2009
Tarefa 2 | 1ª Parte
1 Tarefa realizada por Maria João Queiroga | Coordenadora da Biblioteca da Escola Secundária
com 2º e 3º Ciclos Gil Vicente
2ª Sessão: O Modelo de Auto - Avaliação. Problemáticas e conceitos implicados 09.11.2009
thinking (This Man Wants to Change Your Job, 2002, Michael B. Eisenberg & Danielle H.
Miller).
• A exequibilidade
É importante que o modelo criado passe a fazer parte da rotina de funcionamento da
biblioteca e da instituição escolar a que ela está ligada. Para isso, é necessário que seja
operacionalizado facilmente, que tenha a colaboração dos utilizadores e das várias
estruturas pedagógicas da escola, que surja acompanhado do registo de todas as
evidências produzidas, que seja visto como um elemento gerador de mudanças positivas.
Citação: A biblioteca escolar constitui um contributo essencial para o sucesso educativo (…).
Neste sentido, é importante que cada escola conheça o impacto que as actividades realizadas
pela e com a biblioteca escolar vão tendo no processo de ensino e de aprendizagem, bem como
o grau de eficiência dos serviços prestados e de satisfação dos utilizadores. (Modelo de Auto -
Avaliação, 2008, Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares, p. 1)
Nesta perspectiva, o Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares demonstra que houve,
na sua concepção, uma preocupação em contemplar as áreas fundamentais do trabalho a
desenvolver numa / por uma biblioteca integrada numa instituição escolar, escolhendo, para os
quatro domínios, indicadores de medida, factores críticos de sucesso, evidências e acções para a
melhoria, não deixando de lado a sugestão de exemplos e a representação da avaliação feita
através de níveis de proficiência. São estes que irão proporcionar a reflexão que deverá estar na
base da implantação das mudanças consideradas necessárias.
Conclui-se, assim, que, após a aplicação de inquéritos, questionários, registos de vária ordem, a
utilização de materiais de apoio produzidos, a elaboração de estatísticas, a existência de
documentos orientadores, o levantamento de outras evidências apresentadas no Modelo em
análise, ou seja, após o tratamento da informação de qualidade recolhida, é possível encetar um
processo de melhoria dos resultados obtidos. Nesta medida, é pertinente a existência de um
modelo de avaliação para as bibliotecas escolares. Que esse modelo e a sua aplicação sejam
comuns a todas as bibliotecas escolares existentes no país é importante, pois isso permite
uniformizar objectivos e práticas. Que esse modelo seja gerador de reflexão é fundamental, pois
isso proporciona a teorização dos conceitos subjacentes à política das bibliotecas e das escolas.
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com 2º e 3º Ciclos Gil Vicente
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O domínio B. é fundamental para a análise da política de promoção da leitura junto dos alunos.
Esta promoção é dinamizada pela biblioteca e articulada com outros parceiros (internos à escola e
exteriores a esta, como por exemplo, o Plano Nacional de Leitura). A sua concretização estará
relacionada com o domínio anterior e também com os domínios seguintes e, por isso, afigura-se
como transversal a todo o modelo. É, aparentemente, o domínio que se apresenta como o de
execução mais acessível, apesar de complexa.
Como já foi aflorado no capítulo anterior, o Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares
elaborado pelo Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares abrange, para cada domínio, os
indicadores de medida, os factores críticos de sucesso, as evidências e as acções para a
melhoria, não deixando de lado a sugestão de exemplos, os descritores de medida e a
representação da avaliação feita através de níveis de proficiência. Estes elementos possibilitam,
por um lado, informar com antecedência os responsáveis sobre quais as áreas da biblioteca que
vão ser objecto de apreciação e, por outro lado, orientar os responsáveis na aplicação e na
operacionalização do modelo. Os elementos elencados irão proporcionar a reflexão que irá, por
sua vez, gerar a introdução das mudanças. Estas permitirão, depois, alcançar a melhoria do
funcionamento da biblioteca e, espera-se, a melhoria das aprendizagens.
Se é pertinente que haja um modelo de avaliação comum a nível nacional, como foi referido no
segundo capítulo, também é fundamental que o mesmo modelo possibilite a necessária abertura a
diferentes realidades. O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares elaborado pelo
Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares prevê essa abertura. É possível e até aconselhável,
como está patente na citação, a implantação de um domínio por ano lectivo. A escolha cabe aos
responsáveis pela biblioteca e pela escola, que têm a opção de seleccionar um domínio mais forte
ou um domínio menos forte. O modelo em análise prevê também que a sua aplicação seja
progressiva e a médio/longo prazo, até completar um período de quatro anos.
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A aplicação do modelo requer the support of the entire school community (This Man Wants to
Change Your Job, 2002, Michael B. Eisenberg & Danielle H. Miller). No caso do agrupamento ao
qual pertence a biblioteca da Escola Secundária com 2º e 3º Ciclos Gil Vicente, os contactos com
a direcção executiva são constantes. O plano de acção da biblioteca contempla as áreas
consideradas prioritárias para o agrupamento e há, assim, pontos de intersecção com os
objectivos traçados para o agrupamento. A presença do professor bibliotecário no conselho
pedagógico e a presença de um elemento da equipa da biblioteca no conselho geral são
fundamentais para a introdução da ideia de que é necessário aplicar o modelo e de que o mesmo
pretende contribuir para a melhoria da prestação dos serviços do agrupamento. Um pouco mais
difícil será transmitir essa ideia ao corpo docente em sentido mais lato, na medida em que muitos
professores não interiorizaram ainda que a biblioteca está integrada na Rede de Bibliotecas
Escolares e o que essa integração significa. Será necessário que os coordenadores de
departamento e os restantes membros dos conselhos pedagógico e geral concretizem os pedidos
feitos pela professora bibliotecária nesse sentido. Espera-se que essa colaboração seja produtiva
e apresente resultados.
No presente ano lectivo, a escola vive uma situação atípica, comum a muitas outras escolas: está
a ser intervencionada pela Empresa Parque Escolar EPE e, por isso, encontra-se em obras e a
atravessar um momento complicado para o bom funcionamento das várias estruturas técnicas e
pedagógicas. A biblioteca está já a funcionar num espaço novo, mas que só foi disponibilizado no
final de Setembro e que não foi ainda mobilado definitivamente, nem se sabe quando virá a ser.
Por outro lado, a biblioteca não foi contemplada pelo Plano Tecnológico da Educação e, por isso,
não recebeu equipamentos novos. Os existentes são obsoletos e insuficientes para o número de
utilizadores. A zona de exposições e a zona polivalente, sob a alçada da biblioteca, também ainda
não estão operacionais. Neste contexto, a aplicação do modelo no presente ano lectivo revela-se
difícil, mas não deixará, obviamente, de ser feita. Seleccionar-se-á o domínio mais consentâneo
com esta realidade.
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Citação: The instructional role of the school librarian is a significant leadership role. The
dimensions of this leadership role (…) provide the building blocks for a preferred future of school
librarians, and the preferred outcomes of their roles: process and outcomes oriented, formational
as well as informational, interventionist and integrative, and supportive and service-oriented.
(School Librarian as Teachers: Learning Outcomes and Evidence-Based Practice, 2002, Ross J.
Todd)
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