chegara…! Fora um alívio ver as portas abrindo-se, o local
vazio e seguro…
Joguei-me dentro da pequena câmara de metal e pressionei os botões no painel. Fechar a porta, sim, fechar a
porta. E voltar para a superfície.
Senti o meu celular vibrando no bolso. No mesmo instante, olhei para o alto e as palavras no cartaz, naquele
elevador “Sorria, você está sendo filmado”. É, com certeza eu estava sendo filmado… e o Observador vendo tudo…
- É melhor apressar-se—A voz no telefone fora bem direta desta vez—O disquete caiu em mãos alheias, e eu creio
que ele não irá levá-lo direto para onde deveria levar…
- Como assim?—Perguntei, confuso.
- Mapple entregou o disquete para Matt. E ele está indo destruir o disquete, á menos que você faça alguma
coisa.—E eu podia sentir um certo tom de preocupação na voz do Watcher. Quase como alguém que confiara em
uma pessoa e depois… se decepcionara.
- Matt? O Farmacêutico?—Perguntei. O elevador estava quase chegando na superfície…
- Ele está saindo da Universidade, seja rápido.

Senti um forte tremor, seguido pelo som do telefone mudo. O laboratório com certeza agora deveria estar ardendo
em chamas…
As portas do elevador abriram-se, e eu deparei-me com uma arma apontada na minha direção. Oh, de novo não!

- Samuel!—Uma voz familiar—Onde diabos você esteve?!

Stacey veio em minha direção, abaixando aquela arma dela. Ela não estava sozinha, longe disso… haviam algumas
pessoas com ela. Aquele garoto que não tinha um braço, sendo ajudado por outras três moças, incluindo a tal da
Emily ( Fico contente que ela esteja bem… ), que havia me ajudado antes. Uma delas eu havia visto apenas de
relance na Loja de armas, e a outra era uma desconhecida. Karol estava sentada sobre uma mesa, uma expressão
de impaciência presa em seu rosto. Será que ainda estava descontrolada?

- Você me deve algumas explicações!—Disse Stacey, analisando o elevador.

- Hey, eu não sabia que tinha um elevador ai—disse o jovem, cujo braço havia sido arrancado. Droga, como era
seu nome… acho que Kedar ou Kiddo. Algo assim. Ainda sou péssimo com nomes, mesmo depois de todo esse
tempo…

- Senhor Kent!—disse Emily, sorrindo—Está tudo bem?

- Estou inteiro, oh estou—Eu disse, apressadamente—Mas preciso encontrar AGORA aquele farmacêutico, antes que
seja tarde demais…! Pra onde ele foi?

- Eu vou com você!—Disse Karol, descendo da mesa. Ela parecia muito animada para encontrar o tal farmacêutico.

- Por que quer achar ele?—Perguntou Stacey. Ela estava quase implorando por explicações, e eu adoraria
concedê-las, mas agora eu simplesmente não tinha tempo!

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- Se eu achá-lo, talvez eu consiga nos tirar daqui! Mas preciso ir… agora! Ele deve estar saindo da Universidade…

- Se ele está saindo daqui—disse Emily, apontando na direção de uma porta na lateral. Só agora que eu notei que
estávamos em um Refeitório—Então deve ter ido pelo Hall de entrada, é a única saída mais próxima…
- Ótimo!—Disse, indo na direção indicada—Vocês ficam…

- Mon Dieu, nem pensar, eu vou com você!—Disse Stacey. E pelo modo como ela me olhou, a expressividade em
sua face… ela estava definitivamente falando sério. Não iria impedi-la…

- Ah, eu vou também!—Disse Karol, vindo em nossa direção. Que figura peculiar, ela… aquela camisa larga,
cobrindo-lhe até as pernas, uma fugitiva ou algo assim… E estava carregando uma Magnum, o que seria muito útil.

- O que está acontecendo?—Perguntou a moça que eu ainda não conhecia, ela estava ao lado de Kedar e parecia
muito preocupada—Quem é esse homem?

- Sem tempo para explicar agora—Foi tudo o que eu respondi. Deveria pedir desculpas por minha pressa, mas não
agora…

Eu não poderia protestar. Stacey parecia saber cuidar muito bem de si mesma, e Karol estava bem armado. É,
talvez uma pequena ajuda delas me seria útil agora…

- Temos que ir rápido—eu disse. E as duas começaram a me seguir.

Precisávamos achar Matt… o quanto antes! Só assim… só assim poderíamos dar o fora daquele lugar…

- Fim do Capítulo

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Steve Burnside, Resident Evil: Darkside Chronicles.


- "I'll be always there. Your knight in shining armor."

Minhas Fanfictions:

- Sr. e Sra. Kennedy


- Resident Evil: Nemesis {Blood's Cut}
- O Beijo
- Deixe me ficar com você
- Um dia de nossas vidas
- Fighter! (Songfic)
- Resident Evil: Last Chance
- Rebecca's Letter
- Lady in Red Dress: A Espiã que não podia morrer
- Lady in Red Dress X: Fatal Butterflies
- Claire

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Jejé Postado em: July 05, 2009 11:35 pm

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Capítulo 42: Off The Wall

Já tinha se passado algum tempo desde que chegamos ao refeitório da universidade. Kat... Era esse o nome?
Enfim, ‘a garota da loja de armas’ e a Karol estavam de vigília, apesar de ser evidente o cansaço em suas faces
também. A irmã de Kedar, Anahí eu acho (eu estava tão cansada que não estava conseguindo lembrar muito bem
de nome algum)... Ela estava dormindo junto a Emily. Ky também se encontrava adormecido, em uma mesa
próxima. Já eu, eu estava quase sendo vencida pelo sono também, sobre uma das mesas naquele local. Sentia
fome também, mas poderia vencer aquilo. Sem contar que estava totalmente fora de questão comer qualquer
coisa naquele local infestado por aquelas criaturas do inferno, que surgiram por culpa da maldita corporação
Umbrella.

E pensar que eu vivia pacificamente nessa cidade comandada pela companhia, sem nem ao menos desconfiar do
que faziam por debaixo dos panos. Me sentia patética... Aquele não era o melhor momento para pensar em meus
direitos de cidadã. Mas não tinha muito que pensar. Eu sequer tinha noção de para onde iria – se conseguisse
Alpha Team escapar – quando saísse de Raccoon. Não tinha pra onde ir. Definitivamente. Toda a minha (segunda) vida, tudo
que consegui com meu esforço, com meus trabalhos, durante anos, estava tudo ali em Raccoon. E em questão de
dias, tudo já estava perdido. Meu trabalho, meu apartamento, meu carro. Ah, meu carro...

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Meus olhos começaram a pesar. O sono estava finalmente me dominando por inteira. Deitei a cabeça sobre os
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Member No.: 779 braços na mesa. Buona sera...
Joined: September 14, 2006

Mas... O que?

Um tremor... Um tremor? É, um tremor aconteceu. Todos saltaram de seus lugares assustados. Ainda não era hora
de dar boa noite. Tsc!

- O que será que foi isso? – perguntou Karol.

- Não faço idéia. – respondi, quase sussurrando.

Instantes depois, um barulho, um sinal fora emitido. Veio de algum lugar longínquo, mas foi aqui dentro da sala...
Parecia ser um elevador... Um elevador? Aqui? Mas se fosse um elevador, poderia ser uma daquelas criaturas,
vindo para cá? Olhei intrigada para os outros. Todos deveriam estar pensando algo parecido comigo. Tudo era uma
ameaça para nós.

Kat se aproximou da mesa onde eu estava. Puxou uma arma sei lá de onde e a dispejou pela mesa na minha
direção. A arma derrapou. Peguei-a com firmeza. Olhei intrigada para a garota. Ela era uma loja de armas
ambulante ou o que?

- O que foi? Vai logo! E atire sem hesitar! – ordenou a garota.

Bem, não havia muito tempo para ficar questionando-a ali parada. Seja lá o que estivesse vindo, eu estava muito
bem armada agora! Como estava mais próxima, fui à direção do elevador no fim do refeitório, ficando bem
próxima ao mesmo. O elevador era por sinal muito bem camuflado. Suas portas de alguma maneira possuíam a
mesma tonalidade das demais paredes do local. Apenas quem chegasse perto poderia notar do que se tratava.

A porta se abriu em poucos segundo. Permaneci estática na frente do elevador, mirando. Meu dedo foi de encontro
ao gatilho... E-espere! Avistei dentro do dispositivo de transporte uma pessoa. Alguém. Arregalei os olhos. Era
Samuel! Dio mio!

X-X X

- Temos que ir rápido! – disse Samuel. Eu comecei a segui-lo, ao lado de Karol.

Antes de sair do recinto, devolvi a arma para Kat. Não precisaria dela, sei me virar com o que tenho. Olhei para
trás. Sorri para todos. Fora tudo muito rápido, mas sei que ficariam bem. Kedar agora tinha sua irmã ao lado dele.
Sua irmã de verdade...

- Tomem cuidado, todos vocês! – disse, saindo logo depois.

Senti um aperto no peito deixando-os no refeitório. Gostava da companhia deles. Para mim, trabalhar em equipe
era o ideal. Ainda mais por que todos nós visamos o mesmo objetivo: sobreviver e escapar deste pesadelo.

Continuei seguindo o detetive por mais algum tempo. Karol estava um pouco afastada de nós, talvez prestando
atenção ao ambiente. Aliás, eu não fazia idéia para onde estávamos indo. Aquela universidade era enorme. Se eu
estudasse ali, com certeza me perderia todos os dias. Deveríamos estar seguindo para o saguão, mas...

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- Ei, Samuel... – indaguei, me aproximando dele – Estamos indo pela direção certa?

- Creio que sim.

- Aliás, você ainda não me explicou como vamos sair daqui se acharmos o Matt... E nem sobre as ligações
misteriosas...

O detetive franziu a testa. Acho que ele já esperava por minhas perguntas, cedo ou tarde. Restava saber se desta
vez ele iria responder. Ele parou de andar. Mas antes de pudesse falar algo, seu celular começou a tocar. Ele se
afastou um pouco para atender. Lá vai ele e seu contato misterioso de novo...
Karol se aproximou de mim. Eu não sabia muito bem como lidar com ela. Ela era... Singular.

- Quem tá ligando pra ele? – perguntou-me a moça.

- Eu também gostaria de saber.

- Ué... Devia saber. Vocês não são namorados?

Que??! Senti minhas bochechas fervendo no instante que ela disse aquilo. Kent voltou-se para nós segundos depois
com o celular em mãos. Estava desligando o aparelho. E ficou me olhando... Devia ter notado minha mudança de
cor. Argh, como eu odiava ficar envergonhada!

- O que aconteceu?

- Nada, vamos andando. – respondi a seco.

Karol sorriu. Pelo menos ela parecia estar bem calma agora. E então continuamos andando pelo corredor. Alguns
corpos de zumbis estavam no chão. Mortos. Talvez. Por mais que o clima tivesse ficado estranho, resolvi deixar a
vergonha de lado. Eu queria respostas.

- Samuel, e então...

- Olha, Stacey... Eu sei que quer respostas. Mas não espere detalhes, pois agora não é o momento apropriado. –
ele dizia enquanto andava depressa.

- Tudo bem. – disse.

- Eu preciso de um disquete que Matt conseguiu através do Dr. Mapple.

- Mapple? Você conseguiu encontrá-lo?! – perguntei eufórica.

- Depois eu conto isso. O caso é, que eu preciso do disquete para trocá-lo por um transporte para fora de Raccoon.

Parei de andar no mesmo instante. Para fora de Raccoon... Era tudo que eu precisava ouvir! Minhas esperanças
estavam se esvaindo após nós termos separado de Matt. Mas agora estava voltando como nunca. Bem dizem que
ela é a última que morre – ok, foi um pensamento bobo

- Mon Dieu! – exclamei instintivamente – Poderemos sair daqui finalmente?

O detetive nada respondeu. Fiquei esperando ansiosa por uma resposta dele, mas... Aquele silêncio começou a me
perturbar depois de um tempo.
No final do corredor, finalmente a saída. Deveríamos chegar ao hall a partir dali. Mas antes que pudéssemos seguir
adiante, senti um vulto passando por trás de nós. Entrando em uma das portas laterais do extenso corredor.
Virei-me para conferir. Notei uma porta entreaberta. É, a tentativa de não chamar atenção não funcionou comigo.

- O que foi Stacey? - perguntou Samuel.

- Alguém entrou ali. - disse apontando - Pode ser o Matt.

Mal ouviu o nome, e Karol disparou a seguir para o local indicado. Mas e se não fosse o Matt? Oh yeah, só
saberíamos se o seguisse. E foi o que fizemos, caminhando logo atrás da ruiva.

Na entrada do local, Kent empunhou sua arma. Karol fez o mesmo. Após adentrarmos o local, avistei uma pessoa
de costas. Estava agachado. Tinha uma maleta ao seu lado, pousando no chão de concreto. Ele estava checando
alguma coisa, acho que era um corpo de um soldado, ou algo do tipo.

- Parado! – gritou o detetive com a arma apontada – Coloque suas mãos onde eu possa ver.

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O homem se virou. Possuía uma pistola nas mãos. Samuel sorriu.

- Ora ora... Quem temos aqui. Largue a arma, Mapple!

Ará! Doutor Mapple. Não era quem procurávamos. E agora?

- Que diabos! Primeiro aquele infame da Umbrella, e agora você! Só me falta o foragido para o dia ficar completo!
– pestanejou o homem enquanto deixava devagar a arma no chão e em seguida levando as mãos para o ar.

Karol correu na direção do homem após ele ter deixado a arma. Enfiou sua magnum na boca do doutor.

- Cadê o farmacêutico??! CADÊ??! – gritava descontrolada.

- Karol, não!

- Onde está ele?! – perguntou retirando a arma da boca dele e dando-lha uma coronhada.

O doutor se ajoelhou com tamanha dor, xingando a moça. Samuel permaneceu parado, olhando a situação. Eu me
aproximei devagar da louca.

- Karol, se acalme, nós iremos encontrar o Matt. Ele não está aqui!

Karol começou a chorar novamente. Não conseguia entendê-la. Mas a abracei. E então a puxei para longe do
doutor. O detetive se aproximou, ainda apontando a sua arma. O estranho foi... Que Mapple começou a rir. O cara
tinha acabado de levar uma coronhada, e estava rindo. Que legal.

- Hihihi, é isso que vocês querem? – Mapple retirou de um bolso, um objeto. Um disquete.

- Mas como...? Como é possível? – perguntou Samuel.

- É isso que você deseja não é? Aposto que te prometeram a liberdade em troca disto. Também pudera... – ele
brincava com o objeto em mãos, olhando-o minuciosamente – Este pequeno disquete... Possui muita, muita
informação sobre a Umbrella!

Ele pôs-se a rir novamente. Não entendi bulhufas do que se passava ali. Mas se era aquilo que traria o transporte
de Samuel para fora da cidade, então era aquilo que procurávamos.

- Passe esse disquete agora – ordenou o detetive.

O doutor riu. Colocou o objeto no chão e lhe deu um pequeno impulso. Samuel me deu um sinal com a cabeça.
Entendi que deveria pegar o disquete para ele. Deixei Karol por um instante para que pudesse pegá-lo. O guardei
no bolso da minha calça.

- E o disquete que deu ao Matt, o que ele era então?

- Hahaha! Advinha...

Seria... Falso?

POW. Um grande estrondo se seguiu. A parede... A parede ao fundo da sala havia se quebrado. Não. Não havia ‘se’
quebrado. Alguém a quebrou. Na verdade, algo. Era aquele ser, aquele homem gigante e cinza que encontramos
no laboratório do Greg. Permaneci por alguns instantes um tanto incrédula pela demonstração de sua força. Aquele
ser... Ele me dava arrepios. E sua presença, não era bem o que precisávamos em um momento crítico como
aquele.

- Vamos! – gritei enquanto puxava Karol pelo braço.

Quase que literalmente pulamos para fora daquele local. Corremos o quanto pudemos. Desviando de alguns zumbis
pelo no caminho. Dos mais lentos pelo menos né. Os monstros estavam por todo o local. E aquele ser... Nós o
deixamos para trás com o Dr. Mapple. Mas se ele viesse atrás de nós, com aquelas garras... Seria o fim. Sim,
seria. E o desespero tomava cada vez mais conta de mim...

X-X X

Continua...

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Rebecca Chambers Postado em: July 08, 2009 10:03 pm

Capítulo 43: Desperate completely

Os eventos narrados a seguir ocorrem antes e entre os capítulos 38 e 39

Havia uns quatro zumbis masculinos invadindo o hall. Estavam trajados com paletós de cientistas, não diferente
do estado de toda a universidade e todos os outros zumbis. Imediatamente, peguei minha arma dentro do bolso
de meu casaco e atirei no mais próximo. Ele caiu no chão instantaneamente, mas os outros ainda avançavam
em minha direção. Mais seis tiros foram necessários para derrubá-los. Não fora difícil - nenhum deles me
atacara fisicamente - fora até fácil demais para o meu gosto. Observei minha mão que segurava a arma, um
doze. Há quanto tempo será que eu a tinha?

QUOTE
Estava sentada na mesa, estudando. Sempre gostei de estudar, principalmente Ciências, mesmo quando não
era época de provas. Meu pai estava numa sala conversando furiosamente com um amigo seu. Não me
preocupava com seu tom de voz, afinal, ele sempre falava com os outros com aquele estilo rude e grosso e os
Policial do R.P.D. dois já eram amigos há muito tempo. Levantei-me da mesa, a curiosidade estava me matando. Mamãe
sempre me incentivara a ser curiosa, pelo menos nas vezes em que a vi antes de morrer. A porta da saleta
onde eles estavam era dupla. Sentei-me no chão, encostada lá, e tentei ouvir a conversa. Mas infelizmente,
não falavam minha língua. Acredito que seria italiano – os dois eram italianos. Mesmo entendendo poucas
palavras, continuei tentando entender o que diziam. De repente, começaram a falar minha língua. Ouvi a seca
Grupo: Colaboradores voz de meu pai dizendo:
Posts: 353 - Pronto, estou falando inglês... Mas então, mas qual é a importância di--
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Minhas lembranças foram interrompidas por uma investida de um zumbi. Um zumbi na frente de muitos outros.
Ranking Especial: Senti algo que passou que passou de raspão por minha pele. Empurrei-o para frente e empunhei minha arma.
Atirei sem parar até que todos caíssem no chão. Percebi que os zumbis em que eu atirei não haviam morrido.
Dei mais alguns tiros para me certificar que estavam mortos. Fiquei paralisada por alguns segundos, com a
arma em mão, bufando. “Talvez minhas balas acabaram.” , eu pensei, “É melhor verificar” . Retirei do bolso da
calça jeans toda a munição que eu possuía e as contei... Eu tinha o bastante, eu peguei muita munição enquanto
estava na Loja de Armas. Seria melhor recarregar a arma, antes que elas acabassem numa “bela” de uma
situação...

Ao recarregar a arma, percebi que mais zumbis invadiram o hall. Agora, eram uns 10. Muitos deles pareciam
lentos e seria bom eu economizar balas para uma emergência. O grande problema é que eu já estava numa
situação de emergência.
Corri para o grande portão. Abri-o. Minha intenção não era sair da universidade, talvez eu conseguisse o
transporte para fora dali e talvez... Uma possível vingança... Perto da porta principal, mais lentos zumbis
aparecem. Estavam se procriando?!

Ao invés de seguir em direção à calçada e das criaturas sem vida, me virei, seguindo em direção ao jardim,
correndo.

O jardim não estava tão “verde”. Estava tudo tão sombrio. Não entendi o porquê dessa preocupação, falava
como que se nada estivesse sombrio. Correndo, estranhamente, eu perdia o fôlego poucas vezes.

Parei de correr. Olhei para trás. Oh! Graças a Deus não estavam mais lá! Fiquei esperando que algum

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aparecesse no horizonte, mas não houve nenhum sinal de mortos-vivos.

Continuei minha caminhada para entrar nas áreas internas da universidade. Caminhava normalmente,
refletindo em certos assuntos que me perturbavam, enquanto observava às janelas a procura de algum
sobrevivente.

***

Estava numa outra sala de estudos que tinha uma porta que dava para o jardim que eu havia passado. Não
havia ninguém lá. Aquela sala só não tinha mais livros do que a biblioteca. Os livros eram de estudantes,
provavelmente mortos. Não sabia se estava muito bagunçado, pois sempre as coisas estavam fora de lugar.
Mas havia muitos papéis rasgados e inteiros estavam espalhados por todas as mesas intactas... e sangue...
Havia rastros de sangue... Lembrei do grande homem cinza. Será que ele estava por perto? Rezava para que
não.
Eu realmente não sabia qual passo tomar naquele momento. Me senti um pouco cansada, sonolenta. Sentei-me
no chão, me acostei a uma estante e adormeci...

QUOTE
– Pronto, estou falando inglês... Mas então, qual é a importância disso? – disse Paolo, o amigo de meu pai,
com um leve sotaque italiano.
- Não sei. Vamos falar sobre outro assunto. Essa história de Napoleão me deixa tonto...
Não sabia o que estava fazendo ali: o que tinha de escutar. Ele disse que espionar as pessoas era feio e se me
pegasse fazendo isso brigaria muito comigo. E ele brigava feio. Nunca gostava de fazer algo que o deixasse
bravo.
- Hei! Uma coisa que sempre quis te perguntar: o que houve com a mãe da Kat?
Era uma pergunta que também sempre quis fazer ao meu pai, mas ele sempre era rude e ignorante quando o
assunto era mamãe.
- A mãe dela?
- Sim. Nunca mais a vi... Ela é tão simpática...
- Era simpática...
Era? Como era? Como assim? Não entendi nada.
- Era? Então, quer dizer que ela --...
- Sim, ela está morta.
Morta? Não... Não! Lágrimas de tristeza começaram a percorrer toda a minha face. Não a via há tanto tempo...
Eu só a vi uma vez na vida... Eu a amava, mais do que amava meu pai...
- Mas como? Por que não contou a Kat?
- Não contei porque ela iria chorar por muito tempo... Acredite, Kathleen gostava muito da mãe e é muito
fraca em relação a ela. Ela não pode ter medo de nada!
- Mas o que houve? Como ela morreu repentinamente?!
- Humph... Uma jovem cientista bela e inteligente que sabia demais sobre certos assuntos que não devia...
Ela foi assassinada aqui nos Estados Unidos, eu participei do homicídio... – as palavras de papai me
assustavam. Não acreditava!
- Como você pode ser assim? Ela é a sua filha, não se mata a mãe da própria filha! Você está louco??! –
indagou Paolo, indignado.
- A tal empresa iria matá-la de qualquer jeito... Nem sei como amei aquela “qualquerzinha”... Mas olhe, aqui
está a arma e a faca que utilizaram no crime... --

Minha soneca foi interrompida por fortes estrondos vindos de uma porta. Fiquei parada, meus olhos estavam
focando o ambiente. Ao conseguir enxergar a sala perfeitamente, levantei-me. Havia zumbis tentando arrombar
a porta que estava na minha frente. Fiquei sem reação, paralisada, enquanto os via através do vidro da porta e
ouvia os enormes estrondos. Não demorou muito para que conseguissem arrombar a porta, o que ocasionou o
mais alto dos ruídos. Havia uma verdadeira multidão de morto-vivos. Uma enorme multidão que soltava sons
de “zumbi” que até incomodava. Sentia o cheiro de “sangue”, apesar de sangue não ter cheiro, eu achei. Eles
avançavam pela sala em minha direção. Decidi sair correndo em direção ao jardim, apesar de ter despistado
outra multidão de zumbis lá, e foi isso que eu fiz.

Corri, corri, corri, corri, mas eles ainda me perseguiam. Eram muitos, muitos mesmo! Observa os zumbis que
estavam atrás, mas o grande problema é que havia alguns zumbis a minha frente, sorte que não me esbarrei
com nenhum. Segui em direção ao portão de entrada da universidade. Estava correndo com todas as minhas
forças. Correndo desesperadamente, abri o portão duplo, instantaneamente me atirando no chão sujo.

- Kathleen! – disse Emily surpresa, aproximando-se de mim. Ao reparar em sua presença, vi que todos aquelas
pessoas que estavam na Loja de Armas encontravam-se presentes.

Não respondi nada, não consegui. Estava sem fôlego, precisava respirar! Bufava tanto, mas tanto! Minhas
inspirações e expirações rápidas e profundas pareciam palavras.

Busquei forças para me levantar.

- Temos que sair daqui, AGORA! – gritei, com todas as forças que conseguira reunir.

***

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Os eventos narrados a seguir ocorrem neste capítulo

- Estou exausta... – disse a mulher deitada ao lado de Kedar que eu não conhecia. Ela não parecia estar bem
naquele momento.

- Acho que deveríamos descansar agora, certo? – disse Kedar.

- Não sei... Mas o que aconteceu com você?! Foi uma... Planta? – perguntei indignada, referindo-me a mulher.
Olhava para sua perna. O que ela não devia estar sofrendo?

- É... Foi isso... – ela parecia doente. Pior do que eu imaginava. Sua voz soava fraca. Mas... Uma planta? Como
uma planta? Pelo que eu saiba, Raccoon City não tinha plantas venenosas. Nem sabia da existência de
cogumelos venenosos lá. Talvez existissem... Quem sabe? Mas... Isso não me vem à tona.

- Acho que você deve descansar. – disse Emily, aproximando-se da garota.


Kedar e a moça com a perna mutilada pareciam tão íntimos para mim. Brincavam como se fossem irmãos,
apesar da moça aparentar estar delirando. Estavam sorrindo...

Lembrei-me de que havia entregado minha velha arma para a mulher que me parecia uma bar-woman, mas
não me lembrava de tê-la me devolvido. Tateei o bolso da calça onde sempre costumava guardar a doze. Por
sorte, ela estava lá.

- Eu vou ver se não tem nada por aí... – disse.

- Acho melhor não. Nunca deu certo essa história de se separar. Você não assiste a filmes de terror, Kat? – disse
Kedar. Não respondi a sua pergunta. Olhei-o, sem nenhuma expressão facial. Oh, é mesmo! O braço dele!
Aquilo me dera uma agonia... Senti pena dele... Era difícil evitar meu olhar para seu braço amputado.

- Err... Ela não me parece muito bem... – disse Emily, afastando-se da moça. – Acho que ela precisa de
cuidados.

- Talvez eu possa ajudá-la. – me ofereci.

- Não... Não pode... Eu preciso do Daylight... Já disse isso... – disse a mulher, fracamente. Estava pálida.

- O senhor Kent, Stacey e Karol foram atrás de Matt. Eles voltarão com o Daylight e com algo para sairmos
dessa cidade. Não se preocupe. – disse Emily. Ao contrário, ela parecia estar preocupada.

A moça observou a face preocupada de Emily e disse:

- Eu já e-era... Não se preocupe...

- Não! Não, diga isso, Anahí! Você vai ficar bem! Eu te prometo! – exclamara Kedar, desesperado. A garota
sorriu.

- Alguém já havia reparado neste elevador em que aquele homem saiu? – indaguei, quebrando o momento.
Realmente nunca havia reparado nele, depois de dois anos naquela universidade.

- Nunca. – Emily e Kedar responderam juntos. Algo tão sincronizado... Aparentava ser um coral de duas
pessoas.

Olhei atenuamente para o elevador. Talvez devêssemos entrar lá. Se a Umbrella estava distribuindo transporte
para fora daqui, talvez lá houvesse algum helicóptero. Mas e a moça, a tal Anahí? Seria melhor deixá-la
descansar. E eu era a única com uma arma de fogo, se os deixasse sozinhos iriam “perecer ao terror”.

- Vamos ir no elevador logo... Se a gente ficar aqui... O homem cinza de sunga pode achar a gente... Não
vamos sobreviver... Me deixem aqui... – disse a moça, soluçando.

- Ela tem razão... Ele vai nos matar. – eu disse.

- Mas você parece cansada e doente! E não podemos te deixar aqui. – preocupou-se Emily.

- E daí...?

- Venha com a gente. – Kedar disse, carinhosamente.

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Kedar levantou-se e tentou levantar a mulher. Eu o ajudei a carregá-la. Caminhávamos em direção ao estranho
elevador. Emily observava Kedar carinhosamente. Ao chegar perto do elevador, ela apertou um botão que se
acendeu – uma luz verde. Após alguns minutos, a porta dupla do elevador se abriu e adentramos.

- Gente... Tem mais botões aqui do que nos outros elevadores. – disse Emily.

- Como assim? – perguntou Kedar, com os braços da moça sobre os ombros.


Eu me estendi e observei o painel. Realmente, havia mais botões. Mais quatro. Percebi que havia um painel no
chão. Devia ser um elevador especial ou outra coisa. Emily pressionou um dos botões especiais. A porta
fechou-se automaticamente e o elevador começou a subir.

- O que vamos ver lá? Com certeza não uma saída daqui. – comentou Kedar.

- Vamos apenas fugir do homem... Ele é estranho. É melhor fazer um descanso lá. Ele estava no 1º andar, vai
ser difícil ele achar a gente nesse andar... – eu disse. Não conseguia pensar mais em nenhuma memória com
aquele clima.

- E como eles nos encontrarão?

- Eles vão demorar... Não sei por quê... se preocupam tanto... – falou a moça. Pelo seu tom de voz ela parecia
melhor.

Nesse instante, o elevador deu um tranco e a porta se abriu, novamente.


Nunca havia visto aquele andar. Emily saiu do elevador antes. Ela deu um grito agudo.

- EMILY! – gritou Kedar, desesperado.

Eu e Kedar, com Anahí com os braços enroscados em nossos ombros para se locomover, não pudemos apressar
nossos passos.

- Eu não preciso de ajuda... Já... Já posso caminhar sozinha. – disse a moça, que retirara os braços de meu
ombro e do de Kedar. Ela ficou de pé normalmente.
Eu e a mulher fomos atrás de Emily com passos leves, enquanto Kedar fora correndo.

- O que foi? – perguntou Kedar à Emily.

Ela não respondeu, estava de lado. Movimentei minha cabeça para o lado lentamente...

O que era aquilo...? Um "necrotério"...? Fiquei chocada. Não sabia quanto à reação dos outros, mas pareciam
estar chocados também. De repente, alguns grunhidos começaram a ecoar pelo ar. Não era coisa boa, com toda
a certeza. Me virei para trás...

... Aquilo era um sapo...?

Fim!

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Árvore da família Fyfre:


Avô & Avó Paterno: Matt Addison & Alice Survivor
Avô & Avó Materno: God Kira
Pai & Mãe: Bionic Wesker & Gabrielle R.L
Irmãos: Mr. Birkin e Mr. Siegfried
Marido: Full Redfield
Filhos/Filhas: *Gigi_Dante* e The Dead
Tios & Tias Paterno: Blood Cold, Carlos Wesker, Eden X, Jeferson, The Merchant, Kurai Gehenna, MelissaMayaJill, Alice, Mari Redfield,
Miss Valentine, Marcos Mask, Augusto.
Tios & Tias Materno: Lívia Maria e Ana Clara
Primos & Primas Paterno: Claire Kennedy
Neto: Leon S. kennedy

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Bars by Miss Valentine and Jejé. Thank you!!

Davi Redfield Postado em: July 15, 2009 09:49 pm

Capítulo 44: Viver ou Vingar-se...?

- Vamos! – gritou a loira, agarrando meu braço e me puxando.


Começamos a correr que nem loucas. Kent ia na frente, e nós atrás. Engraçado como os zumbis pelos quais
passamos rapidamente enquanto fugíamos não pareciam mais tão assustadores. Não comparados com a
aberração cinza que havia ficado para trás.
- Eu preciso achar aquele desgraçado... – disse, sem parar de correr.
- Pardon? – disse a loira. S-S-...
- Stacey. – ela completou. Eu estava dizendo aquilo? Achei que só havia pensado...
Paramos de correr. Aparentemente, o monstro não havia nos seguido.
Enquanto recuperávamos o fôlego, meus olhos passaram pela janela da sala na qual estávamos.
- Temos que voltar para o refeitório, e pegar os outros. – disse Kent.
Do lado de fora, eu vi o farmacêutico correr para o local onde havíamos estacionado os carros, ao chegar. Puxei
minha arma.
- Karol? – disse Stacey.
O farmacêutico foi até a janela do primeiro carro, e se abaixou. Depois foi até a janela do outro carro, o que eu
e Emily e a taxista tínhamos usado para vir até a universidade, e abriu a porta.
Aquela idiota teria deixado a chave no contato??
Corri pra janela.
Bravo Team
- Karol, o que foi? – gritou Stacey de novo.
Bati com a coronha da arma na janela, e o vidro se quebrou. O farmacêutico se virou na direção do ruído, na
minha direção, e seus olhos vieram diretamente ao encontro da minha magnum, apontada pra ele.

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- Maldição! – gritei.
Assim que me viu com a arma apontada,o farmacêutico se jogou para dentro do veículo ao mesmo tempo em
Ranking Especial: que eu atirei! A distância era grande, da janela onde eu estava até ele, não sei se o acertei....
De qualquer forma, o demônio conseguiu ligar o carro, e saiu em alta velocidade. Eu ia pular a janela e ir atrás
dele, mas pela segunda vez Stacey segurou meu braço.
- Deixa ele ir. – ela disse.

Deixa ele ir. Deixa ele ir com meus remédios. Deixar ir o desgraçado que indiretamente causou a morte do meu
noivo. Sim, eu vou deixá-lo ir.
Deixar ele ir? Deixar ele ir com meus remédio? Deixar ir o desgraçado que indiretamente causou a morte do
meu noivo? Não, eu não vou deixá-lo ir!

- Stacey, nós temos que sair daqui agora! – disse Kent.


Os zumbis que estavam vagando pelo estacionamento se aproximavam da janela, atraídos pelo meu disparo.
- Karol, vamos! – disse Stacey, me soltando e indo atrás de Kent.
O carro já estava longe. Inferno. Se eu fosse atrás dele e o matasse, como voltaria pra cá? Emily e os outros
com certeza já teriam ido embora. Inferno. Viver ou me vingar?
Dane-se.
Pego a outra metade do Valium que havia guardado no bolso e coloco na boca, engolindo em seguida.
- Vamos...
--------------------------------------------

Após dar uma cuidadosa volta na universidade, evitando a área onde deixamos para trás Greg e o monstro
cinza, finalmente chegamos ao refeitório. Ignoro quanto tempo levamos para executar essa manobra, mas não
foi algo rápido.
- Kedar? – disse Stacey. Não havia ninguém no refeitório.
- Estranho... – disse Kent.
Stacey se aproximou dele. Eles ficarão juntos assim quando sairmos dessa cidade?
- O que foi?
Kent olhava para o elevador.
- Veja, ele não está mais nesse andar.
Stacey foi até o botão e chamou o elevador.
- Por que é que eles iam usar o elevador? – eu perguntei.
Nem Kent nem Stacey pareciam saber responder, uma vez que eles nada disseram. O elevador começou a
descer, andar por andar, enquanto observávamos, calados.
- Bem que o farmacêutico poderia estar morto agora... – disse, pensando na possibilidade de o ter atingido, de

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preferência em algum ponto vital, e ele ter batido aquele carro velho, morrendo na explosão.
Seria bom demais pra ser verdade.

Fim do Capítulo

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Fics:
Terra de Ninguém (com Pyramid Head)
Resident Evil: Na Idade das Trevas
Eu e Janet
Burroughs
Doug

Gabrielle R. L. Postado em: July 19, 2009 12:07 am

Capítulo 45: Darkness on the Road

Eu gritei, teria sido apenas um grito assustado pelo lugar ser um necrotério, mas havia algo mais ali, uma
espécie de sapo mutante azulado.

-EMILY! – Kedar gritou, ele corria em minha direção

Ele já estava ao meu lado um pouco ofegante, eu não conseguia novamente me mover, malditos sejam todos
os meus medos, por que sempre tenho que ficar com meus músculos paralisados?

- O que aconteceu? Está tudo bem? – Ele perguntou preocupado, parecia ainda não ter visto a criatura

”Fuja” eu repetia incessantemente, mas a voz não saía de minha garganta seca, meus lábios insistiam em não
se mover, meus olhos amedrontados fixos na criatura. Kedar parecia já ter visto o tal monstro, agora ele
também demonstrava em sua expressão uma leve surpresa. Ao meu lado Kathleen e Anahí chegaram em
passos lentos, imediatamente as duas viram a criatura perdendo por um instante a postura séria.

- Mas que coisa é essa? – Anahí perguntou com uma expressão que tinha um misto de surpresa e medo
Bravo Team
- Não sei...Apenas sei que o mandarei para o inferno... - - Ouvi Kathleen dizer com seu habitual tom rude

A criatura passava entre os corpos caídos e macas ensangüentadas, uma cena assustadora? Talvez, mas apenas
Grupo: Escritores quero sair daqui.
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Joined: October 14, 2008
- Estou com um pressentimento ruim sobre isso... Acho melhor fugirmos... – Falei hesitante, desde quando eu
era preocupada com pressentimentos?

Um pequeno barulho quebrou o silêncio do local, atrás de nós o resto do grupo chegara, talvez um alívio? Bom,
era melhor do que se ficássemos ali sozinhos.

- O que está acontecendo aqui afinal? – Ouvi Karol dizer

O som de dois tiros ecoaram pela sala, o monstro caiu agonizando, dos ferimentos o sangue jorrava, a magnum
de Karol dera conta do serviço.

- Bem, acho que podemos sair daqui agora... – Ouvi senhor Kent, ele parecia meio insatisfeito com tudo isso,
talvez meio irritado por termos saído do refeitório

Segui juntos aos outros em direção ao elevador, percebi que Kathleen estava um pouco atrás do grupo, próxima
a uma porta recarregando a arma.

- Kathleen! Vamos... – Falei sorrindo olhando em sua direção

- Eu já vou... – Ouvi ela dizer sem desviar os olhos da arma

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Voltei a seguir em direção do elevador, eu me sentia aliviada, estávamos todos bem e ficaremos todos bem,
nada mais vai ser perder aqui. Até que aconteceu... Foi tudo muito rápido, passos, o barulho de uma porta
abrindo e um grito... Olhei assustada para trás, mais uma daquelas criaturas azulada surgia pela porta, sem
tempo para se defender e surpreendida Kathleen é atacada, com um golpe extremamente bizarro o monstro
joga a garota contra sua boca disforme.

- Kathleen!!! – Gritei desesperada

- Alguém ajuda ela!! – Ouvi Kedar gritar em desespero

Por um instante não consegui olhar, apenas ouvir... Tiros, gritos, o som estranho vindo da criatura que parecia
tentar engolir Kathleen que se debatia, os gritos abafados, eu novamente estava ali... Assistindo as pessoas que
amo morrendo e minha fraqueza, minha inútil impotência me impedindo de agir. Forcei meus olhos a observar a
cena, não era possível, não podia ser real, tinha que ser uma ilusão... As pernas de Kathleen que se debatiam
na boca disforme da criatura agora caiam para o interior do corpo, a garota fora engolida.

- NÃO! – Gritei sem conseguir acreditar no que vi

Mais tiros, a criatura agora caiu inerte no chão, o sangue jorrando... Mas Kathleen se fora, era impossível
salvá-la, impotência...Maldita seja toda a impotência e surpresa, talvez se não fossem por esses meros fatores
tantos inocentes não teria morrido, maldita seja eu mesma por minha ridícula fraqueza! Eu não tenho o mínimo
de força, o mínimo para pelo menos tentar salvar as pessoas que amo, paralisada pelo medo, imóvel pelo
terror, minha mediocridade fora exposta e eu percebi o quão ridícula sou.

Os olhares tristes e vazios, podia ver a decepção nos olhos dos sobreviventes, mesmo nos conhecendo tão
pouco, acabamos por nos apegar naquele inferno em Terra, perder alguém que conhecemos ali era tal como
perder alguém que amamos muito, eu conseguia ver... Como alguns se sentiam como eu.
Eu tentava, lutava contra mim mesma, as lágrimas enchiam meus olhos, eu queria chorar novamente, queria
deixar as malditas lágrimas rolarem, não vou fraquejar novamente.

Seja forte por um mero momento Emily repetia mentalmente enquanto seguia em direção ao elevador, o
mesmo era grande, um pequeno papel ali indicava que a capacidade máxima do mesmo era de oito pessoas,
não haveria problemas.
O elevador desceu, o local totalmente em silêncio, eu não era a única abalada ali, tentei falar, mas novamente
não consegui, um nó na garganta me impedia de soltar meras palavras, eu estava cansada disso tudo.

A porta do elevador se abriu, devagar todos saíram vagarosamente, era visível o cansaço em todos, eu percebi
que Senhor Kent mexia no bolso do sobretudo e pegava o celular e lá vai ele novamente com seu contato
misterioso.

- Esperem um pouco... – Ouvi Senhor Kent dizer enquanto se afastava um pouco do grupo

Observei um pouco, boa parte do grupo se sentava nas mesas para tentar descansar um pouco, porém eu
resolvi me afastar, ficar em um canto afastado, precisava de um tempo para mim. Encostada em uma parede,
eu deixava minha fraqueza exposta, por mais que eu tentasse ou lutasse, não conseguia evitar... Eu chorava.
Perder pessoas que ama pode ser mais difícil do que parece, pode parecer estranho chorar por alguém que
conheceu há algumas horas, mas era impossível não se apegar a alguém em uma situação daquelas.
Laura...Kathleen... Me perdoem por talvez estar fraquejando quando não podia.

- Emily... – Ouvi a voz de Kedar ao meu lado

Olhei para o rapaz, não pude deixar de perceber os olhos meio mareados ou a expressão triste, era óbvio que
ele também se apegara a garota. Foi algo meio rápido, Kedar me abraçou como se soubesse o que eu sentia
naquele instante, como se por um instante pudesse ver minha dor. Sim eu queria ser abraçada, mas não
esperava uma atitude vinda daquele rapaz.

Mesmo com uma atitude daquelas não podia evitar, as lágrimas naturais continuavam a rolar, minha vontade
talvez posse implorar por proteção, mas era simplesmente uma atitude infantil de uma criança, na verdade ali
eu me sentia uma criança por ser tão frágil.

- Kedar...Eu...Estou com medo... – Falei com a voz embargada enquanto me soltava do abraço

- Não vai acontecer nada... Vai ficar tudo bem...Emily confie em mim. – Ouvi ele dizer enquanto segurava meu
braço

Não entendo bem tudo isso, mas quando ele estava ao meu lado eu me sentia protegida, desde o início com
suas atitudes. Obrigada Kedar falei mentalmente, involuntariamente percebi que estava sorrindo, o que me

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movia ali, o que me ajudava, era aquele rapaz, quero um dia poder agradecer por tudo, se não fosse por ele...
Não sei se estaria aqui.

Olhei para onde o resto do grupo estava, o Senhor Kent estava se aproximando, terminara mais uma conversa
com seu “contato misterioso”, sua expressão fria agora demonstrava um pouco de preocupação, o que será que
houve?

Acenei para Kedar, fomos na direção do grupo, todos olhavam atenciosamente para o Senhor Kent, esperando
ele falar algo, pelo menos criar alguma indicação ao grupo, estávamos no escuro esperando algo.

- O que houve Samuel? – Ouvi Stacey perguntar

- Bom, eu tenho algumas notícias... E algumas não são nada agradáveis... – Ouvi Senhor Kent dizer

Presos naquele inferno, totalmente no escuro, eu acordo a resolução disso tudo, mais o que mais desejo agora,
é simplesmente acordar em minha cama e perceber que tudo isso não passou de um sonho ruim.

Fim do Capítulo

This post has been edited by Gabrielle R. L. on July 19, 2009 12:09 am

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Fatal Frame 2: Crimson Butterfly

Fanfics

- The Fear Beginning-


Here Without You
Don't Jump

Vídeos:

Jill Valentine & Chris Redfield Tribute

Resident Evil 4: Leon S. Kennedy & Ada Wong Tribute

Família F.Y.F.R.E.

Pais: Lika e God Kira


Irmãs: Lívia Maria e Ana Clara
Marido: Bionic_Wesker
Filha: Rebecca Chambers Filhos: Mr. Birkin e Mr. Siegfried
Genro:Full Redfield
Neta: *Gigi Nero*
Neto: The Dead
Bisneto: Leon S. Kennedy

God Kira Postado em: July 19, 2009 07:44 pm

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Capítulo 46: Destino Final ou Survivor's Sandwich

Não, eu não tinha a mínima idéia do que estava acontecendo. O surreal já havia se misturado ao real em minha
cabeça. Eu não podia dizer com precisão nossa situação atual. Não sabia dizer onde estávamos, quem tinha ao
meu lado nem nada.

...

Acordei. Lembrei-me que havia dado condolências a Emily. Lembrei-me de segurar seu braço. Quando? Antes de
dormir? A duas horas atrás? Ontem? Agora? Não sabia dizer. Eu tinha acabado de... Perder a noção de tempo.

X-X-X-X-X

QUOTE
- Bom, eu tenho algumas notícias... E algumas não são nada agradáveis...
Bravo Team

Kent disse.

Grupo: Escritores Eu estava sentado numa das mesas do refeitório. Eu não me lembro bem, mas acho que chorava. Chorava por
Posts: 1207 Kat... Talvez? Ela... Era doce. Uma menina doce. Uma mulher que fora obrigada a revestir-se de uma armadura
Member No.: 2226
Joined: November 21, 2008 de frieza. A vida e as pessoas a obrigaram a isso... Só espero, do fundo do meu coração, que finalmente, onde
está, ela possa novamente sorrir. Porque é belo o sorriso de um anjo.

Ranking Especial: - Fala, Kent! - Stacey disse.

Ela estava de pé ao lado do detetive, todos no centro do refeitório. Anahi estava ao meu lado, quieta. Karol e
Emily estavam sentadas longe da gente. Não sei porque.

- Minha carona. Ela disse que não posso levar ninguém comigo. Mas eu acho que...

A fala de Kent foi como um soco na barriga de todos naquela sala. Principalmente Stacey.

- C-como assim? Nós... Ajudamos você...

- Não depende de mim, Stacey... Acredite. Mas eu acho que podemos...

A barwoman estava magoada. Imaginei que Kent não tivesse culpa, mas... Senti raiva dele. Por aquela frase.
Ele parecia não se importar em não poder nos levar. Ele... Não estava nem aí.

- SUMA! - Gritei.

Levantei-me num pulo e corri na direção dele. Lembro de ter pego a arma de Karol que estava em cima da
mesa. Quando me dei conta eu estava em cima do detetive com uma Magnum apontada na cara dele!

- Você... É ridículo. Você... - Parei.

Kent me olhava assustado. Ele poderia a qualquer momento me dar um empurrão e livrar-se de mim. Ele sabia
que eu não iria atirar. Eu não... queria.

- Você... É a desgraça do mundo. - Repeti algumas vezes.

Lembro que Emily me olhava com pavor, enquanto Karol ria. Stacey estava a poucos centímetros de nós
tentando me acalmar. Anahi dormia.

- Pessoas como você... Os malditos.

Respirei fundo.

- Você... Não se importa. Você, seu idiota... Você não está nem aí.

Eu estava... Louco?

- Larga a arma, Kedar... - Stacey repetia em milhares de tons.

Eu estava com a magnum apontada para a cabeça do Kent, enquanto segurava seu colarinho. Por que diabos ele
estava permitindo aquilo? Por que não dava logo um murro no meio da minha cara?

- Você é daqueles que... Só finge. Você interpreta. Você diz que sente raiva, amor, ódio... Mas é apenas farsa.

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Você apenas quer que pensem que você sente isso. Que sintam... por você...

Caí sentado no chão, chorando. Chorei, chorei. As lágrimas molhavam minha jaqueta e se misturavam ao suor e
ao sangue. Kent retirou a arma da minha mão, ajeitando suas roupas. Todos me olhavam. Como se fosse louco.
Emily se afastou de mim. Senti o pavor dela em seus olhos. Eu era... Um animal. Mutilado e louco. E a ponto de
tornar-me homicida.

X-X-X-X-X

Eu estava sentado no chão da cozinha. Os outros estavam no refeitório. Eu chorava. Chorei até não ter mais
lágrimas para isso. Não sabia direito o motivo de meu choro. Eu... Só queria chorar. Foi quando... Lembrei-me
da expressão de Emily. Ela estava desolada. Triste. E eu... Ali, com minha irmã do lado, e chorando. Me
lamentando. Eu estava sento egoísta... Estava chorando, porque sabia que podia. Sabia que Anahi me
consolaria. Que Stacey me diria pra "não ficar assim". Mas e Emily? Eu só a magoava mais e mais com minhas
lágrimas. Eu tinha de... Parar.

- Kedar... - Emily abriu a porta da cozinha vagarosamente. Eu estava apoiado numa geladeira de inox, num
cubículo. Não queria que me vissem.

- Emily. - Disse. - Preciso falar com você.

A garota entendeu meu recado e sentou-se ao meu lado. Eu me virei, ficando de frente para ela.

- Me desculpe.

- Pelo que, Kedar?

Eu engoli em seco.

- Por chorar. Me desculpe.

Emily estava confusa. Ela tinha receio em tocar meu rosto.

- Claro, Ky. Fica sossegado.

Eu abri a boca pra dizer algo, quando... Senti um frio na barriga. Emily estava aproximando seu rosto do meu
e... Aconteceu. Senti seu lábios finos e delicados tocarem nos meus, ainda molhados de lágrimas. Senti como se
estivesse caindo de um desfiladeiro. Desejei que aquilo parasse. Eu não queria me sentir bem. Eu não deveria...
Estávamos... No inferno. E eu, ali, beijando um anjo.

- Peguei vocês no flagra! - Karol disse, entrando na cozinha.

Me afastei rapidamente de Emily, envergonhado. A garota corou rapidamente e, sem dizer nada, saiu do local.
Fiquei a sós com a Karol.

- Olha, rapaz... Estamos saindo. Só estamos esperando você.

- Saindo para onde?

- Não sei... Parece que o que cara que chegou agora vai levar a gente embora.

- Cara? Que Cara?

X-X-X-X-X

- Mackenzie D. Sunderland, prazer, meu jovem.

Eu estava pasmo. Quem era aquele homem de meia-idade que estava me cumprimentando?

- Ele é um velho amigo. - Anahi disse.

- Você o conhece? - Perguntei, assustado.

- Digamos que... A gente se conheceu numa viagem. - Mack respondera.

- Você vai mesmo nos levar embora? - Emily disse, suplicante.

- Eu não. - Mack disse. - Um amigo. Fiz contato com ele e estará em Raccoon em algumas horas.

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- Você... Não está mentindo? S'il vous plaît! - Stacey disse. Ela estava sentada ao lado de Kent, que desviava de
meu olhar. Eu insisti em confrontá-lo com os olhos, mas ele nem me notou. Não quis notar.

- Não, garota. Não tenho motivos. Mas se não confiam em mim...

- Confiamos. - Anahi respondeu.

Eu olhei para todos.

- Quer dizer que é isso? Um cara chega, diz que tem carona e nós o seguimos. Isso?

Emily se aproximou de mim, olhos mareados. Disse:

- O que há de errado nisso, Kedar? Por que você está agindo assim?

Eu não soube responder. Calado, me sentei, enquanto os outros decidiam seu trajeto. Não quis ouvir. Anahi
poderia fazê-lo por mim. Bastava que eu a seguisse.

- Eu tô com fome... - Karol reclamou.

Vi que Anahi e Mack conversavam de modo entusiasmado, enquanto ele passava as mãos pelos cabelos dela e
lhe entregava um spray. Eu segui para perto de Karol e abri minha mochila. Sem que os outros percebessem
entreguei uma barra de chocolate para ela, dizendo:

- Olha, é a única que tenho. Então não faça escândalo ou terei de dividi-la em sete!

Karol sorriu pra mim.

X-X-X-X-X

Não sabia direito onde estávamos. Tive medo. Um estrondo. Uma criatura. Gritos aterrorizados...

...

- Corre, Staceeeeeeeeeeeeeeeey! - Gritei.

...

Estávamos do lado de fora da Universidade dessa vez. Um monstro no hall havia nos obrigado a isso.

- Stacey! Emily! - Gritei.

Ao meu lado estavam Karol, Mack, Anahi e o detetive. Mas não conseguia ver as outras duas.

- Aqui! - A barwoman acenou. Elas estavam escondidas atrás de um carro.

- Não se mexam! - Kent gritou. Ele mirou sua arma na testa de um zumbi e atirou no exato momento em que
ele iria atacar Emily e Stacey.

X-X-X-X-X

Mack conseguira abrir a porta do carro de Stacey e entrara. Kent havia perdido as chaves dele. Enquanto a
barwoman lhe passava um sermão, Sunderland tentava fazer a ligação. Os zumbis estavam longe. Não nos
percebiam.

- Droga! - Karol disse.

Ela estava agachada e acabara caindo, sujando sua roupa. Emily ajudou-a a se recompor. Silêncio.

- Consegui! - Mack disse.

Foi quando ouvimos um estrondo. A porta do hall da universidade abriu bruscamente. O monstro... Estava vindo.

- Entrem! AGORA! - Mack disse.

Stacey entrou correndo no carro, sentando-se ao lado de Mack. Puxou Emily para dentro, fazendo com que
ambas dividissem o mesmo banco. Abri a porta de trás e empurrei Karol para lá. Anahi e o detetive entraram

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logo em seguida. O monstro se aproximava. Pulei para dentro caindo no colo de Karol, enquanto Mack deu a
partida no carro.

X-X-X-X-X

- O que diabos nós fizemos? - Karol disse.

Eu comecei a rir. Estávamos os quatro apertados na parte de trás, enquanto Emily havia literalmente sentado no
colo da Stacey. Não havia espaço para as duas lado-a-lado no banco da frente.

- Nós... Sobrevivemos? - Eu disse.

Todos me olharam. Eu me calei. Anahi esforçou-se pra trocar de lugar com Kent, ficando entre entre ele e Karol.
Eu estava espremido no canto, com Karol ao meu lado. Aquilo estava desconfortavelmente cômodo.

- Pra onde estamos indo, senhor Sunderland? - Kent disse.

Mack riu.

- Você é...

- Kent. Samuel Kent. - O detetive apresentou-se.

- Hm... Kent... Muito prazer. - Mack com toda certeza não estava sendo verdadeiro. Era como se... Ele
conhecesse Kent?

O detetive sorriu com o canto da boca, esperando pela resposta de Mack.

- Estamos indo ao nosso... Destino final.

Kent respirou fundo. Achei estranho ele estar conosco. Ele já não tinha sua própria carona? Estava claro que no
momento em que saímos ele não teve tempo o suficiente pra pensar em pegar um carro e seguir seu destino.
Enfim. Eles são os homens de negócio. Não eu.

Fim do capítulo

This post has been edited by God Kira on July 19, 2009 08:25 pm

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Resident Evil: A Cidade Maldita
Songfic: "The World" - Morpheus D. Duvall

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Bisnetos: *Gigi_Dante* e The Dead. | Tataraneto: Leon S. Kennedy.
Sobrinha: Anahi. | Irmão: lukaslikeavril.
Sobrinhos Netos: Knuckles Dark, LeuÔ! e One Winged Angel.

-Matt Addison- Postado em: July 22, 2009 02:45 am

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Capítulo 47: When your world falls apart

Os eventos narrados a seguir ocorrem durante e depois do capítulo 44.

Segurando o precioso objeto em minhas mãos, fechei cuidadosamente as portas de entrada da Universidade.
Senti uma estranha sensação ao começar a andar. Estava muito escuro e, além disso, havia uma densa neblina
pairando no chão.

Aproveitei a falta de visibilidade para sentar-me em um dos bancos do pátio. Deixei minha Handgun de lado,
abri minha mochila e peguei o Notebook.

Finalmente, o momento que eu tanto esperava. O que mais haveria dentro deste disquete, afinal? Eu tinha de
Bravo Team
saber antes de destruí-lo. Para o meu bem, e o da Umbrella.

Cuidadosamente, inseri-o no Drive. Passaram-se demorados segundos e então finalmente apareceram


Grupo: Membros novamente as janelas.
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Joined: June 05, 2005 DATA, EXPERIMENT, T-VÍRUS, FILE, DOMAIN, RESEARCH...
Tais palavras fizeram meus olhos brilharem. Claro, nem o detetive ou Mackenzie foram capazes de capturá-lo.
O passaporte para fora da cidade era de fato meu!

Cliquei então no primeiro Link e aguardei. A felicidade, contudo, durou pouco.


Meu sorriso logo desapareceu, minhas mãos começaram a tremer e um grito de ódio escapou. O que eu havia
visto fora suficiente. Tirei o objeto do drive e arremessei-o longe.
O conteúdo estava vazio!

Somente minutos depois fui capaz de compreender. Mapple havia planejado tudo! Desde o início ele havia
imaginado que outras pessoas conseguiriam o alcançar e por isso fez uma cópia falsa.

Agora eu havia perdido minha última chance. Ninguém poderia achá-lo no meio desta cidade e minhas chances
de fugir dela diminuíam a cada segundo.

De qualquer forma, eu não tenho mais o que fazer nesta Universidade... Juntei meus equipamentos, peguei a
arma e deixei o disquete para trás.

Caminhei sorrateiramente através do vasto jardim, tentando não fazer barulho. O silêncio porém, causava uma
sensação ainda mais perturbadora. Tentei me manter despreocupado, mas logo não consegui parar de pensar
nos outros sobreviventes.
Stacey, Kedar, Emily, Karol... Eu prometi que os tiraria de Raccoon, agora eu deveria continuar lutando, por
eles.

Matei mais zumbis pelo caminho e então notei três carros no local onde havíamos estacionado anteriormente.
Não custa nada tentar. –Pensei, enquanto corria para os veículos.
O que eu presenciei, entretanto, deixou-me muito mais feliz: Já havia uma chave em um dos carros. Alguém a
deixou para trás, era como um presente de Deus...
O demônio, contudo, logo aparecera.

Eu não havia sequer percebido sua chegada, tudo fora muito rápido.
Enquanto eu abria a porta do carro, Karol, a psicopata, quebrou o vidro a poucos centímetros de distância. Em
instantes sacou sua arma, uma Magnum, e apertou o gatilho sem hesitar.
Joguei-me para dentro do veículo instintivamente antes de ouvir a explosão. Não senti dor alguma. Ela havia
errado o tiro, para minha sorte.

Rapidamente girei a chave e dei partida. Persistente, ela recuou e tomou impulso para pular pela janela, mas
logo fora interrompida por Stacey, enquanto eu arrancava em alta velocidade para a saída.

xxx

-Desgraçada! – Gritei enquanto corria quase atropelando os zumbis da rua. -Maldita seja a psicopata e seu
noivo!
Eu já havia perdido a conta de quantas vezes Karol tentara me matar desde que a vi... Pelo visto a abstinência
de Valium realmente a deixava ainda mais doente.
Toquei levemente meu cabelo e confirmei um pequeno sangramento, provavelmente causado pelos estilhaços
de vidro da janela. Era só o que me faltava...

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Continuei dirigindo até sentir meu celular vibrar no bolso.


Quem seria desta vez? Peguei-o com a mão ainda ensangüentada e o atendi.

-Acho que você está indo pelo caminho errado. -A voz do outro lado me deixou furioso, mas ao mesmo tempo,
aliviado.
-O que é agora? –Perguntei, cansado de receber mais um telefonema do misterioso Watcher.
-Tenho mais informações para você... Eu posso vê-lo, Mapple. Ele acabou de chegar onde eu queria.
-Do que você está falando?
-Acho que é um local bem familiar para você, e desta vez você conseguirá pegá-lo de uma vez por todas.
-Onde? –Perguntei, irritado.
-Ora, no seu destino final. A Umbrella Main HQ.

xxx

A Umbrella Corporation Main Headquarter é o maior complexo da corporação na cidade, usado principalmente
para testes de batalha das B.O.W.S.

O prédio de forma oval estava estranhamente tranqüilo e silencioso no momento em que cheguei. Estacionei o
carro corretamente na vaga, tranquei-o e caminhei tranquilamente até a entrada.

A porta abriu-se automaticamente e logo entrei no saguão. Não havia ninguém, nem mesmo zumbis.

Atravessei o Hall, impresso com dezenas de logos da corporação e entrei no primeiro corredor. O ambiente
branco e o cheiro de limpeza fizeram-me sentir mais calmo.

Haviam câmeras instaladas em todos os lugares e por isso eu não consegui ficar a vontade, já que o observador
provavelmente estava me vigiando.
No final, entretanto, ele me dera uma informação valiosa. Agora era preciso apelar para uma solução drástica,
e desta vez não seria eu quem faria o trabalho. Pensando nisto, abri a porta e adentrei a sala.
-Quem é você? –Perguntou o jovem apontando sua arma ao me ver entrar.
-Você deve ser Carter, certo? -Respondi, sem me importar com a arma. -Estou aqui para soltar um dos T-103...
E a propósito, você tem algum Valium guardado?

Fim do capítulo

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BloodCold Postado em: July 25, 2009 12:04 am

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Capítulo 48: No Vacancy

- Estamos indo ao nosso... Destino final.

Aquelas palavras do assassino, de Mackenzie Sunderland, continuavam a repetirem-se ininterruptamente dentro da


minha cabeça, que aliás, já estava doendo. Era extremamente desconfortável a situação em que eu me
encontrava, espremido no banco de trás daquele carro. Ao meu lado direito estava a moça cujo nome eu apenas
havia captado entre sussurros. Anahi, uma policial. Acho que ela era irmã do Kedar (Esse! Esse era o nome dele!
Ah, como sou terrível com nomes!). Ao lado dela estava a tal da Karol (Talvez ela tivesse problemas com
farmacêuticos…). Tinha um brilho estranho no olhar dela… eu apenas agradecia por não ter ficado ao lado dela,
apesar de tudo.

Eu não confiava em Mackenzie. Será que ele sabia que Mapple havia me entregue “o preciso tesouro”? O que
Mackenzie pretendia, aliás? E o mais importante… para onde estávamos indo.
Policial do R.P.D.

Meu rosto estava fixo no vidro do carro, o veículo cruzando ruas decadentes em alta velocidade, eventualmente
passando por vultos que caminhavam sem rumo, destino ou alma pelo que havia restado de Raccoon City. Quanto
tempo havia se passado desde que eu chegara naquela cidade? Quantas horas, ou dias? Pedi totalmente a noção de
Grupo: Escritores
Posts: 494
tempo, e isso que o meu relógio continuava a funcionar. Cruzei os braços, tentando poupar espaço naquele inferno
Member No.: 1087 apertado. Voltei minha visão para o banco da frente, Stacey e Emily sentadas uma ao lado da outra. A barwoman
Joined: June 09, 2007
notou-me, e não demorou para olhar na minha direção.

- Você está bem?—Ela perguntou. Não, eu não estava bem… mas até que não estava tão mal assim.

Repentina e subitamente, nosso carro fora atingido por alguma coisa, a criatura espatifada pela dianteira do
veículo.

- Yahoo! Um canibal á menos nessa maldita cidade!—Comemorou Mackenzie, sob os olhares inquisitivos dos outros.
Emily estava um pouco assustada.

- Idiota!—Gritou Karol, erguendo-se entre os dois bancos dianteiros—Se não sabe dirigir, ao menos entregue o
volante para alguém que saiba! Tipo eu, aqui!

- Vou ficar bem—Finalmente respondi.

- Alguém pode me dizer exatamente para onde estamos indo?—Perguntou Anahi. Ela parecia estar em péssimo
estado, a pele pálida e o rosto cansado. Mas mesmo assim, podia notar uma certa rigidez em seus atos, nas suas
palavras… uma mulher forte, sem dúvidas.

- Tenho uma pergunta melhor—Eu disse, colocando minha mão sobre o ombro do nosso motorista—Para quem
exatamente você está trabalhando?

- Há algumas coisas, Detetive Kent, que é melhor não serem respondidas—Mackenzie respondeu, friamente—Creio
que essa é uma delas, no momento.

- Olha, se pretende levar a gente para alguma armadilha—Disse Stacey, colocando uma das mãos sob o freio de
mão do carro—Acredite, não vai conseguir.

- Por que você não conseguem simplesmente confiar em mim?—Perguntou ele, ajeitando o espelho retrovisor—Eu
fiz um trato com alguém… e vamos conseguir sair da cidade, com nossas vidinhas medíocres intactas.

- Não!—Protestou Kedar, apoiando uma das mãos sobre o local que um dia estivera o outro braço. Assim como
todos aqui, ele parecia cansado. Era engraçado vê-lo com aquela camisa ensangüentada, fanático por alguma
personagem que eu já havia ouvido falar, Sidney ou Cindy alguma coisa.—Antes disso, preciso achar a cura! O
Daylight! Para a Anahi! Para a… para a minha irmã!

- Daylight? O que é isso?—Perguntei. Parecia já ter ouvido falar sobre isso, mas não conseguia recordar
exatamente o que. Aliás… não que eu não conseguisse lembrar, eu simplesmente não sabia o que era. Ouvira
apenas o nome, a menção deste… Daylight. A Luz do Dia.

- É um antídoto para o T-Vírus—respondeu Emily, voltando sua visão para trás. Não pude deixar de notar a cor
vermelha em seu rosto quando seu olhar encontrou-se com o de Kedar—Criado pela Umbrella, a única cura
conhecida.

- Humpf… ao menos alguma coisa de bom essa gente fez! Mon Dieu!—Exclamou Stacey, estralando os dedos.

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- Certamente vamos encontrá-lo… e quando encontrá-lo, eu vou encontrar o farmacêutico!—A voz de Karol estava
um pouco abafada, entre Anahi e Kedar.

Ela mencionara o farmacêutico, e eu imediatamente lembrara-me do disquete que se encontrava dentro do meu
bolso. Aquilo que o Watcher requisitara em troca de uma saída de Raccoon mas…

As últimas ligações dele colocaram algumas questões em minha mente. Por que ele estava tão preocupado sobre a
autenticidade dos dados que eu tinha em minhas mãos? Ele me disse que se o Disco fosse falso… eu iria pagar com
a vida. Foi a primeira vez que o Observador me ameaçara, não foi? Eu não duvidava de nada mais…

… Ou melhor dizendo: não confiava em nada mais. Ok.

Em minha mente, já tinha algumas coisas claras e analisadas. Iria ajudar essas pessoas á encontrar a tal “rota de
fuga” que Mackenzie proporcionaria, e caso isto não funcionasse, eu buscaria a rota de fuga do Watcher.
Funcionaria bem para mim, mas fico preocupado (um pouco, nem tanto!) com os outros. O helicóptero que o
Watcher iria enviar, com certeza não levaria mais do que uma pessoa daqui e…

- Segurem-se!—Gritou Mackenzie. Eu demorei um pouco para entender o motivo, mas foi então que o veículo
acertou com tudo um poste de luz. Ouvi o estouro, senti o baque em meu corpo, forte batida e corações
acelerados. Minha cara estava prensada contra a parte de trás do banco do motorista, cheiro de sangue chegando
em minhas narinas. Estávamos parados, não estávamos? Havíamos batido…

- Oh, Deus!—Emily foi a primeira a exclamar as dores—Minha cabeça…

- Samuel, cuidado!—Os gritos de Stacey alertaram-me para a figura canibalesca que debatia-se do lado de fora do
meu vidro. Dois zumbis batiam com suas mãos pútridas no vidro, tentando entrar (ou tentando me levar para
fora). Um deles tinha um grande ferimento no rosto, marcas de mordidas. O outro estava em pior estado…

- Não podemos ficar nesse maldito carro!—Eu gritei. Mackenzie acabara de acordar, dando de cara com mais um
zumbi, ao lado de seu vidro… de seu vidro quebrado! As mãos da criatura estavam para dentro do carro, segurando
Mackenzie Sunderland pelos ombros.

- Bastardo!—Gritou Mackenzie, puxando sua arma com sua mão livre e atirando contra a criatura. Naquele ponto,
Stacey já havia aberto a porta de seu lado, assim como Kedar.

Vamos Karol, vamos Anahi, andem logo e saiam do carro!, pensei, enquanto as duas saiam pela porta que Kedar
havia aberto. Senti o cheiro de fumaça preenchendo o interior do carro, e só então notei o corte que havia
conseguido na testa. Passei a manga da camisa no ferimento… precisava tratar disso logo.

Todos começaram a se afastar do veículo assim que notaram que não estávamos sozinhos naquele local infernal.
Olhei para os lados, a larga avenida repleta de carros batidos, lixo jogado pelo chão e destroços de algum prédio
espalhados por todos os cantos. Inferno na terra.

- Precisamos sair daqui, agora!—Gritou Kedar, apontando para uma barricada no final da rua, que segurava uma
horda de mortos-vivos do outro lado. Olhei para o outro lado da rua, e a situação era a mesma.

Stacey apontava constantemente sua arma em várias direções, procurando possíveis inimigos. Oh, ela ficava linda
com uma arma, não é mesmo? (Droga, Samuel! Fique quieto e se concentre!) Emily estava logo atrás dela, as
mãos da jovenzinha contra as costas da barwoman. Kedar e Anahi ajudavam-se um ao outro enquanto
caminhavam para longe do carro. Fiquei admirado ao ver a habilidade de Karol enquanto manuseava aquela faca,
cortando agilmente a garganta de um daqueles zumbis que estavam do outro lado do carro.

- Não estamos muito longe do nosso destino!—Exclamou Mackenzie, localizando-se pelas placas da rua. Eu também
estava me localizando… e aquele local era intensamente familiar.

Logo na esquina ficava o Apple Inn, o hotel que eu havia me hospedado. É isso! O Apple Inn! Enquanto olhava na
direção da fachada silenciosa da pousada, lembrei-me que havia deixado uma Remington no meu quarto, com um
pouco de munição para ela e para a M1911. Se eu pudesse chegar até meu quarto…

- Venham, por aqui!—Exclamei, apontando na direção do hotel. Comecei a correr, e fiquei bastante satisfeito ao
perceber que os outros estavam me seguindo. Esperava apenas que o local fosse seguro, que não houvesse
qualquer presença inimiga lá… e seria pedir demais se houvesse uma boa garrafa de Martini me aguardando junto
com a espingarda?

Uma criatura surgira da escuridão do beco, um grandalhão jogando-se sobre Emily. A garota gritou, e no mesmo
instante jogou-se ao chão, escapando por pouco das garras (e dos dentes, argh…) do zumbi.

- Emily, fique no chão!—Mackenzie exclamou, e no instante que ouvira aquilo, a jovem virou-se de bruços, cobrindo

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a cabeça com as mãos. Garota esperta. Os tiros de Mackenzie acertaram em cheio a criatura, mas que agora
estava caindo sobre ela… !

Joguei-me pra cima do zumbi, acertando seu tórax em estado de putrefação com meu ombro. A criatura, ao invés
de cair sobre Emily, cambaleara para trás, caindo sobre uma abandonada banca de jornais.

- Como você está?—Perguntei, estendendo minha mão para Emily.

- Ainda estou inteira, se é o que quer saber!—Ela respondeu, aceitando a minha ajuda. A expressão no rosto dela
era algo como “Posso confiar em você?”.

Kedar correu na direção de Emily, repetindo a mesma pergunta que eu fizera á jovem. Ele parecia se preocupar
muito com ela. Muito mesmo.

- Estou bem, já disse! Obrigado... —Ela respondeu. Rebatera a pergunta, questionando se o braço de Kedar ainda
doía muito.

- Sempre bancando o herói, não é mesmo?—Perguntou Stacey, aproximando-se por detrás. A voz dela era de uma
calma divina, como uma calmaria que persiste após uma tempestade—Tem alguma idéia de onde estamos,
Samuel?

- Ali em frente fica o Apple Inn—Eu respondi, e aquilo fora apenas para Stacey. Eu… eu confiava nela. (Não, espere,
eu não confio em ninguém.) Certo, vou colocar as coisas do meu modo, talvez eu confie nela—Tenho um pouco de
munição no meu quarto lá, e talvez o local esteja seguro de zumbis, vale a pena conferir. Além do mais… não
estamos muito longe de uma instalação da Umbrella…

- Deve ser para onde o Mack está tentando ir—Ela respondeu, erguendo as sobrancelhas.

- “Mack”, é?—Perguntei. Aliás… não sei por que perguntei isso, eu também não precisava sentir ciúmes sobre
Stacey! Oras… que dia mais confuso!

- Vamos lá, você talvez não seja o único herói daqui!—Ela disse, e começamos a caminhar na direção do hotel. Os
outros já estavam á nossa frente, os zumbis atrás, lutando para quebrar aquelas barricadas. Sorte a nossa que
essas coisas são muito lentas…

- Com certeza temos uma heroína—Respondi. Minha visão então estendeu-se não somente para a (bela)
estrangeira ao meu lado, mas também para Emily, Anahi e Karol—Ou talvez algumas…

- Fim do Capítulo.

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Steve Burnside, Resident Evil: Darkside Chronicles.


- "I'll be always there. Your knight in shining armor."

Minhas Fanfictions:

- Sr. e Sra. Kennedy


- Resident Evil: Nemesis {Blood's Cut}
- O Beijo
- Deixe me ficar com você
- Um dia de nossas vidas
- Fighter! (Songfic)
- Resident Evil: Last Chance
- Rebecca's Letter
- Lady in Red Dress: A Espiã que não podia morrer

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- Lady in Red Dress X: Fatal Butterflies


- Claire

Outras Fanfics minhas aqui!

Jejé Postado em: July 27, 2009 10:17 pm

Capítulo 49: Human Nature

Apple Inn. Um hotel, perto das extremidades da cidade. Ok, talvez não tão perto assim, mas eu, que já não tinha
noção nenhuma do tempo ou do espaço, também já não fazia tanta diferença assim. Permaneci observando a
fachada do hotel por algum tempo. E então, após isso continuei a caminhar junto aos demais.

O grupo adentrou o hotel. O corredor que nos aguardava na entrada não tinha iluminação. Mas eu consegui ver que
os papeis de parede eram brancos, floridos. Estava tudo silencioso demais. Eu conseguia sentir o medo
transbordando através da respiração de todos. Inclusive a minha. O coração acelerado... O que nos aguardava
adiante, mon Dieu?

Mackenzie, que estava a nossa frente, abriu a porta no fim do pequeno corredor. Me surpreendi com o que
encontramos... Não pude deixar de analisar detalhe por detalhe do salão. Afinal, era um belo e luxuoso lobby, em
formato quadricular. Ao canto esquerdo, tinha uma escrivaninha e sobre este, um abajur. Cadeiras e bancos ao
Alpha Team lado, com vários objetos sobre estes, desarrumados. O lindo tapete de camurça, sujo de sangue. Um pouco mais
ao centro, uma mesa e vários arranjos de flores e plantas diversas enfeitando o ambiente. A nossa direita, o balcão
da recepção onde...

Grupo: Administradores
- Meu Deus! – bradou repentinamente Emily ao meu lado. A garota pressionava as mãos em meu casaco, como se
Posts: 2650
Member No.: 779 procurasse proteção. Eu a protegia com meus braços, apesar de não saber se poderia mais por muito tempo. O
Joined: September 14, 2006
cansaço me consumia por inteira.

Quando ouvi sua fala, me virei para uma das portas mais afastadas, ao fundo do recinto. Uns quatro ou cinco
zumbis saíram de lá, arrombando a porta. Eles vinham em nossa direção. Famintos. Rápidos.

Mackenzie e Karol trataram de dar um jeito nas criaturas famintas por carne humana. Eu ficava cada vez mais
admirada com o quanto Karol era habilidosa com facas e armamentos. Ela era ágil, pretensiosa. Às vezes me
assustava vê-la dilacerando os monstros daquela forma. Eu gostava dela, mas...

Mackenzie se aproximou de nós. Karol permaneceu olhando para as criaturas inanimadas, caídas ao chão. Não
consegui deixar de me perguntar o que se passava por sua cabeça...

- E então? Para onde iremos agora, senhor Samuel? – perguntou Mack para o detetive, parecendo impaciente com
suas expressões e gestos – Parece que o local está infestado de zumbis, e eu não pretendo ficar aqui por muito
tempo.

Em resposta, detetive pestanejou algo que não consegui ouvir. Todos estavam muito silenciosos. O clima tenso. O
medo. O cansaço cada vez mais estampado na cara de todos... Se duvidasse, um de nós desmaiaria a qualquer
momento. Sem comer, sem dormir, por tanto tempo – seja lá quanto tempo se passou...

Eu estava no meu limite.

- Eu só preciso ir até meu quarto e... Pegar algumas coisas lá. Não devo demorar. – disse o detetive.

- E onde fica seu quarto? – perguntou Anahi.

- Terceiro andar. – ele respondeu, e em seguida deu uma pausa, andando um pouco em torno do salão - Vocês
devem ficar aqui no lobby. Isso vai evitar problemas.

Emily estava de pé ao meu lado. Ainda abatida, muito provavelmente pela morte de sua amiga, a taxista.
Kathleen... A jovenzinha que morreu engolida por aquele... Sapo gigante... Pobre Kat. Conheci pouco, mas ela era
uma boa garota.

- Stacey, você está bem?

Emily perguntou subitamente, desviando-me de meus pensamentos. Sua expressão demonstrava preocupação.
Comecei a sentir uma leve tontura. Meus ouvidos.. Não conseguir mais ouvir o que Emily me dizia. Foi tudo muito
rápido. Como se eu perdesse os sentidos por alguns segundos. Justamente o que eu precisava, tsc!

- Stacey? – a ouvi perguntar novamente.

- O que? Por quê? Eu... Eu estou bem... – respondi, tentando ser convincente com um piscar de olhos.

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- Stacey! – Samuel chamou - Vem comigo?

O convite do detetive não poderia vir em melhor em melhor hora. Eu não poderia ficar ali, demonstrando fraqueza,
em um ponto tão crítico. Eu não poderia ser um martírio para o grupo naquele momento. Não quando estávamos
tão perto...

Seja forte Stacey! Seja forte! - continuei repetindo comigo mesma, tentando me manter firme.

Caminhei até Samuel, e então o seguindo por uma porta à direita, ao fundo do salão.

X-X X

- Samuel, eu não agüento mais subir escadas! Onde está o seu quarto afinal? – reclamei, cansada, tentando
acompanhá-lo.

- Pelo menos as escadas são nosso único problema, não concorda?

Eu concordei. Zumbis, ou qualquer criatura bizarra era a última coisa que precisávamos agora. Na verdade,
também não precisávamos de uma barwoman doente, fraquejando. Eu estava cansada. Aquilo definitivamente não
era normal. Balancei a cabeça para me manter ativa. Forcei os olhos, e me apoiei ao corrimão quebrado –
queimado, aliás.

Após o último lance de escadas, Samuel indicou o corredor pelo qual seguiria. Ele mantinha a arma empunhada
para caso algo aparecesse. Eu também tinha com o que me defender, mas não era apropriado ficar andando por aí
com uma garrafa de coquetel molotov em mãos. O que iriam pensar de mim? Que quero causar um incêndio no
mínimo! E pelo estado do hotel, parece que já havia ocorrido algum incêndio por ali mais cedo. Vários corredores,
assoalhos e papeis de parede estavam consumidos, em cinzas. Tinham virado fragmentos de carvão.

Caminhando pelo corredor, passamos por um corpo estendido ao chão. Tudo bem que era só mais um corpo sem
alma como tantos outros que já vimos por aí hoje. Mas este me chamou a atenção. Ele tinha uma arma em mãos,
e um caderno. Me aproximei dele, e o chutei levemente com os pés. Sem sinal. Sem gemido. Tudo ok! Hehe!

Agachei-me ao lado do corpo e então o verifiquei. Era arriscado, ainda mais considerando que, se aquela coisa me
atacasse, eu não poderia reagir, e com certeza seria infectada novamente. E Matt com certeza não poderia me
salvar de novo... Aliás, me perguntava constantemente sobre o paradeiro do farmacêutico. Será que ele realmente
nos deixou para trás? Eu estava apostando minhas fichas nele, para sair daqui. Espero que Karol não fique com
ciúmes de tais pensamentos...

Retirei a arma do meio dos braços do homem morto com cuidado. Ela estava em bom estado. Era uma besta, com
várias flechas de brinde. Perfeita!

O caderno que jazia em seu colo, estava um pouco manchado de sangue, mas nada de muito grave. Não consegui
hesitar de conferir o que estava escrito. Folheei algumas páginas... Como sempre, minha curiosidade falou mais
alto.

QUOTE
“22 de Setembro – 22H e 37m

Que diacho de frio!


Não posso deixar de anotar isso, com certeza uma das noites mais frias de Raccoon City!
Mas deixando isto de lado, o hotel hoje está bem tranqüilo. Recebemos pelo menos quatro hospedes novos.
Parece que estes ficarão por pelo uma semana, ou mais. Pessoas de negócios, hehehe!
Dentre todos, o que mais me chamou a atenção, foi à mulher de vestido vermelho que veio se hospedar hoje de
manhã. Uma oriental de cair o queixo! Até mesmo Josh comentou da beleza da mulher comigo depois de vê-la.
Bom, já deu minha hora, devo voltar a patrulhar o corredor.

24 de Setembro – 21H e 40m

Minha pausa hoje se iniciou mais cedo. Também pudera, após 2 dias seguidos sem pausa nenhuma! Mal tive
tempo de tomar café! Argh!
Não entendi direito o que aconteceu, mas os supervisores nós mandaram redobrar a patrulha e cortar as pausas,
pelo menos até a “situação” melhorar. Sinceramente, eu não entendi.
Só sei que, vários de nossos hospedes hoje passaram mal. Foram levados para o hospital com sintomas
estranhos. Ouvi alguém da equipe de patrulha comentando sobre uma epidemia. Eu espero que estejam
enganados!
E... Ah! A mulher de vestido vermelho hoje passou pelo “meu” corredor hoje. Estava linda como sempre. Ela saiu
hoje, com óculos escuros, cheia de acessórios e com uma maleta. Deve ser uma mulher poderosa!
Bom, minha pausa acabou. Lá vou eu novamente!

26 de Setembro – 23H e 23m

Meu Deus! O que aconteceu nessa cidade?


De repente, todos queriam se refugiar aqui, queriam um abrigo para se protegerem dos “canibais”... Mas, que

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canibais??
Parece que isto ainda acontece em só uma parte da cidade, mas ouvi meu supervisor dizendo que o exercito
estava cercando Raccoon City, e barrando a saída da cidade, a rodovia principal. Poucas pessoas estavam
sabendo dessa atitude do exercito. Eu ainda o ouvi pestanejar coisas, como “Estamos todos perdidos!”, e ainda
por cima culpar a Umbrella por tudo. Mas que loucura meu Deus!
Não bastasse isso, um cheiro forte de fumaça invadiu meu nariz há pouco tempo. Será o que estou pensando...?
Fogo não, meu Deus! Não precisamos disso agora, por favor!
Seja lá o que estiver acontecendo, rezo para que minha família esteja bem. E por via das dúvidas, estarei com
minha besta em mãos.”

- Deus... – balbuciei.

Samuel se encontrava ao meu lado. Ele também leu algumas coisas escritas pelo vigia noturno. Eu estava
incrédula. Eu meneava a cabeça negativamente, querendo não acreditar em tudo que eu li, em tudo que presenciei
até agora... Não. Não pode ser.

- Vamos Stacey, temos que ir.

O detetive permaneceu ao meu lado por mais algum tempo. Ele esperava alguma reação minha.

- O que passou, passou. Vamos indo, não podemos demorar...

Como ele podia ser assim... Frio. Não havia muito que eu pudesse fazer, sim. Mas...
Quando me virei para ele, não pude deixar de arregalar meus olhos. Um pequeno filete de sangue escorria por seu
rosto.

- Samuel! O que aconteceu?

Ele mesmo parecia não ter se dado conta até eu falar. Levou a mão até a testa. E então reconheceu.

- Ah, isso foi... Foi quando o carro bateu.

Me aproximei dele e verifiquei, afastando os fios de cabelos que recaiam em seus olhos. Não era um simples
machucado. Era um corte. Um corte fundo. Precisava ser tratado.

- Precisa ser tratado, agora! – repeti conforme meus pensamentos.

- Que?

- Onde é o seu quarto? Talvez lá tenha o que preciso... – disse sorrindo.

Ele apontou para o fim do corredor. Seguimos até lá.

X-X X

No banheiro do quarto do detetive, achei alguns sprays médios. Lenços e algodão. Era o suficiente. Enquanto eu
procurava os objetos com os quais iria tratar de seu machucado, ele tratou de conferir o que veio pegar, arma e
munição.

Quando saí do banheiro, o encontrei checando a munição das armas. Inclusive da besta que eu encontrei no corpo
do homem.

- Aqui, senhor detetive, vamos tratar dessa ferida agora.

Sentei ao seu lado na cama, e comecei o procedimento. Espirrando o spray, limpando o sangue e então, fazendo
um pequeno curativo. Ele estava sentado frente a mim. Eu conseguia sentir sua respiração próxima a minha...
Senti um frio na barriga ao perceber isso. Pouco antes de terminar o curativo, puxei assunto para descontrair.

- E então Samuel, estava aqui nesse hotel já há muito tempo?

- Ainda falta muito para esse curativo acabar?

Eu sorri. Ele mantinha os olhos fechados, expressando vez ou outra levemente um pequeno desconforto por conta
do curativo.

- Sempre desviando o assunto, não é mesmo...

Quando finalmente terminei, não sei o que me deu... Mas eu fiquei ali, parada, observando-o com os olhos
fechados. A respiração dele próxima a minha. Eu tentei sincronizar nossas respirações.

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Comecei a ver tudo ficar escuro. Tudo. Preto.

...

- Stacey!

...

- Stacey, acorde!

Alguém me chamando...

- Stacey?

Samuel. Eu o vi. Os outros sentidos voltando aos poucos. O que houve...?

- Stacey, você está bem? – ele perguntava.

Sim, eu estou bem. Por que não estaria?

Me dei por conta de que estava nos braços dele, na beirada da cama do quarto. Ah, claro! O quarto do hotel. Claro!

Custei um pouco a entender a situação. Mas era inevitável não se sentir confortável na posição em que eu estava.
Me sentia protegida, aquecida naqueles braços.

Hey, que pensamentos são esses?

- O que houve? – perguntei.

- Eu que te pergunto. Você apagou de repente!

- Ah... Deve ser o cansaço. Só isso...

- Prefere descansar aqui um pouco? – ele perguntou com um tom terno.

- Não. Temos que ir. Você disse que não ia demorar... E não vai, nem mesmo por minha causa.

Ele franziu o cenho. Não respondeu mais nada. Eu me levantei, sentando e me posicionando frente a ele
novamente. Minha cabeça doía. E a dele deveria doer ainda mais... Levei minha mão à testa do detetive para
conferir o curativo. Estava tudo bem. Nada mais a me preocupar. E então... E então, me atentei a acompanhar seu
ritmo de respiração novamente, sincronizando. Eu queria sentir aquela respiração mais de perto. Eu queria me
sentir bem de novo. Eu queria... Lábios...?

Senti lábios tocando os meus. Quentes. O frio na barriga me atacou novamente. O que eu estava fazendo?

Beijei Samuel sem nem ao menos perceber. Aquilo era normal? Ou ainda estava apagada, sonhando?

Quando me afastei e o olhei atônita, nossas respirações estavam sincronizadas. Pesadas. Juntas. E ele se
aproximou de mim novamente. Veio de encontro a mim, retribuindo o beijo. Eu não sabia o que pensar. Minha
mente apagou naquele instante, mas eu me sentia tão acordada... Só conseguia mentalizar aquele intenso
momento, bem ali, acontecendo.

POW!

Um tiro? Afastei-me. Súbito. Assustada. O que teria acontecido?

Só consegui lembrar do Kedar e os outros. Dio Mio!

X-X X

Samuel e eu descemos correndo as escadas. A preocupação não me saía da consciência. Se acontecesse algo... Eu
não me perdoaria.

Havia muitos zumbis em nosso caminho de volta. O que era deveras estranho, já que no trajeto de “ida”,
pouquíssimas dessas criaturas cruzaram nosso caminho. Samuel me guiava por caminhos alternativos, para que
chegássemos ao lobby sem ter que enfrentar todos aqueles canibais. Munição era ouro ali, não poderíamos gastar
com eles. Pelo menos não com todos eles...

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- Por aqui!

O lobby, finalmente!

O grupo todo estava lá. Aflito, com as armas que possuíam em mãos. Assustados notavelmente.

- Por que demoraram tanto?? – indagou Mackenzie, nervoso.

- Seus safadinhos! – disse Karol, seguida dele, em um tom malicioso.

Eu senti minhas bochechas queimarem novamente. Mas que atentada! Olhei para Samuel. Ele retribuiu o olhar de
relance, e logo o desviou para os demais.

- Todos estão bem?

- Não, não estamos! Vários zumbis brotaram do nada aqui, precisamos sair daqui o mais rápido possível! – bradou
Anahí, nos colocando mais ou menos a par da situação.

Anahí saiu disparada na frente de todos, para a saída do hotel. A mesma porta por onde entramos.

Segui os demais, empunhando minha nova arma. Fora do local, o pior aconteceu... Dezenas... Não, centenas. Não,
talvez mais do que isso. Não tinha como contar... Jesus, quantos zumbis! Não obstante os que estavam dentro do
hotel, nós agora estávamos cercados por um número incontável de zumbis.

- O que faremos? – perguntou Emily.

- Aqui é que não vamos ficar, me sigam! Rápido!

Seguimos Mackenzie até um pequeno bueiro no meio da rua em frente ao hotel. Os zumbis se aproximavam cada
vez mais de nós... Eu fiquei cada vez mais nervosa. O bueiro aberto. Era nossa última chance... E agora? Não
importava. Todos estavam entrando naquela densa sarjeta. Vamos rápido! Vamos, vamos!

Emily foi à última a descer. Logo após ela, eu também fiz o mesmo...

X-X X

Continua...

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~ "I'll be there for you, like I've been there before..." ~ Set by LeuÔ! ~

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Anahi Postado em: July 29, 2009 08:43 pm

Capítulo 50 See me in shadow

Em alguns momentos, me pego pensando se foi mesmo uma boa idéia ter me mudado para Raccoon seguindo o
rastro do Mackenzie. Talvez eu tenha desenvolvido uma enorme fixação em vingar da Umbrella, em vingar meu
ex-namorado, ou sei lá, acho que criei uma espécie de obsessão por esse homem e por ele sempre se safar dos
problemas da Umbrella....Mas o fato é que as decisões que tomamos em nossas vidas influencia todo o nosso
destino. E, bom, pelo menos com uma bruta coincidência da vida encontrei meu irmão. E agora, Mack estava
bem na minha frente. Meus ideais pareciam estar se completando, tirando o fato de ter perdido o Daylight, oh
céus, preciso daquela coisa o quanto antes. Ótimo, eu estava ficando obcecada por aquela droga, assim como o
maluco do Greg estava comigo há algumas horas atrás. Achei que fossemos morrer antes de chegar nesse
bendito hotel, mas apesar de algumas marcas de sangue ele parecia tranqüilo. O homem a qual eu não me

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Bravo Team relembrava o nome havia subido com Stacey e estávamos aguardando o retorno de ambos. Mack estava
encostado no balcão olhando para os lados, Kedar e Emily ao meu lado. A estranha mulher chamada Karol,a qual
eu estava temendo, perante seu sangue frio em matar zumbis, sentou-se em um sofá. Enfiei as mãos no bolso da
calça me ajeitando em pé e senti algo dentro de um deles, era um papel amassado. Abri com cuidado, uma letra
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Posts: 1870 corrida, quase que feita no desespero.
Member No.: 1680 Dependendo do que acontecer daqui pra frente, que você possa ser muito feliz mesmo que seja com o fim
Joined: April 27, 2008
definitivo da Umbrella. Faça por merecer irmãzinha.
Mattew.

Ranking Especial:
Engoli em seco, Mattew deveria estar morto. Mas eu não podia cair em prantos, abri e fechei meus olhos com
força e olhei para Mackenzie.

-Então... o que pretende fazer, Mack?Onde você for, tenha certeza que irei atrás. Mudei-me para esse buraco de
cidade por sua culpa. Agora, pelo menos quero colher os frutos.

Olhei para Kedar, ele parecia surpreso. Éramos irmãos, mas mal nos conhecíamos, eu saberia apenas seu filme
favorito, pois estava estampado na camiseta que vestia. Podíamos viver uma boa vida, assim que saíssemos
dessa bendita cidade, era isso que eu tinha planejado. Mas antes, precisava assegurar que esses acidentes nunca
mais aconteceriam. Não precisava ser gênio para perceber que por culpa da Umbrella meu irmão estava sem um
braço e Edward e Mattew estavam mortos.

- Você pensa em ir atrás dele?

Eu o encarei com um sorriso calmo.

- Eu já passei por isso antes, essa infecção. Mas numa escala menor. Foi em um prédio, há um bom tempo atrás.
E esse homem me ajudou a sair com vida. Mas meus companheiros morreram. E ele tem as provas que
necessito, para que nunca mais tenhamos que passar por isso. Quem diria, que pelo menos a Umbrella serviu-me
para te encontrar. Só que antes de pensarmos em algo juntos, quero assegurar nosso futuro.

Ele me olhou pensativo. Emily o abraçou falando.

-Vamos sentar um pouco. Corremos demais.

-Anahí, faça o que for melhor para você, então. Nos esbarramos aqui, se acontecer de separarmos de novo, sei
que vai me encontrar.

Ele piscou sentando ao lado de Emily e Karol. Esta permanecia calada, com certeza estava pensando no tal Matt
que tinha o seu remédio.

Mack suspirou colocando sua arma na cintura e me encarou. Ele abriu a boca para falar algo, mas não houve nem
tempo. Passos... começamos a ouvir passos e gemidos cada vez mais altos. E não eram poucos.

Karol levantou em posição de ataque.

- Não parecem ser poucos.

Abri minha mochila e tirei a.45. Eu teria que sobreviver sem minha shotgun.

Olhávamos aterrorizados para a quantidade de zumbis que se agrupavam numa das portas.

Mackenzie correu até uma e a fechou com força empurrando um armário em seguida. Emily soltou-se de Kedar e
foi ajudá-lo.

Olhei para Karol e ela já estava enfrentando alguns zumbis.

-Inferno!Se eu tivesse minha shotgun nessas horas. Kedar, fique atrás de mim e não se apavore. Já passamos
por coisas piores.

-Certo.

Eu realmente não queria gastar munição com aqueles zumbis. Ainda tínhamos muito o que caminhar. E a maioria
da minha munição era de shotgun. Atirei em um zumbi que estava prestes a morder Karol. Ela apenas acenou, a
cada segundo se sujava mais de sangue. Parecia ter prazer com aquilo. Os dois zumbis que haviam entrado pela
porta da lateral ficaram caídos. Karol se levantou olhando para mim. Mackenzie e Emily haviam feito uma pilha
de móveis na porta e ficamos em estado de alerta.

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Logo Stacey e Kent apareceram no lobby, Stacey com o rosto corado e uma expressão mista de vergonha e
preocupação.
Mackenzie parecia nervoso com a situação e olhou para ambos furioso

- Por que demoraram tanto??

Karol riu olhando para o casal


- Seus safadinhos!

Stacey era uma pessoa boa, se percebia de longe, ela sempre estava preocupada em manter todos bem, tanto
fisicamente como emocionalmente.

- Estão todos bem?

- Não, não estamos! Vários zumbis brotaram do nada aqui, precisamos sair daqui o mais rápido possível!

Falei em tom alto e saí disparada pela porta da frente do hotel,tudo o que eu queria ela sair daquele inferno. Os
outros me seguiam. Havia zumbis de mais na rua. Parecia que tinha detectado nosso cheiro.

- O que faremos? – Ouvi a voz de Emily ao fundo seguida de Mackenzie

- Aqui é que não vamos ficar, me sigam! Rápido!

Um bueiro. Mackenzie olhou para mim e concordei, nossa chance. Pelo menos estaríamos a salvo nos esgotos.
Pelo menos eu pensava.

Eu tinha duas lanternas em minha mochila e logo as puxei, os zumbis estavam fedendo a carne podre,mas o
esgoto, revirava meu estômago de todas as formas.

-Estão todos bem?

Apontei a lanterna para trás e pude ver os rostos de todos, assustados sujos.
Kedar balançou a cabeça se aproximando.

- Vamos andar logo, os zumbis podem cair no buraco...e acredito que já devem estar rodeando ele.

Kent se manifestou ficando de frente para meu foco de luz.

- È só seguirmos como se fosse a rua. Vamos virar a esquerda, ali.

Entreguei a outra lanterna para Kent e olhei para Stacey, ela parecia querer vomitar a qualquer momento. Tirei
uma das sodas da minha mochila e a entreguei.

-Acho que está quente...mas vai te fazer melhor.

-Obrigada.

Ela sorriu e passamos a caminhar juntas.

- Nunca pensei que um dia caminharia por um esgoto...agora vou pensar duas vezes quando der descarga.

-Se sairmos daqui, né?

Ela falou apreensiva bebendo o líquido. Makenzie e Kent discutiam atrás de nós, mas não dei atenção para os
dois.Uma barata estava vindo em minha direção com tudo .Parecia querer me atacar. Pisei com força sobre ela.

- Argh!Odeio esses bichos...

Viramos no próximo corredor, uma cascata de água suja e lodosa nos impedia de passar para o outro lado. O
esgoto naquela área parecia mais iluminado, podia ver a parede com uma textura verde viscosa e lodenta,
enormes teias de aranhas balançavam com a brisa podre que a cascata de esgoto fazia. Havia uma pequena
passarela acima de nós. Era o único jeito de atravessar o lugar.

- Eu vou à frente-disse Mack pegando minha lanterna.

- Saiba que estou atrás de você!

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Subimos devagar e o piso rangeu. Mack suspirou frustrado quando deu mais um passo e ouvimos o barulho de
novo. Abaixou-se e começou a rastejar.

-. Pessoal!Espero que não estejam vestindo suas melhores roupas, aqui só dá para passar rastejando.

Falei em tom de ironia deitando no chão.

Estávamos quase do outro lado do esgoto quando ouvi um barulho estranho, parecia o caminhar de um inseto
com muitas patas, quando me levantei, Mack me empurrou no chão com toda a força.

-CUIDADO!

- Mas que diabos...

Não terminei minha frase, uma enorme aranha estava na nossa frente. Parecia ter o tamanho de uma vaca, suas
pernas peludas e mescladas num tom de preto e amarelo, ela era muito rápida. Stacey, Emily, Kedar , Karol e
Kent pararam no meio do percurso.

A aranha estava se aproximando e eu não conseguia pegar minha arma...

--------------------

Tyrant-T-0766 Postado em: July 30, 2009 06:55 pm

Capítulo 51: Lost in Darkness Flames

- Anahí! – Gritei, ao mesmo tempo que sacava a arma e atirava contra a aranha. Naquele momento fui
dominado por um estranho sentimento de proteção, como se... Se eu TIVESSE que proteger Anahí, meio que...
-

- Mackenzie! – Ouvi Stacey gritando. Ela havia acabado de se levantar após atravessar a estreita passagem e
estava ajudando Anahí. Só então percebi, a aranha estava vindo em minha direção.

Pressionei o gatilho da Glock. Um, dois, três tiros. A aranha permanecia de pé, cada vez mais perto.

- Click!Click!Click!- Droga! O pente estava vazio, e era o último que eu tinha! Justo agora!

Me joguei contra a direita, desviando, por pouco, do ataque do enorme aracnídeo. Stacey percebeu minha
ausência de munição e pegou seu último coquetel. Com a mão esquerda, fiz um sinal para ela e corri. Segundos
Bravo Team
depois era possível ouvir os gritos agonizantes da aranha se debatendo contra o chão, o fogo ardente
queimando todo o corpo da criatura.

- Você está bem?! – Perguntou ela.


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Member No.: 766 - É, acho que sim... – Respondi, ofegante.
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A essa altura todos já haviam atravessado a passagem. Kent junto a Stacey, que estava próxima de Anahí,
Ranking Especial: Karol observando algo em um corredor mais a frente, e Kedar e Emily observando a aranha morta, Emily com
uma expressão de nojo, abraçada ao jovem garoto com o braço mutilado.

- E agora, o que fazemos respeitável detetive Kent?- Perguntei em tom sarcástico, observando a expressão fria
no rosto do detetive. Ele me retribuiu com um gesto obsceno, e continuou prosseguindo com Stacey. Sorri
levemente e prossegui junto a Anahí.

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Karol estava no final do corredor, caminhando lentamente. Parecia estar seguindo alguém... Mas não havia
ninguém por ali. O que ela tinha, afinal? Aquele tal remédio devia estar fazendo muita falta a ela... Como era o
nome mesmo? Valium, não? Algo assim...

A medida que íamos avançando pelos corredores, a iluminação ficava mais precária e uma súbita sensação de
medo surgia... Até que tudo escureceu e não havia mais luz alguma. Ouvi um ruído.

- O que está acontecendo? – Ouvi Emily perguntar, assustada.

No exato momento, acendi meu isqueiro. Anahí também acendeu sua lanterna e tirou mais uma de dentro da
mochila. Entregou a que estava usando para Kent, que seguia com Stacey logo a frente e a outra para Kedar,
que estava logo atrás de nós junto a Emily.

- Onde está Karol?- Stacey perguntou, virando-se para trás e percebendo que ela não estava mais entre nós.

Após alguns momentos trocando olhares, Stacey confirmou... Karol havia sumido. Aonde diabos aquela maluca
histérica podia estar agora?- Pensei. Era só o que faltava...Tsc.

- Karol?! Hey, Karol?!- Gritava Stacey, sem nenhuma resposta. Percebi Kent cochichar algo no ouvido da
bar-woman, mas não consegui ouvir exatamente o que. Todos continuaram caminhando.

***

Estávamos todos no meio de uma rua repleta de destroços, carros destruídos, cadáveres e etc.. Um verdadeiro
caos. Estava chovendo, e muito. Enquanto Kent e Stacey observavam o lugar e Anahí ajudava Kedar e Emily a
subir as escadas do bueiro, eu me aproximava de corpo de um oficial de polícia morto próximo a um carro há
alguns metros. Junto ao cadáver do policial jazia uma arma, me aproximei e verifiquei. Era uma Colt Python
.357 prateada que portava 6 balas. Perfeito, aquela arma tinha um poder de fogo incrível! Guardei-a junto a
cintura e caminhei até Stacey e o detetive.

- E então... O que fazemos agora?- Perguntou Stacey. Anahí, Kedar e Emily se juntavam a nós.

- Precisamos chegar a Umbrella Main HQ... Meu contato prometeu chegar com o helicóptero pelos arredores da
região dentro de 6 horas...

- 6 horas, é? E pra que tanta pressa?- Murmurou Kedar. Aquele garoto... ele definitivamente não parecia confiar
em mim.

- Porque hoje é dia 01 de Outubro. – Respondi.

- E o que que têm isso?- Continuou ele

- Que logo de manhã, ao nascer do sol... Raccoon City será varrida do mapa.

- O que você quer dizer exatamente com... “Será varrida do mapa”?- Averiguou a bar- woman.

- O governo americano irá lançar mísseis nucleares sobre a cidade, contendo a infecção e evitando que ela
acabe se espalhando por outros lugares. E eliminando assim, qualquer indício de que a Umbrella esteve
envolvida com a propagação do vírus em Raccoon City...

- Jesus... Esses malditos sempre arrumam um modo de escapar! – Indagou Stacey.

- Bom, isso não faz diferença agora... O que importa são nossas vidas, e se não chegarmos a Umbrella Main HQ
logo, estará tudo acabado. E a cidade será destruída logo ao nascer do sol. Já são 23:34, não temos muito
tempo. – Constatei.

- E como vamos fazer pra chegar até- A fala de Kedar foi interrompida quando Emily apontou para algo no final
da rua correndo em nossa direção.

- Merda.... – Pensei. De novo não... Vários cachorros famintos no final da rua corriam ao nosso encontro. Seus
corpos ensangüentados, rasgados e fétidos se locomovendo em uma velocidade ameaçadora... Seus olhares
vazios e seus uivos de raiva e fome insaciável causavam uma sensação de pânico terrível. Não tínhamos pra
onde fugir...Argh, dane-se!

- POW!- Movido por um instinto de raiva e ao mesmo tempo medo levei o revólver .357 aos cachorros e atirei.

- POW!POW!- Pressionei o gatilho exaustivamente até acabarem as balas da arma.

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Ótimo, 5 cachorros aniquilados. Estava resolvi- MALDIÇÃO! – Subitamente surgiram mais cerca de 12 cachorros
de onde os outros vieram! Qual é, estávamos perto de um canil, ou o que?

Não conseguiríamos matar todos, tínhamos que fugir. Quando me dei conta me vi diante de um prédio
empresarial correndo em direção a porta principal, sendo puxado por Anahí. Emily estava cansada, Kedar
ajudando-a e correndo logo a frente. Ele parecia se importar de um jeito... ”especial”com aquela garota. Dessa
vez Stacey e o detetive estavam atrás de nós, mas não demorariam muito pra nos alcançar. Enquanto corria,
quase escorreguei e caí de cara no chão por causa de uma poça d’água, mas Anahí evitou que acontecesse...
Por um instante esqueci de tudo que estava acontecendo e fiquei trocando olhares com ela, mas fomos
interrompidos pelo grito de Kent e Stacey, que estavam alguns metros a nossa frente...

***

- Estão todos bem?- Perguntou o detetive. Havíamos acabado de adentrar o edifício e nos localizávamos em um
elevador um tanto “apertado”. Como as portas da entrada do prédio eram feitas de vidro, logo os monstros
conseguiriam quebrá-las e invadir o lugar. Era melhor não arriscar.

- Eu.... Não estou me sentindo muito bem.. Acho que-

- Emily!- Antes que a garota pudesse desmaiar e cair no chão, Kedar a segurou.

- Emily! O que você têm?! Emily?Emily!- O garoto parecia estar desesperado, mas por mais que ele gritasse,
não adiantava. A garota havia desmaiado.

- Ky, fique calmo... Ela vai ficar bem.- Disse Anahí, sua voz suave acalmando o garoto. Eles eram irmãos
mesmo? Pareciam tão distintos...

A porta do elevador abriu, paramos no sétimo e último andar. O corredor estava vazio, sem nenhuma sinal
daquelas criaturas canibais. Anahí e eu ajudamos Kedar a carregar Emily, Stacey e Kent(sempre juntos né, o
que será que ele tanto cochichava no ouvido dela?) nos dando cobertura. Todas as portas do corredor estavam
trancadas, exceto duas, que davam nos banheiros. Estavam todos muito cansados, concordamos em parar um
pouco. Stacey e Anahí entraram no banheiro feminino. Kent e eu permanecemos no corredor, enquanto Kedar
estava sentado junto a uma parede com Emily deitada sobre ele.

- E então, Mack? Que tal falar um pouco sobre esse tal contato seu?- O detetive me olhou com cara de
desconfiança. Retribuí o olhar e entrei no banheiro masculino, sem responder.

Abri a torneira de uma das poucas pias limpas e lavei o rosto. Estava cansado, não imaginava a hora de “meter
o pé” dessa cidade, tomar um bom banho e dormir até não poder mais. Maldita Umbrella, ela iria me pagar por
tudo...

QUOTE
“14 de Julho de 1993 – 10:35:P.M.– Complexo laboratorial da Umbrella em uma ilha isolada em algum lugar
dos U.S.A.

“Aviso! O sistema de auto-destruição do complexo foi ativado! Todo os funcionários evacuem imediatamente!
Aviso! O sis-“ – Na sala de controle do andar principal do complexo, um homem de cabelos castanhos
segurando uma pasta contendo vários papéis ria diante das inúmeras câmeras que mostravam o caos
presente nos corredores do lugar.

- Umbrella maldita... Você irá me pagar de uma vez por todas...! – O homem pegou a pasta e saiu da sala,
dirigindo-se a cobertura do edifício. Lá, um helicóptero com quatro pessoas o esperava. Ambos homens de
terno, com cara de poucos amigos e olhando para ele.

- Conseguiu o que queria, dr. Mackenzie?- Perguntou um dos homens, enquanto Mack se acomodava no
assento de trás do helicóptero.

- Raccoon City, uma pacata cidadezinha no interior dos USA... Esse é o meu próximo destino. Vou acabar com
a Umbrella de uma vez por todas...- Dizia o homem, parecia estar muito certo de suas palavras.

- Tome, pegue. – Ele entregou uma pasta com alguns documentos para um dos enigmáticos homens de terno.

- Ótimo, isso será de grande ajuda a corporação... Mas não é o suficiente, precisamos de mais Mackenzie,
mais...

- Relaxa, eu irei conseguir o que vocês querem. Confiem em mim.

- Apenas lembre-se Mackenzie... Se falhar, a corporação não irá te perdooar. Não lhe daremos uma segunda
chance, nós o mataremos.”

Após sair do banheiro, encontrei Stacey, Kent e Anahí impacientes no corredor. Kedar permanecia junto a Emily,
parecia ter dormido...

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F.Y.F.R.E.'s Forum -> Resident Evil Chronicles - Capítulos

- Acho que é hora de irmos...- Confirmou o detetive, mais uma vez lançando um olhar de desconfiança sobre
mim. Permaneci calado.

- Olhem, podemos sair por ali. Deve dar em outra saída do prédio, não sei.- Disse Anahí, indicando uma porta
com as incrições “escadas de emergência” no fundo do corredor.

- A Umbrella Main HQ não deve ser muito longe daqui, apenas algumas quadras... Mas eu tenho certeza de que
o Mack sabe o caminho... Não é mesmo?- Disse o detetive... Sempre me apontando como “o vilão”, tsc...

Todos assentiram e caminhamos até as escadas. Anahí correu até Kedar para acorda-lo, depois se juntou a mim
novamente. Kedar se espreguiçava, conforme ia se levantando Emily acordou. Os dois conversaram alguma
coisa, mas sem me importar avancei com Anahí e os outros, os pombinhos apaixonados logo atrás.

***

Nos encontrávamos em uma extensa rua há algumas quadras do prédio empresarial. A chuva parara faz algum
tempo. Pude avistar um conjunto de prédios há alguns metros. Não havia dúvidas, era o nosso destino.

- Ali, finalmente!- Gritou Stacey, esperançosa, abraçando Kent. E depois se desculpando por isso...

Conforme a nossa aproximação, conseguimos ver alguém adentrando um dos prédios. Mas ele/ela estava longe,
não dava pra ver muito bem quem ou o que era... Apenas deu pra notar que era ruiva, ou ruivo...Hey, espere
um momento.. Era... Karol! Como ela havia chegado naquele lugar? O que tinha acontecido com ela nos
esgotos?

- KAROL!- Gritou Emily, surpreendendo a todos e correndo atrás da garota, Kedar correu junto. A bar-woman, o
detetive, Anahí e eu a seguimos. Não era um momento muito apropriado nos separarmos agora.

Ao chegarmos a recepção, Kedar e Emily encontravam-se encostados em uma parede, ofegantes.

- Perdemos ela de vista...Droga!- Disse Emily.

- Precisamos encontra-la.. No estado em que se encontra, não sabemos do que ela é capaz....- Continuou.

- E também, acho que ela- Um grito interrompeu a fala da jovem garota. Não parecia vir de muito longe, mas
todos logo perceberam de quem se tratava.

“FARMACÊUTICO MALDITO!”

----------------------------------------

Fim do capítulo

--------------------

Minhas fanfics:
--RE: Um salto para morte--

--Resident Evil: Death's Way--

Davi Redfield Postado em: July 31, 2009 11:40 pm

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Capítulo 52: Subterrâneos da Loucura

Assim que meus pés tocaram o chão coberto de esgoto, esgoto esse que batia nos meus tornozelos, eu me senti
um pouco pior.
Minha cabeça dóia, e o fedor que emanava daquela água fétida não ajudava em nada.
Nosso “grupo” agora tinha mais um integrante. O tal de Mack, um caso da irmã do Kedar. Pelo menos eu acho,
pelo modo como eles se olhavam...
Todo mundo agora tinha um par. Kedar tinha Emily, Stacey tinha Kent, agora Anahi tinha Mack. Apenas eu
estava sozinha. Afinal, meu noivo estava morto. E quem causou a morte dele foi...
- O farmacêutico. – disse. Minha posição bastante atrasada em relação á do grupo fez com que ninguém ouvisse
o que eu havia dito.
De repente, eu o vi. Derick. Meu noivo. Meu noivo morto.
Oh Deus, o que eu fiz para passar por isso?
- Karol...
- Você não está aqui. Não é real. Eu não sou louca.
- Eu sei.
Ele sorriu pra mim. Há quanto tempo eu não via aquele sorriso?
Inferno, com toda a certeza ele não estava sorrindo enquanto eu o esfaqueava. Não, eu não. Aquilo... Foi culpa
do farmacêutico.
Bravo Team
- Venha... - ele disse, começando a caminhar.

Lembrei-me da noite em que passamos juntos, uma semana antes de Derick viajar á negócios. Nossa última
noite realmente juntos, nãoaquelanoiteemqueoesfaqueei, nãoeufoiofarmacêutico!
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- Você me ama?
Joined: October 30, 2008
Ele me olhou. Estávamos deitados em nossa cama, eu repousava a cabeça sobre seu peito. Havíamos acabado
de desligar a tv, mas a luz ainda estava acesa.
Ranking Especial: Ele riu.
- Que pergunta idiota!
Eu ri, e dei um soco no braço de ele.
- Me ama ou não, p*##@?? – disse, rindo também.
- Esse linguajar não fica bem em uma dama. – ele disse, agora sério.
- Eu sei. Responde o que eu perguntei, que eu paro. – desafiei.
Ele me olhou novamente, sério. Tirou uma mecha de cabelo que cobria meu olho esquerdo.
- Sim, eu te amo, Karol. Mais do que a minha vida.
- Então vem cá! – respondi, entre risos, que depois viraram suspiros...

Eu segui ele. Ou melhor, eu segui a minha alucinação dele. Eu segui o que quer diabos que aquilo fosse!
De alguma forma, imaginava que ele fosse me levar para a morte, mas não foi o que aconteceu. Ele virou a
esquina de um dos corredores, e quando eu dobrei a mesma esquina, ele não estava mais lá.
No fim do corredor, havia uma escada.
- Uma saída.

Subi a escada. E os outros? Eles estão bem, eu sei. Todos sabem se cuidar. Espero. Tenho que me preocupar
comigo,tendo alucinações. Minha cabeça doendo. O efeito da metade de Valium que eu havia tomado acabando.
Lindo.

Empurrei com força a tampa do bueiro. Após algumas tentativas, consegui descobrir o modo certo de movê-la.
Segundos depois, eu estava na rua.

Para onde Mack estava nos levando? Por mais que eu pensasse, não conseguia me lembrar. Não me lembrava
se quer de tê-lo ouvido mencionar qual era o lugar. Estou realmente mal...

Dessa vez, não foi Derick que eu vi. Foi Chuck. Com mil demônios, o bastardo também fazia parte das minhas
alucinações?
Diferente de Derick, Chuck estava exatamente como o deixei em sua casa. Completamente mutilado e
ensanguentado, e nu.
Sua boca dilacerada estava aberta em um sorriso.
- Ele está ali, gracinha. – seu dedo parcialmente decepado apontava para um prédio dentre um conjunto de
prédios, a alguns passos de distância.
Não perguntei de quem ele falava. Eu sabia. Eu não sou louca. Essas alucinações não são reais, eu sei. Eu estou
tentando contar a mim mesma o que já sei. Pois bem, Chuck. Queime no Inferno. Você logo terá um amiguinho
para brincar.

Caminhei em direção ao prédio.


Havia um logo da Umbrella acima da porta; algo (não-importante) estava escrito também.
Assim que me aproximei da porta dupla, ela se abriu.
Portas automáticas. Eles tiram de nós até o prazer simples de girar uma maçaneta.

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F.Y.F.R.E.'s Forum -> Resident Evil Chronicles - Capítulos

[Alguém me chamou? Não importa. Ele está lá dentro. Eu sinto.]

Entrei. A poucos passos da porta, lá estava ele. Não consegui precisar se era real ou não, mas não importava.
Real ou ilusão, eu iria matá-lo, quantos vezes fosse preciso. Essa podia ser minha última chance, minha última
chance antes de enlouquecer completamente (é isso que vai acontecer?).

Com mil demônios, ele está sorrindo?

- Olá, Karol. Sentiu saudades?

De faca em punho, corri na direção dele. Desferi o golpe fatal. A faca atravessou seu pescoço, mas nenhum
sangue jorrou no meu rosto. Ele não estava ali, era outra ilusão.

- Até que para uma louca, você é bastante sagaz. Tente as portas, Karol. Eu estou em uma delas. - ele disse.

Eu estou perdendo o controle. Não posso continuar assim, preciso achá-lo, matá-lo, e se tiver sorte, eu vou
achar os meus remédios no bolso do desgraçado.

Vou pular as minhas tentativas falhas com as portas. Basta dizer que, assim como o pão sempre cai com o lado
da manteiga virado pra cima, a porta correta era a última que eu abri.

Ele estava lá. Mechia em alguns controles de computadores (não-importante). Vi alguém caído próximo á ele,
mas não dava para saber se estava morto ou apenas inconsciente (não-importante).

Pela segunda vez, corri na direção dele. Chegando perto, desferi o golpe fatal. Mas ele se esquivou!

- Uhh! - gritei involuntariamente, quando ele retribuiu meu ataque com um soco no meu estômago.
- Tsc. Você. Sempre tentando me matar. Isso a torna previsível demais, Karol.
- Farmacêutico maldito!
Foi só o que consegui dizer. Eu estava suja, cansada, com uma dor de cabeça que não me dava trégua, e
enlouquecendo cada vez mais rápido.
Mais uma vez, fracassei em matá-lo. Eu não consegui vingar Derick.

Me desculpe, meu amor...

--------------------

Fics:
Terra de Ninguém (com Pyramid Head)
Resident Evil: Na Idade das Trevas
Eu e Janet
Burroughs
Doug

God Kira Postado em: August 06, 2009 08:16 pm

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Capítulo 53: Rainha do grito.

As vezes, nessa loucura de Raccoon City, me pego pensando coisas idiotas. Coisas bobas, sem noção. Talvez seja
porque eu, cada vez mais, percebo que tenho pouquíssimo a perder. Quero, com muita força, explorar todas as
idéias e esgotar minha mente de pensamentos, sejam eles absurdos, ou qualquer coisa. Quero poder pensar
besteiras despreocupadas que nunca pensei, utilizar bordões de filmes que não se encaixam em situações
cotidianas, quero... Quero poder dizer "você é a doença, eu sou a cura"... Dizer aos outros que achei genial a
fala de um personagem gay numa série, onde ele diz: "Vendo todas essas lésbicas juntas, desejei ser uma
lésbica também. Mas daí lembrei que teria que comer uma mulher, e desisti."... Quero poder... Viver.
Plenamente.

x-x-x-x-x

Tudo estava ficando muito hipócrita nas últimas horas. Stacey estava numa frescura só com o detetive Kent (que
apesar do bom coração e ter me ajudado por várias vezes, eu ainda não conseguia engolir); Anahi parecia ter se
Bravo Team
esquecido que tinha encontrado o irmão que procurava por anos: de uma hora pra outra ela "assumiu a
liderança" do grupo junto a Mack; e Emily... Bem, Emily continuava sendo... Ela mesma. Sempre muito frágil e
assustada. Eram dela as falas que todos sempre estavam pensando.

Grupo: Escritores
Posts: 1207 Mas... Eu estava incomodado com algo. Com várias coisas. Estava incomodado com Mackenzie e Kent. A
Member No.: 2226
Joined: November 21, 2008 impressão que ficava, era que eles haviam aparecido pra "tirar o meu sossego". De uma hora pra outra, deixei
de ser o garoto que precisava de proteção, pra ser o "chato sem braço" (coisa que Mack deixava implícita em
suas atitudes).
Ranking Especial:
Eu estava passando muito mal. Desde quando estivemos nos esgotos, eu não estava me aguentando em pé.
Estava a ponto de desmaiar (pela quarta vez desde que esse inferno começou).

E pra piorar, Emily parecia estar na mesma situação que eu. Desmaiara uma vez já, e penso que aconteceria por
mais vezes. Nessa ocasião, antes que ela pudesse cair, Anahi a segurou. Eu estava em frente a ela, o que deu a
impressão para os outros de que eu havia segurado-a. Stacey inclusive me olhou com uma cara de surpresa.

Stacey... Estava emburrado com ela. Aquela que estava comigo praticamente desde o princípio, que viu junto a
mim a morte de Vanessa, que havia salvo minha vida... Ela... Parecia não se importar mais comigo. Com
exceção das constantes perguntas de "Kedar, você está bem?", ela não havia trocado mais palavra alguma
comigo. Ainda demonstrava a preocupação com meu bem-estar, mas só. Ou será que eu é que estava sentindo
um certo ciúmes da relação dela com o detetive? Não como mulher, absolutamente. Mas como uma irmã. Até
uma mãe, vai saber.

x-x-x-x-x

- Kedar...!!

Emily me chamou. A fala dela interrompeu meus pensamentos. Me impediu de viver.

- Estamos indo atrás da Karol, vem! - Stacey me disse.

"Pra que?", eu pensei. Ela uma hora ou outra nos encontraria. Era hábil, forte, ágil... Mais que qualquer um de
nós ali. Me lembrava até a Tenente Ripley, da série de filmes "Alien". Comparação idiota.

- Vamos, Kedar... - Anahi disse.

Mack estava um pouco a frente do grupo, seguido de Stacey. Emily correu para alcançá-los, enquanto Kent
seguiu ao lado de Anahi, que agora estava levando minha mochila em suas costas.

- Gente, sem querer parecer chato, mas... Eu preciso... Des... Des... - Apaguei.

x-x-x-x-x

QUOTE
Estava ao lado de três mulheres. Elas me fitavam de forma estranha, com repulsa. Olhei ao meu redor e
percebi que estava diante de uma platéia enorme. As três mulheres estavam sentadas em uma bancada, com
placas em branco ao seu lado. Pareciam uma espécie de juradas.

- Meu nome é Laurie Strode. - Disse a primeira. - Sou a Scream Queen da série de filmes "Halloween".

Meu olhos brilharam ao ouvir seu nome. Eu tinha uma paixão platônica por ela desde que tinha... Sei lá, oito
anos.

- Eu... - A segunda começou a falar. - Sou Ellen Ripley. Você deve me conhecer da série "Alien".

Outra! Tenente Ripley! Me lembrava de ter comparado-a com alguma outra mulher. Mas não sabia onde, nem

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quando.

- Eu não preciso de apresentações, né? - A terceira mulher disse, olhando em meus olhos. - Mas em todo
caso... Sidney Prescott, da série "Pânico", prazer.

Oh meu Deus! Não pude acreditar naquelas palavras. Eu estava diante... Da minha musa-mor! Minha paixonite
desde que a vi pela primeira vez a dois anos, na estréia de "Pânico". Não me contive e segui para perto dela,
correndo. Laurie e Ripley ficaram me olhando, assustadas. Me aproximei de Sidney e lasquei um beijo nela.
Quando abri os olhos...

x-x-x-x-x

- Acorda!! Kedar! Kedar! - Emily gritava.

Levantei e sentei-me. Percebi que estava no mesmo local de antes. Olhei para os lados e só consegui ver Stacey
e Kent (além de Emily). Ele checava sua nova arma (que sabe Deus onde tinha achado) enquanto Stacey
conferia algo em minha mochila. Anahi havia a largado. Aliás... Onde diabos estava Anahi?

- Ela foi atrás de Karol, com o sir Mackenzie. - Stacey disse.

"PORQUE?" foi a primeira coisa que me veio na cabeça. Porque diabos estavam tão preocupados com a Karol.
Tá, eu também gostava muito dela, mas sair correndo feito doidos (uma até deixando o irmão para trás) em
busca dela, parecia demais para mim.

- Preciso falar com você, garoto.

Eu estranhei a fala do detetive. O que ele queria falar comigo? Só me vinha uma única coisa na cabeça: sermão.
Eu tinha de fazer algo. E rápido.

O detetive seguiu até um canto distante do hall. Piscou para Stacey, que pareceu entender. Emily ficou nos
olhando, até estarmos longe o suficiente.

- Olha, Samuel... - Eu estava lhe chamando pelo primeiro nome. - Antes de qualquer coisa eu queria te pedir
desculpas... Eu praticamente tentei te matar. Não sei o que deu em mim. Só que... O seu jeito meio "tô nem aí"
me irritou. Mas enfim... Desculpa mesmo, de coração.

O detetive tossiu. Não propositalmente. Estendeu a mão para mim, mas eu fui além. Aproximei-me dele e lhe
dei um abraço, com meu único braço. Ele ficou sem reação. Não me importei. Eu só queria era me livrar de um
sermão. Ou não... Quem sabe eu não estava me afeiçoando aquele detetive?

- Olha... Na verdade não era sobre isso que queria falar. Mas tudo bem. Achei legal sua atitude, Kedar.

Droga! Ri comigo mesmo. Eu havia pedido desculpas a ele, com direito a abraço e tudo...

- É sobre nossa saída de Raccoon. Não disse muito a Stacey, porque não quero preocupá-la. Emily idem.

- Fale logo, Kent!

- Olha, não vou mentir. Eu não confio nada nesse tal de Mackenzie. Eu acho que sei o que ele planeja, e se eu
estiver certo, vocês correm grande perigo.

- Deixa eu ver... Morrer em Raccoon ou arriscar sair vivo da cidade com um desconhecido? Acho que a segunda
opção é bem mais atraente... Não?

- Olha rapaz... Eu não estaria lhe amedrontando dessa forma, se não tivesse uma solução. Mas para isso você, e
posteriormente o resto do grupo, precisarão decidir em quem confiam mais.

- Em você, né? Mas exatamente porquê? Você tinha dito que não iria nos levar...

- Mudança de planos. - Ele disse em voz baixa. - Só vou contar aos outros depois que tudo estiver certo.

- Deus, você planeja sequestrar o helicótero que vai vir te buscar? - Disse. Fraquejei. Minhas pernas começaram
a balançar, eu não estava conseguindo me manter de pé... Eu... Desmaiei.

x-x-x-x-x

- Quantas vezes mais isso vai acontecer? - Stacey disse.

Abri os olhos e vi os mesmo rostos de antes. Anahi e Mack ainda não voltaram. Mas... Espera aí... Karol havia

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chego!

- Droga, Karol, você viu Anahi? - Gritei, levantando-me num impulso. Os outros me olharam de forma estranha.

- Não vi não, rapaz. Anahi é aquela invocadinha, né?

- Sim. - Eu disse.

- Não... E você por acaso não viu um farmacêutico nojento por aí né?

- Acho que não. - Ri.

Mas parei. Comecei a pensar. Se Mack era mesmo perigoso como Kent advertira, Anahi podia estar correndo
perigo!

- Droga, gente... A Anahi está perdida por aí com o Mack...!

- E...? - Emily disse.

Engoli em seco. Não havia jeito de contar sobre o perigo que Mack representara, sem preocupar as garotas. Eu
não podia...

- Temos que encontrá-los, só isso. Esse lugar parece perigoso.

Emily se aproximou de mim, me abraçando. Eu não retribui o gesto, apenas passei a mão por seus cabelos.

- Então vamos nessa! - Kent disse.

- Espero que eles estejam com o Matt... - Karol disse.

Todos olharam para ela. Reparei disfarçadamente no belo corpo dela. Ela realmente tinha um corpo escultural.
Não fosse sua maluquice...

- Qual é gente... - Karol começou. - Assim matamos dois coelhos com uma cajadada só.

Eu pensei comigo mesmo: será que eram coelhos mesmo que ela queria matar?

x-x-x-x-x

QUOTE
27 de Setembro de 1996.

Eu estava sentado na mesa de jantar com meus avós. Meus amigos Justin, Michael e Brian estavam
participando da refeição conosco. Eles iriam dormir em casa naquela noite. Era um acontecimento especial:
iríamos assistir pela primeira vez a obra de 1974, de Tobe Hooper: "The Texas Chain Saw Massacre ".

- Ainda não acredito que vocês gostam dessa porcaria... - Disse vovô.

- Qualé Sr. Yoo, Leatherface owna! - Justin disse.

- Poderia traduzir, querido? - Minha vó disse, olhando para mim.

Comecei:

- Ele disse que o serial killer do filme é muito legal, vó.

Todos sorriram.

x-x-x-x-x

Eu sempre pensei que meu gosto excessivo pelo cinema de terror e fantástico, me causaria problemas. Mas
nunca me passou pela cabeça que o problema seria que, meu desejo mais intimo se tornaria realidade.

Tudo o que nós estávamos passando, minha mutilação... Era tudo muito diferente do cinema. A dor, o
sofrimento... Era tão mais... Não sei dizer. Era frustrante. O sangue não jorrava como nos filmes. Mas doía. Doía
de forma brusca, impiedosa. Não conseguia fazer aquelas piadinhas típicas dos filmes, nem nada mais... Eu só
conseguia me remoer em meu sofrimento.

Meu maior inimigo não eram os zumbis ou monstros da cidade. Meu maior inimigo era, de fato, eu mesmo. Meu
desejo de sempre me manter com minhas convicções. De sempre ser o imbecil que odeia gente hipócrita. De
confiar nas pessoas... E eu poderia acabar pagando. Com a vida de minha irmã...

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-POOOOOOOOOOOOOOOW! - Um barulho ensurdecedor ecoou por todo o hall.

- Socorrooooooooooooooooooooooooo! - Ouvi uma voz masculina gritar.

Era o início do fim.

Fim do capítulo.

This post has been edited by God Kira on August 06, 2009 10:25 pm

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Minhas Princesinhas: Gabrielle R. L., Lívia Maria e Ana Clara.
Genros: Bionic_Wesker e Jose Saurin. | Netos: Rebecca Chambers, Mr. Birkin e Mr. Siegfried.
Bisnetos: *Gigi_Dante* e The Dead. | Tataraneto: Leon S. Kennedy.
Sobrinha: Anahi. | Irmão: lukaslikeavril.
Sobrinhos Netos: Knuckles Dark, LeuÔ! e One Winged Angel.

-Matt Addison- Postado em: August 09, 2009 05:40 pm

Capítulo54: The monster rises and the city trembles

QUOTE
Raccoon City, Farmácia da Umbrella Corporation.

-Olá? Pode vir aqui, por favor?

Olhei para trás. Era mais uma cliente, a ruiva depressiva que não lembrava o nome.

-Que saco. -murmurei.

Bebi o resto do café e fechei o notebook em que estava entretido.

-O que? –perguntei ríspido.

-O de sempre, por favor. –pediu.


Bravo Team
Girei os olhos e peguei a escada. Encostei-a na prateleira e peguei a caixa de remédios tarja preta do topo:
Valium, 30 miligramas.

Desci, coloquei a caixa dentro de uma sacola e joguei-a no balcão em sua frente.

Grupo: Membros -São 50 dólares...


Posts: 1262
Member No.: 310 Ela apanhou sua bolsa e começou a procurar o dinheiro em seu interior.
Joined: June 05, 2005
Girei os olhos novamente e limpei meu jaleco branco, impaciente, enquanto ela continuava a procurar.

- Não pode ser... – murmurou.

- O que houve moça? –fingi preocupação.

- Eu... Eu acho que perdi minha carteira. - disse, com a voz embargada.

Hahaha, que idiota...

- Perdeu, é? – perguntei, sorrindo. Ela pareceu não perceber.

- Escute... Você não pode me deixar levar o remédio?Meu noivo chega hoje de viagem, eu pego o dinheiro
com ele, e amanhã eu pago...

- Sinto muito, moça, mas eu não posso. Não vendemos fiado.

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- Mas eu compro aqui todo mês!!! - gritou.

Tentei parecer chocado, mas em vez disso tive que morder os lábios para não rir. Era divertido vê-la frustrada,
e de certa forma, ficava ainda mais bonita.

- Se eu abrir uma exceção pra você, vou ter que abrir pra todo mundo, moça. Sinto muito, são as normas. -
disse, ainda sorrindo.

Peguei o saquinho com os remédios e guardei-o.

- Mas senhor, eu preciso desse remédio...! – insistiu.

- Todos que vem á minha farmácia precisam de remédio. - respondi, já de costas.

Ela não respondeu. Saiu praguejando da farmácia enquanto eu finalmente pude rir da situação.

Será que eu fui rude demais? Acho que não...

Caminhei até minha mesa e finalmente pude voltar a entreter-me como se nada tivesse acontecido.

Terminada as lembranças, acordei em um salto.


-Karol?? –Gritei. Droga, eu estava dormindo...
Levantei-me da cadeira e olhei ao meu redor, estava em um laboratório. Eu teria adormecido?

É claro! –lembrei-me. Estou aqui pelo T-103 que irá caçar Mackenzie e destruir o disquete.

Eu ordenei Carter programá-lo, e a esta hora a B.O.W. já deveria estar procurando-os.


Era uma questão de tempo ter todo o material para fugir da cidade. Eu já possuía a amostra de sangue com o
T-Vírus, o soro de Kedar, o Daylight de Greg e faltava somente o disquete, o item mais importante para
concluir...
O helicóptero que a Umbrella prometeu chegaria em breve. Era melhor me apressar...

Recarreguei minha Handgun enquanto refletia sobre Karol. Será que eu realmente fui responsável pela morte
de seu noivo, mesmo que indiretamente?

Retirei a caixa de remédios do bolso. Talvez ela estivesse precisando deles agora... Tenho que devolvê-los.
Reuni todos os objetos em minha mochila e saí da sala.

Reconheci o corredor como a passagem oeste. Estava diferente, entretanto. Curiosamente eu não sentia mais a
sensação de ordem e proteção. Estava tudo escuro e eu podia ouvir o barulho de algo queimando por perto.
Atravessei o piso seguindo o barulho e deparei-me com uma cena inacreditável.

Caminhando através do fogo, inúmeros zumbis surgiam. Uma multidão que se estendia por toda sala, sendo
queimados pelas chamas.
O mais assustador porém, não fora os zumbis. Saindo de dentro das chamas, uma figura grande e escura
apareceu.

Era um homem, gigante. Vestia um longo sobretudo verde-exército que cobria todo seu corpo, usava luvas
grossas que cobriam seus punhos fechados, cada um do tamanho de uma bola de futebol. Olhei para seu rosto,
paralisado. Não possuía pêlo algum e sua pele era cinza, pálida. Em seus olhos vazios era possível enchergar
uma imensa vontade de destruir tudo em seu caminho.

Seria isso o Tyrant? Eu nunca havia visto um, mas a insígnia da Umbrella em seu peito comprovava a hipótese.

Acordei de meus pensamentos ao vê-lo esmurrar um dos zumbis na parede.


Silenciosamente ele virou-se e fez o mesmo com outro zumbi. Sua cabeça fora esmagada e formou-se uma
rachadura com o formato de seu punho na parede.

Poderia ter sido a minha...

De repente ele virou-se, deixando os outros zumbis para trás e olhou profundamente em meus olhos. Mesmo
sem expressão em sua face, pude sentir uma onda de fúria o contaminando. Ele queria me matar.

Então moveu-se. Seus poderosos passos vinham em minha direção. Sem pensar mais nada, corri.
Corri como nunca havia feito antes, e mesmo com todo o cansaço eu sabia que se parasse por um instante eu
iria morrer.

O Tyrant avançava rapidamente com punho erguido, preparando-se para me esmagar.


Virei-me rapidamente enquanto corria e atirei três, quatro vezes.
O gigante continuava andando, sem mudar expressão. Eu continuava a atirar, as balas 9mm causavam mínimo
estrago. O grosso sobretudo protegia-o dos tiros.

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A pistola clicou, vazia, no instante que o monstro avançou em um salto para me atacar. Desviei de seu lento
ataque e tentei dar meia volta.

Contudo, com um simples empurrão seu braço cortou o ar e acertou minhas costas enquanto passava. Pude
sentir os ossos de minha coluna estalando. Perdi o equilíbrio e tropecei em meus próprios pés, soltando a arma.

O monstro virou-se e levantou os dois braços, pronto para desferir um ataque mortal. Em instantes, ignorei
toda a dor e saltei para longe de si.
Continuei a correr, tentando não escutar o som de seus pesados passos.
Praguejei todos os palavrões em minha cabeça quando tentei abrir as portas do caminho, todas trancadas.

Desgraça! Por que diabos me mandaram soltar essa coisa?

Então ouvi vozes. Vinham da passagem central. Não importava quem era, eu corri ainda mais rápido.

Avistei a porta de longe, estava aberta. Apressei-me e fechei-a rapidamente do outro lado.

Finalmente, estou a salvo aqui...

-POOOOOOOOW! - Virei-me para trás ao ouvir o barulho ensurdecedor. Eu mal acabara de entrar e aos meus
pés estava a porta, já arrancada. O monstro caminhou novamente em minha direção. Procurei minha arma,
mas não estava mais comigo.

- Socorroooooooo! –Gritei, em um último momento de desespero.


Mas os poucos segundos de distração foram o suficiente. Tentei proteger meu rosto com as mãos, mas o soco
acertara com força.
Pude sentir meu nariz escorrendo sangue enquanto eu caia no chão. E então antes que apagasse de vez, pude
ouvir uma porta abrindo e pessoas correndo em minha direção.

-Matt? Você está bem? –Perguntou a voz feminina que reconheci.

Era Stacey. O que ela estava fazendo aqui?

Tentei responder, mas meus lábios não se mechiam.

Olhei ao meu redor, além de Stacey estavam Kedar, Karol, Kent e Emily, todos assustados.

-O que é essa droga? –Perguntou Kent.

-Atirem! –Bradou Stacey enquanto me amparava.

-Desculpe-me, Karol... - Fora a última coisa que consegui falar. Desmaiei logo em seguida.

Fim do Capítulo

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Jejé Postado em: August 12, 2009 12:18 pm

Capítulo 55: Blood on the dance floor

Os fatos a seguir ocorrem entre o capítulo 53 e 54.

Até quando? Até quando ainda teremos que agüentar esse pesadelo. Por favor... Alguém nos tire daqui. Rápido.

Desde o momento em que entramos neste prédio da Umbrella, tenho sentido constantes arrepios. O local era
deveras limpo, conservado, cheio de apetrechos eletrônicos avançados. Mas eu não me sentia bem ali,
sinceramente. Na verdade, eu já não me sentia bem desde que tudo começou. E tudo piorou quando desmaiei há
algum tempo – tempo? – atrás. Além de estar suja, cheirando mal, com olheiras enormes. É... Todos nós
estávamos assim.

Caminhávamos cautelosos pelo corredor da entrada do prédio. Gemidos e corpos ilustravam nosso cenário. Nada
que não tivéssemos visto antes. Os que se atreviam a levantar eram grosseiramente esfaqueados por Anahí. A
Alpha Team militar, a irmã de Ky, era muito forte. Resistente. Parecia já ter passado por muita coisa em sua vida. Quer dizer...
Eu não sei. Mas eu a admirava. Por isso dei minha faca a ela. Ela saberia usar melhor do que eu (e estava usando).
Quando a encontramos, ela me pareceu querer morrer. Mas agora, aparentava estar plenamente bem. Parecia ter
assumido a liderança do grupo. E possuía um ótimo senso de humor. Tenho certeza que se tivéssemos nos
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encontrado em outras circunstâncias, seriamos boas amigas. Ou será que não...?
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Kedar parecia estar em transe. Quase já não falava comigo. Parecia perdido em seus pensamentos. Eu me
preocupo muito com ele, mas ele parecia estar criando uma barreira ao redor de si. Fiquei receosa com ele após
seu surto com o detetive. Quando o chamei da última vez, para que viesse conosco procurar Karol, ele me encarou
como nunca tinha feito antes. O que será que se passa com ele...?

E claro, não bastasse o bem estar de Ky, eu estava bastante preocupada com Karol. Onde diabos ela tinha se
metido de novo? Quantas vezes mais teríamos que agüentar esses sumiços repentinos dela? Não era uma boa idéia
nos separarmos agora. Não agora. E Karol... Ela que me desculpe, mas ela não bate bem da cabeça. É arriscado
deixá-la por aí no estado em que se encontra como bem disse Emily há instantes atrás, quando a avistamos na
frente do prédio.

Karol, por favor, apareça.

- Karol, por favor, apareça. – balbuciei baixinho conforme meus pensamentos, sem perceber.

- O que? – Samuel perguntou.

Estava andando ao meu lado. Eu meneei a cabeça, negativamente. Não era nada. Não disse nada. Samuel... Eu me
perguntava constantemente o que ele estaria pensando de mim, após aquele... Beijo. De certa forma me
envergonhava em olhar para ele. Era inevitável não pensar no que ocorreu. Mas... Por que eu me sentia daquele
jeito? Sim, nunca tive muito jeito em relacionamentos. Seria por isso? Eu me dava bem com as pessoas. Quase
sempre. Mas em assuntos amorosos, posso ser considerada o que chamam de “desastre”. Sem contar que, no
inferno que estamos vivendo, beijar alguém não é lá muito propicio. O que diabos você fez, Stacey? Argh, deixa
pra lá. Melhor não pensar nisso. Não agora.

De repente, ouvi a voz do Ky. Tremula.

- Gente, sem querer parecer chato, mas... Eu preciso... Des... Des...

Ele tentou concluir a fala, mas não conseguiu. Caiu desfalecido no chão. Corri para socorrê-lo. Sua respiração
estava ainda bem. Seu pulso idem. Ele só havia desmaiado. Todos entraram em pleno alvoroço quando o garoto
caiu. Samuel e Mackenzie trataram de levantá-lo de modo que ficasse rente a parede, sentado. Emily se agachou
ao meu lado. Permaneceu comigo, ao lado dele. Ela parecia desesperada com a situação, mas sua face declarava
que não sabia o que fazer.

- Vamos deixá-lo aí. Não teremos condições de carregá-lo. – indagou Mackenzie, frio.

- E como encontraremos a Karol? – perguntei.

- Eu posso tentar achá-la sozinha - ofereceu Anahí.

- Sozinha não. Eu irei com você. – convidou-se Mackenzie. Era impressão minha ou havia algo entre os dois?

- Tudo bem. Ela foi atrás do farmacêutico né? Ótimo... – disse Anahí sorrindo, enquanto checava a mochila, e
retirava alguma coisa. Uma arma eu acho. Iiihh... Ela vai se acertar com o Matt também, só pode. Pobre Matt.

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- Vamos. E vocês esperem aqui!

Anahí deixou a mochila ao lado do irmão e partiu com Mack. Foi tudo tão repentino. Eu hein...

Ouvi um som familiar. Um toque musical. Era o celular de Samuel. Ele olhou para o visor do aparelho com a
expressão séria. Afastou-se de nós. Atendeu. Falava baixo. Disse algo como “Não é da sua conta”, ou no mais,
apenas concordava ou negava. Eu não ouvi o que ele disse. Mas li. Seus lábios me denunciavam suas falas. Humpf,
os lábios... rs.

Minha atenção se voltou a Kedar ao meu lado. Ele dizia coisas enquanto dormia. Sorria. Emily ficou assustada com
aquilo. Começou a gritar o nome do garoto. A esta altura, Samuel já estava voltando para nosso lado, guardando o
celular no bolso. Ele me olhava intrigado. Fitava fixamente meu olhar. Tratei de disfarçar, olhando o que havia
dentro da mochila do Kedar.

- Acorda!! Kedar! Kedar! - Emily gritava.

Ky começou a abrir os olhos. Olhou para todos nós, desnorteado. Procurava por algo. Deduzi que fosse sua irmã.
Não a avistou. Mas tratei de respondê-lo.

- Ela foi atrás de Karol, com sir Mackenzie. – eu disse.

Kedar arregalou os olhos. Ele pareceu não acreditar no que eu tinha dito. Levantou-se com a cabeça baixa.
Devagar. Ele também estava no seu limite.

- Preciso falar com você, garoto.

Samuel falou repentinamente. Todos estranharam. Os dois se distanciaram um pouco, e conversaram por algum
tempo. Encostei á parede. Olhei para Emily. Ela olhava para os dois rapazes. Eu fiquei olhando para o chão.
Pensando em nada. Após alguns instantes, pude ver Emily correndo na direção de Kedar e Samuel. Ele havia
desmaiado novamente.

X-X-X

- Aqui! Nessa sala! – Emily gritava.

Samuel carregava Kedar desmaiado. Eu seguia na frente dele, com a arma, a besta que encontrei em mãos, pronta
para qualquer criatura bizarra que aparecesse. Emily indicou uma porta no fim de um dos tantos corredores do
prédio. Adentramos. Samuel colocou Kedar sobre uma espécie de maca. Era uma sala de experiências. Vários
computadores e máquinas compunham o ambiente. A luz falha e os moveis e objetos bagunçados indicavam que
algo já tinha acontecido ali. Uma briga, talvez. Ficamos ao lado de Kedar, esperando que ele recobrasse logo sua
consciência. O silencio pairou. Até que...

- Eu ouvi algo! – sussurrou Emily.

- Sshhh!

Samuel e eu empunhamos nossas armas. Armas... Desde quando eu me tornei tão empenhada? É, nessas horas
que a gente luta pela vida, parece que os princípios não contam mais nada. Enfim...

Dei passos sorrateiros na direção de onde vinha o barulho. No meio do caminho, percebi passos pesados vindo na
direção do corredor do lado de fora. Samuel me deu um toque e me mandou averiguar o que era pela janela da
porta. E ele foi conferir o que estava dentro da sala. Quando me aproximei da janela, pude ver uma figura enorme
virando a esquina do corredor. Consegui ver uma roupa verde nele... Os passos pesados ecoavam em meus
ouvidos. Aquilo me incomodava. O que seria aquilo...?

- Karol! – ouvi Samuel exclamando do outro lado da sala. Detrás de uma maca virada, Samuel se levantou
trazendo consigo a Karol. Finalmente!

Corri na direção dela. Emily também, ainda que permanecesse um pouco perto da maca onde se encontrava Ky.

- Aí... Meu estômago... – ela cuspiu um pouco de sangue.

- O que houve com você? – perguntei, ajudando-a a se manter de pé.

- O farmacêutico! Aquele maldito...

- Ele fez isso com você? Pelo visto ele é bem forte então... – Samuel disse em tom irônico.

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Karol se sentou em uma das macas. Tentava se recuperar. Limpou o sangue que escorreu pelo canto da boca.

- Karol, por favor, não suma mais. Não é bom que você se separe de nós agora.
Ela me olhou com uma expressão de pouco caso. O olhar, ameaçador. Não deixei me intimar.

- Não enche. Eu só quero matar o farmacêutico, só isso. – ela retrucou.

- Karol... Quantas vezes mais isso vai acontecer? – questionei, ainda olhando para ela.

- Droga, Karol, você viu Anahi? – gritou alguém repentinamente. Era o Kedar, ele havia acordado!

X-X-X

Os fatos a seguir ocorrem a partir do capítulo 54.

- Socorrooooooooooooooooooooooooo! - Uma voz masculina gritou do lado de fora do corredor. Uma voz familiar.
Era o Matt, certeza!

Corri na direção da porta e no corredor, mais ao fundo, perto da intersecção que cortava a mesma, me deparei
com uma cena bizarra... A parede e a porta totalmente destruídas, arrancadas, rachadas. Um homem, aquele
homem que avistei de relance antes, de capa verde escura, ele caminhava devagar. Os passos pesados, fazendo
estrondo em todo o ambiente toda vez que ia de encontro ao assoalho. Aqueles passos que ecoavam em minha
mente, trazendo um terror a tona que jamais senti. Antes que o pânico me tomasse totalmente, corri na direção de
Matt estirado no chão. Ele tentava se levantar, mas parecia ferido. Ele tremia. Eu o ajudei o mais rápido que pude.
Não queria ficar perto daquele ser de pele cinza – mais uma aberração de pele cinza. Não.

- Matt? Você está bem?

A criatura se aproximou de nós. Matt parecia perdido, assustado. Enquanto o ajudava a se levantar, ouvi Samuel
dizer:

- O que é essa droga?

Eu não sabia. E nem fazia questão de saber. Gritei instintivamente.

- Atirem!

Levantei amparando Matt comigo e corri para perto dos demais. Coloquei seu braço sobre meu ombro. Ele não
estava nada bem. Ele... Ia desmaiar! Mon Dieu, mais um! Não agora Matt, não. Ele não resistiu. Olhou para Karol,
que se encontrava incrédula, paralisada com a situação. E disse:

- Desculpe-me Karol...

Desmaiou. Karol correu para me ajudar a ampará-lo. Seu semblante denunciava preocupação com o farmacêutico.
Ela gritava, mandava-o agüentar firme, dizia que ele não podia morrer. Morrer? Não, ele não iria morrer. Eu tentei
acalmá-la, dizendo que ele iria ficar bem, que só havia desmaiado, mas ela não me escutava, ela gritava.

- Karol, se acalme, ele vai fic...

- Não! Não morre seu desgraçado, você não pode morrer! Vamos, abre os olhos! – ela gritava me interrompendo,
enquanto me acompanhava.

- Karol! Calma, vai ficar tudo bem, apenas pegue minha arma e assegura o caminho a minha frente! Karol! –
insisti.

- Seu maldito, fala comigo! – ela também insistia. Não queria me ouvir.

Talvez o sangue escorrendo no rosto de Matt a deixasse nervosa. Só podia ser isso. Apesar daquilo ser
desesperador, fora uma cena meiga. Karol reagindo daquele jeito me surpreendeu. Deixei de tentar acalmá-la, ela
não me escutava de nenhuma forma.

Olhei para trás, vi que Samuel estava lidando com a criatura gigante sozinho. Emily e Kedar estavam estáticos,
olhando a situação. Não teria como combatermos aquela criatura naquele corredor estreito. Teríamos que correr,
mas teríamos também que ficar de olho na criatura. Deixei Matt aos cuidados de Karol e fui até os dois garotos.

- Emily, preciso que fique de olho na Karol. Siga por aquela direção com ela, e não deixe que ela suma. Não deixe
que ela se perca novamente, s'il vous plaît! – pedi colocando minha mão sobre seu ombro. A garota assentiu e
correu para perto da ruiva, guiando-a pela direção que pedi. – E você Kedar, irá me ajudar – disse me

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aproximando dele.

Ele consentiu meneando a cabeça. Apesar de seus olhos dançarem, indicando que ele não saberia como ajudar.
Samuel deixou de distrair o homem e se juntou a nós.

- Nós teremos que correr. Samuel, eu e você vamos distrair a criatura. – eu mantinha meus olhos fixos na criatura
bizarra se aproximando lentamente de nós – Kedar, você fica do nosso lado, e se ele se aproximar demais, jogue
uma daquelas químicas no rosto dele. Eu sei que você tem boa mira, sei que vai conseguir – pisquei, depositando
minha confiança.

- E para onde iremos?

- O mais longe que conseguirmos dessa coisa! Vamos!

Corremos. E a criatura continuou caminhando atrás de nós. Kedar sorriu.

- Essa coisa não vai nos alcançar! Nem precisa gastar munição nisso!

Que os céus te ouçam Ky. Que os céus te ouçam...

X-X-X

Entramos em uma sala escura. Todos juntos. Matt já estava acordado novamente. O homem estranho tinha sumido
de nossa visão. Mas eu tinha um mau pressentimento... Num repente, um chiado incomum tomou conta da sala.
Tomei um susto. Uma voz feminina ecoava por todo o local.

- K... Ked... Ke... Alg... Vocês pod... ouvir? – a voz familiar tentava fazer contato, mas a comunicação estava falha.

- Anahí? – perguntou Kedar – Anahí, onde você está?

O som vinha de um dos computadores. Era uma conferência. Mas onde diabos estaria Anahí? Todos correram para
o computador.

- Kedar? Consegue me ouvir?

- Alto e claro! Eu consigo até te ver! Como você está? Onde você está? – perguntava incessantemente o garoto –
Mackenzie está com você?

- Sim, sim, sim Kedar, não se preocupe. Peço que me escutem todos com atenção. Mackenzie verificou algumas
coisas aqui e disse que foi solto um Tyrant pelo prédio. Como não temos muito tempo antes de Raccoon ser varrida
da face da terra, vocês precisam dar cabo desse experimento e se juntarem conosco no último andar.

- Mas como iremos fazer com essa criatura? – perguntou Emily.

- No corredor ao lado onde vocês estão, há um protótipo de arma laser. Uma arma que a Umbrella usa para
segurança dos corredores em caso de invasão. Ele é um pouco potente, acredito que vai atrasá-lo bastante. Basta
que vocês tentem acessar o dispositivo de identificação com qualquer senha na parede no fim do corredor e saíam
da visão das câmeras. É prec...

POOOOOOOOOOOWW!

Um estrondo se seguiu. O tirano de verde arrombou mais uma vez o local, quebrando a parede e invadindo o local,
furioso. Veio na nossa direção, cortando de imediato o contato com Anahí. Corremos para fora do corredor. Eu
avistei uma espécie de arma presa a parede. Seria aquilo? Mas onde estaria a câmera? Bom, não interessa, era
preciso só uma pessoa. As outras apenas se arriscariam por nada. Corri na direção do dispositivo de identificação
no fim do corredor.

- Stacey, não! – ouvi Kedar gritar.

- Apenas saíam da visão das câmeras! – gritei.

O impulso era meu guia ali. Não poderia parar para pensar no que eu estava fazendo. Não agora. Esperei que o
homem saísse da sala atrás de nós e atirei uma flecha certeira nele com minha besta. Ele voltou sua atenção para
mim. Ótimo, o que eu precisava! Segui as instruções da militar. Ativei o pequeno dispositivo na parede, e digitei
um número qualquer. Ouvi um pequeno barulho. A luz do dispositivo ficou vermelha. O display indicou “acesso
negado”. Não aconteceu nada. O homem ainda estava vindo na minha direção! Tentei mais uma vez digitar
qualquer coisa. Meu coração já estava acelerado. Nada. Tentei mais uma vez. Minhas mãos trêmulas. Nada. Ele
estava há poucos metros de mim. Ouvi alguém gritar meu nome. E ouvi também um pequeno barulho, mas não

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prestei atenção no que era. Apenas olhei para o homem chegando perto de mim. Ele iria me pegar. Mas o que
faria? Coisa boa é que não era com certeza. Ele estava diante de mim. Levantou os dois braços juntos. O rosto
disforme, raivoso. Os olhos sem alma. Ouvi tiros. Ouvi gritos. Fechei os olhos. Era o fim...

Segundos se passaram. Eu ouvi um zunido. Mas não aconteceu nada. Ou será que eu tinha morrido e nem senti
nada? Olhei ao redor. O homem não estava mais de pé, prestes a me atacar. Ele estava no chão! A parte esquerda
de seu tronco não existia mais. Eu podia ver parte da carne queimada, e se me inclinasse mais, poderia ver os
órgãos dentro dele. Uma pequena porção de sangue o rodeada. Não vi sinal de respiração ou pulsação em suas
veias. Isso foi obra do laser? Uau... Com certeza ele não levanta mais. Eu espero...

- Stacey! Sai daí!

Olhei para a câmera na parede. Estava fixa em mim. Corri para perto dos outros, com medo de que o laser me
atingisse. Meu coração só faltava sair pela boca. Comecei a sentir minhas pernas bambas. Acho que me esforcei
demais. Comecei a ver tudo preto de novo. De novo? Tudo. Girando. Preto.

...

X-X-X

Continua...

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~ "I'll be there for you, like I've been there before..." ~ Set by LeuÔ! ~

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Tyrant-T-0766 Postado em: August 14, 2009 03:02 pm

Pra quem quiser: =p

http://www.youtube.com/watch?v=H5nS0duqrIo

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Capítulo 56: Um salto para morte

Obscuro, nojento e macabro... Essa era a única definição que eu via pra aquele lugar naquele momento. O local
despertava uma sensação de tensão... Parecia ter algo a espreita, esperando por nós... Aguardando o momento
certo. Um terrível odor de podridão pairava sobre os esgotos. Uma escura e poluída água corrente que passava
por debaixo da plataforma metálica sob nós causava nojo, Anahí parecia estar com ânsia de vomito, mas se
mantinha firme caminhando logo atrás de mim. Havíamos encontrado uma passagem subterrânea no complexo,
e acabamos por parar aqui. Não havia como voltar, uma pequena parte da plataforma havia desmoronado logo
atrás de nós, e não parecia muito seguro avançar sobre a corrente de esgotos.

Bravo Team
- Precisamos encontrar os outros... Podem estar em uma situação pior do que a nossa...- Indagou Anahí.
Assenti e continuamos avançando.

Um pouco mais a frente havia uma espécie de ponte que dava em outra plataforma. Uma pequena porta
Grupo: Colaboradores
Posts: 791 metálica se localizava há alguns metros. Seguindo por ela, um estreito corredor estendia-se até uma bifurcação.
Member No.: 766 Um som familiar de gritos cortantes ecoava pelos corredores. Eram eles... Os hunters, estavam perto. Viramos
Joined: September 07, 2006
a direita na bifurcação e adentramos outra porta, o ranger da maçaneta aumentando a tensão. Aquele lugar
causava arrepios.
Ranking Especial:
- Click... Click... – Passos. Passos lentos avançando em nossa direção... Subitamente uma silhueta surgiu no
final do corredor.

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- Mas o que...?- Anahí permanecia imóvel, observando a criatura se aproximar.

Pele esverdeada, coluna rigidamente curvada, garras enormes e afiadas... Era um dos MA-121. Logo o monstro
soltou um berro ensurdecedor, e começou a correr, ele iria atacar...!

Anahí estava alguns passos a minha frente, puxei-a pelo braço e corremos até a porta mais próxima.

- Mackenzie, o que diabos era aquilo?!

- Depois eu explico, me ajude a achar alguma coisa pra bloquear essa porta. Rápido!

- Ali!- Indicou ela, havia um armário perto da porta. Corremos até lá e o empurramos até “tapar”
completamente a mesma. Não impediria a entrada do hunter, mas ajudaria por um curto período de tempo.

A pequena sala não possuía muitos móveis ou objetos... Ao leste haviam alguns armários coletivos, ao norte
uma estante de metal enferrujada e no nordeste, outra porta. Anahí prosseguiu até os armários e eu fui dar
uma olhada na estante. Consegui achar 2 pentes de munição 9mm, carreguei minha Glock 35 e guardei o outro.
Ouvi Anahí chamar meu nome, ela tinha achado um kit de primeiros socorros e uma arma. Um lançador de
granadas US M79, pra ser mais exato. Após guardar os objetos em sua mochila prosseguimos por outro
corredor e subimos exaustivamente várias escadas. Estávamos em um... Heliporto. Sim, um heliporto.
Maravilha!

- Mackenzie, olhe! – Exclamou Anahí, apontando para um pequeno observatório do outro lado do Heliporto.
Cruzamos o local e chegamos a um elevador que conectava o heliporto com o observatório. Mas este não
funcionava, a energia do heliporto e dos esgotos estava desativada, droga! Um mapa dos esgotos e do heliporto
estava colado em uma parede ao lado.

- Depósito, sala de controle, sala de energia...- Isso, sala de energia, precisava chegar até lá!

- Anahí, eu vou reativar a energia. Fique aqui.

- Nem pensar, irei com você.- Disse ela, determinada.

- Não. Fique aqui caso os outros apareçam. Eu voltarei logo.

***

Finalmente conseguimos chegar ao observatório. A sala era pequena, um enorme e resistente vidro com visão
panorâmica para o heliporto era visível a direita, junto a ele havia uma série de computadores e telas exibindo
as imagens das câmeras de inúmeras partes do complexo. Anahí se sentou em uma das cadeiras diante dos
computadores e observou as câmeras. Em uma delas era possível encontrar algumas pessoas correndo e
atirando contra um monstro grande e cinza de sobretudo verde-escuro... Espere! Aqueles eram... Stacey, o
detetive, o garoto com o braço mutilado, Emily e a louca histérica! Tinha mais alguém também, um homem que
me parecia familiar... Mas não lembrava quem era. Eles entraram em outra sala, estava escuro. Mas dava pra
ver algum tipo de... Arma, acho. Observei Anahí apertar alguns botões e se aproximar de um microfone perto
da câmera que estava transmitindo eles.

- Kedar...Stacey.. Algum de vocês podem me ouvir? – Disse ela, o som falhando.

- Anahí? Anahí, onde você está?!- Ouvi alguém perguntar, era Kedar... Aquele garoto enjoado...

- Kedar, consegue me ouvir? – Continou Anahí.

- Alto e claro! Eu consigo até te ver! Como você está? Onde você está?! Mackenzie está com você?!

- Sim, sim, sim Kedar. Não se preocupe. Peço que me escutem todos com atenção. Mackenzie e eu verificamos
algumas coisas aqui e descobrimos que um Tyrant está solto pelo prédio. Pelo que eu estou vendo ele está
perseguindo vocês. Escutem, como não temos muito tempo até a destruição de Raccoon , vocês precisam dar
cabo desse experimento e se juntarem a nós no heliporto.

- Mas o que iremos fazer com essa criatura? – Perguntou Emily.

-No corredor ao lado de onde vocês estão, há um protótipo de arma laser. Uma arma que a Umbrella usa para
segurança dos corredores em caso de invasão. Ele é um pouco potente, acredito que vá atrasa-lo bastante.
Basta que vocês tentem acessar o dispositivo de identificação com qualquer senha na parede no fim do corredor
e saíam da visão das câmeras. É prec...Voc...- O som começou a falhar novamente e se transformou num

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chiado... As câmeras também pararam de transmitir e a única coisa que se podia ver era estática.

- Droga! – Gritou Anahí, socando o computador.

- Eles ficarão bem... Estou convicto disso.- Falei.

- Espero que sim... Principalmente Kedar...- Ela suspirou, depois se levantou da cadeira.- E quanto a você
Mackenzie, o que irá fazer?

- Meu contato já deve estar sobrevoando os arredores da cidade... Vou tentar fazer contato com ele.- Respondi.
Ela suspirou e continuou observando o heliporto.

***

Já eram quase 5 da manhã... Eu estava sentado junto a parede oposta aos computadores, devo ter caído no
sono... Estava cansado. Anahí também havia dormido, sua cabeça repousava em meu ombro direito. Enquanto
abria os olhos e se levantava, caminhou até os computadores e observou o heliporto...

- Jesus, por que eles ainda não chegaram? O que será que aconteceu?!- Estava perplexa.- Seré que eles...M-

- Tampouco... De fato algo deve ter acontecido, mas duvido muito que os 6 morreram... Não pense nisso, eles
vão chegar logo.

Me levantei e observei o heliporto junto a ela... Não havia o menor sinal deles ainda... Mas devia haver alguma
justificativa. O céu estava clareando, imerso num profundo cinza negro, mas o sol ainda não havia nascido...
Haviam alguns pontos pretos voando sobre nós... Não dava pra ver direito, mas estavam se aproximando.
Pareciam... Corvos. Sim, corvos! Vários deles!

- CRACK! – O som do vidro quebrando ecoou por todo o heliporto. Malditos corvos!

- Mack!- Gritou Anahí, me puxando para o elevador. Merda, aonde estavam os outros?!

This post has been edited by Tyrant-T-0766 on August 15, 2009 10:50 am

--------------------

Minhas fanfics:
--RE: Um salto para morte--

--Resident Evil: Death's Way--

BloodCold Postado em: August 17, 2009 03:45 pm

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Capítulo Final: There will be hope.

QUOTE
Meu nome… é Samuel William Kent, e eu sou um detetive particular. Por toda a minha vida, senti uma imensa
atração por tudo aquilo que estivesse obscuro; pelos mistérios da natureza humana… e os extremos que as
pessoas podem chegar. Detetive. Detetive Kent. Mesmo aqui, mesmo hoje, mesmo agora, eu não posso me
esquecer do meu objetivo principal. Tudo o que me interessa, é a investigação… e nada mais disso. Mas quando
eu mesmo chego aos meus extremos, quanto mais eu poderia agüentar? Quantas vidas eu poderia suportar, além
da minha própria? E o mais importante… quantas mais eu precisarei eliminar, para poder sobreviver?

Minha mente está confusa, mas eu sei onde estou. O Senhor Thompson, um cliente… me contratara para
investigar alguns fatos que estariam ocorrendo em Raccoon City, uma cidade do meio-oeste americano, cuja
economia girava basicamente toda em torno da Umbrella Corporation, uma empresa farmacêutica.
Mas os experimentos da Umbrella acabaram acidentalmente sendo liberados na cidade, transformando grande
parte de seus moradores nestas criaturas, os mortos que caminham, buscando a carne dos que ainda vivem.
Quisera eu que estes fossem nossos únicos inimigos… e além disso, eu sinto que estejamos numa luta contra o
tempo, para sobreviver.

Hoje é dia 01 de outubro. E meu nome é Samuel Kent.

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Cap í tulo fi nal

BloodCold Postado em: August 17, 2009 03:45 pm

Capítulo Final: There will be hope.

QUOTE
Meu nome… é Samuel William Kent, e eu sou um detetive particular. Por toda a minha vida, senti uma imensa
atração por tudo aquilo que estivesse obscuro; pelos mistérios da natureza humana… e os extremos que as
pessoas podem chegar. Detetive. Detetive Kent. Mesmo aqui, mesmo hoje, mesmo agora, eu não posso me
esquecer do meu objetivo principal. Tudo o que me interessa, é a investigação… e nada mais disso. Mas quando
eu mesmo chego aos meus extremos, quanto mais eu poderia agüentar? Quantas vidas eu poderia suportar, além
da minha própria? E o mais importante… quantas mais eu precisarei eliminar, para poder sobreviver?

Minha mente está confusa, mas eu sei onde estou. O Senhor Thompson, um cliente… me contratara para
investigar alguns fatos que estariam ocorrendo em Raccoon City, uma cidade do meio-oeste americano, cuja
economia girava basicamente toda em torno da Umbrella Corporation, uma empresa farmacêutica.
Mas os experimentos da Umbrella acabaram acidentalmente sendo liberados na cidade, transformando grande
parte de seus moradores nestas criaturas, os mortos que caminham, buscando a carne dos que ainda vivem.
Quisera eu que estes fossem nossos únicos inimigos… e além disso, eu sinto que estejamos numa luta contra o
tempo, para sobreviver.

Hoje é dia 01 de outubro. E meu nome é Samuel Kent.

Policial do R.P.D.

Respirar… respirar… inspire… espire

Grupo: Escritores Eu estava cansado. Definitivamente, estava muito cansado. Até mesmo para um simples ato como respirar, eu
Posts: 494 necessitava de concentração. Meu coração batia aceleradamente, talvez fosse a adrenalina daqueles últimos
Member No.: 1087
Joined: June 09, 2007 momentos correndo dentro de me corpo, deixando-me aceso e atento. Ouvi dizer uma vez que adrenalina era
como uma droga, extremamente viciante… seja como fosse, eu iria precisar de terapia depois daqueles últimos
dias. Aliás, eu não fazia a menor idéia de quanto tempo havia passado desde que saímos do bar em que Stacey
trabalhava, a universidade, os laboratórios… e então aqui, um complexo de pesquisas da Umbrella.

- Será que aquela coisa está morta?—Perguntou o garoto cujo braço havia sido cortado, Kedar. Ele parecia ser o
mais afetado de todos, em um momento estava quase querendo arrancar o meu pescoço, e no outro éramos
amigos de infância. Me surpreendo em como as pessoas costumam ficar alteradas em situações assim. Eu acho que
isso era absolutamente normal mas… por que eu continuava tão calmo? Emily estava ao lado dele, um ajudando o
outro á caminhar.

- Acha que talvez aquele homem cinza esteja ainda vivo? Oh, Deus… será que não deveríamos achar algum lugar
para nos escondermos?—Perguntou Emily, inclinando-se para frente, e olhando em minha direção. Stacey estava
em meus braços, ela havia caído inconsciente logo após a luta contra o “Tyrant”, á alguns minutos atrás. Jamais
pensei que poderia vê-la daquele jeito, frágil e…

O que havia sido aquilo lá no Hotel? Será que ela estava… bem… ? Por que ela tinha chego tão perto de mim?

- Eu não sei, mas o que sei é que não devemos ficar aqui—eu respondi, apontando para a frente. Todo aquele
complexo parecia um labirinto, corredor metálicos de aparência semelhante, alguns corpos caídos ao chão e vidros

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quebrados. Senti cheiro de fumaça, havia fogo em algum lugar?—A cidade será devastada por um missel dentro de
cerca de uma hora…

- Como se isso tudo já não fosse o suficiente!—Exclamou Karol, mostrando que também estava exausta. Fiquei
impressionado com ela… a mulher era forte o suficiente para conseguir carregar Matt, que estava parcialmente
inconsciente. Ela chegara em seu máximo, jogou o farmacêutico ao chão, e logo em seguida sentou-se no piso
metálico, as costas encostadas na parede e as mãos sobre os olhos—Eu só queria que isso tudo acabasse… esse
pesadelo… meu noivo… você está ai de novo? Desculpe…

- Karol, você…!—Pensei em dizer qualquer coisa animadora, mas Kedar me impediu.

- Não adianta—ele disse, logo em seguida Emily sentou-se ao chão também—A Karol não está em si.

- Emily, cuide da Stacey um pouco, ok?—Perguntei para a garota, colocando, como todo o cuidado que Karol não
tivera, o corpo adormecido da bargirl no chão. Emily aproximou-se de Stacey, apoiando a cabeça dela em suas
pernas.

- Aonde você pretende ir?—Perguntou Emily, preocupada.

- Lugar algum, só vou verificar o próximo corredor.

- Agh… o Tyrant… Daylight… preciso encontrar uma saída—Matt parecia estar delirando também. Quanta ironia, o
farmacêutico que aquela doida tanto procurara por aqueles dias, agora estava perdendo a razão em sua obscura
mente! Ah! Eu não entendo… !

Haviam duas portas naquela seção. Uma parecia conduzir ao próximo corredor, pude notar pelo pequeno vidro no
alto dela… e outra, bem na metade do caminho, estava trancada eletronicamente. Coloquei minhas mãos sobre a
maçaneta metálica da porta, mas no momento em que tentei abrir a mesma, não consegui. Algo estava
bloqueando-a do outro lado.
- Diabos, esta aqui está trancada!—Exclamei, chutando a parte de baixo da porta. Era só o que me faltava agora…!
—Estamos num beco sem saída.

- Talvez não—Pude ouvir a voz fraca de Stacey, que retornara ao mundo dos vivos.

- Stacey, você está bem?—Perguntei, aproximando-me dela. Seu rosto estava meio pálido, mas lentamente
retomava um pouco daquela cor agradável que suas feições tinham—Droga, não apronte mais uma dessas, ouviu?

Ela levantou-se do chão e sentou-se ao lado de Kedar e Emily, entre os dois. Pegou a sua crossbown, e passando as
mãos no rosto (ela parecia alguém que acordava em um domingo de manhã, depois de uma noite de bebidas e
diversões! ) e apontando, letargicamente, para algum ponto no alto da parede.

- Tem uma passagem bem ali, duto de ventilação—Ela disse, balançando a cabeça algumas vezes. Estava
retomando o controle sobre si mesma—Vai me dizer que o Senhor Detetive Particular não havia notado?

Sinceramente, eu não havia notado. O duto estava bem acima da porta trancada, e poderia conduzir ao outro lado.
Tudo o que precisávamos agora… tudo o que mais queríamos… era chegar ao heliporto no último andar. O Watcher
havia feito contato comigo algumas vezes… ele chegaria dentro de poucos instantes. Mas eu me pergunto… seria o
helicóptero do Watcher, o mesmo que Mackenzie se referia? Será que o “Observador” estaria fazendo um jogo
duplo esse tempo todo? Eu ainda tinha o disquete… a minha passagem para fora daqui…
Mas e quanto aos outros? Será que eu seria capaz de deixá-los para trás… ?
Como um Detetive, eu sempre tenho muitas perguntas. E algumas respostas.

- Eu não consigo passar, o duto é muito estreito!—Eu disse, tentando subir até lá.

- Deixa que eu vou, eu consigo passar na beleza!—Kedar disse, levantando-se do chão com extrema dificuldade.
Não, eu não poderia deixá-lo ir.

- Humpf, só pode estar brincando não é?—Disse Karol, e logo em seguida ela começou a rir—Você não consegue
nem ir ao banheiro com um braço só, imagina engatinhar nessa coisa ai… e abrir uma porta assim! Oh, por favor…

- Karol…!—Exclamei, e aquilo havia sido uma advertência. Mas ela estava certa… Kedar não iria conseguir passar
por aquela área.

- Eu vou—Disse Emily Marie, e pude sentir um forte senso de determinação na voz dela—Sou do tamanho ideal
para passar.

- Não, espera ai, você não pode ir!—Disse Kedar, ficando entre Emily e a passagem—Não sabe o que tem lá…!

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- E nem você, Ky!—Disse ela, afastando-o gentilmente do caminho. Peguei a mão de Emily entre as minhas e
entreguei minha arma para ela.

- Ouça… se vir qualquer coisa do outro lado, mire, desvie um pouco do alvo, e então atire. Mas não puxe o gatilho,
apenas pressione, ok?—Eu disse, e aquela havia sido a aula de tiro mais resumida da minha vida!

- Deixe comigo, eu consigo—Auxiliei Emily á subir até o duto, que estava á cerca de dois metros e meio do chão.
Ficamos alguns segundos ali, naquela espera por resultado… apenas ao som do silêncio e de alguns ruídos
produzidos pelo edifício. Ouvi a voz de Emily, abafada pela porta metálica.

- A porta está trancada, não vejo nenhuma maçaneta, nem nada!—Ela dizia, e pude ouvir o som de sua mão
batendo contra o metal.

- Procure por um painel!—Respondi, minha voz em um tom alto—Deve haver alguma coisa assim, em algum lugar
por aí!

Um minuto se passou, sem que tivéssemos respostas ou resultados. Foi então que notamos o som da vitória, o
“bip” de confirmação e a porta diante de nós abrindo-se. Pude ver de relance que Emily estava logo diante de um
painel de controle, ao lado de uma grande mesa com alguns computadores quebrados e papéis.

- Vamos!—Disse, adentrando na porta. Mas… repentinamente, uma figura vestida de branco surgiu por trás de
Emily… !

O Dr. Jonathan Mapple pressionou o botão no painel, trancando nós três dentro daquela sala. Sua arma estava
apontada diretamente para a face da jovem, cujo rosto estava estampado com medo. Ouvi os sons das batidas de
nossos companheiros contra a porta, do outro lado…

Olhei nos olhos de Mapple, e pude ver a insanidade. Ele estava ferido, suas roupas “brancas” manchadas por
sangue. O rosto coberto por ferimentos, arranhões e talvez até… mordidas?

- Não se mova!—Ele disse—Ou eu estouro os miolos dela!

- Emily, fique quietinha ai, ok? Mapple… o que você quer?

- O que eu quero!? O que eu quero? E você ainda pergunta isso! Dê só uma olhada para mim! Meu tempo é curto…
! Onde está aquele outro… o farmacêutico! Ele… ele tem a cura…!

- Não faço a menor idéia do que você está falando!

- O Far-ma-ceu-ti-co! Eu sei que ele roubou o Daylight das instalações… e agora eu o quero de volta… ou eu juro
que você vai precisar de um saco plástico para recolher tudo o que vai sobrar dessa menina aqui!

- Eu sinto muito, mas você trancou o farmacêutico lá atrás… tsc…

Ele pareceu confuso agora. Acho que o vírus já estava tomando conta de sua mente, bagunçando as informações de
seu cérebro. Ele estava morrendo, e precisava desesperadamente daquele tal de Daylight… da cura… isso se já não
fosse tarde demais para ele.
- Vou abrir a porta e você pega o Daylight!—Ele disse—E então eu te dou o tal disquete!

- O disquete?—Mas ele já não tinha me dado o Disquete antes?

- O que… o que você tem é um falso, eu tenho o verdadeiro bem aqui!—Disse, apalpando o bolso do jaleco com
uma das mãos, a mesma que segurava o corpo de Emily. Pude ver também repugnância nos olhos dela, aquelas
mãos imundas, feridas, contornando o seu corpo. Aquele rato!—Vou te dar ele… se você me trouxer o Daylight…
agora!

Mapple estava recuando até chegar ao painel. Com uma das mãos, começou a tatear, procurando pelo controle
para abrir a porta que estava atrás de mim, enquanto que com a outra, carregava a arma sob a nuca de Emily.

- Senhor Kent…!—Exclamou a jovem, fechando os olhos.

Espere… mas o que é aquilo…?

Senti um leve tremor. Ouvi uma batida forte. E de repente… BAAAM! A parede bem ao lado do cientista explodiu,
lançando concreto, fiação e metal para todos os lados. Emily para frente, caindo ao chão. Aproximei-me
rapidamente dela, ajudando a jovem á levantar-se.
No momento em que a porta atrás de mim abriu-se, eu notei o que havia causado a explosão. A criatura era
imensa, do tamanho de um armário. Sua pele ainda era acinzentada, mas o tórax estava queimado, o sobretudo

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F.Y.F.R.E.'s Forum -> Capítulo final

verde tingido de áreas cinzas e pretas.

- Oh não! Ele voltou!—Disse Kedar, adentrando na sala e pegando Emily em seus braços.

Peguei a arma caída ao lado da jovem e apontei na direção do Tyrant.


- Você… fique para trás…!—Exclamava Mapple. Mas era tarde demais pare ele… as mãos imensas, pesadas, sólidas
da criatura ergueram-se em pleno ar… e moveram-se para baixo, esmagando o crânio do cientista. Seu corpo
balançou um pouco, e então caiu ao chão, espatifado pelo golpe da criatura.

- Rápido… por lá!—Disse Emily, apontando na direção de uma passagem naquela sala, que eu não havia notado. A
jovem já havia estado naquele lugar antes de mim, deveria ter percebido…

- Vão, rápido! Eu distraio o nosso amigo aqui!—E enquanto os outros começaram a correr na direção da passagem,
comecei a atirar no Tyrant. Mirei entre seus olhos, aqueles globos sem vida, e atirei… mas nada parecia pará-lo!

Ele lançou-se em minha direção, feito um touro furioso á avançar sobre o toureiro. No último segundo, eu me
joguei para o lado, desviando do ataque iminente, e deixando para ele, apenas a parede de concreto. Corri para
onde Emily, Stacey e os demais haviam ido, esticando-me sobre o corpo de Mapple no caminho…

Mapple ainda estava vivo… ou morto-vivo, não sei. Abriu aquela boca esmagada, exclamando alguma coisa, um
grunhido ininteligível… mas assim que peguei o disquete verdadeiro, que estava caindo de seu bolso, percebi que
não havia mais motivos para ficar ali.

Pois assim que o Tyrant voltou-se na minha direção, eu já estava correndo para a passagem, um corredor estreito
que terminava em um… em um elevador!

- Rápido, Samuel, vem!—Gritou Stacey, segurando a porta do elevador com suas mãos. O simples toque dela
impedia-as de fecharem-se.

Joguei-me para dentro da pequena e apertada câmara de metal, e as portas fecharam-se atrás de mim, deixando
a criatura para trás. Algo, porém, me dizia que ainda não tínhamos nos livrado dela…

***

Assim que as portas do elevador abriram-se, as primeiras á saírem foram Stacey e Karol. A bargirl mantinha a sua
crossbown apontada na direção de qualquer inimigo que pudesse surgir, e Karol, com a sua faca, parecia ainda
mais ameaçadora. Emily e Kedar auxiliaram Matt á caminhar; será que ele estava mesmo em estado tão ruim, ou
só estava bancando o inconsciente para ser carregado até o helicóptero?

- Esperem!—Disse.

Olhei em volta. Estávamos em um corredor mal-iluminado, estreito; uma lâmpada piscava no final dele, e havia
um cheiro de metal queimado no ar. Aproximei-me de Matt e então peguei-o pelo colarinho.

- Você é o farmacêutico, não é?

- Me solte!—Disse ele, lentamente recobrando a consciência.

- Samuel, o que está fazendo?—Perguntou Stacey. Como ela podia ficar preocupada por um cara como aqueles? Ele
só nos atrapalhou até agora!

- Não vou perguntar novamente, você é o tal do farmacêutico?—Perguntei, tentando parecer ameaçador. Aquilo
que o Mapple havia dito… sobre o Daylight… sobre a cura…

- O que você acha?—Ele perguntou, tentando soltar-se de mim.

- O Daylight, você o tem, não é mesmo?—Perguntei.

- Matt, você está com o Daylight?!—Perguntou Kedar, preocupado—Merda, por que não disse antes! Minha irmã
precisa dessa coisa!

- E o que faz vocês pensarem que eu vou compartilhar isso com vocês, hein?—Matt parecia desafiador. Ele era uma
das figuras mais complexas que eu havia encontrado em Raccoon, ora bancando o bonzinho, e ora nos jogando em
armadilhas. Qual era o jogo dele, afinal? Parecia mais traiçoeiro do que aquele Mackenzie…

- Ouça aqui!—Pressionei-o contra a parede úmida, estava quase sem paciência—Se você tem esse maldito
anti-vírus, é melhor dizer logo! Ou se não… eu juro que vou te jogar para fora do helicóptero quando estivermos
saindo daqui!

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F.Y.F.R.E.'s Forum -> Capítulo final

- E você por acaso pretendia tirar a gente daqui?—Perguntou Emily. Havia algo de diferente nela, eu já havia
notado… era como se a garota inocente e indefesa que tivéssemos conhecido, lentamente transformava-se em uma
mulher independente. Ela havia percebido; na verdade, eu acho que todos haviam. O Watcher não tinha a intenção
de tirar todos daqui. No máximo… somente eu…

- Espere… ouviram isso?!—Perguntou Stacey, olhando para o alto. Sim… havia um som! Era o som de um
helicóptero! Podíamos ouvir o ruído do motor, das hélices girando… estava perto, muito perto!

- Vocês fiquem aqui!—Eu disse, jogando Matt para o lado e correndo em direção da porta.

- Samuel… você… você não vai nos deixar para trás, vai…?—Perguntou Stacey.

Aquela pergunta me atingira como uma lâmina á cortar em meu peito. Eu não sabia… Watcher prometera que iria
levar-me apenas… mas… eu precisaria negociar. Afinal, eu tinha o disquete, não é mesmo?

- Fiquem aqui—Repeti—Eu prometo que não vou deixá-los.

- Não morra!—Disse Karol, encostada na parede, á brincar com aquela faca em seus dedos.

***

As portas do terraço abriram-se sem qualquer dificuldade quando minhas mãos as tocaram. Uma forte luz atingiu
meu rosto; o dia estava nascendo. Ainda era de madrugada… talvez umas 5 horas, por ai. Eu não me importava…
tudo o que importava agora, era que eu precisava tirar essas pessoas daqui. Precisaria continuar…
O helicóptero estava pousado no terraço do edifício. A aeronave estava parada, suas hélices lentamente diminuindo
a velocidade. Uma figura de terno negro diante da rampa do helicóptero, quatro ou cinco homens armados atrás.
O homem de terno preto… o Watcher? Ele moveu suas mãos em pleno ar, como se estivesse me chamando para
um abraço que eu negaria, sem pensar duas vezes.

- Vejo que é um homem de palavra, Senhor Kent!—Ele disse… e no mesmo instante que ouvi sua voz, que vi o seu
rosto, os cabelos negros… a pele enrugada… os olhos. THOMPSON! ERA O SENHOR THOMPSON! O mesmo homem
que havia me contratado para vir á Raccoon City! Aquele bastardo… então ele havia planejado tudo desde o início…
ele sabia que eu iria vir á cidade para investigar o cientista Mapple, iria acabar preso aqui… e então…

- Você é o homem que me contratou! Você é o Senhor Thompson!

- Eu tenho muitos nomes, Senhor Kent—ele disse—E creio que eu e você temos negócios á tratar. Entregue-me o
disquete, o disquete verdadeiro por favor.

- Que garantias eu tenho de que você vai nos tirar daqui?

- “Nos tirar”? Oh não… você não entendeu. Nosso contrato se restringe apenas á eu e você. Entregue-me o
disquete, e tiro você da cidade. Não funciona bem para ambos os lados?

- Tem pessoas aqui! Vivas… e que precisam de ajuda… !

- Raccoon City é uma cidade morta, Senhor Kent… só você e eu agora estamos vivos. Qual caminho você irá
tomar? Pode me entregar o disquete por bem… ou por mal.

O Watcher, Thompson, estalou os dedos, e no mesmo instante aqueles homens vestidos de preto, parecendo
mercenários, mascarados, apontaram suas armas em minha direção. Eu estava perdido!

- Mande eles abaixarem as armas, cara, ou você é que vai se arrepender!—Uma voz masculina surgiu de algum
canto. Para a surpresa do Watcher, e a minha também, Mackenzie e Anahí surgiram, apontando suas armas na
direção do helicóptero; a ex-policial estava com uma surpreendente Grenade Launcher!

- Ora, vejo que não estamos totalmente sozinhos, afinal? E você deve ser o Senhor Mackenzie, não é mesmo?
—Perguntou o Watcher, sua voz mantendo um tom calmo, frio… uma máscara para preocupações que eu
sinceramente acho que ele deveria estar tendo—É uma pena, mas o seu helicóptero foi interceptado por uma
pequena… tempestade…

- Será que você é surdo ou o quê?—Perguntou Anahí, á beira da fúria—Diga para os seus cães de guarda abaixarem
essas armas!

- O que… o que afinal tem nesse disquete?—Perguntei.

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- Senhor Kent… é uma surpresa minha que ainda não saiba. Imagine um mundo no qual esse vírus, esse T-Vírus,
esteja solto… imagine agora o quanto os governos pagariam para ter a fórmula do anti-vírus. Os registros do
componente que vocês chamam de “Daylight”.

- Você… você queria manipular a cura? É isso?!—Não podia acreditar nisso… como eu posso ter cooperado com um
cara como esses?—Você é insano!

- E logo serei um insano muito rico… agora, Senhor Kent, Senhor Mackenzie, minha jovem dama… se me
permitem… mas… o quê?!

Ouvimos um forte estouro, e aquela criatura havia voltado! Mas estava diferente… totalmente diferente… o casaco
verde havia desaparecido, dando lugar para um corpo mutado, de proporções irreais. Uma das garras era muito
maior que a outra, seu tórax largo e a boca, o que era aquela coisa…?
Apoiando-se em suas garras, ele escalou o terraço e ergueu-se, ameaçadoramente. Os homens do Watcher
imediatamente começaram a atirar na direção do Tyrant, enquanto eu… será que eu estava mesmo em minha
própria sanidade? Lancei-me sobre Thompson, o Watcher, acertando-lhe um forte soco naquele queixo. Dane-se! O
homem caiu ao chão… balbuciando e soltando algum resmungo que eu não entendera.
Meu coração batia aceleradamente. A confusão de sons, as coisas girando á minha volta. Os mercenários de
Thompson atiravam contra o Tyrant, que avançava sobre eles e os esmagavam como se fossem bonecos de papel.

- Venham! Rápido!—E ao meu sinal, a porta do terraço abriu-se e os outros começaram a correr em nossa direção.
Ouvi um grito, acho que era de Emily.

- Kedar!—Gritou Anahí, correndo na direção de seu irmão.

Acho que jamais poderia esquecer-me daquela cena. Emily estava caída ao chão, Kedar sobre ela, protegendo a
garota como um cavaleiro de armadura prateada. E Anahí, a mulher de coragem, lançando-se na frente dos dois, e
pressionando o lançador de granadas contra seu corpo. Um tiro, dois, três… nada parecia conseguir parar aquela
criatura!

- Você não vai machucar o meu maninho!—Gritava a policial.

Mackenzie lançou-se para dentro do helicóptero, apontando sua arma para a cabeça do piloto. Era a nossa chance…

- Não podemos partir com aquela coisa lá fora!—Gritou Mackenzie.

- Mon Dieu!—Gritou Stacey. Ela estava ainda ao lado da porta, atirando flechas na direção do Tyrant, mas era
inútil. A pele, a couraça, ou seja lá o que fosse, era grossa demais.

Ouvi alguém resmungando, acho que era o Matt.


Corri na direção de Stacey e comecei a atirar com minha preciosa M1911 contra o Tyrant. A criatura lançou-se na
minha direção e de repente… AGH! Suas garras me acertam com força, não consigo me mover… logo sou
arremessado contra a parede…

- Samuel, você está bem?—Perguntou Stacey. Eu estava bem… talvez tivesse quebrado alguma coisa, mas iria
sobreviver.

- Rápido, Stacey… vá para o helicóptero!—Gritei, enquanto levantava daquele chão. Ouvi o som de muitos tiros e
quanto dei conta, Anahí havia pego uma das armas dos mercenários. CRASH! Kedar e Emily estavam jogando seus
últimos vidros de produtos químicos sobre o Tyrant, os quais pareciam fazer algum efeito. A criatura cambaleava
toda a vez que o vidro acertava-a, tonta feito uma barata. O casalzinho de jovens correu na direção do Helicóptero,
subindo dentro da aeronave.

De relance, percebi que havia algo de interessante dentro… mas não havia tempo! Recarreguei o pente da munição
e voltei á atirar. BANG! BANG! BANG!

- Samuel! Use isso!—Ouvi o som das vozes de Emily e Kedar, e em seguida ambos lançaram alguma coisa de
dentro do helicóptero. Era uma arma aquilo…? Oh meu Deus! Um Panzerfaust! Ainda produziam aquilo? Uma arma
grande, pesada.

Comecei a correr na direção do helicóptero, tudo o que eu precisaria era pegar aquele Panzerfaust e descarregar na
boca do Tyrant. Mas… a criatura estava entre eu e a aeronave!

- Droga!—Gritei.

- SAAAMUEL!—Era a voz de Stacey… será que aquela seria a última voz que eu ouviria? Surpreendentemente… não.

- ESCUTA AQUI, SUA CRIATURA DOS INFERNOS!—Oh! Deus abençoe aquela doida da Karol! Ela estava bem atrás

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do Tyrant… segurando o Panzerfaust em seu ombro!—MEU NOIVO ESTÁ MORTO, MEU CABELO ESTÁ HORRÍVEL E
EU NÃO VOU MORRER SEM TOMAR UM BANHO DESCENTE!

O tiro fora poderoso, fazendo Karol recuar e derrubar a arma no chão. Comecei a correr… e tudo o que pude sentir
foi a explosão concentrada, bem atrás de mim, acertando em cheio as costas do Tyrant e abrindo um buraco na sua
carne. Sorte a nossa que aquele terraço era amplo, se não a explosão poderia ter acertado o helicóptero…

A criatura ajoelhou-se no chão, soltou um grito de sofrimento, e então desabou. Se estava morto ou não… não me
interessava.

Caminhando com dificuldade, aproximei-me do helicóptero. As hélices estavam começando a girar novamente…

Respirei profundamente. Estava tudo prestes a acabar, agora. Peguei o corpo inconsciente do Watcher, puxando-o
pelo colarinho do terno, e joguei-o para dentro do helicóptero. Como era bom ver aquelas caras de novo, Emily e
Kedar, que ficaram tão próximos nesses últimos dias; Anahí, que eu tivera pouco contato, mas cuja determinação e
coragem eram notáveis; Mackenzie mantinha o piloto sob a mira de sua pistola, eu não devia nada á ele, afinal.
Karol, bom… Karol estava totalmente Karol, sorrindo feito uma condenada que fora libertada da cadeira elétrica.
Matt, e eu nem notara ele aproximando-se, já estava sentado em seu assento e com os cintos presos em volta do
corpo. E Stacey… acho que talvez agora seja uma boa hora para agradecê-la por tudo…

- Não vamos conseguir sair!—Disse o piloto, olhando para trás. Havia um tom de preocupação no rosto dele, ele
estava falando sério.

- Como assim, não vamos…?—Perguntou Mackenzie.

- O helicóptero… tem muito peso!—Ele respondeu. E deveria estar certo… afinal aquela aeronave não era muito
grande—Não vai sair do chão… !

Eu sabia o que eu tinha de fazer. Era o certo… em toda a minha vida, eu sempre busquei me afastar das decisões
difíceis, mas essa minha última opção… parecia tão fácil. Tão simples. Mas ao mesmo tempo… complexa.

- Kedar e Emily são leves, eles não pesam muito—Disse, voltando a puxar o Watcher, desta vez… para fora do
helicóptero—Eu e o meu amiguinho aqui vamos ficar.

- O quê? Você está ficando doido?—Perguntou Stacey, erguendo-se do seu assento. Não queria olhar para o rosto
dela… eu não queria. Por que eu sabia que se eu olhasse para aquele rosto, eu iria desistir—Não pode ficar…!

- Precisam dar o fora daqui, o quanto antes!—Eu disse, saindo do helicóptero e jogando o Watcher ao chão. Não me
importava mais com nada… e eu nunca fui do tipo que se responsabilizava pelas vidas de outras pessoas.

- Samuel, espere! Eu… eu vou ficar com você também!—Disse Stacey, levantando-se em minha direção. Eu não
podia deixá-la fazer aquilo… rapidamente puxei minha arma e apontei na direção dela.

- Não Stacey… só eu vou ficar. Eu sinto muito—E dizendo aquilo, joguei o disquete verdadeiro na direção de Stacey,
o objeto aterrissando gentilmente em suas mãos. O disquete… a cura… o futuro…

- Samuel… eu… eu…

Havia lágrimas caindo dos olhos dela. Nunca fui muito fã de despedidas mas se tinha uma coisa que eu detestava,
era ver uma mulher chorando.

- Não chore—eu respondi, com um sorriso—Anjos nunca choram.

Ela ficou silenciosa. Calada, Stacey abaixou-se e foi empurrada de volta para o seu lugar no helicóptero. As hélices
do helicóptero estavam começando a girar novamente, e logo logo a aeronave iria levantar vôo.

- Obrigado, Senhor Kent!—Disse Kedar. Fiquei impressionado ao ouvir aquilo. —Boa sorte…

- Não se preocupe, Selene!—Gritei. No mesmo instante, Stacey olhou na minha direção, surpresa. Ela estava
chorando? Sim… mas eu queria vê-la sorrindo. —Ainda vamos nos ver de novo… sempre teremos a Europa!

- Mas como…?

Afastei-me e virei as costas para o helicóptero que agora levantava do terraço. Fechei os olhos, sentindo a brisa
tocando os meus cabelos. Estava tudo acabado… ? Eu havia realmente me sacrificado para salvar a vida deles…?

O helicóptero começou a tomar distância, desaparecendo entre os céus nublados de Raccoon City. E eu havia ficado
para trás.

7 de 8
F.Y.F.R.E.'s Forum -> Capítulo final

Ah… agora eu sei o que eu estou sentindo. Agora eu sei que estou vivo.

Mas eu acho que talvez você se esqueceu de que eu sou um detetive, e de que informação é o meu trabalho. Se
está se perguntando como eu sabia do real nome de Stacey, ou como eu sempre soube que Kedar Yoo tinha uma
irmã que ele não conhecia e que ele esteve envolvido em experimentos do T-Vírus, ou até mesmo como eu sabia
desde o início que Vanessa era Vanessão… bom… isso é um segredo.

Aliás, tem mais um segredo que eu sei, e que eu gostaria de compartilhar. O helicóptero do Watcher não era a
única saída da cidade…

E agora, eu tenho pouco tempo, uns 40 minutos para ser mais preciso. Hora de correr.

NEXT: Epílogos.

--------------------

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Minhas Fanfictions:

- Sr. e Sra. Kennedy


- Resident Evil: Nemesis {Blood's Cut}
- O Beijo
- Deixe me ficar com você
- Um dia de nossas vidas
- Fighter! (Songfic)
- Resident Evil: Last Chance
- Rebecca's Letter
- Lady in Red Dress: A Espiã que não podia morrer
- Lady in Red Dress X: Fatal Butterflies
- Claire

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F.Y.F.R.E.'s Forum -> Resident Evil Chronicles - Epílogos

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F.Y.F.R.E.'s Forum -> Umbrella's Lab -> Reports Room

Resid ent E vi l Chro ni cles - E pí lo g o s

Davi Redfield Postado em: August 21, 2009 01:44 am

Epílogo 1: Karol Sands

- O que aconteceu depois, Srta. Sands? - perguntou o médico.


Eu... Eu me lembro.
Eu descobri que Derick iria me deixar. Ele havia descoberto sobre minha doença. Ele iria me deixar por que eu
era uma maldita esquizofrênica!
Depois de tudo que passamos... Depois de dizer que me amava... Deus.
Depois de tentar comprar meu remédio, voltei para casa. Decidi sair dali, não estar ali quando Derick voltasse.
Minhas mãos tremiam enquanto colocava meus pertences mais importantes na minha mala. Não sei
exatamente quanto tempo levei para colocar tudo... Devo ter demorado... Desci até a cozinha - quanto tempo
havia se passado? - , as coisas pareciam girar ao meu redor cada vez mais - maldito farmacêutico que não me
vendeu o remédio, isso é culpa dele! - , enchi um copo de água e tomei. Foi então que ouvi o barulho do portão.
Era ele. Me senti estranha. Tateei a gaveta de colheres e peguei algo de dentro. Peguei minha mala, que tinha
deixado no chão ao lado da mesa, e fui para a sala. Derick entraria pela porta á minha frente. Minha cabeça
começara a doer. Desgraçado. Eu te amava. Só por que eu sou doente? Você não me ama mais por que sou
doente? Ouço ele do outro lado da porta. Coloca a chave, e a gira. Me aproximei da porta. Lágrimas desciam
pelo meu rosto. Mesmo doente, eu te amava.... Eu te... amava...
A porta se abre. Eu enfio a faca que havia pegado na gaveta da cozinha no peito de Derick.
- Gahhhhhhhhhhhhh!
Bravo Team
- Eu te amava...
- Páraaaaaaaaaaaaaaaarghhhhhhhh!
Deixo cair a mala que segurava na outra mão.
- Ahhhhhhhhhhhhhhh!
Grupo: Administradores
Posts: 1296 Um novo golpe, agora no estômago. Derick se curva, cospindo sangue.
Member No.: 2169
- Gahhhhhhhhhh... M-m-al.....
Joined: October 30, 2008
- Eu não sou louca!!
Uma, duas, três; perco a conta das facadas que desfiro contra no tórax dele. Ele tomba pesadamente. Sento em
Ranking Especial: cima dele com os joelhos.
- Eu não sou louca, eu te amava!!
Dou um golpe final em sua garganta. Ele nunca mais dirá que sou maluca. Eu o amava. Minha loucura foi achar
que poderia ser amada de volta e viver feliz?
Estranhamente, a faca continua a subir e descer...

-----------------------------------------------

- Você já pode abaixar essa arma. - disse o piloto do helicóptero.


Mackenzie o observou, impassível. Após alguns instantes, guardou a arma.
- Nada de gracinhas. - disse.
Voltei minha atenção para os outros tripulantes. Kedar e Emily estavam meio abraçados. Hm. Anahi, estava no
banco do lado direito, posicionada logo atrás do assento de co-piloto ocupado por Mackenzie. Os dois trocavam
periodicamente olhares entre si.
No fundo do helicóptero, estava Stacey. Cabeça baixa, olhos vermelhos. Ela havia chorado muito. Kent havia

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F.Y.F.R.E.'s Forum -> Resident Evil Chronicles - Epílogos

ficado para trás. Até uma louca como eu pode perceber que existiu algo entre eles. Mas não sei como
consolá-la.
Provavelmente, deu pra notar uma mudança em mim. Sim, estou lúcida. Ou tão lúcida quanto uma
esquizofrênica possa ficar.
Logo depois que o helicóptero decolou, Matt estendeu a mão em minha direção. Meu remédio estava nela.
Foi graças á ele que eu me lembrei de tudo sobre Derick, e não da narrativa técnica que o médico havia me
contado no hospital psiquiátrico.
O farmacêutico é culpado indiretamente pela morte de Derick, mas fui eu quem o esfaqueou e estraçalhou. Eu...
Eu realmente o amava.
Olhando as montanhas pela janela do helicóptero, considerei me jogar lá embaixo, e acabar com isso de uma
vez por todas. Todos estavam com seus cintos devidamente ajustados, e não teria perigo de alguém cair
acidentalmente. Mas... Isso não seria o certo. Depois de tudo que passei, não posso me matar assim. Decidi
que tudo que aconteceu em Raccoon ficou pra trás, assim que o helicóptero decolou. Eu matei Derick por que
estava descontrolada, e inferno, eu já não paguei meus pecados o suficiente? Acho que paguei. Dizem que quem
cala com sente, então estou quite com você, Deus.
Eu só preciso de um bom estoque de Valium, e ficarei bem. Á nossa frente, os primeiros raios de sol começam a
surgir.
- Matt... - eu disse.
Pude ver surpresa nos olhos do farmacêutico quando ele se virou em minha direção.
- Diabos... Eu te perdoô! - eu disse, e acho que estava sorrindo!

Fim do Epílogo.

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Fics:
Terra de Ninguém (com Pyramid Head)
Resident Evil: Na Idade das Trevas
Eu e Janet
Burroughs
Doug

Gabrielle R. L. Postado em: August 23, 2009 11:40 pm

Epílogo 2: Emily Marie

“Isso era apenas mais uma ilusão ou realmente havia terminado?”

O helicóptero sobrevoava o céu alaranjado de cidade condenada. Com a chegada da alvorada tudo acabaria,
mas...Seria melhor se a cena que havíamos acabado de presenciar realmente não tivesse ocorrido, era visível
nas faces cansadas de todos o modo que a decisão do Senhor Kent nos abalara, especialmente na pobre Stacey.
Algumas vezes chega a ser triste ter que aceitar a realidade, que às vezes a mesma pode ser gentil conosco ou
odiosa e que às vezes poderemos ver as pessoas que amamos sofrer e nada conseguiríamos fazer. De qualquer
modo eu desejava sorte ao senhor Kent, esperava que ele ficasse bem. Porém agora eu pensava sobre o que
fazer após esse fim, a melhor coisa que eu podia fazer por enquanto era retornar para casa, desafiar a Umbrella
agora não fazia meu tipo, era melhor aguardar pois uma hora ou outra os malditos iriam pagar.

- Como se sente Emily? – Kedar perguntou ao meu lado

- Estou bem... – Respondi com a voz um pouco embargada, eu não podia evitar que ao olhar aquela face jovial
eu sentia meu rosto ruborizar, talvez seja... Pelo beijo, eu ainda me perguntava sobre a ação, impulso talvez ou
até mesmo... Sentimentos.
Bravo Team
- OK então... Descanse... – Ouvi Kedar dizer enquanto afagava meus cabelos
Dominada pelo cansaço e pelo sono eu adormeci recostada em seu ombro, desejando que aquilo pudesse se
estender pelo máximo de tempo possível.
Grupo: Escritores
Posts: 799
Member No.: 2102 ---------------
Joined: October 14, 2008

Acordei com a luz do sol em minha face, cocei os olhos enquanto olhava em volta. Anahí falava com Mackenzie,

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F.Y.F.R.E.'s Forum -> Resident Evil Chronicles - Epílogos

Stacey se mantinha em silêncio com os olhos voltados para a janela, Karol dormia com uma expressão calma e
Matt mantinha aquela sua habitual e possivelmente indestrutível postura elegante.

- Yahoo! Finalmente estamos chegando ao destino. – Ouvi Mackenzie dizer animado

Olhei para Kedar, ele dormia como uma criança. A face serena era tão bela quanto a de um anjo, com os
detalhes de uma harmoniosa e estranha fusão entre o bom e o mau, o doce e o amargo, a combinação que
cativou pessoas do grupo, a combinação que... Me cativou e me prendeu. Agora mais uma coisa me fazia
refletir... Como eu iria me despedir de Ky e se eu conseguiria fazer o mesmo... Olhei ao meu lado e percebi
uma folha de papel, talvez realmente escrever algo seja a melhor forma... Peguei a caneta pendurada no bolso
do interior de minha jaqueta e comecei a escrever, era meio difícil porém, sinto que se eu acabar por encará-lo
na hora que eu tiver que partir não conseguirei simplesmente ir.

- Vamos aterrissar agora... – Anahí falou com seu habitual tom sério na voz
Sem muitos problemas o helicóptero aterrissou no heliporto, devagar o grupo se preparava para sair, me
levantei me preparando para sair. Olhei para o papel em minha mão, palavras simples, talvez mal explicadas,
apenas queria que ele entendesse, coloquei o papel dobrado na mão semi-aberta do rapaz que ainda dormia.

- Acho que é hora de um adeus... – Falei para os integrantes do grupo enquanto saía do helicóptero

- O que Emily? – Karol falou surpresa

- Eu vou retornar para a minha cidade natal, então estou me despedindo de vocês... Agradeço vocês por tudo...
– Falei com a cabeça baixa, eu não conseguia encará-los

- Espere então que eu acordo o Ky para vocês se despedirem... – Ouvi Anahí dizer indo em direção ao
helicóptero

- Não! Não precisa... É melhor assim, deixe-o dormir... – Falei, sentia-me trêmula com essas palavras

- OK então. – Anahí respondeu estranhando minha atitude

-Então... Até mais. – Falei seguindo em frente

Saí caminhando, no caminho havia muitas coisas pela frente, muitas coisas a serem resolvidas, primeiramente
o por quê de eu ter partido sem sequer me despedir de Kedar, era simples a resposta... Não quero magoá-lo
nem nada, mas... Ele continuará seu caminho melhor sem mim, eu acabaria o atrapalhando. O que havia no
papel? Na hora certa ele conseguirá entender as minhas palavras.

Algo tão puro quanto uma pétala de rosa ao vento... - pensei

Então esse era o fim da aventura de Emily Marie Carlsen? Talvez... Mas quem sabe um dia novamente aquele
rapaz com a sua jovial face que estampava confiança e até mesmo um pouco de arrogância apareça no meu
caminho, mas por enquanto isso é um mistério...

Até o próximo encontro Kedar Yoo...

This post has been edited by Gabrielle R. L. on August 24, 2009 07:53 am

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Fatal Frame 2: Crimson Butterfly

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F.Y.F.R.E.'s Forum -> Resident Evil Chronicles - Epílogos

Fanfics

- The Fear Beginning-


Here Without You
Don't Jump

Vídeos:

Jill Valentine & Chris Redfield Tribute

Resident Evil 4: Leon S. Kennedy & Ada Wong Tribute

Família F.Y.F.R.E.

Pais: Lika e God Kira


Irmãs: Lívia Maria e Ana Clara
Marido: Bionic_Wesker
Filha: Rebecca Chambers Filhos: Mr. Birkin e Mr. Siegfried
Genro:Full Redfield
Neta: *Gigi Nero*
Neto: The Dead
Bisneto: Leon S. Kennedy

God Kira Postado em: August 24, 2009 09:43 pm

Epílogo 3: Kedar Yoo

Ansiedade. Medo. Irritação. Preguiça. Tristeza. Felicidade...

Meus sentimentos. Quando o helicóptero começou a subir, deixando o detetive para trás, uma incontrolável
sensação de desespero me abateu. Era aterradora a idéia de deixar alguém só num lugar que explodiria em
minutos... O que seria do senhor Kent? Nós não podíamos... Chorei. Baixinho, para não incomodar os outros.
Stacey fazia o mesmo, os olhos vermelhos.

x-x-x-x-x

Enquanto fingia que descansava, olhos fechados, não pude deixar de me sentir feliz e triste. Feliz por que
finalmente estávamos deixando o inferno para trás. E triste, por que... Estávamos indo rumo a vida. Aquela real,
com emprego, trânsito, poluição, doenças... Eu talvez não visse aquelas pessoas nunca mais. Isso era possível.
Ora... Em qual situação, além dessa que estávamos vivendo, pessoas tão diferentes estariam juntas?
Bravo Team

Eu não podia parar de pensar que, se não fosse a maldita Umbrella, nunca teria conhecido minha irmã. Mentira.
Um dia ela me encontraria... Ou será que não? Em situações cotidianas, eu jamais teria feito laços tão fortes
com aquelas pessoas... Nunca teria conhecido Stacey, pois dificilmente visito bares, e quando o faço, levo
Grupo: Escritores
Posts: 1207 comigo outra garota. Nunca teria conhecido Kent (por Deus, quando eu contrataria um detetive particular?).
Member No.: 2226
Joined: November 21, 2008 Nunca teria conhecido Anahi e Mack, pois... Aah, não sei, mas eles não são do tipo que vemos todos os dias.
Nunca teria conhecido Matt, também (talvez pelo mesmo motivo que os anteriores). Karol era a mais fácil de eu
encontrar em situações cotidianas. Por que? Bem... Não acho que sou muito normal não.
Ranking Especial:
E Emily... Que eu, curiosamente já conhecia. Que eu via dia após dia, parada sempre no mesmo local. Uma
garota tão espetacular, que eu poderia ter "conhecido" muito antes... Quanto tempo poderia ter evitado de
perder, Deus? Desisti de pensar.

x-x-x-x-x

Abri os olhos de imediato. Quanto tempo havia dormido? Deus, eu não podia perder a oportunidade de me
despedir dos outros. Olhei para os lados e vi que estava só no helicóptero. Do lado de fora pude ver Stacey,
Anahi, Karol, Mack e Matt... Espera, onde estava Emily?!

- EMILY! EMILY! - Gritei, correndo para perto dos outros.

- Ela já foi, querido. - Anahi respondeu.

- Sua mão, garoto. - Mack disse, apontando para mim.

Abri minha mão e notei que havia um papel nela. Abri. Estava escrito:

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F.Y.F.R.E.'s Forum -> Resident Evil Chronicles - Epílogos

"Querido Ky.

Olhar em seus olhos e dizer adeus. Não conseguiria. Seu olhor iria me aprisionar, não iria me deixar ir. E... Eu
preciso. Não posso esperar. Os dias passados em Raccoon foram poucos, mas eternos. Eu perdi muito tempo...
Tenho de recuperar isso. Mas quero te ver. Quero ficar com você. Quero seu amor, sua proteção. Por que o que
sinto por você é tão puro quanto uma pétala de rosa ao vento... Mil dias, mil noites. Montanha-russa, mortos-
vivos, 2 horas da tarde. Tóquio, Japão."

Dobrei o papel, com lágrimas nos olhos. Mil dias, mil noites...? E o que era aquilo de Montanha-russa, mortos-
vivos, Japão...? Subitamente entendi. Um encontro. Daqui a mil dias, numa montanha-russa de mortos-vivos, as
duas horas, em Tóquio. Eu iria esperar...

x-x-x-x-x

A despedida foi triste. Prefiro não ficar remoendo esta lembrança. Lembro de ter chorado demais ao me despedir
de Karol. Lembro também de Mackenzie entregar um papel para Anahi. Stacey veio conosco.

x-x-x-x-x

- Selene. Lindo nome. - Disse.

Estava sentado no sofá de casa, ao lado de Stacey. Anahi correu para perto de nós, com alguns biscoitos.

- Espero que gostem... Papai que me ensinou a fazer. Fez muito sucesso com os soldados...

Anahi estava feliz. Sorria.

x-x-x-x-x

Eu mexia com entusiasmo minha mão mecânica. Abria e fechava os dedos. Era divertido. Peguei um copo em
cima da mesa e soltei-o delicadamente sobre a pia. Anahi ria das minhas atitudes. Eu parecia uma criança. Na
verdade, eu acho que eu era mesmo...

x-x-x-x-x

Quatro meses se passaram desde o acontecido em Raccoon. Era meu primeiro dia na universidade nova.
Harvard. Mal podia acreditar. Eu, um mero mortal, ali, naquele fantástico lugar! Havia desistido do curso de
Direito... Eu agora queria ser diretor de cinema. Trabalhar em meu eterno hobbie. Estar perto de grandes
estrelas, fazer acontecer... Uma utopia? Talvez... Mas eu só saberia se tentasse. Era por isso que eu estava ali,
onde só os melhores podiam estar. E fazendo o que eu mais gosto.

Confesso que, nesse meio tempo, não pensei em Emily. Se fizesse isso, me lembraria de tudo. Me lembraria da
despedida, da tristeza... Me lembraria de Kathleen, Samuel, Vanessa... E iria chorar. Era melhor esquecer de
tudo. Vida nova.

x-x-x-x-x

- O senhor é quem eu devo chamar de... Pai?

O homem de meia idade me encarava com o olhar incerto. Tinha a barba cerrada e a expressão firme. Era
incrivelmente parecido com Anahi. Ou o contrário.

- É incrível como você se parece com sua mãe... - Ele disse.

- Se não fosse o cabelo curto. - Retruquei.

Eu estava frio. Não queria dar aquele homem a chance de se desculpar. Ele, aquele maldito, que abandonou
minha mãe só por sua doença. Aquele inútil, que havia servido apenas pra me separar de minha irmã... Até um
cachorro teria feito melhor o papel de um pai em minha vida. Vivi dezenove anos de minha vida sem a presença
paterna. Não era agora que eu precisava de uma.

- Então, Ky...

- Kedar. - Eu disse.

- Será que um dia poderá me perdoar? Eu...

- Perdoar? Acho que não mereço ter esse poder... Quem tem de te perdoar é Anahi... Foi a ela que você negou o

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F.Y.F.R.E.'s Forum -> Resident Evil Chronicles - Epílogos

direito de ter uma família. O direito de ter uma mãe, um irmão, avós... Eu vivi feliz todos esses anos. Mas será
que ela pode dizer o mesmo? Nunca te conheci, nunca soube da existência de Anahi... Felizmente a minha vida o
senhor não conseguiu destruir.

- Espere, Kedar... - O homem a minha frente suplicou.

- Claro. - Disse, me virando.

- Eu te amo, filho.

Dei as costas. Eu não tinha um pai.

x-x-x-x-x

Mil dias se passaram. Eu estava em Tóquio. Foi difícil administrar o fuso horário, por isso eu tinha chegado com
uma semana de antecedência. Deus, quantos parques de diversão existiriam naquele país? Por isso era bom
estar com uma guia ao meu lado.

- Selene... Por onde podemos começar?

Eu adorava chamá-la por aquele nome. Ela, Selene, ou Stacey, havia vindo comigo. Só assim conseguiria me
virar. A minha irmã multilingue.

Finalmente encontramos. Uma montanha-russa, num parque no centro de Tóquio. O nome dela, (traduzido) era:
"A Noite dos Mortos Vivos". Romero! Como Emily sabia? Não importava. Eu tinha de correr. Faltavam duas horas
ainda, mas eu não podia me atrasar. Para o melhor dia da minha vida...

Duas horas da tarde. Eu estava parado em frente a montanha-russa. Selene havia ido dar um passeio pelo
parque. Estávamos em excursão. Em algumas semanas eu iria com ela para França, depois Suíça e Inglaterra.
Bendito intercâmbio estudantil!

Foi quando a vi. A garota olhava para todos os lados, procurando por algo. Usava uma boina preta, os cabelos
soltos. Mexi ansiosamente os dedos de minha mão. Mordi os lábios. Tomei coragem. Gritei:

- EMILY!!!!!!!!!

Metade do parque se virou, olhando para mim. Incluindo ela... Corri em sua direção. Os olhos mareados. Não
me importei com mais nada. O que eu mais queria era viver aquele momento. As lágrimas escorriam
insistentemente do meu rosto. Corri. Corri. Tudo culminou com o apertado abraço que demos. Não dissemos
nada. Eu olhei para o rosto de Emily, passei as mãos sobre seus cabelos... Beijei-a. Nos abraçamos novamente e
eu desejei que aquele momento nunca tivesse fim.

x-x-x-x-x

Onze anos se passaram desde o inferno em Raccoon. Sim, eu conto os anos. Hoje, estou velho. Bem, nem
tanto... Mas hoje em dia ter trinta anos é considerar-se morto.

A alguns meses me convidaram para dirigir a quarta parte da série "Pânico". Eu iria ocupar o lugar que fora, por
três vezes, do mestre Craven! Nada poderia me deixar mais feliz... Bem, minto.

- Kedar... - Emily me chamou.

- Sim. - Me virei, olhando para minha esposa.

Ela passou a mão pela barriga, sorrindo. Os olhos mareados.

- Eu estive pensando em Samuel se for menino... Que tal?

Não aguentei. Desmaiei.

x-x-x-x-x

- Bem, vamos ver... Oh! É uma garotinha... Espera, parece que temos mais um... Deus, são gêmeos! Duas
meninas! Espera, acho que... Mais um bebê! Um garoto... E... Acho que estou vendo mais um... Parabéns, você

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F.Y.F.R.E.'s Forum -> Resident Evil Chronicles - Epílogos

serão pais de quadrigêmeos!

Não pude deixar de pensar se aquilo era uma ultra-sonografia ou uma aula de matemática.

FIM

This post has been edited by God Kira on August 28, 2009 07:44 pm

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Minhas fanfics
Resident Evil: A Cidade Maldita
Songfic: "The World" - Morpheus D. Duvall

Vídeos
Jill Valentine
Alexia Ashford

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Equipe Atual

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Avatar by Tyrant-T-0766

Árvore de Família
Minhas Princesinhas: Gabrielle R. L., Lívia Maria e Ana Clara.
Genros: Bionic_Wesker e Jose Saurin. | Netos: Rebecca Chambers, Mr. Birkin e Mr. Siegfried.
Bisnetos: *Gigi_Dante* e The Dead. | Tataraneto: Leon S. Kennedy.
Sobrinha: Anahi. | Irmão: lukaslikeavril.
Sobrinhos Netos: Knuckles Dark, LeuÔ! e One Winged Angel.

-Matt Addison- Postado em: August 28, 2009 02:51 pm

Epílogo 4: Matt

- Matt... – Uma voz familiar chamou. Estremeci ao reconhecê-la.


- Diabos... Eu te perdoô! – declarou Karol, sorrindo.
Só podia estar louca... Seria a abstinência do remédio?
Não consegui acreditar na hora, mas então pude ver em seu sorriso uma grande sinceridade. Ela realmente
estava arrependida.
Seus olhos brilharam ao me ver sem reação. Mas eu não conseguia dizer nada.
Em vez disto, corri em sua direção e a abracei.
-Obrigado, sussurrei. -Espero não ter que correr de seu bisturi novamente...
Foi um alívio ter feito as pazes com ela, e de certa forma eu podia sentir algo mais. Era estranho.
Sentei-me silenciosamente no banco em seu lado e tentei descansar enquanto ela adormecia.
xxx
Bravo Team

- Vamos aterrissar agora... – Disse Anahí.


Olhei o céu limpo pela janela e finalmente pude sentir a calorosa sensação de ir embora. Desde o dia 27 de
Grupo: Membros setembro tem sido um pesadelo, mas agora tudo acabou. Era para ser um momento feliz, entretanto,
Posts: 1262 sentíamos que havia muito mais por vir.
Member No.: 310
Joined: June 05, 2005 O que faríamos depois? Para onde ir? Eram perguntas com que nos questionávamos a cada segundo. Não seria
fácil começar de novo...

Já havia amanhecido, e a esta hora o mundo inteiro já deveria estar sabendo do trágico fim de Raccoon City.
Preocupada demais com a destruição da cidade e seus futuros problemas, a Umbrella havia se descuidado no
último momento. O “Watcher”, aproveitando-se da situação, controlou todos ao seu favor.
O tão procurado disquete, segundo Thompson, continha os registros dos componentes do Daylight. Ele se
disfarçou como um oficial da corporação e me fez recuperar a amostra do antivírus. Se não fosse pelo detetive
Kent, todos estariam mortos na cidade, e agora cabe a Stacey decidir o que fazer com o disquete.
Objetos como estes que podem salvar vidas, acabam tornando-se armas letais nas mãos de pessoas
perigosas...

Decidi então que eu deveria fazer agora o que já devia ter feito há muito tempo...
-Anahi. –Chamei-a. - Acho que isto pertence a você.

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F.Y.F.R.E.'s Forum -> Resident Evil Chronicles - Epílogos

Entreguei-lhe o frasco com o líquido brilhante.


- Você parece ter certa resistência contra o T-Vírus, mas é conveniente que use o Daylight o quanto antes.
-Obrigada. –Respondeu, ainda surpresa. –Pensei que não fosse me entregar...
-Achei que teria mais utilidade com você. –Acrescentei, enquanto o helicóptero começava a aterrissar.
Devagar, o grupo se preparou para sair, exceto por Kedar, que ainda estava dormindo.

Ao descermos, Emily correu em nossa frente para se despedir. Por algum motivo, ela não quis falar com o
garoto. Saiu caminhando sem olhar para trás.
Mackenzie e Anahí voltaram ao helicóptero para procurar um rádio. Passaram-se vinte minutos e Kedar logo
acordou, procurando por Emily.
Decidi que também seria a minha hora. Eu não poderia ficar mais.
Reuni todos para me despedir. Foi um momento triste.
Despedi cordialmente de Anahí, com quem eu gostaria de ter conversado mais; entreguei a amostra de T-Vírus
para Mackenzie, que se Deus quiser, conseguiria se vingar da Umbrella; dei conselhos para Kedar e consegui
abraçá-lo mesmo sem seu membro ausente; quase chorei ao me despedir de Stacey, ela havia se tornado uma
boa amiga.
Finalmente, caminhei até Karol, em prantos.
-Você vai me deixar sozinha novamente? –Perguntou.
-Eu estava pensando se você não gostaria de vir comigo, eu lhe devo algo... –Declarei, corando o rosto.
-Farmacêutico maldito... É claro que eu quero ir com você. Preciso dos meus remédios, afinal.
-Isso é bom, terei prazer em te acompanhar. Tenho grandes planos para o nosso futuro...

E ao contrário do que eu imaginava, aquele não era o fim. Era o início de outra história, nova vida, novos
relacionamentos, novo trabalho, e até mesmo um casamento.

Até que a morte nos separe, Karol...

FIM!

This post has been edited by -Matt Addison- on August 28, 2009 02:55 pm

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BloodCold Postado em: August 29, 2009 08:39 pm

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Epílogo: Samuel Kent

(Ou… “Run like Sammy”.)

Minhas mãos estavam trêmulas e eu quase nem conseguia me segurar na escorregadia e úmida escada metálica. O
cheiro dos esgotos chegava até minhas narinas, irritante, azedo, mas ao menos me deixava alerta. Eu sabia que
meu tempo era curto, muito curto… e tentava me concentrar ao máximo nas minhas mãos, nos meus pés…
Só mais um degrau! Só mais um!

Juntando toda a força que ainda restava em meu corpo, eu me arrastei para cima do bueiro, olhando em minha
volta para ter certeza de que estava realmente sozinho. Não, eu não estava. Logo adiante de minha vista, o Apple
Inn, aquele cenário conhecido pelo qual havíamos passado quando estávamos todos juntos…

Agora apenas eu restara. Apenas eu ficara para trás…

Espero que eles tenham conseguido…


Policial do R.P.D.

Ergui-me do chão, preparando a M1911 em minhas mãos calejadas. Comecei a andar com extrema dificuldade
(alternando entre uma corrida manca e um ritmo lento), atirando na direção das criaturas que ficavam entre mim e
meu caminho…
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Member No.: 1087 Um dos mortos-vivos estendeu suas mãos sobre mim, e eu senti tanto nojo. O rosto dele estava recoberto de
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mordidas, os intestinos saindo por meio de um largo ferimento no estômago.

- Argh! Não se aproxime, seu nojento!—Gritei, e logo em seguida ergui minha perna direita, acertando um chute
certeiro naquela cara do desgraçado.

Apontei a arma para trás, atirando em dois que se aproximavam, saídos da entrada da pousada Apple. Sequer tive
tempo de verificar se estavam realmente mortos, a claridade que começava a tomar conta dos céus me fez
lembrar de que o tempo era curto. Extremamente curto.

Continuei a correr em direção de uma porta, chegando até uma área que estava em construção. Haviam corpos
jogados pelo chão, alguns deles vestidos como militares uniformizados. Um deles ainda segurava uma Shotgun em
suas mãos…

- Isso… vai me ser útil!—Peguei a arma e continuei a andar. Ela era grande, Winchester calibre 12, e eu poderia
muito bem utilizá-la como suporte para caminhar.

A rua seguinte estava encoberta por um pouco daquela neblina matinal, pedaços de concreto e carros destruídos
completando o cenário. Era um sinal da desolação, do fim dos tempos de uma cidade, o caos que toma conta.
Alguns vultos começaram a aproximar-se de mim pelos fundos da rua, mas eu não tinha tempo!

Continuei a correr, quase caindo por mais de uma vez… meu corpo doía, minha cabeça doía, minhas mãos estavam
feridas. Talvez estivesse com algum osso quebrado. A porta estava trancada, mas isso não iria me impedir… com a
coronha da arma, quebrei a maçaneta e fiz a minha entrada. Minha mente começou a fazer o percurso do mapa,
sim… eu estava no local certo!

Colocando toda a velocidade que eu tinha em minhas pernas, comecei a subir as escadas. Uma daquelas criaturas,
uma mulher cujos cabelos estavam encharcados de sangue, avançou sobre mim… e antes que eu pudesse puxar a
arma, ela já estava com seus braços sobre meus ombros.

Um movimento rápido, e a coisa foi jogada para baixo das escadas, talvez quebrando o pescoço no ato – Espero!

- Será que vocês não podem deixar um detetive fazer o seu trabalho sozinho?

Sem sombra de qualquer dúvida, aquela fora a mais tenebrosa subida de minha vida! Mas eu finalmente atingira o
último andar, chutei a porta e consegui ter acesso ao terraço…

A luz de neon do grande letreiro instalado naquele lugar estava lentamente se apagando. Eu acho que já havia visto
aquele letreiro antes, enquanto estávamos no meu quarto, lá no Apple Inn…

Stacey… continue...

A ponte da rodovia ficava bem ao lado da beirada do terraço. Eu precisaria apenas pular… no momento certo… !

- Um… dois… três!—Joguei-me para o outro lado, agarrando com força o concreto com minhas mãos. Quase cai…

Mas a recompensa estava logo adiante. Uma blitz militar abandonada; os carros deixados sem qualquer supervisão

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bem nos limites da cidade. Ah… eu estava tão perto de escapar desse maldito lugar! Dane-se o Watcher e seu
helicóptero, eu sempre soube que eu conseguiria sair por conta própria!

Minhas alegrias foram repentinamente esgotadas quando uma figura imensa começou a correr, saltando do terraço
e pulando sobre mim. Joguei-me para o lado, poucos segundos antes do… do Tyrant aterrissar no local que eu
ocupara, seus pés imensos fazendo crateras no chão.

- Você ainda está vivo?!—Perguntei, erguendo-me do chão e apontando a Shotgun na direção dele.

A criatura estava mais feia do que já era… com um largo ferimento em seu peito, pulmões e coração pulsando
eram bem visíveis. Um dos braços balançava sem controle, talvez já estivesse morto? A inexpressividade em seu
rosto, uma figura morta, uma sombra do perigo…

Ele rapidamente começou a correr na minha direção, e eu joguei-me para o lado, desviando do caminho do
brutamonte.

- Rápido, mas muito previsível!—Descarreguei os dois tiros da shotgun em suas costas, e logo em seguida
alternando para a minha M1911.

Ele voltou-se sobre mim, tentando acertar-me com o seu monstruoso e desproporcional braço, o qual terminava
em dedos que pareciam clavas, preparadas para perfurar minha carne…

Esquivei-me do ataque e voltei a atirar. Um tiro, dois, três… e o pente de munição havia acabado. Ainda tinha um
pente sobrando… e uns dez minutos apenas!

- Tenho que ser rápido!—Uma idéia surgira na minha cabeça. Sem mais perder tempo, corri na direção da beirada
da ponte, e comecei a atirar na criatura, chamando a sua atenção—Venha me pegar se realmente é homem!
Humpf!

Realmente não interessava o gênero da criatura, mas sim que ele estava furioso! Começou a correr, feito um
elefante em fúria destruindo tudo no seu caminho, saltando velozmente sobre mim e…

No último segundo, eu desviei mais uma vez para o lado. Tudo o que o Tyrant encontrara… fora o vazio. Comecei a
correr na direção dele, e jogando toda a força que eu ainda tinha nas mãos, empurrei-o pelas costas…

A criatura desabara da beirada da ponte, sendo jogada para fora… para a inexistência…

- E depois não diga que eu não avisei! Cuidado com o primeiro degrau, idiota!

Minhas pernas doíam tanto, mas eu sabia que agora sim, estava tudo acabado. Corri até os carros militares que
estavam no limite da ponte, vazios e sem qualquer sinal de vida humana. O primeiro carro, um jipe cuja porta
havia sido arrancada, estava sem a chave.

Olhei para os céus, escuros, sendo lentamente tomados pela luz da manhã que se aproximava. Meu corpo estava…
gelado…

- Merda!—Gritei, chutando o pneu do carro. Fui até o segundo… a pequena chave estava jogada no assento do
motorista, apenas aguardando o retorno dele que jamais voltaria. Quebrei o vidro com a coronha da M1911 e fiz a
minha entrada. Ah, aquele banco era tão confortável! E a chave deslizou tão delicadamente para dentro da
ignição…!

Engatei a marcha e pisei fundo no acelerador, a dianteira do veículo quebrando em mil pedaços o bloqueio feito
com obstáculos de madeira e metal. Acho que jamais na minha vida eu havia dirigido naquela velocidade, chegando
aos 100 km/h em pouco mais de dez segundos!

- Deus abençoe os veículos militares!—E assim, o veículo adentrou no túnel… a saída de Raccoon City… minha
última saída…

x-x-x-x-x

“Toda alegria! Toda alegriiia! Aye!”

A melodia emitida pelo rádio do carro me irritava um pouco. Nunca fui muito fã dessas músicas folclóricas, mas por
esses lados, parece que era só isso nas rádios AM. Alexandra Howard, minha parceira – bela americana de cabelos
negros e olhos cintilantes— ela sabia que eu detestava isso; e mesmo assim aumentou o volume. Danada.

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Tentei desviar um pouco da minha atenção, até então voltada apenas para a direção do veículo, analisando a
paisagem á minha volta. Era uma região bonita, bucólica. Árvores e mais árvores, a brisa do campo. Uma leve
poeira encobrindo o caminho. Estranho… onde estava o cantar dos pássaros? E os grilos, gritando sem cessar?

- Abaixe esse maldito som, honey, ou vai acordar os mortos!—Eu disse. Aquilo deveria parecer irônico á alguns
anos atrás, mas agora, não parecia tanto.

- Já disse para parar de me chamar de “Honey”—Ela protestou, aumentando ainda mais o volume do maldito
rádio—Alexandra está ótimo, certo? Não é como se eu fosse um de seus casinhos!

- Casinhos? Mas do que é que diabos você está falando…!? Sou um homem que não perde tempo com isso, ok? E
você sabe disso…

- Oras, Sammy... esse seu papo de "Trabalho primeiro, diversão depois" nunca me convenceu, sabia? Aliás...
presta atenção na estrada e pare de tagarelar!—O aviso dela fora um pouco tardio, pois no instante seguinte os
pneus do veículo acabaram passando por cima de um amontoado de pedras, gerando um desconfortável solavanco.
Alexandra segurou-se no assento, xingou, mas parecia estar bem.

Cinco anos haviam se passado desde aquele terrível incidente em Raccoon City… e não havia um dia sequer
passado que eu não me lembrasse das faces dos mortos, dos rostos daqueles que sobreviveram, eu jamais os vi
novamente. Dos gritos, do modo como havíamos corrido… de quando eu acordei no Hospital, dois depois, exausto e
ferido. Ferido… ah… modo de expressão. Ironia.

Alexandra era minha parceira á pouco tempo, havia contratado ela para auxiliar nas investigações, mas… na minha
vida, ninguém poderia ajudar. Não mais…

“ Aye, aye, toda alegriiia, toda alegriiiiaaa!”

- Será que ainda falta muito? – Ela perguntou. Eu não sabia responder.

Falando nisso, ah... como eu pude me esquecer. Tenho uma nova missão. Parece que um... casal acabou
desaparecendo por aqui, nesta área rural da Espanha, e eu… digo, nós fomos contratados para encontrá-los. Há
relatos sobre um estranho culto que anda realizando atividades obscuras por aqui, mas… humpf… quem acredita
nessas coisas? (Sim! Eu acredito! E eu quero acreditar!)

Aliás, como era o nome daquele cara que só tinha um braço mesmo…? Kaio? Kyuu? Kedy? A outra era Amy, acho
que era isso. Ou será que era Emily?

Não importa. Raccoon City fora uma missão passada, e sendo assim, eu deveria esquecê-la. Mas será que eu
realmente conseguiria? E aquela garota, a moça do bar… Selene. Stacey. Como será que ela está hoje em dia?
Deve estar ainda mais bonita do que já era. Nunca tive coragem para procurá-la novamente, para contar-lhe toda
a verdade sobre Raccoon. Sobre quem eu sou… sobre quem eu realmente sou…

A minha vida inteira é um enigma, um mistério. Apenas esperando alguém que se atreva, que se aventure á
descobrir. Ela… ela foi uma dessas pessoas mas, eu acho que não facilitei as coisas no momento. Sempre tento
esquecer as missões passadas (passado é passado, não deve ser desenterrado), mas… como eu poderia esquecer
aquela cena? O bar, a noite fria… a figura sentada por detrás do balcão…

Ajeitei os óculos escuros diante dos olhos. O sol castelhano, forte e reluzente, estava começando a atrapalhar.

Mas enfim… dane-se. Só de pensar na recompensa que vou conseguir depois dessa investigação, fico feliz.

FIM

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Steve Burnside, Resident Evil: Darkside Chronicles.


- "I'll be always there. Your knight in shining armor."

Minhas Fanfictions:

- Sr. e Sra. Kennedy


- Resident Evil: Nemesis {Blood's Cut}
- O Beijo
- Deixe me ficar com você
- Um dia de nossas vidas
- Fighter! (Songfic)
- Resident Evil: Last Chance
- Rebecca's Letter
- Lady in Red Dress: A Espiã que não podia morrer
- Lady in Red Dress X: Fatal Butterflies
- Claire

Outras Fanfics minhas aqui!

Jejé Postado em: September 01, 2009 01:55 am

Epilogo 6: Stacey

Não, eu ainda não conseguia acreditar. Por um lado, a felicidade de finalmente estar saindo daquele pesadelo em
Raccoon City me tomava conta, irradiava em meu peito. E por outro lado... A angustia, a aflição de ter deixado
Samuel para trás. Meu coração apertava. Os sentimentos misturados. O arrependimento. Eu estava incrédula.
Sentada no fundo do helicóptero, o meio de transporte do qual o detetive abriu mão para que nós fugíssemos.
Estava afastada de todos. Não conseguia parar de chorar. Lembrei-me de todos que já se aventuraram conosco.
Vanessa. Kathleen. Samuel. Um outro garoto do qual ouvi Anahí comentar também, que infelizmente não cheguei a
conhecer. Todos eles ficaram. Isso sem contar as milhares de pessoas que também sucumbiram. A tristeza invadiu
meu peito. Minha cabeça doía. Meus olhos ardiam.

Algum tempo depois, sobrevoando os céus, um clarão repentino invadiu nossa visão. Vinha da direção de Raccoon
City. A cidade estava sendo varrida da face da terra. Certamente, a forma mais fácil de se livrar dos problemas.
Aquele clarão do míssil... Era tão bonito, e ao mesmo tempo, tão triste. Eu já não sabia mais distinguir nada. Meu
Alpha Team coração ficou entregue a escuridão.

X-X-X

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- Stacey, para onde vai? – perguntou-me Anahí, após descermos do helicóptero.
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Emily já havia partido. Ela seguiu na frente e por algum motivo não quis se despedir de Ky. Matt conversava com
Karol, os dois estavam isolados de nós. Eu permaneci com as mãos nos bolsos por um tempo, olhando para o nada.
Senti a leve brisa matinal em meus cabelos. O sentimento de estar viva e livre novamente. Senti minha boca
responder por mim, ao menor sinal de sentido.

- Não tenho pra onde ir.

Alguns segundos se passaram, em silêncio. E então ela disse.

- Então venha conosco. Tenha certeza que Kedar aprovará! – ela piscou para mim, sorrindo, a expressão generosa.

Não consegui sequer esboçar um sorriso. Mas agradeci.


Ouvi Kedar gritando dentro do helicóptero. E em seguida, o mesmo surgiu diante de nós, com os olhos arregalados.

- EMILY! – ele gritou uma vez mais.

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- Ela já foi, querido. – respondeu Anahí.

X-X-X

Um mês se passou. Eu estava instalada na residência de Anahí e Kedar Yoo. Não conseguia dormir direito. A aflição,
todos aqueles dias que passamos, aquele sufoco, as pessoas que ficaram para trás... Sem contar o pânico, aquelas
criaturas horríveis. Tudo isso me tirava o sono. Eu já tinha ido ao médico na semana passada, mas não adiantou.
Comecei uma rotina estranha, e minha melhor companheira, era a insônia.

O pior de tudo era que eu ainda estava desempregada. E nas noites que não conseguia dormir, ia até a cozinha da
casa de Anahí e desenhava alguma coisa sobre a mesa em qualquer pedaço de papel que encontrasse. Ou então,
me distraia fazendo coquetéis, misturando bebidas. Anahí às vezes descia para averiguar se estava tudo em
ordem. Bebíamos juntas e jogávamos conversa fora por horas durante a calada da madrugada.

Certa noite, Kedar se levantou, e foi até a cozinha. Não estava conseguindo dormir bem, ainda estava se
adaptando ao braço mecânico.

- Selene? – ele indagou intrigado ao ver-me desenhando sobre a mesa, sob a precária iluminação de várias velas.

Era estranho quando ele me chamava pelo meu verdadeiro nome. Eu contei tudo a ele e Anahí. Era o mínimo que
poderia ter feito por terem me oferecido um local para ficar. Mas ainda depois de tantos anos sob a sombra do
nome “Stacey” em Raccoon City, ainda me era estranho ser chamada pelo meu nome de batismo. Irônico, não?

- Humnnn.. Você descobriu meu bat-segredo! Agora terei de te matar... – respondi ao garoto, que se aproximou de
mim enquanto ria.

- O que você tá fazendo há essa hora aqui? – ele se apoiou na mesa ao meu lado, olhando meus desenhos.

- Bem... – respondi inclinando a cabeça – Não consigo dormir, então estou me distraindo, fazendo algo que não
fazia há anos!

- Uau, você desenhou isso? – ele questionou, pegando uma das folhas e observando-a com a boca aberta.

- Sim. Fazia anos que não desenhava. Desde que larguei a faculdade.

- Caramba, você tem talento!

O desenho que ele tinha em mãos era uma reprodução de Raccoon City. As ruas como eu bem me lembrava.
Sombreadas a lápis escuros. Uma imagem fria. Escura.

- Selene, por que você não volta a estudar? – indagou o garoto.

Dei com os ombros. Olhei para os papeis sobre a mesa. Não conseguia mais me recordar o porquê de eu ter
largado a faculdade. A raiva que eu sentia de meus pais, onde estava? Eu era jovem naquela época, não sabia o
que fazer direito da minha vida, após ter ficado tantos anos em um internato na França. O jovial e tentador impulso
me surgiu. E então... E então, vocês já sabem.

Os sketches de diversas roupas e cenários caóticos sobre a mesa me fizeram refletir por um momento. É... Talvez
não fosse uma má idéia voltar a cursar a faculdade.

X-X-X

- Hahahahahaha! – minha gargalhada ecoava na rua solitária, ecoando dentro da cabine telefônica.

- É sério! Sua mãe tá a cara da Debbie Harry! Eu tive muita vontade de cantar “One Way Or Another” quando a vi.

- Ela não iria entender bulhufas! Hahahaha! – comecei a rir novamente.

Estava já algum tempo conversando com meu primo. Harrison. Fazia anos que não o via. Mais precisamente, desde
que deixei a França. Uma imensa saudade tomou conta de mim. Quando morava na casa dos meus tios, Harrison
era meu apoio. Meu irmão, pai, tio, melhor amigo... Até mesmo primeiro amor. Lembro que meu primeiro beijo foi
exatamente com ele. Até por que, o internato em que estudei era apenas para meninas. Lembro que minhas
amigas se derretiam por meu primo. Sorri ao me recordar de tantas coisas ao mesmo tempo.

- Sellie – ele chamou baixinho pelo apelido carinhoso, do outro lado da linha, com a voz serena – Quando iremos te
ver novamente? Todos nós sentimos sua falta.

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- Eu também sinto. Mas ainda não posso voltar.

- Queria ao menos que você viesse ao meu casamento.

- Infelizmente não vai dar. – respondi com o tom firme - Estou retomando minha vida agora, sem tempo para
viagens!

- Por tempo você diz dinheiro? Eu pago sua passagem! Venha, por favor! – insistiu.

- Não, Harry. Não posso. Sinto muito.

Ambos ficamos em silêncio por algum tempo na linha. Mudos. E então ele retomou.

- Uma pena, pois Isabel quer muito conhecê-la.

- Você falou de mim para ela, senhor Harrison? – perguntei, arqueando as sobrancelhas.

- Já. E muito, senhora Selene.

Sorri. Harrison não desistia fácil. Por um momento me arrependi de ligar para ele. Mas precisava mandar um sinal
de vida. A conversa naquele telefone da cabine ainda seria looongaa...

X-X-X

Finalmente, decidida a tomar um rumo em minha vida, comecei tudo de novo. Do zero, tudo novo. Era uma nova
pessoa. Talvez ainda possuísse alguns contatos por ali e outros aqui. Algumas dívidas, pendências e favores. Mas
com o tempo tudo se resolveria. E enquanto isso...

- Fique quieta Karol! – bradei um pouco irritada.

- Droga, você não para de me espetar, caramba! – ela retrucou.

- Mas eu preciso tirar suas medidas!

- Então tira! – ela disse, se virando bruscamente, fazendo uma das agulhas caírem novamente.

Enquanto meu estágio na faculdade de moda não começava, me aventurei a ganhar alguns trocados
confeccionando roupas para amigos e conhecidos, bancando a “alfaiate”. Ofereci-me a Karol para fazer seu vestido
de noiva. Quase três anos se passaram. Ela estava tão mudada. Linda, e sã como nunca. Matt caiu-lhe como um
ótimo remédio no fim das contas.

Falando nele... Ele estava do lado de fora do ateliê, conversando com Kedar. Eles estavam comentando da viajem
à Tóquio que Ky faria em breve. Já havíamos agendado tudo, eu iria como “guia” dele. Minhas aulas de japonês
serviriam para algo, heh!

- E aí, isso ainda vai demorar? – perguntou Karol, ansiosa.

- Não, só mais essa agulha, e... – dei uma pequena pausa, e enfiei a agulha no vestido, prendendo o local em
seguida com um ponto da linha – Pronto! Se sente confortável?

Karol girou 360º, com os braços abertos. O caimento do belo vestido branco se espalhou em sua volta, formando
um formoso e acentuado balão. Karol era definitivamente uma das noivas mais lindas que já tinha visto!

X-X-X

- Não, não, não!! Você tem que vestir o vermelho! O vermelho!

- Mas eu já vesti o vermelho! Agora é o cardigã verde! O vermelho já foi! – retrucava uma garota apenas de toalha
na minha frente.

- Ai saco! Então veste o cardigã verde. Mas combina com uma saia e um top legal, por favor! – insisti.

- Srta. Selene, por favor, se acomode na cadeira para eu conseguir acabar o seu penteado! – disse uma das
assistentes.

Fechamento de mês. Elle, a revista que me contratou recentemente mudara os planos do editorial de última hora.
As modelos foram chamadas novamente, algumas nem puderam comparecer. E eu tinha que organizar o editorial e
ao mesmo tempo me maquiar para algumas fotos. Apresentaria-me na revista, finalmente. Selene Neveu Fontaine,

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do pesadelo de Raccoon City diretamente para o mundo da moda. Chique, não?

Talvez quando eu finalmente lançar uma coleção minha, eu a apelide de Stacey. Hmn.

X-X-X

- Silencio no tribunal! – ordenou o juiz.

O tribunal estava um caos. As testemunhas estavam chocadas com todas aquelas acusações. Demorou, mas
finalmente aconteceu. A Umbrella teria seu castigo. O disquete que Samuel deixara comigo, foi de uma ajuda além
do esperado. Mackenzie soube afinal fazer bom uso do objeto. Eu estava presente, claro. Faria o que fosse preciso
para derrubar a Umbrella. Agora estávamos na vez do depoimento de uma garota chamada Yoko Suzuki. Ela tinha
uma ex-empregada da Umbrella a seu lado, apoiando-a. A próxima a depor seria eu. Mal podia esperar!

X-X-X

Paris. Oito anos já tinham se passado.

Eu estava de férias. Na verdade, como diria minha chefa, “estou renovando minhas tendências”. Após a “Fashion
Week”, nada melhor do que renovar a alma com tendências novas, diferentes. Mal havia chegado e ela já tinha me
ligado. Tínhamos nos tornado ótimas amigas. Não sabia se isso era bom ou não, mas estava resultando em ótimos
frutos para a revista, e conseqüentemente, para nós duas.
Daqui duas semanas, eu estarei indo para a Holanda, iria visitar uma das Instituições de Caridade a qual me
submeto a ajudar sempre que posso. Mas por hora, nada como aproveitar aquela friagem gostosa das noites
iluminadas e românticas das ruas de Paris.

Meu telefone então tocou enquanto eu caminhava.

- Stacey.

- Srta., ele confirmou o contato. Ele já está no local. – uma voz de garota emergiu em meu ouvido através do
aparelho.

- Obrigada por sua ajuda. – respondi, sorrindo.

- De nada! Até logo, aproveite a viagem, Srta. Stacey! – a garota respondeu do outro lado da linha.

- Obrigada, flor. – agradeci a minha assistente, Eleonor.

Desliguei o aparelho. Continuei caminhando. Ao virar a esquina, em uma luxuosa avenida, adentrei um
restaurante. Seria o local. Seria onde acertaríamos negócios. Após tanto tempo, finalmente um bom negócio para
mim. Minha chefa talvez fosse ficar zangada com minha decisão, mas... Ela teria de entender que minha vinda a
Paris também tinha segundas intenções.

E sim, lá estava ele. De costas. No fundo do restaurante. Meu coração acelerou. Finalmente, as coisas iriam para
frente. Ou será que não? Só saberia conversando com ele. E então, o negócio estaria fechado. E minha vida iria
finalmente tomar um rumo diferente? É, quem sabe se você parar de se questionar e for logo aos assuntos de
negócio, né Stacey?

Caminhei. Sobre a mesa, algumas pastas. Papeis. A toalha branca, bordada. Puxei uma das cadeiras. Sentei-me
frente ao homem. Ele pareceu perplexo a me ver. Meu coração só faltava sair pela boca. Seria a hora da verdade.
Aquela expressão em seu rosto tranqüilo. Quanta saudade...

- Boa noite, senhor Samuel Kent. – comecei, sorrindo.

- Boa noite. – ele respondeu incerto.

- Temos alguns negócios a tratar. Como vai o senhor? – perguntei, com um largo sorriso no rosto, tentando
disfarçar, embora não conseguisse.

Ele riu por um instante, com a cabeça baixa. Aquele charmoso sorriso. Ele estava diferente. Encantador.

- Eu sabia. Sabia que era você. – ele disse.

- Eu também sabia. Sabia que estava vivo, em algum lugar.

Olhamos-nos por algum tempo. Fixos. Profundamente. O que quer que fosse que a noite nos reservasse, eu
esperava que acabasse com uma boa taça de vinho. Nem que eu mesma tivesse que preparar alguma bebida para

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nós. E depois das bebidas, quem sabe... Algo mais.

FIM

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Anahi Postado em: September 07, 2009 02:34 pm

Epílogo 7: Anahí 0neo

Oh, eu não estava acreditando que estava viva. Que podia respirar um ar puro novamente, sem aquele maldito
cheiro de carne podre, ou queimadas, pólvora. O que acontecera no prédio não fora nem fichinha perto do que
sofri em Raccoon. Dizem que as pessoas se tornam mais fortes após cada acontecimento ruim. Eu me sentia
plenamente energizada.
Minha surpresa em receber o Daylight das mãos de Matt foi estranha, eu juraria que ele não iria me devolvê-lo e
comecei a cogitar que se não desse jeito,poderia me tornar uma daquelas coisas. Era impressionante como tudo
estava saindo bem.

Eu estava observando-os conversando, cada um tinha um rumo, um plano para o futuro. Foi quando Mack se
Bravo Team aproximou.

-Acho que é hora de dar tchau...

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Ele me olhava de um jeito diferente. Era impressionante, como no final de tudo a minha fixação por encontrar
Member No.: 1680 esse homem e me vingar da Umbrella haviam quase se tornado um só. Eu queria dizer que o amava, que de uma
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forma estranha havíamos nos conhecido em meio ao caos, e que me sentia protegida perto dele. Mas, não...eu
não iria me pronunciar...não agora.

Ranking Especial:
- Pra onde você vai?

- Não importa, uma nova vida começa agora...

- Podia pelo menos me dar seu e-mail, né?

Queria um contato, pelo menos algum seguro de que um dia, se precisasse, ele poderia me ajudar, lembrar de
mim. Mas disse apenas um adeus, eu podia sentir seu olhar pesado sobre mim. Então se aproximou e nos
beijamos.

-Até breve...

Ele se foi após acariciar meu rosto. Na verdade, isso era bom, eu não precisava me grudar ao Mack. Era uma
mulher independente. Engoli minhas palavras, não me grudar a ele como uma louca...

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

- Eu acho que terei um logo caminho para poder conviver com Kedar.

-Isso, se ele quiser, certo?

Papai passou a mão entre os cabelos e colocou uma no bolso da calça sentindo-se desconfortável.

- Tudo o que fiz foi para preservar você!Eu não sabia que sua mãe estava grávida! Juro, querida! È muito fácil
julgar, quando se não está perto vendo a situação real. Sua mãe estava ficando pirada! Ela era um perigo até
para ele.

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Suspirei virando o copo de suco que segurava. Apesar de tudo, ele era meu pai...
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Entrei com um processo contra a Umbrella, junto de mais milhares de pessoas que tiveram seus parentes e
amigos transformados naquelas criaturas. A empresa não podia mais esconder seus atos, e eu assistia a tudo com
olhar de vingança e satisfação.

O cemitério estava tranqüilo, uma brisa quente e fina batia sobre meu rosto, algumas crianças corriam entre os
túmulos brincando de pega-pega, as flores que eu carregava exalavam um perfume doce e agradável.
Ajoelhei-me de frente para as duas pequenas lápides. Apenas lápides, cemitérios de soldados eram cemitérios
vazios. Raramente o corpo de algum deles voltava para casa, para um último adeus. E um sentimento de que a
pessoa poderia voltar para a casa um dia sempre reinava na mente dos parentes, por mais que falassem que
estava morto. Edward e Henry estavam mortos, não voltariam nunca...
Depositei os dois pequenos buquês sobre a grama e sorri.

- Eu consegui. Agora vocês podem descansar em paz...consegui cumprir minha promessa.

O vento se tornou mais forte e bateu sobre minhas costas como uma onda em fúria no mar. Olhei para o céu,
uma tempestade de verão se aproximava.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Onze anos depois:

-... são quadrigêmios! Eu mal consigo acreditar!

- Que bom Ky! Então terei quatro sobrinhos! Oh, vão levar a tia a loucura a começar quando for comprar
presentes!

-Espero que você venha nos visitar.

O som de algumas armas disparando atrapalhou a ligação e tive que aumentar meu tom de voz.

- Farei uma visita no fim de semana, vou tirar uma duas semanas de folga e tenho uma festa fresca para ir no fim
de semana.

- Está treinando os novatos da B.S.A.A de novo?

- Sim!Alguns atiram muito mal...mas têm futuro.

- Estaremos te esperando Annye.

- Cuidem-se, Ky.

Desliguei o aparelho e olhei para a quantidade de soldados que treinavam. A maioria não fazia idéia das coisas
que poderiam enfrentar um dia. Mas como capitão, eu tinha a obrigação de instruí-los. O mundo ainda não havia
se tornado um lugar seguro para todos, após a queda da Umbrella, Bows caíram no mercado negro, o t-vírus
surgiu em países que ninguém dava valor,eu tentei me afastar, tentei correr de entrar na guerra de novo, mas
precisava,minha luta contra os fantasmas da Umbrella ainda iria durar.

FIM

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F.Y.F.R.E.'s Forum -> Resident Evil Chronicles - Epílogos

Tyrant-T-0766 Postado em: September 09, 2009 02:53 pm

Epílogo: Mack

Meu relógio marcava exatamente 6:00, o sol começava a surgir no horizonte, iluminando a bela paisagem da
região envolta por uma vasta cadeia de montanhas. O céu estava nublado, mas aos poucos as nuvens
acinzentadas iam se dissipando e o brilho ofuscante do sol ficava mais intenso. Ouvi um ruído preencher a região
e cortar o silêncio no helicóptero, seguido de um enorme clarão. Raccoon City se fora. Não olhei para trás, não
importava mais. Eu, Anahí, Stacey e todos os outros havíamos escapado. Uma incrível sensação de alívio
tomava conta de todos, que permaneciam quietos observando a paisagem esverdeada através das janelas. Não
era preciso dizer nada, o silêncio já falava por cada um. Acabara... Casas, empregos, amigos e familiares
perdidos na tragédia, nada disso importava mais. Lembranças passadas, que não mereciam ser revividas pela
memória de ninguém. Nunca nos esqueceríamos daquele pesadelo, mas reforça-lo só seria pior. Cada um
seguiria com sua vida agora...

Maldita Umbrella, só agora me arrependia profundamente de algum dia ter trabalhado pra eles... Mas junto com
o ódio, um súbito sentimento de felicidade surgia, por saber que dessa vez não haveria como encobrir toda a
Bravo Team
merda cometida pela corporação. Dentro de algumas horas, o mundo inteiro saberia sobre o incidente em
Raccoon e o envolvimento da empresa.... O Império Umbrella iria ruir. Ignorando tudo isso e procurando
apenas relaxar um pouco continuei observando imóvel a paisagem pela janela do helicóptero, nem me dando
conta do leve sorriso que se expressava em minha face. A partir daquele momento, estava caminhando rumo a
Grupo: Colaboradores
Posts: 791 uma nova vida.
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Joined: September 07, 2006
Devia ter meio que me “desligado” do que estava ocorrendo por alguns minutos... Ou horas, quem sabe.
Quando percebi, havia chegado um dos momentos mais tristes para todos, as despedidas.... Todos iam
Ranking Especial: percorrendo seus caminhos, até que só haviam três pessoas no helicóptero; Eu, Anahí, Stacey e Kedar. Estes
dois últimos dormindo no banco de trás. Chegara a minha hora de dar adeus.

- Acho é hora de dar tchau... – Disse, meu olhar fixado em Anahí.

- Pra onde você vai?- Perguntou Anahí, parecendo querer dizer algo a mais.

- Não importa, uma nova vida começa agora...

- Podia pelo menos me dar seu e-mail, né?- Anahí piscou, um belo sorriso em sua jovem face. Retribuí o
sorriso.

-......Adeus.- Nossos olhares continuavam fixados. Ambos queriam “algo mais”, tinha certeza. Não hesitei, e o
fiz. Nossos lábios se tocaram e, esquecendo tudo por um longo momento, caímos em um bom e prazeroso
amasso. Tão intenso que se durasse mais um pouco poderia acabar em uma cena um tanto constrangedora se
Kedar e Stacey acordassem...

Coloquei as mãos sobre o rosto de Anahí, afastando seus cabelos dos olhos e trocando mais um olhar com ela.
Sorri.

- Até breve...- E com essa últimas palavras, fui embora. Notei um ar de tristeza no rosto de Anahí. Pisquei pra
ela, alguns momentos depois meus passos se perdendo no horizonte.

***

5 de Novembro de 2005, um jatinho particular branco com detalhes em azul-piscina reluzentes sobrevoavam as
regiões do Oceano rumo a Austrália. Dentro dele, um homem de meia idade, de cabelos e olhos castanhos,
porte atlético e ar de arrogância e ao mesmo tempo simpatia se encontrava sentado em um luxuoso assento de
couro junto a uma das janelas, contemplando a beleza do oceano azul brilhante e mexendo em um notebook
prateado.

- Martini, senhor? – Perguntou um dos garçons que acabara de chegar da cozinha da aeronave, segurando uma
bandeja com bebidas finas e caras.

O homem aceitou e, bebendo um gole e depositando a bebida sobre a mesa onde estava o notebook, lia
atentamente a uma notícia recente sobre um acidente em um aeroporto em uma cidade nos EUA chamada
“Harvardville”.

“ Hoje a polícia local de Harvardville, uma pequena cidade no interior dos EUA, cercou e interditou um aeroporto
na cidade. O acesso a área também foi bloqueado, as autoridades liberaram poucos detalhes, mas segundo

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informações extra-oficiais, um evento bioterrorista aconteceu em um dos terminais do aeroporto. O senador


Ron Davis está entre os confinados no local. Os cidadãos estão em pânico, alguns saindo da cidade neste
momento, temendo que ocorra uma possível propagação de um vírus e a tragédia que abalou o mundo em
Raccoon City no ano de 1998 se repita. As autoridades alertam para todos ficarem calmos e diz que a situação
está sob controle. Boatos circulam indicando o possível envolvimento da corporação Willpharma com
manipulamento de vírus letais e experiências ilegais com armas biológicas na cidade... As ações da empresa
têm decaído significativamente nos últimos meses... Seria a Willpharma uma espécie de corporação ilegal
envolvida com a criação de armas biológicas como a extinta Umbrella Corporation?”

Um sorriso surgiu na face do homem. Perguntara a si próprio se algum dia aquele maldito vírus cairia em mãos
muito erradas e poderosas e resultasse em mais uma catástrofe como a de 1998 em Raccoon, mas dessa vez,
muito pior. Bebendo mais um gole de Martini, fechou o notebook e relaxou no assento do avião, procurando
dormir um pouco.

***

Uma festa agitada rolava no salão de festas do hotel. Na varanda de frente pra praia ele mantinha a atenção
para o belo céu estrelado da noite refletido nas águas do mar... Uma mulher com aparência familiar surgiu há
alguns metros, observando a bela paisagem também.

- Esse lugar é perfeito, não?- Comentou, aproximando-se. A mulher de alguma maneira lhe parecia familiar...
Mas não lembrava exatamente de onde a conhecia. Sua jovem face e seu olhar provocante despertaram um
fogo ardente em Mackenzie D. Sunderland. A mulher aparentava ter uns trinta e poucos anos, o vestido branco
que ela vestia realçava suas belas curvas... Sem dúvida era uma mulher linda.

- Sim, esse lugar é incrível... Estou passando umas férias com meu irmão aqui... Desculpe mas... Eu te conheço
de algum lugar? Você me parece... Familiar.

Lembranças negras e também prazerosas inundaram a mente de Mack... Ele se aproximou mais da mulher.

- Anahí...?-Perguntou, seus olhares se cruzando.

- Como sabe m- Mackenzie?!

- Você está linda... – Disse ele, a jovem mulher parecendo querer dizer algo, mas o silêncio foi mais do que
suficiente para ambos expressarem seus sentimentos.

- Quer dançar?- Perguntou Mackenzie.

- Seu filho de uma p*ta, claro que sim!

Mack deslizou suas mãos pelo corpo esbelto da bela mulher, em seguida beijou-a. Acabaram por ambos
ignorarem a festa e irem para o quarto de Mack.

Mack estava deitado na cama da suíte, havia acabado de receber o champagne que pedira. Anahí se
arrumando, aliás... Ela já estava linda, não precisava se arrumar. Mas Mack sabia o porque disso... Com um
sorriso um tanto má intencionado bebeu mais um pouco de champagne. Anahí surgira com um roupão branco e
caminhava em sua direção...

- Champagne, é? – Ela riu, lançando outro olhar ardente contra Mack.

Mack sentiu uma onde de excitação tomar seu corpo. Uma longa e prazerosa noite os aguardava. O roupão
deslizou pelo corpo esbelto da mulher. Ele bebeu o champagne que restara na taça. Ele sorriu. É, uma longa
noite...

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Minhas fanfics:
--RE: Um salto para morte--

--Resident Evil: Death's Way--

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