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O Naturalismo:

Já sabemos que Realismo e Naturalismo têm, entre si, semelhanças e diferenças. Se o primeiro
procura retratar o homem interagindo no seu meio social, o segundo vai mais longe: pretende mostrar o
homem como produto de um conjunto de forças "naturais", instintivas, que, em determinado meio, raça
e momento, pode gerar comportamentos e situações específicas.

É muito comum o emprego dos termos Realismo e Naturalismo associados.


Algumas vezes, são termos sinônimos; outras vezes, aparecem como duas estéticas
literárias muito próximas uma da outra. No entanto, existe uma fronteira entre uma
coisa e outra: é possível perceber algumas diferenças entre a prosa realista e a
naturalista, apesar do grande número de pontos em comum. Alguns preferem ver o
Naturalismo como uma espécie de prolongamento mais forte do Realismo. Sob esse
ponto de vista, o Naturalismo seria um Realismo exacerbado. Seria uma forma mais
aprofundada de encarar o homem. Os naturalistas sempre estariam vendo o lado
patológico do homem, o seu envolvimento com um destino que ele não consegue
modificar; as situações de desequilíbrio muito fortes; o homem que se comporta
como um animal, obedecendo a instintos; o homem condicionado ao meio em que
vive, subjugado pelo fator da hereditariedade física e patológica, que determina o
comportamento dos personagens

REALISMO E NATURALISMO

O Realismo é uma reação contra o Romantismo:


O Romantismo era a apoteose do sentimento; - o Realismo é a anatomia do caráter. É
a crítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos - para condenar o
que houve de mau na nossa sociedade.
(Eça de Queirós)

Em 1857 é publicado na França o romance "Madame Bovary", de Gustave Flaubert,


considerado o primeiro romance realista da literatura universal. O primeiro romance
naturalista é publicado em 1867, sendo "Thérèse Raquin", de Émile Zola. No Brasil,
considera-se 1881 o ano inicial do Realismo brasileiro, com a publicação de "O
Mulato", de Aluísio Azevedo (primeiro romance naturalista brasileiro); e "Memórias
Póstumas de Brás Cubas"", de Machado de Assis (primeiro romance realista do Brasil).
As características do Realismo estão intimamente ligadas ao momento histórico,
refletindo as idéias do Positivismo, do Socialismo e do Evolucionismo. Manifesta o
objetivismo, como uma negação do subjetivismo romântico; o personalismo cede
terreno ao universalismo; o materialismo leva a negação do sentimentalismo.O
Realismo preocupa-se com o presente, o contemporâneo (a volta ao passado histórico
do Romantismo é posta de lado).
Os autores do Realismo são adeptos do determinismo, pelo qual a obra de arte seria
determinada por três fatores: o meio; o momento; e a raça (esta dizendo respeito à
hereditariedade). O avanço das ciências, no século XIX, tem grande influência,
principalmente sobre os naturalistas (daí falar-se em cientificismo nas obras desse
período). Ideologicamente, os autores desse período são antimonárquicos (defendem o
ideal republicano); negam a burguesia (a partir da célula-mãe da sociedade, daí a
presença constante dos triângulos amorosos - o pai traído, a mãe adúltera e o amante,
este sempre um "amigo da casa"); são anticlericais (destacam-se os padres corruptos e
beatas hipócritas).
Romance realista
É uma narrativa mais preocupada com a análise psicológica, fazendo crítica à sociedade
a partir do comportamento de determinados personagens. Faz uma análise da sociedade
"por cima", visto que seus personagens são capitalistas, pertencentes à classe
dominante. Este tipo de romance é documental, sendo retrato de uma época. Foi
cultivado no Brasil por Machado de Assis, em obras como "Memórias Póstumas de
Brás Cubas", "Quincas Borba" e "Dom Casmurro".
Romance naturalista
Sua narrativa é marcada pela análise social a partir dos grupos humanos marginalizados,
valorizando o coletivo. A influência de Darwin é marcante na máxima naturalista
segundo a qual o homem é um animal, deixando-se levar pelos instintos naturais, que
não podem ser reprimidos pela moral da classe dominante. A constante repressão leva
às taras patológicas, bem ao gosto dos naturalistas; esses romances são mais ousados,
apresentando descrições minuciosas de atos sexuais, tocando até em temas como o
homossexualismo. Foi cultivado no Brasil por Aluísio de Azevedo ("O Mulato") e Júlio
Ribeiro. Raul Pompéia é um caso a parte, pois seu romance, "O Ateneu", apresenta
características ora naturalistas, ora realistas, ora impressionistas. Existem várias
semelhanças entre o romance realista e o naturalista, podendo-se até mesmo afirmar que
ambos partem de um ponto comum para chegarem a mesma conclusão, sendo que
percorrendo caminhos distintos.

O REAL/NATURALISMO NO BRASIL
ORIGENS
O fim da Guerra do Paraguai (1865-1870) determina o fim da legitimidade da
monarquia brasileira junto à parcelas consideráveis da população. Nem a vitória militar
revigora o regime. Ao contrário, os oficiais do Exército, em seu retorno, recusam-se a
perseguir os escravos fujões e começam a ser atraídos por idéias positivistas e
republicanas. Na sociedade civil, especialmente a urbana, um forte sentimento
oposicionista toma conta dos setores médios e do público jovem. No Nordeste,
arruinado economicamente, surge a geração contestadora dos anos de 1870.
Sílvio Romero, Tobias Barreto e outros agitam um punhado de novas ideologias. De
Comte a Taine, tudo que ée anti-monárquico, anti-clerical, anti-escravocrata e anti-
romântico encontra eco na rebelde cidade do Recife. Já no início da década, Sílvio
Romero, influenciado por teorias realistas, passa o atestado de óbito da poesia
romântica, acusando-a de "lirismo retumbante e indianismo decrépito".
As mortes de Castro Alves, em 1871, e a de José de Alencar, em 1877, representam o
fim de um ciclo literário, ainda que tanto o poeta baiano como o romancista cearense já
se aproximassem, no fim de suas vidas, de uma expressão mais objetiva e menos
idealista da realidade. De qualquer forma, o Romantismo e o II Império tinham estado
muito próximos e agora ambos iriam passar por uma longa agonia, à espera do último
suspiro.
A sociedade, no entanto, continua se movendo, exigindo mudanças. Em São Paulo, uma
nova elite cafeicultora se distingue dos velhos barões do café, do Vale do Paraíba, por
seu ideário modernizador: preferem imigrantes a escravos em suas lavouras e não são
totalmente hostis à nascente atividade industrial. Levas de imigrantes chegam, ora para
o trabalho assalariado nas fazendas, ora para a ocupação de pequenas propriedades, no
sul do país. Graças a seus hábitos de poupança e a seus conhecimentos técnicos, muitos
deles migrarão para as cidades, constituindo pequenas indústrias semi-artesanais.
Em 1884. a província do Ceará decreta a liberdade dos escravos, pondo-se a frente do
processo abolicionista. No Rio Grande do Sul, um grupo de jovens bacharéis cria um
partido republicano de forte tendência autoritário-positivista, cuja culminância política
seria atingida, quarenta anos depois, com Getúlio Vargas. Os cadetes e os jovens
oficiais do Exército ouvem cada vez mais as pregações ardentemente republicanas de
Benjamin Constant, no Rio de Janeiro. Tudo se move, menos a pesada estrutura política
do Império.
Isolado do vozerio das ruas, o Imperador prefere fazer longas viagens pelo mundo que
chegam a durar dois anos. A ordem imperial é mantida apenas por grupos de
latifundiários conservadores que luta contra a abolição, e por uma espécie de respeito
coletivo pela figura venerável de D. Pedro II. O fim da escravatura, em 1888, elimina o
apoio dos senhores rurais e toda a nação parece esperar a morte do monarca para a
proclamação da República. Mas esta vem antes, por uma ação quase solitária do
marechal monarquista Deodoro da Fonseca, em novembro de 1889.
Ainda que nascesse de um golpe de estado e não tivesse nenhuma proposta radical de
alteração do status quo, a República contará com significativo apoio popular e trará
progresso para o país, sobremodo a partir da virada do século. Uma grande era de
inércia estava se acabando.

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